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Guilherme de Pádua

GUILHERME DE PÁDIA THOMAZ
(53 anos)
Ator, Pastor e Assassino

☼ Belo Horizonte, MG (02/11/1969)
┼ Belo Horizonte, MG (06/11/2022)

Guilherme de Pádua Thomaz foi um ator, pastor e assassino nascido em Belo Horizonte, MG no dia 02/11/1969.

Guilherme de Pádua ficou nacionalmente conhecido por ter assassinado brutalmente a atriz Daniella Perez, sua colega de elenco e par romântico na novela "De Corpo e Alma" (1992). Daniella Perez era filha de Gloria Perez, autora da telenovela.

O crime ocorreu em 28/12/1992, quando Guilherme de Pádua, com a ajuda da sua então esposa Paula Nogueira Thomaz (atualmente Paula Nogueira Peixoto), assassinou Daniella Perez utilizando um instrumento perfurocortante (uma tesoura segundo Guilherme de Pádua, um punhal segundo o autor da autópsia).

Nascido em Belo Horizonte, MG, anos depois Guilherme de Pádua deixou a cidade e mudou-se para o Rio de Janeiro, para tentar a carreira artística.

Como ator, atuou no filme alemão "Via Appia" (1989) como o garoto de programa José. Fez uma pequena participação na telenovela "Mico Preto" (1990), interpretando Narciso e, atuou na telenovela "De Corpo e Alma" (1992) como o motorista de ônibus Bira, ambas da TV Globo.

Guilherme de Pádua tinha 23 anos quando cometeu o crime e sua então esposa, Paula Nogueira Thomaz, estava grávida.

Guilherme de Pádua e Daniella Perez
O Assassinato de Daniella Perez

Em 28/12/1992, Guilherme de Pádua assassinou a atriz Daniella Perez, junto com sua então esposa Paula Nogueira Thomaz. A motivação do crime seria profissional, pois Guilherme de Pádua havia "perdido espaço" na novela. Daniella Perez era filha da autora da novela em que atuava e existia o ciúme de Paula Nogueira Thomaz em relação a atriz.

O casal emboscou Daniella Perez em frente a um posto de gasolina, situação vista e confirmada por dois frentistas. Quando Daniella Perez deixou o posto, Guilherme de Pádua, com Paula Thomaz escondida no banco de trás, fechou o carro de Daniella Perez, que desceu do veículo.

Guilherme de Pádua então lhe deu um soco e forçou a atriz a entrar no carro do casal, um Volkswagen Santana. Paula Thomaz então assumiu a direção, enquanto Guilherme de Pádua pegou o Ford Escort da atriz, com o qual seguiu para o local do crime. Foi neste momento que outra testemunha, um advogado, viu a cena e seguiu os dois carros por algum tempo.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz então seguiram até um matagal da Barra da Tijuca, onde mataram a atriz e deixaram seu corpo.

A Folha de S.Paulo escreveu:
"O laudo cadavérico da atriz Daniella Perez indica que ela teve entre 16 e 20 ferimentos. A maioria deles estava concentrada na região mamária esquerda - sobre o coração - e o restante, no pescoço. Os ferimentos causaram uma grande hemorragia interna. O pulmão esquerdo foi perfurado e recebeu muito sangue. O coração apresentava oito perfurações e o pescoço, quatro - uma delas atingindo tecidos profundos e causando infiltração de sangue na traquéia. Além desses ferimentos, o corpo mostrava também escoriações no ombro, que poderiam indicar, de acordo com o médico legista Nelson Massini, que ela tenha sido arrastada."
(Segundo a Folha de S.Paulo)

O crime teria sido motivado por inveja, cobiça e vingança, já que, segundo a acusação, Guilherme de Pádua assediava Daniella Perez em busca de uma maior participação de seu personagem na novela. Sem obter êxito em suas investidas e ao ver que seu personagem não ia aparecer em dois capítulos da novela na semana do crime, acreditou que Daniella Perez teria contado sobre suas perseguições a sua mãe, como forma de prejudicá-lo.

Em entrevista, Gloria Perez explicou que não diminuiu a participação de Guilherme de Pádua na novela para prejudicá-lo. Ela conta que, naquela semana, recebeu ordens superiores da TV Globo para não tratar de sequestro na novela, porém ela já tinha escrito capítulos sobre o tema. Em consequência, muitas cenas tiveram que ser cortadas e foi por isso que o personagem de Guilherme de Pádua na novela acabou sumindo por dois capítulos.

Após o corpo ser encontrado e com a grande repercussão do caso na imprensa, Guilherme de Pádua chegou a ir a delegacia confortar a mãe e abraçar o marido de Daniella Perez.

Investigação Policial, Prisão e Pena

Na noite do assassinato, uma testemunha havia visto uma movimentação estranha no local do crime e anotou detalhes dos carros, como as placas, tendo posteriormente ligado para a polícia. No local onde o corpo foi encontrado, a polícia encontrou apenas o Ford Escort de Daniella Perez, mas não o outro veículo. No entanto, com os dados do outro veículo em mãos, os investigadores foram até o estúdio da TV Globo e reconheceram o carro de Guilherme de Pádua, que se encaixava na descrição da testemunha. Posteriormente, descobriram que o assassino alterou a placa, o que mostra a premeditação do crime.

A Justiça ordenou a prisão em flagrante de Guilherme de Pádua e ele foi preso. Contudo, a prisão do ator durou poucos dias, pois o seu advogado entrou com um recurso e o juiz concedeu-lhe liberdade provisória, sob a alegação de que a prisão em flagrante tinha sido ilegal.

Após sair da cadeia, Guilherme de Pádua desapareceu. Após alguns dias, uma nova decisão judicial decretou a prisão preventiva do ator, que passou a ser considerado foragido. O desaparecimento de Guilherme de Pádua causou revolta e os atores da novela fizeram um mutirão para encontrá-lo, interfonando a esmo em prédios da Zona Sul do Rio de Janeiro, à procura do ator. Após alguns dias foragido, Guilherme de Pádua se entregou às autoridades.

Após Guilherme de Pádua confessar o crime, o casal foi preso por homicídio duplamente qualificado -  por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

Em 25/01/1997, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram condenados por homicídio qualificado, com motivo torpe, a 19 anos e seis meses de cadeia.

Guilherme de Pádua chega ao presídio Ari Franco, em Água Santa, em 1997.
Desdobramentos

Em 1995, enquanto estava preso, Guilherme de Pádua escreveu o livro "História Que o Brasil Desconhece", editado pela Escriba Editora Multimídia de Artes Gráficas. Ele pretendia lançá-lo durante a Bienal do Livro do Rio daquele ano, mas uma liminar conseguida por Glória Perez suspendeu o lançamento, tendo sido oficiado à Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais para que fizesse a apreensão dos exemplares. Glória Perez obteve então decisão judicial condenando Guilherme de Pádua e a editora a uma multa de R$ 20 mil por cada dia em que a decisão não fosse cumprida, entre 20/08/1995 a 09/04/1996.

A venda do livro foi proibida porque, segundo a decisão judicial, diminuiria a imagem e a honra de Daniella Perez. Contudo, o livro foi distribuído aos jurados pelo advogado de Gloria Perez como uma maneira de provar as injúrias e difamações que Guilherme de Pádua fazia contra a vítima.

O assassinato de Daniella Perez mobilizou o Brasil e causou revolta na sociedade, com muitos brasileiros exigindo o endurecimento das leis penais. O Congresso brasileiro chegou a debater a pena de morte, mas o projeto não andou.

Em 1993, a mãe de Daniella Perez, iniciou um movimento com vistas a tornar o homicídio qualificado crime hediondo, de modo que os condenados por esse crime passassem a ter de cumprir mais tempo de prisão para conseguir mudar para o regime aberto ou para ter a progressão de pena. Mesmo numa época em que as pessoas não tinham acesso à Internet, em apenas três meses Gloria Perez conseguiu recolher 1,3 milhão de assinaturas para o seu projeto de lei, após percorrer programas de rádio, televisão e grandes shows de música para pedir a adesão das pessoas. Os papéis passavam de mão em mão.

Em outubro de 1993, Gloria Perez entregou as assinaturas ao Congresso Nacional. A nova lei foi aprovada em agosto de 1994 e sancionada pelo presidente Itamar Franco no mês seguinte. Todavia, a nova lei não pôde ser aplicada no caso de Daniella Perez, uma vez que o direito brasileiro não permite que uma lei mais severa retroaja para prejudicar alguém.

Guilherme de Pádua é mencionado em um capítulo do livro da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, "Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado".

Guilherme de Pádua e Paula Maia
Vida Após a Prisão e Liberdade

Guilherme de Pádua foi solto em 14/10/1999, após ficar preso por seis anos e nove meses, o que significa o cumprimento de um terço da pena. Em entrevista, o promotor Francisco Cembranelli afirmou:
"Foi um delito que ficou praticamente impune. Foi até uma pena alta (19 anos para ele e 18 anos e meio para ela), mas eles cumpriram muito pouco tempo!"
O promotor refere-se ao direito à progressão de regime existente na lei penal brasileira, fazendo com que o condenado não cumpra o total da pena em regime fechado.

Guilherme de Pádua se separou de Paula Thomaz e em março de 2006, casou-se com a produtora de moda Paula Maia, 14 anos mais nova e que havia conhecido na igreja que ambos frequentavam.

Em abril de 2010, Guilherme de Pádua foi entrevistado no Programa do Ratinho e, pelo Twitter, Glória Perez afirmou que Guilherme de Pádua não era mais réu, logo, não estava mais protegido pelo direito de mentir que a lei brasileira concede a réus. Portanto, qualquer declaração mentirosa resultaria em processo. Assim, Guilherme de Pádua recusou-se a responder perguntas sobre o caso para não ser processado.

Em junho de 2010, foi noticiado que sua mulher, Paula Maia, estaria lançando um livro contando a história do marido: "Que Amor é Esse? A história Real de Guilherme de Pádua".

Em 2012, Guilherme de Pádua começou a trabalhar na empresa Itaipu Vidros como Gerente de TI. Em 9 de dezembro deste mesmo ano, ele foi entrevistado no programa Domingo Espetacular, no quadro "A Grande Reportagem", contando para Marcelo Rezende sua versão sobre o assassinato, versão esta que já fora modificada várias vezes. Disse nesta entrevista, por exemplo, que não bateu em Daniella Perez depois de abordar a vítima, desmentindo as duas testemunhas oculares.
"Os frentistas Flávio de Almeida Bastos e Danielson da Silva Gomes, ao deporem ontem à tarde pela primeira vez no 2.º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, confirmaram que viram o ator Guilherme de Pádua dar um soco na atriz Daniella Perez, agarrá-la pelo pescoço e colocá-la à força no carro do ator!"
(Folha de S.Paulo em 08/01/1994)

Guilherme de Pádua e Luciana Lacerda
Em 2014, o casamento de Guilherme de Pádua e Paula Maia chegou ao fim. Ela falou para a imprensa posteriormente, em agosto de 2015, que ele era "um grande manipulador".

Guilherme de Pádua foi condenado em 29/04/2016 a pagar uma indenização de 500 salários mínimos (cerca de R$ 440 mil na época) à mãe, a escritora Gloria Perez, e ao marido da atriz, o ator Raul Gazolla. Além disso, Guilherme de Pádua ainda teve que arcar com as despesas de sepultamento e funeral de Daniella Perez e com os custos processuais e honorários de advogados, valor estipulado em 10% sobre a condenação.

Em 14/03/2017, Guilherme de Pádua casou-se pela terceira vez, com a estilista Juliana Lacerda. Em dezembro de 2017, se tornou pastor na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

Em 24/05/2020, Guilherme de Pádua chamou a atenção por comparecer a uma manifestação pró Bolsonaro com Juliana Lacerda, gerando indignação de usuários no Twitter.

Em agosto de 2022, Guilherme de Pádua postou um vídeo em seu canal do YouTube, pedindo perdão para a mãe de Daniella Perez, a autora Gloria Perez, e para o viúvo, o ator Raul Gazolla. O vídeo gerou muita revolta, com acusações de que Guilherme de Pádua não estava sendo sincero, e que só teria gravado o vídeo devido à repercussão gerada pelo lançamento de um documentário sobre a morte de Daniella Perez na HBO Max.

Também em agosto houve rumores de que Guilherme de Pádua e Juliana Lacerda, sua esposa, teriam tido um encontro com o então presidente Jair Bolsonaro, pois Juliana postou uma foto com Michelle Bolsonaro, esposa do presidente. Contudo, tanto Bolsonaro quanto Guilherme de Pádua negaram o encontro. Nas redes sociais, Juliana Lacerda afirmou que participou de uma cerimônia religiosa em que Michelle estava, momento em que entrou numa fila para conseguir tirar uma foto com a primeira-dama, afirmando ainda que Michelle Bolsonaro nem sabia quem ela era e que nunca tinha conversado com ela antes.

Morte

Guilherme de Pádua faleceu no domingo, 06/11/2022, aos 53 anos, em sua residência na cidade de Belo Horizonte, MG, vítima de um infarto.

A informação da morte foi divulgada pelo pastor Márcio Valadão, fundador da Igreja Batista da Lagoinha, onde Guilherme de Pádua atuava como pastor, durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. Na parte da manhã, Guilherme de Pádua havia frequentado a igreja, como fazia todos os domingos, e conversado com frequentadores.

O corpo de Guilherme de Pádua foi velado desde às 10h30 da manhã de segunda-feira, 07/11/2022, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. A cerimônia foi fechada e teve um esquema de segurança que impedia a entrada de imprensa e curiosos, sendo restrita a familiares e membros da igreja.

O sepultamento de Guilherme de Pádua ocorreu no cemitério Parque da Colina, às 14h30. 

Sorrindo, pastor Márcio Valadão anuncia morte de Guilherme de Pádua
Curiosidades Macabras Sobre a Morte de Guilherme de Pádua

Pastor
Márcio Valadão, pastor da Igreja Batista Lagoinha, foi quem informou na noite de domingo, 06/11/2022, durante uma live no Instagram, a morte de Guilherme de Pádua. O religioso deu o que falar nas redes sociais ao aparecer com um sorriso no rosto ao dar a trágica notícia.

Estreia da Novela Explode Coração
A morte de Guilherme de Pádua ocorreu no dia 06/11/2022, justamente 27 anos após a estreia da novela "Explode Coração" que aconteceu no dia 06/11/1995, que marcou a volta de Gloria Perez à televisão após o assassinato da filha.

Paródia "Enfarta Coração"
Em 1995, o programa "Casseta & Planeta", que costumava fazer paródias das principais novelas da TV Globo, criou uma para a trama de Gloria Perez "Explode Coração", que virou "Enfarta Coração". Coincidentemente, Guilherme de Pádua morreu vítima de um infarto.

Punhal no Coração
Daniella Perez foi assassinada com mais de 18 facadas no coração, e quase 30 anos depois, Guilherme de Pádua morreu de infarto. É como se o assassino tenha sofrido uma espécie de karma astral.

Astróloga
A astróloga Mônica Bounfiglio realizou a leitura do mapa astral de Guilherme de Pádua, três meses antes da morte do ex-ator. Na ocasião, ela disse que ele estaria com medo de morrer.

Morte no Ano de Lançamento da Série "Pacto Brutal"
Guilherme de Pádua faleceu no mesmo ano que a HBO Max lançou "Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez", uma série documental que aborda o crime e traz relatos inéditos de familiares e dos amigos mais próximos de Daniella Perez, incluindo sua mãe, a autora Gloria Perez, que encabeça todo o caso.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #GuilhermeDePadua

Marcelo Yuka

MARCELO FONTES DO NASCIMENTO VIANA DE SANTA ANA
(53 anos)
Baterista, Compositor, Ativista Político e Palestrante

☼ Rio de Janeiro, RJ (31/12/1965)
┼ Rio de Janeiro, RJ (18/01/2019)

Marcelo Yuka, nome artístico de Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana, foi um baterista, compositor, ativista, político e palestrante, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 31/12/1965.

Marcelo Yuka passou a infância no humilde bairro de Campo Grande e a adolescência em Angra dos Reis, onde aprendeu a surfar. Foi no início da idade adulta que se envolveu para valer com a música, ao mesmo tempo em que cursava jornalismo na faculdade. A paixão pelas palavras seria uma herança da mãe, que era professora e, segundo o baterista, bastante severa.

Tocando com amigos na Baixada Fluminense, onde o cenário do reggae crescia, o músico integrou a banda carioca KMD-5, pioneira do ritmo no Brasil entre os anos 1980 e 1990. É também nessa época que nasceu o nome artístico Marcelo Yuka. Com 1,90m de altura, Marcelo ganhou o apelido de “Uruca” durante os ensaios que aconteciam em um barraquinho pequeno, que desafiava sua entrada e a da bateria. Um garoto da região, que não conseguia pronunciar o apelido do baterista, o chamava de "Iruca", o que acabou se tornando Yuka.

No início da década de 1990, o nome de Marcelo já começava a circular entre o cenário musical brasileiro, juntamente com de outros colegas como a banda Skank e o rapper Marcelo D2, em um momento que o rock brasileiro bebia de influências do hip hop e do reggae.


Em 1993, Marcelo Yuka fundou O Rappa ao lado de Marcelo Lobato e Alexandre Menezes, o Xandão, com Nelson Meirelles, produtor do Cidade Negra. Inicialmente, o grupo foi criado meio às pressas para acompanhar o cantor caribenho Papa Winnie pelo Brasil. A química foi boa e, em seguida, eles anunciaram no jornal O Globo a vaga de vocalista, que foi preenchida por Marcelo Falcão.

Marcelo Yuka foi o autor de boa parte dos sucessos da banda, que tomou as rádios com faixas como "Pescador De Ilusões", "Me Deixa, Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)", "O Que Sobrou Do Céu", "Todo O Camburão Tem Um Pouco De Navio Negreiro", entre outras. As letras, assim como os videoclipes, eram marcados por fortes críticas sociais e políticas.

Com o grupo lançou quatro CDs pela gravadora Warner Music, "O Rappa" (1994), "Rappa Mundi" (1996), "Lado B, Lado A" (1999) e "Instinto Coletivo Ao Vivo" (2001).

Sua vida mudou em 09/11/2000 onde ele tentou impedir a ação de um grupo de criminosos contra uma mulher. Ele foi baleado nove vezes. Uma das balas atingiu a segunda vértebra torácica, deixando-o paraplégico.

Em 2001, após desavenças com os demais integrantes da banda, Marcelo Yuka deixou O Rappa.


"Eu tinha 34 anos, virei uma curva e me vi assim. Tudo aconteceu muito rápido e a mente não consegue acompanhar", lembrou em entrevista à jornalista Marília Gabriela, no SBT, exibida em 2014.
"Na hora que tomei os tiros eu percebi que ficaria assim. Não perdi a consciência. Senti que o corpo não tinha mais o equilíbrio do tronco. Fiquei por algum tempo com o corpo muito debilitado. Depois veio o entendimento de como seria minha vida. O trabalho ajudou muito. E acho que hoje só agradeço. Eu queria aprender a ser alguém melhor pelo amor, e não pela dor. Pela dor todo mundo aprende!"
A saída da banda o levou a intensificar seu lado ativista. Fundou a Brigada Organizada de Cultura Ativista (BOCA), que teve como objetivo levar cultura e educação para entidades carcerárias, como bibliotecas, sessões de cinema, debates.
"Foi interessante me conectar com aquelas pessoas, pois quando eu entrava na cela, era um esforço grande. As portas são pequenas, o lugar lotado, eu sentia dores. E eles percebiam isso. E pensavam: Pô esse cara vem aqui ajudar pessoas que parecem com os que fizeram isso com ele!"
Em diversas entrevistas, o músico garantiu que não guardava rancor dos criminosos que atiraram contra ele.
"Eu queria que a justiça tivesse sido feita. Mas desde o começo decidi que não queria carregar mais essa dor, de ficar procurando quem foi. A situação já era muito limite, não queria um coração amargo. Fui cuidar da minha vida!"

A veia artística e o ativismo político se uniram com a criação do grupo F.UR.T.O., idealizado por ele como um projeto social, que deu origem também a uma Organização Não Governamental (ONG) de mesmo nome. Ali, entre projetos contra a violência, Marcelo Yuka lutou em prol das pesquisas com células troncos para tratamentos de pessoas deficientes.

Filiado do Partido Socialista e Liberdade (PSOL), Marcelo Yuka disputou as eleições municipais de 2012 como vice-prefeito na chapa de Marcelo Freixo. Ao ser questionado se ainda tinha ambições políticas, em entrevista ao "Programa do Bial", em 2018, Marcelo Yuka respondeu: "Deus me livre. Nunca mais. Essa ideia foi do Freixo!". No mesmo programa, o músico afirmou que há 17 anos lidava com dores crônicas.
"Eu tenho dor 24 horas por dia, mas eu não posso pensar nisso senão ela aumenta!"
Marcelo Yuka participou ativamente de projetos sociais, atuando em parceria com o AfroReggae, com a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional do Rio de Janeiro (FASE) e junto à comunidade do Morro Santa Marta.

Após ficar paraplégico, por causa do tiro levado de um assaltante, e as divergências que se criaram entre ele e o resto dos integrantes, acabou saindo da banda. Fundou a banda F.U.R.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), ao lado de Maurício Pacheco (voz, guitarra e teclado), Alexandre Garnizé (bateria e percussão) e Jamilson da Silva (percussão), ficando responsável pelas vozes, baixo e programação de bateria.


Com a banda, lançou em 2005 o CD "Sangueaudiência", que contou com a participação de Marisa Monte, na faixa "Desterro", BNegão, em "Gente De Lá", e o franco-hispânico Manu Chao, na faixa "Todos Debaixo Do Mesmo Sombrero". Dentre as faixas do disco, incluem-se ainda "Caio Pra Dentro De Mim", "Não Se Preocupe Comigo", "Sobra Líquida", "Verbos À Flor Da Pele", "Ego City", "Sangueaudiência", "Terrorismo Cultural" e "Amém, Calibre 12", todas de sua autoria.

Marcelo Yuka foi responsável pela trilha sonora do videoclipe "Humanize", feito para uma campanha educativa do canal Futura.

Ao lado de Sérgio Espírito Santo fundou o Projeto Mestiço, um trabalho "eletro-indígena-hardcore". Acompanhado dos músicos Amora Pêra (guitarra e voz), Patrick Laplan (baixo), Jomar Schrank (teclado e guitarra) e Daniel Conceição (bateria), apresentou-se em casas de shows e festivais pelo Brasil.

Em 2011 o documentário sobre sua vida "Marcelo Yuka no Caminho das Setas", de Daniela Broitman, foi exibido na mostra "Retratos", do Festival do Rio.

Em 2012 foi escolhido pelo deputado estadual Marcelo Freixo, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro nesse mesmo ano, para ser seu vice nessas eleições pelo Partido Socialista e Liberdade (PSOL), partido no qual se afiliou em 2010.


Em 2013 o documentário sobre sua vida "Marcelo Yuka no Caminho das Setas" (2011), de Daniela Broitman, ganhou edição em DVD para a Coleção Canal Brasil e contou com o making of do trailer nos extras.

Em 2014 lançou a autobiografia "Não Se Preocupe Comigo", escrita em parceria com Bruno Levinson e lançada pela Editora Primeira Pessoa.

Em janeiro de 2017, quando se encontrava já internado, foi lançado o CD "Canções Pra Depois do Ódio", com 16 músicas inéditas autorais, e participações de Bárbara Mendes, Bukassa Kabenguele, Cibelle, Black Alien e Seu Jorge.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em julho de 2018, ele falou sobre como suas constantes internações dificultaram a divulgação do disco:
"No primeiro ano (2016) eu fiquei indo e voltando para o hospital e no outro (2017), um ano e dois meses direto (internado), sendo que oito meses eu fiquei sem sair da cama. Fiz um tratamento na câmera hiperbárica que me deixou temporariamente surdo. Virei doente renal, tive uma série de doenças ocasionadas pela internação!"
No álbum, Marcelo Yuka usou sua grande habilidade como letrista para criar metáforas e falar da vida após o atentado, da clausura do corpo e da luta contra a depressão.

Morte

Marcelo Yuka estava internado em estado grave com um quadro de infecção generalizada. Ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 02/01/2019 e na madrugada do dia 04/01/2019 entrou em coma induzido. Marcelo Yuka faleceu na sexta-feira, 18/01/2019, aos 53 anos, no Hospital Quinta D'or, onde estava internado, vítima de infecção generalizada.

 O músico . No meio do ano passado, ele já havia tido outro AVC.

Discografia

O Rappa
  • 1994 - O Rappa
  • 1996 - Rappa Mundi
  • 1999 - Lado B Lado A
  • 2001 - Instinto Coletivo

F.U.R.T.O.
  • 2005 - Sangueaudiência

Solo
  • 2017 - Canções Para Depois do Ódio

Fonte: Wikipédia, Dicionário Cravo Albin da MPB e Veja
#FamososQuePartiram #MarceloYuka

Márcia Cabrita

MÁRCIA MARTINS ALVES
(53 anos)
Atriz e Humorista

☼ Niterói, RJ (20/01/1964)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/11/2017)

Márcia Martins Alves, mais conhecida como Márcia Cabrita, foi uma atriz e humorista brasileira, nascida em Niterói, RJ, no dia 20/01/1964. Filha de imigrantes portugueses, possuía uma irmã mais velha.

Estudou teatro e em 1992 estreou na TV no elenco de "As Noivas de Copacabana".

Em 1997, entrou para o elenco de "Sai de Baixo" interpretando a empregada Neide. Deixou o programa em outubro de 2000 devido a uma gravidez, sendo substituída por Cláudia Rodrigues.

Posteriormente participou de telenovelas da TV Globo, atuando também no "Sítio do Pica-Pau Amarelo", nos papéis de sobrinha do seu Elias em 2003, como Estelita em 2005 e Cacá em 2006.

Em março de 2010, Márcia foi diagnosticada com câncer de ovário, iniciando então o tratamento contra a doença.

Márcia Cabrita foi casada com o psicanalista Ricardo Parente de 2000 a 2004, eles tiveram uma filha chamada Manuela.

Márcia Cabrita também fez uma participação na série do canal Multishow, "Vai Que Cola" onde interpretou Elza Lacerda, a mãe do protagonista Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo).

Em 2017, voltou a TV Globo para integrar o elenco da telenovela "Novo Mundo" na pele de Narcisa Emília O'Leary, esposa de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência

Inicialmente, iria interpretar a personagem Germana, mas devido as complicações de sua doença, foi substituída por Vivianne Pasmanter. Apesar da troca, Márcia precisou se afastar da trama para continuar o tratamento. Seu retorno estava confirmado para o último capítulo, o que não se concretizou.

Morte

Márcia Cabrita faleceu na sexta-feira, 10/11/2017, durante a madrugada, aos 53 anos. Márcia vinha lutando contra um câncer no ovário, diagnosticado em 2010. Ela estava internada há dez dias, no hospital Quinta D'Or, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em decorrência do agravamento da doença.

Márcia deixa uma filha, Manuela, de 17 anos. De acordo com o ex-marido, o psicanalista Ricardo Parente, com quem foi casada por quatro anos, a atriz morreu "em paz" e sem sofrer.

O velório será no sábado de 10h00 às 13h00, no Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói. Em seguida, o corpo será cremado.

Trabalhos

Novelas & Seriados
  • 1992 - As Noivas de Copacabana ... Adelaide
  • 1993-95 - Os Trapalhões ... Vários Personagens
  • 1997-2000 - Sai de Baixo ... Neide Aparecida
  • 2001 - Brava Gente  ... Donária
  • 2002 - Desejos de Mulher ... Juvelina
  • 2003 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Dulce
  • 2005 - Sob Nova Direção ... Dora
  • 2005 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Estelita
  • 2007 - Sete Pecados ... Eudóxia
  • 2008 - Beleza Pura ... Drª Gina
  • 2008 - Dicas de Um Sedutor ... Gilda
  • 2009-10 - A Grande Família ... Beth
  • 2011 - Morde & Assopra ... Madame Chuchu
  • 2013 - Pé na Cova ... Felícia
  • 2013 - Sai de Baixo ... Neide Aparecida
  • 2013 - Vai Que Cola ... Elza Lacerda
  • 2014 - Por Isso Eu Sou Vingativa ... Jéssica
  • 2014 - As Canalhas ... Flávia
  • 2014 - Meu Amigo Encosto ... Yolanda
  • 2014 - Trair e Coçar é Só Começar ... Inês
  • 2016 - Vai Que Cola ... Elza Lacerda
  • 2016 - Treme Treme ... Síndica
  • 2017 - Novo Mundo ... Narcisa Emília O'Leary

Cinema
  • 2004 - Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida ... Flauta Morena
  • 2004 - Um Show de Verão ... Lupe
  • 2006 - Xuxa Gêmeas ... Diana
  • 2006 - Trair e Coçar é Só Começar ... Vera
  • 2012 - O Diário de Tati ... Anita

Fonte: Wikipédia 
Indicação: Neyde Almeida, Valmir Bonvenuto e Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #MarciaCabrita

Solange Badim

SOLANGE DUARTE BADIM
(53 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/04/1964)
┼ Rio de Janeiro, RJ (29/09/2017)

Solange Duarte Badim, mais conhecida por Solange Badim, foi uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 16/04/1964. Solange Badim tinha atuação intensa no teatro e trabalhava também na televisão.

No teatro foi onde Solange Badim começou, aos 15 anos, quando frequentava o Colégio Andrews, em 1979. Depois foi aluna de Maria Padilha e de Miguel Falabella.

Profissionalizou-se em 1981, com 17 anos, na peça "Banhos", de Paulo Reis. E não parou mais, fazendo vários outros espetáculos, trabalhando com diretores de renome, como Sérgio Britto, Cecil Thiré, Hamilton Vaz Pereira, Domingos de Oliveira, João Bethencourt, Cláudio Botelho, dentre vários outros.

No teatro, suas principais peças foram "Banhos" (1981), "Sujô no Olimpo" (1987), "A Gata Borralheira" (1987), "As Armas e o Homem de Chocolate" (1995), "Noviça Rebelde" (2008), "Oui Oui... A França é Aqui" (2010), "Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio" (2012).

Nos teatro musical a atriz fez vários trabalhos, além dos já citados acima, fez, "Arca de Noé", "O Século do Progresso", "Lamartine Pra Inglês Ver", "Dolores", "Company", "Suburbano Coração", "O Fantasma do Teatro", "Cristal Bacharah", "Rádio Nacional - As Ondas Que Conquistaram o Brasil", dentre outros.

Iniciou sua carreira televisiva pela TV Globo, em 1995, fazendo a minissérie "Decadência". Depois só retornou em 2001, ainda na TV Globo, na novela "Porto dos Milagres".

Solange Badim fez vários seriados, dentre eles "A  Diarista", "Carga Pesada", "Sob Nova Direção" e "A Grande Família".

Entre 2012 e 2013, esteve na novela de Glória Perez, "Salve Jorge", no papel de Delzuite, que tem sua filha roubada ao nascer e recuperada, já adulta e rica. Ótima interpretação de Solange Badim, que tinha um "amor bandido" por Pescoço, no Morro do Alemão.

Morte

Solange Badim faleceu aos 53 anos, no final da tarde de sexta-feira, 29/09/2017. Ela estava internada no Hospital Badim, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, tratando de um câncer em estado avançado e faleceu por volta das 17h30. A informação foi confirmada pela assessoria do hospital, que pertence à família de Solange.

Solange Badim estava internada desde o dia 08/09/2017. O velório da atriz será ocorrerá no sábado, 30/09/2017, a partir das 9h00, no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O corpo será cremado às 16h00.

Solange Badim tratava o câncer há pelo menos 7 anos, que já havia se espalhado. Segundo a coreógrafa Márcia Rubin, amiga de Solange Badim há 33 anos, a atriz era positiva em relação ao tratamento da doença.

O artista plástico Sérgio Marimba, ex-marido de Solange Badim, lamentou a morte nas redes sociais:
"Venho com muita tristeza e dor notificar a partida da grande atriz Solange Badim, amiga, mãe, parceira e tudo que é de especial que possa existir nesta vida! Siga em paz, guerreira, aqui ficamos com uma imensa saudade do seu sorriso e do seu amor. Que nossa Senhora da Conceição te cubra com seu manto de luz e te ampare na sua nova missão, Te Amo"
Solange Badim deixa uma filha de 18 anos, Sofia, fruto da relação com Sérgio Marimba.

Trabalhos

Teatro
  • 1981 - Banhos
  • 1987 - Sujô no Olimpo
  • 1987 - A Gata Borralheira
  • 1995 - As Armas e o Homem de Chocolate
  • 2008 - A Noviça Rebelde
  • 2010 - Oui Oui... A França é Aqui!
  • 2012 - Emilinha & Marlene, As Rainhas do Rádio
  • 2014 - As Bodas de Fígaro

Televisão
  • 2001 - Porto dos Milagres ... Serena
  • 2004 - A Diarista ... Marta (Episódio: Piloto)
  • 2006 - Sob Nova Direção ... Sílvia
  • 2007 - Malhação ... Carmem
  • 2012 - Salve Jorge ... Delzuíte Aparecida


Prêmios e Indicações

  • 1987 - Melhor Atriz - Prêmio Mambembe - "Sujô no Olimpo" (Indicado)
  • 1987 - Melhor Atriz - Prêmio Mambembe - "A Gata Borralheira" (Indicado)
  • 1995 - Melhor Atriz - Prêmio Cultura Inglesa de Teatro - "As Armas e o Homem de Chocolate" (Venceu)
  • 2008 - Melhor Atriz Coadjuvante - Prêmio APTR - "A Noviça Rebelde" (Indicado)
  • 2013 - Atriz Revelação - Prêmio Extra de Televisão - "Salve Jorge" (Indicado)
  • 2015 - Melhor Atriz - 2º Prêmio Cesgranrio de Teatro - "As Bodas de Fígaro" (Venceu)

Indicação: Fadinha Veras e Neyde Almeida
#FamososQuePartiram #SolangeBadim

Ileana Kwasinski

ILEANA MARIA MAGNO KWASINSKI
(53 anos)
Atriz

* Curitiba, PR (20/06/1941)
+ São Paulo, SP (08/04/1995)

Ileana Kwasinski esteve presente em representativos trabalhos nos anos 70 e 80. Sua formação em dança clássica distingue-a como uma intérprete de composições requintadas, com um desenho corporal quase performático.

Ileana estréia como atriz, em 1964, na produção "Um Elefante no Caos", de Millôr Fernandes, e forma-se em 1968 no curso mantido pelo Teatro Guaíra.

Trabalha em seguidas montagens no Teatro de Comédia do Paraná. Vai para São Paulo e, em 1969, participa do coro de "Galileu Galilei", de Bertolt Brecht, montagem do Teatro Oficina, onde seu marido, Cláudio Corrêa e Castro, vive o protagonista. Nos anos subseqüentes trabalha em "Um Inimigo do Povo", de Henrik Ibsen, em 1969, e "A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato", de Bráulio Pedroso, em 1970.

Compõe o elenco de "A Capital Federal", de Artur Azevedo, com direção de Flávio Rangel, em 1972. Em 1974, juntando-se a Jandira Martini, Ney Latorraca, Eliana Rocha, Vicente Tuttoilmondo e Francarlos Reis, funda a Royal Bexiga's Company. O grupo monta os seguintes espetáculos: "O Que Você Vai Ser Quando Crescer", em 1974, e "Ai de Ti, Mata Hari", ambos direção de Silnei Siqueira, em 1976. Segue-se "Um Ponto de Luz", texto e direção de Fauzi Arap, em 1977.

No ano seguinte, integra a produção de "Bodas de Papel", de Maria Adelaide Amaral, em que seu trabalho desperta entusiasmo junto à crítica. Destaque que se repete, em 1982, com sua atuação em "O Jardim das Cerejeiras", de Anton Tchekhov, uma grande montagem de Jorge Takla. No mesmo ano, integra a equipe de "Morte Acidental de Um Anarquista", ao lado de Antonio Fagundes, pela Companhia Estável de Repertório - CER.

Em 1984, está em duas realizações díspares: "O Purgatório", de Mario Prata, e "Com a Pulga Atrás da Orelha", vaudeville de Georges Feydeau, em ambos distinguindo-se pela energia e carisma cênico. Sua presença intensa e sua alta experiência dramática encontram em "Depois do Expediente", um solo escrito por Franz Xaver Kroetz, com direção de Francisco Medeiros, a grande oportunidade de expressão. Sem proferir sequer uma palavra em cena, sua interpretação rende-lhe prêmios e prestígio.

No ano seguinte, figura no elenco de "Cerimônia do Adeus", de Mauro Rasi, com direção de Ulysses Cruz. A comédia "Trair e Coçar É Só Começar", de Marcos Caruso, surge em 1989, com a qual atravessa anos em cartaz. Em 1991, ao lado de Regina Duarte, integra o elenco exclusivamente feminino de "A Vida É Sonho", de Calderón de la Barca, encenação de Gabriel Villela, que lhe confere os prêmios Shell e Apetesp de melhor atriz. Em 1993, está em "Seis Graus de Separação", de John Guare, novamente sob a direção de Jorge Takla, novamente chamando a atenção para seu preciosismo na construção da personagem. O último trabalho de Ileana é "O Médico e o Monstro", de de Georg Osterman, direção de Marco Nanini, em 1994.

Ao lado de sua carreira como atriz, Ileana desenvolveu também uma atividade como figurinista, especialmente nos anos iniciais de sua carreira no Paraná.

Ileana Kwasinski foi vítima de câncer.

Fonte: Wikipédia

Glauco Villas Boas

GLAUCO VILLAS BOAS
(53 anos)
Desenhista e Cartunista

* Jandaia do Sul, PR (10/03/1957)
+ Osasco, SP (12/03/2010)

Mudou-se para Ribeirão Preto em 1976, e após ser descoberto pelo jornalista José Hamilton Ribeiro, publicou seus primeiros trabalhos no jornal Diário da Manhã.

Foi premiado no Salão Internacional de Humor de Piracicaba em 1977, por um júri formado por Jaguar, Millôr Fernandes, Henfil e Angeli, e mais tarde na 2ª Bienal de Humorismo y Gráfica de Cuba.

Em 1984, ao desenvolver sua "Autobiografia Com Exageros", começou a publicar no caderno Ilustrada do jornal Folha de São Paulo, convidado por Angeli, onde mostrou vários personagens, entre eles Geraldão, criado em 1981 após ler A Erva do Diabo, de Carlos Castaneda. Logo também vieram Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.

Fez parte do elenco de redatores da TV Pirata e de alguns quadros do programa infantil TV Colosso, ambos da Rede Globo, para a qual também desenvolveu vinhetas.

Editou a revista Geraldão pela Circo Editorial entre 1987 e 1989 e, nesse período, foi colaborador das revistas Chiclete com Banana e Circo.

Músico, também tocava em bandas de rock. Para o público infantil, leitor do suplemento semanal Folhinha criou o personagem Geraldinho, que é uma versão light (no traço e na temática) do seu personagem Geraldão.

Era adepto do Santo Daime, e foi padrinho fundador da igreja animista Céu de Maria, que ficava em sua casa em Osasco.

Estilo

Com um humor ácido, piadas rápidas, traços limpos, "ultrassofisticado no pensamento" e com "um jeito particular, que unia inocência e malícia", Glauco colaborou para a modernização do projeto gráfico e do estilo dos cartoons brasileiros em período coincidente com o do advento de uma geração pós-ditadura.

Os trabalhos do cartunista expressavam "o singelo, uma expressão quase infantil", em resultado que mostrava a valorização do sentido urgente do humor.

A abordagem dos seus trabalhos era o cotidiano e a sua degradação. Problemas conjugais, neurose, solidão, drogas e violência urbana eram retratadas "sempre com graça e compaixão".

O nome de Glauco sempre esteve associado aos de Angeli e Laerte, "a santíssima trindade dos quadrinhos brasileiros", pela afinidade e por trabalharem no mesmo jornal durante 25 anos.

Morte

Glauco foi assassinado em Osasco na madrugada de 12/03/2010. Seu advogado divulgou à imprensa que o crime ocorrera durante uma tentativa de assalto seguido de sequestro: ele teria negociado com os bandidos, que o levariam e deixaram sua mulher e os dois filhos. Enquanto saíam de casa, um outro filho de Glauco (Raoni, de 25 anos) chegou ao local e tentou dissuadir os assaltantes, que atiraram e mataram pai e filho.

Esta versão foi posteriormente desmentida pela polícia que, após colher depoimentos das testemunhas do crime, chegaram ao nome do universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes. Armado com uma pistola automática e uma faca, o suspeito teria chegado ao local disposto a levar Glauco e sua família para a casa de sua mãe em São Paulo com o objetivo de afirmar à mulher que ele era Jesus Cristo. Glauco tentou negociar para ir sozinho, e chegou a ser agredido. No momento da discussão, porém, Raoni chegou de carro. Em seguida, Carlos Eduardo atirou contra pai e filho, por motivos ainda não esclarecidos.

O universitário foi detido na Ponte da Amizade na madrugada de 15 de março enquanto tentava fugir para o Paraguai e, confrontado pela polícia, confessou o crime.

Glauco e Raoni foram enterrados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, zona norte de São Paulo.

Fonte: Wikipédia


Mussum

ANTÔNIO CARLOS BERNARDES GOMES
(53 anos)
Músico, Humorista e Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/04/1941)
┼ São Paulo, SP (29/07/1994)

Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido pelo nome artístico Mussumfoi um humorista, ator, músico, cantor e compositor, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/04/1941.

Como músico, Mussum foi membro do grupo de samba Os Originais do Samba e como humorista, do grupo Os Trapalhões.

Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Serviu na Força Aérea Brasileira (FAB) durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado.

Mussum foi músico e sambista e juntamente com amigos fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos, as coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na televisão, nos anos 1970, e se apresentaram em diversos países.

Antes, nos anos 1960, foi convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início recusou o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem.


Finalmente estreou no programa humorístico Bairro Feliz, na TV Globo em 1965. Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se de um peixe teleósteo sul-americano, escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações estranhas.

Em 1969, o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o viu numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convidou para integrar o grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, Mussum recusou. Entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) conseguiu convencê-lo, e Mussum passou a integrar o trio (na época ainda era um trio, pois Zacarias entrou no grupo depois) que terminaria tornando-o muito famoso em todo o país.

Mussum era o único dos quatro Trapalhões oficiais que era negro. Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também negros e atuarem em vários quadros com o grupo, eram coadjuvantes.

Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou Os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até um solo dedicado ao samba.

Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Todos os anos sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de Baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão veio o apelido Mumu da Mangueira. Mussum também era flamenguista fanático.

O Trapalhão Mussum

Mussum foi considerado por muitos o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (que era sua gíria para cachaça).

O personagem que vivia no programa Os Trapalhões tinha como característica principal o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça.

Numa época em que ainda não havia o patrulhamento "politicamente correto", Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre bebidas alcoólicas.

Também criou outras frases hilariantes, que se popularizaram rapidamente, como "eu vou me pirulitazis (pirulitar)", quando fugia de uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampola", pedindo cerveja, ou "casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta", pedindo fiado.

Seu personagem constantemente brincava com os outros membros do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos. Didi Mocó era chamado de Cardeal ou Jabá, o Zacarias era chamado de Mineirinho de Sete Lagoas. Também era alvo de gozações por parte dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como Cromado, Azulão, Grande Pássaro entre outros. Sempre ficando evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente de amizade entre os quatro.

Mussum também foi garoto propaganda em comerciais de televisão dos produtos Etti, do medicamento Epatovis, do plano de saúde carioca Assim e da ave Chester da Perdigão, neste último junto com seus três companheiros Trapalhões.

Legado

Nos anos 1970 e 1980, Mussum era um dos poucos artistas negros na televisão mais populares. Tamanha era essa popularidade que havia a expressão pejorativa: "Filho(a) do Mussum". Usada para caçoar crianças negras.

O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, permanecendo até hoje muito vivo e presente na memória de seus admiradores, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, e recentemente foi lembrado em uma série de camisetas lançadas no Rio de Janeiro, com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição "Mussum Forevis".

Após o Rio de Janeiro ser escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016, vários internautas satirizaram o poster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama com a foto do humorista e sob ela a frase "Yes, We Créu". Uma sátira a "Yes, We Can" (Sim, Nós Podemos) frase de campanha do presidente estadunidense. Também foram produzidas camisetas com a palavra "Obamis".

Uma rua de São Paulo, no bairro Campo Limpo, ganhou o nome Comediante Mussum em sua homenagem.

O Largo do Anil em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, teve o seu nome mudado pelo prefeito Eduardo Paes para Largo do Mussum. Tal mudança ocorreu após abordagem do cantor João Gordo do programa Legendários da TV Record.

Uma famosa frase do humorista, "Só no Forévis", inspirou a banda brasileira de hardcore punk Raimundos, que utilizou a frase como título de seu álbum homônimo de 1999, bem como título da canção que abre o disco, uma vinheta em ritmo de samba.

Morte

Mussum faleceu às 02h45 de sexta-feira, 29/07/1994, aos 53 anos, vítima de uma infecção pulmonar.

Mussum estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa desde o dia 07/07/1994. No dia 12/07/1994 ele sofreu um transplante de coração. O transplante era necessário porque Mussum tinha uma miocardiopatia dilatada, doença em que o coração aumenta seu tamanho e não trabalha satisfatoriamente.

O transplante transcorreu bem e não houve rejeição aguda, a mais perigosa, logo nos primeiros dias. Entretanto, Mussum passou a apresentar problemas após a cirurgia. O primeiro foi um acúmulo de coágulos sanguíneos no tórax. Para retirar os coágulos, Mussum foi novamente para a mesa cirúrgica. No dia 22/07/1994, o pulmão de Mussum foi tomado pela infecção que o matou.

Às 13h00 o caixão seguiu para o cemitério, sempre aplaudido. O sepultamento de Mussum ocorreu às 17h30 de sexta-feira, 29/07/1994, no cemitério Congonhas, Zona Sul de São Paulo, e foi seguido por cerca de 600 pessoas, entre parentes, amigos e fãs.

Durante a tarde de sexta-feira, 29/07/1994, cerca de 4.000 pessoas foram ao cemitério, entre elas Renato AragãoDedé Santana, Carlos Alberto da Nóbrega e Ronald Golias.

Doze integrantes da Escola de Samba Mangueira, pela qual Mussum desfilou durante 40 carnavais, viajaram do Rio de Janeiro para acompanhar o funeral.

Desde a manhã, centenas de pessoas já se dirigiam para o Hospital Beneficência Portuguesa, onde Mussum faleceu.

Mussum deixou um legado de 27 filmes com Os Trapalhões, além de mais de vinte anos de participações televisivas.


Frases

  • Criôlo é a tua véia!
  • Ui, ui, uuui!
  • Eu vou me pirulitar!
  • Glacinha!
  • Casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!
  • Cacildis!
  • Trais mais uma ampola! (pedindo cerveja)
  • Suco de cevadis!
  • Ô do jabá!
  • Faz uma Pindureta. (querendo fiado)
  • Vai caçá sua turmis!
  • Forevis!

Apelidos

  • Azulão
  • Buraco Quente
  • Caipirinha
  • Clementina de Jesus
  • Cromado
  • Da Mangueira
  • Grande Pássaro
  • Kid Mumu da Mangueira
  • Maisena
  • Morcegão
  • Muça
  • Pé de Rodo
  • Nega da Boca do Tubo (Por Didi)

Filmografia

A carreira de Mussum no cinema foi ligada aos Trapalhões, desde o primeiro filme, "O Trapalhão no Planalto dos Macacos" (1976), de J. B. Tanko. Daí em diante, foram mais 26 filmes com o grupo, até "Os Trapalhões e a Árvore da Juventude" (1991), de José Alvarenga Jr.

Trabalhou também como compositor no filme "Atrapalhando a Suate" (1983) e em "Os Trapalhões no Rabo do Cometa" (1986), dirigido pelo amigo Dedé Santana.

Discografia

Solo

  • 1978 - Água Benta (LP)
  • 1980 - Mussum (RCA Victor, LP)
  • 1983 - Mussum (RCA Victor, LP)
  • 1987 - Mussum (RCA Victor, LP)

Com Os Originais do Samba

  • 1968 - Baden Powell, Márcia e Os Originais do Samba (Philips, LP)
  • 1969- Os Originais do Samba (RCA Victor, LP)
  • 1969 - Os Originais do Samba Vol. 2 (RCA Victor, LP)
  • 1970 - Samba é de Lei (RCA Victor, LP)
  • 1971 - Originais do Samba Exportação (RCA Victor, LP)
  • 1972 - O Samba é a Corda, Os Originais a Caçamba (RCA Victor, LP)
  • 1973 - É Preciso Cantar (RCA Victor, LP)
  • 1974 - Pra Que Tristeza (RCA Victor, LP)
  • 1975 - Alegria de Sambar (RCA Victor, LP)
  • 1976 - Em Verso e Prosa (RCA Victor, LP)
  • 1977 - Os Bons Sambistas Vão Voltar (RCA Victor, LP)
  • 1978 - Aniversário do Tarzan (RCA Victor, LP)
  • 1979 - Clima Total (RCA Victor, LP)

Com Os Trapalhões

Juntos, Os Trapalhões lançaram 16 álbuns. Nos dois primeiros de 1974 e 1975, só aparecem Renato Aragão e Dedé Santana nas capas, mas nessa época o quarteto já estava formado, e todos participaram.

No LP "O Forró dos Trapalhões" (1981), Mussum não aparece na capa e nem mesmo nas trilhas sonoras. O motivo era porque ele, nessa época, ainda tinha contrato exclusivo com a gravadora RCA Victor.

Fonte:  Wikipédia
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