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Lourdes Castro

LOURDES AMARAL CASTRO
(83 anos)
Cantora e Compositora

☼ Bauru, SP (1928)
┼ Jarinu, SP (30/08/2011)

Lourdes Amaral Castro foi uma cantora nascida em Bauru, no interior do Estado de São Paulo, em 1928. Lourdes Amaral ficou famosa na década de 40, ao fazer dupla com a irmã Maria de Jesus Castro, eram as Irmãs Castro, um dos fenômenos da música sertaneja nas décadas de 40 e 50.

O pai das Irmãs Castro era engenheiro da ferrovia e por este motivo viviam de cidade em cidade. Numa dessas idas e vindas, conheceram aquele que mudaria a vida das duas e da música sertaneja, João Alves dos Santos, o famoso Nhô Pai, que lhes presenteou com a canção "Beijinho Doce" no ano de 1944.

A música foi gravada e as Irmãs Castro ganharam o Brasil de norte a sul, inclusive outros países da América do Sul, como o Paraguai.

Irmãs Castro

As Irmãs Castro começaram em 1938 na Rádio Clube de Bauru, onde venceram o concurso de calouros Descobrindo Astros do Futuro, cantando "O Que É Que A Baiana Tem" (Dorival Caymmi). Elas participaram do concurso escondidas dos pais e logo após o mesmo, continuaram cantando em inglês numa outra emissora de rádio local.

Em 1940, Maria de Jesus e Lourdes, com 14 e 12 anos de idade, respectivamente, mudaram-se para São Paulo, onde tiveram que enfrentar os famosos preconceitos por serem do sexo feminino e, além disso, menores de idade.

Mas foi em São Paulo que Nhô Pai, compositor de sucessos como "Beijinho Doce", viu as irmãs cantando e gostou do dueto perfeito de suas vozes. Pediu então autorização aos pais delas para poder ensinar a elas o gênero sertanejo. A partir daí as Irmãs Castro apresentavam-se em programas diversos, sempre acompanhadas pelo Nhô Pai e também pela mãe.

Então foram convidadas para cantar no Rio de Janeiro. Devido à idade, falsificaram as certidões de nascimento para poder cantar nos cassinos. Na cidade maravilhosa também cantaram em emissoras como Rádio Tupi, Rádio Globo e Rádio Mayrink Veiga.

De volta à São Paulo, passaram pelas Rádio Cultura, Rádio Tupi e Rádio Bandeirantes e foram contratadas com exclusividade pela Rádio Record.


O primeiro disco das Irmãs Castro foi gravado pela Continental em 1944 quando elas tinham 18 e 16 anos de idade respectivamente. Nesse 78 rpm, gravaram "Não Me Escrevas" e "Che Camba (Vem Cá)".

Em 1945, gravaram um novo disco 78 rpm contendo o valseado "Faz Um Ano" e o corrido "Beijinho Doce", um clássico da música caipira, que foi o maior sucesso das Irmãs Castro e que as transformou rapidamente em estrelas.

A música caipira não era o estilo preferido das Irmãs Castro. Elas preferiam outros estilos de música brasileira. O convite para a carreira sertaneja, no entanto, partiu de Nhô Pai que viu nelas o potencial e elas acabaram aceitando.

Em 1947, gravaram a guarânia "Noites do Paraguai" (S. Aguayo), com versão de Ariovaldo Pires, uma das muitas versões de canções paraguaias e mexicanas que a dupla gravou. No mesmo disco estava o rasqueado "Siriema" (Nhô Pai e Mário Zan), outro de seus grandes sucessos.

Com o sucesso que estavam obtendo, passaram a receber vários convites. Apresentaram-se em circos e rádios por todo o Brasil. Cantaram também em diversos países da América Latina, tais como Paraguai, Uruguai e Argentina.


No Paraguai, elas foram para se apresentar por uma semana no Teatro Vitória, o maior de Asunción, mas acabaram permanecendo um mês por lá. A apresentação das Irmãs Castro foi transferida então para o Teatro Municipal de Asunción, já que o conjunto vocal americano The Platers tinha uma apresentação programada no Teatro Vitória. As Irmãs Castro acabaram roubando a platéia do The Platters, pois o conjunto americano, além de ter tido que aguardar a transferência das Irmãs Castro para o outro teatro, ainda tiveram no show lotação abaixo da esperada, enquanto as Irmãs Castro se apresentavam com mais platéia no Teatro Municipal. No Paraguai fizeram sucesso principalmente com "Che Yara Porã Tupy" (Ariovaldo Pires e Riellinho"Che China Mi" (Antônio Cardoso e Ariovaldo Pires).

De retorno ao Brasil, vieram em avião cedido pelo governo do Paraguai.

Em 1974, lançaram um LP pela Chantecler, quando regravaram antigos sucessos como "Beijinho Doce", além de outras músicas, como "Pelejo Pra Te Deixar" (Biá e Gauchito).

Em 1984, participaram do programa "Viola Minha Viola", na TV Cultura de São Paulo.

A dupla se desfez em 1985, porém as Irmãs Castro compõem um capítulo muito importante na história da música caipira raiz, pois, além delas terem sido a primeira dupla feminina a gravar música caipira, também foram as pioneiras no ritmo corrido, o mesmo ritmo de "Beijinho Doce".

Maria Castro faleceu aos 92 anos de idade, em 23/01/2019.

Morte

Lourdes Castro Cardoso, faleceu na manhã de teça-feira, 30/08/2011, aos 83 anos, no Hospital Municipal de Jarinu, após um sofrer um infarto agudo do miocárdio. O Corpo da cantora foi velado no Velório Municipal da cidade e o enterro aconteceu na quarta-feira, 31/08/2011, às 13h30, no cemitério da cidade.

Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #lourdescastro #irmascastro

Mateus Caramelo

MATEUS LUCENA DOS SANTOS
(22 anos)
Jogador de Futebol

☼ Araçatuba, SP (30/08/1994)
┼ La Unión, Colômbia (28/11/2016)

Mateus Lucena dos Santos, conhecido como Mateus Caramelo, ou simplesmente Caramelo, foi um jogador de futebol brasileiro que atuou como lateral-direito, nascido em Araçatuba, SP, no dia 30/08/1994.

Mogi Mirim

Mateus Caramelo destacou-se pelo Mogi Mirim no Campeonato Paulista de 2013. Morando no alojamento do clube, a revelação fez sua estreia na vitória diante do São Paulo, pela última rodada, e foi o titular nas duas partidas que o Mogi Mirim faria pelo mata-mata da competição.

Seu apelido chamou a atenção de torcedores e imprensa: devido à música "Camaro Amarelo", da dupla sertaneja Munhoz & Mariano, em que os intérpretes cantam "Agora fiquei doce igual Caramelo, tô tirando onda de Camaro Amarelo", e a brincadeira com a composição foi inevitável. O próprio atleta dizia desconhecer a origem da alcunha.

São Paulo

Após as eliminações do São Paulo no Campeonato Paulista e na Libertadores na mesma semana, o presidente Juvenal Juvêncio fez uma reformulação no elenco, afastando sete atletas e contratando outros três, incluindo Mateus Caramelo e Roni, do Mogi Mirim.

Mateus Caramelo estreou cinco dias depois, em um amistoso contra o Londrina, mas, em jogos oficiais, teve de esperar até setembro, quando ganhou uma chance contra a Ponte Preta no primeiro jogo de Muricy Ramalho em sua última passagem como técnico do time. Mateus Caramelo atuaria apenas mais uma vez no ano, contra o Fluminense, entrando no segundo tempo, e acabou emprestado no início do ano seguinte, para adquirir experiência.

Atlético Goianiense

Em 17/01/2014, foi anunciado seu empréstimo ao Atlético Goianiense, com contrato até o fim da temporada. Mateus Caramelo ficou na reserva durante quase todo o período, mas lá marcou o único gol de sua carreira profissional, contra o América Mineiro. Nessa passagem, fez parte do elenco campeão goiano.

Chapecoense

Após voltar do empréstimo e seguir sem espaço no São Paulo, Mateus Caramelo foi novamente emprestado, até o fim de 2015, para a Chapecoense. Assim como no empréstimo anterior, também ficou na reserva na maior parte dos jogos, mas, mesmo assim, o clube catarinense queria estender o empréstimo.

Quando seu empréstimo à Chapecoense venceu, o São Paulo deu uma chance para Mateus Caramelo mostrar seu valor ao recém-chegado técnico Edgardo Bauza, no início de 2016. Ele foi aprovado por Edgardo Bauza e inscrito para a Libertadores, o que foi considerado uma surpresa.

Após a contratação do lateral argentino Buffarini e más atuações em jogos importantes, como um clássico contra o Santos Futebol Clube onde o São Paulo jogou com um time reserva, Mateus Caramelo perdeu espaço e foi procurado pelo Sport e Chapecoense.

No Morumbi, era visto como uma promessa. Alguém em quem o clube confiava para o futuro. Um jogador de muita força, profissional, sereno e bom de grupo. As duas temporadas por empréstimo na Chapecoense, 2015 e 2016, serviriam como amadurecimento para retornar e ser aproveitado.

Morte

Mateus Caramelo faleceu aos 22 anos vítima de um acidente aéreo. Ele foi uma das vítimas fatais da queda do Voo 2933 da Lamia, no dia 28/11/2016. A aeronave transportava a equipe da Chapecoense para Medellín, onde disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana de 2016.

Além da equipe da Chapecoense, a aeronave também levava 21 jornalistas brasileiros que cobririam a partida contra o Atlético Nacional, comissão técnica, diretoria, convidados e a tripulação da aeronave.

Títulos

Chapecoense
  • 2016 - Copa Sul-Americana

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #MateusCaramelo

Isaurinha Garcia

ISAURA GARCIA
(70 anos)
Cantora

☼ São Paulo, SP (26/02/1923)
┼ São Paulo, SP (30/08/1993)

Isaurinha Garcia foi uma cantora brasileira nascida na rua da Alegria, no Brás, São Paulo, no dia 26/02/1923.

Descendente de italianos, Isaurinha Garcia era sobrinha do famoso pintor modernista José Pancetti. Despertou o talento para a música cantando enquanto engarrafava vinhos na loja de seus pais. Percebendo a vocação de sua filha, a mãe, Dona Amélia, levou-a para apresentar-se em um concurso promovido pelo programa "A Hora da Peneira Rhoudine", da Rádio Cultura, porém Isaurinha Garcia, então com 13 anos, não venceu.

Dona Amélia, inconformada, levou-a para participar novamente no ano seguinte, 1938, desta vez em concurso promovido pela Rádio Record no programa de Otávio Gabus MendesIsaurinha Garcia venceu ao apresentar o samba "Camisa Listrada", de Assis Valente, e logo no ano seguinte, aos 14 anos, assinou contrato com a emissora, onde permaneceu por décadas, sem jamais ter trocado São Paulo pelo Rio de Janeiro.

Neste começo de carreira, inspirava-se em Carmen Miranda e Aracy de Almeida, e vivia na Rua da Alegria no Brás, bairro onde nasceu. Ainda sem muitos recursos, ia de bonde ou a pé para a emissora todo domingo se apresentar. Formou dupla com o cantor Vassourinha, excursionando por todo o país. A dupla desfez-se, e Isaurinha Garcia seguiu carreira solo.


Sua voz fez parte de jingles publicitários para rádios, e somente em 1941, Isaurinha Garcia lançou seu primeiro disco, pelo selo Columbia. O primeiro álbum lançou os singles "Pode Ser?", samba de Geraldo Pereira e Marino Pinto, e "Chega de Tanto Amor", choro composto por Mário Lago.

No mesmo ano, 1941, gravou seus segundo e terceiro discos, lançando os sucessos "Aproveita Beleléu" (Marino Pinto e Murilo Caldas), "A Baratinha", marchinha de Antônio Almeida e "O Telefone Está Chamando" (Benedito Lacerda e Popeye do Pandeiro).

Em 1942, gravou outros quatro discos, e em 1943, o samba "Aperto de Mão" (Jaime Florence, Augusto Mesquita e Horondino da Silva) foi seu primeiro grande sucesso. Mas só em 1945 se consagraria como uma das maiores vozes da Música Popular Brasileira (MPB), ao interpretar o samba "Mensagem" (Aldo Cabral e Cícero Nunes), o clássico de sua carreira.

Em fins da década de 1940 e começo de 1950, Isaurinha Garcia excursionou com shows pelo país, e o sucesso granjeou-lhe os títulos de "Rainha do Rádio Paulista", "Rainha da Noite" e "Rainha dos Taxistas". Tornou-se conhecida, também, como "A Personalíssima", título do álbum lançado em 1957.

Isaurinha Garcia casou-se pela primeira vez aos 14 anos, e na década de 1950 apaixonou-se pelo compositor Walter Wanderley, pai de sua única filha, MônicaWalter Wanderley era violento, e ele e Isaurinha Garcia viviam uma relação tempestuosa, marcada por intrigas, traições e ciúmes. Isaurinha Garcia tinha como rival a cantora Claudette Soares. Há quem diga que, por causa de Walter WanderleyClaudette Soares e Isaurinha Garcia teriam se engalfinhado em frente a uma boate.


Apesar do conturbado relacionamento, alvo das fofocas e publicidade, Isaurinha Garcia jamais amou outro homem como amou Walter Wanderley:
"Acho que há em mim duas pessoas. Eu amei muito. Amei de verdade. E sofri muito. Então, eliminei primeiro aquilo que me fazia sofrer. Me apego muito às pessoas, aos animais, a tudo. E depois fico com medo de perder. Gostar mais de alguém, não vou gostar, não. Me apavorei!"
Isaurinha Garcia foi campeã de vendas da gravadora RCA/Columbia e foi uma das maiores cantoras da Música Popular Brasileira (MPB). Com mais de 50 anos de carreira, foi considerada a Édith Piaf brasileira. Gravou mais de trezentas canções e entre seus maiores sucessos está a música "Mensagem".

Em 2003, dez anos após a morte de Isaurinha Garcia, o romance com Walter Wanderley foi narrado no musical "Isaurinha - Personalíssima", dirigido por Jaqueline Laurence, com a atriz Rosamaria Murtinho no papel da cantora.

Em 2013 a Sony Music Brasil lançou uma caixa box comemorativa intitulada "Isaurinha Garcia 90 Anos" e no mesmo ano o Governo do estado de São Paulo juntamente com a Secretária de Estado da Cultura e o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) lançaram o livro "Quando o Carteiro Chegou... Mensagem a Isaurinha Garcia".

Com mais de 300 canções, a beleza singela e o inigualável timbre da "Personalíssima" fizeram-na eterna na música brasileira.

Morte

Isaurinha Garcia faleceu em São Paulo, SP, no dia 30/08/1993, aos 70 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fonte: Wikipédia e Projeto VIP

Piero Gancia

PIERO VALLARINO GANCIA
(88 anos)
Piloto Automobilístico

* Torino, Itália (30/08/1922)
+ São Paulo, SP (01/11/2010)

Nascido em 30 de agosto de 1922 na cidade de Torino (Itália), Piero Gancia se apaixonou pelo Brasil quando veio visitar o país a negócios, e para cá se mudou em junho de 1952, já casado com Lulla Gancia e com o primeiro de seus três filhos.

Piero era o representante para a América Latina dos famosos vinhos e espumantes "Asti", criado por seu bisavô, e um dos herdeiros do Vermouth Gancia.

Piero conta que sua paixão pela velocidade começou cedo, aos dez anos, quando seu pai o levou em 1932 a assistir uma corrida pela primeira vez, e tornou-se uma realidade no Brasil, mas na Itália já havia feito um curso de automobilismo em Monza com Piero Taruffi. Seu pai, que por sinal guiava muito mal, tinha medo, e da Itália pedia para ele não correr. Ao que respondia:

"Não, não corro, só participo de umas provas de regularidade, tipo rallye"

Muito se orgulha de ter vencido o lendário Chico Landi, um de seus ídolos. Foi o primeiro campeão brasileiro de automobilismo, quando esse Campeonato foi instituído em 1966 e composto de 3 provas: 1000 Km de Brasília, 500 Km de Interlagos e 1000 Km da Guanabara.

Elegante, um porte de nobreza, educado, fino, inteligente, ganhou aqui, uma companheira nas pistas: sua própria esposa Lulla Gancia, pois ela também começou a correr.

No Brasil, e já dono de uma Alfa Giulietta, em 1961 conheceu um mecânico italiano que já havia trabalhado com Fangio, Giuseppe Perego, e através dele ficou conhecendo Emilio Zambello, também italiano e que já corria, aí começou a freqüentar a pista de Interlagos. E fazendo parceria com ninguém menos que Celso Lara Barbéris, um dos maiores "feras" da época, estreou na "12 Horas de Interlagos" com sua Alfa Giulietta preparada pelo Perego, 5° Lugar na classificação geral.

A amizade com Zambello cresceu e ainda em 1962 formaram, contando com a colaboração de Perego e Ruggero Peruzzo, uma "scuderia": a "Jolly-Gancia".

Esse nome foi escolhido em homenagem à grande "scuderia/clube" italiano, e que se tornou uma das melhores equipes da década de sessenta e que contou, além dos dois "italian gentlemans", com José Carlos Pace, Marivaldo Fernandes, Wilsinho Fittipaldi, Abílio Diniz e muitos outros.

Em 1964, com a concessão de venda das Alfas importadas no Brasil, ele abriu uma loja/oficina, com Zambello e Perego, também batizada de Jolly e que durou até 1974 quando foi fechada, mas em 1971 Piero já havia parado de correr, após mais de 50 brilhantes participações em provas pelo Brasil inteiro.

Foi presidente da APVC (Associação Paulista de Volantes de Competição) de 1965 a 1966 e também da C.B.A. (Confederação Brasileira de Automobilismo) de 1987 a 1991. Sua administração foi sempre voltada à organização do esporte e não à política.

No final da década de oitenta, Piero ajudou a prefeitura de São Paulo a trazer o G.P. de F1 e na reforma do autódromo de Interlagos. Era também membro da Comissão de F1 da F.I.A. na França, e foi decisivo para a vinda da Fórmula 1 para São Paulo: foi à Paris, convenceu Jean Marie Ballestre (então presidente da F.I.A.) que seria melhor a competição em São Paulo, pois o Rio de Janeiro não oferecia mais segurança para os pilotos e conforto para o público, e não tinha intenções de investir na melhoria das condições do autódromo. De madrugada (no Brasil), ligou da França avisando à então Prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, emocionado, que estava tudo certo.

"Foi uma deselegância de minha parte para com a prefeita, mas eu estava tão entusiasmado que não me dei conta do fuso horário"

Nessa empreitada contou com a colaboração de Thamas Rohonyl, representante de Bernie Eclestone no Brasil. Com isso, em dezembro de 1989, deu-se início a uma grande reforma no autódromo. Foram construídos 23 novos boxes, sala de imprensa, torre de cronometragem, um centro médico e a pista foi reduzida para 4.325 m. Graças a Piero Gancia o Brasil e São Paulo fazem parte do atual calendário da Formula 1.

Piero foi o primeiro representante do grupo Ferrari no Brasil, conseguiu a autorização com o comendador Enzo Ferrari em pessoa. Entre os anos 1960 e 1970, muito embora a importação fosse proibitiva devido à elevada alíquota de importação, ele trazia os esportivos para o país.

Por volta de 1970, em função da fusão da Martini com a Gancia na Itália, Piero passou a presidente da Martini-Rossi no Brasil, cargo que exerceu por 25 anos.

Hoje, além de vice-presidente do Automóvel Clube Paulista, é presidente do Fã Clube Ferrari do Brasil. Ainda dirige, e muito bem!

Seu filho, Carlo Gancia, participou ativamente da ida de José Carlos Pace, Nelson Piquet, Paulo Carcasci, Pedro Paulo Diniz à Europa, do Vitor Meira, Affonso Giaffone e do Hélio Castro Neves aos EUA. Foi sócio da Forti Corse e da Forti F-1, Membro do Conselho Mundial da FIA e representante da IRL e da Indianápolis Motor Speedway para o Brasil e para a Europa.

Como se vê, o nome Gancia está estreitamente ligado ao automobilismo brasileiro.

Acometido do Mal de Alzeimer, Piero sofreu com a doença por pouco mais de dois anos vindo a falecer no dia 01/11/2010.

Fonte: www.bandeiraquadriculada.com.br

Agepê

ANTÔNIO GILSON PORFÍRIO
(52 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (10/08/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (30/08/1995)

Antônio Gilson Porfírio, mais conhecido como Agepê, foi um cantor e compositor nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 10/08/1943. Seu nome artístico decorre da pronúncia fonética das iniciais do seu nome de batismo "AGP".

Antes da fama, Agepê foi técnico projetista da extinta Telerj, que abandonou para se dedicar à carreira artística.

Além de sambas, incluía sempre em seus discos agerê, ijexá e baião, abrindo um leque de ritmos brasileiro. Seu parceiro mais constante foi Canário, com quem compôs seus maiores sucessos.

A carreira fonográfica teve início em 1975 quando lançou o compacto simples com a canção "Moro Onde Não Mora Ninguém" (AgepêCanário), primeiro sucesso, que seria regravada posteriormente por Wando. Essa música o tornou definitivamente conhecido do grande público devido ao sucesso que alcançou.

Em 1977, lançou o LP "Agepê" pela Continental Discos.


Em 1984 lançou o sucesso estrondoso
"Deixa Eu Te Amar" (AgepêVamilo e Mauro Silva), que fez parte da trilha sonora da novela "Vereda Tropical" (1984), de Carlos Lombardi.

Em 1984, no LP "Mistura Brasileira", disco produzido por Aramis Barros, foi um dos pioneiros em colocar teclados no samba, mais especificamente na faixa "Deixa Eu Te Amar".

A faixa, carro chefe do LP, alcançou grande sucesso, fazendo com que o disco vendesse mais de um milhão de cópias. Devido à popularidade deste samba, chegou a ser capa da revista Veja de 29/01/1986, que trazia a reportagem "O Samba Romântico Explode Com Agepê".

Em 1985, gravou o LP "Agepê", pela Som Livre.

Em seus discos, sempre incluía músicas de Edil Pacheco e Paulo César Pinheiro, chegando a gravar "A Lenda da Estrela-do-Mar" e "Ilê-Aiyê" em 1986 e 1987, respectivamente.



No ano de 1988, gravou o disco "Canto Pra Gente Cantar", pela Philips.


Uma de suas últimas apresentações foi na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, em agosto de 1995, quando concorreu com o samba-enredo "Essa Gente Bronzeada Mostra Seu Valor" em parceria com Canário e Bira Caboclo.

Agepê foi integrante da ala dos compositores da Portela, contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião e teve no compositor Canário o mais frequente parceiro.

Na sua voz, tornaram-se consagradas inúmeras composições como "Menina dos Cabelos Longos", "Cheiro de Primavera", "Me Leva", "Moça Criança", dentre outras.

Agepê morreu vítima de Cirrose Hepática aos 53 anos, no dia 30/08/1995.

Morte

Agepê faleceu às 19h30 de quarta-feira, 30/08/1995, aos 52 anos, no Rio de Janeiro, RJ, depois de entrar em coma profundo por causa de úlcera gástrica, problemas de fígado e diabetes. Agepê estava internado desde segunda-feira, 28/08/1995.

Agepê era casado pela segunda vez e tinha um filho.

Discografia

  • 1994 - Feliz da Vida (Continental / Warner Music, CD)
  • 1991 - Me Leva (PolyGram, CD)
  • 1990 - Agepê (PolyGram, CD)
  • 1989 - Cultura Popular (PolyGram, CD)
  • 1988 - Canto Pra Gente Cantar (Philips, LP)
  • 1987 - Agepê (Philips, LP)
  • 1986 - Agepê (Som Livre, LP)
  • 1985 - Agepê (Som Livre, LP)
  • 1984 - Mistura Brasileira (Som Livre, LP)
  • 1981 - Agepê (CBS, LP)
  • 1979 - Agepê (CBS, LP)
  • 1978 - Canto de Esperança (CBS, LP)
  • 1977 - Tipo Exportação (Continental Discos, LP)
  • 1975 - Moro Onde Não Mora Ninguém (Continental Discos, LP)
  • 1975 - Moro Onde Não Mora Ninguém (Continental Discos, Compacto Simples)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #Agepe