Naomi Munakata foi uma importante maestrina nascida em Hiroshima, Japão, no dia 31/05/1955 e residente na cidade de São Paulo. Durante muitos anos esteve à frente do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e seu último trabalho foi como regente titular do Coral Paulistano Mário de Andrade.
Naomi Munakata, aos dois anos de idade mudou-se com sua família para o Brasil. Iniciou os estudos de piano aos quatro anos e aos sete começou a cantar no coral regido por seu pai, Motoi Munakata. Estudou ainda violino e harpa e formou-se em composição e regência na Faculdade de Música do Instituto Musical de São Paulo.
Teve como professores Eleazar de Carvalho, Hugh Ross, Sérgio Magnani, John Neschling, Hans Joachim Koellreutter e Eric Ericson. Recebeu o prêmio de Melhor Regente de Coral pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e foi contemplada com uma bolsa de estudos do governo de japonês para aperfeiçoar-se na Universidade de Tóquio.
Naomi Munakata foi diretora da Escola Municipal de Música de São Paulo (EMMSP) e esteve à frente do Coral Jovem do Estado como regente e diretora artística. Durante duas décadas regeu o Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e atualmente era regente titular do Coral Paulistano Mário de Andrade, além de manter um programa na Rádio Cultura FM.
Em 2012, regeu o Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), o CD "Aylton Escobar Obras Para Coro".
Morte
Naomi Munakata faleceu na quinta-feira, 26/03/2020, aos 64 anos, em São Paulo, SP, em decorrência de complicações da Covid-19, doença causada pelo Coronavírus. Ela estava internada desde o dia 16/03/2020, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Premiações e Homenagens
Bolsista da Fundação Vitae para estudar regência coral com Eric Ericson, na Suécia;
Regente Honorária do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), título que recebeu em 2014;
Diploma de Honra ao Mérito do Cônsul Geral do Japão em homenagem à oito mulheres atuantes na sociedade (20/07/2017);
Melhor Regente Coral, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA);
Em 1986, recebeu do governo japonês uma bolsa de estudos para aperfeiçoar-se em regência na Universidade de Tóquio.
Gravações
2009 - CD "Canções do Brasil", com o Coro Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), seu primeiro CD (Gravadora Biscoito Fino), em comemoração aos 15 anos do coral.
Rafael Henzel Valmorbida foi um locutor de rádio nascido em São Leopoldo, RS, no dia 25/08/1973.
Rafael Henzel trabalhou na Rádio Oeste Capital FM, da cidade de Chapecó, Santa Catarina e ficou conhecido internacionalmente por ser o único jornalista sobrevivente do Voo LaMia 2933.
Rafael Henzel iniciou sua carreira de radialista aos quinze anos na Rádio Oeste Capital FM, da cidade de Chapecó, SC, passando por diversas rádios da cidade até estrear na televisão em 1993 como repórter da RCE TV, localizada em Xanxerê, SC. Também atuou como jornalista na TV Rio Sul, antes de retornar para a Rádio Oeste Capital FM, na qual mantinha um programa juntamente com o comentarista Renan Agnolin.
Em 28/11/2016, Renan Agnolin e Rafael Henzel embarcaram no Voo LaMia 2933, a serviço da Associação Chapecoense de Futebol, proveniente de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia e com destino ao Aeroporto Internacional José María Córdova em Rionegro, Colômbia, onde o clube disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
Por volta das 22h15 do horário local, a aeronave caiu, matando 71 das 77 pessoas que estavam a bordo, tendo por passageiros atletas, equipe técnica e diretoria do time brasileiro da Chapecoense, jornalistas e convidados. Rafael Henzel foi o único jornalista sobrevivente no acidente aéreo, apresentando sete costelas quebradas, pneumonia e lesão no pé direito.
Após permanecer internado por dez dias na UTI e vinte dias internado em um hospital da cidade de Medellín, Rafael Henzel retornou a Chapecó em 13/12/2016 juntamente com o lateral Alan Ruschel, um dos sobreviventes do acidente.
Apesar do acidente, o locutor manifestou interesse em voltar a atuar na profissão, inclusive prontificando-se para narrar o jogo de estreia da Chapecoense na Copa Libertadores da América de 2017 contra o Zulia, na Venezuela.
Em 25/01/2017, Brasil e Colômbia se enfrentaram em uma partida amistosa, cuja renda foi revertida para as famílias das vítimas do Voo LaMia 2933. Convidado pela TV Globo, Rafael Henzel narrou a partida ao lado de Galvão Bueno e homenageou os jornalistas mortos no acidente.
Rafael Henzel foi comentarista da RBS TV na Copa Libertadores da América de 2017. Além disso, tornou-se o autor do livro "Viva Como Se Estivesse De Partida", com relato sobre a queda do avião da Chapecoense.
Voo LaMia 2933
Pouco mais ,de quatro horas de voo separam Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, do aeroporto de Rionegro, localizado a quarenta minutos de Medellín, na Colômbia. Antes do embarque no Voo 2933 da LaMia, o jornalista Rafael Henzel e alguns outros passageiros aproveitaram a breve escala em solo boliviano para descer da aeronave e esticar as pernas por alguns instantes. A ansiedade tomava conta de todos e era natural. No dia seguinte, em 30/11/2016, a Chapecoense disputaria a sua Copa do Mundo na decisão da Sul-Americana contra o Atlético Nacional, no Estádio Atanásio Girardot.
"Fiz uma selfie com o jato ao fundo, personalizado com o emblema da Chapecoense, por achar interessante as plotagens que a empresa fazia com o símbolo das equipes que contratavam o seu serviço", contou Rafael Henzel no livro "Viva Como Se Estivesse De Partida" (Ed. Principium), um relato otimista e emocionante do jornalista que sobreviveu à tragédia que tiraria a vida de 71 pessoas.
Durante o voo, Rafael Henzel tentou pegar no sono, mas a inquietude não lhe permitiu. Buscou então se distrair proseando com amigos e companheiros de trabalho. Trocou quatro vezes de assento. O seu destino o colocou ao lado do colega Renan Agnolin, repórter da Rádio Oeste Capital, que o proibiu de se sentar no canto, na última fileira, porque Lionel Messi tinha se acomodado ali em uma viagem que a seleção argentina fizera semanas antes no mesmo avião da LaMia. Rafael Henzel, então, escolheu o meio. Ou melhor, foi obrigado pelo destino a sentar-se naquela poltrona.
Algumas horas de voo depois as conversas entre os passageiros silenciaram, assim como os motores da aeronave. Luzes se apagaram e os sinais de emergência acenderam. Uma pane seca fez com que o avião da Chapecoense se chocasse com um morro próximo ao aeroporto de Medellín. Dos 77 tripulantes a bordo, seis sobreviveram. Entre eles Rafael Henzel, que desde então buscava palavras e formas para expressar seu eterno agradecimento.
"Eu quero espalhar gratidão, seja aqui, seja na Colômbia, seja em qualquer lugar. As pessoas precisam saber que eu sou muito grato a todos. A gratidão é um dos sentimentos mais bonitos. Eu quero agradecer muito. Não me importo com as cicatrizes no rosto. Para mim elas são a marca de um milagre!"
Morte
Rafael Henzel faleceu na noite de terça-feira, 26/03/2019, aos 45 anos, em Chapecó, SC, após sofrer um infarto fulminante enquanto jogava uma partida de futebol. Ele estava reunido com amigos para um jogo de futebol quando passou mal. Foi levado ao Hospital Regional do Oeste ainda com vida, mas não resistiu.
Rafael Henzel foi sepultado no cemitério Jardim do Éden, em Chapecó, SC
Fonte: Wikipédia e R7 Esportes
#famososquepartiram #rafaelhenzel
Indicação: Miguel Sampaio, Fada Iracema e Neyde Almeida
Foi casada com o diretor de teatro Flávio Rangel (1934 - 1988). Com carreira predominantemente teatral, Ariclê participou de mais de 40 peças teatrais, boa parte delas dirigidas por Flávio. Estreou na montagem de Electra, em 1967.
Contratada da Rede Globo desde 1988, participou ininterruptamente de várias novelas e minisséries. Alguns de seus papéis mais marcantes foram Elisinha Jordão, da segunda versão de Anjo Mau (1997), a Rosa Maria de Meu Bem, Meu Mal (1990) e a Ametista, de Felicidade (1991). Antes de sua contratação pela Rede Globo, participou de Cortina de Vidro, no SBT e de Como Salvar Meu Casamento, a última novela da extinta Rede Tupi, que não chegou a ter seu final exibido.
Seu último trabalho foi a minissérie JK, onde viveu a mãe de Juscelino, Júlia Kubitschek, na segunda fase da trama. Era uma das atrizes prediletas de Maria Adelaide Amaral, autora da minissérie, havendo trabalhado em praticamente todas as suas tramas desde a novela Anjo Mau.
Na Televisão
2006 - JK (Minisérie) ... Júlia Kubitschek
2004 - A Diarista (Participção Especial) ... Pérola
2004 - Sob Nova Direção (Participção Especial) ... Branca
2004 - Um Só Coração (Minisérie) ... Madame Claire
2003 - A Casa Das Sete Mulheres (Minisérie) ... Madre Cecília
2002 - Sandy & Junior (Série) ... Olga
2001 - Os Maias (Minisérie) ... Maria da Gama
1997 - Anjo Mau ... Elisinha Jordão Ferraz
1996 - Salsa e Merengue ... Gilda
1995 - Decadência (Minisérie) ... Celeste
1994 - Memorial de Maria Moura (Minisérie) ... Gertrudes
1991 - Felicidade ... Ametista
1990 - Meu Bem, Meu Mal ... Rosa Maria Gentil
1989 - Cortina de Vidro (SBT)
1989 - Sampa
1979 - Como Salvar Meu Casamento ... Valquíria (TV Tupi)
1976 - Canção para Isabel (TV Tupi)
No Cinema
2005 - Quanto Vale ou é Por Quilo?
1981 - Pixote, a Lei do Mais Fraco
1971 - Paixão na Praia
Prêmios
Venceu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no festival do Ceará pelo filme "Quanto vale ou é por quilo?"
Morte
No dia 26 de março de 2006, logo após o fim da minissérie JK (que terminou dia 24 de março de 2006), Ariclê suicidou-se, pulando da janela de seu apartamento (10º andar), no bairro de Higienópolis, em São Paulo, onde vivia sozinha e 1 hora antes da morte deixou um bilhete com o porteiro contendo telefone de familiares "caso acontecesse algo". Ela passava por um momento de depressão. Por uma ironia do destino, em sua última cena na minissérie JK, sua personagem, Dona Júlia, falecia.
* Franca, SP (26/03/1926) + Rio Claro, SP (30/01/2009)
Foi um engenheiro e industrial brasileiro do ramo automobilístico. Ele montou em 1969 a fábrica Gurgel, com a proposta de produzir veículos 100% nacionais.
Sonhando Com o Carro Nacional
Desde sua juventude, sonhava em fazer um carro brasileiro, tanto que em sua formatura da Escola Politécnica de São Paulo, apresentou um pequeno veículo de dois cilindros, batizado Tião. Como projeto pedido foi um guindaste, quase é reprovado. Ouviu então de seu professor: "Carro não se fabrica, Gurgel, se compra".
Pós-graduado nos Estados Unidos, trabalhou na Buick Motor Corporation e na General Motors Truck and Coach Corporation.
O Empresário
Em 1958, criou a Moplast Moldagem de Plásticos e começou a desenvolver projetos próprios, tornando-se fornecedor de luminosos para diversas empresas brasileiras.
Com o sonho em mente, fundou em 1969 na cidade de Rio Claro a Gurgel Motores S/A: a indústria mais brasileira de todos os tempos.
Sua carreira foi marcada pela busca do desenvolvimento de tecnologias automotivas nacionais, utilizando capital igualmente nacional. Característica marcante nos veículos fabricados por sua empresa eram as suas carrocerias de fibra de vidro.
A partir de 1972 passou a dedicar-se à produção de veículos especiais. Após 1975 começaram a ser produzidos os primeiros veículos utilitários tipo fora de estrada da marca Gurgel, marca que em 1981 lançou o primeiro veículo elétrico da América Latina, o Itaipu E-500. Idealizador do primeiro e até hoje, único carro genuinamente brasileiro: o BR-800.
Polêmicas e o Fim do Sonho
Era contrário ao uso do álcool de cana-de-açúcar como combustível. Ainda assim, produziu alguns (poucos) carros com motor a álcool. Na grande maioria os veículos da sua marca eram movidos a gasolina. Segundo ele a terra deve produzir alimentos e não combustíveis.
A Gurgel acabou fechando as portas no final de 1994, por questões financeiras e derrotada pelas grandes multinacionais.
Em abril de 2004, o empresário Paulo Emílio Freire Lemos adquiriu a marca Gurgel. O registro desta encontrava-se expirado no INPI desde 2003. Para tornar-se seu proprietário desembolsou o valor de R$ 850,00. A família Gurgel não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário. A Atual Gurgel nada tem a ver com a antiga fabrica de automoveis e trata-se de uma importadora que hoje tem em linha um triciclo rural e uma empilhadeira.
Morte
Sofrendo do mal de Alzheimer havia oito anos, João Gurgel morreu no dia 30 de janeiro de 2009, aos 82 anos, na sua casa, na cidade de Rio Claro (São Paulo).
* Milão, Itália (26/03/1922) + São Paulo, SP (02/01/2010)
Foi um físico nuclear ítalo-brasileiro, importante líder científico e professor emérito do Instituto de Física da Universidade de São Paulo.
Sala graduou-se em Física em 1943 na então recentemente criada Universidade de São Paulo. O Departamento de Física da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras fora iniciado com dois eminentes cientistas italianos: Gleb Wataghin e Giuseppe Occhialini, o qual se especializou no estudo da radiação cósmica. Sala foi contemporâneo de uma geração de jovens brilhantes físicos brasileiros tais como César Lattes, José Leite Lopes, Mário Schenberg, Roberto Salmeron, Marcelo Damy de Souza Santos, Jayme Tiomno e Mario Alves Guimarães. Ainda como estudante, Oscar Sala começou seu trabalho de pesquisa com este grupo. Em 1945, Sala publicou com Wataghin um importante artigo sobre penetração de partículas nucleares.
Logo após sua graduação, ele foi contratado como professor assistente na cadeira de Física Geral e Experimental, liderada pelo professor Marcelo Damy de Souza Santos. Ele passou sua carreira inteira como cientista e professor na mesma instituição, a qual, mais tarde se tornaria o Instituto de Física da USP. Neste novo instituto, Sala tornou-se chefe do Departamento de Física Nuclear (1970-1979 e 1983-1987).
Em 1946, Oscar Sala recebeu uma bolsa de estudos da Fundação Rockefeller e foi estudar nos Estados Unidos, primeiramente na Universidade de Illinois e depois, em 1948, na Universidade de Wisconsin. Lá, ele participou no desenvolvimento de aceleradores eletrostáticos usados no estudo de física nuclear, o primeiro equipamento a usar pulsos de raios para o estudo de reações nucleares com neutrons rápidos. Após seu retorno ao Brasil, Sala foi responsável por instalar e coordenar pesquisas baseadas em grandes geradores eletrostáticos de Van de Graaff. Mais tarde, ajudou na construção de um pelletron (Acelerador eletrostático de partículas) na USP, o primeiro na América Latina.
O Professor Oscar Sala foi membro da Diretoria da Academia Brasileira de Ciências entre 1981 e 1993, tendo assumido o cargo de Presidente no último triênio. Foi também um dos fundadores e o primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Física.
Foi, ainda, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por três mandatos consecutivos, de 1973 a 1979, período que coincidiu com a difícil distensão do regime militar e no qual a SBPC teve papel de destaque. Recebeu da SBPC o título de presidente de honra.
Também foi diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) entre 1969 e 1975 e presidente da Fundação de 1985 a 1995.
Oscar Sala e a Internet
Em 1988, Sala criou o projeto Rede ANSP (An Academic Network In São Paulo) como um projeto especial para atender à solicitação de interconexão das redes das três Universidades estaduais paulistas[4] e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas à Fapesp. Essa, por sua vez, se conectava ao Fermilab, utilizando a BITNET e DECnet, antecessoras da Internet. A partir de 1991, o projeto passou a adotar o protocolo TCP/IP, tornando a Rede ANSP o único ponto de conexão acadêmica ou comercial à Internet entre 1992 e 1994.
De Acordo Com Oscar Sala:
"Visualizei a importância da comunicação que os cientistas teriam através daquele computador, a evolução que a ciência poderia ter, a rapidez com que as informações de outros países chegariam ao Brasil, e aí eu quis contribuir (...) A FAPESP foi muito importante nesse desenvolvimento. Ela aceitou a idéia em um sistema moderno e avançado, que se comunicava com todos. No início acharam que era uma bobagem a minha idéia, mas aí eu fui lá e fiz a bobagem."