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Demétrius

DEMÉTRIO ZAHRA NETO
(76 anos)
Cantor e Compositor

☼ Jacarepaguá, RJ (28/03/1942)
┼ São Paulo, SP (11/03/2019)

Demétrius, nome artístico de Demétrio Zahra Neto, foi um cantor e compositor nascido em Jacarepaguá, RJ, no dia 28/03/1942.

Seus pais mudaram-se para São Paulo quando Demétrius tinha apenas 6 meses de vida. Ele estudou no Colégio Ateneu Paulista de Campinas como aluno interno. Estudou também no Colégio 7 de Setembro, no Colégio Paulistano, no Colégio Paes Leme e no Colégio Alfredo Pucca. Estes todos em São Paulo, Capital.

Sua primeira professora chamava-se Fidalga, e foi ela quem lhe deu os primeiros ensinamentos e de quem ele lembra com muito carinho e saudade. Cursou até o 2º ano colegial, quando iniciou sua carreira artística, interrompendo aí os estudos. 

O gosto pela música começou ainda jovem. Na adolescência, seus principais ídolos eram Cauby Peixoto, Angela Maria , Tito Madi e Elvis Presley.

Demétrius iniciou sua carreira em 1958 e nesse período gravou pelo selo Young, rocks de sua autoria.


Em 1960, quando cantava em uma festa de aniversário, músicas de Elvis Presley para seus amigos, foi convidado por Miguel Vaccaro Neto, Disc Jockey da Rádio Pan-americana de São Paulo, hoje Jovem Pan, e diretor da gravadora Young, para gravar um disco. A música, de autoria de Hamilton Di Giorgio, intitulada "Hold Me So Tight", logo apareceu como bem executada nas emissoras de rádio de São Paulo.

No ano seguinte, 1961, indicado por Genival Melo a Nazareno de Brito, diretor artístico da gravadora Continental e grande compositor, assinou contrato e gravou a versão que fez para o português da música "Corinna, Corinna", que logo transformou-se num dos maiores sucessos daquele ano entre os jovens de todo o Brasil.

As apresentações em televisão, entrevistas em rádio, revistas e inúmeros shows que fazia, rapidamente transformaram Demétrius num dos maiores ídolos da juventude do país.

Logo sucederam-se mais gravações de Long Plays (LP) e compactos, que rapidamente eram transformados em grandes sucessos. Assim ocorreu com "Rock do Saci" (Tony Chaves e Baby Santiago), "O Amor Que Perdi", versão de Fred Jorge para a música "Runaway", "Chega", versão que fez para "Making Love""O Ritmo da Chuva", versão em português de "Rhythm Of The Rain" do grupo The Cascades, que consagrou-o em todo o país como letrista e intérprete. Esta canção foi a responsável por apresenta-lo ao público nacional. Esta gravação, feita em 1964, nunca deixou de ser vendida e executada nas emissoras de todo o país, até os dias atuais. 


Quando surgiu o movimento Jovem Guarda, Demétrius gravou seu novo sucesso, de autoria de seu colega e amigo Roberto Carlos, a música "Eu Não Presto Mas Te Amo", que alcançou as paradas de sucesso do Brasil inteiro.

Em 1965 assinou com a RCA Victor e gravou a versão de sua autoria para a música de Estelle Levitt "Somehow It Got To Be Tomorrow Today", com o nome de "Ternura". Essa versão estourou em 1966 na voz de Wanderléia, que recebeu então o apelido de Ternurinha.

Demétrius vendeu milhares de cópias e se apresentou nos principais palcos brasileiros. Ganhou prêmios como o Troféu Chico Viola e vários Globos de Ouro, e foi presença constante nos principais programas de televisão e revistas da época.

Casado e pai de três filhos, Demétrius começou, com o passar do tempo, a dar mais atenção à sua carreira de compositor. Suas canções passaram a ser cantadas também nas vozes de seus colegas brasileiros e de outros países.

Na fase dos festivais, esteve presente a vários deles com suas músicas. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira, da Record TV, com a composição "Minha Gente", de 1967. Em 1968, "Joana Maria, O Sertão" (TV Excelcior), em 1970, "Oferta" (TV Globo), e alguns outros. 


Assim como outros integrantes da Jovem Guarda, também compôs música sertaneja, alcançando sucesso com a canção "O Que Será Que As Outras Têm Que A Linda Não Tem?", gravada em 1969 por Ari Toledo.

Em 1981, afastou-se da carreira artística para dedicar-se a outros afazeres, o que durou até o ano 2000.

O incentivo contínuo de seus amigos e familiares, somado ao carinho com que era cercado por seus fãs, fizeram com que, após mais de 20 anos de afastamento, Demétrius retornasse ao disco e às atividades artísticas. Deixou seu barco de lado, e gravou em São Paulo, no ano 2000, na Gravadora Zan-Brasidisc, um CD, que é uma coletânea de alguns dos seus maiores sucessos, além de algumas canções inéditas.

Demétrius era dono de uma imobiliária, de uma loja de barcos e até de um quiosque na praia.

Seu passatempo preferido desde a infância e até o seu falecimento era a pescaria, onde se inspirava diante da natureza e passava seus melhores momentos. Em 2015, o Jornal da Record exibiu uma reportagem falando sobre sua paixão pela pescaria.

Morte

Demétrius faleceu na segunda-feira, 11/03/2019, aos 76 anos, em São Paulo, SP, vítima de uma infecção generalizada. Ele estava meio adoentado, tinha sido internado há três dias. Ele deixou deixou esposa e três filhos.

Discografia

  • 1976 - Demétrius (Continental, LP)
  • 1975 - Teu Romântico Canalha / Só Deus Sabe o Quanto Amei Você (RCA Victor)
  • 1973 - Encontro / Preciso Lhe Encontrar (RCA Victor)
  • 1971 - O Passo Mais Errado da Minha Vida / Neblina Em Minha Estrada (RCA Victor)
  • 1970 - Não Se preocupe / Me Deixa (Fermata)
  • 1969 - O Estranho de Cabelos Longos / Hoje à Noite (Continental)
  • 1968 - Um Homem Só Chora de Amor (Continental)
  • 1968 - Viver Por Viver (Continental, LP)
  • 1967 - Não Presto Mas Eu Te Amo / Que Me Importa (Continental)
  • 1967 - O Ídolo Que Volta (Continental, LP)
  • 1966 - Glorinha / Comendador Mesquita (RCA Victor)
  • 1966 - O Durão / Dia Chegará (RCA Victor)
  • 1966 - Demétrius (RCA Victor)
  • 1966 - Imenso Amor / Urso Veloz (RCA Victor)
  • 1965 - Ternura / Levante Little Suzie (RCA Victor)
  • 1965 - Chorando Vou Te Pedir / Pensemos Na Alegria (RCA Victor)
  • 1964 - A Bruxa (Continental)
  • 1964 - O Ritmo da Chuva / Despenteada (Continental)
  • 1964 - Demétrius (Continental)
  • 1964 - O Ritmo da Chuva (Continental, LP)
  • 1964 - Esta Tarde Vai Chover / Muito Nova Pra Mim (Continental)
  • 1963 - Oh! Norminha / Hey! Baby (Continental)
  • 1963 - Filme Triste / Rosas São Grenás (Continental)
  • 1963 - Voltou a Carta / Baby (Continental)
  • 1963 - Jéssica / Marly (Continental)
  • 1963 - Demétrius (Continental, LP)
  • 1962 - O Amor Que Perdi / Chega (Continental)
  • 1962 - Cinderella / The Fool's Hall Of Fame (Continental)
  • 1962 - Demétrius (Continental)
  • 1962 - Namoradeira / Quinze Anos Tem o Meu Amor (Continental)
  • 1962 - Adeus Marlene / De Tanto Lhe Amar (Continental)
  • 1962 - Ídolo da Juventude (Continental, LP)
  • 1961 - Let's Think About Living / Corinna, Corinna (Continental)
  • 1961 - Rock do Saci / Broto Levado (Continental)
  • 1961 - Cuide Certinho do Meu Bem / Alfabeto de Natal (Continental)
  • 1961 - Demétrius Canta Com Amor e Mocidade (Continental, LP)
  • 1961 - Young And In Love / Hold Me So Tight (Young)

Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #demetrius

Antonieta de Barros

ANTONIETA DE BARROS
(50 anos)
Jornalista, Professora, Escritora e Política

☼ Florianópolis, SC (11/07/1901)
┼ Florianópolis, SC (28/03/1952)

Antonieta de Barros foi uma jornalista, professora, escritora e política nascida em Florianópolis, SC, no dia 11/07/1901.

Antonieta de Barros era filha de ex-escrava, que trabalhava na casa do político Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos, que viria a ser vice-presidente do Senado, que chegou a assumir por dois meses a Presidência da República.

Ela foi inspiração para o Movimento Negro, foi apagada dos livros de história, tendo sido uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no sul do país. Foi a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular.

De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Ingressou com 17 anos na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921.

Em 1922, a normalista fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para alfabetização da população carente. O curso foi dirigido por ela até sua morte e fechado em 1964.


Professora de português e literatura, Antonieta de Barros exerceu o magistério durante toda a sua vida, inclusive em cargos de direção. Foi professora do atual Instituto de Educação entre os anos de 1933 e 1951, assumindo sua direção de 1944 a 1951, quando se aposentou.

Antonieta de Barros notabilizou-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do Estado de Santa Catarina.

Eleita em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense, foi constituinte em 1935, filiada ao Partido Liberal Catarinense (PLC), cabendo-lhe relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo. Atuou na Assembléia Legislativa de Santa Catarina até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.

Com o fim do regime ditatorial, ela se candidatou pelo Partido Social Democrático (PSD) e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente. Na ocasião, continuou lutando pela valorização do magistério: exigiu concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.

Eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi a primeira deputada estadual mulher e negra do país. Atuou como professora, jornalista e escritora, destacando-se pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão.


Além da militância política, Antonieta de Barros participou ativamente da vida cultural de seu Estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito.

Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930, e escreveu artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu em 1937 o livro "Farrapos de Ideias". Foi por intermédio dele que Antonieta de Barros enveredou pelos caminhos da política.

Ao longo de sua vida, Antonieta de Barros atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas idéias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e por meio dele opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre a educação da população mais carente.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina concede anualmente a Medalha Antonieta de Barros a mulheres com relevantes serviços em defesa dos diretos da mulher catarinense, e seu nome foi dado ao túnel da Via Expressa Sul, em Florianópolis.

 Antonieta de Barros nunca se casou.

Morte

Antonieta de Barros faleceu em 28/03/1952, aos 50 anos de idade, e está sepultada no Cemitério São Francisco de Assis em Florianópolis, SC.

Miguel Magno

MIGUEL MAGNO
(58 anos)
Ator, Diretor e Autor

* Rio de Janeiro, RJ (28/03/1951)
+ São Paulo, SP (17/08/2009)

O ator, diretor e dramaturgo Miguel Magno começou no teatro e ficou famoso na TV Globo com a novela "Top Model", em 1989. Trabalhou em televisão, teatro e no cinema. Ficou conhecido por interpretar papéis femininos. 

Ele foi um dos idealizadores do gênero cômico que ficaria conhecido como besteirol a partir do espetáculo "Quem Tem Medo de Itália Fausta?", escrito em parceria com Ricardo Almeida, que fez um estrondoso sucesso no teatro e ficou anos em cartaz, desde sua estreia em 1979. Miguel Magno chegou a fazer o papel de 11 personagens mulheres diferentes na peça.

Atuou no filme "Irma Vap, O Retorno", dirigido por Carla CamuratiTambém trabalhou ao lado de Marcos Caruso, autor da peça "Operação Abafa", que tinha Miguel Magno no elenco, um de seus últimos trabalhos teatrais.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?", foi sem dúvida o espetáculo que projetou nacionalmente Miguel Magno. Nasceu de forma despretensiosa, como costuma ocorrer com os grandes sucessos. Miguel Magno havia lido um livro sobre o ator Leopoldo Fróes e, a partir dessa leitura, ele e Ricardo Almeida começaram a criar cenas brincando com a figura do ponto, aquele funcionário cuja função era "soprar" do fosso do palco o texto para os atores. Assim, surgiu a diva dependente do ponto, esquete que abria a montagem. Aos poucos, outros foram se agregando.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?" ganhou ainda, como entreato, hilariante crítica ao academicismo na conferência de duas professoras sobre "a importância dos monossílabos e das interjeições átonas do dialeto javanês na literatura dramática da ilha de Java durante os últimos 15 dias do século 12 antes de Cristo".

O espetáculo estreou num pequeno teatro no Bexiga, hoje o Espaço Ágora dirigido por Roberto Lage e Celso Frateschi. "Eu vi aquela montagem dezenas de vezes", lembrou mais tarde Eduardo Martini que atuou nessa comédia, primeiro contracenando com Miguel Magno e, numa remontagem, com Marcos Oliveira, o Beiçola do seriado "A Grande Família".

Entre seus múltiplos trabalhos, Miguel Magno participou de séries como "Queridos Amigos" (2008), de Maria Adelaide Amaral, do seriado inaugural de "A Diarista" (2003), no papel do pintor Amintas Possolo e de "Os Normais" (2001), como um dentista.


Na televisão participou, ainda, de novelas nas quais sua verve cômica conquistou o público. Ele brilhou como o criado Romeu de "Estrela Guia" (2001) e ao encarnar Dona Roma, de "A Lua Me Disse" (2005), ambas na Rede Globo. Ainda na televisão, participou das novelas "Felicidade" (1991), "Helena" (1987) e "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), essas duas pela Rede Manchete, e "Dona Anja" (1996) e "Direito de Nascer"  (2001) pelo SBT.

No teatro, atuou ainda com Denise Stoklos na comédia "Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico", com texto de Dario Fo e Franca Rama.

Em 2009, Miguel Magno estava no elenco do programa humorístico "Toma Lá, Dá Cá", onde interpretava a personagem Doutora Percy.

Miguel Magno faleceu no dia 17/08/2009, aos 58 anos, estava internado no Hospital Paulistano, em São Paulo, onde desde o começo de julho de 2009 havia iniciado o tratamento de um câncer. O ator havia feito uma biópsia do fígado, mas morreu antes de saber o resultado.

O corpo de Miguel Magno foi velado no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista, e cremado no dia seguinte ao seu falecimento.

Fonte: Wikipédia