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Arnaldo Saccomani

ARNALDO SACCOMANI
(71 anos)
Produtor Musical, Multi-Instrumentista e Compositor

☼ São Paulo, SP (24/08/1949)
┼ Indaiatuba, SP (27/08/2020)

Arnaldo Saccomani foi um produtor musical, multi-instrumentista e compositor, nascido em São Paulo, SP, no dia 24/08/1949.

Arnaldo e sua filha Thaís Nascimento estão entre os vinte maiores arrecadadores de direitos autorais no Brasil. Desde o início de sua carreira, na década de 1960, produziu discos de Tim Maia, Rita Lee, Ronnie Von, Fábio Jr., Mara Maravilha e das Chiquititas Brasil. Também produziu na Espanha um disco do cantor mexicano Luis Miguel.

Arnaldo Saccomani também atuou em rádios, tendo dirigido a Antena 1 FM de São Paulo e a Jovem Pan II, lançando muitos radialistas de sucesso, como Antônio Viviani e Eduardo Thadeu.

Na década de 1990, foi um dos produtores responsáveis por lançar os grupos de pagode romântico que dominaram a cena musical.

Em 1992, produziu o álbum auto-intitulado de "Dominó" e co-escreveu duas canções, "Me Liga" e o single "Sem Compromisso".

Em 1995, estabeleceu o contrato do grupo Mamonas Assassinas com a gravadora que os lançou. Alguns anos depois, lançou o Grupo Carrapicho e foi o responsável por trazer Tiririca para assinar seu primeiro contrato com uma gravadora em São Paulo.

Arnaldo Saccomani foi nacionalmente conhecido pelo seu papel de jurado em programas de calouros do SBT, sendo os principais "Astros", "Ídolos" e "Qual é o Seu Talento?", tendo como sua última participação no "Programa do Ratinho" no quadro "Dez ou Mil", onde ele sempre desempenhou um característico estilo sério, imprevisível e ríspido, muitas vezes mal-humorado.

Os últimos trabalhos de Arnaldo Saccomani na TV foram no SBT.

Morte

Arnaldo Saccomani faleceu na madrugada de quinta-feira, 27/08/2020, aos 71 anos, no município de Indaiatuba, SP. Segundo a família, ele sofria de insuficiência renal e diabetes, e começou a fazer hemodiálise em julho de 2019.

De acordo com a família, Arnaldo Saccomani estava em seu sítio em Indaiatuba, no interior de São Paulo. Ele deixou a esposa e duas filhas. Apesar dos problemas de saúde que ele sofria, a família não divulgou a causa da morte.

O corpo de Arnaldo Saccomani foi velado no Cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, SP, por volta das 10h00.

Discografia

  • 1967 - Ronnie Von ... (Álbum: Ronnie Von 3  /  Compositor: "Escuta, Meu Amor")
  • 1970 - Os Mutantes ... (Álbum: A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado  /  Produtor)
  • 1992 - Dominó ... (Álbum: Dominó  /  Produtor e Compositor: "Me Liga", "Sem Compromisso")
  • 1988 - Placa Luminosa ... (Álbum: Placa Luminosa  /  Produtor)
  • 1989 - Placa Luminosa ... (Álbum: Parece Real  /  Compositor: "Ego")
  • 1991 - Kátia Lee ... (Álbum: Kátia Lee  /  Produtor e Compositor)
  • 2003 - Os Travessos ... (Álbum: Dito e Feito  /  Compositor: "Bye Bye")
  • 2004 - Grupo Vem K ... (Álbum: CD Vol. 2  /  Produtor e Compositor)
  • 2012 - Carrossel (Álbum: Carrossel Vol. 1  /  Produtor e Compositor)
  • 2012 - Carrossel (Álbum: Carrossel Vol. 2  /  Produtor e Compositor)
  • 2013 - Carrossel (Álbum: Carrossel Vol. 3 - Remixes  /  Produtor e Compositor)
  • 2013 - Chiquititas (Álbum: Músicas de Chiquititas Vol. 1  /  Produtor e Compositor)
  • 2013 - Chiquititas (Álbum: Músicas de Chiquititas Vol. 2  /  Produtor e Compositor)
  • 2013 - Chiquititas (Álbum: Remixes  /  Produtor e Compositor)
  • 2014 - Larissa Manoela (Álbum: Com Você  /  Produtor)
  • 2015 - Chiquititas (Álbum: Músicas de Chiquititas Vol.3  /  Produtor e Compositor)
  • 2016 - Grupo Ansiedade (Álbum: Libera  /  Produtor)
  • 2016 - Carinha de Anjo (Álbum: Trilha Sonora  /  Produtor)
  • 2019 - Larissa Manoela (Álbum: Além do Tempo  /  Produtor)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ArnaldoSaccomani

Geraldo Vietri

GERALDO VIETRI
(68 anos)
Diretor, Autor, Novelista, Escritor, Roteirista, Produtor, Cineasta e Dramaturgo

☼ São Paulo, SP (27/08/1927)
┼ São Paulo, SP (01/08/1996)

Geraldo Vietri foi um diretor e dramaturgo nascido em São Paulo, SP, no dia 27/08/1927.

Personalidade controversa dentro da televisão, pioneiro, de temperamento difícil e politicamente conservador, Geraldo Vietri começou sua carreira na TV Tupi, em 1958, quando um de seus textos, "Este Mundo é dos Loucos", foi aprovado e produzido pela emissora paulista. Depois disso, Geraldo Vietri viria a ser contratado para trabalhar no "TV de Comédia", como autor e diretor. Em "TV de Comédia", ganhou notoriedade e respeito.

Quando a emissora resolveu produzir telenovela, o nome de Geraldo Vietri foi logo lembrado. Na primeira produção diária, "Alma Cigana" (1964), atuou como diretor. Dois anos depois escreveu A Inimiga" (1966), adaptando um original argentino. Consagrado como autor/diretor, mostraria uma inquietação para reformular o gênero com "Os Rebeldes" (1967).

Geraldo Vietri alcançou sucesso e projeção nacional com as telenovelas "Antônio Maria" (1968) e "Nino, o Italianinho" (1969), duas marcas registradas de sua trajetória pelo mundo das telenovelas. Além destas duas, também escreveu "Meu Rico Português" (1975), última novela a derrotar a TV Globo no horário das 19h, feito imbatível durante muito tempo.

Outro grande sucesso foi "Vitória Bonelli" (1972), intensa história de decadência econômica e superação ambientada na colônia italiana de São Paulo que contou com um memorável desempenho de Berta Zemel no papel-título.


Com a falência da TV Tupi, Geraldo Vietri se revezou entre algumas emissoras, dentre elas a TV Globo, TV Bandeirantes, TV Cultura, Rede Manchete e CNT.

Geraldo Vietri lançou e formou vários nomes importantes da história de nossa televisão, como Juca de Oliveira, Aracy Balabanian, Tony Ramos, Denis Carvalho e Paulo Figueiredo. Extremamente centralizador, Geraldo Vietri produzia, escrevia e dirigia suas novelas. Essa característica dificultou seu trabalho na esquemática TV Globo, em 1980, quando começou a adaptar o romance "Olhai Os Lírios do Campo", de Érico Veríssimo, para o horário das 18h00. Geraldo Vietri desentendeu-se com o diretor Herval Rossano e não concluiu a novela.

Geraldo Vietri também produziu para o cinema, usando em seus elencos os mesmos amigos que atuavam em suas novelas na TV Tupi. Como exemplo, "Senhora" (1976), com Elaine Cristina e Paulo Figueiredo, e "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1976), com Adriano Reys. Contudo, não obteve no meio a mesma qualidade e a mesma repercussão de suas incursões na televisão, estabelecendo-se, meramente, como um artesão de produções comerciais.

No cinema, Geraldo Vietri mencionou pela única vez sua própria homossexualidade. No filme "Os Imorais" (1979), mostrou de forma positiva o amor entre dois rapazes.

Geraldo Vietri foi proprietário de restaurantes, um com o ator Flamínio Fávero chamado La Sorella Pizza Bar, inaugurado em 1972, e outro chamado Il Fratello, inaugurado também nos anos 70.

Geraldo Vietri sofria de enfisema pulmonar.

Morte

Geraldo Vietri faleceu na quinta-feira, 01/08/1996, aos 68 anos, vítima de broncopneumonia.

Carreira

CNT
  • 1996 - Antônio dos Milagres ... Autor
  • 1996 - Irmã Catarina ... Co-autor
  • 1995 - A Verdadeira História de Papai Noel ... Autor

Manchete
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Supervisor de Texto
  • 1991 - Floradas na Serra ... Autor (Remake)
  • 1991 - Na Rede de Intrigas ... Autor
  • 1985 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
  • 1984 - Santa Marta Fabril S.A. ... Autor e Diretor

TV Bandeirantes
  • 1983/1984 - Casa de Irene ... Autor e Diretor
  • 1982 - Renúncia ... Autor e Diretor
  • 1981/1982 - Dona Santa ... Autor e Diretor

TV Cultura
  • 1981 - Floradas na Serra ... Autor
  • 1981 - O Homem Que Sabia Javanês ... (Adaptação para o Teleconto)

TV Globo
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Autor
  • 1986 - A Única Chance (Teletema) ... Autor
  • 1990 - Iaiá Garcia (Teletema) ... Autor

TV Tupi
  • 1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano ... Diretor e Supervisor
  • 1976 - Os Apóstolos de Judas ... Autor e Diretor
  • 1975 - Meu Rico Português ... Autor e Diretor
  • 1972 - Vitória Bonelli ... Autor e Diretor
  • 1971 - A Fábrica ... Autor e Diretor
  • 1971 - A Selvagem ... Autor e Diretor
  • 1969 - Nino, o Italianinho ... Autor e Diretor
  • 1968 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
  • 1967 - Os Rebeldes ... Autor e Diretor
  • 1967 - Paixão Proibida ... Diretor
  • 1967 - A Ponte de Waterloo ... Autor e Diretor (Remake)
  • 1967 - A Intrusa ... Autor e Diretor
  • 1967 - Angústia de Amar ... Diretor
  • 1966 - Ciúme ... Diretor
  • 1966 - A Ré Misteriosa ... Autor e Diretor
  • 1966 - A Inimiga ... Autor e Diretor
  • 1965 - Um Rosto Perdido ... Diretor
  • 1965 - A Outra ... Diretor
  • 1965 - O Cara Suja ... Diretor
  • 1965 - Teresa ... Diretor
  • 1964 - O Sorriso de Helena ... Diretor
  • 1964 - Quando o Amor é Mais Forte ... Diretor
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Diretor
  • 1964 - A Gata ... Diretor
  • 1964 - Alma Cigana ... Diretor
  • 1963 - Klauss, o Loiro ... Autor e Diretor
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Tolouse Lautrec ... Autor e Diretor
  • 1963 - Terror nas Trevas ... Autor e Diretor
  • 1963 - A Sublime Aventura ... Autor e Diretor
  • 1963 - As Chaves do Reino ... Autor e Diretor
  • 1962 - Prelúdio, a Vida de Chopin ... Autor e Diretor
  • 1962 - A Única Verdade ... Autor e Diretor (Remake)
  • 1962 - A Estranha Clementine ... Autor e Diretor
  • 1962 - A Noite Eterna ... Autor e Diretor
  • 1959 - Adolescência ... Autor e Diretor
  • 1959 - A Ponte de Waterloo ... Autor
  • 1958 - A Única Verdade ... Autor
Argentina

  • 1971 - Nino, Las Cosas Simples de La Vida (Adaptação de "Nino, o Italianinho")
  • 1984 - Lúcia Bonelli (Adaptação de "Vitória Bonelli")
  • 1987 - El Duende Azul (Foi exibida em 1989 pela Band com o título de "Desencontros")
Peru

  • 1972 - La Fábrica (Adaptação de "A Fábrica")
  • 1996 - Nino (Adaptação de "Nino, o Italianinho")

Zé Bettio

JOSÉ BETTIO
(92 anos)
Cantor, Compositor, Radialista e Acordeonista

☼ Promissão, SP (02/01/1926)
┼ São Paulo, SP (27/08/2018)

José Bettio, mais conhecido como Zé Bettio, foi um radialista, cantor, acordeonista e compositor brasileiro, nascido em Promissão, SP, no dia 02/01/1926. Tinha como irmãos o também radialista Osvaldo Bettio e o acordeonista e compositor Arlindo Bettio, já falecidos.

Zé Bettio nasceu na fazenda do avô, a 450 quilômetros de Promissão, no interior de São Paulo. Estudou apenas até o terceiro ano primário, pois precisava ajudar o pai na lavoura. Desde criança, misturava-se aos irmãos e primos para assistir aos bailes e cantorias das fazendas vizinhas.

Aos nove anos de idade, ganhou do pai uma sanfona de oito baixos, que aprendeu a tocar observando o irmão mais velho.

Sua família mudava-se constantemente e em Lins, SP, trabalhou como pasteleiro para ajudar nas despesas. Mudou-se para São Paulo aos 20 anos, tendo trabalhado como sapateiro no bairro de Santana.

Ainda adolescente, formou com Antonio Moraes e Afonso, o trio Sertanejos Alegres, que durou pouco tempo. Percorreu o interior de São Paulo e Paraná tocando em bailes de fazenda.


Amigos do interior o levaram para tocar sanfona num programa de calouros na Rádio Tupi, em São Paulo. Em seguida, formou o Zé Bettio e Seu Conjunto, indo tocar na Rádio Cometa.

Zé Bettio gravou seu primeiro disco em 1958, pela Chantecler, interpretando a rancheira "Martim Pescador" (Francisco Pracânico e Emílio Magaldi) e o calango "Adivinhação" (Zé Bettio).

Em 1959, gravou a polca "Começo de Festa" (Zé Bettio) e a rancheira "Andradas" (Teddy Vieira).

Em 1960, gravou de sua autoria a polca "Chegou o Sanfoneiro".

Em 1964, gravou o frevo "Barulho da Lapa" (Zé Bettio e Nino Silva).

A carreira de radialista iniciou quando, certo dia, se apresentava numa Rádio de Guarulhos, e o locutor faltou. Acabou lendo ele mesmo, os anúncios. O sucesso foi imediato e, foi para a Rádio Cometa com um programa próprio, improvisando os textos dos anúncios com bom humor, voz anasalada e um sotaque ítalo-caipira.

No início dos anos 1970, transferiu-se para a Rádio Record, onde em dois anos levou a emissora do 14º para o 1º lugar de audiência, condição mantida durante muitos anos, atingindo um universo de cerca de 3 milhões de ouvintes, segundo boletins da própria emissora.


Em 1984, transferiu-se para a Rádio Capital, fazendo dois programas, um de 5h00 às 7h00 horas da manhã e outro das 17h00 às 19h00 horas.

Zé Bettio chegou a possuir o maior salário do rádio, renovando seu contrato no final dos anos 1980, por cerca de 2 milhões e 500 mil cruzados novos, 100 vezes o salário do Presidente da República na época.

Ídolo popular, em seus programas usava sempre o mesmo bordão inicial, onde dizia:
"Manhê, Manhê!, onde a senhora estiver receba o carinho do seu filho Zé. Gente, eu estou indo embora... mas amanhã bem cedinho, se Deus quiser, estou de volta!"
Foi Zé Bettio lançou na Rádio Record a dupla Milionário & José Rico.

Durante os anos 1990, manteve no Jornal Sertanejo a coluna "Encontro Com Zé Bettio", falando de lançamentos de discos, biografias de artistas e outros assuntos ligados ao mundo sertanejo.

Zé Bettio voltou à Rádio Record em 2008, onde comandou um programa matinal até o final de 2009.

Após sua aposentadoria, Zé Béttio passou seus últimos anos de vida recluso em seu sítio, no interior de São Paulo.

Morte

Zé Bettio faleceu na segunda-feira, 27/08/2018, em São Paulo, SP, aos 92 anos. Segundo informações da rádio CBN, Zé Bettio morreu enquanto dormia em sua casa no bairro Horto Florestal, na Zona Norte de São Paulo.

O corpo de Zé Bettio foi sepultado na segunda-feira, 27/08/2018, às 16h00, no Cemitério do Horto Florestal, segundo funcionários do local.

Discografia

  • 1974 - Sururu no Teclado (Chantecler, LP)
  • 1970 - O Sanfoneiro Mais Premiado do Brasil (Vitória Discos, LP)
  • 1964 - A Festa Continua / Barulho da Lapa (Sertanejo, 78)
  • 1963 - Loirinha Linda / Aí Que Tá (Sertanejo, 78)
  • 1962 - Brincadeira Tem Hora / Sentimento Sertanejo (Chantecler, 78)
  • 1962 - Lágrimas de Virgem / Raios de Sol (Chantecler, 78)
  • 1962 - Queridinha / Sururu no Teclado (Sertanejo, 78)
  • 1961 - Brasileirinha / Tudo Certo (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Bis Para o Amor / Chegou o Sanfoneiro (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Subindo ao Céu (Inspiração / Codil, LP)
  • 1959 - Porca Miséria / Lágrimas de Quem Ama (Sertanejo, 78)
  • 1959 - Começo de Festa / Andradas (Chantecler, 78)
  • 1958 - Martim Pescador / Adivinhação (Chantecler, 78)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #ZeBettio

Sylvia Telles

SYLVIA TELLES
(32 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (27/08/1934)
+ Maricá, RJ (17/12/1966)

Também conhecida como Sylvinha Telles, foi uma das intérpretes dos primórdios da bossa nova. A maioria de seus discos estão fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.

Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo:

"Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de 'Ponto Final', com Dick Farney e 'Amargura', com Lúcio Alves, até as canções que Tom Jobim e Vinicius de Moraes fizeram depois de 'Orfeu da Conceição'."

Sylvia Telles era filha de Maria Amélia D'Atri, natural da França, e do carioca Paulo Telles, um amante da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também foi músico.

Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava em se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.

Carreira

Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário Telles. O relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.

No ano seguinte, Garoto escreveu-lhe um musical, chamado "Gente de Bem e Champanhota", executado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção "Amendoim Torradinho" (Henrique Beltrão). Eles se apaixonaram à primeira vista. Pouco tempo depois, morreu Garoto, sem poder ver o lançamento do primeiro disco de Sylvia Telles.

Sylvinha e Candinho casaram-se e tiveram uma filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa "Música e Romance", recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny AlfBilly Blanco. Contudo, o casal logo se separou.

Em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os Seus Bossa Nova", que a expressão Bossa Nova foi divulgada pela primeira vez.

Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.

Em 1963, já divorciada de CandinhoSylvinha Telles casou-se com o produtor musical Aloysio de Oliveira, separando-se no ano seguinte por causa de ciúme. Aloysio de Oliveira casou-se com Cyva, do Quarteto em Cy, posteriormente.

Morte

Aos trinta e dois anos de idade, Sylvia Telles morreu em um acidente de automóvel na Rodovia Amaral Peixoto, no município de Maricá, RJ, em companhia de seu namorado Horacinho de Carvalho, filho da socialite Lily de Carvalho Marinho. Eles se dirigiam à fazenda de Horacinho no município, mas Horacinho dormiu ao volante, algo que acontecera à própria Sylvia Telles dois anos antes, enquanto voltava de um show.


Discografia

  • 1955 - Amendoim Torradinho
  • 1955 - Menina
  • 1957 - Carícia
  • 1959 - Silvia
  • 1959 - Amor de Gente Moça
  • 1960 - Amor em Hi-Fi
  • 1961 - Sylvia Telles USA
  • 1962 - Bossa Nova Mesmo
  • 1963 - Bossa, Balanço, Balada
  • 1964 - Bossa Session
  • 1964 - It Might As Well Be Spring
  • 1964 - The Face I Love
  • 1965 - The Music Of Mr. Jobim By Sylvia Telles
  • 1965 - Sylvia Telles Sings The Wonderful Songs Of Antonio Carlos Jobim
  • 1966 - Reencontro
  • 1966 - Folklore e Bossa Nova do Brasil

Fonte: Wikipédia

Olavo Setúbal

OLAVO EGYDIO DE SOUSA ARANHA SETÚBAL
(85 anos)
Engenheiro, Industrial, Banqueiro e Político

* São Paulo, SP (15/04/1923)
+ São Paulo, SP (27/08/2008)

Foi prefeito da capital paulista, indicado pelo governador Paulo Egydio Martins. Filho do advogado, político, poeta e escritor Paulo Setúbal e de Francisca Egydio de Sousa Aranha, sendo descendente da viscondessa de Campinas, Maria Luzia de Sousa Aranha.

Formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, começou sua carreira empresarial ao fundar a Deca, uma indústria especializada em louças sanitárias. Depois foi responsável pelo crescimento e expansão do Banco Itaú, do qual era um dos maiores acionistas e presidente do conselho, além de presidente executivo da holding do grupo, a Itaúsa.

Entre 1975 e 1979, indicado pelo governador Paulo Egydio Martins, ocupou a prefeitura da cidade de São Paulo, ocasião na qual concluiu inúmeras obras, entre elas a abertura das avenidas Sumaré e Juscelino Kubitschek e a reforma da Praça da Sé, dando-lhe o atual formato. Buscou requalificar o centro de São Paulo com a implementação dos calçadões no centro velho e centro novo, além da desapropriação e restauração do Edifício Martinelli, onde até hoje estão instaladas algumas Secretarias Municipais. Também criou a EMURB, Empresa Municipal de Urbanização.

Apesar do apoio de Paulo Egydio e da significativa aprovação popular à sua administração, não conseguiu a indicação da ARENA para o governo do Estado em 1978, o que o levou a se desfiliar do partido. Com a reforma pluripartidária de 1980, fundou, ao lado de Tancredo Neves, o Partido Popular, reunindo setores moderados egressos da ARENA e do MDB. O partido, entretanto, teve vida curta, sendo logo incorporado pelo PMDB.

Em 1985, foi um dos principais financiadores da vitoriosa campanha de Jânio Quadros à prefeitura de São Paulo. Filiou-se ao PFL tentando ser indicado pela sigla para a corrida ao governo estadual em 1986, o que o levou até a se descompatibilizar do Ministério das Relações Exteriores. Entretanto, a falta de um acordo político fez com que o partido abdicasse de um nome próprio para a disputa. Com isso, Olavo Setúbal apoiou a candidatura derrotada do empresário Antônio Ermírio de Moraes (PTB).

Entre março de 1985 e fevereiro de 1986, durante o governo Sarney, foi ministro das Relações Exteriores. Havia sido indicado por Tancredo Neves.

Morreu aos 85 anos de Insuficiência Cardíaca. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês. O velório foi realizado no Centro Empresarial Itaúsa – Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Jabaquara, das 16 horas de quarta-feira às 10 horas de quinta-feira. O corpo foi cremado em cerimônia privativa para os familiares.

Fonte: Wikipédia e Estadão.com.br