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Mario Gonzalez

MARIO GONZALEZ
(96 anos)
Golfista

☼ Santana do Livramento, RS (22/11/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (29/07/2019)

Mario Gonzalez foi um golfista nascido em Santana do Livramento, RS, no dia 22/11/1922. É considerado o melhor golfista brasileiro de todos os tempos.

Mario Gonzalez começou a jogar golfe com oito anos de idade, tendo seu pai como seu professor.

Surgiu para o esporte em 1939, em sua cidade natal. Tinha apenas 17 anos e ficou com o título de campeão do Campeonato Amador do Brasil, iniciando uma série de conquistas que marcariam para sempre a história do esporte no Brasil.

O jovem gaúcho monopolizou os campeonatos brasileiros de amadores até 1949 e, depois de vencer pela nona vez, profissionalizou-se e transferiu-se de São Paulo para o Gavea Golf & Country Club, no Rio de Janeiro.


Head Pro do Gavea Golf de 1949 a 1984, foi vitorioso no Amador Brasileiro por nove vezes e campeão do Aberto Brasil oito vezes. Venceu vários abertos em clubes brasileiros e detém o recorde de 16 importantes vitórias internacionais: Ganhou, entre outros títulos, quatro vezes o Campeonato da Argentina, duas vezes o Aberto da Argentina, duas vezes o Aberto do Uruguai e uma vez o Campeonato Amador da Espanha, o Aberto da Espanha e o título amador do Aberto da Inglaterra.

Mario Gonzalez jogou com os melhores jogadores do mundo, tais como Bobby Jones, Gene Sarazen, Henry Cotton, Martin Pose, Roberto de Vicenzo, Ricardo Rossi, Peter Thompson, Kel Nagle, Sam Snead, Arnold Palmer, Billy Casper, George Archer, Flory Van Donck, Lloyd Mangrum e muitos outros.

Mario Gonzalez representou o Brasil em 16 Copas do Mundo.

Foi mencionado por Peter Thompson, cinco vezes vencedor do Aberto Britânico, na revista estadunidense Golf Digest como um dos dez melhores jogadores do mundo com quem já jogou.

Em sua homenagem, em 2012, foi criada a Taça Mario Gonzalez, disputada anualmente entre duplas por países durante o campeonato amador do Brasil, e no Gavea Golf And Country Club há uma estátua do golfista, em tamanho natural, feito pelo artista Edgar Dulvivier.

Morte

Mario Gonzalez faleceu na noite de segunda-feira, 29/07/2019, aos 96 anos. A causa da morte não foi divulgada.

O velório de Mario Gonzalez ocorrerá na quarta-feira, 31/07/2019, das 9h00 às 11h00, no Cemitério Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.

Títulos

Principais Competições Internacionais
  • 3 vezes o Campeonato Amadores da Argentina
  • 2 vezes o Campeonato Aberto da Argentina
  • 2 vezes o 1º Amador do Aberto da Argentina
  • 2 vezes o Campeonato Aberto do Uruguai
  • 2 vezes o 1º Amador do Aberto do Uruguai
  • 1 vez o Campeonato Aberto do Sul da Argentina
  • 1 vez o Campeonato Amador (Puerta de Hiero) da Espanha
  • 1 vez o Campeonato Aberto da Espanha
  • 1 vez o Campeonato Internacional de Duplas Mistas de Portugal
  • 1 vez o Saint George Cup da Inglaterra
  • 1 vez 1º amador no Campeonato Aberto da Inglaterra
  • 1 vez vencedor da classificação do Campeonato Amador dos Estados Unidos (Omaha, Nebraska)


Principais Competições Nacionais
  • 9 vezes o Campeonato Amador Brasileiro
  • 8 vezes o Campeonato Aberto Brasileiro (Profissionais e Amadores)
  • 3 vezes o 1º amador do Aberto Brasileiro

Fonte: Wikipédia e JB FM
#FamososQuePartiram #MarioGonzalez

Zíbia Gasparetto

ZÍBIA ALENCASTRO GASPARETTO
(92 anos)
Escritora e Médium

☼ Campinas, SP (29/07/1926)
 ┼ São Paulo, SP (10/10/2018)

Zíbia Alencastro Gasparetto foi uma escritora espírita brasileira, nascida em Campinas, SP, no dia 29/07/1926, que se notabilizou como médium.

De ascendência italiana, casou-se aos 20 anos com Aldo Luiz Gasparetto com quem teve quatro filhos, entre os quais o apresentador de televisão Luiz Antônio Alencastro Gasparetto. Zíbia despertou vocação para a escrita desde a infância, quando já escrevia contos policiais.

Zíbia conta que, em 1950, já mãe de dois filhos, teria acordado certa noite com um formigamento no corpo. Em seguida, teria se levantado e passado a andar pela casa como um homem, falando em alemão, idioma que desconhecia. O marido, surpreendido e assustado, recorreu ao auxílio de uma vizinha, que, ao chegar à residência da família, teria feito uma oração capaz de restabelecer Zíbia. No dia seguinte, Aldo Luiz procurou ajuda em um centro espírita sendo aconselhada a ler o "O Livro dos Espíritos", obra de Allan Kardec e essencial para o entendimento da doutrina espírita. Ele e Zíbia teriam começado a estudar a Doutrina Espírita.

Aldo Luiz começou a frequentar as reuniões públicas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, mas Zíbia não tinha como acompanhá-lo, pois não tinha com quem deixar as crianças. Semanalmente, entretanto, faziam juntos um estudo no lar, período em que a médium diz que principiou a sensação de uma dor forte no braço direito, do cotovelo até a mão, que se mexia de um lado para o outro, sem que ela pudesse controlá-lo.

Aldo Luiz colocou-lhe um lápis e papel à frente. Tomando-os, Zíbia teria começado a escrever rapidamente. Ao longo de alguns anos, uma vez por semana, foi psicografando desse modo o seu primeiro romance, "O Amor Venceu", assinado pela entidade denominada Lucius.


Quando datilografado e pronto, a médium encaminhou o trabalho a um professor de História da Universidade de São Paulo (USP), que à época, dirigia um grupo de estudos na Federação Espírita. Mas só quinze dias mais tarde veio a resposta, na forma de aviso sobre a escolha da obra para ser publicada pela Editora Lake.

O romance "O Amor Venceu" foi publicado em 1958. A obra conta uma história que se passa em Tebas, cidade do Egito antigo, e narra a dor do amor impossível entre dois casais que buscam resgatar a sua verdadeira existência. Baseado nas leis da reencarnação, procura explicar os mistérios em que a humanidade parece se debater, buscando elucidar os fatos da época, com base no estudo de diferentes povos e civilizações.

Zíbia Gasparetto então não parou mais de escrever. Era uma das poucas escritoras espíritas com vários livros no ranking de vendas. Entre suas obras destacam-se: "Laços Eternos" (1976), "Quando Chega a Hora" (1999), "Ninguém é de Ninguém" (2000), "A Verdade de Cada Um" (2002), "Tudo Vale a Pena" (2003), "O Amanhã a Deus Pertence" (2003), "Nada é Por Acaso" (2006), "Vencendo o Passado" (2008), "Laços Eternos" (2009), "Pensamentos" (2010), "A Vida Sabe o Que Faz" (2011) e "Só o Amor Consegue" (2013).

Atualmente, a médium dizia escrever pelo computador, quatro vezes por semana, em cada dia uma obra diferente. Consciente, declara ouvir uma voz ditando-lhe as palavras do texto.

Zíbia Gasparetto publicou 58 obras e vendeu mais de 18 milhões de exemplares de títulos como "O Matuto" e "Laços Eternos". Além de best-seller, acumulava fãs também nas redes sociais. Sua página no Facebook tem mais de 1 milhão de seguidores.

Morte

Zíbia Gasparetto faleceu na quarta-feira, 10/10/2018, aos 92 anos, em São Paulo, SP, após uma longa batalha contra o câncer de pâncreas. A informação foi compartilhada pela Editora Vida & Consciência em seu site e página no Facebook. A editora foi fundada por Zíbia em 1989 com seus filhos Luiz Antônio Gasparetto e Silvana Gasparetto.

"Hoje, o astral recebe com amor uma de suas representantes na Terra. Zibia Gasparetto, 92 anos, completou hoje sua missão entre nós e parte para uma nova etapa ao lado de seus guias espirituais, deixando uma legião de fãs, amigos e familiares, que foram tocadas por sua graça, delicadeza e por suas palavras sábias"
(Mensagem publicada no site da Editora Vida & Consciência)

A editora informou que o velório da escritora acontecerá na quinta-feira, 11/10/2018, no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, às 10h00. O sepultamento acontecerá no mesmo local, às 15h00.

No dia 03/05/2018, Zíbia perdeu o filho, Luiz Antonio Gasparetto, de 68 anos, que estava com câncer de pulmão. Luiz Antonio Gasparetto era médium e escritor como a mãe, além de apresentador de televisão. Comandou o programa "Encontro Marcado", na RedeTV!, entre 2005 e 2008.

Obras
  • 1958 - O Amor Venceu
  • 1969 - O Morro das Ilusões
  • 1975 - Entre o Amor e a Guerra
  • 1976 - Laços Eternos
  • 1982 - Bate-Papo Com o Além
  • 1984 - O Matuto
  • 1985 - Esmeralda
  • 1986 - O Mundo Em Que Eu Vivo
  • 1986 - Pedaços do Cotidiano
  • 1988 - O Fio do Destino
  • 1988 - Voltas Que a Vida Dá
  • 1989 - Espinhos do Tempo
  • 1992 - Quando a Vida Escolhe
  • 1993 - Somos Todos Inocentes
  • 1995 - Pelas Portas do Coração
  • 1996 - Sem Medo de Viver
  • 1997 - O Amor Venceu - Ilustrado
  • 1997 - A Verdade de Cada Um
  • 1997 - Pare de Sofrer
  • 1998 - Conversando Contigo!
  • 1998 - O Advogado de Deus
  • 1999 - Quando Chega a Hora
  • 2000 - Ninguém é de Ninguém
  • 2001 - Quando é Preciso Voltar
  • 2002 - Tudo Tem Seu Preço
  • 2003 - Tudo Valeu a Pena
  • 2004 - Um Amor de Verdade
  • 2005 - Nada é Por Acaso
  • 2006 - O Amanhã a Deus Pertence
  • 2007 - O Repórter do Outro Mundo
  • 2007 - Onde Esta Teresa?
  • 2008 - Eles Continuam Entre Nós
  • 2008 - Vencendo o Passado
  • 2009 - Reflexões 2010
  • 2009 - Se Abrindo Pra Vida
  • 2010 - Pensamentos 20 Anos
  • 2010 - Pensamentos
  • 2010 - Eles Continuam Entre Nós Vol. 2
  • 2011 - A Vida Sabe o Que Faz
  • 2011 - Pensamentos 2
  • 2012 - Reflexões 2012/13
  • 2012 - Pelas Portas do Coração
  • 2013 - Só o Amor Consegue
  • 2013 - O Encontro Inesperado
  • 2014 - O Poder da Escolha
  • 2015 - A Verdade de Cada Um - Nova Edição
  • 2015 - A Hora é Agora
  • 2015 - Ela Confiou na Vida
  • 2016 - Você Sempre Ganha

Fonte: Wikipédia e e-biografia
#FamososQuePartiram #ZibiaGasparetto

Afonso Brazza

JOSÉ AFONSO DOS SANTOS FILHO
(48 anos)
Ator, Cineasta e Bombeiro

☼ São João do Piauí, PI (17/04/1955)
┼ Gama, DF (29/07/2003)

José Afonso dos Santos Filho, mais conhecido por Afonso Brazza, foi um ator, cineasta e bombeiro brasileiro nascido em São João do Piauí, no dia 17/04/1955.

Em 1969, aos 12 anos, Afonso Brazza decidiu ganhar o mundo e sair do Gama. Os pais vindos do Piauí eram fazendeiros, mas decidiram tentar a vida no Planalto Central. Afonso Brazza viveu uma infância difícil, já que seu pai abandonou a família quando tinha 5 anos.
"Tinha muita revolta naquela época. Minha mãe lavava roupa pra manter todo mundo. Conseguiu nos educar bem pois ninguém seguiu o caminho errado!"
Afonso Brazza aprendeu tudo que sabe sobre cinema dentro de um dos principais movimentos do cinema nacional dos anos 70, desenvolvido na Boca do Lixo, em São Paulo.

"Depois de 1980, quando o movimento da Boca começou a cair, o cinema nacional nunca mais viveu um período como aquele, com mais de 50 filmes lançados por ano", disse ele, que morou na Avenida Rio Branco, de 1969 a 1980, época de grande efervescência cinematográfica nas ruas próximas à Estação da Luz, como a Vitória, a do Triunfo e à antiga rodoviária de São Paulo.


O local foi batizado de Boca do Lixo e ganhou seu destaque no cinema brasileiro por flertar com o cinema marginal e experimental, produzindo cerca de 700 filmes de 1972 a 1982.

Com o dinheiro acumulado da venda de picolés, Afonso Brazza se vestiu com uma roupa social e burlou a vigilância, chegando de ônibus à antiga rodoviária paulistana.
"Estava arrumado, sabia conversar, e aí pedi informações sobre onde ficava o pessoal do cinema!"
Acabou parando no Brás, onde José Mojica Marins mantinha um escritório. O criador do Zé do Caixão simpatizou com Afonso Brazza, o que fez com que ele começasse a trabalhar junto ao meio cinematográfico.
"Encontrei a arte na rua do Triunfo!"
A agitação do local iria influenciá-lo em toda a sua produção.
"Via aquelas viaturas saindo de madrugada atrás dos vagabundos rasgando pneu... pô, aquilo era cena de filme. Tinha um pouco de prostituição, mas havia os pontos de encontros, o Bar Soberano, o do Saci, era muito gostoso viver tudo aquilo!"
Afonso Brazza e Claudette Joubert
Afonso Brazza foi casado com a paranaense Claudette Joubert, que trabalhou como modelo, atuou em comerciais de televisão e iniciou-se no cinema ao lado de Vera Fischer, em "Sinal Vermelho, as Fêmeas" (1972), de Fauzi Mansur, atuando em outros 23 filmes produzidos na Boca do Lixo, como "O Exorcista de Mulheres" (1974), "As Amantes de um Canalha" (1977) e "Os Violentadores" (1978), os três de Tony VieiraClaudette Joubert marcou presença em vários filmes de Afonso Brazza.

Afonso Brazza foi bombeiro, mas como grande apaixonado por cinema dedicou-se à produção de filmes de baixíssimo orçamento. Atuou em três longas de Tony Vieira, "A Filha do Padre" (1975), "Traídas Pelo Desejo" (1976) e "As Amantes de um Canalha" (1977), em "O Trapalhão no Planalto dos Macacos" (1976), de J. B. Tanko, em "A Terceira Margem do Rio" (1994), de Nelson Pereira dos Santos, e em "Surfista Invisível", de Juliana Mundin.

Como diretor e protagonista realizou "O Matador de Escravos" (1982), "Os Navarros" (1985), "Santhion Nunca Morre" (1991), "Inferno no Gama" (1993), "Gringo Não Perdoa, Mata" (1995), "No Eixo da Morte" (1997) e "Tortura Selvagem - A Grade" (2001).

Afonso Brazza sempre foi um "faz-tudo", interferindo em todas as etapas da realização de seus filmes.

Em 2002, ganhou uma retrospectiva de sua obra em Brasília.


Seu filme "Tortura Selvagem" custou 240 mil reais, um recorde para os padrões de Afonso Brazza. Em Brasília, o filme se manteve em uma sala de cinema por quatro semanas, com mais de dois mil ingressos vendidos, performance não alcançada por seus concorrentes do momento: "Memórias Póstumas", de André Klotzel, e "Domésticas", de Fernando Meirelles e Nando Olival.

Perguntado sobre a fama respondeu:
"Eu não quero fama. Eu quero estar sempre na memória das pessoas, mas lentamente. A fama leva à destruição, é instantânea e, por isso mesmo, faz mal, faz você passar por cima de tudo, inclusive dos amigos. A fama é curta. Eu quero admiração e respeito. É uma fama simples, do meu jeito!"
(Afonso Brazza)

Afonso Brazza faleceu aos 48 anos no Gama, DF, no dia 29/07/2003, vítima de parada cardiorrespiratória causada por um câncer no esôfago.

Quando faleceu, Afonso Brazza deixou o 8º filme, o longa metragem "Fuga Sem Destino", inacabado. O cineasta Pedro Lacerda conseguiu concluir o seu filme 3 anos após a sua morte.

Curiosidades

Uma das coisas mais peculiares dos filmes de Afonso Brazza era seu ''desleixo'' com as cenas. Um exemplo é uma cena onde a espada de um dos vilões quebrou enquanto se rodava o filme, Afonso Brazza optou por continuar a cena mesmo com a espada quebrada.

Em ''A Tortura Selvagem'' (2001), seu filme de maior sucesso, alguns dos atores não tiveram roteiro de fala em algumas cenas, o que deixou bastante nítido o improviso, coisa que para Afonso Brazza era muito importante, fazia parte da essência de seus filmes. Muitos de seus filmes contavam com a proatividade e criatividade do próprio ator, o que necessitava de espontaneidade.

Afonso Brazza se preocupava muito em mostrar os pontos turísticos e mais históricos de Brasília, chegando em diversas cenas somente fazer uma tomada geral com os personagens, por mais que nada acontecesse naquela cena. Ele foi o único a fazer isso.

Ainda em ''Tortura Selvagem'' (2001), uma das cenas do filme é editada de maneira no mínimo cômica: A cena onde Fábio Marreco entra no recinto com seus capangas. Esta cena foi colocada duas vezes, aonde num pico rápido pode-se perceber ele entrando. A edição propositalmente meia-boca sempre esteve presente em seus filmes, algumas das vezes não havia linearidade de cenas nos filmes de Afonso Brazza. Uma cena se passava com aquele personagem e, logo após, outra cena com o mesmo personagem já em outro lugar completamente diferente e, logo após, novamente na cena anterior, era comum e intencional.

Filmografia

Como Diretor
  • 2002 - Fuga Sem Destino
  • 2001 - Tortura Selvagem - A Grade
  • 1998 - O Eixo da Morte
  • 1995 - Gringo Não Perdoa, Mata
  • 1993 - Inferno no Gama
  • 1991 - Santhion Nunca Morre
  • 1985 - Os Navarros em Trevas de Pistoleiros Entre Sexo e Violência
  • 1982 - O Matador de Escravos

Como Ator
  • 2002 - Fuga Sem Destino
  • 2001 - Tortura Selvagem - A Grade
  • 2000 - Surfista Invisível (curta-metragem)
  • 1998 - O Eixo da Morte
  • 1995 - Gringo Não Perdoa, Mata
  • 1993 - Inferno no Gama
  • 1991 - Santhion Nunca Morre
  • 1985 - Os Navarros em Trevas de Pistoleiros Entre Sexo e Violência
  • 1982 - O Matador de Escravos
  • 1977 - As Amantes de Um Canalha
  • 1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
  • 1976 - Traídas Pelo Desejo
  • 1975 - A Filha do Padre

Mussum

ANTÔNIO CARLOS BERNARDES GOMES
(53 anos)
Músico, Humorista e Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/04/1941)
┼ São Paulo, SP (29/07/1994)

Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido pelo nome artístico Mussumfoi um humorista, ator, músico, cantor e compositor, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/04/1941.

Como músico, Mussum foi membro do grupo de samba Os Originais do Samba e como humorista, do grupo Os Trapalhões.

Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Serviu na Força Aérea Brasileira (FAB) durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado.

Mussum foi músico e sambista e juntamente com amigos fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos, as coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na televisão, nos anos 1970, e se apresentaram em diversos países.

Antes, nos anos 1960, foi convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início recusou o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem.


Finalmente estreou no programa humorístico Bairro Feliz, na TV Globo em 1965. Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se de um peixe teleósteo sul-americano, escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações estranhas.

Em 1969, o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o viu numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convidou para integrar o grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, Mussum recusou. Entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) conseguiu convencê-lo, e Mussum passou a integrar o trio (na época ainda era um trio, pois Zacarias entrou no grupo depois) que terminaria tornando-o muito famoso em todo o país.

Mussum era o único dos quatro Trapalhões oficiais que era negro. Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também negros e atuarem em vários quadros com o grupo, eram coadjuvantes.

Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou Os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até um solo dedicado ao samba.

Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Todos os anos sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de Baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão veio o apelido Mumu da Mangueira. Mussum também era flamenguista fanático.

O Trapalhão Mussum

Mussum foi considerado por muitos o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (que era sua gíria para cachaça).

O personagem que vivia no programa Os Trapalhões tinha como característica principal o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça.

Numa época em que ainda não havia o patrulhamento "politicamente correto", Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre bebidas alcoólicas.

Também criou outras frases hilariantes, que se popularizaram rapidamente, como "eu vou me pirulitazis (pirulitar)", quando fugia de uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampola", pedindo cerveja, ou "casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta", pedindo fiado.

Seu personagem constantemente brincava com os outros membros do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos. Didi Mocó era chamado de Cardeal ou Jabá, o Zacarias era chamado de Mineirinho de Sete Lagoas. Também era alvo de gozações por parte dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como Cromado, Azulão, Grande Pássaro entre outros. Sempre ficando evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente de amizade entre os quatro.

Mussum também foi garoto propaganda em comerciais de televisão dos produtos Etti, do medicamento Epatovis, do plano de saúde carioca Assim e da ave Chester da Perdigão, neste último junto com seus três companheiros Trapalhões.

Legado

Nos anos 1970 e 1980, Mussum era um dos poucos artistas negros na televisão mais populares. Tamanha era essa popularidade que havia a expressão pejorativa: "Filho(a) do Mussum". Usada para caçoar crianças negras.

O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, permanecendo até hoje muito vivo e presente na memória de seus admiradores, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, e recentemente foi lembrado em uma série de camisetas lançadas no Rio de Janeiro, com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição "Mussum Forevis".

Após o Rio de Janeiro ser escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016, vários internautas satirizaram o poster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama com a foto do humorista e sob ela a frase "Yes, We Créu". Uma sátira a "Yes, We Can" (Sim, Nós Podemos) frase de campanha do presidente estadunidense. Também foram produzidas camisetas com a palavra "Obamis".

Uma rua de São Paulo, no bairro Campo Limpo, ganhou o nome Comediante Mussum em sua homenagem.

O Largo do Anil em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, teve o seu nome mudado pelo prefeito Eduardo Paes para Largo do Mussum. Tal mudança ocorreu após abordagem do cantor João Gordo do programa Legendários da TV Record.

Uma famosa frase do humorista, "Só no Forévis", inspirou a banda brasileira de hardcore punk Raimundos, que utilizou a frase como título de seu álbum homônimo de 1999, bem como título da canção que abre o disco, uma vinheta em ritmo de samba.

Morte

Mussum faleceu às 02h45 de sexta-feira, 29/07/1994, aos 53 anos, vítima de uma infecção pulmonar.

Mussum estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa desde o dia 07/07/1994. No dia 12/07/1994 ele sofreu um transplante de coração. O transplante era necessário porque Mussum tinha uma miocardiopatia dilatada, doença em que o coração aumenta seu tamanho e não trabalha satisfatoriamente.

O transplante transcorreu bem e não houve rejeição aguda, a mais perigosa, logo nos primeiros dias. Entretanto, Mussum passou a apresentar problemas após a cirurgia. O primeiro foi um acúmulo de coágulos sanguíneos no tórax. Para retirar os coágulos, Mussum foi novamente para a mesa cirúrgica. No dia 22/07/1994, o pulmão de Mussum foi tomado pela infecção que o matou.

Às 13h00 o caixão seguiu para o cemitério, sempre aplaudido. O sepultamento de Mussum ocorreu às 17h30 de sexta-feira, 29/07/1994, no cemitério Congonhas, Zona Sul de São Paulo, e foi seguido por cerca de 600 pessoas, entre parentes, amigos e fãs.

Durante a tarde de sexta-feira, 29/07/1994, cerca de 4.000 pessoas foram ao cemitério, entre elas Renato AragãoDedé Santana, Carlos Alberto da Nóbrega e Ronald Golias.

Doze integrantes da Escola de Samba Mangueira, pela qual Mussum desfilou durante 40 carnavais, viajaram do Rio de Janeiro para acompanhar o funeral.

Desde a manhã, centenas de pessoas já se dirigiam para o Hospital Beneficência Portuguesa, onde Mussum faleceu.

Mussum deixou um legado de 27 filmes com Os Trapalhões, além de mais de vinte anos de participações televisivas.


Frases

  • Criôlo é a tua véia!
  • Ui, ui, uuui!
  • Eu vou me pirulitar!
  • Glacinha!
  • Casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!
  • Cacildis!
  • Trais mais uma ampola! (pedindo cerveja)
  • Suco de cevadis!
  • Ô do jabá!
  • Faz uma Pindureta. (querendo fiado)
  • Vai caçá sua turmis!
  • Forevis!

Apelidos

  • Azulão
  • Buraco Quente
  • Caipirinha
  • Clementina de Jesus
  • Cromado
  • Da Mangueira
  • Grande Pássaro
  • Kid Mumu da Mangueira
  • Maisena
  • Morcegão
  • Muça
  • Pé de Rodo
  • Nega da Boca do Tubo (Por Didi)

Filmografia

A carreira de Mussum no cinema foi ligada aos Trapalhões, desde o primeiro filme, "O Trapalhão no Planalto dos Macacos" (1976), de J. B. Tanko. Daí em diante, foram mais 26 filmes com o grupo, até "Os Trapalhões e a Árvore da Juventude" (1991), de José Alvarenga Jr.

Trabalhou também como compositor no filme "Atrapalhando a Suate" (1983) e em "Os Trapalhões no Rabo do Cometa" (1986), dirigido pelo amigo Dedé Santana.

Discografia

Solo

  • 1978 - Água Benta (LP)
  • 1980 - Mussum (RCA Victor, LP)
  • 1983 - Mussum (RCA Victor, LP)
  • 1987 - Mussum (RCA Victor, LP)

Com Os Originais do Samba

  • 1968 - Baden Powell, Márcia e Os Originais do Samba (Philips, LP)
  • 1969- Os Originais do Samba (RCA Victor, LP)
  • 1969 - Os Originais do Samba Vol. 2 (RCA Victor, LP)
  • 1970 - Samba é de Lei (RCA Victor, LP)
  • 1971 - Originais do Samba Exportação (RCA Victor, LP)
  • 1972 - O Samba é a Corda, Os Originais a Caçamba (RCA Victor, LP)
  • 1973 - É Preciso Cantar (RCA Victor, LP)
  • 1974 - Pra Que Tristeza (RCA Victor, LP)
  • 1975 - Alegria de Sambar (RCA Victor, LP)
  • 1976 - Em Verso e Prosa (RCA Victor, LP)
  • 1977 - Os Bons Sambistas Vão Voltar (RCA Victor, LP)
  • 1978 - Aniversário do Tarzan (RCA Victor, LP)
  • 1979 - Clima Total (RCA Victor, LP)

Com Os Trapalhões

Juntos, Os Trapalhões lançaram 16 álbuns. Nos dois primeiros de 1974 e 1975, só aparecem Renato Aragão e Dedé Santana nas capas, mas nessa época o quarteto já estava formado, e todos participaram.

No LP "O Forró dos Trapalhões" (1981), Mussum não aparece na capa e nem mesmo nas trilhas sonoras. O motivo era porque ele, nessa época, ainda tinha contrato exclusivo com a gravadora RCA Victor.

Fonte:  Wikipédia
#FamososQuePartiram #Mussum

Paulo Sérgio

PAULO SÉRGIO DE MACEDO
(36 anos)
Cantor e Compositor

* Alegre, ES (10/03/1944)
+ São Paulo, SP (29/07/1980)

Não fosse sua morte prematura, aos 36 anos, em decorrência de um Derrame Cerebral, Paulo Sérgio certamente seria lembrado como um dos maiores nomes da música romântica nacional. O cantor e compositor capixaba iniciou sua carreira em 1968, no Rio de Janeiro, lançando um compacto com o sucesso "Última Canção". O disco obteve sucesso imediato e vendeu 60 mil cópias em apenas três semanas, transformando seu intérprete num fenômeno de vendas. A despeito da curta carreira, Paulo Sérgio lançou treze discos e algumas coletâneas, obtendo uma vendagem superior a oito milhões de cópias.


Primeiro filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula de Macedo, Paulo Sérgio, se não tivesse manifestado desde cedo o intento de tornar-se músico profissional, talvez teria se realizado como alfaiate, haja vista que aos dez anos frequentava a alfaiataria do pai, aprendendo os primeiros segredos da agulha e da tesoura. Porém, a veia artística já se desenhava cedo. Aos seis, quando em sua cidade natal, Alegre, ES, apareceram as caravanas de artistas de emissoras de rádio do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio participou, ao fim do espetáculo, de um mini-concurso de calouros. Foi escolhido o melhor dentre vários concorrentes, passando a ser requisitado como atração especial em todas as festinhas da pequena Alegre.

Ao chegar no Rio de Janeiro, para onde a família se mudara em meados dos anos 50, a trajetória do menino Paulo Sérgio ganhou uma nova conotação. Estudou no Colégio Pedro II e morava em Brás de Pina, na zona norte carioca, quando terminou o ginásio. Aos 15 anos, foi trabalhar em uma loja no bairro de Bonsucesso. Coincidência ou não, era uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada Casas Rei da Voz. Como tocava bem violão, logo os amigos o incentivaram e Paulo Sérgio começou a mostrar suas composições.

Paulo Sérgio e Roberto Carlos
Os anos 60 sacudiam a juventude e Paulo Sérgio fez seu batismo no programa "Hoje é Dia de Rock", comandado por Jair de Taumaturgo, o mais badalado entre os jovens do Rio de Janeiro. Posteriormente, passaria ainda por muitos outros programas de calouros, como o "Clube do Rock", do saudoso Rossini Pinto, onde muitos outros ídolos que iriam formar o pessoal da Jovem Guarda se apresentaram.

Em 1966, no filme "Na Onda do Iê-Iê-Iê", Paulo Sérgio aparece como calouro do Chacrinha, cantando a canção "Sentimental Demais" de Altemar Dutra.

Em 1967, uma nova e grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani. Paulo Sérgio, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, que infelizmente não teve sorte. Porém, durante o teste, descobriram que Paulo Sérgio também cantava e, já que estava ali, manifestaram interesse em ouvir algumas de suas composições.

Um contrato foi prontamente assinado e dentro de poucos dias Paulo Sérgio gravou um compacto simples, que continha as músicas "Benzinho" e "Lagartinha". Entretanto, a sua afirmação definitiva deu-se com o lançamento, em 1968, do primeiro disco, denominado "Paulo Sérgio - Volume 01", que, alavancado pelo grande sucesso "Última Canção", vendeu mais de 300.000 cópias.


Paralelo ao sucesso meteórico de Paulo Sérgio, surgiu a acusação de que o mesmo era um imitador do cantor Roberto Carlos, então ídolo inconteste da juventude, dada a semelhança do seu timbre vocal. Como contrapartida, naquele mesmo ano Roberto Carlos lançaria o álbum "O Inimitável".

Do sucesso inicial advieram propostas para que Paulo Sérgio ingressasse numa grande gravadora. Em 1972, este assinaria um vultoso contrato com a Copacabana, o qual, em razão das cifras envolvidas, foi considerado o maior acontecimento artístico daquele ano. Pelo selo Beverly, Paulo Sérgio lançaria ao todo oito álbuns.

No dia 4 de março de 1972, Paulo Sérgio contraiu matrimônio com Raquel Teles Eugênio de Macedo, a qual conhecera casual e sugestivamente num pequeno acidente de trânsito. O casamento aconteceu secretamente, numa cerimônia simples, em Castilho, pequena cidade do interior de São Paulo.

Em 23 de maio de 1974, nascia Rodrigo, que mais tarde usaria artisticamente o cognome de Paulo Sérgio Jr. Além de Rodrigo, Paulo Sérgio tivera ainda duas filhas, Paula Mara e Jaqueline Lira, fruto de relacionamentos anteriores.

Últimos Momentos

No dia 27/07/1980, um domingo, Paulo Sérgio fez sua última apresentação na TV. Esta ocorreu no programa do apresentador Édson Cury (o Bolinha), da TV Bandeirantes, onde cantou duas músicas do seu último trabalho fonográfico: "O Que Mais Você Quer de Mim" e "Coroação". Logo após apresentar-se no programa "Hora do Bolinha", nos arredores do teatro onde aquele programa era veiculado, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, São Paulo, Paulo Sérgio envolveu-se num incidente que talvez tenha provocado sua morte.

Ele saiu do auditório para pegar seu carro, estacionado próximo à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Várias fãs o cercaram. Queriam beijos, autógrafos, carinhos, fotografias. Uma delas, agressivamente, começou a comentar fatos relacionados à vida íntima do cantor e sua mulher, Raquel Telles Eugênio de Macedo.

Para evitar encrencas os amigos trataram de afastar Paulo Sérgio dela, enquanto a moça garantia que ainda tinha muito a dizer. Já nervoso, Paulo Sérgio deu a partida em seu carro, mas, quando manobrou o veículo, foi atingido por uma pedrada no para-brisa. Fora de si, ele desceu do automóvel e partiu em perseguição à moça. Esta se refugiou no interior de um edifício, para onde o zelador não permitiu que Paulo Sérgio a seguisse. Furioso, Paulo Sérgio avaliou os danos causados a seu veículo e aguardou vários minutos, na calçada, que a garota voltasse à rua.

Seus acompanhantes procuraram acalmá-lo. Ele ainda teria de cumprir três apresentações, antes que o domingo terminasse. Finalmente, o convenceram a esquecer o incidente e sair dali. Rumaram para uma pizzaria em Moema. Paulo Sérgio tentou fazer um lanche, mas não conseguiu comer direito. Tinha muita dor de cabeça e nenhum apetite.

A primeira apresentação foi no Grajaú. Quando terminou de cantar, Paulo Sérgio chamou seu secretário, pedindo a ele que encontrasse uma farmácia e providenciasse comprimidos para sua dor de cabeça, que estava cada vez mais violenta. Ingeriu dois de uma só vez e partiu para Itapecerica da Serra. Mas lá só conseguiu cantar quatro músicas. A sua cabeça latejava dolorosa, implacavelmente e a sua visão estava começando a ficar turva. Ele cambaleou até o camarim. Logo depois, os amigos o encontraram alternando-se entre gemidos e gritos de dor e tendo tremores por todo o corpo. Foi levado até o carro e transportado para o Hospital Piratininga. De lá, o enviaram para o Hospital São Paulo. Quando chegou ao mesmo, já estava em coma. O diagnóstico foi rápido e assustador: Paulo Sérgio tivera um Derrame Cerebral.

Após as primeiras providências clínicas, Paulo Sérgio foi internado na UTI. Teve início assim uma desesperada batalha pela sua sobrevivência. Amigos e parentes foram alertados. Apesar de preocupados, todos, tanto familiares como fãs e equipe médica, estavam confiantes até aquele momento. Afinal, ele era um homem forte, sadio… e com apenas 36 anos. Com esse perfil, todos acreditavam que não havia motivo para que se duvidasse de sua recuperação.

No entanto, mesmo com a equipe médica fazendo tudo que foi possível, seu esforço de nada adiantou. Na manhã de segunda-feira, 28 de julho de 1980, os corredores do hospital já estavam repletos de pessoas que queriam ver e saber alguma notícia sobre o estado de saúde de Paulo Sérgio. O otimismo já cedia lugar a um certo desespero. Afora os familiares, ninguém mais naquele momento tinha autorização para entrar na UTI, onde ele se encontrava.


As reações de Paulo Sérgio continuavam desfavoráveis. O Drº Pimenta, chefe da equipe que incansavelmente tentava reabilitar o cantor, após exames minuciosos, revelou aos familiares de Paulo Sérgio que suas possibilidades de sobrevivência já eram mínimas, quase nulas. Mesmo assim, a luta prosseguia. No hospital, a vigília permanecia contínua. Mais uma noite e o estado de saúde de Paulo Sérgio, ao invés de melhorar, se agravou.

Às 14:30 hs de terça-feira, 29 de julho de 1980, já não havia a menor possibilidade de melhora. O cantor Paulo Sérgio estava praticamente sem vida, apenas os aparelhos mantinham sua respiração e seus batimentos cardíacos. Às 20:30 hs, foi anunciado o fim de sua dolorosa agonia. Apesar de todo o esforço feito para salvá-lo, Paulo Sérgio estava morto.

Durante a madrugada e a manhã seguinte o corpo do cantor ficou exposto para visitação no velório ocorrido no Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo. Atendendo ao pedido dos pais de Paulo Sérgio, seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro. Na capital carioca, o velório ocorreu no Cemitério do Caju. Entre os cantores que prestaram suas últimas homenagens, podemos citar Antônio Marcos, Jerry Adriani, Agnaldo Timóteo e Zé Rodrix.

Às 16:00 hs do dia 30 de julho de 1980 (quarta-feira), o seu corpo baixou à sepultura ao som de seu maior sucesso, "Última Canção".

Oneida Maria Xavier di Loreto

Oneida teve um desentendimento com Paulo Sérgio na tarde do dia 27/07/1980, horas antes de sua última apresentação, no Circo Rosemir, armado em Vila Preu, a cinqüenta quilômetros do centro de São Paulo.

A própria Oneida contou, com a condição de não ser fotografada - para evitar que ficasse ainda mais visada pelos que a ameaçam -, como foi o incidente:

"No dia 27, fui ao Teatro Bandeirantes com uma amiga, para apanhar uma bolsa que ficara esquecida lá. Cruzei com Paulo Sérgio, que me convidou para ir com ele para o seu sítio perto de Preu. Disse, então, que eu era mulher casada e de respeito. Ele riu na minha cara. Para desviar a conversa, falei que conhecia sua ex-mulher, Raquel. Então, ele começou a me xingar e me chamou de prostituta. Para irritá-lo, retruquei que ele era um péssimo cantor e que Roberto Carlos era muito melhor do que ele. Ele ameaçou me matar e passar com o carro por cima de mim. Quando deixei o teatro, ele abandonou o seu carro e correu atrás de mim. Me refugiei na porta de um prédio, enquanto as pessoas o seguravam. Fui, depois, dar queixa no 5º Distrito."

A última fotografia de Paulo Sérgio em vida, registrada nos bastidores do programa "Hora do Bolinha" (27/07/1980). Ao seu lado, os amigos Lauro Lopes e Reinaldo dos Santos.
Os últimos momentos da vida de Paulo Sérgio foram presenciados por outra mulher, Suely Coutinho, que, há cinco meses, trabalhava como "Paulete", as bailarinas que faziam a coreografia dos shows do cantor. Ela contou o que viu:

"Pouco antes de começar o show, ele sentia forte dor de cabeça. Logo depois de cantar a primeira música, levou a mão à fronte e começou a empalidecer. Foi para seu ônibus-camarim, pedindo ajuda. Dei-lhe dois comprimidos. Ele começou a babar e a balbuciar. Entrou em coma no próprio camarim e saiu de lá na ambulância. Mas não houve tempo para nada e ele morreu no hospital, em São Paulo."

Fonte: Wikipédia
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