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Hélio Bicudo

HÉLIO PEREIRA BICUDO
(96 anos)
Jurista, Político e Militante dos Direitos Humanos

☼ Mogi das Cruzes, SP (05/07/1922)
┼ São Paulo, SP (31/07/2018)

Hélio Pereira Bicudo foi um jurista e político brasileiro, militante de direitos humanos, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1947, nascido em Mogi das Cruzes, SP, no dia 05/07/1922.

Durante o governo Carvalho Pinto, em São Paulo, foi o primeiro presidente das Centrais Elétricas de Urubupungá (Celusa), construtora das usinas de Jupiá e de Ilha Solteira.

Foi ministro interino da Fazenda no governo João Goulart, substituindo Carvalho Pinto de 27 de setembro a 4 de outubro de 1963.

Como procurador de Justiça no Estado de São Paulo, destacou-se, juntamente com o então promotor de Justiça Dirceu de Mello, no combate ao Esquadrão da Morte. Em razão do combate ao Esquadrão da Morte e de todas as outras investigações de violações dos Direitos Humanos que conduziu neste período, teve o seu nome incluído no Serviço Nacional de Informações.

Em 1981, integrou a primeira diretoria executiva da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio partidário instituída pelo Partido dos Trabalhadores (PT), antecessora da Fundação Perseu Abramo.


Em 1986 foi candidato ao senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ficando em terceiro lugar, atrás dos eleitos Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, ambos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Foi secretário dos Negócios Jurídicos do município de São Paulo na gestão de Luíza Erundina de 1989 a 1990, ano em que se elegeu Deputado Federal.

Em fevereiro de 2000, foi empossado como presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com sede em Washington, Estados Unidos. Foi o terceiro brasileiro a ocupar a presidência da entidade.

Hélio Bicudo foi vice-prefeito de São Paulo de 2001 a 2004, durante a gestão de Marta Suplicy.

Um dos aproximadamente 100 professores que fundaram o chamado inicialmente Partido dos Trabalhadores em Educação e depois Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, sendo filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), desde a sua fundação, da primeira ata.

Desfiliou-se do partido em 2005, passando a criticá-lo depois do envolvimento do partido no Escândalo do Mensalão, afirmando que o partido havia "se afastado dos ideais éticos e morais!".

Em 2010, declarou apoio a Marina Silva no primeiro turno, e a José Serra no segundo turno. Em 25 de outubro daquele ano, recebeu a grã-cruz da Ordem do Ipiranga do Governo do Estado de São Paulo.


Em 2012, apoiou novamente José Serra na disputa municipal paulista.

Hélio Bicudo criou e presidiu de 2003 a 2013, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH), entidade que atuou junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciando e acompanhado casos de desrespeito aos direitos humanos no Brasil.

Os processos denunciados e demais sob sua responsabilidade foram transferidos aos cuidados de diversas entidades de mesma finalidade. O encerramento das atividades da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH) se deu por falta de recursos financeiros. Seu acervo bibliotecário foi doado à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no mesmo ano de encerramento de suas atividades, em ato solene.

Em 2015, protocolou na Câmara dos Deputados, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O jurista, Miguel Reale Júnior e os movimentos sociais pró-impeachment decidiram aderir ao requerimento de Hélio Bicudo, que contou também como apoio de parlamentares e boa parte da sociedade civil que organizou um abaixo-assinado em apoio ao impeachment da Presidente da República, enquanto outros parlamentares e militantes petistas, se posicionaram em defesa do mandato da presidente ré.

O pedido de Hélio Bicudo foi, no mesmo ano, acatado por Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, depois de várias reuniões para instruir os reclamantes. Tal pedido culminou com a deposição da petista no dia 31/08/2016, pelo Senado Federal, por 61 votos a favor da deposição, e 20 votos contra.

Morte

Hélio Bicudo faleceu na terça-feira, 31/07/2018, aos 96 anos, em sua casa na região dos Jardins, em São Paulo. Ele vinha passando por problemas cardíacos havia vários meses. A saúde de Hélio Bicudo era frágil desde 2010, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Debilitou-se ainda mais em março de 2018, quando morreu sua esposa, Déa Pereira Wilken Bicudo, após 71 anos de casamento. Hélio Bicudo deixou sete filhos, netos e bisnetos.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #HelioBicudo

Ruy Faria

RUY ALEXANDRE FARIA
(80 anos)
Cantor, Compositor e Produtor Musical

☼ Cambuci, RJ (31/07/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/01/2018)

Ruy Alexandre Faria foi um cantor, compositor e produtor musical brasileiro, fundador e integrante do grupo MPB-4, do qual foi membro entre os anos de 1964 e 2004, nascido no Município de Cambuci, Rio de Janeiro, no dia 31/07/1937.

Filho de Enedina Alexandre Faria, que tocava piano e Octávio Faria, segundo pistom de uma banda. Iniciou suas atividades musicais como crooner do Boêmios do Ritmo, um conjunto de baile de Santo Antônio de Pádua, RJ.

Em Niterói, com Gerardo, Gilberto Peruzinho formou o Trio Alvorada, cover do Trio Irakitan e atuou como músico, cantor e ator no Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), ao lado de Carlos Vereza, João das Neves e Oduvaldo Viana Filho, entre outros.

Em 1964, integrou o Conjunto do CPC, um embrião do que viria a ser o MPB-4, que em 1965 por força do golpe militar de 1964, virou profissional, em São Paulo. Formou então um dos principais grupos musicais da Música Popular Brasileira, ao lado de Magro, Miltinho e Aquiles, fazendo parte do MPB-4 até o ano de 2004. A escala vocal de Ruy Faria era a 1ª voz, marcando musicalmente os arranjos das músicas do quarteto.

MPB-4
Ainda nos anos 1960, o grupo iniciou uma frutífera parceria com Chico Buarque, que durou dez anos. Os grandes sucessos comerciais do grupo, porém, vieram nos anos 1970, com álbuns como "De Palavra Em Palavra" (1971), "Cicatrizes" (1972), "Canto Dos Homens" (1976) e "Cobra De Vidro" (1978).

Ruy Faria foi responsável por assinar roteiros para espetáculos do MPB-4, como "Canções e Momentos""Feitiço Carioca" e "Arte de Cantar".

Paralelamente ao seu trabalho com o MPB-4, Ruy Faria gravou, com produção e direção próprias, o álbum solo "Amigo É Pra Essas Coisas", remasterizado e relançado em CD pela gravadora Velas. Fez shows individuais em várias cidades cantando músicas do disco.

Atuou como diretor artístico e produtor musical de um disco de Roberto Nascimento e do LP "Pronta Pra Consumo", de Cynara, do Quarteto em Cy, com quem foi casado e teve três filhos: João, Irene e Francisco.

Ruy Faria foi responsável por assinar inúmeros roteiros para espetáculos do MPB-4, como "Canções e Momentos", "Feitiço Carioca" (Em homenagem a Noel Rosa em 1987), "Melhores Momentos" (Em homenagem aos 30 anos do Canecão, RJ) e, com Miguel Falabela e Maria Carmem, "Arte de Cantar" (Em comemoração aos 30 anos de carreira do grupo). Atuou também como diretor artístico do CD "Melhores Momentos", gravado ao vivo pelo MPB-4 no Teatro Rival.

MPB-4 em 1995
Participou de projetos como roteirista e diretor geral de shows de Danilo Caymmi, Marisa Gata Mansa e Reinaldo Gonzaga em homenagem à obra de Antonio Maria. Do show de lançamento do CD da cantora Dora Vergueiro e do show de lançamento do instrumentista, compositor e cantor Kiko Furtado.

Em 2004, saiu do MPB-4 após desentendimentos com Milton Lima dos Santos Filho (Miltinho), pois não concordava que ele assumisse a dianteira nos assuntos empresariais do grupo. Em seguida, foi substituído por Dalmo Medeiros, que ocupa atualmente sua posição vocal.

Ao deixar o MPB-4, após 40 anos de trabalho em conjunto, Ruy Faria fez shows em dupla com o compositor Carlinhos Vergueiro, no Rio de Janeiro e em 2005, lançaram juntos o CD "Dupla Brasileira - Só Pra Chatear", reverenciando duplas que marcaram o cenário da Música Popular Brasileira, como Francisco Alves e Mário Reis, Cascatinha e Inhana, Zé da Zilda e Zilda do Zé, Jackson do Pandeiro e Almira, Joel e Gaúcho, Jonjoca e Castro Barbosa, Toquinho e Vinicius, Irmãos Tapajós e ainda Cynara e Cybele.


Em 2007, após 43 anos formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Ruy Faria conseguiu emitir seu registro como advogado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional do Rio de Janeiro e atuou em um dos conceituados escritórios na cidade.

Em 2008, Ruy adaptou e dirigiu o espetáculo musical "Calabar", de Chico Buarque e Rui Guerra, no Teatro Niemeyer, Niterói.

Ruy Faria foi casado com Cynara, integrante do Quarteto Em Cy. Os dois tiveram três filhos: JoãoIrene e Francisco. O casamento também rendeu boas parcerias musicais, como a música "Mar Da Tranqüilidade" (Ruy FariaCynara e Aquiles), 1968, e os LPs "Cobra De Vidro" (1978), "Bate-Boca" (1997), "Somos Todos Iguais Nesta Noite" (1998) e "Vinícius, a Arte do Encontro" (2000).

Os filhos João Faria e Chico Faria seguiram a carreira musical. O primeiro excursiona com artistas consagrados, como o MPB-4, e segue também carreira solo. Seu irmão Francisco também realiza estas atividades e lança também suas próprias composições.

Morte

Ruy Faria faleceu na tarde de quinta, 11/01/2018, aos 80 anos. Ele estava internado para tratar de uma pneumonia desde 09/12/2017, no Hospital Federal de Bonsucesso. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos em decorrência de uma pneumonia.

O velório e o sepultamento de Ruy Faria ocorreu na sexta-feira, 12/01/2018, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, às 14h00, na capela 9.

Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #RuyFaria

Archimedes Messina

ARCHIMEDES MESSINA
(85 anos)
Compositor, Jornalista, Publicitário e Radialista

☼ São Paulo, SP (1932)
┼ São Paulo, SP (31/07/2017)

Archimedes Messina foi um compositor, jornalista, publicitário e radialista brasileiro, nascido em São Paulo em 1932.

Archimedes Messina fez parte do dia-a-dia dos brasileiros nos últimos 50 anos. Dentre os muitos jingles que ele criou e que viraram clássicos na cabeça de várias gerações, o mais famoso deles ainda vai ao ar todas as semanas: "Silvio Santos Vem Aí", a trilha sonora que acompanha o maior apresentador do país desde o início de sua carreira no rádio, foi composta por Archimedes Messina e ajudou a torná-lo um dos maiores compositores de jingles brasileiros.

Archimedes Messina sempre sonhou em trabalhar com rádio. Quando menino, ouvia toda a programação de jornais, radionovelas e programas de auditório. Entrando na vida adulta, surgiu a primeira oportunidade de se tornar radioator na Rádio São Paulo, líder de audiência na época. Mais tarde passou a escrever programas de rádio e o primeiro foi para o drama "Aqueles Olhos Azuis".

A atuação como ator em pequenos papéis acompanhou trabalhos de locução na TV Record e os primeiros projetos como compositor, fazendo músicas para as novelas nas quais atuava. Mas foi com marchinhas carnavalescas que Archimedes Messina começou a se projetar nacionalmente: "Faz Um Quatro Aí", de 1957, foi seu primeiro sucesso, que o colega de rádio, o humorista Chocolate, gravou.

O sucesso com essa e outras marchinhas chamou atenção do amigo Jorge Adib, que comandava uma agência de publicidade chamada Multi Propaganda. Uma proposta de aumento de salário, que era o dobro do que Archimedes Messina ganhava na Rádio São Paulo, foi o suficiente para superar o receio do então radioator em mudar radicalmente de função. Ele fechou um contrato de três meses para compor jingles para os clientes da Multi Propaganda. Deu tão certo que ao final dos três meses ele recebeu o dobro do que havia sido combinado e entrou de vez para o mercado publicitário.


Três anos depois, integrava o elenco de compositores da Sonotec, onde durante 15 anos compôs os jingles da Varig, como "Urashima Tarô" e do "Seu Cabral" além de ter composto o jingle para o Café Seleto.

Os anos trabalhando em rádio já haviam colocado Archimedes Messina no caminho de Senor Abravanel, já Silvio Santos, que trabalhava para Manuel de Nóbrega na Rádio Nacional.

Em 1964, o comunicador ganharia seu primeiro programa solo aos domingos e coube a Archimedes Messina compor a trilha sonora do programa. O compositor encontrou Silvio Santos em um corredor da Rádio Nacional e perguntou como ele queria que fosse a música: "Silvio pediu simplesmente uma música animada, bem alegre e simples, que pegasse rápido, afinal seria o tema de abertura do seu programa", contou o especialista em jingles Fábio Barbosa Dias.

Segundo Fábio Barbosa Dias, o futuro Homem do Baú ainda sugeriu que a música começasse com um "lá, lá, lá" e que depois Archimedes Messina poderia continuar como quisesse. Surgiram então os versos:

Lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá

Agora é hora de alegria
Vamos sorrir e cantar
Do mundo não se leva nada
Vamos sorrir e cantar

Lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Silvio Santos vem aí!


Silvio Santos aprovou a música de cara e o sucesso com o público foi tão grande que ela o acompanhou no ano seguinte em sua chegada à televisão. Com ela, fez sucesso na TV Paulista, na TV Globo e finalmente na TVS, hoje SBT, que o próprio Silvio Santos inaugurou em 1981.

Trilha de todos os domingos, a música foi até tema do jingle eleitoral de Silvio Santos em sua fracassada tentativa de se candidatar à presidência da República em 1989. Anos mais tarde, a música traria dores de cabeça a Silvio Santos.

Em 2001, Archimedes Messina moveu um processo contra Silvio Santos reclamando os direitos autorais que a composição arrecadou ao longo de todos os anos em que foi executada. Os cálculos dos advogados levaram a um pedido de R$ 50 milhões. O SBT recorreu e o processo se arrastou até 2011, quando a Justiça determinou que fosse paga uma indenização de R$ 5 milhões para Archimedes Messina e que a música não fosse mais executada. No ano seguinte, em condições mantidas em sigilo, Silvio Santos e Archimedes Messina entraram em um acordo e em 2013 a música voltou a fazer parte dos domingos dos brasileiros.

Ainda que esse seja o seu maior sucesso, a carreira de Archimedes Messina passa longe de se resumir ao jingle de Silvio Santos. O fenômeno com o jingle do apresentador chamou a atenção de Carlos Ivan Siqueira, diretor de propaganda da Varig, que em 1967 encomendou uma música que vendesse viagens para Portugal: "Archimedes criou uma historinha que envolvia um tal de 'Seu Cabral', que vinha ao Brasil de caravela e voltava a Portugal em um avião da Varig", contou Fábio Barbosa Dias.


Foi só o primeiro dos muito jingles que Archimedes Messina fez para a companhia aérea em 20 anos de parceria. Sempre que precisava vender algum novo destino da companhia, Archimedes Messina pesquisava algo sobre a cultura ou a história daquele país que lhe servissem de gancho. Foi assim que a lenda de Urashima Taro, uma tartaruga salva por um pescador, se tornou a base para outro sucesso: O pescador trouxe a tartaruga para o Brasil e ela voltou a sua terra natal, o Japão, em um jatinho da Varig. A música foi gravada por Rosa Miyake, apresentadora do programa "Imagens do Japão".
"Ele me convidou para gravar e eu achei o máximo! No dia da gravação eu estava muito nervosa. Ele me chamou no estúdio e disse: 'Rosinha, esse pedaço do estúdio é todinho seu, cante como se estivesse no palco'. Eu estava suando! Foi uma experiência que eu nunca vou esquecer. Ele era querido por todos por sua lealdade e sensibilidade."
(Recordou Rosa Miyake)

Foram 12 músicas para a companhia aérea, cada uma sobre um Estado brasileiro ou país. Em alguns casos, Archimedes Messina viajou com custos cobertos pela Varig para conhecer melhor a história do lugar e assim criar uma história que cativasse o público. Outro de seus sucessos foi o jingle do Café Seleto, composto em 1974 sem que Archimedes Messina recebesse qualquer informação sobre o produto. E não precisou. Assim mesmo a música caiu nas graças do povo e de Manoel da Silva, o Maneco, dono da marca: "Ao receber a gravação finalizada, seus olhos encheram de lágrimas", aponta Fábio Barbosa Dias.

Archimedes Messina trabalhou até o final de sua vida. Embora raramente compusesse jingles, dedicou seus últimos anos a colocar melodia nas letras que havia composto ao longo de sua carreira, mas que não teve tempo de musicar por causa do volume de trabalho. O processo de composição seguiu o mesmo: batucando em uma caixinha de fósforo para encontrar a melodia correta para "grudar" nos ouvidos do público.

Morte

Archimedes Messina faleceu na segunda-feira, 31/07/2017, aos 85 anos. Na sexta-feira, 28/07/2017,  Archimedes Messina sofreu um aneurisma no fígado em casa e foi internado no Hospital Santa Maggiore, na região central de São Paulo. Uma cirurgia estava marcada para esta quarta-feira, 02/08/2017, mas ele não resistiu a uma ruptura no vaso do fígado. O velório ocorreu justamente na quarta-feira, na Vila Mariana, em São Paulo.

Archimedes Messina deixou dois filhos, três netos e a mulher, Inajá, companheira desde 1962 e com quem era casado desde 1965.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #ArchimedesMessina

Athos Bulcão

ATHOS BULCÃO
(90 anos)
Pintor, Escultor, Arquiteto, Desenhista e Mosaicista

* Rio de Janeiro, RJ (02/07/1918)
+ Brasília, DF (31/07/2008)

Nascido no bairro carioca do Catete, desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal.

Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.

Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.

Na função de escultor e mosaiista, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955, integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se defininivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Filgueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.

Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.

Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações do mal de Parkinson.

Fonte: Wikipédia


Henriqueta Brieba

HENRIQUETA NOGUES BRIEBA
(94 anos)
Atriz

* Barcelona, Espanha (31/07/1901)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/09/1995)

Henriqueta Nogues Brieba foi uma atriz brasileira de origem espanhola. Nascida na Espanha, Henriqueta Brieba veio para o Brasil ainda adolescente, acompanhando os pais nas apresentações do grupo teatral de que faziam parte, e bem jovem começou a atuar nos palcos. Atriz de amplos recursos e comediante nata participou de várias companhias de teatro e não abandonou o palco até o fim da vida. Atuou no Brasil durante setenta e seis anos. Depois de passar por Belém, Manaus, Recife e Salvador, estabeleceu-se no Rio de Janeiro na década de 1920, onde começou a trabalhar no teatro de revista.

Seu primeiro papel de destaque em novela foi em "Assim na Terra Como no Céu" de Dias Gomes, em 1970, antes porém fez uma participação pequena em "A Grande Mentira", mas foi a partir de 1975, com "A Moreninha", que ela se tornou uma figura conhecida do grande público e intensificou sua participação na televisão.

Em programas de humor, faz dobradinha com Jô Soares no programa "Viva o Gordo", como a "Pornomãe" da Bô Francineide representada por Jô Soares em um quadro de muito sucesso.

Henriqueta Brieba estreou no cinema em 1944 em "Romance de Um Mordedor", de José Carlos Burle, e prosseguiu fazendo atuações esporádicas até a década de 1960. Em 1969, Henriqueta Brieba atuou em "A Penúltima Donzela", comédia de costumes de grande sucesso, uma das precursoras das pornochanchadas.

Na década de 1970, ela era presença constante nas telas do cinema. Somente nessa década, a atriz atuou em 33 filmes, inclusive em dois dos maiores sucessos do cinema nacional, as comédias de Pedro Carlos Róvai, "Ainda Agarro Essa Vizinha" (1974) e "A Viúva Virgem" (1972). Outro destaque é "Toda Nudez Será Castigada", de Arnaldo Jabor.

A atriz atuou com diretores de vários estilos, como Reginaldo Faria, Carlos Imperial, Victor di Mello, Braz Chediak, Luís Sérgio Person, Jece Valadão, Carlo Mossy, Fauzi Mansur, Miguel Borges e Hugo Carvana, e explorou os gêneros musical, revista, comédia, drama.

Veio do teatro o único prêmio de sua carreira: um Prêmio Molière de melhor atriz por "Caixa de Sombras" (1977), de Michael Christofer. A respeito desta conquista, declarou em entrevista:

"Não cantei, não dancei, não sapateei. Ganhei o Molière da goela para cima, com um personagem que vivia numa cadeira de rodas. O que valeu foi a interpretação."

Henriqueta deixou os palcos em 1993, por motivo de saúde, depois de três anos no elenco de "Por Falta de Roupa Nova, Passei o Ferro na Velha". Faleceu aos 94 anos vítima de Infecção Pulmonar Aguda, durante a madrugada de 18/09/1995, no Hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, onde estava internada havia 45 dias. Seu corpo foi velado e sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.


Homenagem

Atualmente há um sala de teatro com o seu nome. A sala apresenta especialmente peças infantis e está localizada no Tijuca Tênis Clube, um clube de classe média alta, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Teatro

  • O Rei da Vela
  • A Dama do Camarote
  • A Casa de Bernarda Alba
  • Caixa de Sombras
  • Tudo no Escuro
  • Por Falta de Roupa Nova, Passei o Ferro na Velha


Cinema


  • 1944 - Romance de Um Mordedor
  • 1958 - Hoje o Galo Sou Eu
  • 1958 - O Batedor de Carteiras
  • 1961 - Samba em Brasília
  • 1969 - A Penúltima Donzela
  • 1970 - Uma Garota em Maus Lençóis
  • 1970 - Pra Quem Fica, Tchau
  • 1970 - O Enterro da Cafetina
  • 1970 - O Bolão
  • 1970 - Ascensão e Queda de um Paquera
  • 1971 - Procura-se uma Virgem
  • 1971 - Os Cara de Pau
  • 1971 - O Barão Otelo no Barato dos Bilhões
  • 1971 - Os Amores de um Cafona
  • 1972 - O Grande Gozador
  • 1972 - Com a Cama na Cabeça
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor
  • 1972 - O Azarento
  • 1972 - A Viúva Virgem
  • 1973 - O Fraco do Sexo Forte
  • 1973 - A Filha de Madame Bettina
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1974 - Uma Tarde Outra Tarde
  • 1974 - O Sexo das Bonecas
  • 1974 - Banana Mecânica
  • 1974 - Ainda Agarro Esta Vizinha
  • 1975 - Um Soutien Para Papai
  • 1975 - O Roubo das Calcinhas
  • 1975 - Quando as Mulheres Querem Provas
  • 1975 - As Loucuras de Um Sedutor
  • 1975 - Eu Dou o Que Ela Gosta
  • 1975 - Com as Calças na Mão
  • 1976 - O Varão de Ipanema
  • 1977 - A Mulata Que Queria Pecar
  • 1977 - Manicures a Domicílio
  • 1978 - Se Segura, Malandro ... Clotilde
  • 1978 - O Escolhido de Iemanjá
  • 1979 - Viúvas Precisam de Consolo
  • 1980 - O Inseto do Amor
  • 1983 - O Rei da Vela
  • 1984 - Para Viver um Grande Amor
  • 1988 - Super Xuxa Contra Baixo Astral


Televisão


  • 1968 - A Grande Mentira
  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Tia Coló
  • 1971 - Bandeira 2 ... Filó
  • 1972 - Uma Rosa com Amor ... Pepa
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Lucrécia
  • 1975 - Escalada ... Vó Dita
  • 1975 - A Moreninha ... Donana
  • 1976 - Anjo Mau ... Carolina
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Mãe de Olga
  • 1980 - Chega Mais ... Cândida
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Ana Dória
  • 1981 - Jogo da Vida
  • 1982 - Paraíso ... Dona Ida
  • 1983 - Viva o Gordo ... Pornô-mãe
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Berenice Vasconcelos
  • 1983 - Champagne ... Luizinha
  • 1985 - Um Sonho a Mais ... Dona Guiomar
  • 1986 - Cambalacho ... Ubiratânia
  • 1987 - Sassaricando ... Falecida avó de Dinalda
  • 1988 - O Primo Basílio ... Dona Rita
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Mulher assaltada pelo Cavaleiro Mascarado
  • 1990 - Gente Fina (Participação Especial)
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal (Participação Especial)
  • 1991 - Escolinha do Professor Raimundo (Participação ... mãe de Dona Cacilda)
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Velhinha amiga de Zilda

Fonte: Wikipédia