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André Midani

ANDRÉ HAIDAR MIDANI
(86 anos)
Escritor e Executivo da Indústria Fonográfica

☼ Damasco, Síria (25/09/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/06/2019)

André Haidar Midani foi um profissional do mercado fonográfico brasileiro, considerado um dos nomes mais importantes da indústria fonográfica brasileira dos anos 60 aos 90. Nascido em Damasco, na Síria, no dia 25/09/1932, foi morar na França aos três anos de idade.

Foi criado para ser confeiteiro, porém a carreira profissional de André Midani teve início em 1952, na gravadora Decca, na França. Iniciou na empresa como apontador de estoque, chegando a vendedor, mas destacou-se mesmo posteriormente, numa profissão que ainda não existia, a de descobridor de projetos fonográficos.

Por causa da Guerra da Argélia, André Midani mudou-se para o Brasil em 1955. Um dia após sua chegada ao país, procurando por gravadoras nas Páginas Amarelas, interessou-se pela Odeon Records. Porém, como ainda não tinha fluência no português, tentou se comunicar em inglês com a telefonista, que, confundindo-o com algum funcionário da matriz européia, transferiu sua ligação para a sala da presidência da empresa. Nessa ligação, André Midani acabou conseguindo agendar uma entrevista, que lhe valeu um emprego cujo objetivo era o lançamento do selo Capitol Records no Brasil.

A princípio, seu trabalho era lançar as estrelas internacionais do selo, mas a partir de 1957 começou a se envolver mais com a música nacional, até virar um personagem importante no lançamento da Bossa Nova no país. André Midani rapidamente sentiu que faltavam no país músicas voltadas para jovens, coisa bastante comum na França e nos Estados Unidos, com cantores como Charles Aznavour, Gilbert Bécaud, Juliette Greco, Elvis Presley, Bill Haley, entre outros.

André Midani, 1960
André Midani entrou em contato com a Bossa Nova através do fotógrafo Chico Pereira, que lhe apresentou Carlos Lyra, Roberto Menescal, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, Oscar Castro-Neves, entre outros. Já João Gilberto lhe foi apresentado por Dorival Caymmi.

Nessa época, o maestro Tom Jobim já era conhecido pelos arranjos que fazia para a Rádio Nacional, porém ainda não por suas composições. Rapidamente André Midani identificou que ali estava a música ideal para a juventude brasileira.

O lançamento da Bossa Nova no mercado nacional surgiu da parceria feita com Aloysio Oliveira. Como o próprio André Midani dizia: "Se houve uma hesitação por parte do Aloysio, eu fui talvez o instrumento que tirou a hesitação dele!".

Em 1960, teve problemas com o presidente da Odeon, Bill Morris, que resultaram na sua saída da empresa. Após seu desligamento da gravadora, e com o financiamento da própria Odeon, fundou a Imperial, que vendia discos de porta em porta. A nova empresa de André Midani teve uma boa participação no mercado e chegou até, em determinados momentos, a vender mais discos que a própria Odeon, tendo se estabelecido, posteriormente, em outros países latino-americanos, como Argentina, Venezuela, Peru e México.

Com o grande sucesso da nova empreitada, André Midani ganhou destaque no mercado e acabou convidado a instalar a Capitol no México e, posteriormente, em Los Angeles. Trabalhou na Capitol até 1968, quando foi convidado a exercer a presidência da Philips, atual Universal Music, no Brasil.

André Midani ao lado de Rita Lee em 1972
André Midani recebeu um prazo de três anos para transformar a deficitária Philips numa empresa lucrativa, ou a mesma seria fechada. Quando chegou à empresa, contava com um cast de 155 artistas, que logo foi reduzido para 50, sendo mantidas as principais estrelas do selo, como Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes, Edu Lobo, Ronnie Von, entre outros.

A direção do Departamento de Divulgação, Promoção e Marketing ficou a cargo de Armando Pittigliani, enquanto Roberto Menescal foi convidado a exercer a função de diretor artístico, porque André Midani acreditava ser muito importante ter um músico nessa função.

O nome utilizado para a gravadora foi Phonogram, que posteriormente chamou-se Polygram, atual Universal Music, que na época era constituída pela Philips, dirigida por Roberto Menescal, e pela Polydor, dirigida por Jairo Pires. O cast da companhia foi reforçado por artistas como Maria Bethânia, Vinicius de Moraes, Toquinho, Tim Maia, MPB4, Chico Buarque, Jorge Ben, hoje conhecido como Jorge Ben Jor, Evaldo Braga, Luiz Melodia, Jards Macalé, Raul Seixas, entre outros.

Na década de 1970 um anúncio de duas páginas reunindo todo o elenco da gravadora teve grande destaque, pois nele estava a frase: "Só nos falta o Roberto... Mas também ninguém é perfeito!", referindo-se a Roberto Carlos, artista do selo CBS. 

Wander Taffo, André Midani e Roger
André Midani ficou na presidência da empresa até 1976, quando foi convidado por Nesuhi Ertegün para montar a Warner no Brasil. A gravadora começou a operar com 3% do mercado brasileiro. Após contratar para seu cast artistas como Elis ReginaTom Jobim, Gilberto Gil, Belchior, Hermeto Pascoal, João Gilberto, Paulinho da Viola, Ney MatogrossoRaul Seixas, Guilherme Arantes, Baby Consuelo, hoje Baby do Brasil, Pepeu Gomes, A Cor do Som, Banda Black RioAs Frenéticas, entre outros, viu sua participação de mercado subir para 14%.

Na década de 1980, a gravadora resolveu apostar no rock brasileiro, contratando artistas como Lulu Santos e os grupos Titãs, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor, Ira!, Inocentes, Kid Abelha, Camisa de Vênus, entre outros.

Em 1983, levou a Warner também para a Argentina, e, em 1984, para o México.

Em 1990, foi transferido para New York, onde assumiu o cargo de presidente da Warner para toda a América Latina.

Na época, desenvolveu a Divisão para a América Latina da companhia nos Estados Unidos, fortalecendo a marca da gravadora em países como Argentina, México, Colômbia, Peru, Venezuela e Chile.

Lulu Santos, André Midani e Marcelo, 1982
André Midani chegou a fazer parte do Conselho de Direção da gravadora na Itália e na Espanha, tornando-se, a partir do ano 2000, membro do Conselho Consultivo da Warner Music Internacional.

Em 2002, retornou ao Brasil, onde estabeleceu residência, passando a trabalhar na Organização Não Governamental (ONG) Viva Rio. Convidado pelo ministro Gilberto Gil, exerceu o cargo de comissário-geral do "Ano do Brasil na França" no ano de 2005.

Em 2008, lançou o livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download" (Nova Fronteira).

Em 2011, seu livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download", lançado em 2008 foi retirado das lojas algum tempo depois por ação judicial, após atingir altos níveis de vendagem. Atualmente é disponibilizado para download pela internet na íntegra.

Por sua trajetória na indústria fonográfica brasileira, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin, em 2013, com a exposição "A Magia do Disco - André Midani", que teve curadoria de Heloísa Carvalho Tapajós.

André Midani foi considerado, pela revista Billboard, uma das 90 pessoas mais importantes da história da indústria mundial de discos, além de ter sido eleito Homem do Ano no Midem 1999, membro do conselho da Federação Internacional dos Produtores de Discos (IFPI) e presidente da IFPI latino-americana.

Morte

André Midani faleceu na noite de quinta-feira, 13/06/2019, aos 86 anos, no Rio de Janeiro, RJ, em decorrência de um câncer. Ele estava internado na Casa de Saúde São Vicente, localizado Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Ney Matogrosso, Gilda e André Midani
Prêmios

  • 2005 - Condecorado com a Légion d'honneur pelo Governo Francês.
  • 2014 - Grammy Latino "Lifetime Achievement Award"

Fonte: Wikipédia e Correio Brasiliense

Sebastião Camargo

SEBASTIÃO FERRAZ DE CAMARGO PENTEADO
(84 anos)
Empresário

☼ Jaú, SP (25/09/1909)
┼ São Paulo, SP (26/08/1994)

Sebastião Ferraz de Camargo Penteado foi um empresário nascido em Jaú, SP, no dia 25/09/1909. Foi o fundador da construtora Camargo Corrêa.

Sebastião Camargo era filho de fazendeiros e em 1926, seu pai morreu deixando os dez filhos órfãos e o dinheiro se esvaeceu. Estudou só até o terceiro ano primário e aos 17 anos, aprendeu a transportar terra retirada de construções usando uma carroça puxada por um burro.

Tomou gosto pelo negócio e, em 1939, comprou duas carroças. Com a pá em punho e as rédeas nas mãos, Sebastião Camargo ajudou a construir as estradas que se multiplicavam pelo interior de São Paulo.

Logo aprendeu terraplenagem e se transformou num modesto empreiteiro. Quando conheceu o advogado Sylvio Brand Corrêa, em 1939, abriu com ele uma pequena construtora, a Camargo Corrêa & Cia Ltda Engenheiros e Construtores, com um capital de 200 contos de réis.

Em 1940, Sebastião Camargo adquiriu um trator, o que significou grande vantagem tecnológica em relação à concorrência.

Sebastião Camargo e Juscelino Kubitschek
Nos anos 50, a construção de Brasília era o sonho do empreiteiro. Ao participar da licitação, ouviu de um assessor do presidente Juscelino Kubitschek que a Camargo Corrêa não tinha máquinas em número suficiente para encarar as obras da nova capital. "Pois então me dê três dias e eu provo que o senhor está enganado", respondeu, contrariado.

Quando o prazo expirou, o empresário desfilou pelo cerrado com mais de 100 tratores vindos de seus canteiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Coube à Camargo Corrêa a abertura de várias estradas que possibilitaram o acesso à Capital Federal.

Em 1960, Juscelino Kubitschek sugeriu que Sebastião Camargo construísse um moinho de trigo para abastecer Brasília. Preocupado com o rigor técnico que a tarefa exigia, ele trouxe um especialista da Suíça para garantir a qualidade do serviço. Batizou-o de Moinho de Trigo Jauense.

Em 1962, quando a empreiteira construiu a hidrelétrica Usina Hidrelétrica Engenheiro Sousa Dias, também conhecida por Usina de Jupiá, no Rio Paraná, uma das maiores do Brasil, concluída em 1968, o tamanho da obra obrigou que uma cidade fosse construída ao seu redor para alojar os 12 mil funcionários.

Nos anos 70, a construtora entrou na licitação para as obras da Ponte Rio-Niterói e tirou o segundo lugar. Mortes de pedreiros e desmoronamentos em meio à construção obrigaram o presidente Emílio Garrastazu Médici a pedir ao empreiteiro que assumisse a obra. "Pois não, senhor presidente, mas vou fazer do meu jeito. Vou começar derrubando tudo e partir do zero", respondeu Sebastião Camargo.

Grupo Camargo Corrêa

A Camargo Corrêa & Cia Ltda. Engenheiros e Construtores foi responsável por mais de mil obras, incluindo as rodovias Imigrantes e Bandeirantes, o gasoduto Brasil-Bolívia, além da Usina Nuclear de Angra I e as hidrelétricas de Ilha Solteira, Itaipu e Tucuruí.

A partir dos anos 1990, o empresário passou a fazer parte da lista de bilionários da revista Forbes e sua fortuna pessoal foi avaliada em US$ 1,3 bilhão.

Foi casado com Dirce Camargo, falecida em 20/04/2013, e teve três filhas, Rosana Camargo de Arruda Botelho, Renata de Camargo Nascimento e Regina de Camargo Pires Oliveira Dias.

Após a sua morte em 1994, o controle da Holding Morro Vermelho, que abrangia 34 empresas dos mais variados setores, incluindo agricultura, siderurgia, têxtil, alumínio e transporte, passou para os genros, Fernando de Arruda Botelho, Luiz Roberto Ortiz Nascimento e Carlos Pires Oliveira Dias.

Fernando de Arruda Botelho faleceu em 13/04/2012 em acidente aéreo na cidade de Itirapina, interior de São Paulo. O atual presidente do grupo é Luiz Roberto Ortiz Nascimento.

Curiosidades

  • O astuto Bastião, como era chamado pelos mais íntimos, ou China, para a maioria, devido aos traços orientais de seus olhos, não admitia homem barbudo, cabeludo ou desquitado na firma.
  • Sempre com um cachimbo na boca, Sebastião Camargo reservava os fins de semana para se atirar no mato. Não era raro ele se aventurar em caçadas no Mato Grosso. Podia-se medir a paixão observando a coleção particular de animais empalhados na fazenda em Jaú. Pelo menos uma vez por ano embrenhava-se em alguma selva africana. Tudo mudou radicalmente em 1988, quando o caçador quase virou caça. Ao deparar-se com um leão, ele mirou a fera e errou o alvo. Foi salvo por pouco e passou a se dedicar à criação de javalis, patos, gado e cavalos.
  • Na construção de Itaipu, houve quase um atrito diplomático. A Camargo Corrêa não havia sido aceita para a obra do lado brasileiro. O ditador paraguaio Alfredo Stroessner, amigo de pescaria do construtor, protestou: "Onde está Don Sebastián?" Ameaçou melar o negócio, obrigando o governo brasileiro a contratar a Camargo Corrêa.

Morte

Sebastião Ferraz de Camargo Penteado faleceu na sexta-feira, 26/08/1994, às 23h45, aos 84 anos. Segundo a família, Sebastião Camargo teve morte natural. Estava em sua casa, na região sul de São Paulo, SP.

O corpo foi velado no Hospital Albert Einstein. O féretro saiu às 15h00, de 27/08/1994, para o Cemitério de Vila Alpina, onde foi cremado às 16h00.


Fonte: Wikipédia

Ida Gomes

IDA SZAFRAN
(84 anos)
Atriz e Dubladora

☼ Kraśnik, Polônia (25/09/1924)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/02/2009)

Ida Szafran, mais conhecida como Ida Gomes, foi uma atriz e dubladora polonesa naturalizada brasileira.

Nascida na Polônia, passou seus primeiros 13 anos na França, para onde sua família se transferiu em 1924. Em Paris, aperfeiçoou a língua materna, o francês, e teve contato a dramaturgia clássica francesa do século XVII, Racine, Corneille e Molière.

Transferiu-se para o Brasil com a família no fim dos anos 1930.

Em 1938, incentivada pela mãe, participou e venceu um concurso de talentos lendo uma poesia no programa de Celso Guimarães na Rádio Tupi, onde assinou contrato para trabalhar em radionovelas, adotando o nome Ida Gomes.

Durante 20 anos, trabalhou como radioatriz, passando pela Rádio Tupi, Rádio Globo, onde integrou ao elenco de Amaral Gurgel, e pela Rádio Nacional, que vivia no auge da sua programação.

Em 1948, com uma bolsa de estudos, foi para os Estados Unidos e, em 1951, seguiu para um estágio como locutora na Rádio BBC em Londres.

De volta ao Brasil, em 1953, iniciou sua carreira na televisão, entrando para a TV Tupi, onde atuou no "Grande Teatro Tupi", teleteatro dirigido por Sérgio Britto, e no "Câmera Um", seriado dirigido por Jacy Campos que encenava contos de terror. Atuou também nas novelas "Coração Delator" (1954) e "A Canção de Bernadete" (1957).



Estreou nos palcos em 1957 no Teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno com as peças "O Primo da Califórnia", de Joaquim Manuel de Macedo e "Catarina da Rússia", ao lado do galã Herval Rossano.

No cinema, estreou em 1963 no filme "Bonitinha, Mas Ordinária". Atua em outros grandes sucessos como "O Mundo Alegre de Helô" (1967), "A Penúltima Donzela" (1969), "O Casal" (1975), "Copacabana" (2001), dentre outros.

Estreou em 1967 na TV Globo em "A Rainha Louca". Atuou em várias telenovelas e minisséries da emissora, interpretando personagens inesquecíveis como a anciã rainha Sílvia Candiano em "A Ponte dos Suspiros" (1968), a inescrupulosa Jandira Serrano em "Verão Vermelho" (1969), a divertida Madre Encarnación em "Estúpido Cupido" (1976), a solteirona Tia Magda em "O Astro" (1977), a grã-fina Zizi de La Rocha em "Memórias de um Gigolô" (1986), dentre tantos outros.

Em 1973, interpretou o seu maior sucesso na televisão, a impagável Dorotéia Cajazeira, uma das três Irmãs Cajazeiras - as outras eram vividas pelas atrizes Dirce Migliaccio e Dorinha Duval -, solteironas reprimidas, amigas do prefeito de Sucupira, e que defendiam a moral e os bons costumes, com certa hipocrisia - de "O Bem-Amado", primeira novela em cores, escrita por Dias Gomes e dirigida por Régis Cardoso. O sucesso da novela foi tão grande que ganhou formato de seriado sete anos depois, com Ida Gomes e os mesmos protagonistas: Paulo GracindoLima DuarteEmiliano Queiroz e Dirce Migliaccio.

Em 1986, trabalhou na peça "Lily, Lily", que lhe rendeu alguns prêmios.

Em 1989, fundou o Teatro Israelita de Comédia, para difundir a obra e a dramaturgia de autores judeus.



Apesar de judia, Ida Gomes foi uma das atrizes mais escaladas para viver freiras na TV. Em entrevista a Jô Soares em seu "Programa do Jô", em 2001, Ida Gomes declarou, brincando, quando o apresentador lhe fez uma pergunta sobre as suas freiras na televisão:


"Eu sou judia, mas sempre me chamam para fazer a irmã de caridade, a madre superiora. A Globo tentou me converter mas não conseguiu!"

Em 2003, atuou no espetáculo "Tio Vânia", de Tchecov, com direção de Aderbal Freire Filho.

Em 2006, fez parte do elenco de "Rainha Esther", com direção de Leon Góes.

Entre 2007 e 2009, participou de "7, o Musical", seu último trabalho no teatro, da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho.

Seu trabalho mais recente na TV foi na primeira fase da minissérie "JK", na qual era a Irmã Maria, uma freira francesa radicada em Minas Gerais que ajudava o médico Juscelino Kubitschek, então Wagner Moura, a cuidar dos feridos na batalha militar entre os Estados de Minas e São Paulo.

Paralelo à televisão, fez dublagens e integrou o elenco estelar da Cine Castro, dirigida por Carla Civelli, onde dublou ao lado de Nathalia Timberg, Alberto Pérez, Cláudio Corrêa e Castro, Ângela Bonatti, José Miziara, Daniel Filho e Cláudio Cavalcanti. Tornou-se a voz oficial de Bette Davis e Joan Crawford em seus principais desempenhos no cinema para as versões na televisão.

Criadora de personagens marcantes na televisão e no teatro, dedicou-se integralmente à carreira e ao convívio com os amigos, sendo considerada por todos uma mulher de forte personalidade e de talento comprovado.

Era irmã do ator Felipe Wagner e tia da atriz Débora Olivieri e do músico Daniel Szafran.

Morte

Ida Gomes faleceu em 22/11/2009, vítima de uma parada cardíaca, consequência de uma pneumonia, aos 85 anos de idade e 65 de carreira, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Foi sepultada em São João de Meriti.

Ida Gomes já tinha sido escolhida como a grande homenageada da 21ª edição do Prêmio Shell de Teatro do Rio, pela contribuição ao teatro brasileiro. De acordo com parentes, ela estava preparando o discurso de agradecimento com muita alegria.

Carreira

Televisão

  • 1951 - Grande Teatro Tupi ... Vários Personagens
  • 1953 - Coração Delator ... Noca
  • 1957 - A Canção de Bernadete ... Irmã Má
  • 1967 - A Rainha Louca ... Astrid
  • 1968 - A Gata de Vison ... Rose Parker
  • 1968 - A Ponte dos Suspiros ... Rainha Sílvia Candiano
  • 1969 - A Última Valsa ... Condessa Matilde
  • 1969 - Verão Vermelho ... Jandira Serrano
  • 1970 - Pigmalião 70 ... Júlia
  • 1970 - A Próxima Atração ... Zilda
  • 1971 - O Homem que Deve Morrer ... Júlia
  • 1972 - Selva de Pedra ... Mme. Heloise Katzuki
  • 1972 - Caso Especial - "A Dama das Camélias"
  • 1973 - O Bem-Amado ... Dorotéia Cajazeira
  • 1974 - Fogo Sobre Terra ... Frida
  • 1974 - Caso Especial "Enquanto a Cegonha Não Vem"
  • 1974 - Caso Especial "Feliz na Ilusão"
  • 1975 - Helena ... Úrsula
  • 1975 - Senhora ... Emília Camargo
  • 1975 - O Grito ... Branca
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Madre Encarnación
  • 1977 - Dona Xepa ... Isabel Becker
  • 1977 - O Astro ... Tia Magda
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Aída
  • 1980 - O Bem-Amado ... Dorotéia Cajazeira
  • 1984 - O Bem-Amado ... Dorotéia Cajazeira
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Urânia
  • 1986 - Memórias de um Gigolô ... Zizi de La Rocha
  • 1986 - Hipertensão ... Ma Mére
  • 1987 - Expresso Brasil ... Dorotéia Cajazeira
  • 1989 - República ... Dona Marianinha da Fonseca
  • 1990 - Gente Fina ... Eudóxia
  • 1992 - Você Decide "Achados e Perdidos"
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Bela Lopes Jordão
  • 1994 - Você Decide "Anjos Sem Asas"
  • 1995 - Você Decide "O Gosto da Vingança"
  • 1995 - Cara e Coroa ... Irmã Domitília
  • 1998 - Você Decide "O Rapto da Sogra"
  • 1999 - Você Decide "Dupla Traição"
  • 2001 - A Padroeira ... Zuleika
  • 2003 - Os Normais "O Magnífico Antepenúltimo" ... Dona Mimi
  • 2005 - A Diarista "Asilo é se Lhe Parece" ... Dona Amélia
  • 2006 - Sob Nova Direção "Fiança Esperança" ... Tia Esmeralda
  • 2006 - JK ... Irmã Maria


Cinema

  • 1963 - Bonitinha Mas Ordinária
  • 1967 - O Mundo Alegre de Helô
  • 1969 - A Penúltima Donzela
  • 1975 - O Casal
  • 1977 - O Seminarista
  • 1979 - Amante Latino
  • 1988 - Primeiro de Abril, Brasil
  • 2001 - Copacabana
  • 2003 - My Father, Rua Alguém 5555
  • 2006 - O Amigo Invisível


Teatro

  • 1957 - O Primo da Califórnia
  • 1958 - Catarina da Rússia
  • 1965 - As Feiticeiras de Salém
  • 1971 - Um Violinista no Telhado
  • 1978 - A Pequena Loja de Horrores
  • 1986 - Lily, Lily
  • 1990 - No Natal a Gente Vem te Buscar!
  • 1991 - A Fada Mofada
  • 2002 - Bodas de Ouro
  • 2003 - O Avarento
  • 2003/2004 - Tio Vânia
  • 2006 - Rainha Esther
  • 2007 - Sete, O Musical
  • 2009 - Sete, O Musical


Dublagens

  • Todas os trabalhos de Joan Crawford
  • Todos os trabalhos de Bette Davis
  • Irmã Maria Teresa Vauzous (Gladys Cooper) em "A Canção de Bernadette"
  • Madame Medusa (Geraldine Page) em "Bernardo e Bianca"
  • Madame Min (Martha Wentworth) em "A Espada Era a Lei"
  • Tia Esponja (Miriam Margolyes) em "James e o Pêssego Gigante"


Fonte: Wikipédia

Milton Carneiro

MILTON CARNEIRO
(76 anos)
Ator e Humorista

☼ Rio de Janeiro, RJ (25/09/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/12/1999)

Milton Carneiro foi um ator e comediante brasileiro. Era muito conhecido no Brasil pelo seu personagem Atanagildo, do programa humorístico "Escolinha do Professor Raimundo".

O ator e humorista interpretou desde textos de Bernard Shaw até montagens de teatro mambembe em seus mais de 50 anos de carreira. Seu último trabalho na TV foi no programa humorístico "Zorra Total", da TV Globo. No programa, Milton Carneiro fazia o papel de diretor da escola no quadro "Escolinha do Professor Raimundo".

"Apesar de ter câncer e de ser cardíaco, ele nunca deixou que isso atrapalhasse seu trabalho e seu bom humor", conta a atriz Berta Loran. Essa energia ele herdou dos tempos em que fazia teatro popular. "Viajei com meu grupo de teatro mambembe por todo o País, nos anos 50, em lombo de burro, em caminhão, ônibus, o que conseguíssemos", lembrou certa vez.

O idealismo do começo da carreira, quando ainda era estudante e começou a carreira ao lado de Cacilda Becker, evoluiu para o profissionalismo na TV Globo, para onde foi em 1965. Na emissora, esteve em quase todos os programas humorísticos, entre eles "O Planeta dos Homens" e "Viva o Gordo", forjando bordões como o do personagem Waldir, que ao ser afrontado dizia: "Ah é, é?".

Milton Carneiro participou, também, de algumas novelas na década de 60.

Milton Carneiro morreu no Rio de Janeiro, em 08/12/1999, vítima de infarto aos 76 anos de idade. Deixou mulher e duas filhas.

Milton Carneiro e Berta Loran
Cinema

  • 1944 - Gente Honesta
  • 1944 - O Brasileiro João de Souza
  • 1945 - Vidas Solitárias
  • 1946 - Jardim do Pecado
  • 1946 - Sob a Luz de Meu Bairro
  • 1949 - Dominó Negro
  • 1950 - Katucha
  • 1952 - Tudo Azul
  • 1958 - Massagista de Madame
  • 1959 - Entrei de Gaiato
  • 1959 - Garota Enxuta
  • 1961 - Um Candango na Belacap
  • 1963 - Bonitinha Mas Ordinária
  • 1963 - Sonhando Com Milhões
  • 1964 - Crônica da Cidade Amada
  • 1964 - Asfalto Selvagem
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval
  • 1968 - Como Matar um Playboy
  • 1970 - Memórias de um Gigolô
  • 1970 - Pais Quadrados... Filhos Avançados
  • 1971 - Edy Sexy, o Agente Positivo
  • 1973 - As Moças Daquela Hora
  • 1974 - Motel
  • 1974 - As Mulheres Que Fazem Diferente
  • 1975 - As Loucuras de um Sedutor
  • 1975 - Eu Dou o Que Ela Gosta
  • 1976 - O Pai do Povo
  • 1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
  • 1976 - Tem Alguém na Minha Cama
  • 1977 - Gente Fina é Outra Coisa
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1978 - Como Matar Uma Sogra
  • 1978 - Os Melhores Momentos da Pornochanchada

Milton Carneiro e Jô Soares
Televisão

  • 1965 - Rosinha do Sobrado
  • 1965 - Rua da Matriz ... Inventor
  • 1965 - TNT ... Dono da agência
  • 1968 - Balança Mas Não Cai
  • 1970 - Faça Humor, Não Faça Guerra
  • 1973 - Satiricom
  • 1976 - Planeta dos Homens
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Souza
  • 1990 - Escolinha do Professor Raimundo ... Atanagildo

Fonte: Wikipédia