Mostrando postagens com marcador 29/01. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 29/01. Mostrar todas as postagens

Gilberto Marmorosch

GILBERTO MARMOROSCH
(74 anos)
Ator e Radialista

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/02/1944)
┼ Rio de Janeiro, RJ (29/01/2019)

Gilberto Marmorosch foi um radialista e ator nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 04/02/1944.

De origem Judaica, Gilberto Marmorosch, o famoso garoto propaganda da cerveja Bohemia, começou como ator profissional em 1971, aos 27 anos, quando fez a premiada peça "Um Violinista No Telhado", desde então não parou mais.

Fez várias peças, dentre elas, "Aluga-se Um Namorado", de 1993, durante 6 meses no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana.

Como radialista, comandou durante 10 anos um programa. Foi também editor, diretor e apresentador da Rádio Bandeirantes, Rádio Imprensa e Rádio Relógio.

Gilberto Marmorosch também possui algumas honrarias, recebeu diploma por serviços comunitários prestados à cidade de Niterói, RJ. Recebeu a Medalha Tiradentes pelos serviços prestados ao radioamadorismo.


Em 1997, recebeu a Medalha Leila Diniz, em Niterói.

Em 2013/2014, recebeu, consecutivamente, o Prêmio Paula Goodarth - Gatas de Vison na categoria personalidade do humor.

Na televisão, participou dos programas "Caça Talentos", da apresentadora Angélica, "Você Decide", "Zorra Total", "Em Família" (2014), onde interpretou o Seu Hamilton e outras participações em várias novelas também da TV Globo. A última foi no papel de Gilmar em "Pega Pega" (2017).

Gilberto Marmorosch fez participações também na TV Record.

No teatro, entre outros espetáculos, participou das peças "Yentl" e "Brasil de Janeiro a Janeiro". No cinema brilhou em "Made In China" (2015), ao lado de Regina Casé.

Gilberto Marmorosch era casado com Hinda Marmorosch.

Morte

Gilberto Marmorosch faleceu na terça-feira, 29/01/2019, aos 74 anos, vítima de câncer, no Rio de Janeiro, RJ. Ele vinha, desde 2018, lutando para manter a vida. Operado de um câncer, voltou para o Unimed - Unidade Hospitalar da Barra da Tijuca, ainda em dezembro de 2018 com complicações. Mantido por aparelhos, Gilberto Marmorosch não resistiu mais e veio a falecer.

O sepultamento ocorrerá na quarta-feira, 30/01/2019, no Cemitério Israelita do Cajú, às 13h00.

Nas redes sociais, amigos prestaram homenagem aquele que "era de bem com a vida". Assim Gilberto Marmorosch era, carinhoso com os amigos e fãs, fazendo todos rirem em sua presença. Ele completaria 75 anos no dia 04/02/2019.

Carreira

Televisão
  • 2017 - Pega Pega ... Gilmar
  • 2016 - Haja Coração ... Adolfo
  • 2016 - Êta Mundo Bom! ... Padre Juvêncio
  • 2014 - Gentalha ... Velho do Antiquário
  • 2014 - Adorável Psicose ... Velhinho
  • 2014 - Em Família ... Seu Hamilton
  • 2011 - Insensato Coração ... Mendonça
  • 2010 - Malhação ... Agostinho
  • 2009 - Viver a Vida ... Benício
  • 2009 - Cama de Gato ... Elias
  • 2008 - Toma Lá, Dá Cá ... Barafun
  • 2007 - Ciranda de Pedra ... Padre Américo
  • 2006 - JK ... Padre Eustáquio
  • 2005 - Linha Direta ... Elizabeto Ribeiro Gonçalves
  • 2000 - Aquarela do Brasil ... Jakob
  • 1996 - Caça Talentos ... Bóris Lugossi

Cinema
  • 2014 - Made In China ... Bernard
  • 2014 - Operação X ... Francisco
  • 2013 - Bovarius Flavus ... Mímico
  • 2010 - Viver Outra Vez ... Tião
  • 2003 - Oswaldo Cruz - O Médico do Brasil ... Presidente Rodrigues Alves

Fonte: Wikipédia e Surgiu
Indicação: Miguel Sampaio

Rubens Gerchman

RUBENS GERCHMAN
(66 anos)
Artista Plástico

* Rio de Janeiro, RJ (10/01/1942)
+ São Paulo, SP (29/01/2008)

Foi um artista plástico brasileiro, ligado a tendências vanguardistas como a pop art e influenciado pela arte concreta e neoconcreta. O artista usou ícones de futebol, televisão e política em suas obras.

Carreira

Entre 1957 e 1958, estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, em aulas noturnas. Nos oito anos seguintes trabalhou como programador visual em revistas e editoras do Rio. Em 1960, matricula-se na antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde estudou xilogravura com Adir Botelho, mas abandona o curso no ano seguinte.

Em 1965, participa da Bienal de São Paulo e da Mostra Opinião-65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Da mostra, que adota uma perspectiva estética da pop art americana e do novo realismo europeu, participaram, além de Gerchman, Hélio Oiticica, Vergara, Ivan Serpa, Flávio Império, Roberto Magalhães, entre outros.

Prêmios

Foi premiado no Salão Nacional de Arte Moderna (1967) com uma viagem aos Estados Unidos, permanecendo em Nova York, entre 1968 e 1972, realizando várias exposições. Também participou, com uma série de "casas-roupas", do Fashion Show Poetry Event, mostra idealizada por um grupo de jovens poetas americanos e que contou com a participação de Andy Warhol, do irlandês Les Levine (1935) e Robert Plate.

Trabalhos

Segundo Ruy Castro, Gerchman trabalhou na revista de fotonovelas, e sua serigrafia A Bela Lindonéia, A Gioconda do Subúrbio, alusiva a uma leitora de fotonovelas que faleceu aos dezoito anos sem encontrar um amor, teria sido a inspiração para Caetano Veloso escrever uma das principais canções do Movimento Tropicalista - Lindonéia.

Décadas de 1960 e 1970

Em 1967, o artista organiza na galeria G-4, no Rio de Janeiro, a primeira exposição individual de Hélio Oiticica. Participa também da mostra Nova Objetividade Brasileira com Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, Glauco Rodrigues, Ivan Serpa, Flávio Império, Roberto Magalhães, Ferreira Gullar, Geraldo de Barros, Sérgio Ferro e outros.

De 1968 a 1972, Rubens Gerchman vive nos Estados Unidos, sendo co-fundador do Museu Latino-americano do Imaginário. Retorna ao Brasil e se estabelece em São Paulo, entre 1973 e 1975.

Foi co-fundador e diretor da revista de vanguarda Malas-artes (1975-1976), publicação voltada para a arte de vanguarda, sobretudo para a arte conceitual, dirigida por Mário Aratanha. O conselho editorial é integrado por Gerchman, Vergara, Waltércio Caldas, Cildo Meireles e Carlos Zílio, entre outros. Também a partir de 1975, até 1978, será diretor do Instituto de Belas Artes que transformará em Escola de Artes Visuais do Parque Lage (INEART).

Entre 1979 e 1980, com uma bolsa da The John Simon Guggenheim Memorial Foundation e premiado na Bienal Ibero-Americana, trabalhou nos Estados Unidos e no México, onde deu aulas na Universidade Nacional. Expôs no Rio de Janeiro (1980) a série Registro policial.

Décadas de 1980 e 1990

Em 1981, participa da mostra Do Moderno ao Contemporâneo - Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM do Rio de Janeiro, ao lado de Roberto Magalhães, Di Cavalcanti, Guignard, Tarsila do Amaral, Goeldi, Djanira, Antonio Bandeira, Lygia Clark, Amilcar de Castro, Milton Dacosta, Anna Bella Geiger e Frans Krajcberg.

Fez uma nova viagem ao exterior em 1982, a convite do Deutsche Akademischer Austauschdienst Künstler Program, permanecendo cerca de um ano em Berlim como artista residente. Em 1989, expôs em São Paulo a série Beijos. Durante a exposição, também lançou o livro Rubens Gerchman, sobre seus trinta anos de pintura.

Apaixonado por carnaval, o bloco carnavalesco "Simpatia é quase Amor", de Ipanema, estampou nas suas camisetas uma das imagens dos beijos de Gerchman. Modernista e ativista, alguns críticos chegam classificá-lo como popular ou popularesco.

Desenvolveu uma intensa carreira, participando de inúmeros eventos no Brasil,Argentina, México, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Japão e outros.

Morte

Faleceu em 29 de janeiro de 2008, em decorrência de um câncer no pulmão, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia e g1.globo.com

Geórgia Gomide

ELFRIEDE HELENE GOMIDE WITECY
(73 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (17/08/1937)
+ São Paulo, SP (29/01/2011)

Geórgia Gomide se chama Elfriede Helene Gomide Witecy. Nasceu nos Jardins, em São Paulo, em 17/08/1937. Na família havia artistas, entre os quais o pintor Gomide, de fama internacional. Seu avô, por parte de mãe, era Desembargador e Ministro de Estado, na Suíça. E por parte do pai a família era da Alemanha e Rússia. Eram também matemáticos, cultos. Elfriede, porém, não se interessava por nada disso. O que queria, em pequena, era brincar, praticar esportes, nadar.

Bastante jovem e já freqüentava diariamente o importante Clube Pinheiros, de São Paulo, e ganhou o título de "A Mais Bela Esportista". Ganhou, como prêmio, um apartamento que, segundo ela, nunca lhe foi entregue.

Por ser muito linda, chamou logo a atenção de Fernando Severino, Diretor Comercial da Televisão Tupi. E ela foi contratada como atriz. A primeira peça que fez foi "Os Filhos de Eduardo" no qual dizia apenas: "Bom dia, como vai?". E foi aquele nervosismo.

Mas aí começou a fazer um Grande Teatro atrás do outro. Era tudo ao vivo e tudo em preto e branco. Mas foi uma beleza, para a jovem esportista. Sua ascensão foi rápida. Logo outros teatros: "Gimba", "Srta. Julia" , "Moral e Concordata" , "Calúnia", onde fazia uma professora homosexual. Eram tele-teatros grandes, importantes.

Na verdade, porém, o que foi sua grande sorte foi a participação na novela "Tereza", onde fazia uma figura tão má, que chegou a apanhar na rua. Daí para o sucesso foi um passo. E isso chegou quando fez o papel título em "Ana Terra", novela adaptada do livro de Érico Veríssimo. Esse foi o ápice de sua carreira, onde esquecendo sua vaidade e elegância, fazia uma "bugra", uma mulher que se vestia de farrapos, e tinha sempre um rifle às costas. Isso aconteceu na TV Excelsior.

Na TV Record fez "As Pupilas do Senhor Reitor". E, de volta à Tupi fez "Éramos Seis". Já na Globo fez sucesso com a novela "Vereda Tropical", onde fazia uma mulher extrovertida, alegre, bonita. Geórgia Gomide também fez muito teatro e muito cinema.

Em teatro fez: "O Estranho Casal", "O Vison Voador", "Sete Mulheres em Mim", com o psicólogo e médium Gasparetto, e onde, de certa forma, vivenciava situações de sua própria vida. E fez outras peças. Aliás, na vida de Geórgia houve de tudo: esporte, arte, beleza, amor, fama. Só não houve casamento. Geórgia teve um filho, mas não se casou. Teve Daniel, hoje um rapaz, que era seu grande amigo, sua razão de viver.

Geórgia Gomide tem também um irmão, que hoje vive nos Estados Unidos, e que ela ama demais. Freqüentadora da Igreja Católica Carismática, Geórgia Gomide continuava bonita e elegante.

Morreu no início da madrugada do dia 29/01/2011 (sábado). Aos 73 anos, ela estava internada desde 25/01/2011 no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, e teve uma Infecção Generalizada.

O corpo de Geórgia foi velado no Hospital Beneficência Portuguesa. O enterro está previsto para as 16h30, no Cemitério da Consolação, na capital paulista.

Fonte: NetSaber Biografias e eBand

Hélio Gracie

HÉLIO GRACIE
(95 Anos)
Lutador de Jiu-Jitsu

* Belém, PA (01/10/1913)
+ Itaipava, RJ (29/01/2009)

Hélio Gracie junto com o patriarca da família Gracie, Carlos Gracie, foi responsável pela difusão do Jiu-Jitsu no Brasil e idealizador do estilo conhecido mundialmente como Brazilian Jiu-Jitsu.

Descendente distantes de escoceses, quando era apenas uma criança sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. Devido à sua frágil saúde, Hélio, o mais franzino dos Gracie, não podia treinar o Jiu-Jitsu tradicional ensinado pelos seus irmãos, especialmente Carlos Gracie.

Observador, Hélio passou a acompanhar, dos seus treze aos dezesseis anos, as aulas ministradas por Carlos. Aprendeu todas as técnicas e ensinamentos de seu irmão, mas, para compensar seu biotipo, Hélio aprimorou a parte de solo tradicional, através do uso do dispositivo de alavanca, dando-lhe a força extra que não possuía, criando assim o Brazilian Jiu-Jitsu.

Hélio começou sua carreira de lutas quando finalizou o lutador de boxe profissional Antonio Portugal em 30 segundos em 1932. No mesmo ano Gracie lutou contra o estadunidense Fred Ebert por 14 rounds de 10 minutos cada, até que a luta foi interrompida pela polícia.

Em 1934, Hélio lutou contra Wladak Zbyszko, que era chamado de "campeão do mundo", por 3 rounds de 10 minutos. Esta luta terminou empatada.

Lutas Contra Judocas

Em 1932 Hélio Gracie lutou contra o judoca Namiki. A luta terminou empatada, mas segundo a família Gracie o sinal do fim da luta tocou segundos antes que Namiki batesse o braço. Hélio enfrentou duas vezes o judoca japonês Yasuichi Ono, depois que o japonês estrangulou o irmão George Gracie em outra luta. Ambas as lutas terminaram empatadas. Hélio Gracie também lutou contra o judoca japonês Kato duas vezes. A primeira luta, no estádio do Maracanã terminou empatada. Hélio pediu então uma segunda luta, realizada no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Hélio ganhou a segunda luta estrangulando Kato.

Em 1955, Hélio Gracie lutou contra o judoca Masahiko Kimura no Maracanã. Kimura ganhou usando uma chave de braço chamada ude-garame - que mais tarde seria chamada de kimura pelos gracies. Em 1994, durante uma entrevista, Hélio Gracie admitiu que ficou inconsciente ao ser estrangulado por Kimura, mas que reviveu e continuou lutando. A luta terminou com Kimura quebrando o braço de Hélio, que se recusava a bater (desistindo da luta). Seus técnicos então jogaram a toalha, terminando a luta. A imprensa brasileira relatou a luta como uma "vitória moral" de Hélio Gracie.

Hélio sofria de Leucemia Aguda. Segundo boletim emitido pelo hospital, Hélio Gracie teve falência Múltipla dos Órgãos. Foi enterrado no Cemitério Municipal de Petróplis, região serrana do Rio de Janeiro.

Mensagem do Mestre

"O Jiu-Jitsu que criei foi para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados e fortes. E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu-Jitsu de competição. Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade. Além de boa alimentação, controle sexual e da abstenção de hábitos prejudiciais à saúde. O problema consiste na criação de um Jiu-Jitsu competitivo com regras, tempo inadequado e que privilegia os mais treinados, fortes e pesados. O objetivo do Jiu-Jitsu é, principalmente, beneficiar os mais fracos, que não tendo dotes físicos são inferiorizados. O meu Jiu-Jitsu é uma arte de autodefesa que não aceita certos regulamentos e tempo determinado. Essas são as razões pelas quais não posso, com minha presença, apoiar espetáculos, cujo efeito retrata um anti Jiu-Jitsu"

Hélio Gracie, em entrevista à Fightingnews


Fonte: Wikipédia e http://webmais.com


Barão de Itararé

APARÍCIO FERNANDO DE BRINKERHOFF TORELLY
(76 anos)
Jornalista, Escritor, Político e Pioneiro no Humorismo Político Brasileiro

* Rio Grande, RS (29/01/1895)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/1971)

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé, foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro.

O nascimento de Apporelly é marcado por mistérios e disputas. Conta-se que teria nascido a bordo de uma diligência, no Uruguai, enquanto seus pais rumavam para uma fazenda da família materna. Admiradores de Rio Grande, RS, onde seus pais moravam, contestam esta versão. Entretanto, na matrícula de ensino escolar, Apporelly foi registrado como nascido no Uruguai, enquanto seu título de eleitor sustentava uma naturalidade gaúcha, mas sem discriminação de cidade.

Sua mãe, Amélia, teve morte trágica, suicidou-se quando tinha 18 anos e ele 18 meses. Seu pai enviou-o a um internato jesuíta em São Leopoldo, RS.

Apparício Torelly iniciou-se no humorismo em 1908 no jornalzinho "Capim Seco", do colégio onde estudava, satirizando a disciplina dos padres jesuítas de São Leopoldo.

Em 1918, durante suas férias, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) quando andava na fazenda de um tio. Abandonou o curso de medicina no quarto ano e começou a escrever. Publicou sonetos e artigos em jornais e revistas, como a Revista Kodak, A Máscara e Maneca.




A Manhã

Em 1925 entrou para O Globo de Irineu Marinho. Com a morte de Irineu Marinho, Apporelly foi convidado por Mário Rodrigues, pai de Nelson Rodrigues, a ser colaborador do jornal A Manhã. Ainda em 1925, no mês de dezembro, Apparício Torelly estreava na primeira página com seus sonetos de humor que, geralmente, tinham como tema um político da época. Sua coluna humorística fez sucesso e também na primeira página, em 1926, começou a escrever a coluna "A Manhã Tem Mais…". Neste mesmo ano criou o semanário que viria a se tornar o maior e mais popular jornal de humor da história do Brasil. Bem ao seu estilo de paródias, o novo jornal da capital federal tinha o nome de A Manha, e usava a mesma tipologia do jornal em que Apparício trabalhava, sem o til, fazendo toda diferença que era reforçada com a frase ladeando o título: "Quem Não Chora, Não Mama". Para estréia tão libertadora, Apporelly não perdeu a data de 13/05/1926. "A Manha" logo virou independente.

Durante a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas partiu de trem rumo à capital federal, então o Rio de Janeiro, propagou-se pela imprensa que haveria uma batalha sangrenta em Itararé. Isto, foi vastamente divulgado na imprensa. Apporelly não ficou de fora desta tendência. Esta batalha ocorreria entre as tropas fiéis a Washington Luís e as da Aliança Liberal que, sob o comando de Getúlio Vargas, vinham do Rio Grande do Sul em direção ao Rio de Janeiro para tomar o poder.

A cidade de Itararé fica na divisa de São Paulo com o Paraná, mas antes que houvesse a batalha "mais sangrenta da América do Sul", fizeram acordos. Uma junta governativa assumia o poder no Rio de Janeiro e não aconteceu nenhum conflito. O Barão de Itararé comentaria este fato mais tarde da seguinte maneira:

"Fizeram acordos. O Bergamini pulou em cima da prefeitura do Rio, outro companheiro que nem revolucionário era ficou com os Correios e Telégrafos, outros patriotas menores foram exercer o seu patriotismo a tantos por mês em cargos de mando e desmando… e eu fiquei chupando o dedo. Foi então que resolvi conceder a mim mesmo uma carta de nobreza. Se eu fosse esperar que alguém me reconhecesse o mérito, não arranjava nada. Então passei a Barão de Itararé, em homenagem à batalha que não houve."

Na verdade, em outubro de 1930, Apparício se autodeclarou Duque nas páginas de A Manha:

"O Brasil é muito grande para tão poucos Duques. Nós temos o quê por aqui? O Duque Amorim, que é o duque dançarino, que dança muito bem mas não briga e o Duque de Caxias que briga muito bem, mas não dança. E agora eu, que brigo e danço conforme a música."

Mas como ele próprio anunciou semanas depois, "como prova de modéstia, passei a Barão!".

O jornal circulou até fins de 1935, quando o Barão de Itararé foi preso por ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), então clandestino. Foi libertado em 1936, já ostentando a volumosa barba que cultivaria por boa parte de sua vida. Retomou o jornal por um curto período, até que viesse nova interrupção, ao longo de todo o Estado Novo e voltando em edições espasmódicas até 1959.

Unido a Bastos Tigre e Juó Bananére, conseguiu exprimir o hibridismo linguístico com a utilização do soneto-piada, que consistia na contraposição rápida de dois contextos associativos.




Política

Apporelly foi candidato em 1947, a vereador do Distrito Federal, com o lema "Mais leite! Mais água! Mas menos água no leite!", sendo eleito com 3.669 votos, o oitavo mais votado do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que conquistou 18 das 50 cadeiras. Porém em janeiro de 1948 seus vereadores foram cassados: "um dia é da caça... os outros da cassação", anunciou A Manha.


Últimos Anos

No final dos anos 1950, foi deixando o humor de lado e passou a se interessar pela ciência, e pelo esoterismo. Estudou filosofia hermética, as pirâmides do antigo Egito e a astrologia, campo no qual desenvolveu o "Horóscopo Biônico". Faleceu, dormindo, em seu apartamento no bairro carioca de Laranjeiras.

Apporelly foi opositor ferrenho de Getúlio Vargas, a quem conheceu nos tempos de colégio, em Porto Alegre, quando vivia na mesma pensão em que Benjamin se hospedava, irmão de Getúlio Vargas.




Obras e Representação na Cultura

Em 1985, a Editora Record publicou em livro, sob o título de "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé", uma seleção de textos de humor extraídos de A Manhã, em coletânea organizada por Afonso Félix de Sousa e com prefácio de Jorge Amado. No mesmo ano, "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé" alcançou rapidamente quatro edições.

Em 14/08/2011, o "Programa De Lá Pra Cá", da TV Brasil relembrou a vida e a obra do Barão de Itararé.

Mais recentemente, seu espírito crítico influenciou a criação do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que reúne diversos ativistas e movimentos sociais comprometidos com a democratização da mídia no Brasil.

Fonte: Wikipédia