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Tavito

LUÍS OTÁVIO DE MELO CARVALHO
(71 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Belo Horizonte, MG (26/01/1948)
┼ São Paulo, SP (26/02/2019)

Tavito, nome artístico de Luís Otávio de Melo Carvalho, foi um cantor, compositor e instrumentista nascido em Belo Horizonte, MG, no dia 26/01/1948. Algumas canções compostas por Tavito tornaram-se grandes sucessos, como "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja) e "Casa No Campo" (Tavito e Zé Rodrix). Também ficou conhecido pela composição, ao lado de Aldir Blanc, do jingle que virou tema nas transmissões da TV Globo da vitoriosa Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994.

Aos 13 anos de idade, ganhou seu primeiro violão. Autodidata, logo em seguida começou a participar de serenatas e a atuar em festas em sua cidade natal, além de compor suas primeiras canções.

Tavito é companheiro de geração de Milton Nascimento e de outros músicos mineiros, como Toninho Horta, Tavinho Moura e Nelson Angelo.

Em 1965, conheceu Vinicius de Moraes, que se encantou com a sua performance ao violão. Foi, então, convidado por ele para acompanhá-lo em alguns shows pela cidade de Belo Horizonte, MG. 

Cursou o 1º ano de Desenho Industrial na Universidade Mineira de Arte, mas abandonou os estudos decidindo-se pela profissão de músico. Mudou-se, então, para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como professor de violão.


Em 1969, participou do Festival Universitário da TV Tupi, no Rio de Janeiro, com a canção "Terça- Feira" (Tavito, Werther Jacques e Antônio Gil), interpretada pelo conjunto Os Três Moraes.

Em 1970, foi convidado por Milton Nascimento para formar uma banda que acompanhasse o cantor e compositor em shows. Nasceu o Som Imaginário, integrado também por Wagner Tiso, Robertinho Silva, Luís AlvesZé Rodrix, Frederyko e Laudir de Oliveira, mais tarde substituído por Naná Vasconcelos. Ainda em 1970, o grupo defendeu a canção "Feira Moderna" no V Festival Internacional da Canção, na TV Globo, classificando-a em 6º lugar. Tavito gravou três LPs com o conjunto. Nessa época, começou a compor com Mariozinho Rocha, Eduardo Souto Neto e Zé Rodrix.

Em 1971, concorreu com "Casa No Campo" (TavitoZé Rodrix) no VI Festival Internacional da Canção na TV Globo. A canção viria a se tornar um de seus maiores sucessos na voz de Elis Regina. Nessa época já era reconhecido no meio artístico, então começou a participar de gravações com inúmeros intérpretes, tocando tanto o violão quanto a viola de 12 cordas, seu elemento diferencial como instrumentista.

Em 1972, foi convidado por José Scatena para ingressar no mercado publicitário paulista, como compositor de jingles e trilhas comerciais. Mudou-se para São Paulo e em seis meses já era um dos mais requisitados jinglistas dessa cidade.

Em 1973 o Som Imaginário se dissolveu, e seus integrantes partiram para carreiras individuais.


Em 1974, de volta ao Rio de Janeiro, continuou atuando na área publicitária, contratado por diversas produtoras de jingles cariocas. Logo em seguida, montou sua própria empresa, a Zurana Criação e Produção, que viria a se tornar uma das maiores produtoras de jingles do Brasil.

Em 1979, por indicação de Fernando Adour, gravou seu primeiro LP como cantor solista, "Tavito", lançado no ano seguinte pela gravadora CBS. O disco incluiu "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja), canção bastante executada e que remete à sua antiga admiração pelo conjunto The Beatles, além de "Começo, Meio e Fim" (Tavito e Ney Azambuja) e "Longe do Medo" (Tavito, Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), entre outras.

Na década de 80, lançou os LPs "Tavito II" (1982) e "Tavito III" (1983).

Em 1984, gravou um compacto simples com "Simpatia" (Tavito e Ricardo Magno) e "Água e Luz" (Tavito e Ricardo Magno). Decepcionado com a pouca divulgação do disco, passou a compor somente para outros intérpretes.

Ao longo de sua carreira artística, Tavito atuou também como produtor de discos, tendo sido responsável por trabalhos de Marcos Valle, Renato Teixeira, Selma Reis e Sá & Guarabyra, entre outros. Assinou, ainda, arranjos vocais para vários artistas, destacando-se Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Ivan Lins.


Até 1992, realizou diversos shows pelo Brasil. A partir desse ano, passou a dedicar-se exclusivamente à composição, aos arranjos e à publicidade.

Em 2004, voltou ao cenário artístico, apresentando-se nos espaços cariocas Panorama e Mistura Fina. Nesse mesmo ano, finalizou a gravação de mais um disco, contendo suas canções "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja), "Começo, Meio e Fim" (Tavito e Ney Azambuja), "Aquele Beijo" (Tavito e Ney Azambuja), "O Primeiro Sinal" (Tavito e Ney Azambuja), "O Dia Em Que Nasceu Nosso Amor" (Tavito e Luiz Carlos Sá), "A Sorte Grande do Amor" (Tavito e Luiz Carlos Sá), "Um Certo Filme" (Tavito e Rocknaldo), "Água e Luz" (Tavito e Ricardo Magno), "Gostosa" (Tavito e Ricardo Magno), "Hoje Ainda é Dia de Rock (Zé Rodrix e Guarabyra), "Cowboy" (Eduardo Souto Neto e Paulo Sérgio Vallle) e "Naquele Tempo" (Mariozinho Rocha e Renato Corrêa). Ainda em 2004, sua canção "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja) tornou-se hino oficial da cidade de Belo Horizonte.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções Zé Rodrix, Amelinha, Jane Duboc, Leny Andrade, Golden Boys, Erlon Chaves, Paul Mauriat, Elis Regina, Rosa Marya Colin, Roupa Nova, Zizi Possi, Ronnie Von, Selma Reis, Rosemary, Erasmo Carlos, Vânia Bastos, Sandra de Sá, Zé Ramalho, Affonsinho, Biafra, Trio Esperança, Pery Ribeiro, entre outros.

Seu mais recente trabalho foi o CD "Mineiro", em que mostra sua verve eclética e multifacetada, com parceiros novos e também com os consagrados.

Morte

Tavito faleceu na manhã de terça-feira, 26/02/2019, em São Paulo, SP, aos 71 anos. Tavito estava internado há uma semana no Hospital Sancta Maggiore, no bairro Pinheiros, para tratar um tumor de orofaringe, região que envolve boca, língua, palato e faringe.

A filha de Tavito, Júlia Carvalho, informou, por meio do Facebook, que o pai será velado no cemitério da Vila Alpina a partir das 23h00. A cremação ocorrerá no crematório da Vila Alpina, na quarta-feira, 27/02/2019, às 11h00.

Lô Borges, também por meio do Facebook, lamentou a morte do parceiro:
"Partiu hoje meu grande e talentoso amigo Tavito, que tanto contribuiu para a Música Popular Brasileira e, em especial, para a música do Clube da Esquina. Descanse em paz, querido amigo!"
Discografia
  • 1970 - Som Imaginário (Odeon)
  • 1971 - Som Imaginário (Odeon)
  • 1973 - Som Imaginário - Matança do Porco (Odeon)
  • 1979 - Tavito (Discos CBS / Sony Music, LP e CD)
  • 1981 - Tavito 2 (Discos CBS / Sony Music, LP)
  • 1982 - Número 3 (Discos CBS / Sony Music, LP)
  • 1983 - Simpatia / Água e Luz (Discos CBS / Sony Music, Compacto Simples)
  • 2009 - Tudo (Tratore, CD e LP Promocional)
  • 2014 - Mineiro (Tratore, CD)

Indicação: Soraya Veras e Miguel Sampaio
#famososquepartiram #tavito

Isaurinha Garcia

ISAURA GARCIA
(70 anos)
Cantora

☼ São Paulo, SP (26/02/1923)
┼ São Paulo, SP (30/08/1993)

Isaurinha Garcia foi uma cantora brasileira nascida na rua da Alegria, no Brás, São Paulo, no dia 26/02/1923.

Descendente de italianos, Isaurinha Garcia era sobrinha do famoso pintor modernista José Pancetti. Despertou o talento para a música cantando enquanto engarrafava vinhos na loja de seus pais. Percebendo a vocação de sua filha, a mãe, Dona Amélia, levou-a para apresentar-se em um concurso promovido pelo programa "A Hora da Peneira Rhoudine", da Rádio Cultura, porém Isaurinha Garcia, então com 13 anos, não venceu.

Dona Amélia, inconformada, levou-a para participar novamente no ano seguinte, 1938, desta vez em concurso promovido pela Rádio Record no programa de Otávio Gabus MendesIsaurinha Garcia venceu ao apresentar o samba "Camisa Listrada", de Assis Valente, e logo no ano seguinte, aos 14 anos, assinou contrato com a emissora, onde permaneceu por décadas, sem jamais ter trocado São Paulo pelo Rio de Janeiro.

Neste começo de carreira, inspirava-se em Carmen Miranda e Aracy de Almeida, e vivia na Rua da Alegria no Brás, bairro onde nasceu. Ainda sem muitos recursos, ia de bonde ou a pé para a emissora todo domingo se apresentar. Formou dupla com o cantor Vassourinha, excursionando por todo o país. A dupla desfez-se, e Isaurinha Garcia seguiu carreira solo.


Sua voz fez parte de jingles publicitários para rádios, e somente em 1941, Isaurinha Garcia lançou seu primeiro disco, pelo selo Columbia. O primeiro álbum lançou os singles "Pode Ser?", samba de Geraldo Pereira e Marino Pinto, e "Chega de Tanto Amor", choro composto por Mário Lago.

No mesmo ano, 1941, gravou seus segundo e terceiro discos, lançando os sucessos "Aproveita Beleléu" (Marino Pinto e Murilo Caldas), "A Baratinha", marchinha de Antônio Almeida e "O Telefone Está Chamando" (Benedito Lacerda e Popeye do Pandeiro).

Em 1942, gravou outros quatro discos, e em 1943, o samba "Aperto de Mão" (Jaime Florence, Augusto Mesquita e Horondino da Silva) foi seu primeiro grande sucesso. Mas só em 1945 se consagraria como uma das maiores vozes da Música Popular Brasileira (MPB), ao interpretar o samba "Mensagem" (Aldo Cabral e Cícero Nunes), o clássico de sua carreira.

Em fins da década de 1940 e começo de 1950, Isaurinha Garcia excursionou com shows pelo país, e o sucesso granjeou-lhe os títulos de "Rainha do Rádio Paulista", "Rainha da Noite" e "Rainha dos Taxistas". Tornou-se conhecida, também, como "A Personalíssima", título do álbum lançado em 1957.

Isaurinha Garcia casou-se pela primeira vez aos 14 anos, e na década de 1950 apaixonou-se pelo compositor Walter Wanderley, pai de sua única filha, MônicaWalter Wanderley era violento, e ele e Isaurinha Garcia viviam uma relação tempestuosa, marcada por intrigas, traições e ciúmes. Isaurinha Garcia tinha como rival a cantora Claudette Soares. Há quem diga que, por causa de Walter WanderleyClaudette Soares e Isaurinha Garcia teriam se engalfinhado em frente a uma boate.


Apesar do conturbado relacionamento, alvo das fofocas e publicidade, Isaurinha Garcia jamais amou outro homem como amou Walter Wanderley:
"Acho que há em mim duas pessoas. Eu amei muito. Amei de verdade. E sofri muito. Então, eliminei primeiro aquilo que me fazia sofrer. Me apego muito às pessoas, aos animais, a tudo. E depois fico com medo de perder. Gostar mais de alguém, não vou gostar, não. Me apavorei!"
Isaurinha Garcia foi campeã de vendas da gravadora RCA/Columbia e foi uma das maiores cantoras da Música Popular Brasileira (MPB). Com mais de 50 anos de carreira, foi considerada a Édith Piaf brasileira. Gravou mais de trezentas canções e entre seus maiores sucessos está a música "Mensagem".

Em 2003, dez anos após a morte de Isaurinha Garcia, o romance com Walter Wanderley foi narrado no musical "Isaurinha - Personalíssima", dirigido por Jaqueline Laurence, com a atriz Rosamaria Murtinho no papel da cantora.

Em 2013 a Sony Music Brasil lançou uma caixa box comemorativa intitulada "Isaurinha Garcia 90 Anos" e no mesmo ano o Governo do estado de São Paulo juntamente com a Secretária de Estado da Cultura e o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) lançaram o livro "Quando o Carteiro Chegou... Mensagem a Isaurinha Garcia".

Com mais de 300 canções, a beleza singela e o inigualável timbre da "Personalíssima" fizeram-na eterna na música brasileira.

Morte

Isaurinha Garcia faleceu em São Paulo, SP, no dia 30/08/1993, aos 70 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fonte: Wikipédia e Projeto VIP

Yara Lins

ORASÍLIA SEVERINA DA SILVEIRA
(74 anos)
Atriz

* Frutal, MG (26/02/1930)
+ São Paulo, SP (29/06/2004)

Yara Lins foi o primeiro rosto a aparecer na televisão brasileira, isso exatamente no dia 18 de setembro de 1950. Ela foi convocada para dizer o prefixo da emissora:

"PRF-3 Emissora Associada de São Paulo orgulhosamente apresenta, neste momento, o primeiro programa de televisão da América Latina"

Ela fez rádio por muitos anos e principalmente rádio-novelas. Começou na Rádio de Uberaba, em Minas Gerais, passando depois pela Excelsior, Nacional e Difusora de São Paulo. Como atriz seu primeiro papel foi na série "Rosas Para o Meu Amor" em 1952.

Até hoje, Yara Lins só perde para a atriz Ana Rosa na quantidade de telenovelas, séries e seriados que participou na televisão.

Televisão

2000 - Laços de Família ... Nilda (Globo)
1999 - Sandy & Junior - (série Globo)
1997 - Uma Janela Para o Céu ... Dona Rita (Record)
1997 - Os Ossos do Barão ... Lucrécia (SBT)
1995 - Sangue do Meu Sangue ... Mariana (SBT)
1994 - Éramos Seis ... Dona Maria (SBT)
1993 - Contos de Verão ... Dona Mariana (Minissérie - Globo)
1992 - As Noivas de Copacabana ... Eulália (Minissérie - Globo)
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Mãe Candinha (Manchete)
1990 - La Mamma ... Giuseppina (Globo)
1989 - Kananga do Japão ... Zulmira (Manchete)
1986 - Selva de Pedra ... Berenice (Globo)
1985 - Uma Esperança no Ar - (SBT)
1984 - Rabo de Saia - (Minissérie - Globo)
1983 - Vida Roubada - (SBT)
1983 - Pecado de Amor - (SBT)
1983 - Acorrentada ... Dona Josefina (SBT)
1982 - A Força do Amor ... Amália (SBT)
1982 - Avenida Paulista - Elvira (Minissérie - Globo)
1982 - Renúncia ... Constância (Bandeirantes)
1982 - As Cinco Panelas de Ouro ... Dona Trindade (Cultura)
1982 - Nem rebeldes, Nem fiéis - (Cultura)
1982 - Caso Verdade
1980 - Um Homem Muito Especial ... Olívia (Bandeirantes)
1979 - Pai Herói - Irene (Globo)
1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano ... Palmira (Tupi)
1974 - Ídolo de Pano ... Magda (Tupi)
1974 - O Machão ... Josefa (Tupi)
1973 - A Volta de Beto Rockfeller - (Tupi)
1972 - Vitória Bonelli ... Madame Mercedes Moglianni (Tupi)
1971 - O Preço de um Homem ... Marcinha (Tupi)
1970 - Simplesmente Maria ... Mirtes (Tupi)
1968 - Beto Rockfeller ... Clô (Tupi)
1969 - Era Preciso Voltar ... Denise (Bandeirantes)
1968 - O Terceiro Pecado - (Excelsior)
1967 - Os Fantoches ... Guiomar (Excelsior)
1966 - O sheik de Agadir ... Valentina (Globo)
1966 - Eu Compro Esta Mulher - (Globo)
1965 - Paixão de Outono ... Verônica (Globo)
1965 - Aquele Que Deve Voltar ... Eugênia (Excelsior)
1965 - A Indomável ... Débora (Excelsior)
1965 - A Menina das Flores - (Excelsior)
1964 - Melodia Fatal ... Marlene (Excelsior)
1964 - Ilsa - (Excelsior)

Cinema

1999 - Xuxa Requebra
1981 - Post Scriptum
1978 - O Jeca e Seu Filho Preto
1977 - Tiradentes, o Mártir da Independência
1976 - Senhora
1972 - Geração em Fuga
1963 - Terra sem Deus

Faleceu aos 74 anos, devido a problemas relacionados à Insuficiência Respiratória. Ela tinha Câncer e estava internada no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Wilson Simonal

WILSON SIMONAL DE CASTRO
(61 anos)
Cantor

* Rio de Janeiro, RJ (26/02/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/06/2000)

Foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970 e de acordo com Luiz Carlos Miéle foi o maior cantor do Brasil.

Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max de Castro.

Início da Carreira e o Sucesso

Filho de uma empregada doméstica, Simonal era cabo do Exército quando começou a cantar, nos bailes do 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM), então sediado no Leblon. Seu repertório se constituía basicamente de calipsos e canções em inglês.

Em 1961, foi crooner do conjunto de "Calipso Dry Boys", integrando também o conjunto "Os Guaranis". Apresentou-se no programa "Os Brotos Comandam", apresentado por Carlos Imperial, um dos grandes responsáveis por seu início de carreira. Cantou nas casas noturnas "Drink" e "Top Club". Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da Bossa Nova.

De acordo com o jornalista Ruy Castro, "quando surgiu o cantor no Beco das Garrafas, Simonal era o máximo para seu tempo: grande voz, um senso de divisão igual aos dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapato do ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis".

Em 1964, viajou pela América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.

De 1966 a 1967, apresentou o programa de TV "Show em Si ...Monal", pela TV Record - canal 7 de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Revelou-se um showman, fazendo grande sucesso com as músicas "País Tropical" (Jorge Bem Jor), "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Meu Limão, Meu Limoeiro" e "Sá Marina" (Carlos Imperial), num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, e que foi chamado de pilantragem (uma mistura de samba e soul), movimento também idealizado e capitaneado por Carlos Imperial.

Em 1970, acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México, onde tornou-se amigo dos jogadores de futebol Carlos Alberto, Jairzinho e do maestro Érlon Chaves.

Sequestro do Contador

No início da década de 1970, Simonal teria sido vítima de um desfalque e demitiu seu contador, Raphael Viviani, o suposto culpado. Este moveu uma ação trabalhista contra o cantor. Em agosto de 1971, Simonal recrutou dois amigos (um deles seu segurança) militares para arrancar uma "confissão" do contador, que foi torturado nas dependências do DOPS. Este, afinal, acabou assinando a confissão de culpa no desfalque.

Simonal conhecia os agentes do DOPS há dois anos, quando havia deposto, como suspeito, a respeito da presença de uma bandeira soviética no cenário de um de seus shows. O que ele não contava era que Viviani daria queixa do espancamento e, quando os jornais noticiaram o fato, os envolvidos foram obrigados a se explicar.

Relações com a Polícia, Política e Órgãos de Informação

Processado sob acusação de extorsão mediante sequestro do contador, Simonal levou como testemunha aquele mesmo policial do DOPS do então Estado da Guanabara, Mário Borges, que o apontou em julgamento como informante do DOPS. Outra testemunha de defesa, um oficial do I Exército (atual Comando Militar do Leste), afirmou que o réu colaborava com a unidade.

Simonal foi julgado culpado pelo sequestro e, em 1972, quando estava prestes a lançar o seu disco de retomada, condenado a uma pena de cinco anos e quatro meses, que cumpriu em liberdade. Nos autos, Simonal era referido como colaborador das Forças Armadas e informante do DOPS. Em 1976, em acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também é referida a sua condição de colaborador do DOPS.

"Em sua argumentação final, o ilustre meritíssimo alega que não tem como julgar os agentes do DOPS, já que estávamos vivendo um estado de exceção e, por isso, ele não tinha competência para julgar atos que poderiam ser de segurança nacional, mas Wilson Simonal, que era civil, não tinha esse tipo de "cobertura", portanto pena de 5 anos e 4 meses para ele (...) Se em 1971 fosse provado que ele era um colaborador, ele não seria julgado por isso, seria condecorado, escreve o comediante Claudio Manoel, produtor e diretor do documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei".

O compositor Paulo Vanzolini, no entanto, afirma, em entrevista ao Caderno 2 do Estadão, que Simonal era, de fato, "dedo duro" do regime militar e complementa: "Essa recuperação que estão fazendo do Simonal é falsa. Ele era dedo-duro mesmo. Ele se gabava de ser dedo-duro da ditadura (...) na frente de muitos amigos ele dizia 'eu entreguei muita gente boa' ", conclui.

No entanto, jamais houve registro de alguém que declarasse ter sido delatado por Simonal. Nem mesmo a Rede Globo, a qual Simonal jurava que havia um documento proibindo sua entrada nos programas da emissora, registra que haja documentos vetando o cantor.

Raphael Viviani, em depoimento para o filme, relata que Simonal estaria no DOPS e teria assistido à sua tortura e não teria tido dó.

O humorista Chico Anysio e o jornalista Nelson Motta, dentre outras personalidades, afirmam que até a presente data não apareceu uma vítima sequer das ditas delações de Simonal.

Discografia

1961 - Teresinha
1963 - Tem Algo Mais
1964 - A Nova Dimensão do Samba
1965 - Wilson Simonal
1966 - Vou Deixar Cair...
1967 - Wilson Simonal Ao Vivo
1967 - Alegria, Alegria
1968 - Alegria, Alegria - volume 2
1968 - Quem Não Tem Swing Morre Com a Boca Cheia de Formiga
1969 - Alegria, Alegria - volume 3
1969 - Cada Um Tem o Disco Que Merece
1969 - Homenagem à Graça, à Beleza, ao Charme e ao Veneno da Mulher Brasileira
1970 - Jóia
1970 - México 70
1972 - Se Dependesse de Mim
1973 - Olhaí, Balândro..é Bufo no Birrolho Grinza!
1974 - Dimensão 75
1975 - Ninguém Proíbe o Amor
1977 - A Vida é só Cantar
1979 - Se Todo Mundo Cantasse Seria Bem Mais Fácil Viver
1981 - Wilson Simonal
1985 - Alegria Tropical
1991 - Os Sambas da Minha Terra
1995 - Brasil
1997 - Meus Momentos: Wilson Simonal
1998 - Bem Brasil - Estilo Simonal
2002 - De A a Z : Wilson Simonal
2003 - Alegria, Alegria
2003 - Se Todo Mundo Cantasse Seria Bem Mais Fácil Viver (Relançamento)
2004 - Rewind - Simonal Remix
2004 - Wilson Simonal na Odeon (1961-1971)
2004 - Série Retratos: Wilson Simonal
2009 - Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei
2009 - Wilson Simonal - Um Sorriso Pra Você

Ostracismo e Morte

Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980. Segundo sua segunda mulher, Sandra Cerqueira, "Ele dizia para mim: "Eu não existo na história da música brasileira".

Tornou-se deprimido e alcoólatra, vindo a morrer de Cirrose Hepática decorrente do alcoolismo.

Reabilitação

Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano Veloso declararam não ter tido problemas de convivência com Simonal.

Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documento de janeiro de 1999, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que, após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx), não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelas organizações.

Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico.

Em 2009, foi lançada a biografia "Nem Vem Que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal". Nela seu autor, o jornalista Ricardo Alexandre, apresenta fatos que tentam levar o leitor a acreditar na inocência alegada por Simonal. A narrativa desenvolvida no livro sustenta que, para se inocentarem, os agentes do DOPS que torturaram o contador teriam improvisado uma farsa: Viviani seria um possível terrorista denunciado por Simonal. Para dar um ar de credibilidade à história, o cantor assinou documento em que se assumia acostumado a "cooperar com informações que levaram esta seção (DOPS) a desbaratar por diversas vezes movimentos subversivos no meio artístico".

Fonte: Wikipédia

Ankito

ANCHIZES PINTO
(85 anos)
Ator e Humorista

* São Paulo, SP (26/02/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/03/2009)

Considerado um dos cinco maiores nomes das chanchadas

De família circense, era filho do palhaço Faísca e sobrinho do famoso palhaço Piolim. Era casado com a atriz Denise Casais.

Passou a atuar profissionalmente no circo aos sete anos de idade, no globo da morte.

Onze anos mais tarde, passou a atuar em shows no Cassino da Urca, como acrobata, na época considerado um esporte, e que lhe rendeu cinco vezes o título de campeão sul-americano. Em seguida ingressou no teatro, substituindo por uma noite o ator principal da companhia, porém fez sucesso e permaneceu no elenco. Contracenou com Grande Otelo no show Bahia Mortal e, a essa altura, sua carreira já estava consolidada. Com o sucesso no teatro, em 1952, foi convidado para fazer três dias de filmagem no filme É fogo na roupa, mas o sucesso foi tanto que os três dias passaram a ser 39, tendo inclusive sido colocado o seu nome em primeiro lugar nos créditos do filme. Continuou a fazer shows pelo Brasil com uma companhia de vedetes, em clubes e cinemas, que sempre exibiam um filme dele antes de cada espetáculo.

Protagonizou 56 filmes, todos recordes de bilheteria, entre eles Três recutas, Marujo por acaso, Um candango na Belacap, Os Três Cangaceiros, Rei do movimento, O feijão é nosso, O grande pintor, Angu de caroço, O boca de ouro, E o Bicho Não Deu, Sai dessa recruta e Metido a bacana, onde a dupla Ankito e Grande Otelo apareceu pela primeira vez. Estes filmes foram lançados de 1952 a 1961, período do apogeu de sua carreira artística.

Em 1960 sofreu sofre um acidente grave durante as filmagens Um candango na Belacap, quando caiu de um prédio em construção. O acidente afetou a sua capacidade de fazer acrobacias e abreviou sua carreira cinematográfica.

Em 1966, participou do filme em episódios As cariocas, de Fernando de Barros, Walter Hugo Khouri e Roberto Santos. Atuou também em O Escorpião Escarlate, de Ivan Cardoso e Beijo 2348/72, de Walter Rogério, ambos de 1990.

Na televisão, participou de muitos programas humorísticos. Fez parte do elenco da TV Tupi, da Record e da Bandeirantes. Mais tarde, na Globo, além das participações nos humorísticos, fez parte do elenco das telenovelas Gina, com a Cristiane Torloni; Marina, com Edson Celulari e A sucessora, de Manoel Carlos. Em 2005, fez o personagem "Falecido", na telenovela Alma gêmea. Atuou também em inúmeras minisséries e participou da primeira versão do Sítio do Pica-pau Amarelo, onde fez os personagens "Soldadinho de chumbo" e o "Curupira

O ator sofria de câncer de pulmão há um ano e meio. Segundo informação dos médicos passada por sua esposa Denise Casais, a causa da morte foi uma Neoplasia Pulmonar.

O enterro aconteceu na terça-feira (30/03) às 11h no Cemitério do Catumbi, no Rio de Janeiro.

Older Cazarré

OLDER BERNARD CAZARRÉ
(57 anos)
Ator e Dublador

☼ Pelotas, RS (16/01/1935)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/02/1992)

Older Cazarré foi um dos mais importantes artistas do nosso país. Destacou-se como ator e um grande dublador da televisão brasileira. Nasceu no dia 15/01/1935, em Pelotas, RS. Era filho de Darcy Cazarré e de Dea Selva e era também irmão do ator e dublador Olney Cazarré.

Older Cazarré estreou no cinema em 1956, participando neste mesmo ano de "Sai de Baixo" e "Samba da Vila".

Na televisão estreou no programa "TV de Vanguarda" e também da "TV de Comédia", posteriormente passou a atuar como ator em diversas novelas da extinta TV Tupi, tais como "Hospital" (1971), "Na Idade do Lobo" (1972), "O Conde Zebra" (1973), "O Machão" (1974), "O Sheik de Ipanema" (1975), "Vila do Arco" (1975), "Canção Para Isabel" (1976) e "O Julgamento" (1976).

Permaneceu na TV Tupi por mais de 20 anos. Após o fechamento da emissora, foi trabalhar na TV Globo onde estreou participando da novela "Feijão Maravilha" (1979), depois em outras novelas como "O Amor é Nosso" (1981), "Ti Ti Ti" (1985) e "O Direito de Amar" (1987).

Sua voz também era bastante famosa em diversos desenhos animados. Quem não se lembra do Dom Pixote cantando "Ô Querida... Ô Querida Clementina!!!" e de tantos outros?

Morte

Infelizmente, 15 dias antes de estrear a peça "Das Duas... Uma", escrita e produzida por ele, morreu no dia 26/02/1992, aos 57 anos de idade, vítima de uma bala perdida de alguns traficantes do morro, enquanto dormia em seu apartamento em Copacabana.

O ator chegou a ser socorrido por sua parceira, Lucília Braga, mas morreu a caminho do Hospital Rocha Maia, no bairro de Botafogo.

Televisão

  • 1971 - Hospital
  • 1972 - Na Idade do Lobo
  • 1973 - O Conde Zebra
  • 1974 - O Machão
  • 1975 - O Sheik de Ipanema
  • 1975 - Vila do Arco
  • 1976 - O Julgamento
  • 1976 - Canção Para Isabel
  • 1977 - Cinderela 77
  • 1979 - Feijão Maravilha
  • 1981 - O Amor é Nosso
  • 1985 - Ti Ti Ti
  • 1987 - O Direito de Amar
  • 1988 - Fera Radical

Cinema

  • 1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol
  • 1982 - Os Paspalhões em Pinóquio 2000
  • 1978 - A Mulher Que Põe a Pomba no Ar
  • 1977 - Pintando o Sexo ... Drº Nestor
  • 1976 - O Quarto da Viúva
  • 1976 - Guerra é Guerra
  • 1975 - Passaporte Para o Inferno
  • 1975 - Sexualista
  • 1975 - O Supermanso
  • 1973 - A Superfêmea
  • 1973 - O Detetive Bolacha Contra o Gênio do Crime
  • 1958 - Chico Fumaça
  • 1956 - Sai de Baixo
  • 1956 - Samba na Vila

Personagens Dublados

  • Dom Pixote
  • O carteiro Jaiminho de Chaves
  • Loop Le Beau
  • O ratinho Plic de Plic, Ploc & Chuvisco
  • O zelador Henry Órbita de "Os Jetsons"
  • O Homem Fluido de "Os Impossíveis"
  • Zorak de "Space Ghost"
  • Senhor Peebles de "Maguila, o Gorila"
  • Professor Gizmo de "Jambo e Ruivão"
  • Chumbinho em "Bacamarte & Chumbinho"
  • O Rei no desenho "Mosquito, Mosquete e Moscado"
  • Zé Colméia
  • Chacal, um dos mutantes de "Thundercats"
  • Homem-Garra de "He-Man"
  • O gato Gênio em "Manda Chuva"
  • Dom Pixote no desenho dos anos 80 "Zé Colméia e os Caçadores de Tesouros"
  • Efeitos vocais de Bam-Bam (junto com a dubladora Maria Inês) no desenho "Os Flintstones"
  • Walt Disney em "Disneylândia" (1ª dublagem)
  • O Decepticon Thundercracker da série "Transformers" exibida na Rede Globo em 1985

Fonte: Wikipédia e TV Sinopse