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Paulo Gustavo

PAULO GUSTAVO AMARAL MONTEIRO DE BARROS
(42 anos)
Ator, Humorista, Diretor, Roteirista e Apresentador

☼ Niterói, RJ (30/10/1978)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/05/2021)

Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros foi um ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador nascido em Niterói, RJ, no dia 30/10/1978.

Nascido e criado em uma família de classe média da cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Paulo Gustavo estudou no tradicional Colégio Salesiano durante o ensino fundamental.

Assumidamente homossexual desde sua adolescência, casou-se em 20/12/2015 com o dermatologista Thales Bretas.

No dia 13/10/2017, Paulo Gustavo anunciou em seu Instagram que ele e seu marido iriam ser pais de um casal de gêmeos, chamados Gael e Flora, através de uma barriga de aluguel. Mas os bebês morreram em um aborto espontâneo. Pensaram em desistir da paternidade, mas procuraram outra barriga de aluguel, e em 18/08/2019, em uma postagem em seu Instagram, ele anunciou o nascimento dos filhos do casal, chamados Romeu e Gael, de barrigas de aluguel diferentes.

Carreira

Paulo Gustavo ficou conhecido pelo monólogo "Minha Mãe é Uma Peça", o qual, em 2013, virou um longa-metragem e o filme mais assistido daquele ano no Brasil e, em 2015, foi publicado como um livro pela editora Objetiva. Devido ao enorme sucesso de crítica e público, em 2016, foi lançado "Minha Mãe é Uma Peça 2", e, em 2019, "Minha Mãe é Uma Peça 3".

Indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator, Paulo Gustavo formou-se na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) no início de 2005,  junto com Fábio Porchat, Marcus Majella, entre outros.

Paulo Gustavo ganhou visibilidade no final de 2004, quando integrou o elenco da peça "Surto". Na ocasião, apresentou a personagem humorística Dona Hermínia. Após sua formatura, em janeiro de 2005, deixou o elenco de "Surto" e passou a integrar a peça "Infraturas". Nesse período, também começou a fazer pequenas participações na televisão, como na novela "Prova de Amor" (2005), da TV Record, e na série "A Diarista", da TV Globo.


Em 2006 estreou o espetáculo "Minha Mãe é Uma Peça", que ganhou uma adaptação para o cinema em 2013 e uma continuação em 2016. No monólogo, com texto de sua autoria, Paulo Gustavo voltou a interpretar Dona Hermínia. Construída através de suas observações domésticas e vivenciais, ela reúne os aspectos mais cômicos da personalidade de uma típica dona de casa de meia idade, sempre à beira de um ataque de nervos. Sua atuação lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Shell de melhor ator.

Paulo Gustavo voltou a protagonizar um título novamente nos palcos em 2010, para apresentar o espetáculo "Hiperativo", dirigido por Fernando Caruso.

Em 2011, tornou-se o apresentador do "220 Volts".


Em junho de 2013, estreou na produção para televisão o Situation Comedy "Vai Que Cola", no Multishow, que ganhou uma adaptação para o cinema em 2015.

Em 2014, Paulo Gustavo esteve em um novo programa, o reality "Paulo Gustavo Na Estrada", do Multishow.

Em 2017, deixou o "Vai Que Cola" e entrou no programa "A Vila", junto com Katiuscia Canoro, com o roteiro de Leandro Soares.

Em 2018, gravou o DVD da peça "Minha Mãe é Uma Peça" na Concha Acústica do Teatro Castro Alves na cidade de Salvador.

Doença e Morte

Em 13/03/2021, Paulo Gustavo foi internado com diagnóstico de Covid-19. No dia 02/04/2021, apresentou piora do quadro clínico e foi introduzido à terapia de oxigenação por membrana extracorporal, uma espécie de pulmão artificial, aparelho que efetua a absorção do oxigênio quando o órgão apresenta comprometimento severo.

No dia 03/05/2021, mesmo após melhoras nos dias anteriores, Paulo Gustavo sofreu uma embolia pulmonar, o que causou uma piora significativa em seu estado de saúde. O boletim médico divulgado naquele dia dizia: "Infelizmente, a situação clínica atual é instável e de extrema gravidade".

Na tarde do dia seguinte, 04/05/2021, foi divulgado um boletim médico dizendo que o quadro clínico de Paulo Gustavo era irreversível, mas ele ainda mantinha sinais vitais.

Paulo Gustavo faleceu às 21h12 de terça-feira, 04/05/2021, aos 42 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima da Covid-19

Carreira

Televisão
  • 2006 - Prova de Amor ... Folião (Episódio: "24 de Outubro")
  • 2006 - Minha Nada Mole Vida ... Bob Calheiros (Episódio: "A Chave Mestra")
  • 2006 - A Diarista ... Comissário Francis (Episódio: "Aquele do Avião")
  • 2007 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Delegado Lupicínio
  • 2008 - Faça Sua História ... Passageiro (Episódio: "Sob as Ordens de Mamãe")
  • 2008 - Casos e Acasos ... Vitor / John (Episódio: "O Beijo, a Foto e o Empréstimo")
  • 2008 - Casos e Acasos ... Vitor / John (Episódio: "Ele é Ela, Ela é Ele e Ela ou Eu")
  • 2011 - Divã ... Renée
  • 2011 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2012 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2012 - O Fantástico Mundo de Gregório ... Ele mesmo (Episódio: "Gregório Parecido Com Marlon Brando?")
  • 2012 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2013 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2013 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2013 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2014 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2014 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2014 - Paulo Gustavo na Estrada ... Apresentador
  • 2015 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2015 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2015 - Ferdinando Show ... Bicha Bichérrima (Episódio: "10 de Agosto")
  • 2016 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2016 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2017 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2017 - A Vila ... Rique
  • 2018 - A Vila ... Rique
  • 2019 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2019 - Vai Que Cola ... Iraci lacerda Pinto (Angel)
  • 2019 - A Vila ... Rique
  • 2020 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2020 - Vai Que Cola ... Iraci lacerda Pinto (Angel)
  • 2020 - A Vila ... Rique
  • 2020 - 220 Volts - Especial de Natal ... Vários Personagens
  • 2021 - A Vila ... Rique

Cinema
  • 2008 - A Guerra dos Rocha ... Atendente do IML
  • 2009 - Divã ... Renée Gama
  • 2009 - Xuxa em O Mistério de Feiurinha ... Caio Lacaio
  • 2013 - Minha Mãe é Uma Peça: O Filme ... Dona Hermínia Amaral
  • 2014 - Os Homens São de Marte... e É Pra Lá Que Eu Vou ... Aníbal
  • 2015 - Vai Que Cola - O Filme ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2016 - Minha Mãe é Uma Peça 2 ... Dona Hermínia Amaral
  • 2017 - Fala Sério, Mãe! ... Ele mesmo
  • 2018 - Minha Vida em Marte ... Aníbal
  • 2019 - Minha Mãe é Uma Peça 3 ... Dona Hermínia Amaral
  • 2020 - 220 Volts - O Filme ... Vários personagens
  • 2020 - Agente Especial

Vídeos Musicais
  • 2014 - Ana Carolina ... "Pole Dance"
  • 2015 - Paulo Gustavo ... "Bitch I'm Madonna" (Paródia promocional para o espetáculo 220 Volts)

Web
  • 2015 - Juninho Play e Família ... Dete (Voz)

Teatro
  • 2004 - Surto
  • 2005 - Surto
  • 2005 - Infraturas
  • 2006 - Infraturas
  • 2006 - João Ternura
  • 2006-2021 - Minha Mãe é Uma Peça ... Dona Hermínia
  • 2010-2016 - Hiperativo ... Ele mesmo
  • 2014-2016 - 220 Volts ... Vários personagens

Bibliografia
  • 2015 - Minha Mãe é Uma Peça (Com histórias inéditas de Dona Hermínia)

Prêmios e Indicações

  • 2006 - Prêmio Shell de Melhor Ator ... Minha Mãe é Uma Peça (Indicado)
  • 2007 - Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Ator Teatral Comédia (Indicado)
  • 2011 - Prêmio Extra de Televisão de Melhor Ator Revelação ... Divã (Indicado)
  • 2013 - Prêmio Quem de Cinema de Melhor Ator ... Minha Mãe é Uma Peça: O Filme (Indicado)
  • 2013 - Meus Prêmios Nick Humorista Favorito (Indicado)
  • 2014 - Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Roteiro Adaptado (Indicado)
  • 2014 - Meus Prêmios Nick Ator Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2014 - Meus Prêmios Nick Humorista Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2015 - Meus Prêmios Nick Ator Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2015 - Meus Prêmios Nick Humorista Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2017 - Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Roteiro Adaptado ... Minha Mãe é Uma Peça 2 (Venceu)
  • 2017 - Prêmio Jovem Brasileiro de Melhor Humorista Jovem (Indicado)
  • 2018 - 12° Prêmio Fiesp/Sesi-SP de Cinema e TV de Melhor Ator (Indicado)
Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #PauloGustavo

Telma Lipp

RICARDO FRANCO
(42 anos)
Modelo, Atriz, Jurada e Transexual

☼ São Paulo, SP (1962)
┼ São Paulo, SP (24/12/2004)

Deodoro Ricardo Nascimento, mais conhecido por Thelma Lipp, foi uma modelo, atriz e transformista nascida em São Paulo, SP, em 1962.

Sucesso nos anos 80 e 90, Telma Lipp foi jurada do quadro "Eles e Elas", do Clube do Bolinha, e atuou em diversas peças de teatro, filmes, além de posar nua em revistas eróticas masculinas, como a Playboy.

Apesar de não ser uma mulher cisgênera, Telma Lipp foi, no auge de sua beleza, considerada uma musa, ao lado de Xuxa, Luiza Brunet e Roberta Close, tendo sido portanto uma das belezas mais celebradas do Brasil.

Desde criança Telma Lipp já era fisicamente muito feminina e sempre contou com o apoio da família, tanto que seu nome social, Telma, foi dado por sua própria mãe.

Aos 16 anos, ela já causava admiração e fascínio por sua beleza e feminilidade, mesmo sem o uso de hormônios artificiais.


Foi no começo da década de 80 que Telma Lipp surgiu como uma resposta paulistana à transexual carioca Roberta Close, então em evidência na mídia. Ambas chegaram a disputar, durante toda a década, capas de revistas de todo o Brasil. Roberta Close fazia o tipo "mulher fatal", enquanto Telma Lipp o tipo "garotinha", ambas contudo de belezas extraordinárias. A surpreendente beleza abriu-lhe portas, trouxe fama, admiração, amigos e tudo aquilo que um rosto e um corpo belos, acompanhados de inteligência, podiam trazer.

No teatro, Telma Lipp atuou em "Terezinha de Jesus" e "Filhas da Mãe", ambas de Ronaldo Ciambroni, além de "Mil e Uma Noites". Na televisão, Telma Lipp foi jurada efetiva do quadro "Eles & Elas" do Clube do Bolinha na TV Bandeirantes. Fez também participações em vários programas de entretenimento, como o Programa da Hebe.

A fama a catapultou para o filme "Dores de Amor", de Pierre-Alain Meier e Matthias Kälin, e a tornou personagem de inspiração de "Thelma", de Pierre-Alain Meier. Por causa desse filme, foi convidada a participar do Festival de Locarno, Suíça, na avant-première do filme "Thelma".

Na mídia impressa, foi capa da Playboy e da Transex, bem como apareceu em entrevistas e editoriais de O Estado de S. Paulo, Contigo!, Close, Nova Cosmopolitan (editoriais), WE inglesa. Telma Lipp participou ainda de diversas campanhas publicitárias para a mídia brasileira.

Fenômeno Drag Queen e Síndrome

Após brilhar em toda década de 80, Telma Lipp se viu nocauteada pelo fenômeno Drag Queen da década de 90. Foi quando o ostracismo bateu à sua porta. Sem trabalho e sem dinheiro ela buscou a prostituição. Sua vida já não tinha o mesmo glamour de seu tempo de celebridade do mundo artístico.

Concomitantemente, ela começou a sofrer de síndrome do pânico, enclausurando-se durante cinco anos em seu apartamento a maior parte do tempo. Para fugir da síndrome, Telma Lipp buscou as drogas, o que agravou ainda mais seus problemas.

Auxiliada pelo Programa Para Dependentes Químicos do Coronel Ferrarini, no final da década de 90, em São Paulo, ela conseguiu vencer o vício, onde se tornou então uma porta-voz na luta para a recuperação de drogados.

Teve então um breve momento de retomada da carreira, ao fazer algumas peças e teatro e televisão, o que lhe trouxe de volta um pouco de confiança e auto-estima.

Breve Retorno e Recaída

Em 1987, os cineastas suíços Pierre-Alain Meier e Matthias Källin vieram ao Brasil para filmar "Dores de Amor", filme-documentário sobre a vida das travestis brasileiras em São Paulo. Participaram do filme várias travestis, tanto as que já eram da cena artística como as que faziam prostituição.

Durante a produção, o diretor Pierre-Alain não resistiu a beleza e feminilidade de Telma Lipp e se apaixonou. Contudo, não houve reciprocidade por parte dela. Mesmo assim, pouco tempo depois, o cineasta faria o filme "Thelma", ambientado na Grécia, que conta a história de um homem comum que se apaixona por uma transexual. A produção foi lançada mundialmente em 2001.

Em 2001, Telma Lipp foi convidada a fazer parte do casting do filme "Carandiru", de Hector Babenco, no qual faria o papel de uma travesti presidiária de nome Lady Di. Entretanto, apesar de ter participado dos ensaios com os outros atores e de ter feito laboratório por meses, sua indicação foi preterida por motivos de marketing. Em seu lugar, entrou o ator Rodrigo Santoro.

Esse foi um golpe duro para Telma Lipp, que já estava fragilizada e tentando se recuperar. Contudo, o fato de ser transgênero tornou sua vida muito difícil.

Já inveteradamente viciada em drogas, sobretudo o crack e a cocaína, em agosto de 2003 ela foi internada em uma clínica de recuperação para dependentes químicos em Atibaia, interior de São Paulo, onde permaneceu até fevereiro de 2004.

Volta ao Anonimato e Morte

Após se recuperar, decidiu que não queria mais uma vida de agitação e flashes. Cortou os cabelos e foi para a mesa de cirurgia para retirar as próteses de silicone. Decidiu se mudar com a família para o Jaçanã, bairro paulistano onde passou sua infância.

Vivendo pacatamente, fazia planos para a nova vida, quando, repentinamente, na manhã de 09/11/2004 acordou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Era uma neurotoxoplasmose, doença degenerativa que, com o tempo, paralisa órgãos do corpo.

Foi internada durante um mês e voltou para casa, mas faleceu vítima de insuficiência pulmonar em decorrência da neurotoxoplasmose, no dia 24/12/2004, na véspera de Natal.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Yuri S.

Caio Junqueira

CAIO DE LIMA TORRES JUNQUEIRA
(42 anos)
Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (20/11/1976)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/01/2019)

Caio de Lima Torres Junqueira, mais conhecido por Caio Junqueira, foi um ator brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 20/11/1976. Era filho do ator Fábio Junqueira, falecido em 20/11/2008,  e irmão do ator Jonas Torres, conhecido como o Bacana da série "Armação Ilimitada" (1985/1988).

Aos 9 anos, Caio deu os primeiros passos na carreira artística na série "Tamanho Família" (1985/1986), da extinta Rede Manchete.

O gosto pela profissão revelado na infância se consolidou na adolescência quando o ator estreou na TV Globo, em 1990. Neste ano, fez dois trabalhos na emissora: A minissérie "Desejo" e a novela "Barriga De Aluguel".

Em 1994 fez sua segunda novela, "A Viagem", seguida pelas séries "Engraçadinha" (1995), "Hilda Furacão" (1998) e "Chiquinha Gonzaga" (1999).

Em 2010 interpretou seu primeiro protagonista na telenovela "Ribeirão do Tempo".

Em 1985, aos nove anos de idade, Caio estreava na TV Manchete ao lado de grandes nomes como Diogo Vilela, Guilherme Osty e Zezé Polessa no programa humorístico "Tamanho Família". Logo, foi para a TV Globo, para participar, ao lado do meio-irmão Jonas Torres, da série "Armação Ilimitada". Desde então, formou um extenso currículo na TV, nos palcos e, sobretudo, no cinema.


Também na TV Globo, fez "Desejo" (1990), "Barriga De Aluguel" (1990), "A Viagem" (1994), "Engraçadinha... Seus Amores E Seus Pecados" (1995), "Malhação" (1998), "Hilda Furacão" (1998), "Chiquinha Gonzaga" (1999), "Aquarela Do Brasil" (2000), "Um Anjo Caiu Do Céu" (2001), "O Quinto Dos Infernos" (2002), "O Clone" (2001) e "Um Só Coração" (2004).

Participou também de episódios em seriados como "A Vida Como Ela É" (1996), "Brava Gente" (2000) e "Sexo Frágil" (2003).

Em 2004 ganhou destaque ao integrar o remake da novela "A Escrava Isaura", onde interpretou o abolicionista Geraldo, melhor amigo do protagonista e que tentava salvar das visões racistas a mimada Malvina.

Na Record TV, protagonizou "Ribeirão Do Tempo" (2010) e atuou em obras bíblicas como "José do Egito" (2013) e "Milagres de Jesus" (2014).

Em seu currículo, Caio Junqueira conta com cerca de 10 curtas-metragens e 15 longas, que incluem, entre outros, "Zuzu Angel" (2006), "Abril Despedaçado" (2001), "Quase Nada" (2000), "For All - O Trampolim da Vitória" (1997), e os indicados ao Oscar "Central do Brasil" (1998) e "O Que É Isso, Companheiro?" (1997).


Nessa lista, ainda sobra espaço para o prêmio de ator revelação no Festival de Gramado de 1997, pelo filme "Buena Sorte" (1996). Mas, sem dúvida, o trabalho de maior expressão e projeção aconteceu com sua participação no filme "Tropa de Elite" (2007), no qual interpretou o aspirante Neto Gouveia, um dos personagens centrais do filme. O filme, que criou grande polêmica e frequentou a mídia mesmo antes de sua estreia, trouxe Caio Junqueira de volta à televisão.

Em 2007, o ator fez uma participação especial na novela "Paraíso Tropical" e o personagem principal do programa "Linha Direta Justiça", interpretando o Cabo Anselmo. Em seguida foi escalado para a novela "Desejo Proibido", onde viveu o engenheiro Gaspar.

Em 2008, Caio Junqueira sobe aos palcos, ao lado de Wagner Moura e grande elenco, vivendo Horácio em uma nova montagem da peça "Hamlet", de William Shakespeare. Também em 2008, o ator inicia as gravações da série de TV "A Lei E O Crime", que foi ao ar no primeiro semestre de 2009.

Em 2010, interpretou seu papel de maior destaque, o atrapalhado Joca, protagonista de "Ribeirão do Tempo".

Em 2018, Caio Junqueira participou da série "O Mecanismo" onde interpretou o papel de Ricky, esposo de Shayenne.

Morte

Na quarta-feira, 16/01/2019, Caio Junqueira dirigia sozinho pelo Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro, em direção ao centro da cidade, em alta velocidade, quando perdeu o controle do carro, que subiu o meio-fio, bateu numa árvore e capotou. Caio Junqueira foi levado ao Hospital Miguel Couto em estado grave.

Caio Junqueira faleceu às 5h50 de quarta-feira, 23/01/2019, aos 42 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Carreira

Televisão
  • 1985 - Tamanho Família ... Apinajé
  • 1986 - Tamanho Família ... Apinajé
  • 1988 - Grupo Escolacho ... Juca
  • 1990 - Desejo ... Quindinho
  • 1990 - Barriga De Aluguel ... Tiago Paranhos (Tatau)
  • 1994 - Confissões De Adolescente ... José Roberto (Kill)
  • 1994 - A Viagem ... Pedro Bala
  • 1995 - Engraçadinha ... Leleco
  • 1996 - Você Decide ... Heitor (Episódio: "O Pátrio Poder")
  • 1996 - Você Decide ... Tico (Episódio: "Testemunha De Acusação")
  • 1996 - Você Decide ... Wallace (Episódio: O Filho Da Mãe)
  • 1996 - A Vida Como Ela É ... Eusébio (Episódio: "O Delicado")
  • 1998 - Hilda Furacão ... Demétrio
  • 1998 - Malhação ... Flávio Vianna (Pururuca)
  • 1998 - Você Decide ... Diogo (Episódio: "Ligeiramente Grávida")
  • 1998 - Você Decide ... Carlinhos (Episódio: "A Primeira Vez De Carlinhos")
  • 1998 - Você Decide ... Mateus (Episódio: "O Lobisomem")
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... João Gualberto Gonzaga do Amaral
  • 2000 - Brava Gente ... Adroaldo (Episódio: "Enquanto A Noite Não Chega")
  • 2000 - Aquarela Do Brasil ... Paulo
  • 2001 - Um Anjo Caiu Do Céu ... Adolfo Braga e Nunes (Adolfinho)
  • 2001 - O Clone ... Pedrinho (Episódio: "11/12/2001")
  • 2002 - O Quinto Dos Infernos ... Diogo
  • 2003 - Sexo Frágil ... Ricardinho (Episódio: "A Fonte da Juventude")
  • 2004 - Um Só Coração ... Oswald de Andrade Filho (Nonê)
  • 2004 - A Escrava Isaura ... Geraldo Villela
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Romeu
  • 2007 - Desejo Proibido ... Drº Gaspar Martins
  • 2007 - Linha Direta Justiça ... Cabo Anselmo
  • 2009 - A Lei E O Crime ... Homero Dias
  • 2010 - Ribeirão Do Tempo ... João Carlos Pelago (Joca)
  • 2013 - José do Egito ... Simeão
  • 2014 - Milagres De Jesus ... Pedro Simão
  • 2015 - Conselho Tutelar ... Robson
  • 2016 - 1 Contra Todos ... Detetive Jonas Cerqueira
  • 2018 - O Mecanismo ... Henrique Villa Verde (Ricky)

Cinema
  • 1997 - For All - O Trampolim Da Vitória ... Miguel
  • 1997 - O Que É Isso, Companheiro? ... Julio
  • 1998 - Central do Brasil ... Moisés
  • 1999 - Gêmeas
  • 2000 - Quase Nada ... Ernane
  • 2001 - Abril Despedaçado ... Inácio
  • 2002 - Seja O Que Deus Quiser! ... Nando
  • 2002 - Viva Sapato! ... Jobson
  • 2003 - Apolônio Brasil, Campeão Da Alegria ... Young Apolônio Brasil
  • 2006 - Zuzu Angel ... Alberto
  • 2007 - Tropa De Elite ... Neto Gouveia
  • 2016 - Milagres De Jesus - O Filme ... Pedro

Teatro
  • 2005 - Os Justos
  • 2008 - Hamlet

Fonte: Wikipédia e R7
#FamososQuePartiram #CaioJunqueira

Leonardo Machado

LEONARDO MACHADO
(42 anos)
Ator

☼ Porto Alegre, RS (06/07/1976)
┼ Porto Alegre, RS (28/09/2018)

Leonardo Machado foi um ator e modelo nascido em Porto Alegre, RS, no dia 06/07/1976.

Na adolescência mudou-se para uma estância no Mato Grosso, onde trabalhou no campo. Aos 18 anos de idade voltou a Porto Alegre, onde chegou a atuar como goleiro nas categorias de base do Internacional, apesar de ser gremista.

No entanto, logo matriculou-se em um curso de teatro a convite de uma amiga e acabou se apaixonando pela profissão, onde teve como mestre Zé Adão Barbosa.

Depois morou por alguns anos no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde se especializou na profissão.

Seus momentos de maior destaque foram no filme "Em Teu Nome" (2009), pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Gramado em 2009, e no seriado "Na Forma da Lei" da TV Globo, no qual foi protagonista em 2010.


Em 2011 co-dirigiu sua primeira série "Fim do Mundo" e em 2012 iniciou a carreira de produtor nos filmes "A Oeste do Fim do Mundo" e "A Superfície da Sombra" de Paulo Nascimento e nos curtas "Abelardo" e "Gotas de Fumaça" de Ane Siderman.

Apaixonado por cavalos crioulos, a família de Leonardo Machado possui uma bela criação da raça na Estância Amendoeira, em Bagé, RS.

Sua outra paixão é sua Fat Boy, moto da marca Harley Davidson, que  fez diversas viagens, inclusive na série "Fim do Mundo" (2011) e no filme "A Oeste do Fim do Mundo" (2013).

Além disso tudo, Leonardo Machado estava começando a escrever bons roteiros. Um deles já foi contemplado com um prêmio e já tinha uma série para a televisão agendada para estrear em 2019.


Dois trabalhos inéditos do ator estrearão no cinema ainda em 2018. Em "Legalidade", do cineasta Zeca Britto, Leonardo Machado encarna Leonel Brizola, numa trama que tem como pano de fundo o contexto político brasileiro de 1961, uma reconstituição da Campanha da Legalidade. Em "A Cabeça de Gumercindo Saraiva", do escritor e diretor Tabajara Ruas, Leonardo Machado interpreta Capitão Francisco, um dos personagens da Revolução Federalista de 1893.

Na televisão, o papel de maior destaque foi em "Viver a Vida" (2010). No folhetim de Manoel Carlos, ele deu vida a Léo, um homem extremamente dedicado à família que se envolve amorosamente com Ariane, personagem defendida pela atriz Christine Fernandes, a médica de sua própria mulher. Outras novelas de sucesso também compuseram sua carreira, como "Senhora do Destino" (2005), "Malhação" (2006) e "Salve Jorge" (2013), além da minissérie "Na Forma da Lei" (2010).

No teatro, foram 14 peças - a mais recente, "Fala do Silêncio", ganhou a láurea de Melhor Espetáculo no Prêmio Porto Alegre em Cena, em 2017.

Leonardo Machado também foi a cara do Festival de Cinema de Gramado. Por mais de dez anos, ele apresentou a cultuada cerimônia, no pequeno município da Serra Gaúcha.

Morte

Leonardo Machado faleceu na noite de sexta-feira, 28/09/2018, aos 42 anos, em Porto Alegre, RS, vítima de um câncer de fígado.

De acordo com amigos e familiares, Leonardo Machado lutava contra um câncer no fígado desde 2016. Representantes do Hospital Moinhos de Vento, onde estava internado, confirmaram o tratamento recente com um oncologista.

Leonardo Machado foi velado no sábado, 29/09/2018, na Sala Álvaro Moreyra do Teatro Renascença, em Porto Alegre, RS, das 10h00 às 17h00. Após o velório, ele foi cremado no Crematório Metropolitano, em cerimônia fechada para amigos e familiares.

Trabalhos

Cinema (Longa-Metragem)
  • 2017 - Legalidade
  • 2017 - A Cabeça de Gumercindo Saraiva
  • 2017 - Yonlu
  • 2016 - Teu Mundo Não Cabe Nos Meus Olhos
  • 2015 - A Superfície da Sombra
  • 2015 - Ivy Marae - Missões - Terra Sem Males
  • 2014 - Janeiro 27
  • 2013 - O Tempo e o Vento
  • 2013 - A Oeste do Fim do Mundo
  • 2013 - Os Senhores da Guerra I - Passo da Cruz
  • 2013 - Insônia
  • 2013 - Hamartia - Ventos do Destino
  • 2012 - Os Senhores da Guerra II - Passo das Carretas
  • 2012 - A Casa Elétrica
  • 2012 - Dyonélio
  • 2011 - Contos Gauchescos
  • 2010 - Bitols
  • 2010 - A Casa Verde
  • 2009 - Em Teu Nome
  • 2008 - Dias e Noites
  • 2007 - Valsa Para Brunos Stein
  • 2007 - 3 Efes
  • 2006 - Wood And Stock
  • 2006 - Nossa Senhora de Caravaggio
  • 2005 - Sal de Prata
  • 2002 - Lara

Cinema (Curta-Metragem)
  • 2007 - Olhos de Capitu
  • 2017 - Indo
  • 2017 - No Amor
  • 2016 - Ânsia e Ausência
  • 2016 - Eventide
  • 2015 - Apenas Um Dia
  • 2014 - A Era do Metal
  • 2014 - Ceraunofobia
  • 2013 - Gotas de Fumaça
  • 2012 - Abelardo
  • 2012 - Estrada
  • 2012 - Nove e Meia
  • 2012 - A Última Reunião Dançante
  • 2011 - Bouquet de Nerfs
  • 2011 - Sangue e Goma
  • 2010 - Silêncio
  • 2009 - Aos Pés
  • 2009 - Partir
  • 2008 - O Assassino do Beija-Flor
  • 2007 - A Livraria Vasquez
  • 2007 - Cortejo Negro
  • 2006 - Quintana Inventa o Mundo
  • 2005 - Alinhavo deu Nó
  • 2005 - Noite
  • 2004 - InFartO
  • 2004 - Salão Aurora
  • 2003 - Paris ou Rubis
  • 2003 - Ninguém Gostava de Glória
  • 2002 - Domingo
  • 2001 - Vou Zoar Até Morrer
  • 2001 - Suco de Tomate
  • 2000 - Outros
  • 2000 - Cavaleiro Jorge
  • 1998 - Nocturnu
  • 1998 - O Bar
  • 1997 - Na Contramão


Novela
  • 2013 - ​Salve Jorge ... Capitão Silvino Junqueira
  • 2009 - Viver a Vida ... Leopoldo (Léo)
  • 2007 - Malhação ... Hugo
  • 2004 - Senhora do Destino ... Lino
  • 2001 - O Clone ... Guilherme


Séries
  • 2018 - Se Eu Fechar os Olhos Agora ... Rodolfo Massarani
  • 2017 - Sonho Americano - Série Documental ... Apresentador
  • 2016 - Caixa Preta ... Walter
  • 2015 - Kalanga - A Cidades das Bicicletas ... Ramiro Gusmão
  • 2014 - Redenção
  • 2014 - Animal ... Felipe
  • 2013 - ​Para Que Servem os Homens ... Beto
  • 2013 - Contos Gauchescos ... Blau Nunes
  • 2012 - Filé de Borboleta ... Filé de Borboleta (Venâncio Gutierres)
  • 2012 - Desconectados ... Rogério
  • 2012 - Mulheres em Transe ... Fernando
  • 2012 - ​O Brado Retumbante ... Guilherme
  • 2011 - Fim do Mundo (Co-direção)
  • 2010 - Na Forma da Lei ... Célio Rocha
  • 2008 - 4 Destinos ... Thomas
  • 2008 - Do Outro Lado do Rio
  • 2007 - Loja da Esquina
  • 2005 - Segredo ... Miguel
  • 2005 - Cem Anos de Érico Veríssimo

Teatro
  • 2018 - Fala do Silêncio
  • 2017 - Fala do Silêncio
  • ​2016 - Cabaré do Amor, Naufrágio e Rock n' Roll
  • 2013 - De Seival a Porongos - Alegrete
  • 2012 - O Apocalipse Segundo Santo Ernesto de La Higuera - Leitura Encenada
  • 2012 - De Seival a Porongos - Piratini
  • 2010 - Desvios Em Trânsito
  • 2008 - A Megera Domada
  • 2007 - Mulheres de Chico Fragmentos
  • 2006 - Sonho de Uma Noite de Verão - Uma Comédia de Amor em Acordes de Cabaré
  • 2005 - Cabaré Valentin (Seis Edições)
  • 2002 - Barrela
  • 2002 - O Medo Não Mora Mais no Castelo
  • 2001 - Filhos da Carioca
  • 2001 - Por Toda Minha Vida
  • 2001 - Última Noite Para o Fim do Mundo

Fonte: Leonardo Machado
#FamososQuePartiram #LeonardoMachado

Denny Perrier

DENIS ROBERT STANISLAS PERRIER
(42 anos)
Ator

* Paris, França (01/11/1950)
+ Rio de Janeiro, RJ (1992)

Com o nome de Denny Perrier atuou no cinema e na TV a partir do final da década de 70. A estréia foi no cinema com "Fim de Festa" (1978) mas em seguida iria para a TV Globo onde estreou em "Dancin' Days" (1978) em um pequeno papel como Alberto Carlos.

No cinema, atuou em filmes como "Memórias do Cárcere" (1984), "Estranho Jogo do Sexo" (1983), "Escalada da Violência" (1982), "Os Três Mosqueteiros Trapalhões" (1980), "A Deusa Negra" (1978) e "Fim de Festa" (1978).

Na TV, Denny Perrier trabalhou em "Marquesa de Santos" (1984) na TV Manchete, "Roque Santeiro" (1985), "Os Gigantes" (1979), "Memórias de Amor" (1979) e "Dancin' Days" (1978), todas na TV Globo.

Participou também de várias fotonovelas e deu aulas de interpretação para atores no Rio de Janeiro na década de 80.

Sua morte mereceu apenas uma pequena nota no jornal "O Globo" e as informações são de que o ator teria morrido vítima da AIDS.

Glauber Rocha

GLAUBER DE ANDRADE ROCHA
(42 anos)
Cineasta, Ator e Escritor

* Vitória da Conquista, BA (14/03/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/08/1981)

Filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha, Glauber Rocha nasceu na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.

Foi criado na religião da mãe, protestante, membro da Igreja Presbiteriana, por ação de missionários americanos da Missão Brasil Central.

Alfabetizado pela mãe, estudou no Colégio do Padre Palmeira - instituição transplantada pelo padre Luís Soares Palmeira de Caetité (então o principal núcleo cultural do interior do Estado).

Em 1947 mudou-se com a família para Salvador, onde seguiu os estudos no Colégio 2 de Julho, dirigido pela Missão Presbiteriana, ainda hoje uma das principais escolas da cidade.

Ali, escrevendo e atuando numa peça, seu talento e vocação foram revelados para as artes performativas. Participou em programas de rádio, grupos de teatro e cinema amadores, e até do movimento estudantil, curiosamente ligado ao Integralismo.

Começou a realizar filmagens (Filme Pátio de 1959) ao mesmo tempo em que ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, entre 1959 a 1961. Logo abandonou a faculdade para iniciar uma breve carreira jornalística, em que o foco era sempre sua paixão pelo cinema. Da faculdade foi o seu namoro e casamento com uma colega, Helena Ignez.

Sempre controvertido, escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Era visto pela ditadura militar que se instalou no país, em 1964, como um elemento subversivo.

No livro 1968 - O ano que não terminou, Zuenir Ventura registra como foi a primeira vez que Glauber fez uso da maconha, bem como o fato de, segundo Glauber, esta droga ter seu consumo introduzido na juventude como parte dos trabalhos da CIA (Agência Americana de Inteligência) no Brasil.

Em 1971, com a radicalização do regime, Glauber partiu para o exílio, de onde nunca retornou totalmente. Em 1977, viveu seu maior trauma: a morte da irmã, a atriz Anecy Rocha, que, aos 34 anos, caiu em um fosso de elevador. Antes, outra irmã dele morreu, aos 11 anos, de leucemia.

O Cineasta

Antes de estrear na realização de uma longa-metragem (Barravento, 1962), Glauber Rocha realizou vários curtas-metragens, ao mesmo tempo que se dedicava ao cineclubismo e fundava uma produtora cinematográfica.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América.

Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.

Glauber Rocha foi um cineasta controvertido e incompreendido no seu tempo, além de ter sido patrulhado tanto pela direita como pela esquerda brasileira. Ele tinha uma visão apocalíptica de um mundo em constante decadência e toda a sua obra denotava esse seu temor. Para o poeta Ferreira Gullar, "Glauber se consumiu em seu próprio fogo".

Com Barravento ele foi premiado no Festival Internacional de Cinema da Tchecoslováquia em 1963. Um ano depois, com "Deus e o Diabo na Terra do Sol", ele conquistou o Grande Prêmio no Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco.

Foi com Terra em Transe que tornou-se reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. Outro filme premiado de Glauber foi O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, prêmio de melhor direção no Festival de Cannes e, outra vez, o Prêmio Luiz Buñuel na Espanha.

Longa-Metragens

1962 - Barravento
1963 - Deus e o Diabo na Terra do Sol
1967 - Terra em Transe
1968 - O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro
1970 - Cabeças Cortadas
1971 - O Leão de Sete Cabeças
1972 - Câncer
1975 - Claro
1980 - A Idade da Terra

Documentários e Curta-Metragens

1959 - O Pátio A
1966 - Maranhão 66 B
1974 - História do Brasil
1974 - As Armas e o Povo C
1976 - Di Glauber
1979 - Jorge Amado no cinema

Glauber faleceu vítima de Septicemia, ou como foi declarado no atestado de óbito: Choque Bacteriano, provocado por Broncopneumonia que o atacava há mais de um mês, na Clínica Bambina (RJ), depois de ter sido transferido de um hospital em Lisboa (Portugal), onde permaneceu 18 dias internado. Residia há meses em Sintra, cidade de veraneio portuguesa, e se preparava para fazer um filme, quando começou a passar mal.

Fonte: Wikipédia

Pedro Collor

PEDRO AFFONSO COLLOR DE MELLO
(42 anos)
Empresário

* Maceió, AL (14/12/1952)
* New York, Estados Unidos (19/12/1994)

Pedro Affonso Collor de Mello foi um empresário brasileiro, irmão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Comandava as empresas da família em Alagoas, Organização Arnon de Mello, TV Gazeta de Alagoas, Jornal Gazeta de Alagoas, Rádio Gazeta AM, Rádio Gazeta FM e Gráfica Gazeta de Alagoas.

Pedro Collor denunciou um esquema de corrupção política envolvendo Paulo César Farias, tesoureiro de Fernando Collor. Essa denúncia, feita em entrevista exclusiva ao jornalista Luís Costa Pinto e publicada na revista Veja em edição com data de capa de 25 de maio de 1992, desencadeou o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor.

Pedro Collor morreu vítima de câncer no cérebro em 1994, deixando a esposa, Thereza Collor, e três filhos, sendo um deles fruto do relacionamento com Regina Maria Habbema de Maia.

Fonte: Wikipédia

Download:
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Elisa Fernandes

ELISA FERNANDES
(42 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (14/02/1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (02/01/1993)

Elisa Fernandes foi uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 14/02/1950.

Elisa Fernandes, carioca do bairro do Leblon começou a carreira no cinema. A estréia dela como atriz foi em 1970 no filme "O Meu Pé de Laranja Lima" como a irmã do personagem Zezé.

Logo depois, Elisa Fernandes participou do premiado filme de Paulo Porto, "Em Família" (1970) e fez, com Renato Aragão e Dedé Santana, "Ali Babá e os Quarenta Ladrões" (1972).

Fez, ainda, "O Descarte" (1973) com Glória Menezes e Ronnie Von, e "Quem Tem Medo de Lobisomem?" (1975).

Na televisão, Elisa Fernandes ficou conhecida por interpretar jovens românticas em novelas de época como "Senhora" (1975), "Vejo a Lua no Céu" (1976), "A Escrava Isaura" (1976) e "Maria, Maria" (1978).

Elisa Fernandes fez um ensaio sensual na revista "Ele & Ela" em abril de 1976.

Seu último trabalho na televisão foi na novela "Carmem" (1987) da TV Manchete.

Elisa Fernandes faleceu no dia 02/01/1993, aos 42 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de câncer.

Fonte: Wikipédia

Ronnie Cord

RONALD CORDOVIL
(42 anos)
Cantor

* Manhuaçu, MG (22/01/1943)
+ São Paulo, SP (06/01/1986)

Filho do maestro e compositor Hervé Cordovil, aos seis anos já tocava violão.

Em 1959 fez um teste na Copacabana Discos, no Rio de Janeiro e, no ano seguinte, realizou sua primeira gravação, lançada em LP que reunia vários outros cantores.

Iniciou sua carreira em 1960, tendo a ajuda na produção e na escolha do repertório, de seu pai, e sendo acompanhado por Betinho e Seu Conjunto. Nesse período, assim como outras estrelas do rock na época, cantava em inglês ou fazia versões de sucessos internacionais em português. No mesmo ano teve seu primeiro LP lançado e ganhou o Troféu Chico Viola por ter permanecido por seis meses em primeiro lugar nas paradas de sucesso, com a música "Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini", de Lee Pockriss e Paul Vence.

Em 1961 gravou a balada "Bat Masterson", de Bart Corwin e Havens Wray, de um seriado de grande sucesso na TV. Em 1962, estreou como compositor com a música "Sandy". Porém, somente em 1964 obteria novo sucesso com "Rua Augusta", de autoria de seu pai, Hervé  Cordovillançada pela RCA Victor.


De acordo com Erasmo Carlos e Tony Campello, essa composição seria o primeiro hino do rock brasileiro. Foi também a primeira música desse gênero a ter problemas com a censura. Sua terceira estrofe, - "Comigo não tem mais esse negócio de farda / não paro o meu carro nem se for na esquina / tirei a 130 a maior fina do guarda..." - foi cortada pela censura, tendo que ser substituída. A canção fez enorme sucesso e ganhou vários prêmios.

Em 1965, voltaria a gravar "Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini", desta vez em português, versão feita por seu pai, Hervé Cordovil. Com o nome de "Biquíni de Bolinha Amarelinha", a música fez novamente grande sucesso. Ainda nesse ano e no seguinte formaria e participaria com os irmãos Norman e Hervé Jr. dos conjuntos The Cords e Os Cords, lançando alguns compactos pela RCA Victor. Participou também como contratado do programa Jovem Guarda, exibido pela TV Record.

Demonstrando ter a mesma versatilidade do pai, não gravou apenas rocks e twists, lançando também marchas como "Mulher e Meia", parceria de seu pai com Manoel Vitório, e "Um Brinde à Lua", também de Hervé Cordovil.

Interrompeu sua carreira no início dos anos 1970, apresentando-se apenas em ocasiões comemorativas com outros pioneiros do rock brasileiro. Morreu prematuramente, em 1986, aos 42 anos, deixando três filhos. Não foi informada a causa da morte do cantor.

Discografia

  • 1968 - O Jogo do Simão / Se Você Gosta (RCA Victor)
  • 1967 - Só Eu e Você / Felizes Juntinhos (Polydor)
  • 1967 - Mulher e Meia / Luciana (Equipe)
  • 1966 - Escândalo de Família / Todo o Meu Amor (RCA Victor)
  • 1966 - Dia Lindo / Há Uma Estranha Expressão Nos Teus Olhos / Girl / Escuta no Vento (RCA Victor)
  • 1966 - Disco Voador / Eu, a Noite e Ninguém (RCA Victor)
  • 1965 - Biquíni de Bolinha Amarelinha / Veludo Azul (RCA Victor)
  • 1965 - Eu Vou à Praia / Amor Perdoa-me (RCA Victor)
  • 1965 - A Força do Destino / Giorno Grigio (RCA Victor)
  • 1965 - Ronnie Cord (RCA Victor)
  • 1964 - Rua Augusta / Brotinho Difícil (RCA Victor)
  • 1964 - Rua Augusta (RCA Victor)
  • 1964 - My Bonnie / Eu e o Luar (RCA Victor)
  • 1964 - Boliche Legal / Hippy Hippy Shake (RCA Victor)
  • 1963 - Rosa Meu Amor / Sandy (Copacabana)
  • 1962 - Banjo Boy / Parabéns 15 Anos (Copacabana)
  • 1962 - Ronnie Cord (Copacabana)
  • 1962 - Brotinho do Pullover / Pêra Madura (Copacabana)
  • 1961 - Ronnie Cord (Copacabana)
  • 1961 - Dreamin' / Look For a Star (Copacabana)
  • 1961 - Lop Sided, Over Loaded / Bye, Bye Love (Copacabana)
  • 1961 - Remember (Copacabana)
  • 1961 - Tonight My Love Tonight / Teen Angel (Copacabana)
  • 1961 - Tonight My Love Tonight (Copacabana)
  • 1961 - Dance On Little Girl / Bat Masterson (Copacabana)
  • 1960 - You're Knockin' In Me Out / Pretty Blue Eyes (Copacabana)
  • 1960 - Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini / Flaming Love (Copacabana)
  • 1960 - Ronnie Cord (Copacabana)
  • 1960 - Ronnie Cord Com Orquestra e Coro (Copacabana)
  • 1960 - Ronnie Cord Com Betinho e Seu Conjunto (Copacabana)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB

Dener Pamplona

DENER PAMPLONA DE ABREU
(42 anos)
Estilista

* Belém, PA (03/08/1936)
+ São Paulo, SP (09/11/1978)

Dener Pamplona de Abreu foi um estilista brasileiro, um dos pioneiros da moda no Brasil. Em 1945 sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a desenhar seus primeiros vestidos. Seu primeiro contato com a moda teve lugar em 1948, com apenas 13 anos de idade, na Casa Canadá, então importante butique carioca.

Dois anos depois, em 1950, após fazer o vestido de debutante de Danuza Leão, foi contratado para um estágio com Ruth Silveira, dona de um importante ateliê, onde aprimorou seus desenhos. Em 1954 transferiu-se para São Paulo para trabalhar na butique Scarlett. Três anos depois, inaugurou seu próprio ateliê, denominado Dener Alta-Costura, na praça da República. No ano seguinte ganhou dois prêmios por sua coleção, sendo descoberto pelos meios de comunicação. Seu ateliê foi então transferido para a avenida Paulista.

Ao abrir seu primeiro ateliê em São Paulo, quebrou um tabu, criando para socialites quando era moda mulher de bem vestir-se em Paris e quando no Brasil só existiam modistas que copiavam as criações francesas. Este foi o marco inicial da roupa brasileira com estilo próprio.



Dener foi o grande percursor da alta-costura brasileira: fugia da comodidade do copismo, desenhando para clientes de acordo com seu físico, idade, gosto e em consonância com o nosso clima tropical.

Como seu ídolo, Balenciaga, defendia o estilo clássico, de bases simples, embora nos modelos de festa e noiva recorresse a bordados suntuosos e a certa dramaticidade. Requinte a parte, realizava-se mesmo fazendo taieres bem cortados.

Mesmo vivendo cercado de glamour, Dener demostrou ter visão também para o marketing e os negócios. Tanto que foi o primeiro estilista a usar a força da mídia para promover e divulgar seu nome e suas coleções. Com a mesma sensibilidade e inteligência, percebeu, nos anos 60, que era hora de lançar sua grife em produtos industrializados.

Pálido, frágil, de gestos delicados e atitudes excêntricas, o costureiro despertou raiva e paixão. Dener, naquela displicente e bem dosada arrogância de retocador de Deus, embelezava as mulheres e enfurecia os homens. Os homens, principalmente os recalcados, odiavam Dener e tudo o que o genial figurinista representava na frescura de sua masculinidade, escreveu o jornalista David Nasser.


Em 1963, já prestigiado, foi escolhido o estilista oficial da primeira-dama da República, Maria Teresa Fontela, esposa de João Goulart. Era também amigo da primeira-dama, que disse sobre ele: "Dener foi muito importante nesta minha vida, a pública, porque a gente pode pensar que não é, mas postura é uma coisa importante!"

Dener casou-se em 1965 com Maria Stella Splendore, uma de suas manequins (como se chamavam à época as modelos de passarela), de quem se separaria quatro anos mais tarde. Teve dois filhos do casamento, Frederico Augusto (morto em 1992) e Maria Leopoldina, que em 2007 morava com a mãe numa comunidade Hare Krishna no interior de São Paulo.

Em 1968, fundou a Dener Difusão Industrial de Moda, considerada a primeira grife de moda criada no Brasil. Em 1970 foi convidado a participar do júri do "Programa Flávio Cavalcanti". Dois anos depois lançou sua autobiografia, "Dener - O Luxo", e o livro "Curso Básico de Corte e Costura".

Ao longo dos anos 70, Dener disputou com Clodovil Hernandes o titulo de papa da alta costura brasileira.

Clodovil Hernandes e Dener Pamplona
Em 1975 casou-se novamente, desta vez com uma cliente, Vera Helena Camargo, separando-se em 1977.

Quando o mundo começou a mudar, o dinheiro trocou de mãos e surgiu o noveau riche, sentiu os pilares da educação e elegância corretas que sempre defendeu, ruírem como castelos de areia. Foi um golpe duro. Considerado o último dos românticos, começou uma triste derrocada voluntária. 

Identificando-se com a personagem de "A Dama das Camélias", que tanto admirava, recusou-se a aceitar as regras de um mundo que fugia dos parâmetros que tinha estabelecido como ideais.

Seus problemas com o alcoolismo agravaram-se em 1978, morrendo em 09 de novembro do mesmo ano em decorrência de uma cirrose hepática. Morreu jovem, empobrecido e triste.


Cronologia

  • 1937 - Nasce no dia 3 de agosto em Belém do Pará;
  • 1948 - Inicia sua vida profissional na Casa Canadá, com apenas 13 anos;
  • 1950 - Faz o vestido de debutante de Danuza Leão, que o apresenta a Ruth Silveira com quem vai trabalhar;
  • 1957 - Com 21 anos, abre seu primeiro ateliê, na Praça da República;
  • 1958 - Muda o ateliê para a aristocrática Avenida Paulista. Veste clientes famosas, inclusive a primeira dama, Sarah Kubitschek;
  • 1959 - Ganha os prêmios de Agulha de Ouro e Agulha de Platina, no Festival da Moda, patrocinado pela Tecidos Matarasso Boussac. Entre os concorrentes figurava até o costureiro Christian Dior. Após a morte desse criador, Dener foi convidado para dirigir a criação da maison francesa. Por motivos incertos recusou a oferta;
  • 1962 - Dener é responsável pelo guarda-roupa da primeira-dama Maria Teresa Goulart;
  • 1963 - Com o apoio da revista Manchete, da Cia Brasileira de Tecidos Rhodiaceta e do Instituto Brasileiro do Café, Dener e outros estilistas lançam em conjunto a coleção Brazilian Look, com mais de cem modelos que foram apresentados na Europa;
  • 1964 - Recebe a Palma de Ouro, no Festival Internacional da Moda, em Las Vegas, com um vestido de cauda rebordade de águas marinhas naturais;
  • 1965 - Casa-se com uma de suas manequins, Maria Stela Splendore na época com 16 anos;
  • 1966 - Nasce seu filho Frederico Augusto;
  • 1967 - Nasce sua filha Maria Leopoldina;
  • 1968 - É criada a empresa Dener Difusão Industrial de Moda. Fica oficializada a criação da primeira grife de moda nacional;
  • 1969 - Termina seu casamento com Maria Stela Splendore;
  • 1970 - É o fim dos anos áureos da alta-costura. Transfere seu ateliê para a Alameda Jaú. Estréia como jurado do "Programa Flávio Cavalcanti";
  • 1971 - Transfere seu ateliê para a Alameda Franca;
  • 1972 - Lança o livro autobiográfico "Dener, o Luxo", e o manual "Curso Básico de Corte e Costura";
  • 1973 - Uni-se a outros costureiros para formar as bases da Associação da Moda Brasileira, cujo objetivo seria lutar contra a evasão de divisas;
  • 1975 - Casa-se com Vera Helena Pires de Oliveira Carvalho. Tranfere seu ateliê para Rua Groelândia;
  • 1976 - Separa-se de Vera Helena Pires de Oliveira Carvalho, desativa seu ateliê e atende em sua casa algumas clientes fiéis da alta-costura;
  • 1977 - Vive tempos difíceis. Já doente, lança a coleção "A Grande Valsa", inspirada no filme "A Viúva Alegre";
  • 1978 - Desgostoso com os rumos da moda, optou pelo exílio voluntário. Morreu no dia 09 de novembro em São Paulo aos 42 anos.
Fonte: Wikipédia e Deise Sabbag

Cláudio Coutinho

CLÁUDIO PECEGO DE MORAES COUTINHO
(42 anos)
Preparador Físico e Técnico de Futebol

* Don Pedrito, RS (05/01/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/1981)

Cláudio Pecego de Moraes Coutinho foi um preparador físico e treinador de futebol brasileiro, que comandou o Flamengo e a Seleção Brasileira na década de 1970.

Nascido na pequena cidade gaúcha de Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai, Cláudio Coutinho mudou-se para o Rio de Janeiro, quando tinha somente quatro anos de idade.

Vivendo na Cidade Maravilhosa, Cláudio Coutinho ingressou na escola militar e seguiu carreira, chegando ao posto de capitão de artilharia. Por outro lado, também demonstrava grande interesse para área esportiva, tanto que se graduou na Escola de Educação Física do Exército.

Em 1968, foi escolhido para representar sua escola em um Congresso Mundial, realizado nos Estados Unidos. Lá conheceu o professor norte-americano Kenneth Cooper, idealizador do famoso método de avaliação física que leva o seu nome. Convidado pelo mesmo, frequentou o Laboratório de Estresse Humano da NASA. Dando prosseguimento às suas experiências internacionais, defendeu tese de mestrado na Universidade de Fontainbleau, na França.


Cláudio Coutinho posa de faixa com o filho Cascão no gramado do Maracanã após a conquista do Estadual
Em 1970 foi chamado para ser preparador físico da Seleção Brasileira, tricampeã mundial no México. Nos treinamentos, passou a trabalhar com o Método de Cooper, sendo a partir daí conhecido por ser o seu introdutor no Brasil.

Após a competição, trabalhou - agora como treinador - na Seleção Peruana de Futebol, como coordenador técnico do Brasil na Copa de 1974, no time francês do Olympique de Marselha e na Seleção Brasileira Olímpica, levando-a ao quarto lugar nas Olimpíadas de Montreal de 1976. No mesmo ano, passou a treinar o Flamengo.

O relativo bom desempenho nesses lugares, além de seu histórico dentro da Confederação Brasileira de Desportos, o credenciaram para ser o substituto de Osvaldo Brandão dentro da Seleção Brasileira de Futebol, então postulante a uma vaga na Copa do Mundo de 1978, na Argentina.

A escolha de seu nome causou certa surpresa, já que era considerado pouco experiente para o cargo. Assim, Cláudio Coutinho quase começava por onde todos terminavam. Logo que assumiu o comando, Cláudio Coutinho tratou de implantar sua filosofia própria. Na época o futebol brasileiro sofria com uma controvérsia em relação à sua própria essência. O fracasso na Copa do Mundo de 1974, aliado a outros fatores, levaram muitos à conclusão de que o nosso método de jogo, aquele individualista, baseado nos craques que desequilibram, estava ultrapassado e que o importante passava a ser o modelo europeu, coletivo, somatório, aonde os jogadores nada mais eram do que peças de uma engrenagem comum, o time.


Cláudio Coutinho e Zico (Foto: O Globo)
Essa era uma discussão polêmica e que dividia opiniões e logo o treinador tratou de assumir que era um ardoroso defensor da europeização dos métodos. Para ele, a Seleção Brasileira já não dependia mais de craques foras-de-série, mas sim de um esquema em grupo, com disciplina tática. Ele também inventou uma terminologia confusa para descrever seu novo estilo de trabalho, com palavras como o "overlapping", o "ponto futuro" (que descrevia o procedimento em que o jogador fazia a jogada com seu companheiro já se posicionando para receber a bola posteriormente) e a "polivalência" (em que cada jogador passaria a exercer mais de uma função em campo).

Terminando de classificar o Brasil nas eliminatórias, Cláudio Coutinho passou a treiná-lo em uma série de amistosos. Mas em alguns desses, como um contra a Inglaterra que terminou empatado em 1 x 1, suas teorias, tão firmemente defendidas, não se aplicavam com muito sucesso.

Às vésperas da Copa, Cláudio Coutinho passou a rever seus conceitos, mas era tarde. Na convocação, causou controvérsia: deixou de levar Falcão, do Internacional, considerado por muitos o melhor armador do futebol brasileiro à época, para ir com Chicão, do São Paulo, conhecido mais por sua garra e truculência, talvez pela questão da obediência tática.

Na estréia da competição, o Brasil enfrentou a Suécia. O resultado foi um desanimador empate em 1 x 1. O jogo seguinte foi contra a Espanha. Um novo empate, desta vez em 0 x 0, já fazia pipocar críticas contra seu estilo e contra um certo espírito "retranqueiro" da Seleção Brasileira.


Cláudio Coutinho e Zagalo
Um dos problemas que Cláudio Coutinho enfrentava era a falta de entrosamento do time como um todo, em especial entre Zico e Reinaldo, dois craques absolutos, mas que estavam rendendo aquém do esperado no torneio.

A vitória sobre a Áustria por 1 x 0 não acalmou muito os ânimos e o presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), Heleno Nunes, acabou por intervir. Ordenou a Cláudio Coutinho que trocasse a dupla por Roberto Dinamite e Jorge Mendonça, e também que substituísse o zagueiro improvisado na lateral esquerda Edinho, já que Cláudio Coutinho não havia aprovado Júnior na posição, por um atleta do ofício, Rodrigues Neto.

As mudanças podem ter surtido algum efeito, já que o Brasil, no primeiro jogo da segunda fase, goleou o Peru por 3 x 0. Mesmo não apresentando um futebol ideal, era visível a melhora da equipe, a maior vontade e determinação. O jogo seguinte, contra a anfitriã Argentina, a futura campeã, ficou marcado pela rivalidade e tensão. Um 0 x 0 truncado e disputado, com todo o tempero dessa "batalha". A decisão sobre qual dos dois rivais sul-americanos iria à grande final ficou então para a última rodada: o Brasil enfrentaria a Polônia, enquanto a Argentina duelava com o Peru.

Os jogos, marcados para o mesmo dia, originalmente transcorreriam também no mesmo horário, mas subitamente a FIFA decidiu adiar o jogo da Argentina, para que começasse apenas após o término da peleja brasileira. A seleção então fez sua parte, vencendo sua partida por 3 x 1. Já os argentinos entraram em campo sabendo quantos gols precisariam fazer para superar seu adversário no saldo (primeiro critério de desempate).


Cláudio Coutinho
Em um jogo polêmico, marcado pela suspeita de irregularidade, o time goleou o Peru de forma surpreendente, por 6 x 0, contando com erros crassos do time adversário. Com isso, restou à Seleção Brasileira disputar o terceiro lugar com a Itália, partida ganha por 2 x 1. O Brasil, embora não chegasse à final, foi o único time invicto da competição, um dos fatores que levou Cláudio Coutinho a cunhar uma frase que se tornaria célebre: "Fomos os campeões morais dessa Copa".

Mesmo assim, o treinador acabou responsabilizado pela mídia e opinião pública pelo fracasso de seu selecionado e teve até sua capacidade profissional questionada. Voltou ao Flamengo e, pouco tempo depois, conseguiu "dar a volta por cima" na equipe ao ser Tricampeão Estadual em 1978-1979-1979 (Especial) e Campeão Brasileiro em 1980, e, de certa forma, ao ser o "patriarca" do supertime que seria Campeão Mundial Interclubes em 1981, já sob o comando de Paulo César Carpegiani, pois Cláudio Coutinho, magoado com a direção do clube, havia saído da Gávea rumo ao futebol norte-americano.

No rubro-negro, Cláudio Coutinho obteve sucesso ao misturar seus avançados conhecimentos táticos com o talento individual abundante naquele fantástico time, conseguindo montar um dos maiores esquadrões da história do nosso futebol, um raro caso de uma equipe completa. Com isso, consagrou-se como um de nossos técnicos mais importantes.

No final da temporada de 1981, mesmo ano da consagração de boa parte de seu trabalho, estava em férias no Rio de Janeiro, antes de ingressar no futebol árabe. Exímio mergulhador, no dia 27/11/1981 praticava um de seus hobbies, a pesca submarina nas Ilhas Cagarras, arquipélago próximo a Praia de Ipanema, quando morreu afogado, aos 42 anos.

Fonte: Wikipédia