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Deise Cipriano

DEISE CIPRIANO
(38 anos)
Cantora

☼ São Caetano do Sul, SP (05/11/1980)
┼ São Paulo, SP (12/02/2019)

Deise Cipriano foi uma cantora nascida em São Caetano do Sul, SP, no dia 05/11/1980. Ela era vocalista do Fat Family, grupo musical formado por irmãos que se destacam pela potência das vozes.

Dona de uma voz maravilhosa e inigualável, a soprano Deise Cipriano viveu sua infância no bairro do Éden, em Sorocaba, SP, e desde a época da escola já encantava os colegas de classe por meio da música.

Com o Fat Family, possui 4 discos e reconhecida carreira nacional e internacional nos segmentos soul e black music.

No dia 01/02/2011, outro integrante do Fat Family e irmão de Deise Cipriano, Sidney Cipriano, faleceu aos 45 anos em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fat Family

Fat Family teve sua origem na cidade de Sorocaba, SP, formado inicialmente pelos irmãos Sidney, Celinho, Celinha, Simone, Suzetti, Kátia e Deise Cipriano. Suely (ex-enfermeira padrão) entrou no grupo a partir do segundo álbum da banda no ano de 1999.

Inspirados por cantores norte americanos como Whitney Houston, Chaka Khan, Aretha Franklin, James Brown, e a tradicional música gospel americana, o grupo atraiu notoriedade rapidamente no Brasil e no mundo.

Fat Family atraiu a atenção do Brasil no final da década de 90, mais precisamente em 1998. Em programas de televisão os irmãos de peso integrantes do grupo (fato que dá nome a banda), começaram a se apresentar inspirados em grupos vocais norte-americanos do estilo gospel.

O grupo também ficou conhecido pela sua "coreografia do pescoço", que todos os fãs tentavam imitar, mas o julgavam difícil. Além do integrante Celinho ensinar para o público como se fazia o pescoço em vários programas. Mas vozes sincronizadas, agudas e graves com bastante nitidez, é o que mais se destacava.

O primeiro sucesso do grupo foi "Jeito Sexy", versão de "Shy Guy" de Diana King, canção do primeiro álbum, "Fat Family", lançado em 1998. Este álbum vendeu cerca de 250 mil cópias. Em 1998, a canção "Onde Foi Que Eu Errei?", foi o tema da personagem da atriz Cláudia Jimenez na novela "Torre de Babel", da TV Globo. No Natal daquele mesmo ano, o grupo fez uma participação especial no seriado "Sai de Baixo", onde cantaram a música "Noite Feliz".

Em 1999 foi a vez da canção "Gulosa" que foi o tema de abertura da novela "Andando Nas Nuvens", também da TV Globo. No mesmo ano o grupo recebeu a mais nova integrante, Suely, formando assim um octeto, lançaram o segundo CD, intitulado "Fat Festa". Os sucessos deste álbum ficaram por conta das canções "Eu Não Vou", "Madrugada", "Fat Family", versão de "We Are Family", composta por Nile Rodgers para o grupo Sister Sledge, e a regravação a capela de "Oh Happy Day".

No fim do ano foi a vez do grupo estrear nas telonas juntamente com a apresentadora Xuxa Meneghel no filme dela, chamado "Xuxa Requebra". No filme, eles interpretaram os Fat Capangas, que foram contratados pela personagem de Elke Maravilha, que era a antagonista. No final do filme, o grupo cantou a canção "Chegou a Festa", do CD "Fat Festa". Com roupas brancas e posicionados como um coral, foram regidos pela mãe deles, Nelita Cipriano.

Em 2001, o grupo lançou o terceiro álbum pela gravadora EMI Music, intitulado "Pra Onde For, Me Leve". A regravação da faixa "Fim de Tarde", que foi o grande sucesso da cantora Cláudia Telles, também obteve êxito nas rádios. Outros singles foram: "Pra Onde For, Me Leve", "Sem Parar", "Noite de Setembro", versão de "September" de Earth, Wind And Fire, e "Pudera", gravado primeiramente por Tim Maia. Este foi o último trabalho do grupo pela gravadora EMI.

Em 2003, o grupo lançou o quarto CD, intitulado "Fat Family", pela gravadora Sum Records. Este álbum do grupo trouxe uma grande variedade de estilos, entre eles o MPB e o Gospel. O álbum inteiro foi feito de regravações de grandes sucessos nacionais e internacionais e entre eles estão: "Lilás", de Djavan, "Amor de Índio", de Milton Nascimento "Força Estranha" de Caetano Veloso

As regravações gospel foram "Joyful, Joyful", gravada originalmente para o filme "Mudança de Hábito 2", "Poor Pilgrim Of Sorrow", "O Homem de Nazareth" e "Deus é o Amor", essa em especial, recebeu também uma versão remixada no mesmo álbum.

Conversão ao Cristianismo

O Fat Family se converteu ao Cristianismo em 2003, na sua própria casa, por intermédio de Deise Cipriano, a irmã caçula. Por onde o Fat Family passa, em igrejas de todo o Brasil, Deise Cipriano conta como foi a conversão de sua família. Ela conta que foi em um culto na casa do lutador de vale-tudo, Vitor Belfort, amigo da família. Lá ela se converteu ao Cristianismo, e logo depois os outros membros da família também se converteram.

Cirurgias de Redução do Estômago

Em 2005, Sônia, empresária do grupo e irmã, fez a cirurgia de redução do estômago.

Em 01/02/2005, os integrantes Celinho, Suzetti e Kátia se submeteram à cirurgia de redução do estômago. Eles eliminaram juntos 177 kg.

Em 2007, a integrante Simone, também se submeteu a mesma cirurgia feita pelos irmãos Sônia, Celinho, Suzetti e Kátia.

Saídas do Grupo e Carreiras Solo

Partindo para carreira solo no gênero gospel, deixaram o grupo em 2006: Sidney Cipriano, que adotou o nome artístico de Sidney Sinay e Celinha Batista

Sidney Cipriano gravou um CD gospel em 2007 intitulado "Sidney Sinay: Um Novo Homem". Celinha Batista já tem três CDs gravados: "Tua Palavra" (2011), "Um Novo Tempo" (2013) e "Teu Espírito" (2015). Atualmente, usa o nome Célia Soul.

Suely Cipriano deixou o Fat Family em 2016, mas não seguiu carreira solo.

Morte

Deise Cipriano morreu na tarde de terça-feira, 12/02/2019, aos 38 anos, vítima de câncer, em São Paulo, SP.

Deise Cipriano enfrentava um câncer no fígado desde agosto de 2018 quando passou por duas temporadas em UTIs, e estava em casa há quase um mês fazendo exames de rotina, tendo se submetido a uma sessão de quimioterapia no dia 31/01/2019.

Com náuseas, febre e dificuldade para se alimentar, ela foi encaminhada para o Centro de Atendimento de Intercorrências Oncológicas (CAIO), em São Paulo, e internada na UTI do Instituto do Câncer de São Paulo na segunda-feira, 11/02/2019.

Na manhã de terça-feira, 12/02/2019, após sentir muita falta de ar e ter uma queda da pressão arterial, Deise Cipriano foi sedada e entubada. Com isso, a pressão da cantora  voltou ao normal e a falta de ar foi controlada, mas ela ficou em coma, conforme informação de sua assessora de imprensa, Suh Souza.

Deise Cipriano chegou a ficar 19 dias em coma em 2018, durante a primeira internação devido à doença.

Deise deixou uma filha, Talita Cipriano, que chegou a raspar o cabelo em homenagem a mãe durante o tratamento contra a doença.
"Raspar o cabelo foi um sacrifício a Deus e para dar apoio e significado pra minha mãe de que ela não está sozinha. A família toda está sempre unida, agora mais ainda. Grata eternamente pela mãe e pai que Deus me deu. Não é fácil, Deus está no controle de tudo. Ajuda-me senhor, como minha alma chora!"
(Talita - Instagram)

No dia 21/12/2018, Talita Cipriano comemorou a saída do hospital de sua mãe com uma foto da família reunida, incluindo Celinho, Celinha e Katia. Em comunicado, em nome da mãe, disse:

"Após uma luta de 4 meses e 7 dias internada no Instituto do Câncer de São Paulo, para tratar de um câncer no fígado, Deise finalmente recebe alta. Passando inúmeras complicações, uma delas a levou ao coma, por 19 dias, Deise vem reagindo bem às sessões de quimioterapia e todos respiram aliviados. O acompanhamento de fisioterapeutas e fonoaudiólogos para reabilitação segue em casa. Deise se despede do hospital falante e se alimentando bem. Esperança de um Natal em casa com a família é real!"
 (Diz Deise em lágrimas)

Fonte: Revista Quem
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #deisecipriano

Marielle Franco

MARIELLE FRANCISCO DA SILVA
(38 anos)
Socióloga, Feminista, Política e Militante dos Direitos Humanos

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/07/1979)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/03/2018)

Marielle Francisco da Silva foi uma socióloga, feminista, política brasileira e militante dos direitos humanos, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27/07/1979.

Graduada em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que cursou como bolsista integral, Marielle Franco era mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua militância na defesa dos direitos humanos e contra ações violentas na favela foi impulsionada após a morte de uma amiga, vítima de bala perdida, durante um tiroteio envolvendo policiais e traficantes de drogas no Complexo da Maré, bairro onde Marielle nasceu e viveu.


Em 2006, integrou a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Com a posse de Marcelo Freixo, foi nomeada assessora parlamentar do deputado. Anos depois assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em 2016, sua primeira disputa eleitoral, foi eleita vereadora na capital fluminense pela coligação Mudar é Possível, formada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Com mais de 46 mil votos, foi a quinta candidata mais votada na cidade.

Marielle Franco exercia o mandato de vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, eleita pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro, no dia 10 de março ela havia denunciado policiais do 41º Batalhão de Polícia Militar por abusos de autoridade contra os moradores do bairro de Acari.

Morte

Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, por volta das 21h30 de quarta-feira, 14/03/2018. Além de Marielle, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.

Segundo as primeiras informações da polícia, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava Marielle e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.

A passageira atingida pelos estilhaços foi levada para o Hospital Souza Aguiar e liberada. Em seguida, ela foi levada para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios, que terminou por volta de 4h00 de quinta-feira, 15/03/2018. A polícia não deu detalhes do depoimento.

Marielle havia participado no início da noite de um evento chamado "Jovens Negras Movendo As Estruturas", na Rua dos Inválidos, na Lapa, Rio de Janeiro.

No momento do crime, Marielle estava no banco de trás do carro, no lado do carona. Como o veículo tem filme escuro nos vidros, a polícia trabalha com a hipótese de os criminosos terem acompanhado o grupo por algum tempo, tendo conhecimento da posição exata das pessoas. O motorista foi atingido por pelo menos 3 tiros na lateral das costas.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Taís Veras
#FamososQuePartiram #MarielleFranco

Dorinha Tapajós

DORA TAPAJÓS GOMES
(38 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (02/09/1950)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/08/1989)

Dorinha Tapajós, era filha de Paulo Tapajós e irmã dos compositores Maurício Tapajós e Paulinho Tapajós. Foi criada em Botafogo, convivendo desde cedo com compositores e cantores que frequentavam sua casa.

Em junho de 1968, atuou pela primeira vez como cantora, em show apresentado no intervalo do Festival Universitário de Música de Porto Alegre, ao lado do irmão Paulinho Tapajós.

Começou a cantar profissionalmente em 1968, como integrante do conjunto A Turma da Pilantragem (A Turma da Pilantragem foi o nome de um grupo musical surgido no movimento cultural brasileiro denominado Pilantragem, em fins da década de 1960), com o qual gravou três LPs até 1969, quando o conjunto se desfez. Nesse ano, formou, com Regininha e Malu Balona, o trio vocal Umas e Outras, com o qual atuou até 1970.

Paulinho Tapajós e Dorinha Tapajós
Ainda em 1969, apresentou-se no IV Festival Internacional da Canção (FIC), ao lado do Grupo Mineiro e do conjunto The Youngsters, interpretando "Bem Te Vi" (Arthur Verocai e Arnoldo Medeiros).

Em 1971, gravou o compacto simples "Dorinha Tapajós", contendo as músicas de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, Dorival Caymmi e Nelson Motta. Nesse mesmo ano fez parte, juntamente com Cynara, Regininha e Bimba, do quarteto vocal que acompanhou Chico Buarque em show realizado no Canecão.

Em 1972, gravou, com Paulinho Tapajós, o compacto duplo "Paulinho e Dorinha".

Fez parte do grupo Quarteto em Cy de 1972 a 1980, juntamente com Cyva, Cynara e Soninha.

Em 1984, fez parte do musical "Sítio do Pica-Pau Amarelo", de Ricardo Villas.

Sônia, Cynara, Cyva e Dora
Como cantora solista, apresentou-se nas casas noturnas People e Calígula com o show "Suaves Canções".

Ao longo de sua carreira, participou de várias gravações de jingles, além de ter atuado como vocalista em discos de Chico Buarque, Milton Nascimento, Simone, Jorge Bem Jor, Ivan LinsPaulinho Tapajós, entre outros.

Dorinha Tapajós faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17/08/1989, aos 38 anos, vítima de Septicemia,  uma infecção geral grave do organismo por germes patogênicos..

Vianinha

ODUVALDO VIANNA FILHO
(38 anos)
Ator, Diretor, Dramaturgo, Roteirista, Ensaísta, Ativista Político e Animador Cultural

* São Paulo, SP (04/06/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/07/1974)

Oduvaldo Vianna, filho, o Vianninha, como é comumente chamado – para diferenciá-lo do pai, também Oduvaldo Viana. Atuou profissionalmente no teatro, no cinema e na televisão, marcando sua presença constante inclusive na imprensa, em entrevistas e em artigos teóricos. Sua mãe, Deuscélia Vianna, conta que o marido foi registrar o filho que acabara de nascer na Casa de Saúde São José, no dia 4 de junho de 1936, em um cartório no Centro do Rio de Janeiro e, extremamente vaidoso, deu ao menino o nome de Oduvaldo Vianna. O escrivão, igualmente distraído, esqueceu de acrescentar o "filho". Vianninha ficaria com o mesmo nome do pai para o resto da vida.

O talento artístico e a ideologia, digamos, ele herdou dos pais, ambos ligados à dramaturgia e à militância política. Ele, jornalista, dramaturgo, cineasta e radionovelista; ela, radionovelista e escritora. Logo que nasceu, aos três meses, Vianninha já aparecia numa cena de Bonequinha de Seda e, com um ano, fazia o papel da protagonista quando criança em Alegria, dois filmes dirigidos por seu pai.

A militância política teve início aos 9 anos, quando em plena Avenida Ipiranga, na capital paulista, Oduvaldo e Deuscélia vão encontrá-lo distribuindo "santinhos", cabalando votos para o pai – candidato a deputado estadual pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), por São Paulo – gritando: "Votem em Oduvaldo Vianna, o candidato do povo!".

Esta cena arrancou lágrimas dos pais, orgulhosos com o entusiasmo do filho. Só mais tarde, em 1950, ele entraria para a União da Juventude Comunista. Ainda aos 10 anos, Vianninha tenta escrever uma história, Zé Galinha Ganha no Boxe, Perde no Amor, mas não passa do segundo capítulo.

Teatro Paulista do Estudante (TPE)

Como filhos de intelectuais famosos, Vianninha e Gianfrancesco Guarnieri foram convocados pelo partido para organizar um grupo de teatro amador no setor estudantil. Nasce, daí, o TPE, orientado pelo diretor italiano Ruggero Jacobbi, cuja primeira sede foi o apartamento dos Vianna (1954). Vianninha entrara para a Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie (1953), mas entusiasmado e envolvido com o teatro, onde atuava como ator, abandona o curso (1955), para grande tristeza do pai que o adverte: "Teatro não é profissão que sustente ninguém". O TPE se fundiria algum tempo depois com o Teatro de Arena (1956) – que existia desde 1953 sob a direção de José Renato – mas com administrações independentes.

Teatro de Arena

Vianninha estreia como ator, no elenco oficial do Arena, com a peça "Escola de Maridos", de Molière, atuando em diversas montagens. Mas é por seu trabalho em "Juno, o Pavão", de Sean O´Casey, que ele recebe os prêmios Saci e Governador do Estado como melhor ator coadjuvante (1956). Casa-se com Vera Gertel (1957), com quem já namorava desde o TPE. Escreve a peça "Bilbao, via Copacabana", e com ela ganha o Prêmio Caixa Econômica Federal.

O ano de 1958 foi muito importante para Vianninha: além de nascer seu primeiro filho, Vinícius Vianna, sua atuação em "Eles Não Usam Black Tie", de Gianfrancesco Guarnieri , com direção de José Renato, propicia-lhe grande sucesso, recuperando e levantando o Arena que estava para fechar. É iniciado, nessa época, o processo que levaria a uma verdadeira revolução na arte cênica brasileira. Com a entrada de Augusto Boal, o Arena ficou nas mãos da juventude, que queria um teatro popular voltado para a nossa realidade. Vianninha atua em "Gente Como a Gente", de Roberto Freire, e "Revolução na América do Sul", de Boal. Do Seminário de Dramaturgia surge "Chapetuba Futebol Clube" (1959), considerada a melhor peça do ano, e Vianninha recebe os prêmios Saci, Governador do Estado e da Associação de Críticos Teatrais do Rio de Janeiro.

Apesar de todo o sucesso, o Arena vivia um ambiente de desencontros, com atritos e divergências políticas. Vera Gertel, que acompanhou de perto o esfacelamento do grupo, conclui:

"O Arena ficara pequeno para o Vianna [...] que queria alguma coisa mais. [Ele sentia] a necessidade de aliar a política ao teatro ideológico, participante. [...] O Arena era um teatro burguês e ele queria fazer um teatro popular".

No CPC, o Homem Político

Vianninha desliga-se do Teatro de Arena de São Paulo e retorna ao Rio de Janeiro (1960), onde já estavam morando seus pais. O pontapé para uma nova etapa foi dado com a sua mais recente criação: A Mais-valia Vai Acabar, Seu Edgar, encenada na areninha da Faculdade de Arquitetura, na Urca, com músicas de Carlos Lyra e direção de Chico de Assis.

Para Vianninha, a alternativa era produzir conscientização em massa, em escala industrial, para fazer frente ao poder econômico que produz alienação em massa. Surge então o Centro Popular de Cultura (CPC), em 1961, que se liga à União Nacional dos Estudantes (UNE), com Vianninha, Carlos Estevam (assistente de Álvaro Vieira Pinto, do Iseb), Leon Hirszman, Francisco de Assis, Carlos Lyra, Armando Costa, Cacá Diegues, Arnaldo Jabor, Paulo Afonso Grisolli, Carlos Vereza, Joel Barcelos, Antônio Carlos Fontoura e, depois, Ferreira Gullar, Thereza Aragão, João das Neves, Pichin Plá e muitos outros. Vianninha atua no filme "Cinco Vezes Favela", no episódio dirigido por Cacá Diegues (1962).

Com o CPC foi criado o teatro de rua, que se apresentava em praças públicas, favelas, associações e sindicatos. Seu repertório era constituído por criações coletivas de esquetes relâmpagos e autos, como "Auto do Tutu", "Auto do Cassetete", "Auto dos 99%" ou de peças curtas, como "Brasil, Versão Brasileira", do próprio Vianninha, e "Miséria ao Alcance de Todos", de Arnaldo Jabor. "Quatro Quadras de Terra", escrita por Vianninha em 1963, ganha no ano seguinte o primeiro lugar no concurso de dramatização da Casa de las Americas (Cuba).

Com o golpe militar de 31 de março de 1964, Vianninha e a turma do CPC viram a invasão e o incêndio da UNE – com seu teatro recém-construído – tudo transformado em cinzas. Era o projeto de suas vidas que também desmoronava. Ainda em 1964, Vianninha voltaria a escrever duas telepeças: "O Matador" e "O Morto do Encantado Saúda e Pede Passagem", premiadas com o primeiro e o quinto lugares, respectivamente, em concursos no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Opinião: Uma Saída Musical

A situação do país alterara-se profundamente. Os ex-cepetistas formaram um grupo voltado para protestar contra a ditadura, um teatro de resistência que atingisse a classe média e os setores de oposição, tal como o Arena. O Opinião era formado pelo chamado Grupo dos Oito: Vianninha (liderando), Ferreira Gullar, Thereza Aragão, Armando Costa, Denoy de Oliveira, Paulo Pontes, João das Neves e Pichin Plá. Optaram por um show com músicas populares e texto escrito por Vianninha, Armando Costa e Paulo Pontes, abordando a vida de três personagens: uma moça de classe média da zona sul carioca, um favelado e um camponês. Os personagens falavam de seus conflitos sociais e discorrriam sobre os problemas do país. O elenco, composto por Nara Leão – depois substituída por Maria Bethânia – o sambista Zé Keti e o cantador maranhense João do Vale, contou com a direção de Augusto Boal. O show foi montado com muito sacrifício, no "shopping dos Antiquários", na Rua Siqueira Campos (Copacabana), no espaço antigamente ocupado pelo Arena de São Paulo. Opinião foi saudado pela imprensa como o acontecimento cultural mais importante do teatro brasileiro naquele ano. Uma verdadeira catarse. O espetáculo se constituiria em divisor de águas, como detonador da resistência cultural ao regime de exceção.

Em seguida, o grupo montaria "Liberdade, Liberdade" (1965), de Millôr Fernandes e Flávio Rangel, tendo à frente do elenco Paulo Autran, Tereza Rachel e Vianninha. Nesse mesmo ano, Vianna Filho escreveu "Moço em Estado de Sítio" – considerada pelo crítico Yan Michalski "uma obra de ruptura, com estrutura ousada, numa dinâmica cinematográfica" – que permaneceu no anonimato durante 12 anos, depois de sofrer censura e ter proibida a sua encenação. Outra peça proibida e censurada foi o musical de Vianna Filho e Armando Costa, "Brasil Pede Passagem". Os dois autores fizeram então, juntamente com Sérgio Cabral, "Samba Pede Passagem", em homenagem a Noel Rosa, com uma colagem de textos de autores famosos.

Nesse mesmo ano, Vianninha atuou no filme "Desafio", de Paulo César Saraceni. Porém, o Opinião continuava a toda e seria montada a peça "Se Correr o Bicho Pega, se Ficar o Bicho Come", cujo roteiro foi inicialmente escrito de forma coletiva. Mais tarde, os três atos foram estruturados por Vianninha, e Ferreira Gullar reescreveria o texto sob a forma de versos de cordel. A peça foi dirigida por Gianni Ratto (1965). Nosso crítico de plantão, Michalski, mais uma vez diria: "Surpreendente e agradabilíssima teatralidade do espetáculo, que mereceu o Prêmio Molière, como melhores autores do ano, e ainda os prêmios Saci e Governador do Estado de São Paulo, como melhor peça do ano".

Paralelamente, Vianninha escrevia uma peça que fugia na época dos objetivos e das propostas do grupo: "Mão na Luva" ficou guardada por 18 anos. Segundo Yan Michalski, o autor escreveu "um apaixonadíssimo poema de amor, recitado através de diálogos de um lirismo desesperado" (27/07/1966). Para o Opinião, ele escrevia, em parceria com Thereza Aragão, o show "Telecoteco Opus nº 1"; e sozinho, "Os Azeredos mais os Benevides", que lhe valeu Menção Honrosa no concurso do Serviço Nacional de Teatro (SNT). Atuou, ainda, em dois filmes – "A Derrota", de Mario Fiorani e "Mar Corrente", de Luís Paulino dos Santos – este último, ao lado de Odete Lara. Escreveu para o semanário Folha da Semana, ligado ao PCB, cujos redatores-chefes eram Sérgio Cabral e Maurício Azêdo.

O governo militar baixara uma portaria policialesca, que resultou na Semana de Protesto contra a Censura, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Isto, em 1967. A crise se estabeleceria no "Grupo Opinião", com a encenação de "Meia Volta Volver", de Vianninha. Nessa época, ele participava como ator em "A Saída? Onde Fica a Saída?", de Armando Costa, Antônio Carlos Fontoura e Ferreira Gullar (1968).

A Barra Começa a Pesar

Vianninha, Paulo Pontes e Armando Costa desligam-se do "Opinião" e se unem-se a Gianni Ratto e a Sérgio Fadel para formarem o Teatro do Autor Brasileiro (TAB). Estrearam com um musical, a revista "Dura Lex Sed Lex, no Cabelo só Gumex", que Vianninha escreveria em colaboração com Armando Costa e Paulo Pontes. O espetáculo não teve sucesso e o TAB fechou suas portas com dívidas no início de 1968.

Os teatros do eixo Rio-São Paulo entraram em greve de protesto por três dias. Artistas e intelectuais ocuparam as escadarias do Municipal carioca para denunciar o terrorismo cultural. Vianninha abriu uma faixa com os dizeres "Teatro brasileiro em greve contra a censura, pela cultura", improvisando comícios-relâmpago. Um crítico ferrenho seu comparece, surpreendendo a todos: Nelson Rodrigues.

Acontece a Passeata dos Cem Mil e a dissolução do Congresso da UNE, com a prisão de 700 estudantes. Vianna Filho escreveria, em meados desse ano, "Papa Highirte", vencendo o Concurso Nacional de Dramaturgia do SNT. Mas sua encenação foi proibida pela Censura, assim como a sua publicação, permanecendo 11 anos em silêncio.

Em dezembro de 1968 é editado o AI-5 e, a partir de 1969, a Lei de Segurança Nacional incluiria o banimento e até a pena de morte no país, com censura prévia nos jornais e nas revistas. Para Vianninha, a situação se tornara cada vez mais sufocante. Paulo Pontes decide então levá-lo para a TV Tupi, onde Bibi Ferreira apresentava o programa semanal "Bibi – Série Especial", numa época de muito preconceito – entre os intelectuais – contra a televisão.

Foi nesse clima que ele escreveria, para o teatro, "A Longa Noite de Cristal", conquistando o Prêmio Coroa como melhor texto de 1969. No ano seguinte, depois de estrear em São Paulo sob a direção de Celso Nunes, a peça conquista o Prêmio Molière em duas categorias: melhor autor e melhor diretor. Ainda em 1969, Vianninha – inspirado em scripts de seus pais para o rádio – escreveria "Brasil e Cia.", com os parceiros Armando Costa, Ferreira Gullar e Paulo Pontes.

Em 1970 casa-se com Maria Lúcia Marins. Atua ao lado de Glauce Rocha no filme "Um Homem sem Importância", de Alberto Salvá, e escreve "Corpo a Corpo", encenada no ano seguinte por Celso Nunes. Nesse mesmo ano, era escrita e encenada a sua peça "Em Família", dirigida por Sérgio Brito. Posteriormente, o texto seria transformado pelo autor em roteiro de filme, dirigido por Paulo Porto e merecedor da Medalha de Prata no Festival Internacional de Moscou (1971). O mesmo texto, reescrito em 1972 por Vianninha, teve seu título mudado para "Nossa Vida em Família". Nesse ano, há dois acontecimentos marcantes na vida do artista: a alegria pelo nascimento do segundo filho, Pedro Ivo e a tristeza pelo falecimento de seu querido pai, Oduvaldo Viana. Além disso, perderia o emprego na TV Tupi e, em contrapartida, teria uma nova peça encenada sob a direção de José Renato: "Allegro Desbum".

Convidado a trabalhar na TV Globo, passaria a sofrer pressões das "patrulhas ideológicas", que consideravam que o artista capitulara diante das tentações do sistema. Mas Vianninha responde: "Recusar-se a trabalhar em televisão em pleno século XX é, no mínimo, burrice". Vianninha começa, então, a fazer adaptações de obras clássicas para telepeças, no programa "Casos Especiais", da Globo: "Medéia", "Noites Brancas", "A Dama das Camélias" (com Gilberto Braga), "Mirandolina", "Ano Novo", "Vida Nova", "As Aventuras de uma Garrafa de Champanhe" (com Domingos Oliveira), além de adaptar um texto de sua autoria, "O Matador".

"A Grande Família" seria lançado em 1973, na mesma emissora, em forma de seriado. Baseado em uma sitcom americana, Vianninha escrevia os textos com Armando Costa e o programa tinha a direção de Paulo Afonso Grisolli. O diretor considera Vianninha como um dos que mais contribuíram para introduzir um conceito de dramaturgia brasileira na televisão.

Rasga Coração

No dia 11 de abril de 1973 – véspera de Vianninha ser operado para a retirada de um Tumor no Pulmão – nasce a filha Mariana Marins Vianna. Com uma aparente melhora, o artista passaria a se dedicar aos episódios de "A Grande Família", além de continuar pesquisando para o segundo ato de "Rasga Coração" e de atualizar uma comédia do pai, "O Homem que Nasceu Duas Vezes", rebatizada de "Mamãe, Papai Está Ficando Roxo!", que seria dirigida por Walter Avancini. Mas seu estado de saúde piora e, com a ajuda da TV Globo, Vianninha e sua mulher viajam para os Estados Unidos (fevereiro de 1974), para que ele se submeta a novo tratamento. Volta ao Brasil no final de março, 15 quilos mais magro, desenganado. Porém, como um obstinado, começa a ditar para um gravador o segundo ato de "Rasga Coração", que começara a escrever em 1971. Deuscélia fazia a transcrição, datilografava e levava para o filho corrigir à mão.

Vianninha piorou e foi internado no Hospital Silvestre. Mesmo em estado crítico, decidiu ainda concluir o programa-piloto de "Turma, Minha Doce Turma" para a Globo. Enquanto isso, a batalha empreendida por José Renato para liberar "Rasga Coração" fora perdida. Além de censurada, a peça teve sua encenação e publicação proibidas. Mesmo assim, "Rasga Coração" recebeu o primeiro prêmio no concurso do SNT, por unanimidade da banca, sendo liberada pela Censura apenas cinco anos depois. No prefácio da peça, escrito em 28/02/1972, o autor dedicaria ao "lutador anônimo político, aos campeões de lutas populares; preito de gratidão à ‘velha guarda’: à geração que me antecedeu, que foi a que politizou em profundidade a consciência do país".

Oduvaldo Vianna, filho, veio a falecer na manhã do dia 16 de julho de 1974, aos 38 anos. Sua obra "Rasga Coração" estreou em 21 de setembro de 1979 no Teatro Guaíra (Curitiba/PR). A crítica de teatro Ilka Zanotto assim descreveu a estreia:

"Recebeu, ao descer a cortina, 8 minutos de aplausos, uma apoteose. Na segunda noite, o público simplesmente se recusava a deixar o teatro, com aplausos intermináveis, gritos de 'bravo', lágrimas e abraços, numa fusão total entre palco e plateia, mergulhado numa catarse autêntica preconizada pelo velho Aristóteles".

Não poderia ter outro resultado: Prêmio Molière de 1979.

Nelson Rodrigues, um ultra-crítico de Vianninha, assim declarou: "Rasga Coração é uma das mais belas e fascinantes obras-primas do teatro brasileiro. Não posso ser mais conclusivo e definitivo". Vianninha foi um autor super-premiado – só o Molière, foram quatro – que revolucionou a arte cênica brasileira com uma dramaturgia que tem, pelo menos, duas obras-primas: "Rasga Coração" e "Papa Highirte". Ele buscou, infatigavelmente, imprimir sentido político à sua notável produção intelectual, vinculando-a, desde os primeiros escritos, aos deserdados, aos oprimidos e aos derrotados.

Em entrevista a Alfredo Souto de Almeida, Vianninha falou sobre a influência que recebeu do pai:

"Acho que aprendi sempre vendo meu pai ditar as peças dele, as novelas dele, durante toda a vida [...] E eu acho que foi através disso que fui muito influenciado, mesmo. Inclusive eu tenho a impressão de que a influência é direta até no tipo de tratamento, no tipo de diálogo, um pouco sincopado, uma série de coisas que meu pai teve como característica".

Carlos Estevam, um dos fundadores e dirigente do CPC, assim resumiu:

"Sei que vou dizer uma frase bombástica, mas não estou enganado ao guardar do Vianninha a certeza de que ele seria a espécie humana num futuro remoto. O homem evoluirá para ser como ele foi; alguém completamente disponível para as outras pessoas".

"Se tu queres ver a imensidão do céu e do mar/ refletindo a prismatização da luz solar/ rasga o coração, vem te debruçar/ sobre a vastidão do meu penar".
(Catulo da Paixão Cearense / Anacleto Medeiros)

Ele morreu de câncer com menos de 40 anos e em pleno sucesso profissional e estava casado pela segunda vez com Maria Lúcia Mariz, com quem teve dois filhos.

Fonte: Funarte

Sérgio Bittencourt

SÉRGIO FREITAS BITTENCOURT
(38 anos)
Compositor e Jornalista

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/02/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (09/07/1979)

Filho de Jacob do Bandolim, cresceu cercado pelas rodas de choro de seu pai e de seus grandes amigos chorões. Aos 18 anos, saiu da casa dos pais.

Como jornalista, desenvolveu estilo de crítica duro e desaforado mas como pessoa, no entanto, era um sentimental. Trabalhou em vários órgãos de imprensa cariocas, como os jornais Correio da Manhã, O Globo, e O Fluminense, e na Revista Amiga. No rádio, atuou nas Rádios Capital, Rádio Carioca, no Rio de Janeiro, e Mulher, de São Paulo.

Atuou também como jurado dos famosos programas de calouros da TV, "Um instante, Maestro!", "A Grande Chance" e "Programa Flávio Cavalcanti", todos apresentados por Flávio Cavalcanti.

Apresentou na Rádio Nacional o programa "Fim de Noite", posteriormente levado ao ar na Rádio Mauá.

Sérgio Bittencourt teve sua primeira composição gravada em 1965, "Estrelinha", na voz de Eliana Pitman.

Em 1966 classificou-se em quarto lugar no II Festival da Música Brasileira, na TV Record, com a música "Canção de Não Cantar", interpretada pelo conjunto MPB4.

Em 1968 foi vencedor do festival O Brasil Canta o Rio, com a música "Modinha", interpretada pelo cantor Taiguara. Essa música seria ainda regravada por Nelson Gonçalves, Carlos José, Waleska, Tito Madi, entre outros. Nesse ano, Waleska regravou "Estrelinha".

No I Festival Internacional da Canção, classificou a música "Canção a Medo", na interpretação do conjunto MPB4 e do Quarteto em Cy.

Em 1970 sua música "Acorda, Alice" foi proibida pela censura da Ditadura Militar devido ao verso "Acorda, Alice / Que o país das maravilhas acabou". Posteriormente, com a abertura política, foi gravada por Waleska.

Em 1971 apresentou-se com Ataulpho Alves Junior e Walesca em show na Boate Fossa, no Rio de Janeiro. Entre os diversos shows que apresentou está "Vamos Falar de Muito Amor", que contou com as participações de Ribamar, Waleska, Mano Rodrigues e Márcia de Windsor.

Seu grande sucesso foi "Naquela Mesa", comovida homenagem póstuma ao seu pai Jacob do Bandolim, gravado por Elizeth Cardoso em seu LP "Preciso Aprender a Ser Só", de 1972, pela gravadora Copacabana, música que ganharia não só outras gravações posteriores como seria incorporada ao repertório informal de seresteiros, boêmios e amantes da Música Popular Brasileira.


Entre os diversos intérpretes que regravaram "Naquela Mesa" estão Nelson Gonçalves e Paul Mauriat. Outra de suas composições que recebeu várias regravações foi "Eu Quero", registrada por Cláudio FaissalNelson Gonçalves, Carlos José, Waleska e Elymar Santos.

Como jurado de TV, fazia questão de deixar clara sua proposta de defender a música brasileira, marcando publicamente uma linha nacionalista.

Participou dos discos "Raízes do Samba", "A Divina", "Preciso Aprender a Ser Só" e "Disco de Ouro", todos da cantora Elizeth Cardoso.

Sua principal interprete foi a cantora Waleska que registrou as músicas "Seja Homem", "Por Você", "Canção Pra Ninguém Chorar", "Por Deus", "Nem Marido Nem Amante", "Vim", "Acorda Alice", "Pretexto", "Que Maldade" e "Amiga".

Em 1975 teve a canção "Por Deus" (Sérgio Bittencourt e Beto Quartin) gravada por Waleska em LP lançado pela Copacabana. Dois anos depois, a mesma cantora registrou as canções "Nem Marido Nem Amante", "Seja Homem", e "Naquela Mesa".

Em 1978 no disco "Eu Waleska", a cantora registrou "Que Maldade", e no ano seguinte, "Canção Pra Ninguém Chorar".

Em 2000 as músicas "Vim" e "Azar", parceria com Eduardo Souto Neto, e "Que Maldade", foram relançadas no CD "Seleção de Ouro - 20 Sucessos - Waleska", da EMI Music.

Em 2001 "Naquela Mesa" foi regravada por Hebe Camargo no CD "Como é Grande o Meu Amor Por Vocês".

Em 2002 a "Canção de Não Cantar" foi relançada pela Universal Music no CD "20 Anos de Saudade - Elis Regina".

Suas composições foram gravadas também por Pery Ribeiro, Moacyr Franco, Vanusa, Célia, Antônio Marcos, Ângela Maria, Maria Creusa e Wilson Simonal.

Em 2005 foi publicado o livro "Tá Faltando Ele...", com seu perfil biográfico escrito por Paulo Roberto de Oliveira, com prefácio de Ricardo Cravo Albin.

Em 2010, teve o samba-canção "Eu Quero", gravado pela cantora Waleska no CD "20 Supersucessos - Vol. 3" da Polydisc.

Sérgio Bittencourt lutou desde a infância contra as sequelas da hemofilia. Faleceu aos 38 anos vítima de um infarto.

Mano Thutão

ODILSON APARECIDO SILVA RAMOS
(38 anos)
Rapper

☼ (1968)
┼ Araçatuba, SP (29/05/2006)

Odilson Aparecido Silva Ramos, mais conhecido por Mano Thutão, foi um rapper brasileiro nascido no ano de 1968.

Durante a sua carreira, cantou as dificuldades de alguém viciado em drogas na maioria das suas letras, além da desigualdade social do Brasil. 

Mano Thutão foi assassinado no dia 29/05/2006 no bairro Umuarama, em Araçatuba, São Paulo, a facadas. A principal motivação do crime pode ter sido o tráfico de drogas, atividade delinquente exercida por Mano Thutão antes de entrar no rap.

Três meses antes de morrer, Mano Thutão se envolveu com o crack.

Discografia

  • Assim Está Escrito
  • Entre a Vida e a Morte
  • No País do Futebol Não Falta Crack
  • Sorria Você Está Sendo Filmado
  • Quem Tem Ouvidos Ouça...

Fonte: Wikipédia