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Waldyr de Oliveira

WALDYR DE OLIVEIRA
(85 anos)
Dublador

* São Paulo, SP (28/12/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/01/2011)

Foi um dos grandes nomes da dublagem brasileira. Veterano da área, deu sua voz a diversos personagens.

Era responsável pela dublagem de personagens clássicos das animações de Hanna Barbera como o Senhor Spacely em "Os Jetsons" e o Senhor Pedregulho em "Os Flintstones".

Waldir foi casado com Nícia Soares, também dubladora brasileira e já falecida, com quem teve duas filhas.

Waldir foi o primeiro tradutor e diretor do desenho Os Flintstones, inclusive, criando expressões que tornaram-se a marca registrada da serie no Brasil.

Na AIC São Paulo, foi a voz de vários atores: John Derek (em O Principe dos Piratas), Paul Henreid em vários de seus filmes de capa e espada dentre os quais: O Cosario Lafitte, A Princesa de Damasco e Corsarios de Tripoli, estes dois com a atriz Patricia Medina (dublada em ambos por Márcia Real).

No final dos anos 70, após o falecimento de sua esposa, a dubladora Nicia Soares, Waldir vai para o Rio de Janeiro e passa a dublar em diversos estúdios, nesta época dubla Glen Ford em Superman – O Filme, na primeira dublagem feita na Herbert Richers.

Nos anos 80, volta para São Paulo e retorna a dublar, sendo a voz oficial de Anthony Hopkins em vários trabalhos, dentre eles a mini-serie Pedro e Paulo.

Outros personagens marcantes de sua carreira foram Hunt Stockwell em "Esquadrão Classe A", o narrador de "A Pedra dos Sonhos", o vovô Lou Pickles em "Rugrats: Os Anjinhos" e "Rugrats Crescidos", Archie Grossman em "CHiPs", Prof. Sharp em "Os 6 Biônicos", Zé Jacaré em "Pica-pau" e o Vilão Ming de "Os Defensores da Terra".

Foi o apresentador e locutor do estudio Marshmellow por muitos anos.

Recentemente o ator fazia apenas as vozes de papéis pequenos como o Mexilhãozinho de "Bob Esponja" e pontas em personagens menores de "Futurama" e "As Aventuras de Jackie Chan".

Waldyr morreu em decorrência de complicações de uma pneumonia aos 85 anos de idade.

Fonte: Wikipédia e CineTVNews Virtual

Dubladores: Older Cazarré (Plic), Gastão Renné (Ploc) e Magno Marino (Chuvisco). Participa deste episódio o dublador Waldyr de Oliveira dublando o cão Rocky.


Dubladores: Older Cazarré (Plic), Gastão Renné (Ploc) e Magno Marino (Chuvisco). Participa deste episódio o dublador Waldyr de Oliveira dublando o outro gato.

Daniella Perez

DANIELLA PEREZ GAZOLLA
(22 anos)
Atriz e Bailarina

* Rio de Janeiro, RJ (11/08/1970)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/12/1992)

Daniella Perez Gazolla foi uma atriz e bailarina, casada com o ator Raul Gazolla e filha da autora de telenovelas Glória Perez.

Na TV, Daniella Perez participou das novelas "De Corpo e Alma", "O Dono do Mundo" e "O Bofe", todas na TV Globo e "Kananga do Japão" na TV Manchete.

Daniella tinha 22 anos quando foi brutalmente assassinada pelo seu colega de trabalho, o ex-ator Guilherme de Pádua, 23 anos à época, e sua esposa Paula Nogueira Thomaz, 19 anos à época, que estava grávida.


O Assassinato

Em 1992 a atriz Daniella Perez interpretava a personagem Yasmin na novela "De Corpo e Alma" de autoria de sua mãe Glória Perez, par romântico do personagem Bira, vivido pelo ator Guilherme de Pádua.

Na tarde do dia 28 de dezembro, Daniella e Guilherme gravaram a cena do fim do romance de Yasmin e Bira, logo após a cena, o ator teve uma crise de choro e procurou inquieto por Daniella por diversas vezes no camarim, o que foi presenciado por camareiras do estúdio. Segundo as camareiras ele entregou a Daniella dois bilhetes mas a jovem se recusou a dizer do que se tratavam, apenas aparentou grande nervosismo.

No fim da tarde, Guilherme de Pádua deixou o estúdio Tycoon na Barra da Tijuca onde a novela era gravada, foi até seu apartamento na Avenida Atlântica em Copacabana e buscou sua mulher Paula Nogueira Thomaz, grávida de 4 meses.

Munidos de um lençol e um travesseiro, o casal deixou o prédio novamente em direção ao estúdio Tycoon, onde Daniella continuava gravando. Ao chegar ao local, Paula Thomaz ficou esperando no estacionamento deitada no banco de trás do Santana de  Guilherme de Pádua, coberta com um lençol enquanto o ator retornou ao estúdio.

Daniella e sua mãe Glória Perez
Por volta de 21:00 hs, Daniella acabou de gravar suas cenas e deixou os estúdios se dirigindo ao estacionamento na companhia de Guilherme de Pádua. No estacionamento tiraram fotos com fãs e após as fotos, depois de uma conversa, a atriz saiu do estúdio dirigindo seu Escort, logo após Guilherme de Pádua saiu atrás dirigindo seu Santana.

Minutos depois, Daniella parou no Posto Alvorada localizado na Avenida Alvorada para abastecer. Na saída do posto, seu carro foi fechado pelo Santana de Guilherme de Pádua que a esperava no acostamento. Após a fechada, os dois descem de seus respectivos carros e Guilherme de Pádua desfere um soco no rosto da atriz que cai desacordada. Soco esse que foi presenciado por dois frentistas do posto.

Guilherme de Pádua então colocou a atriz desacordada no banco de trás de seu Santana, que passou então a ser dirigido por Paula Thomaz. Guilherme de Pádua tomou a direção do Escort de Daniella e ambos sairam do posto em direção à Avenida das Américas. Da Avenida das Américas, os carros entraram na Rua Cândido Portinari, uma rua deserta da Barra da Tijuca, e pararam em um terreno baldio.

No terreno baldio, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz começam a apunhalar Daniella dentro do carro, depois transportaram o corpo da atriz para o matagal onde continuam as estocadas, com uma tesoura. A perícia comprovou que Daniella Perez foi morta com 18 estocadas que atingiram o pulmão, o coração e o pescoço da atriz. O advogado Hugo da Silveira passava pelo local do crime, achou estranho dois carros parados em um local ermo, e pensando se tratar de um assalto, anotou as placas e põde ver que um casal estava no Santana, podendo ver também uma mulher de rosto redondo que concluiu se tratar de Paula Thomaz, posteriormente reconhecida pela testemunha. Hugo da Silveira após chegar em casa chamou a polícia.

A polícia ao chegar ao local, só encontrou o Escort de Daniella. Enquanto um policial ia comunicar o descobrimento do veículo, outro policial se escondeu atrás de uma moita, pelo fato do local ser muito perigoso e aí foi encontrado o corpo de Daniella.

Na delegacia, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz chegaram a consolar a mãe e o marido da atriz, o ator Raul Gazolla.

A polícia com a placa do carro anotada foi até os estúdios Tycoon e descobiu ser do carro do ator Guilherme de Pádua, porém a placa anotada foi OM-1115 e placa do ator na planilha do estúdio era LM-1115, o que mais tarde se comprovou que a placa foi adulterada pelo ator, transformado o L em um O, fato que ajudou a derrubar a versão da defesa de crime passional, uma vez que não se adultera placa de carro em crime passional. Assim a polícia chegou ao suspeito.

Na manhã do dia 29 de dezembro, a polícia chegou ao apartamento de Guilherme de Pádua e ele foi levado para a delegacia. Inicialmente o ator negou a autoria do crime mas no mesmo dia acabou confessando. Numa conversa com os policiais, Paula Thomaz chegou a confessar a participação no crime, mas em depoimento negou a autoria do crime, o delegado do caso também chegou a ouvir um telefonema de Guilherme de Pádua para Paula Thomaz, em que ele dizia para ela que iria segurar tudo sozinho, assim a polícia também passou a suspeitar de Paula Thomaz.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz ficaram presos definitivamente no dia 31 de dezembro .

Guilherme de Pádua em seus depoimentos afirmou que cometeu o crime sozinho, sob forte tensão emocional, afirmando que Daniella o assediava, pressionando para que ele terminasse seu casamento com Paula Thomaz e assumisse um romance com ela. Em agosto de 1993, o ator mudou seu depoimento, afirmando que Paula Thomaz também estava no local do crime. No entanto, Paula Thomaz sempre negou estar no local, acusando Guilherme de Pádua de ter matado Daniella sozinho.

Daniella e Stênio Garcia
Repercussão

O país acordou chocado com a brutalidade do assassinato, mais tarde a indignação seria ainda maior ao saber que o assassino era o ator Guilherme de Pádua.

No mesmo dia, 29 de dezembro, o presidente Fernando Collor de Mello renunciava à Presidência da República, mas o assassinato dominou as rodas de conversas de todo o país. Uma multidão se concentrou na porta da delegacia. O crime foi destaque em todos os telejornais no Brasil e até no exterior, como na CNN americana e na BBC de Londres.

Emenda Popular

A indignação popular que se seguiu a esse episódio, resultou na alteração, por iniciativa da autora Glória Perez, da Lei dos Crimes Hediondos, que conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas: a partir daí, o homicídio qualificado (praticado por motivo torpe ou fútil, ou cometido com crueldade) passou a ser incluído na Lei dos Crimes Hediondos, que não permite pagamento de fianças e impõe que seja cumprido um tempo maior da pena para a progressão do regime fechado ao semi-aberto. Em 2006, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a proibição de progressão de regime.

Daniella e Fábio Assunção
Julgamento

Guilherme de Pádua Thomaz foi levado a julgamento em janeiro de 1997. Em depoimento, afirmou que Paula Thomaz deu as tesouradas sozinha, e que Daniella tinha ido ao local do crime por sua própria vontade, o ator disse também que levou a atriz ao local do crime para provar para sua esposa Paula Thomaz que não tinha um caso com Daniella.

Em 23 de janeiro, o júri condenou o ator por 5 votos a 2. O juiz José Geraldo Antônio leu a sentença de 19 anos de prisão sob forte aplauso da platéia no Tribunal.

Em Maio de 1997, foi a vez de Paula Nogueira Thomaz ir a júri popular. Em depoimento Paula Thomaz negou estar no local do crime alegando uma versão fantasiosa de que teria passado 8 horas no Barra Shopping sendo que não foi vista por ninguém, nem apresentou nenhuma prova que estivesse no local.

Em 16 de maio, Paula Thomaz foi condenada pelo júri por 4 votos a 3, a leitura da sentença pelo juiz José Geraldo Antônio, que condenou a ré a 18 anos e seis meses, foi transmitida ao vivo pela TV.

Prisão

Na prisão, nasceu o filho de Paula Thomaz e Guilherme de Pádua, Felipe, em maio de 1993.

O casal se divorciou ainda na prisão após a mudança da versão de Guilherme de Pádua para o crime, ao dizer que Paula Thomaz também participou.

Ambos saíram da cadeia antes de cumprirem 7 anos de pena em 1999, o que gerou muita indignação.

Daniella e seu esposo Raul Gazolla
Motivação do Crime

A versão provada no tribunal da motivação do crime, foi a apresentada pelo promotor Maurício Assayag e pelo advogado de acusação Arthur Lavigne. Segundo ela, Guilherme de Pádua era quem assediava Daniella. Dias antes do crime, Guilherme de Pádua teria ficado inseguro ao receber os capítulos da novela e visto que ele não estaria em 2 capítulos, pensou que seu personagem estava diminuindo por influência de Daniella que era filha da autora. Supondo que Daniella havia contado à mãe das suas investidas, o ator armou a mão da esposa, que tinha muito ciúmes de Daniella.

Fonte: Wikipédia e Daniella Perez - Arquivos de um Processo
#FamososQuePartiram #DaniellaPerez