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Durvinha

DURVALINA GOMES DE SÁ
(93 anos)
Cangaceira

☼ Paulo Afonso, BA (1915)
┼ Belo Horizonte, MG (28/06/2008)

Durvalina Gomes de Sá, também conhecida pelo pseudônimo de Jovina Maria da Conceição Souto, conhecida também como Durvinha, foi a última sobrevivente mulher e integrante do grupo de cangaceiros de Lampião e Maria Bonita.

Nascida em Paulo Afonso, BA, no ano de 1915, Durvinha era filha de um fazendeiro local bem-sucedido que possuía duas propriedades rurais na cidade.

Durvinha ingressou no cangaço aos 15 anos, no início dos anos 1930, após proposta do cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, ex-cunhado de Lampião. Diferente de outras mulheres no cangaço que foram raptadas de suas famílias, Durvinha acompanhou o bando espontaneamente. Entretanto, este fato causou diversos transtornos a sua família, que teve suas propriedades incendiadas pelas forças volantes e foram ameaçados.

Após a morte de Virgínio, casou-se com o cangaceiro José Antônio Souto, nome falso de Moreno, cujo nome de batismo era Antônio Ignácio da Silva.

Durvinha, à esquerda em cena do filme de Benjamin Abrahão Botto, de 1936. No centro da imagem, Virgínio, seu primeiro companheiro.
Durvinha é conhecida pela filmagem de Benjamin Abrahão Botto em 1936, na qual aponta um pequeno revólver para a câmera, ao lado de outros cangaceiros. No documentário "Os Últimos Cangaceiros", Durvinha fala sobre sua participação nas ações no bando:
- A senhora atirou muito no cangaço?
- Não... eu tinha um medo danado de atirar!
Após a morte de Lampião e a dispersão do bando em 28/07/1938, o casal conseguiu se reunir sem grandes ferimentos na mata. Na época grávida, Durvinha teve seu filho Inácio Carvalho Oliveira. Temendo ser encontrados pelas forças volantes, o casal doou o bebê com 30 dias para um padre na cidade de Taracatu em Pernambuco, visto que o casal estava em fuga e não podia se trajar como cangaceiros ou assumir suas identidades.

Moreno e Durvinha
DurvinhaMoreno escaparam do Massacre de Angico e conseguiram ir para Belo Horizonte, MG, disfarçados, de fevereiro a maio de 1940. Ali chegando, trocaram de nomes temendo prisão. Adotaram uma nova vida, tiveram outros filhos e guardaram o segredo até 2006.

Até então, nenhum deles sabia que os pais foram cangaceiros. O casal já com a idade avançada, resolveu contar a verdade. Neli, de temperamento inquieto, fez um trabalho de detetive e conseguiu localizar o irmão mais velho perdido no mundo. Ele, Inácio Carvalho Oliveira, morava no Rio de Janeiro e era militar, por ironia do destino.

Durvinha sobreviveu por mais de setenta anos depois de escapar do ataque da polícia de Alagoas que dizimou parte do bando de Lampião.

Durvinha usou o nome falso de Jovina durante toda a sua vida após o cangaço, revelando seu passado à família apenas poucos anos antes de seu falecimento.

Morte

Durvinha faleceu em 28/06/2008, aos 93 anos, em Belo Horizonte, MG, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Durvinha

Matheus Biteco

MATHEUS BITENCOURT DA SILVA
(21 anos)
Jogador de Futebol

☼ Porto Alegre, RS (28/06/1995)
┼ La Unión, Colômbia (28/11/2016)

Matheus Bitencourt da Silva, mais conhecido como Matheus Biteco, foi um jogador de futebol brasileiro que atuava como volante, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 28/06/1995.

Matheus, assim como seus irmãos Guilherme e Gabriel Biteco, começou a carreira de jogador de futebol nas escolinhas do Grêmio de Porto Alegre.

De família humilde, moradores da Zona Norte da capital gaúcha, Matheus foi descoberto junto com o irmão mais velho Guilherme Biteco, na época com 7 e 5 anos, enquanto jogavam futebol de salão em uma quadra da cidade. Foi um olheiro do Grêmio que abordou Jorceli, pai dos meninos, e os convidou para fazer um teste no clube. Dois dias depois tinham sido aprovados e já treinavam em uma escolinha do Grêmio.

Com dificuldades financeiras, os pais do garoto tinham dificuldades de mantê-los treinando, mas recebiam ajudas externas, como do ex-jogador do Grêmio e irmão do craque Ronaldinho Gaúcho, Assis. Também, o pai de Matheus recebeu ajuda da ex-patroa Carmem, proprietária da famosa casa noturna de Porto Alegre, Tia Carmem. Ela o apresentou ao empresário Jorge Machado, que começou a gerir a carreira dos filhos do senhor Jorceli, bem como auxiliar financeiramente toda a família.

Matheus passou por todas as categorias de base do Grêmio até 2013, inclusive sendo convocado para seleções de base.

Grêmio

A primeira vez que foi relacionado como profissional foi em 2013, pelo time B do Grêmio, treinado por Marcelo Mabília, que disputou as primeiras partidas do Gauchão daquele ano. Estava no banco durante a derrota gremista por 2x1 para o Canoas, mas não chegou a atuar.

Sua estreia como profissional veio na partida seguinte, contra o São Luiz de Ijuí no Estádio 19 de Outubro. O Grêmio B foi goleado por 4x0, Matheus entrou aos 16 minutos do segundo tempo, 5 minutos depois recebeu cartão amarelo.

Em 2013 Matheus foi relacionado para 7 jogos do Gauchão 2013 (atuou em seis), 18 jogos do Brasileirão 2013 (atuou em onze) e 4 jogos da Copa do Brasil 2013 (atuou em um), neste ano recebeu um cartão amarelo e um vermelho, não marcou nenhum gol.

Em 2014 foi integrado definitivamente ao grupo profissional do Grêmio comandado na época por Enderson Moreira, disputando uma vaga como volante com Ramiro e Riveros.

Durante 2014 foi relacionado para 5 jogos do Gauchão 2014 (atuou em dois), 26 jogos do Brasileirão 2014 (atuou em dezoito) e um jogo da Copa do Brasil 2014 (atuou em um). Neste ano recebeu quatro cartões amarelos, nenhum vermelho e não marcou nenhum gol.

Matheus Biteco em sua apresentação na Chapecoense, em 2016.
Em dezembro de 2014, o Grêmio vendeu parte dos direitos do jogador ao grupo Rogon Sportmanagement GmbH & Co. KG, parceiro do empresário do atleta Matheus, Jorge Machado. O mesmo grupo que é dono do passe do irmão de Matheus, Guilherme. A partir disto passou a deter a maior parte dos direitos do jogador. Neste período chegou a ser cogitada a possibilidade do jogador defender o Flamengo em 2015, para saldar uma dívida do Grêmio, o que acabou não se concretizando.

Os novos donos do passe do atleta decidiram deixá-lo por empréstimo no Grêmio a fim de que o atleta conquiste mais maturidade e se valorize para conquistar uma melhor negociação quando fosse para a Europa. Logo após a assinatura do contrato o atleta foi para a Alemanha tratar de uma pubalgia que já o incomodava há algum tempo.

Após o tratamento na Alemanha, Matheus retornou ao Grêmio curado da pubalgia no início de abril de 2015. O grupo Rogon Sportmanagement registou o atleta no Barra FC (É onde os empresários da ROGON Sportmanagement GmbH & Co. KG registram seus atletas no Brasil) e depois o emprestou ao Grêmio até o final do ano de 2015. O grupo de investidores acreditou que o Grêmio era o melhor lugar para o atleta jogar a temporada pelo fato de ainda estar em processo de formação e ter grande familiaridade com o clube.

Matheus Biteco não disputou o Gauchão, mas ficou a disposição para o Brasileirão e a Copa do Brasil. O contrato de empréstimo para o Grêmio tem duração até dezembro de 2015.

Matheus Bitencourt da Silva atuou na campeonato Torneio Internacional de Toulon de 2014, sendo campeão com a seleção brasileira atuando como capitão.

Morte

Matheus Biteco faleceu aos 21 anos vítima de um acidente aéreo. Ele foi uma das vítimas fatais da queda do Voo 2933 da Lamia, no dia 28/11/2016. A aeronave transportava a equipe da Chapecoense para Medellín, onde disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana de 2016.

Além da equipe da Chapecoense, a aeronave também levava 21 jornalistas brasileiros que cobririam a partida contra o Atlético Nacional, comissão técnica, diretoria, convidados e a tripulação da aeronave.

Matheus Biteco foi apresentado na Chapecoense
Títulos

Chapecoense
  • 2016 - Copa Sul-Americana

Seleção Brasileira Sub-20
  • 2013 - Torneio Internacional de Toulon
  • 2014 - Torneio Internacional de Cotif

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #MatheusBiteco

Maneca

MANOEL MARINHO ALVES
(35 anos)
Jogador de Futebol

* Salvador, BA (28/01/1926)
+ Salvador, BA (28/06/1961)

Jogava como meia e ponta-direita. Foi descoberto por um olheiro do Vasco da Gama quando jogava no Galícia Esporte Clube, de Salvador. Transferiu-se para o Vasco, onde jogou de 1947 a 1955.

Seu estilo era de dribles curtos e desconcertantes, e passes e lançamentos certeiros. No Vasco, jogava tanto na meia-direita como na meia-esquerda, mas durante a Copa do Mundo de 1950, atuou como como titular da Seleção Brasileira de Futebol deslocado na ponta direita no lugar de Tesourinha, que operara os meniscos. Um estiramento afastou-os dos dois últimos jogos contra Espanha e Uruguai.

Depois de sair do Vasco da Gama voltou a Salvador, onde foi campeão pelo Bahia. Mais tarde, uma contusão antiga no joelho o fez abandonar o futebol.

Homem chegado a depressões, Maneca cometeu suicídio tomando veneno em 1961.

Ariel Coelho

ARIEL COELHO
(48 anos)
 Ator e Humorista

* Curitiba, PR (1951)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/06/1999)

Ator formado pelo Curso de Arte Dramática da Fundação Teatro Guaíra e que teve nas peças de seu amigo Antônio Carlos Kraide as primeiras chances de aparecer no palco, participou de produções internacionais rodadas no Brasil.

Em 1985, o inglês John Boorman o escolheu para fazer um padre que aparecia com destaque (inclusive alguns diálogos) em três seqüências de "A Floresta das Esmeraldas" (The Esmerald Forest).

Em 1987, Paul Mazursky o colocou como um dos músicos da banda que aparece em seqüência de "Luar Sobre Parador", rodado em Ouro Preto.

No cinema, Ariel Coelho participou dos filmes " O Quinto Macaco" (1990); "Luar Sobre Parador" (1988); "Where the River Runs Black" (1986); "As Sete Vampiras" (1986); "Por Incrível Que Pareça" (1986); "The Emerald Forest" (1985); "Brás Cubas" (1985); "Urubus e Papagaios" (1985); " O Cavalinho Azul" (1984); "Um Sedutor Fora de Série" (1983); "Índia, a Filha do Sol" (1982);

No teatro, era integrante do grupo "Pessoal do Cabaré", com o qual encenou, dentre outros espetáculos "Poleiros do Anjos" (1981); "Musical dos Musicais" (1982); "Serafim Ponte Grande" (1982); "O Beijo no Asfalto" (1984).

No teatro, Ariel Coelho fez, ainda,"A Viagem de Um Barquinho", peça infantil de Sílvia Orthoff (1977); "Curitiba Velha de Guerra" (1977); "Uma Noite com Valentim" (1991", "Drácula", na montagem de Antônio Carlos Kraide, sobre texto de Eddy Françoise.

Ariel Coelho faleceu aos 48 anos, no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/06/1999, vítima de uma infecção generalizada.

Cinema

1990 - O Quinto Macaco ... Pastor
1988 - Moon Over Parador ... Paulo
1986 - Where the River Runs Black ... Francisco
1986 - As Sete Vampiras ... Frederico Rossi
1986 - Por Incrível Que Pareça
1985 - The Emerald Forest ... Padre Leduc
1985 - Urubus e Papagaios
1985 - Brás Cubas
1984 - O Cavalinho Azul
1983 - Um Sedutor Fora de Série
1982 - Índia, a Filha do Sol

Televisão

1999 - Chiquinha Gonzaga ... Conde
1997 - Salsa e Merengue ... Delegado
1996 - O Fim do Mundo ... Irana
1995 - Malhação ... Danilo
1995 - Decadência
1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados
1994 - Incidente em Antares ... Alambique
1994 - Confissões de Adolescente ... André Franco (participações esporádicas)
1991 - O Fantasma da Ópera ... Otávio Pimenta
1991 - Floradas na Serra ... Gumercindo
1987 - Sassaricando ... Garçom
1987 - Corpo Santo ... Aderbal
1986 - Tudo ou Nada ... Honório
1985 - Tudo em Cima
1985 - Tamanho Família ... Bóris Grushin Kovski
1984 - Marquesa de Santos ... Roque
1983 - Parabéns pra Você ... Torquato
1981 - O Amor É Nosso ... Floriano

Magalhães Pinto

JOSÉ DE MAGALHÃES PINTO
(86 anos)
Banqueiro e Político

* Santo Antônio do Monte, MG (28/06/1909)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/03/1996)

Para José de Magalhães Pinto, a política era como uma nuvem: "Você olha e ela está de um jeito; olha de novo e ela já mudou." A frase famosa, muitas vezes atribuída a Ulysses Guimarães, era expressão do "frasismo" do ex- banqueiro, ex-deputado, ex-governador de Minas Gerais e então ministro das Relações Exteriores, na época da publicação do Ato Institucional nº 5.

Um dos signatários do histórico Manifesto dos Mineiros – primeiro pronunciamento público de setores liberais contra o Estado Novo (1937-1945), em outubro de 1943 –, Magalhães Pinto subscreveu o AI-5 na "esperança" de que o decreto tivesse vigência de seis ou oito meses, diria em entrevista, 16 anos depois.

Ainda governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto envolveu-se diretamente no golpe de 1964, das articulações que levaram à derrubada de João Goulart às negociações para a escolha do novo presidente, Castello Branco.

Assumiu cadeira na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1967, mas exerceu mandato apenas até 14 de março: por ocasião da posse presidencial do general Costa e Silva, assumiu o Ministério das Relações Exteriores. Um dos marcos de sua gestão no ministério foi a recusa a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Trajetória

Filho do comerciante de cereais José Caetano de Magalhães Pinto e da dona-de-casa Maria Araújo de Magalhães Pinto, o ex-ministro nasceu no dia 28 de junho de 1909, em Santo Antônio do Monte, centro-oeste de Minas Gerais.

Aos 17 anos, foi admitido escrituário do Banco Hipotecário e Agrícola, futuro Banco do Estado. Atuou em associações comerciais, trabalhou em empresas de mineração, formou-se em direito e casou-se com Berenice Catão, com quem teria seis filhos.

Nas eleições de 1945, foi eleito, pela UDN, deputado federal – cargo para o qual se reelegeria até 1960, quando assume o governo de Minas.

Pós AI-5

Com o afastamento de Costa e Silva da Presidência, e com a posse de Medici, Magalhães Pinto deixou o ministério e voltou à Câmara. Em 1970, foi eleito senador e, cinco anos depois, eleito presidente do Senado.

Em sua carreira política, ainda cogitaria se candidatar, durante da democratização, à Presidência da República. No entanto, após admitir que "política é como nuvem", reconheceria que as alternativas de então eram Paulo Maluf ou Tancredo Neves. Acabou apoiando o conterrâneo.

Paralelamente, na área financeira destacou-se como um importante banqueiro: em 1974, o Banco Nacional, fundado por ele, tornou-se o terceiro mais importante do país.

Em novembro de 1995, o Nacional sofreria intervenção do Banco Central e seria acusado de ter sua contabilidade fraudada desde 1986.

Um dos maiores escândalos de instituições financeiras do país que, depois de se arrastar por anos, levou ao afastamento dos diretores e à posterior incorporação do Nacional ao Unibanco não foi acompanhado por Magalhães Pinto.

O banqueiro e político morreu no dia 06/03/1996, dez anos após um Acidente Vascular Cerebral que o afastou da política e dos negócios.

Fonte: Wikipédia e www1.folha.uol.com.br

Otto Stupakoff

OTTO STUPAKOFF
(73 anos)
Fotógrafo de Moda

* São Paulo, SP (28/06/1935)
+ São Paulo, SP (22/04/2009)

Otto Stupakoff estudou no Art Center College of Design de Los Angeles (1953-1955), época em que trabalhou como correspondente fotográfico da Revista Manchete.

De volta ao Brasil, em 1957 estabeleceu seu estúdio em São Paulo, atuando no campo da fotografia de moda e da publicidade. Fotografou a construção de Brasília a pedido do arquiteto Oscar Niemeyer.

Foi o percursor da fotografia de moda no Brasil, em 1958, ao fotografar a atriz Duda Cavalcanti, "a pioneira garota de Ipanema", com uma roupa do estilista Dener Pamplona.

"Jamais havia visto uma foto de moda publicada no Brasil, antes de eu fazer a primeira. É incrível, porque já éramos uns 100 milhões de habitantes. Pedi ao Dener um vestido emprestado. Coloquei na mala, peguei um ônibus para o Rio de Janeiro, combinei com minha namorada, Duda Cavalcanti, e fomos para a casa do Heitor dos Prazeres, amigo pintor e sambista, que morava numa casa art noveau. Nesse terraço, coloquei a Duda com o vestido do Dener, que ele havia feito, em 1955. Era um vestido branco e azul-marinho. Nesse dia, no terraço da casa de Heitor, a Duda vestindo Dener, foi feita a primeira foto de moda no Brasil. Essa foto, que fiz para mim, nunca foi publicada."

Em 1965, aos 30 anos e no auge de seu sucesso no Brasil, mudou-se para Nova York e colaborou com diversas publicações, como Life e Look . Além dos editoriais de moda, destacou-se pelos retratos de celebridades, mas também de pessoas anônimas. Seu trabalho foi marcado pela influência de Richard Avedon, seu mestre declarado, de Helmut Newton e da pintura de Balthus.

Stupakoff foi também responsável por centenas de ensaios para grandes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar, Cosmopolitan, Elle e Esquire. Instalou-se em Paris, entre 1973 e 1976, onde fotografou para Vogue, Elle e Stern, entre outras publicações. Voltou ao Brasil em 1976, onde permaneceu até 1980. Em 1981, estabeleceu -se em Nova Iorque, tornando-se cidadão americano em 1984.

Recebeu o prêmio especial do júri do Art Directors Club (Paris, 1981) e o DuPont Award (Paris, 1986).

Fotografou várias personalidades como Truman Capote, o ex-presidente norte-americano Richard Nixon, a atriz Bette Davis, Grace Kelly, Jack Nicholson, Sharon Tate, Tom Stoppard, Leonard Cohen, Paul Newman, Sophia Loren, Jorge Amado, Antonio Carlos Jobim, Pelé, Kate Moss, entre outras. Foi um dos primeiros brasileiros a integrar o acervo do Museu de Arte Moderna (Nova Iorque).

Também realizou trabalhos importantes de fotojornalismo. Chegou a ser preso, interrogado e quase morto por soldados do Khmer Rouge, em 1994, ao fotografar as ruínas de Angkor Wat e os killing fields, nas selvas de Battambang. Suas fotos do Camboja foram exibidos na Academia de Ciências de Nova York e leiloadas para arrecadar fundos para as vítimas de minas terrestres.

Foi ao Ártico quatro vezes, e aprendeu com os inuítes a caçar focas com arpão e a construir um iglu.

Otto também foi professor de fotografia na Parsons The New School for Design, em Nova York .

Vivia em São Paulo desde 2005, ano em que, comemorando seus 50 anos de carreira, realizou-se uma exposição retrospectiva de sua obra, no prédio da Bienal, durante a São Paulo Fashion Week. A mostra, denominada Moda sem fronteiras, foi organizada pelos fotógrafos Bob Wolfenson e Fernando Laszlo. Um ano depois, foi lançado o livro Otto Stupakoff, pela editora Cosac & Naify.

Em 2008, sua obra fotográfica - um acervo de aproximadamente 16 mil fotos - foi incorporada pelo Instituto Moreira Salles.

Otto Stupakoff sofria de Alzheimer. Faleceu na madrugada do dia 22/04/2009, em um apart-hotel de São Paulo, dias após o encerramento de uma grande exposição dos seus trabalhos, no Centro Cultural do Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro. Tinha seis filhos, de três casamentos (um deles, com a Miss Universo 1966, Margareta Arvidsson) e onze netos.

Fonte: Wikipédia

Raul Seixas

RAUL SANTOS SEIXAS
(44 anos)
Cantor, Compositor e Produtor Musical

* Salvador, BA (28/06/1945)
+ São Paulo, SP (21/08/1989)

Raul Seixas foi um famoso cantor e compositor brasileiro, freqüentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Também foi produtor musical da CBS durante sua estada no Rio de Janeiro, e por vezes é chamado de "Pai do Rock Nacional" e "Maluco Beleza".

Sua obra musical é composta de 21 discos lançados em seus mais de 20 anos de carreira e seu estilo musical é tradicionalmente classificado como rock e baião, e de fato conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como "Let Me Sing, Let Me Sing".

Seu álbum de estreia, "Raulzito e Os Panteras" (1968), foi produzido quando ele integrava o grupo Os Panteras, mas só ganhou notoriedade crítica e de público com as músicas de "Krig-ha, Bandolo!" (1973), como "Ouro de Tolo", "Mosca na Sopa", "Metamorfose Ambulante".

Raul Seixas (Foto: Juan Luis Guerra)
Raul Seixas adquiriu um estilo musical que o creditou de "Contestador e Místico", e isso se deve aos ideais que vindicou, como a "Sociedade Alternativa" apresentada em "Gita" (1974), influenciado por figuras como Aleister Crowley.

Raul Seixas se interessava por filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e latim, e algumas crenças dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que possuía uma recepção boa ou de curiosidade por conta disso. Ele conseguiu gozar de uma audiência relativamente alta durante sua vida, e mesmo nos anos 80 continuou produzindo álbuns que venderam bem, como "Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!" (1987) e "A Panela do Diabo" (1989), esse último em parceria com Marcelo Nova, e sua obra musical tem aumentado continuamente de tamanho, na medida que seus discos (principalmente álbuns póstumos) continuam a ser vendidos, tornando-o um símbolo do rock do país e um dos artistas mais cultuados e queridos entre os fãs nos últimos quarenta anos.

Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone Brasil promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Raul Seixas figurando a posição 19ª, encabeçando nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Heitor Villa-Lobos e outros. No ano anterior, a mesma revista promoveu a Lista dos Cem Maiores Discos da Música Brasileira, onde seu "Krig-ha, Bandolo!" de 1973 atingiu a 12ª posição, demonstrando que o vigor musical de Raul Seixas continua a ser considerado importante hoje em dia.

Infância

Raul Santos Seixas nasceu às 8 horas da manhã em 28 de junho de 1945 numa família de classe média baiana que vivia na Avenida Sete de Setembro, Salvador. Seu pai, Raul Varella Seixas, era engenheiro da estrada de ferro e sua mãe, Maria Eugênia Santos Seixas, se dedicava às atividades domésticas. No mês de julho ele foi registrado no Cartório de Registro Civil de Salvador com o nome do pai e do avô paterno. Em 16 de setembro do mesmo ano, batizaram-no na Igreja Matriz da Boa Viagem.

Em 4 de dezembro de 1948, Raul Seixas ganhou um irmão, o único, Plínio Santos Seixas, com quem teria um bom relacionamento durante sua infância. Os estudos de Raul Seixas começaram em 1952, onde frequentou o curso primário estudando com a professora Sônia Bahia. Concluído o curso em 1956, fundou o Club dos Cigarros com alguns amigos.

O trágico percurso escolar de Raul Seixas se iniciaria em 1957, quando ele ingressou no ginásio Colégio São Bento, onde foi reprovado na 2ª série por três anos. Um dos motivos da reprovação, segundo alguns biógrafos, é que ele, em vez de ir assistir as aulas, ouvia rock'n roll - em seus primórdios - na loja Cantinho da Música. No mesmo ano, em 13 de julho, Raul Seixas fundou o Elvis Rock Club com o amigo Waldir Serrão. Segundo a jornalista Ana Maria Bahiana, é através de Waldir Serrão que Raul Seixas começou a sair de casa e a manter uma vida social mais ampla. Segundo Raul, o encontro com Waldir Serrão foi fantástico: "Me preparei todo, botei a gola pra cima, botei o topete, engomei o cabelo, e fiquei esperando ele, masclando chiclete".

O Elvis Rock Club era como uma gangue, que procurava brigas na rua, fazia arruaça, roubava bugigangas e quebrava vidraças. Embora Raul não gostasse muito disso, "ia na onda, pois o rock, pelo menos ao meu ver, tinha toda uma maneira de ser".

Então, a família resolveu matricular Raul num colégio de padres, o Colégio Interno Marista, onde ele alcançou a 3ª série em 1960, mas acabou repetindo o estágio em 1961. Ao que tudo indica, nessa época Raul Seixas começou a se interessar pela leitura. O pai de Raul Seixas amava os livros e possuía uma vasta biblioteca em casa. Tão logo decifrou o mistério das letras, o garoto pôs-se a ler os volumes que encontrava na biblioteca do pai Raul. Sendo assim, as histórias que lia na biblioteca fermentavam sua imaginação e, com os cadernos do colégio, fazia desenhos, criava personagens, enredos, para depois vender ao irmão quatro anos mais novo, que acabava ficando interessado e comprava os esboços. Segundo Raul, um dos personagens principais dessas histórias era um cientista maluco chamado Melô (algo como "amalucado"), que viajava para diversos lugares imáginarios como o Nada, o Tudo, Vírgula Xis Ao Cubo, Oceanos de Cores.

Segundo Raul, Melô era sua "outra parte, a que buscava as respostas, o eu fantástico, viajando fora da lógica em uma maquinazinha em que só cabia um só passageiro... Melô-eu". Plínio ficava horas ouvindo o irmão contar suas histórias, dentro do quarto dos dois, e Raul frequentemente encenava os personagens como um ator.

Raul e Plínio tinham algo em comum: adoravam literatura, mas odiavam a escola. Mais tarde, já maduro, Raul Seixas diria:

"Eu era um fracasso na escola. A escola não me dizia nada do que eu queria saber. Tudo o que aprendia era nos livros, em casa ou na rua. Repeti cinco vezes a segunda série do ginásio. Nunca aprendi nada na escola. Minto. Aprendi a odiá-la".

De um modo ou de outro, Raul Seixas precisava freqüentar a escola vez ou outra. Em uma determinada ocasião, o pai perguntou a Raul como ele ia na escola e pediu seu boletim. Raul mostrou um boletim falsificado, com todas as matérias resultando em um 10. O pai questionava se ele havia estudado, mas Maria Eugênia interrompia, dizendo algo como "Estudou nada, ficou aí ouvindo rock o tempo inteiro, essa porcaria desse béngue-béngue, de élvis préji, de líri ríchi e gritando essas maluquices". Os pais de Raul, como toda a geração da época, estranhavam o rock e ele não era muito bem vindo entre as famílias.

Os Panteras

Embora Raul mantivesse um gosto muito sincero pela música, seu sonho maior era ser escritor como Jorge Amado. Na sua cidade, escutavam Luiz Gonzaga todos os dias, nas praças, nas casas, em todos os estabelecimentos. Enquanto isso Raul junta-se a cena do rock que se formava em Salvador.

"Em 54/55, ninguém sabia o que era rock. Eu tocava e me atirava no chão imitando Little Richard".

Com o passar com tempo a banda que chegou a ter diversos nomes, como Relampagos do Rock, formadas então pelos irmãos Délcio e Thildo Gama, passa por várias formações e em 1963, passa a se chamar The Panters, banda que agora já se tornara sensação de Salvador. A fama se espalha, e a banda é rebatizada pelo nome Os Panteras. Nessa época Raul casa-se com a americana Edith Wisner.

Em 1968, Raulzito e Os Panteras gravam seu primeiro e único disco, "Raulzito e Os Panteras". Assinando contrato com a gravadora Odeon, após encontrarem Chico Anysio e o rei Roberto Carlos, que os reconheceu nos corredores de uma grande gravadora. O disco no entanto não teria sucesso de critica nem de público. Eládio Gilbraz, um dos panteras, diria:

"De um lado havia a inexperiência de quatro rapazes, recém-chegados da Bahia, falando em qualidade musical, agnoticismo, mudança de conceitos e sonhos. Do outro lado, uma multinacional que só falava em comercial. Talvez não tenha sido o disco que o grupo imaginara, mas nosso sonho era gravar um disco."

A partir daí, Raulzito e Os Panteras passariam sérias dificuldades no Rio de Janeiro. Raul morava em Ipanema, e ia a pé até o centro da cidade para tentar divulgar suas músicas, não obtendo sucesso. Embora algumas vezes Os Panteras recebiam ajuda de Jerry Adriani, tocando assim como banda de apoio para o mesmo, que segundo Raul o deu muita experiência e o ajudou a descobrir como se comunicar, segundo ele, suas "músicas eram muito herméticas". Raulzito passaria então fome no Rio de Janeiro, como mais tarde escreveria em "Ouro de Tolo".

Yê-Yê-Yê Realista

Raul Seixas estava totalmente abalado pelo fracasso com Os Panteras, e a sua volta a Salvador. Escrevia ele:

"Passava o dia inteiro trancado no quarto lendo filosofia, só com uma luz bem fraquinha, o que acabou me estragando a vista [...] Eu comprei uma motocicleta e fazia loucuras pela rua".

No entanto a sorte começaria a mudar. Um dia, Raul conheceu na Bahia um diretor da CBS Discos. Mais tarde ele convidaria Raul para ser produtor da gravadora. Sem pensar duas vezes, Raul fez as malas, junto a Edith Wisner, e voltou para o Rio de Janeiro.

Raul voltou ao Rio de Janeiro para usar seus enciclopédicos conhecimentos de música como produtor fonográfico. Nos cadernos de composições de Raul começaria a ser alimentada uma revolução.

Esta seria a segunda chance de Raul, apostando no talento do amigo, Jerry Adriani convence o então presidente da CBS, Evandro Ribeiro, a dar a Raulzito um emprego de produtor. Raulzito trabalhou anonimamente por um bom tempo.

Raul Seixas após ter entrado na CBS, fez grandes aliados e amigos. Ainda em 1968, a dupla Os Jovens e a banda The Sunshines apostaram em suas letras. No entanto, Raul faria um grande amigo e parceiro: Leno, da dupla Leno e Lilian. "Raulzito sempre esteve 20 anos adiante de seu tempo e Leno o compreendia. Na verdade, sempre houve uma grande admiração mútua", diria Arlindo Coutinho, da relações públicas da CBS.

Em seu compacto duplo Papel Picado, lançado em 1969, Leno registrou "Um Minuto Mais", versão de Raulzito para "I Will" (nada a ver com a canção de Paul McCartney). Também não se pode esquecer de Mauro Motta, outro grande parceiro de Raul nesta fase.

Jerry Adriani decidiu convocar Raul para ser o produtor de seus discos. No álbum de 1969, aproveitou para gravar uma de suas músicas, "Tudo Que É Bom Dura Pouco". Naquela mesma época, outros ídolos da Jovem Guarda também apadrinharam Raul gravando suas letras como Ed Wilson, Renato e Seus Blue Caps e Odair José.

1970 marcou o início de uma fase muito ativa na carreira de Raul, como produtor da CBS. Primeiramente, suas composições passaram a ser gravadas pelos artistas do cast da gravadora. Passou o ano produzindo discos para Tony e Frankye, Osvaldo Nunes, Jerry Adriani, Edy Star e Diana, além de escrever uma quantidade enorme de músicas para os colegas da gravadora. Algumas de muito sucesso, como "Doce Doce Amor" (Jerry Adriani), "Ainda Queima a Esperança" (Diana) e "Se Ainda Existe Amor" (Balthazar).

Raul nessa época passa a ter um bom emprego de respeitado produtor, que conseguira lançar suas composições como hits na voz de outros cantores e produzir grandes artistas. Mas Raul não se conformava apenas com isso. Com o apoio de Sérgio Sampaio, Raul passa cada vez mais a realimentar os sonhos de quando ainda morava em Salvador, que era ser um cantor.

Ao lado de Leno, Raul participa do disco "Vida e Obra de Johnny McCartney", disco solo de Leno, em que ambos buscam novos caminhos e experimentações. Juntos assinam letras e composições. Foi o primeiro LP gravado em oito canais no Brasil. As letras do disco foram censuradas, e o mesmo não foi lançado na época.

Outro projeto mal sucedido seria a "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10" onde Raul Seixas deu inicio a produção de um projeto de ópera-rock, tendo as letras mutiladas pela censura do Regime Militar. "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista" era um disco anárquico, inspirado em Frank Zappa e o então cultuado disco "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" dos Beatles misturado a elementos brasileiros, como samba, chorinho, baião. O Movimento no entanto não dera certo.

Auge e Queda

No início dos anos 1970, Raul Seixas se interessou por um artigo sobre extraterrestres publicado na revista A Pomba e teve o seu primeiro contato com o escritor Paulo Coelho, que mais tarde, se tornaria seu parceiro musical.

No ano de 1973, Raul conseguiu um grande sucesso com a música "Ouro de Tolo" no álbum "Krig-ha, Bandolo!", uma música com letra quase autobiográfica, mas que debocha da Ditadura Militar e do Milagre Econômico.

O mesmo LP também continha outras músicas que se tornaram grandes sucessos, como: "Metamorfose Ambulante", "Mosca na Sopa" e "Al Capone".

Raul Seixas finalmente alcançou grande repercussão nacional como uma grande promessa de um novo compositor e cantor. Porém, logo a imprensa e os fãs da época foram aos poucos percebendo que Raul não era apenas um cantor e compositor.

No ano de 1974, Raul Seixas e Paulo Coelho criam a "Sociedade Alternativa", uma sociedade baseada nos preceitos do bruxo inglês Aleister Crowley, onde a principal lei é "Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei".

Em todos os seus shows, Raul divulgava a "Sociedade Alternativa" com a música de mesmo nome. A Ditadura Militar, então, através do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) prendeu Raul Seixas e Paulo Coelho, pensando que a "Sociedade Alternativa" fosse um movimento armado contra o governo. Depois de torturados, Raul e Paulo Coelho foram exilados para os Estados Unidos onde Raul Seixas teria supostamente se encontrado com John Lennon.

No entanto, o seu LP "Gita" gravado poucos meses antes, faz tanto sucesso que ambos voltaram ao Brasil. O álbum "Gita" rendeu a Raul Seixas um disco de ouro, após vender 600.000 cópias. Ainda neste ano, Raul separa-se de Edith Wisner, que vai para os Estados Unidos com a filha do casal, Simone.

Em 1975, casa-se com Glória Vaquer, e grava o LP "Novo Aeon", onde Raul compôs uma de suas músicas mais conhecidas, "Tente Outra Vez". O LP, porém, vendeu menos de 60 mil cópias.

Em 1976, Raul Seixas supera a má-vendagem do disco anterior com o disco "Há Dez Mil Anos Atrás" (Versão de uma música de Elvis Presley intitulada "I Was Born About Ten Thousand Years Ago"). Neste mesmo ano, nasce sua segunda filha, Scarlet.

Naquele final de década as coisas começaram a ficar ruins para Raul. A parceria com Paulo Coelho é desfeita. O cantor lança três discos pela WEA (hoje Warner Music Brasil), a partir de 1977, que fizeram sucesso de público e desgosto na crítica. "O Dia Em Que A Terra Parou", que continha canções como "Maluco Beleza" e "Sapato 36". "Mata Virgem", em 1978 e "Por Quem Os Sinos Dobram", em 1979.

Por volta deste período, intensifica-se a parceria com o amigo Cláudio Roberto Andrade de Azevedo, geralmente creditado como Cláudio Roberto, com quem Raul compôs várias de suas canções mais conhecidas.

A partir do ano de 1978, começa a ter problemas de saúde devido ao consumo de álcool, que lhe causa a perda de 1/3 do pâncreas. Separa-se de Glória Vaquer, que vai embora para os Estados Unidos levando a filha Scarlet. Neste ano, conhece Tânia Menna Barreto, com quem passa a viver.

No ano de 1979, separa-se de Tânia. Começa então a depressão de Raul Seixas junto com uma internação para tratar do alcoolismo. Conhece Ângela Affonso Costa, a Kika Seixas, sua quarta companheira.


Altos e Baixos

No ano de 1980, assina novamente contrato com a CBS (desta vez como cantor) lançando mais um álbum, "Abre-te Sésamo", que contém outros sucessos e têm as faixas "Rock das Aranhas" e "Aluga-se", ambas censuradas. Logo depois o contrato é rescindido.

Em 1981 nasce a terceira filha, Vivian, fruto de seu casamento com Kika Seixas.

Em 1982 faz um show na Praia do Gonzaga, em Santos, reunindo mais de 150 mil pessoas. No mesmo ano, Raul apresenta-se bêbado em Caieiras, São Paulo, e é quase linchado pela platéia que não acredita que Raul é o próprio, mas um impostor.

Desde 1980 Raul Seixas estava sem gravadora e agora também sem perspectiva de um novo contrato. Mergulhado na depressão, Raul afunda-se nas drogas. Porém, em 1983, é convidado para gravar um disco pelo Estúdio Eldorado. Logo depois, Raul é convidado para gravar o especial infantil "Plunct, Plact, Zuuum" da Rede Globo, onde canta a música "Carimbador Maluco". O álbum "Raul Seixas" (1983), que continha a canção "Carimbador Maluco", dá à Raul mais um disco de ouro.

Em 1984 grava o LP "Metrô Linha 743" pela gravadora Som Livre. Mas depois Raul teve as portas fechadas novamente, devido ao seu consumo excessivo de álcool e constantes internações para desintoxicação. Também em 1984 a Eldorado lança o disco "Ao Vivo - Único e Exclusivo".

Em 1985, separa-se de Kika Seixas. Faz um show em 1 de dezembro 1985, no Estádio Lauro Gomes, na cidade de São Caetano do Sul. Só voltaria a pisar no palco no ano de 1988, ao lado de Marcelo Nova.

Conseguindo um contrato com a gravadora Copacabana, em 1986 (de propriedade da EMI), grava um disco que foi lançado somente no ano seguinte, devido ao alcoolismo. O disco "Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!" faz grande sucesso entre os fãs, chegando a ganhar disco de ouro e estando presente até em programas de televisão, como o "Fantástico". Nesta época, conhece Lena Coutinho, que se torna sua companheira. A partir desse ano, estreita relações com Marcelo Nova, fazendo uma participação no disco "Duplo Sentido", da banda Camisa de Vênus.

Um ano mais tarde, 1988, já separado de Lena Coutinho, faz seu último álbum solo, "A Pedra do Gênesis".

A convite de Marcelo Nova, faz alguns shows em Salvador, após três anos sem pisar num palco.

No ano de 1989, faz uma turnê com Marcelo Nova, agora parceiro musical, totalizando 50 apresentações pelo Brasil. Durante os shows, Raul mostra-se debilitado. Tanto que só participa de metade do show, a primeira metade é feita somente por Marcelo Nova.


Canto Para Minha Morte

As 50 apresentações pelo Brasil resultaram naquele que seria o último disco lançado em vida por Raul Seixas. O disco foi intitulado de "A Panela do Diabo", que foi lançado pela Warner Music Brasil no dia 19 de agosto de 1989.

Dois dias depois, na manhã do dia 21 de agosto, Raul Seixas foi encontrado morto sobre a cama pela sua empregada Dalva, por volta das 8:00 hs da manhã, vítima de uma Parada Cardiorrespiratória.

Seu alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético, e por não ter tomado insulina na noite anterior, causaram-lhe uma Pancreatite Aguda.

O LP "A Panela do Diabo" vendeu 150.000 cópias, rendendo a Raul Seixas um disco de ouro póstumo, entregue à sua família e também a Marcelo Nova, tornando-se assim um dos discos de maior sucesso de sua carreira.

Após a Morte

Depois de sua morte, Raul Seixas permaneceu entre as paradas de sucesso. Foram produzidos vários álbuns póstumos, como "O Baú do Raul" (1992), "Raul Vivo" (1993), "Se o Rádio Não Toca..." (1994) e "Documento" (1998).

Inúmeras coletâneas também foram lançadas, como "Os Grandes Sucessos de Raul Seixas" (1993), a grande maioria sem novidades, mas algumas com músicas inéditas como "As Profecias" (com uma versão ao vivo de "Rock das Aranhas") de 1991 e "Anarkilópolis" (com "Cowboy Fora da Lei nº 2") de 2003.

Sua penúltima mulher, Kika Seixas, já produziu um livro do cantor, "O Baú do Raul", baseado em escritos dos diários de Raul Seixas desde os seis anos de idade até a sua morte.

Em 2004, o canal a cabo Multishow promoveu um show especial de tributo a Raul, intitulado "O Baú do Raul: Uma Homenagem a Raul Seixas". O show, gravado na Fundição Progresso, Rio de Janeiro, e lançado em CD e DVD, contou com artistas como Toni Garrido, CPM 22, Marcelo D2, Gabriel, o Pensador, Arnaldo Brandão, Raimundos, Nasi, Caetano Veloso, Pitty e Marcelo Nova (os três últimos baianos, como Raul).

Mesmo depois de sua morte, Raul Seixas continua fazendo sucesso entre novas gerações. Vinte anos depois de sua morte, o produtor musical Mazzola, amigo pessoal de Raul, divulgou a canção inédita gospel, censurada na década de 1970. A canção foi incluída na trilha sonora da telenovela "Viver a Vida", da Rede Globo.

Fonte: Wikipédia
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