Mostrando postagens com marcador 26/01. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 26/01. Mostrar todas as postagens

Tunai

JOSÉ ANTÔNIO DE FREITAS MUCCI
(69 anos)
Cantor e Compositor

☼ Ponte Nova, MG (13/11/1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/01/2020)

José Antônio de Freitas Mucci, mais conhecido como Tunai, foi um cantor e compositor nascido em Ponte Nova, MG, no dia 13/11/1950.

Tunai iniciou o seu curso de Engenharia Civil na cidade de Ouro Preto, MG, onde também estudou seu irmão e compositor João Bosco. Apesar de ser irmão de João Bosco, Tunai jamais usou o nome consagrado do irmão, famoso desde 1972, para pavimentar os caminhos na música. Os irmãos sempre estiveram profissionalmente distantes um do outro.

Depois de se transferir para Belo Horizonte, MG, onde concluiu seu curso, trabalhou durante um tempo como engenheiro e depois deixou a engenharia civil para se dedicar à carreira de músico, estreando em 1978.

Tunai foi parceiro de importantes letristas mineiros como Fernando Brant e Márcio Borges, autores dos versos das composições "Rei" (1981) e "Raras Maneiras" (1986).

Trabalhou com o letrista Sérgio Natureza, com quem compôs músicas para vários artistas como Elis Regina, Simone, Gal Costa, Nana Caymmi, Milton Nascimento, Beto Guedes, Roupa Nova, Fafá de Belém, Elba Ramalho e Sérgio Mendes, sempre com sucesso.


Foi Elis Regina, quem projetou Tunai como compositor em 1979, um ano após o artista ter decidido abandonar a faculdade de engenharia para se dedicar à música. Elis Regina já estava com o repertório do álbum "Essa Mulher" (1979) fechado. Mas decidiu reabri-lo assim que ouviu "As Aparências Enganam", canção de Tunai com letra de Sérgio Natureza.

A cantora ficou tão entusiasmada com a composição que tirou "Velho Arvoredo" (Hélio Delmiro e Paulo César Pinheiro) do disco para incluir "As Aparências Enganam" no álbum de 1979, ano em que Nana Caymmi deu voz a nada menos do que duas canções do então novato Tunai, "Pra Não Chorar" e "Pra Sempre", ambas com letras de Sérgio Natureza.

Começou ali para valer, naquele ano de 1979, a trajetória musical de Tunai, embora a rigor o compositor já tivesse sido lançado em 1978 por Fafá de Belém com a gravação de "Se Eu Disser", música de Tunai e Sérgio Natureza apresentada sem repercussão no álbum "Banho de Cheiro" (1978).

Tunai viveu o auge artístico na década de 1980. Em 1984, uma outra parceria de Tunai com Sérgio Natureza, "Frisson", de tonalidade bem mais pop do que as densas canções lançadas por Elis Regina e Gal Costa, invadiu as FMs e o coração do público em gravação feita pelo próprio Tunai para o álbum "Em Cartaz" (1984). "Frisson" também foi tema da novela "Suave Veneno" (1999), da TV Globo.

"Frisson" atravessou gerações em vozes como a da cantora Ivete Sangalo, que regravou a música em 1998, quando ainda era vocalista da Banda Eva.


Simone gravou sete composições de Tunai, incluindo a já mencionada "Raras Maneiras". "Depois das Dez" (Tunai e Sérgio Natureza), "Só de Amor" (Tunai e Sérgio Natureza), "Tinha de Ser" (Tunai e Sérgio Natureza), "Água na Boca" (Tunai e Abel Silva), "Olhos Negros" (Tunai) e "Apaixonada" (Tunai).

Milton Nascimento compôs "Certas Canções" com Tunai e lançou a música em álbum de 1982. A parceria foi ampliada com "Mar do Nosso Amor" (1984) e "Rádio Experiência" (1985).

Tunai também ficou imortalizado por canções e baladas de romantismo pop sensual como "Sintonia" (Sérgio Natureza). Também deixou samba, blues-rock e bolero em obra sintetizada pelo cantor e compositor no álbum "Eternamente...", songbook lançado em 2011 com participações de Milton Nascimento, Simone, entre outros nomes.

Mais recentemente, em 2019, Tunai festejou 40 anos de carreira com "Caderno de Lembranças" (2019), álbum que, ao contrário do que faz supor o título, apontou futuro para Tunai com repertório majoritariamente inédito.

Escrevendo para o Yahoo!, Regis Tadeu publicou uma crítica positiva para o cantor em 2012:
"Este talentoso e veterano cantor mineiro nunca recebeu os devidos créditos por conta de seu trabalho bem acima da média dos compositores advindos dos anos 70, mesmo que várias de suas canções tenham sido gravadas por Elis Regina, Fafá de Belém e Gal Costa. (...)"
Morte

Tunai faleceu na manhã de domingo, 26/01/2020, aos 69 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele foi encontrado morto no sofá de sua casa por sua esposa. A morte foi constatada às 6h00, por parada cardíaca.

Discografia
  • 1980 - Trovoada - As Aparências Enganam (Polydor)
  • 1981 - Festival da Nova Música Popular Brasileira - Adeus à Dor (Polydor)
  • 1981 - Todos os Tons (PolyGram)
  • 1983 - Olhos do Coração (PolyGram)
  • 1984 - Em Cartaz (PolyGram)
  • 1985 - Tunai (PolyGram)
  • 1988 - Sobrou Pra Mim (Eldorado)
  • 1993- Dom (Maracujazz)
  • 2000 - Certas Canções (Jam Music)
  • 2003 - Sem Limites (Universal Music)
  • 2004 - Dança das Cadeiras (Independente)
  • 2011 - Eternamente... (MZA Music)

Fonte: Wikipédia e G1
#FamososQuePartiram #Tunai

Tavito

LUÍS OTÁVIO DE MELO CARVALHO
(71 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Belo Horizonte, MG (26/01/1948)
┼ São Paulo, SP (26/02/2019)

Tavito, nome artístico de Luís Otávio de Melo Carvalho, foi um cantor, compositor e instrumentista nascido em Belo Horizonte, MG, no dia 26/01/1948. Algumas canções compostas por Tavito tornaram-se grandes sucessos, como "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja) e "Casa No Campo" (Tavito e Zé Rodrix). Também ficou conhecido pela composição, ao lado de Aldir Blanc, do jingle que virou tema nas transmissões da TV Globo da vitoriosa Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994.

Aos 13 anos de idade, ganhou seu primeiro violão. Autodidata, logo em seguida começou a participar de serenatas e a atuar em festas em sua cidade natal, além de compor suas primeiras canções.

Tavito é companheiro de geração de Milton Nascimento e de outros músicos mineiros, como Toninho Horta, Tavinho Moura e Nelson Angelo.

Em 1965, conheceu Vinicius de Moraes, que se encantou com a sua performance ao violão. Foi, então, convidado por ele para acompanhá-lo em alguns shows pela cidade de Belo Horizonte, MG. 

Cursou o 1º ano de Desenho Industrial na Universidade Mineira de Arte, mas abandonou os estudos decidindo-se pela profissão de músico. Mudou-se, então, para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como professor de violão.


Em 1969, participou do Festival Universitário da TV Tupi, no Rio de Janeiro, com a canção "Terça- Feira" (Tavito, Werther Jacques e Antônio Gil), interpretada pelo conjunto Os Três Moraes.

Em 1970, foi convidado por Milton Nascimento para formar uma banda que acompanhasse o cantor e compositor em shows. Nasceu o Som Imaginário, integrado também por Wagner Tiso, Robertinho Silva, Luís AlvesZé Rodrix, Frederyko e Laudir de Oliveira, mais tarde substituído por Naná Vasconcelos. Ainda em 1970, o grupo defendeu a canção "Feira Moderna" no V Festival Internacional da Canção, na TV Globo, classificando-a em 6º lugar. Tavito gravou três LPs com o conjunto. Nessa época, começou a compor com Mariozinho Rocha, Eduardo Souto Neto e Zé Rodrix.

Em 1971, concorreu com "Casa No Campo" (TavitoZé Rodrix) no VI Festival Internacional da Canção na TV Globo. A canção viria a se tornar um de seus maiores sucessos na voz de Elis Regina. Nessa época já era reconhecido no meio artístico, então começou a participar de gravações com inúmeros intérpretes, tocando tanto o violão quanto a viola de 12 cordas, seu elemento diferencial como instrumentista.

Em 1972, foi convidado por José Scatena para ingressar no mercado publicitário paulista, como compositor de jingles e trilhas comerciais. Mudou-se para São Paulo e em seis meses já era um dos mais requisitados jinglistas dessa cidade.

Em 1973 o Som Imaginário se dissolveu, e seus integrantes partiram para carreiras individuais.


Em 1974, de volta ao Rio de Janeiro, continuou atuando na área publicitária, contratado por diversas produtoras de jingles cariocas. Logo em seguida, montou sua própria empresa, a Zurana Criação e Produção, que viria a se tornar uma das maiores produtoras de jingles do Brasil.

Em 1979, por indicação de Fernando Adour, gravou seu primeiro LP como cantor solista, "Tavito", lançado no ano seguinte pela gravadora CBS. O disco incluiu "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja), canção bastante executada e que remete à sua antiga admiração pelo conjunto The Beatles, além de "Começo, Meio e Fim" (Tavito e Ney Azambuja) e "Longe do Medo" (Tavito, Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), entre outras.

Na década de 80, lançou os LPs "Tavito II" (1982) e "Tavito III" (1983).

Em 1984, gravou um compacto simples com "Simpatia" (Tavito e Ricardo Magno) e "Água e Luz" (Tavito e Ricardo Magno). Decepcionado com a pouca divulgação do disco, passou a compor somente para outros intérpretes.

Ao longo de sua carreira artística, Tavito atuou também como produtor de discos, tendo sido responsável por trabalhos de Marcos Valle, Renato Teixeira, Selma Reis e Sá & Guarabyra, entre outros. Assinou, ainda, arranjos vocais para vários artistas, destacando-se Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Ivan Lins.


Até 1992, realizou diversos shows pelo Brasil. A partir desse ano, passou a dedicar-se exclusivamente à composição, aos arranjos e à publicidade.

Em 2004, voltou ao cenário artístico, apresentando-se nos espaços cariocas Panorama e Mistura Fina. Nesse mesmo ano, finalizou a gravação de mais um disco, contendo suas canções "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja), "Começo, Meio e Fim" (Tavito e Ney Azambuja), "Aquele Beijo" (Tavito e Ney Azambuja), "O Primeiro Sinal" (Tavito e Ney Azambuja), "O Dia Em Que Nasceu Nosso Amor" (Tavito e Luiz Carlos Sá), "A Sorte Grande do Amor" (Tavito e Luiz Carlos Sá), "Um Certo Filme" (Tavito e Rocknaldo), "Água e Luz" (Tavito e Ricardo Magno), "Gostosa" (Tavito e Ricardo Magno), "Hoje Ainda é Dia de Rock (Zé Rodrix e Guarabyra), "Cowboy" (Eduardo Souto Neto e Paulo Sérgio Vallle) e "Naquele Tempo" (Mariozinho Rocha e Renato Corrêa). Ainda em 2004, sua canção "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja) tornou-se hino oficial da cidade de Belo Horizonte.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções Zé Rodrix, Amelinha, Jane Duboc, Leny Andrade, Golden Boys, Erlon Chaves, Paul Mauriat, Elis Regina, Rosa Marya Colin, Roupa Nova, Zizi Possi, Ronnie Von, Selma Reis, Rosemary, Erasmo Carlos, Vânia Bastos, Sandra de Sá, Zé Ramalho, Affonsinho, Biafra, Trio Esperança, Pery Ribeiro, entre outros.

Seu mais recente trabalho foi o CD "Mineiro", em que mostra sua verve eclética e multifacetada, com parceiros novos e também com os consagrados.

Morte

Tavito faleceu na manhã de terça-feira, 26/02/2019, em São Paulo, SP, aos 71 anos. Tavito estava internado há uma semana no Hospital Sancta Maggiore, no bairro Pinheiros, para tratar um tumor de orofaringe, região que envolve boca, língua, palato e faringe.

A filha de Tavito, Júlia Carvalho, informou, por meio do Facebook, que o pai será velado no cemitério da Vila Alpina a partir das 23h00. A cremação ocorrerá no crematório da Vila Alpina, na quarta-feira, 27/02/2019, às 11h00.

Lô Borges, também por meio do Facebook, lamentou a morte do parceiro:
"Partiu hoje meu grande e talentoso amigo Tavito, que tanto contribuiu para a Música Popular Brasileira e, em especial, para a música do Clube da Esquina. Descanse em paz, querido amigo!"
Discografia
  • 1970 - Som Imaginário (Odeon)
  • 1971 - Som Imaginário (Odeon)
  • 1973 - Som Imaginário - Matança do Porco (Odeon)
  • 1979 - Tavito (Discos CBS / Sony Music, LP e CD)
  • 1981 - Tavito 2 (Discos CBS / Sony Music, LP)
  • 1982 - Número 3 (Discos CBS / Sony Music, LP)
  • 1983 - Simpatia / Água e Luz (Discos CBS / Sony Music, Compacto Simples)
  • 2009 - Tudo (Tratore, CD e LP Promocional)
  • 2014 - Mineiro (Tratore, CD)

Indicação: Soraya Veras e Miguel Sampaio
#famososquepartiram #tavito

Sérgio de Carvalho

SÉRGIO MAGALHÃES DE CARVALHO
(69 anos)
Produtor Musical

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/10/1949)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/01/2019)

Sérgio Magalhães de Carvalho foi um produtor musical nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 03/10/1949.

Irmão de Mú Carvalho (Tecladista, compositor e produtor musical), Dadi (Baixista, compositor e cantor) e Heloisa Tapajós (Pesquisadora de MPB). Primo, pelo lado paterno, de Beto Carvalho (Radialista e produtor musical) e Guti Carvalho (Produtor musical). Tio de Daniel Carvalho (Músico e produtor musical). Primo, pelo lado materno, do pianista Homero Magalhães e de seus filhos músicos Homero Magalhães Filho, Alain Pierre, Alexandre Caldi e Marcelo Caldi.

Entre 1965 e 1970, integrou grupos musicais amadores, atuando como baterista. Ingressou na Faculdade de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1971, deixando o curso três anos depois para se dedicar integralmente à atividade de produtor musical.

Iniciou sua carreira profissional em 1972, como produtor musical contratado pela PolyGram, tendo permanecido na gravadora até 1981.

Em 1974, produziu um projeto com Leon Russell e músicos brasileiros, gravado nos estúdios RCA.

Polygram Discos Anos 70
Em 1975, produziu duas faixas do artista Mick Jagger, gravadas no Brasil para um projeto solo.

Em 1976 foi responsável pela criação do grupo "A Cor do Som", integrado por Dadi, Mú Carvalho, Armandinho, Gustavo e Ary Dias. Ainda neste ano criou a série "Música Popular Brasileira Contemporânea" (PolyGram), que abriu importante espaço para a música instrumental brasileira.

Em 1978, atuou como diretor musical de dois especiais de Chico Buarque: "Fados Tropicais", para a Rádio Televisão Portuguesa, em Lisboa, e "Cálice", para a TV Bandeirantes.

Em 1981 realizou estágio de produção musical e gravação no Trafalgar Record Studios, em Roma.

De 1981 a 1994, exerceu a função de produtor musical contratado da TV Globo, tendo sido responsável por diversos especiais e trilhas de novelas da emissora. Atuou, também, como produtor de discos autônomo, realizando trabalhos para diversas gravadoras, e também como produtor musical de trilhas sonoras para cinema.

Gravação da Cor do Som, 1981.
Entre 1972 e 1994, assinou a produção musical dos discos:
  • Chico Buarque"Calabar, O Elogio Da Traição", "Sinal Fechado", "Meus Caros Amigos", "Cálice", "Vida", "Joana, A Francesa", "Os Saltimbancos", "A Ópera Do Malandro" e "Chico Em Español".
  • Caetano Veloso e Chico Buarque: "Caetano E Chico Juntos E Ao Vivo" (1972) e "Ao Vivo Com Convidados" (1986).
  • Chico Buarque e Milton Nascimento: "Cio Da Terra".
  • Fafá de Belém"Banho De Cheiro".
  • Emílio Santiago: "Emílio", "O Canto Crescente", "Guerreiro Coração" e "Amor De Lua".
  • Edu Lobo: "Camaleão" e "Tempo Presente".
  • Gal Costa.
  • Elba Ramalho.
  • Luiz Melodia: "Pérola Negra".
  • Quinteto Violado: "A Feira" e "A Missa Do Vaqueiro".
  • Nara Leão: "Meu Primeiro Amor".
  • Simone: "Delírios, Delícias".
  • Léo Jaime: "Direto Do Meu Coração Pro Seu".
  • João Bosco: "Bosco".
  • Francis Hime: "Essas Parcerias" e "Clareando".
  • Altamiro Carrilho: "Antologia Do Chorinho".
  • MPB-4: "Lindo Balão Azul" e "Caminhos Livres".
  • Quarteto Em Cy.
  • Nara Leão e MPB-4: "Música Popular Infantil".
  • Guilherme Lamounier: "Um Toque De Amor" e "Enrosca".
  • A Cor do Som: "Magia Tropical".
  • MPB-4 e Quarteto Em Cy: "Vinicius De Moraes, A Arte Do Encontro".
  • Zizi Possi: "Pedaço De Mim".
  • Raul Seixas: "Há Dez Mil Anos Atrás" e "Raul Rock Seixas".
  • Mercedes Sosa: "San Vicente".
  • Ana Belém: "Ana Em Rio".

Dentre tantos outros cantores, totalizando 102 álbuns produzidos.

Sérgio de Carvalho assinando contrato com Lobão.
Como produtor musical da TV Globo, dirigiu diversos especiais de artistas, como Roberto Carlos, destacando-se 10 especiais de Natal do cantor, Rita Lee ("Saúde"), "Chico Buarque & Caetano Veloso" (Série de 12 programas com a participação de vários artistas brasileiros, como Tom Jobim, Gal Costa, Maria Bethânia, Elza Soares, Pablo Milanês, Sílvio Rodrigues, Mercedes Sosa, Jorge Benjor ("Energia"), Djavan ("Facho De Luz"), Elba Ramalho ("Coração Brasileiro"), Luiz Gonzaga ("Danado De Bom"), Blitz ("Contra O Gênio Do Mal"), Baby e Pepeu ("Masculino/Feminina"), Ivan Lins ("Juntos"), Leandro & Leonardo (Série de especiais e especial na Disney World), Simone ("Raio De Luz"), David Bowie, StingCyndi Lauper, dentre outros.

Ainda na TV Globo, assinou a direção musical do Festival dos Festivais e dos projetos Canta Brasil I e II, e a produção musical das transmissões dos eventos Hollywood Rock e Free Jazz Festival, além de ter realizado a produção musical de trilhas sonoras, e seus respectivos discos, de novelas e minisséries, como "Fera Radical", "Bambolê", "O Primo Basílio" e "O Salvador Da Pátria"

Como produtor musical de trilhas sonoras para cinema, participou dos filmes "Joana, A Francesa", de Cacá Diégues, "Vai Trabalhar, Vagabundo" e "Se Segura, Malandro", ambos de Hugo Carvana, "A Noiva Da Cidade", de Alex Viany, "Certas Palavras Com Chico Buarque", de Maurício Beru, "Eu Te Amo", de Arnaldo Jabor, "O Cavalinho Azul", de Eduardo Escorel, e "Sole Nudo", do diretor italiano Tonino Cervi

De 1994 a 1997, exerceu a função de diretor artístico da gravadora BMG, onde, com um cast de 43 artistas, foi responsável por 97 discos de músicos como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gal Costa, Elba Ramalho, Joanna, Zé Ramalho, Grupo Raça, Roupa Nova, José Augusto, Amado Batista, Eliana, Engenheiros do Hawaii, Gian & Giovani, Chiclete Com Banana, Lulu Santos, Fábio Jr., Fagner, entre outros. Nesse período contratou, além de outros, o grupo de samba Os Morenos e o grupo de pop-rock Pato Fu, consolidados posteriormente como expoentes desses segmentos.


Em 1996, além de responsável pela direção artística da gravadora, produziu o CD "Bebadosamba", de Paulinho da Viola, que valeu ao compositor e cantor seu primeiro disco de ouro e o Prêmio Sharp em cinco categorias: Melhor Disco, Melhor Música, Melhor Arranjo, Melhor Cantor e Melhor Capa.

Ainda na BMG, desenvolveu a carreira do grupo Só Pra Contrariar, que atingiu a vendagem de seis milhões de cópias em quatro discos produzidos nesse período, com destaque para o CD "Só Pra Contrariar-97", primeiro disco de diamante triplo da história da indústria fonográfica brasileira, por ter atingido a vendagem recorde de três milhões de CDs.

Em 1997, transferiu-se para a Universal Music, que então iniciava suas atividades no Brasil, com a tarefa de montar um cast de artistas locais, exercendo o cargo de diretor artístico. Nessa gravadora, consolidou a carreira da dupla Claudinho & Buchecha, cujo disco "A Forma" foi contemplado com um disco de diamante (Um milhão de cópias vendidas), além de ter sido responsável pelos CDs de Ed Motta "Manual Prático", contemplado com seu primeiro disco de platina, e "Remix E Aperitivos", disco de ouro. Contratou o conjunto Os Morenos, que também recebeu ali seu primeiro disco de ouro, e o cantor Wando, disco de ouro com "Palavras Inocentes", além de Elza Soares, Bezerra da Silva e Lobão.

Em 1999, assinou a produção musical do CD "Claudinho & Buchecha Ao Vivo", sendo indicado para o Grammy Latino na categoria Melhor Produtor.

Após a fusão da Universal com a PolyGram, em janeiro de 1999, permaneceu na mesma função, assinando a direção artística de discos de Ney Matogrosso, Zizi Possi, É O Tchan , Netinho, Os Morenos, Claudinho & Buchecha, Banda Beijo, Grupo Raça Negra, As Meninas, Alcione e João Gilberto.


Em 2002, retornou à BMG, produzindo uma série de dezesseis discos do programa "Fama" (TV Globo) e, a partir deste projeto, permaneceu nessa gravadora como consultor de A&R, participando da produção de diversos artistas, como Ana Carolina, Danny CarlosTitãs, entre outros.

Em 2005, como produtor autônomo, foi responsável pelos seguintes projetos: "Rock'n'road All Night" (CD) e "Rock'n'road Live" (CD e DVD), de Danni Carlos, "Alexia Bomtempo" (CD), "Bem Demais" (CD), de Gláucia Nasser, e "A Cor Do Som Acústico" (CD e DVD), do grupo A Cor do Som. No final desse mesmo ano, assumiu a Gerência de A&R da BMG Music Publishing.

Paralelamente ao seu trabalho na editora, continuou exercendo a atividade de produtor musical, tendo sido responsável, em 2006, pelo CD "Rock'n'road Movies", de Danni Carlos.

Ao longo de sua trajetória profissional, como produtor musical e diretor artístico, sua atuação na indústria fonográfica gerou uma participação da vendagem de mais de 38 milhões de discos e um total de 86 discos de ouro, 29 discos de platina, 20 discos de platina duplo, 12 discos de Platina triplo, 2 discos de diamante, 1 disco de diamante duplo e 1 disco de diamante triplo, e ainda o prêmio Grammy da 43ª edição da Academia Norte Americana, na categoria Best World Music Álbum, pelo CD "Voz e Violão", de João Gilberto.

Sérgio de Carvalho era membro votante da National Academy Of Recording Arts & Sciences (Naras) e da Latin Academy Of Recording Arts & Sciences (Laras), responsáveis pelos Prêmios Grammy.

Morte

Sérgio de Carvalho faleceu no sábado, 26/01/2019, aos 69 anos e a causa da morte não foi informada. O velório ocorreu no domingo, 27/01/2019, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro, das 10h00 às 15h00, na Capela 5. Às 16h00, ocorreu uma cerimônia de despedida no crematório São Francisco Xavier, no Caju.

Comunicado da família:

"Queridos amigos,
É com enorme tristeza que a família comunica o falecimento do Sérgio de Carvalho, uma das pessoas mais incríveis que já passaram por este plano."

#FamososQuePartiram # SergioDeCarvalho

Wagner Montes

WAGNER MONTES DOS SANTOS
(64 anos)
Advogado, Jornalista, Cantor, Político e Apresentador de Rádio e Televisão

☼ Duque de Caxias, RJ (18/07/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/01/2019)

Wagner Montes dos Santos foi um advogado, jornalista, político e apresentador de rádio e televisão, nascido em Duque de Caxias, RJ no dia 18/07/1954.

Criado no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Wagner Montes teve uma infância pobre. Na juventude trabalhou como garçom, vendedor de camisas e açougueiro.

Formado em direito pela Universidade Gama Filho, começou sua carreira na Rede Tupi, primeiro como repórter policial na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro, em 1974, e depois, em 1979, como apresentador do programa "Aqui e Agora" da TV Tupi.

Em 1981, após rápida carreira no cinema, onde fez "A Morte Transparente" (1978) e "A Pantera Nua" (1979), foi contratado por Silvio Santos para trabalhar na TVS, emissora que estava inaugurando, que mais tarde mudaria o nome para SBT, onde permaneceu por 17 anos.

No SBT participou de programas como "O Povo na TV", "Jornal Policial", "Clube dos Artistas", "Musicamp""Musidisc", além de ter sido jurado do "Show de Calouros".


Em 05/11/1981, sofreu um acidente de triciclo na Zona Sul do Rio de Janeiro e precisou amputar a perna direita.

Wagner Montes também já foi cantor e gravou quatro discos. Uma de suas canções mais famosas foi "Me Use, Abuse e Lambuze". Mas segundo ele mesmo dizia, cantava muito mal e depois abandonou a música.

Wagner Montes namorou a miss Cátia Pedrosa, com quem teve um filho, o político Wagner Montes. Casou-se com a atriz Sônia Lima em 1987, com quem teve seu segundo filho, o ator Diego Montez.

Em 1990, candidatou-se a Deputado Estadual pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), recebendo 11.041 votos. Embora não tenha sido eleito, assumiu uma vaga de suplente, no final do mandato. Seu nome foi citado em uma lista de doações do bicheiro Castor de Andrade, algo que ele negou na época.

Também trabalhou nas rádios Record e América em São Paulo, e na Manchete, no Rio de Janeiro.

Em junho de 1997 foi contratado pela Rede CNT, onde comandou os programas "190 Urgente", "Na Boca do Povo" e "Em Cima do Fato". Na mesma emissora, por algum tempo, comandou o "Programa Wagner Montes". Na CNT lançou ainda o programa "Novos Talentos", que ia ao ar todo sábado, dando oportunidade a novos artistas.


Em 2003 foi para a TV Record onde apresentou os programas jornalísticos locais "Verdade do Povo", "Cidade Alerta Rio", "RJ No Ar" e, finalmente, o "Balanço Geral", sendo o primeiro apresentador da versão carioca, antes do noticiário se tornar uma marca nacional da Rede Record, com versões na maioria dos Estados do país.

No comando do "Balanço Geral", Wagner Montes deixou a TV Record do Rio de Janeiro na liderança de audiência na hora do almoço, obrigando os concorrentes, inclusive a TV Globo, a mudar o tom da cobertura jornalística local: Antes fria, passou a ser mais popular.

Nas eleições de 2006 afastou-se da televisão para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Foi o terceiro Deputado Estadual mais votado no estado do Rio de Janeiro e o mais votado na legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT) nas eleições de 2006, com mais de 100 mil votos. Após a eleição, voltou ao "Balanço Geral" local.

Em fevereiro de 2007 inaugurou sua coluna semanal "Escraaaacha!", publicada às sextas-feiras no jornal carioca Meia-Hora. O nome da coluna faz referência ao bordão que popularizou na TV e no rádio.


A partir de 14/09/2008 sua coluna foi rebatizada "Balanço Geral" e passou a ser publicada nas edições de segunda, quarta e sextas-feiras do mesmo Jornal.

Nas eleições de 2010, reelegeu-se à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), com a expressiva votação de 528.628 votos, tendo sido o candidato mais votado naquele ano.

Nas Eleições de 2014, reelegeu-se à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), pelo Partido Social Democrático (PSD), para o mandato 2015-2019, com a expressiva votação de 208.814 votos, tendo sido o 2º candidato mais votado naquele ano.

Em março de 2015, Wagner Montes deixou o "Balanço Geral RJ" e assumiu o "Cidade Alerta RJ". Logo nos primeiros meses elevou a audiência da emissora no horário. Em dezembro de 2015, o apresentador foi afastado do programa por problemas de saúde. Em abril de 2015, votou a favor da nomeação de Domingos Brazão para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, nomeação que foi muito criticada na época.

Em março de 2016, anunciou sua filiação ao Partido Republicano Brasileiro (PRB). Em maio de 2016, retornou ao comando do "Cidade Alerta RJ".

Em 2017, começou a apresentar problemas de saúde devido ao excesso de peso. Chegou a apresentar o "Cidade Alerta" sentado. Internou-se para tratamento e enfrentou problemas vasculares onde chegou a ser visto nas sessões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) sentado numa cadeira de rodas. Mais uma vez, foi internado e em julho de 2017, recebeu alta após ficar 39 dias internado e passou a apresentar o "Balanço Geral RJ Manhã".


Na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), em fevereiro de 2017, votou contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) proposta pelo governador Luiz Fernando Pezão e seus aliados. Apesar de seu voto contrário, a proposta acabou sendo aprovada pela maioria dos deputados presentes.

Em novembro de 2017, Wagner Montes tornou-se presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), após a prisão do deputado Jorge Picciani.

O primeiro desgaste de Wagner Montes com aliados de Jorge Picciani ocorreu quando ele votou a favor da permanência da prisão dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, e ainda como presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), não assinou o comunicado em que a Assembleia notificava o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, sobre a soltura dos três deputados após votação realizada em suas dependências.

Segundo o jornal O Globo, Wagner Montes pretendia deliberar sobre uma agenda positiva para a Assembleia.

Em 2018 foi candidato a Deputado Federal pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), onde foi eleito com 65.868 votos.

Em novembro de 2018, Wagner Montes sofreu um infarto.

Morte

Wagner Montes faleceu na manhã de sábado, 26/01/2019, aos 64 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava internado há dois dias no Hospital Barra D'Or para o tratamento de uma infecção urinária. A causa da morte foi choque séptico e sepse abdominal.

O velório será realizado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) em data e horário que ainda serão confirmados pela família.

Fonte: Wikipédia e G1
#FamososQuePartiram #WagnerMontes

Renato Consorte

RENATO CONSORTE
(84 anos)
Ator

* São Paulo, SP (27/10/1924)
+ São Paulo, SP (26/01/2009)

Foi um ator e grande cômico brasileiro que marcou seu nome no teatro, no cinema e na televisão. Trabalhou por longo tempo no Teatro de Arena e na TV Cultura de São Paulo.

Descendente de italianos, nascidos na região de Abuzzos, Renato Consorte nasceu no centro da capital paulistana, mais precisamente na Rua Aurora, naquela época, década de 1920, um local aristocrático.

Estudou na famosa Caetano de Campos e, já moço, queria fazer medicina, mas foi influenciado por Ibrahin Nobre para fazer Direito. Entrou na Faculdade do Largo de São Francisco. Não terminou jamais a faculdade, pois ele gostava mesmo era de música, de fazer graça, de se apresentar num palco.

Fez parte da "Caravana Artística XI de Agosto", da Faculdade e viajou por todo o interior, cantando e representando. Suas gaiatices ficaram famosas, e ele inventou uma fala "de araque", isto é, que ele falava sem nada dizer . Era o maior brincalhão. Mas tinha realmente jeito para o palco. E foi assistido por Alda Garrido, quando fazia dublagem do famoso cantor americano Bing Crosby. Ele não aceitou o convite que ela lhe fez, pois ainda estava convicto de que queria ser advogado.

Em seguida conheceu Inezita Barroso, a grande cantora, e o ator Paulo Autran. Não resistiu. Era tentação demais. Acabou sendo "jubilado" da Faculdade, quando já estava no 4º ano, e sendo contratado pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia).

De lá foi para a Companhia Vera Cruz, grande empresa cinematográfica brasileira, onde fez 18 filmes. Consorte foi um dos primeiros funcionários contratados pela Vera Cruz e participou da primeira produção, o filme "Caiçara" ao lado de Mário Sérgio e Eliane Lage.

Continuava, porém no teatro, e já na televisão. A TV Record tinha sido inaugurada, e ele cantava, dançava, representava, e era ainda apresentador de programas. Participou do elenco da famosa série "Família Trapo".

Transferiu-se para o Rio de Janeiro e para o TBC carioca. Passou para a TV Rio e participou do quadro humorístico "Seu Obturado" junto com Walter D’Ávila. Na TV Tupi do Rio fez "Gabriela, Cravo e Canela", por volta de 1960.

Mas era irriquieto o jovem paulistano. Voltou para São Paulo e trabalhou na TV Bandeirantes e depois na TV Paulista. A seguir, na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Na TV Paulista ficou famosa uma apresentação sua, em que dançava e regia a Orquestra Sinfônica . Como não sabia ler música, teve que decorar toda a partitura, o que conseguiu em poucos dias. Era "bom de orelha", como ele mesmo dizia.

Esteve ainda na TV Cultura, nos anos 70, onde apresentou vários programas infantis, entre eles o "Jardim Zoológico" e fez a novela "Meu Pedacinho de Chão", de Benedito Ruy Barbosa. Como já tinha casado e constituído família, mantinha apartamento alugado no Rio de Janeiro, para levar para lá a esposa e os filhos.

A estréia em novelas aconteceu em 1964, na TV Record em "Prisioneiro de um Sonho" ao lado de John Herbert e Eva Wilma. Na TV Excelsior foi o Padre Lara da versão da emissora paulista para "O Tempo e o Vento" da obra de Érico Veríssimo.

Na TV Tupi fez as novelas "Meu Pé de Laranja Lima"; "A Volta de Beto Rockefeller"; "O Conde Zebra"; "Papai Coração" e "Dinheiro Vivo". Na Manchete, anos depois, fez a novela "A História de Ana Raio e Zé Trovão".

Fez muita coisa também na TV Globo, como as minisséries "O Tempo e o Vento" e "Primo Basílio" e a novela "Tieta" onde viveu o personagem Chalita. Mas ele também foi produtor e diretor de programas na emissora carioca.

Mas o teatro continuava a ser sua paixão maior. Fez: "Assim é se lhe parece", "Bonito como um Deus", "Música, divina música", "Peguei um ita no Norte" e inúmeras outras peças, sendo que seu maior sucesso foi em "Porca Miséria", de Marcos Caruso e Jandira Martini, que ficou sete anos e meio em cartaz e que viajou o Brasil inteiro. No teatro o último trabalho foi em "Sábado, Domingo, Segunda" ao lado de Paulo Goulart e Nicette Bruno.

Também da Vera Cruz ele nunca se afastou, tanto que há quinze anos cuidava de seu acervo para a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Seu material cenográfico, com todos os filmes que ali foram feitos, estão no Museu da Imagem e do Som, de São Paulo.

Na década de 90 trabalhou em filmes como "Sua Excelência, o Candidato"; "Sábado"; "Boleiros 2"; "O Casamento de Romeu e Julieta" e em 2007 fez sua derradeira participação no filme "O Homem Que Desafiou o Diabo".

Na TV nos últimos anos participou do programa infantil "Qual é Bicho?" da TV Cultura e da novela "Bang Bang" na TV Globo.

O Sobrenome Consorte e o Desastre de Avião

Renato Consorte participou inesperadamente de um fato inusitado, mas que foi acompanhado por toda população brasileira da época, via televisão e rádio. Em 1963 um avião cai na Avenida Indianópolis, perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo matando todos os tripulantes e passageiros. Renato Consorte foi o único sobrevivente, estando por vários dias com a vida por um fio. Felizmente, depois de dias de tratamento, recebe-se a notícia de seu pleno restabelecimento, após ter o corpo quase todo queimado. Conta-se que o Consorte de seu sobrenome se deve a este fato.

Renato Consorte faleceu aos 84 anos, vítima de um Câncer de Próstata. O ator faria 50 anos de casado no dia seguinte à sua morte.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam


JOHN HERBERT BUCKUP
(81 anos)
Ator, Diretor e Produtor

☼ São Paulo, SP (17/05/1929)
┼ São Paulo, SP (26/01/2011)

John Herbert Buckup, mais conhecido por John Herbert, foi um ator, diretor e produtor nascido em São Paulo, SP, no dia 17/05/1929. Em alguns de seus trabalhos foi creditado como Johnny Herbert.

Descendente de alemães, John Herbert era de uma família de esportistas, todos velejadores.

Após concluir o curso clássico, ingressou na Faculdade de Direito e se tornou bacharel. Mas, já na Faculdade São Francisco, tornou-se amigo de Renato Consorte e outros atores. John Herbert, por gostar de cinema, interessou-se pelos estudos cinematográficos promovidos por Ruggero Jacobbi e aí começou a trabalhar no Teatro de Arena, do qual é um dos fundadores.

A primeira peça que fez foi "Essa Noite é Nossa", ao lado de Sérgio Britto e outros. Nessa época também conheceu Eva Wilma, que participava da peça "Uma Mulher e Três Palhaços". Logo, eles começaram a namorar e casaram-se em 1955.

Foi na mesma ocasião que começou o movimento cinematográfico da Vera Cruz, e ali foram realizados grandes filmes, dos quais John Herbert fazia parte. Alguns destaques são "Uma Pulga na Balança" (1953), "O Petróleo é Nosso" (1954) e "Matar ou Correr" (1954).

Em 55 anos de carreira, completados em 2008, John Herbert contava com mais de 80 filmes em seu currículo. Além de atuar, ele produziu filmes, como "Já Não Se Faz Amor Como Antigamente" (1976), "Cada Um Dá o Que Tem" (1975), "Anuska, Manequim e Mulher" (1968) e "Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera" (1966).


John Herbert
 foi roteirista em "Tessa, a Gata" (1982), "Ariella" (1980) e "Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera" (1966). Foi assistente de direção em "A Moça do Quarto 13" (1961).

Concomitantemente aconteceu a televisão, e, em 1952, John Herbert foi convidado a participar de teleteatros. Estrelou, ao lado de Eva Wilma, o seriado "Alô Doçura" (1953) que chegou aos picos mais altos de audiência por anos e anos seguidos. Como John Herbert era um rapaz muito bonito, logo surgiram muitos papéis para ele, especialmente no cinema.

Ele fez dezenas de filmes e peças de teatro, tornando-se, também, produtor teatral. Conseguiu, além disso, lançar atores, entre os quais cita Regina Duarte, em "Black Out" (1968).

John Herbert trabalhou quase 30 anos na TV Globo, com passagens pelas demais emissoras de TV nesses anos.

Nos anos 80, atuou e dirigiu o programa semanal "Casal 80" (1983), na TV Bandeirantes, com Célia Helena e fez as novelas "Campeão" (1982) e "Os Imigrantes - Terceira Geração" (1982).


Na TV Tupi participou, entre outras, das novelas "As Divinas... e Maravilhosas" (1973), "A Revolta dos Anjos" (1972), "O Machão" (1974) e "Aritana" (1978).

Na TV Globo fez "Água Viva" (1980), "O Mapa da Mina" (1993), "Plumas e Paetês" (1980), "Perigosas Peruas" (1992), "Que Rei Sou Eu?" (1989), "Esperança" (2002) e "Cabocla" (2004).

John Herbert interpretou dois personagens de destaque, em "Malhação". Em 1995, quando estreou a "Sitcom", ele viveu Nabucodonosor, personagem que permaneceu no ar por três anos.

Em 2005 voltou à "Malhação" como o Horácio, um artista plástico.

De seu casamento com Eva Wilma nasceram dois filhos. O casal separou-se e John Herbert casou-se com Claudia Librach, com quem teve mais dois filhos.

Em 2006, John Herbert recebeu o Prêmio Tributo, pelo conjunto de suas atuações no cinema e na telenovela brasileira, no XVI Festival de Cinema de Natal, RN.

Em 2007, no FestCine Goiânia, ele foi homenageado com o Troféu Goiânia Especial, pelo conjunto de suas obras no cinema brasileiro. Ainda em 2007, fez uma participação na novela "O Profeta" (2007) e outra na novela "Sete Pecados" (2007).

Em 2008, John Herbert participou de um dos episódios do seriado da TV Globo, "Faça Sua História" (2008) e integrou o elenco da novela "Três Irmãs" (2008).

Morte

John Herbert faleceu na quarta-feira, 26/01/2011, aos 81 anos, em São Paulo, SP, vítima de enfisema pulmonar. Ele estava internado desde 05/01/2011 no Hospital do Coração, em São Paulo.

O velório aconteceu no Museu da Imagem e do Som de São Paulo.

Carreira

Televisão Novelas
  • 2008 - Três Irmãs ... Excelência Gutierrez
  • 2007 - Sete Pecados ... Schmidt
  • 2007 - O Profeta ... Rodrigo César
  • 2006 - Sinhá Moça ... Viriato
  • 2005 - Malhação ... Horácio
  • 2004 - Cabocla ... Vigário Gabriel
  • 2002 - Esperança ... Jonathan
  • 2000 - Uga Uga ... Veludo Herrera
  • 1999 - Tiro e Queda ... Raul
  • 1998 - Serras Azuis ... Faria
  • 1998 - Por Amor ... Durval (Participação Especial)
  • 1997 - Malhação ... Nabuco
  • 1996 - Malhação ... Nabuco
  • 1995 - Malhação ... Nabuco
  • 1994 - A Viagem ... Agenor Barbosa
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Wagner Amaral
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Cervantes
  • 1991 - O Dono do Mundo ... Hernandez
  • 1990 - Lua Cheia de Amor ... Urbano
  • 1989 - Cortina de Vidro ... Felipe
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Bidet Lambert
  • 1986 - Mania de Querer ... Jonas
  • 1984 - Caso Verdade (Esperança) ... Artur
  • 1984 - Vereda Tropical ... Vilela
  • 1982 - O Homem Proibido ... Alberto
  • 1982 - Campeão ... Nóbrega
  • 1982 - Os Imigrantes - Terceira Geração ... Ramon
  • 1982 - O Pátio das Donzelas
  • 1980 - Plumas e Paetês ... Márcio
  • 1980 - Água-Viva ... Jaime
  • 1979 - Gaivotas ... Henrique
  • 1978 - Aritana ... Danilo
  • 1977 - O Profeta ... Heitor
  • 1976 - Sossega Leão
  • 1975 - O Sheik de Ipanema ... Dino
  • 1974 - O Machão ... Mário Maluco
  • 1973 - Divinas & Maravilhosas ... Hélio
  • 1972 - A Revolta dos Anjos
  • 1969 - Confissões de Penélope
  • 1967 - Sublime Amor ... Eduardo
  • 1965 - Ana Maria, Meu Amor
  • 1965 - Fatalidade
  • 1965 - Comédia Carioca
  • 1964 - Prisioneiro de um Sonho ... Rodrigo
  • 1957 - O Pequeno Lorde ... Capitão Cedric
  • 1956 - Pollyana ... John Pendlenton

Televisão Minisséries
  • 2004 - Um Só Coração ... Ele mesmo
  • 2002 - O Quinto dos Infernos ... Lobato
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Peixoto
  • 1986 - Anos Dourados ... Coronel
  • 1982 - Quem Ama Não Mata ... Martinho

Televisão Seriados
  • 2008 - Casos e Acasos ... Padre
  • 2008 - Faça Sua História ... Mariozinho
  • 2000 - Sai de Baixo (Episódio: "A Noite do Bacalhau") ... Eurico
  • 1975 - Senhoras e Senhores ... Esposo correto
  • 1967 - A de Amor
  • 1954 - Alô, Doçura!

Televisão Direção
  • 1989 - Cortina de Vidro ... Filipe

Cinema Atuação
  • 1953 - Uma Pulga na Balança
  • 1954 - A Outra Face do Homem
  • 1954 - Candinho
  • 1954 - Floradas na Serra
  • 1954 - Matar ou Correr
  • 1954 - O Petróleo é Nosso
  • 1957 - Dioguinho
  • 1957 - Love Slaves Of The Amazons
  • 1957 - Rio Fantasia
  • 1958 - A Grande Vedete
  • 1958 - Alegria de Viver
  • 1958 - E o Espetáculo Continua
  • 1959 - Maria 38
  • 1961 - Girl In Room 13
  • 1961 - Por um Céu de Liberdade
  • 1962 - Assassinato em Copacabana
  • 1962 - Copacabana Palace
  • 1963 - Gimba, Presidente dos Valentes
  • 1964 - Der Satan Mit den Roten Haaren
  • 1966 - As Cariocas
  • 1966 - Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera
  • 1967 - O Caso dos Irmãos Naves
  • 1968 - Bebel, Garota Propaganda
  • 1969 - Corisco, o Diabo Loiro
  • 1969 - Helga Und Die Männer - Die Sexuelle Revolution
  • 1969 - O Cangaceiro Sanguinário
  • 1970 - A Arte de Amar Bem ... (Episódio: "A Garçonière de Meu Marido")
  • 1970 - A Guerra dos Pelados
  • 1970 - Cleo e Daniel
  • 1970 - Em Cada Coração, um Punhal ... (Episódio: "Transplante de Mãe")
  • 1970 - Em Cada Coração, um Punhal ... (Episódio "O Filho da Televisão")
  • 1970 - O Palácio dos Anjos
  • 1971 - O Capitão Bandeira Contra o Drº Moura Brasil
  • 1973 - A Super Fêmea
  • 1973 - Nem Santa, Nem Donzela
  • 1974 - As Delícias da Vida
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem (Episódio: "Cartão de Crédito")
  • 1975 - O Sexo Mora ao Lado
  • 1976 - Já Não se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - O Quarto da Viúva
  • 1978 - A Santa Donzela
  • 1978 - Meus Homens, Meus Amores
  • 1979 - O Caçador de Esmeraldas
  • 1980 - Ariella
  • 1980 - Bacanal
  • 1980 - O Gosto do Pecado
  • 1980 - O Inseto do Amor
  • 1981 - O Torturador
  • 1982 - Amor de Perversão
  • 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca
  • 1982 - Deu Veado na Cabeça
  • 1982 - Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor
  • 1982 - Tessa, a Gata
  • 1984 - Jeitosa, um Assunto Muito Particular
  • 1985 - Made In Brazil ... (Episódio: "Um Milagre Brasileiro")
  • 1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
  • 1986 - As Sete Vampiras
  • 1987 - A Menina do Lado
  • 1991 - Per Sempre
  • 1998 - A Hora Mágica
  • 1998 - Drama Urbano

Cinema Direção
  • 1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
  • 1982 - Tessa, a Gata
  • 1980 - Ariella
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (Episódios: "O Noivo" - Protagonista e Diretor)
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (Episódios: "A Flor de Lis" - Coadjuvante)
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem (Episódio: "Cartão de Crédito")

Cinema Produção
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem
  • 1968 - Anuska, Manequim e Mulher
  • 1966 - Toda Donzela Tem um Pai Que é Uma Fera

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #JohnHerbert