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Cláudia Wonder

MARCO ANTÔNIO ABRÃO
(55 anos)
Escritora, Cantora, Compositora, Colunista, Transexual e Militante Pelos Direitos LGBT

☼ São Paulo, SP (15/02/1955)
┼ São Paulo, SP (26/11/2010)

Marco Antônio Abrão, nome de nascimento de Cláudia Wonder, foi uma artista performer, escritora, cantora, compositora, colunista e militante pelos direitos LGBT, nascida em São Paulo, SP, no dia 15/02/1955.

Cláudia Wonder logo cedo descobriu sua identidade de gênero. Ainda na adolescência, começou a frequentar a noite e a se inserir no contexto transgênero, sendo contemporânea dos grandes nomes do undergound paulistano, como Andréa de Mayo, Telma Lipp, Nana Vogel, Brenda Lee, Roberta Close, Janaína Dutra, entre tantas outras.

Ícone da cena underground, começou sua carreira artística fazendo shows em boates e logo estreou no teatro e no cinema. Ainda adolescente contracenou com grandes nomes nacionais, entre eles, Tarcísio Meira e Raul Cortez.

Nos anos 1980 descobriu sua veia musical e estreou como letrista e vocalista da banda de rock Jardins das Delícias, com o show "O Vomito do Mito", no lendário clube paulistano Madame Satã. Depois formou a banda Truque Sujo e obteve sucesso junto a critica musical e ao público.

No final da década de 80 mudou-se para a Europa e lá ficou durante onze anos, onde trabalhou em shows e depois como empresária na área da estética, ela tinha formação como cabeleireira e maquiadora.


De volta ao Brasil, retomou a carreira artística, participando de duas coletâneas musicais em CD "Melopéia", do selo Rotten e "Sonetos do Poeta Glauco Mattoso", musicados por vários artistas, entre eles, Arnaldo Antunes e Itamar Assumpção. Para esse trabalho Cláudia Wonder musicou o "Soneto Virtual", no qual fez dueto o cantor Edson Cordeiro, seu amigo. Participou ainda da primeira coletânea de electronacional no CD "Body Rapture", do selo Lua Music, com a música "Tônica do Haligalle", e em setembro de 2007 lançou seu primeiro CD solo "FunkyDiscoFashion", pelo mesmo selo.

Cláudia Wonder também lançou o livro intitulado "Olhares de Claudia Wonder - Crônicas e Outras Histórias" em agosto de 2008 pelas Edições GLS do Grupo Editorial Summus.

Em junho de 2009, protagonizou o documentário "Meu Amigo Claudia", do cineasta Dácio Pinheiro, o qual conta sua trajetória e cuja première foi no Frameline Lesbian And Gay Film Festival Of San Francisco, na Califórnia.

Em virtude de sua identidade de gênero, por várias vezes foi detida, sexualmente molestada e enxotada de lugares. Segundo ela mesma revelou em entrevista, chegou a ser comparada aos mais perversos marginais "simplesmente por ser diferente das outras pessoas". Isso lhe causou grande revolta e ela fez de sua revolta o motor para lutar contra o que considerava uma barbárie. Um de seus feitos foi ter conseguido fazer shows e frequentar as páginas culturais de jornais e revistas mesmo em plena Ditadura Militar.

"Um travesti que emprega o poder transgressivo de sua personificação, com acuidade e extraordinária força cênica!"
(Alberto Guzik, crítico teatral)

Militância

Ícone da comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT), foi escolhida como abre-alas da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo de 2001, além de madrinha do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, e foi incluída numa lista das 24 personalidades que marcaram 2010.

Foi também coordenadora do Grupo de Estudos da identidade de Gênero "Flor do Asfalto" e trabalhou como colunista e repórter da revista G Magazine e do site G Online até 2008.

Militante fervorosa, Cláudia Wonder ainda trabalhava como monitora de abordagem e comunicação do Centro de Referência da Diversidade, no projeto Cidade Inclusiva, uma parceria da prefeitura da cidade de São Paulo com a União Europeia.

Meses antes de falecer, em meados 2010, ela concedeu uma entrevista à revista Trip, cujos trechos gravados são transcritos abaixo:

Trabalhei de uns tempos pra cá, há uns dois anos me entreguei a uns projetos sociais em prol dos travestis. A gente inaugurou ali na Boca (do Lixo, zona boêmia decadente de São Paulo) mesmo o Centro de Referência da Diversidade, na Rua Major Sertório, e ali a gente fica sabendo das coisas: Virou meio que opção de marginal, sabe, cafetinar travesti. Dependendo da área pode ter um ou dois, que não são travestis. Tinha um cara que era o Malhação, era um cara, saído da cadeia que começou a atacar - eles brutalizam mesmo - batem na travesti, cortam o cabelo, pra todas ficarem com medo.

Quem aluga uma casa, até presta um serviço, digamos assim, porque não tá explorando de forma absurda. Hoje até que tá mais fácil mas antes pra um travesti alugar apartamento era muito difícil, ainda mais pra quem é puta na rua. "Vou sujar o prédio, causar com meus vizinhos?" É complicada a prostituição, e é só isso que as travestis têm pra fazer, né? Pelo menos as que tão lá. Tem muitas que não são putas, mas não se pode dizer; o que tá na rua você vê - as cabeleireiras, mas não importa, vira e mexe eu encontro.

Não dá pra saber se são tantas travestis que tão na rua são putas - mesma coisa que dizer que todo japonês é tintureiro. Mas é muito difícil pra uma travesti alugar apartamento - por causa dos documentos -; se estuda, se tá trabalhando é mais fácil. Mas se tá na rua tendo uma (casa da) cafetina onde ela possa dormir e comer, como a Andréa de Mayo... mas esse tipo de cafetão não dá nada, só vai lá e cobra o ponto.

A travesti que está na rua não é respeitada por ninguém. Eu escrevia pra G Magazine, fazendo trabalho de conscientização, falando que é possível ter uma outra forma de vida, mas pra chegar nelas não é através da revista porque nem todas compram. E tem travesti nova que aparece toda semana, porque tem vida curta, elas morrem cedo, morrem assassinadas, ninguém fala muito. Que nem escreveram: "Travesti é vítima dele mesmo", e é verdade.

No Fantástico apareceu a travesti que fez doutorado, pensei: "Ah, legal, as coisas tão mudando." Aí na terça vi aquele papelão da travesti do Rio batendo no cara (bêbado) indefeso, aí ninguém mais deu uma linha a respeito do assassinato. Travesti que tá na rua é vítima de transfobia, porque é como se fosse um escudo - de toda essa coisa gay, de diversidade sexual, é ele que tá ali, à mostra. Então é um esporte matar viado, aí mata, dá tiro (...)"
(Cláudia Wonder, em entrevista à revista Trip)

Morte

Claudia Wonder faleceu na sexta-feira, 26/11/2010, aos 55 anos. Ela estava internada em um hospital desde o fim de outubro de 2010 e faleceu vítima de uma infecção causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, encontrado principalmente nas fezes de pombos.

Carreira

Filmografia
  • 2010 - Luz Nas Trevas - A Volta Do Bandido Da Luz Vermelha
  • 2009 - Meu Amigo Claudia (Documentário)
  • 2007 - Identidade (Documentário)
  • 2007 - Espeto
  • 2006 - Um Quatro Cinco, Disque Amizade
  • 2003 - Cláudia Wonder International Show
  • 2003 - Carandiru
  • 2000 - A Cama Do Tesão
  • 1995 - A Próxima Vítima
  • 1985 - Sexo Livre
  • 1984 - Sexo Dos Anormais
  • 1984 - Volúpia De Mulher
  • 1983 - Elas Só Transam No Disco
  • 1977 - A Mulata Que Queria Pecar
  • 1976 - O Mulherengo
  • 1974 - O Marginal

Teatro
  • As Gigoletes
  • O Que É Que A Boneca Tem?
  • As Gigolettes II
  • Depois Eu Conto
  • Nossa Senhora Das Flores
  • O Homem E O Cavalo
  • Acordes de Brecht
  • Erótica, Tudo Pelo Sensual
  • Mostra De Dramaturgia Do Pensamento Selvagem
  • Mostra De Dramaturgia Do Pensamento Selvagem II
  • Lês Grils 77

Participações Em Videoclipes
  • Trilogia Disco, do cantor Edson Cordeiro;
  • Memórias, da roqueira Pitty;
  • Eu Mesmo, da banda de rock Radikalez
  • Mina de Família, do grupo de funk Fulerô o Esquema

Fonte: Wikipédia
Indicação: Yuri S.
#famososquepartiram #claudiawonder

Cátia Pedrosa

CÁTIA SILVEIRA PEDROSA
(55 anos)
Atriz, Modelo e Apresentadora

☼ Rio de Janeiro, RJ (09/03/1963)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/03/2018)

Cátia Silveira Pedrosa foi uma atriz e modelo, nascida no Rio de Janeiro RJ, no dia 09/03/1963.

Foi eleita em 1982 a "Garota Carinho" em votação promovida pela revista jovem publicada pela Bloch Editores e "A Mais Bela Estudante do Rio de Janeiro".

Em 1983 foi rainha do carnaval carioca e eleita Miss Rio de Janeiro. No mesmo ano, elegeu-se Miss Mundo Brasil, dentro de um quadro especial criado para o concurso no "Programa Sílvio Santos", no SBT.

Seu desempenho no Miss Mundo fez com que ela ficasse entre as quinze melhores do mundo, ficando em terceiro lugar na classificação final. Tendo representado o Brasil, ainda foi eleita Miss Personalidade.


Ainda em 1983, realizou um sonho de criança: Trabalhar na televisão. Contratada pelo SBT, passou a apresentar "O Povo Na TV" e "Clube dos Artistas".

Com a determinação de se tornar atriz, estrelou em 1984 a peça "Amores de Casanova", dirigida pelo badalado Sebastião Apolônio. Na peça, ela interpretou dois papéis. Seu desempenho ganhou elogios do diretor: "Essa garota tem a determinação de uma campeã".

Em 1986, resolveu interromper a carreira para ter um filho, grávida que estava do apresentador Wagner Montes.

Em 1988, voltou à televisão. Sua exposição acabou por redundar num convite da revista Playboy para um ensaio fotográfico. Foi a capa de junho daquele ano, com direito a instigantes fotos internas, assinadas pelo fotógrafo Paulo RochaCátia Pedrosa foi a primeira Miss Mundo Brasil a posar nua para uma publicação dirigida ao público masculino.

Em 2013, surpreendeu o meio artístico ao postar no Facebook que estava passando por problemas financeiros e de saúde.

Miss Mundo

O Brasil começou a enviar candidatas ao Miss Mundo em 1958. As jovens eram eleitas durante o mesmo concurso que indicava a brasileira ao Miss Universo.

A partir de 1981, quando o Miss Brasil deixou de ser promovido pelos Diários e Emissoras Associados, a eleição da Miss Brasil ao Miss Mundo passou por várias coordenações.

Em 1983, o Miss Mundo Brasil foi promovido pelo SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), realizado no dia 23/10/1983, no Teatro Sílvio Santos, com apresentação de Sílvio Santos, durante o seu programa dominical transmitido pelo SBT.

O concurso foi disputado por 10 candidatas, duas de cada região: Pará e Rondônia (Norte), Ceará e Pernambuco (Nordeste), Brasília e Goiás (Centro-Oeste), Rio de Janeiro e São Paulo (Sudeste), Paraná e Rio Grande do Sul (Sul).

O Top 3 foi formado por Cátia da Silveira Pedrosa, do Rio de Janeiro, primeira colocada, e por Simone de Fátima Candreiro do Nascimento, do Pará, e Elaine Escobar Lopes, do Rio Grande do Sul, empatadas. As demais candidatas representavam Brasília (Cesira Bertoni), Ceará (Pautila Dantas de Andrade), Góias (Laurene Paranhos Carvalho), Paraná (Darlene Alexandrino da Silva), Pernambuco (Mônica Queiroz Fernandes de Oliveira), Rondônia (Kélia Regina Vieira) e São Paulo (Karen Rovena Ribeiro).

Antes de participar do Miss Mundo Brasil, a carioca Cátia Pedrosa, tinha em seu currículo os seguintes títulos: "Rainha dos Estudantes da Zona Norte" (1979), "Garota Carinho do América Futebol Clube" (1981), "Rainha do Carnaval" (1982) e "Vice-Miss Rio de Janeiro" (1982).

Cátia Pedrosa recebeu no Albert Hall, em Londres, no dia 17/11/1983, o título de Miss Personalidade e foi a terceira colocada no Miss Mundo 1983. Eram 72 candidatas. Cátia Pedrosa perdeu apenas para Sarah-Jane Hutt, Miss Reino Unido, eleita Miss Mundo, e Rocio Isabel Luna Florez, Miss Colômbia, segunda colocada.

A Favorita de Donald West

Para o missólogo canadense Donald West, criador e editor do Pageantopolis, onde se encontram listas de participantes e fotos dos principais concursos de beleza do planeta, as cinco candidatas brasileiras ao Miss Mundo que mais o impressionaram foram:
  • Maria Isabel de Avellar Elias (1964, quarto lugar)
  • Lucia Tavares Petterle (1971, eleita Miss Mundo )
  • Madalena Sbaraini (1977, quarto lugar)
  • Cátia Silveira Pedrosa (1983, terceiro lugar)
  • Lara Andressa de Brito (2003)
"São mulheres que além de lindas possuem aquele algo mais, um brilho próprio, que é tão importante em concursos de beleza!"

Sua favorita entre elas é Cátia Pedrosa.
"Sua beleza única e personalidade contagiante, fazem dela uma candidata absolutamente inesquecível. Poderia ter vencido em 1983!"
Afastada dos holofotes da mídia e dedicada a outros valores e atividades, formando-se em Direito pela Unip Ead, Alphaville, Barueri, Cátia Pedrosa não renega o tempo onde sua imagem era conhecidíssima de norte a sul do Brasil. Ela foi apresentadora dos programas do SBT "O Povo na TV" e "Clube dos Artistas". Fez humor em "A Praça é Nossa" e sucesso no teatro, quando interpretou dois papéis na peça "Amores de Casanova". Posou para a revista Playboy em junho de 1988, e teve um filho, Wagner Montes Júnior, fruto de sua união que durou um ano com o apresentador de TV Wagner Montes.

Cátia Pedrosa afastou-se da televisão por problemas de saúde e vinha lutando nos últimos anos contra um câncer no abdômen. Antes, também sofreu com Síndrome do Pânico e, na época, tentou se matar nove vezes.

Cátia Pedrosa faleceu na terça-feira, 20/03/2018, no Rio de Janeiro, RJ, aos 55 anos vítima de um câncer no abdômen.

Fonte: Wikipédia e Miss Mundo Brasil
#FamososQuePartiram #CatiaPedrosa

João José Pompeo

JOÃO JOSÉ POMPEO
(55 anos)
Ator

* São Paulo, SP (1936)
+ São Paulo, SP (20/03/1991)

Formou-se pela EAD - Escola de Arte Dramática de São Paulo e estreou na TV Tupi em 1963. Fez muitas novelas, entre elas "A Pequena Órfã", "O Meu Pé de Laranja Lima", "Mulheres de Areia" e "Éramos Seis". Além da TV Tupi trabalhou também na TV Excelsior e na TV Globo.

Mas foi no teatro que João José Pompeo teve seus melhores e mais premiados momentos como ator em clássicos como "O Avarento" e "Volpone" e em textos nacionais como "A Dama de Copas e o Rei de Cubas", "Rasga Coração", "Xandu Quaresma" e "O Amor do Não".

Foi casado duas vezes e com duas atrizes: a primeira com Ruthinéa de Moraes que lhe deu a filha Silvia Pompeo, também atriz, e a segunda com Maria Vasco.

Ele morreu em 20 de março de 1991, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, vitimado por um Câncer.

Fonte: Wikipédia

Ivan Setta

IVAN SETTA
(55 anos)
Ator e Dramaturgo

☼ Rio de Janeiro, RJ (01/02/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (06/04/2001)

Ivan Setta foi um ator e dramaturgo brasileiro. Popularmente conhecido como um grande intérprete de bandidos, o ator começou a carreira no teatro em 1966. A estréia aconteceu em peças infanto-juvenis no Teatro Tablado, sob a direção de Maria Clara Machado.

A partir da década de 70, Ivan Setta passou a atuar também no cinema. Entre os destaques estão "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" (1977), "A Dama do Lotação" (1978) e "Tiradentes" (1999).

Em 1973 Ivan Setta descobriu outra vocação e virou dramaturgo. Escreveu, junto com sua irmã, Vera Setta, e com Dudu Continentino, a peça "Verbenas de Seda".

Mas foi na televisão que Ivan Setta tornou-se popular e ganhou a fama de mau. Nove entre dez de seus personagens eram vilões. Participou de sucessos como "O Rebu" (1974), "Senhora" (1975), "Sem Lenço, Sem Documento" (1977), "Feijão Maravilha" (1979) e "Roque Santeiro" (1985). O último trabalho na televisão foi em 1997 na extinta Rede Manchete, na novela "Mandacaru".

Ivan Setta é tio de Morena Baccarin, que em 2009 estrelou a série "V", que foi ao ar pela ABC nos Estados Unidos e estreou em abril de 2010 no Brasil pela Warner Channel.

Ivan Setta  morreu vítima de câncer generalizado em 06/04/2001, aos 55 anos, no Instituto Nacional do Câncer. Ele deixou a viúva Sandra Schaeppi e quatro filhos. Entre eles, a caçula Rebecca, de apenas cinco meses de idade.

Ivan Setta, Felipe Carone e Olney Cazarré (1979)
Televisão
  • 1974 - O Rebu ... Morel
  • 1975 - Senhora ... Tadeu
  • 1976 - Anjo Mau ... Bodoque
  • 1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Bilé
  • 1978 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Burro Falante
  • 1978 - Viva o Gordo (Vários Personagens)
  • 1979 - Feijão Maravilha ... Coruja
  • 1982-1986 - Os Trapalhões (Várias Personagens)
  • 1983 - Bandidos da Falange ... Sousa
  • 1984 - Meu Destino é Pecar ... Rubens
  • 1984 - Padre Cícero ... Encourado
  • 1985 - Grande Sertão: Veredas ... Aristides
  • 1985 - Roque Santeiro - Ator que vive Navalhada no filme de Gérson (Participação Especial)
  • 1986 - Caso Especial (Estrela do Mar)
  • 1987 - Corpo Santo ... Pé Frio
  • 1988 - Olho Por Olho ... Edgar
  • 1989 - Kananga do Japão ... Graciliano Ramos
  • 1989 - Que Rei Sou Eu ... Soldado
  • 1990 - Araponga ... Preá
  • 1990 - Escrava Anastácia ... Mercador de Escravos
  • 1992 - Tereza Batista ... Vavá
  • 1993 - Guerra Sem Fim ... Sandro Neném
  • 1993 - O Marajá ... Lúcio C. Vulgo
  • 1993 - Sex Appeal
  • 1994 - Confissões de Adolescente ... José Carlos
  • 1994 - Clube do Seu Boneco
  • 1997 - Mandacaru ... Maritaca


Cinema
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Numa Fria
  • 1970 - A Dança das Bruxas
  • 1970 - Anjos e Demônios
  • 1970 - Pais Quadrados, Filhos Avançados
  • 1975 - As Aventuras Amorosas de um Padeiro
  • 1975 - A Extorsão
  • 1977 - Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1978 - A Dama do Lotação
  • 1983 - Um Sedutor Fora de Série
  • 1983 - O Mágico e o Delegado
  • 1985 - Além da Paixão
  • 1986 - Fulaninha
  • 1987 - Romance da Empregada
  • 1987 - Churrascaria Brasil
  • 1990 - Corpo em Delito
  • 1992 - Kickboxer 3: The Art Of War
  • 1996 - Sombras de Julho
  • 1996 - Sambólico
  • 1999 - Tiradentes

Fonte: Wikipédia

Roberto Ribeiro

DERMEVAL MIRANDA MACIEL
(55 anos)
Cantor, Compositor e Puxador de Samba-Enredo

* Campos dos Goytacazes, RJ (20/07/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/01/1996)

Roberto Ribeiro foi um cantor e puxador de samba-enredo brasileiro. Sambista do Império Serrano, Roberto Ribeiro construiu uma respeitável carreira de intérprete e compositor desde a segunda metade da década de 1960. De voz bem timbrada e enxuto fraseado, seu repertório incluíam sambas de todos os tipos, como afoxés, ijexás, maracatus e outros ritmos africanos. Tem mais de 20 discos gravados, com sucessos populares como as canções "Acreditar", "Estrela de Madureira", "Todo Menino é Um Rei", "Malandros Maneiros", "Fala Brasil" e "Amor de Verdade".

Filho do jardineiro Antônio Ribeiro de Miranda e de Júlia Maciel Miranda, Dermeval era um carioca típico, apaixonado por futebol e samba. Aos 9 anos de idade, trabalhava como entregador de leite. Naquele tempo, já frequentava a Escola de Samba Amigos da Farra, da cidade de Campos dos Goytacazes, e participava das festas do tradição "Boi Pintadinho".

Dermeval foi jogador de futebol profissional em sua cidade natal. Depois de passagens por equipes amadoras como Cruzeiro e Rio Branco, ele se tornou goleiro do Goytacaz Futebol Clube. Era conhecido pelo apelido de "Pneu".

Em 1965, Dermeval mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro em busca de um lugar em um clube grande carioca. Chegou a treinar no Fluminense, mas acabou desistindo da carreira e começou a trabalhar com música, a se apresentar no programa "A Hora do Trabalhador", da Rádio Mauá, do Rio de Janeiro. Sua performance chamou a atenção da compositora Liette de Souza, que viria a ser sua esposa, irmã do compositor Jorge Lucas. Ela resolveu apresentá-lo aos sambistas da Império SerranoDermeval passou a frequentar as rodas de samba da tradicional escola de Madureira. A diretoria da Império Serrano convidou-o para ser o puxador de samba-enredo da escola no Carnaval de 1971.



Ele aceitou, mas se afastou nos dois carnavais seguintes para gravar seus primeiros discos como cantor. A partir de 1974, já como Roberto Ribeiro, firmou-se como puxador oficial da IImpério Serrano, defendendo a agremiação até o Carnaval de 1981. Dentre os grandes destaques nos desfiles cariocas, estão os sambas-enredo "Brasil, Berço dos Imigrantes", de 1977, feito em parceria com o cunhado Jorge Lucas, e em "Municipal Maravilhoso, 70 Anos de Glórias", de 1979, parceria com Jorge Lucas e Edson Passos.

Sua carreira como cantor ganhou impulso a partir de 1972 com gravações de três compactos em parceria com Elza Soares pela Odeon. Satisfeita com o sucesso dos compactos, o selo lançou o LP "Elza Soares e Roberto Ribeiro". No ano seguinte, Roberto Ribeiro gravou um LP, "Simone Et Roberto Ribeiro - Brasil Export 73 Agô Kelofé", junto com a Simone, lançado pela Odeon exclusivamente para o mercado externo.

Em 1975, a mesma gravadora lançou o compacto duplo "Sucessos 4 Sambas", no qual Roberto Ribeiro interpretou "Leonel/Leonor" (Wilson Moreira e Neizinho). Ainda neste ano, foi lançado o disco "Molejo", que despontou com os sucessos "Estrela de Madureira" (Acyr Pimentel e Cardoso) e "Proposta Amorosa" (Monarco) e chamou a atenção da crítica.

Em 1976 foi lançado "Arrasta Povo", LP que destacou mais dois grandes sucessos nas rádios de todo o Brasil: "Tempo É" (Zé Luiz e Nelson Rufino) e "Acreditar" (Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho).



Gravou em 1977 o LP "Poeira Pura", onde se destacou "Liberdade" (Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho). Um ano depois, foi lançado o álbum "Todo Menino é Um Rei", que o colocou outra vez nas lista dos discos mais vendidos, puxado pelos sucessos da faixa-título de Nelson Rufino e Zé Luiz, "Amei Demais" (Flávio Moreira e Liette de Souza), "Isso Não São Horas" (Catoni, Chiquinho e Xangô da Mangueira) e "Meu Drama" (Silas de Oliveira e J. Ilarindo) - esta incluída também na trilha sonora da novela "Pai Herói", da Rede Globo.

Em 1979, foi a vez do lançamento do LP "Coisas da Vida", que teve entre as mais tocadas "Vazio" (Nelson Rufino), também conhecida na época como "Está Faltando Uma Coisa Em Mim", e "Partilha" (Romildo e Sérgio Fonseca).

No início da década de 1980, Roberto Ribeiro gravou "Fala Meu Povo". Neste LP, de 1980, constavam algumas composições de sua autoria como "Vem" (Roberto RibeiroToninho Nascimento), e sucessos como "Só Chora Quem Ama" (Wilson Moreira e Nei Lopes) e "Quem Lucrou Fui Eu" (Monarco).

Em 1981, foi lançado "Massa, Raça e Emoção", com o sucesso "Santa Clara Clareou" (Zé Baiano do Salgueiro).

Em 1983, foi lançado o disco "Roberto Ribeiro", com o sucesso "Algemas" (Roberto RibeiroToninho Nascimento).



Em 1984, no seu LP "De Palmares Ao Tamborim", obteve êxito com "Lágrima Morena" (Roberto Ribeiro e Toninho Nascimento). Nesse ano participou do disco "Partido Alto Nota 10", de Aniceto do Império Serrano, no qual interpretaram em dueto a faixa "Chega Devagar", de autoria de Aniceto do Império Serrano.

Em 1985, foi lançado o LP "Corrente de Aço", que contou com a participação de Chico Buarque de Hollanda na música "Quem Te Viu, Quem Te Vê" (Chico Buarque), e de Nei Lopes em "Malandros Maneiros" (Nei Lopes e Zé Luiz).

Em 1987, Roberto Ribeiro gravou o disco "Sorri Pra Vida", obtendo sucesso com a faixa "Ingrata Paixão" (Mauro Diniz, Adílson Victor e Ratinho) e, um ano depois, "Roberto Ribeiro", que contou com a participação especial de Alcione na faixa "Mel Pra Minha Dor" (Nelson Rufino e Avelino Borges) e do Grupo Raça, em "Malandro Mais Um" (Ronaldinho e Carlos Moraes).

Em 1995, a EMI-Odeon lançou a coletânea "O Talento de Roberto Ribeiro", na qual compilou 22 sucessos de seus vários discos. Roberto Ribeiro participara ainda naquele ano do disco-homenagem "Clara Nunes Com Vida", produzido por Paulo César Pinheiro, no qual interpretou, com sua voz acrescida posteriormente, um dueto com Clara Nunes, "Coisa da Antiga" (Wilson Moreira e Nei Lopes).

Roberto Ribeiro passou a sofrer de um seríssimo problema de vista e perdeu a visão de um olho em razão de uma contaminação por fungo agravada pelo diabetes.


Morte

Em janeiro de 1996, faleceu após ser atropelado próximo à sua casa, por alguém que sequer lhe prestou socorro, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Roberto Ribeiro ficou em coma no Hospital Municipal Miguel Couto, mas não resistiu vindo a falecer.


Discografia


  • 2007 - Roberto Ribeiro - Programa Ensaio
  • 1995 - O Talento de Roberto Ribeiro (EMI-Odeon)
  • 1995 - Clara Nunes Com Vida (EMI-Music)
  • 1988 - Roberto Ribeiro (BMG/RCA)
  • 1987 - Sorri Pra Vida (EMI-Odeon)
  • 1985 - Corrente De Aço (EMI-Odeon)
  • 1984 - De Palmares Ao Tamborim (EMI-Odeon)
  • 1984 - Partido Alto Nota 10 (CID)
  • 1983 - Roberto Ribeiro (EMI-Odeon)
  • 1981 - Massa, Raça e Emoção (EMI-Odeon)
  • 1980 - Brazilian Popular Music (Fundação Nacional de Arte Funarte)
  • 1980 - Fala Meu Povo! (EMI-Odeon)
  • 1979 - Coisas Da Vida (EMI-Odeon)
  • 1978 - Todo Menino é Um Rei (EMI-Odeon)
  • 1978 - Pai Herói (Trilha Sonora Novela)
  • 1977 - Poeira Pura (EMI-Odeon)
  • 1976 - Roberto Ribeiro (EMI-Odeon)
  • 1976 - Arrasta Povo (EMI-Odeon)
  • 1975 - Sucessos 4 Sambas (Odeon)
  • 1975 - Molejo (EMI-Odeon)
  • 1973 - Simone Et Roberto Ribeiro (Odeon)
  • 1972 - Elza Soares e Roberto Ribeiro (Odeon) - Compacto Duplo
  • 1972 - Elza Soares e Roberto Ribeiro (Odeon) - Compacto Simples
  • 1972 - Elza Soares e Roberto Ribeiro (Odeon) - Compacto Duplo
  • 1972 - Elza Soares e Roberto Ribeiro (Odeon) - LP

Fonte: Wikipédia

Dalva de Oliveira

VICENTINA PAULA DE OLIVEIRA
(55 anos)
Cantora

* Rio Claro, SP (05/05/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/08/1972)

Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira foi uma cantora brasileira. Filha mais velha de Mário de Paula Oliveira e da portuguesa Alice do Espírito Santo Oliveira. Além dela, os pais tiveram mais três meninas, Nair, Margarida e Lila e um menino que nasceu com problemas de saúde e morreu ainda criança.

Seu pai, que era conhecido na cidade pelo apelido de Mário Carioca, era marceneiro e músico nas horas vagas, tocava clarinete e costumava realizar serenatas com seus amigos músicos, chegando a organizar um conjunto para tocar em festas. A pequena Vicentina gostava de acompanhá-lo nessas serenatas.

Viviam de forma bastante modesta e quando ela tinha apenas oito anos, sofreram um duro golpe familiar: Mário faleceu, deixando a esposa com quatro filhos para criar. Dona Alice resolveu, então, tentar a vida na capital paulista, onde arrumou emprego de governanta. Conseguiu vaga para as três filhas em um internato de irmãs de caridade, o Internato Tamandaré, onde Vicentina chegou a ter aulas de piano, órgão e canto. A menina ficou lá por três anos, até ser obrigada a sair, devido uma séria infecção nos olhos. Nessa ocasião, a mãe perdeu o emprego, pois os patrões não aceitaram a presença da menina. Dona Alice conseguiu emprego de copeira em um hotel e Vicentina passou a ajudá-la. Trabalhou então como arrumadeira, como babá e ajudante de cozinha em restaurantes. Depois, conseguiu um emprego de faxineira em uma escola de dança onde havia um piano.

Transferiram-se para o Rio de Janeiro em 1934, onde foram morar à Rua Senador Pompeu, numa "cabeça-de-porco", segundo a própria cantora. Nessa época, a família já estava novamente reunida pois as irmãs voltaram a morar com a mãe.

Em 1935, no Cine Pátria, Dalva de Oliveira conheceu Herivelto Martins que formava ao lado de Francisco Sena o dueto Preto e Branco. Foi terminado o dueto e nascia assim o Trio de Ouro. Iniciaram um namoro e, no ano seguinte, iniciaram uma convivência conjugal, oficializada em 1939 num ritual de Umbanda. A união gerou dois filhos: o cantor Pery Ribeiro e Ubiratan de Oliveira MartinsUbiratan trabalhou em televisão como camera man e depois produtor de programas televisivos, como o Fantástico, da TV Globo.

Separou-se de Herivelto Martins em 1947, iniciando uma batalha de ofensas mútuas muito explorada pela imprensa da época. Matérias mentirosas publicadas por Herivelto Martins, com a ajuda do jornalista David Nasser no Diário da Noite fizeram com que o conselho tutelar mandasse Pery Ribeiro e Ubiratan de Oliveira para um internato, só podendo visitar os pais em datas festivas e fins de semana, podendo sair de lá definitivamente com 18 anos. Dalva de Oliveira sofreu muito por isso. Em 1949, oficializaram a separação.

Em 1952, depois de se consagrar mais uma vez na música mundial e ganhar o título de Rainha do Rádio, Dalva de Oliveira resolveu excursionar pela Argentina, para conhecer o país e cantar em Buenos Aires. Nessa ocasião conheceu Tito Climent, que se torna primeiro seu amigo, depois seu empresário e mais tarde, seu segundo marido. Com ele adotou uma filha chamada Dalva Lúcia de Oliveira Climent, a qual Dalva de Oliveira brigou na justiça pela guarda da menina, que ficou com o marido, já que casada anos com ele, viviam brigando. Dalva de Oliveira era uma mulher simples, e Tito Climent queria uma mulher fina e cheia de requintes, sempre pronta para atender a todos em cima do salto.

Em 1963, Dalva de Oliveira e Tito Climent se separaram oficialmente. Ela voltou para o Brasil sozinha e triste, sendo que a filha vai visitá-la nas férias, como os filhos que estão no internato.

Casou-se depois com Manuel Nuno Carpinteiro, modesto rapaz muito mais moço que ela. Sofreu, ao lado de Manuel, grave acidente automobilístico, na cidade do Rio de Janeiro, que resultou na morte por atropelamento de três pessoas, em 18/08/1965, sendo obrigada a abandonar a carreira por alguns anos. Manuel Nuno Carpinteiro se tornaria seu último marido.

No início dos anos 1970, foi morar em uma confortável casa no bairro carioca de Jacarepaguá.

Carreira

De voz afinada, e bela, considerada a Rainha da Voz ou O Rouxinol Brasileiro, sua extensão vocal ia do Contralto ao Soprano. Em 1937, a Dalva de Oliveira gravou, junto com a dupla Preto e Branco, o batuque "Itaquari" e a marcha "Ceci e Peri", ambas do Príncipe Pretinho. O disco foi um sucesso, rendendo várias apresentações nas rádios. Foi César Ladeira, em seu programa na Rádio Mayrink Veiga, que pela primeira vez anunciou o Trio de Ouro.

Em 1949 deixou o trio, quando excursionavam pela Venezuela com a Companhia de Dercy Gonçalves. Em 1951 retomou a carreira solo, lançando os sambas "Tudo Acabado" (J. Piedade e Osvaldo Martins) e "Olhos Verdes" (Vicente Paiva) e o samba-canção "Ave Maria" (Vicente Paiva e Jaime Redondo), sendo os dois últimos grandes sucessos da cantora. No ano seguinte foi eleita Rainha do Rádio, e excursionou pela Argentina, apresentando-se na Rádio El Mundo, de Buenos Aires, na qual conheceu Tito Clement, que se tornou seu empresário e depois marido, pai de sua filha, como mencionado anteriormente. Ainda em 1951, filmou "Maria da Praia", dirigido por Paulo Wanderley, e "Milagre de Amor", dirigido por Moacir Fenelon.

Morte

Três dias antes de morrer, Dalva de Oliveira pressentiu o fim e, pela primeira vez, em sua longa agonia de quase três meses, falou da morte. Ela tinha um recado para sua amiga Dora Lopes, que a acompanhou ao hospital: "Quero ser vestida e maquiada, como o povo se acostumou a me ver. Todos vão parar para me ver passando".

Ela faleceu em 31/08/1972, vítima de uma hemorragia interna provavelmente causada por um câncer. A cantora teve seu apogeu artístico nos anos 30, 40 e 50. Seu corpo está enterrado no Cemitério da Saudade no Rio de Janeiro.

Mais Informações

  • Na primeira versão do filme "Branca de Neve e os Sete Anões" produzida pelos estúdios Disney, em 1938, Dalva de Oliveira dublou os diálogos da personagem Branca de Neve. As canções foram interpretadas pela dubladora Maria Clara Tati Jacome.
  • Em 1974, Dalva de Oliveira foi homenageada pela Escola de Samba Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo "O Rouxinol da Canção Brasileira". Em 1976 a Escola de Samba Turunas do Riachuelo (Juiz de Fora, MG) foi tri-campeã do carnaval da cidade com o enredo "Estrela Dalva", que foi homenageada de forma não biográfica, sendo o samba antológico na cidade.
  • Em 1987 a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense levou para a Sapucaí o enredo "Estrela Dalva".
  • Em 2002 o teatrólogo mineiro Pedro Paulo Cava produziu e dirigiu o espetáculo teatral "Estrela Dalva", cujo sucesso rendeu ao elenco de 16 atores, viagens por diversas capitais brasileiras e cidades do interior de Minas Gerais após quase dois anos em cartaz na capital mineira. Dalva de Oliveira foi interpretada por Rose BrantHerivelto Martins por Léo Mendonza e Nilo Chagas por Diógenes Carvalho. O espetáculo foi baseado no livro de Renato Borghi e João Elísio Fonseca que foi adaptado por Pedro Paulo Cava. O elenco tinha ainda Diorcélio Antônio, Freddy Mozart, Rui Magalhães, Márcia Moreira, Leonardo Scarpelli, Felipe Vasconcelos, Libéria Neves, Jai Baptista, Ivana Fernandes, Patrícia Rodrigues, Meibe Rodrigues, Fabrizio Teixeira e Bianca Xavier. A produção executiva foi de Cássia Cyrino e Luciana Tognolli. Todo o elenco passou por meses de preparação vocal e corporal dando vida e emoção sempre aplaudidos de pé pelo público que lotava as sessões.
  • A vida de Dalva de Oliveira foi retratada em janeiro de 2010 com a minissérie "Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor", produzida pela Rede Globo. A atriz Adriana Esteves interpretou Dalva de Oliveira, enquanto o ator Fábio Assunção interpretou Herivelto Martins.
  • Na cidade de Rio Claro, SP, tem uma praça em sua homenagem com nome de Dalva de Oliveira.

Discografia

Álbuns de Estúdio

  • 1953 - A Voz Sentimental do Brasil
  • 1955 - Dalva de Oliveira Com Roberto Inglez e Sua Orquestra
  • 1957 - Os Tangos Mais Famosos na Voz de Dalva de Oliveira
  • 1958 - Dalva
  • 1960 - Em Tudo Você
  • 1961 - Tangos
  • 1961 - Dalva de Oliveira
  • 1962 - O Encantamento do Bolero
  • 1963 - Tangos - Volume II
  • 1965 - Rancho da Praça Onze
  • 1967 - A Cantora do Brasil
  • 1968 - É Tempo de Amor
  • 1970 - Bandeira Branca

Coletâneas

  • 1972 - Grossas Nuvens de Amor
  • 1973 - O Amor é o Ridículo da Vida
  • 1973 - Dalva em Recital no Teatro Senac
  • 1982 - Dalva de Oliveira Especial, Vol. 1
  • 1987 - Dalva de Oliveira - Série Os Ídolos do Rádio, Vol. V
  • 1993 - Trio de Ouro
  • 1994 - Saudade…
  • 1994 - Meus Momentos
  • 1995 - Dalva de Oliveira
  • 1997 - A Rainha da Voz
  • 2000 - Dalva de Oliveira e Roberto Inglez e Sua Orquestra
  • 2000 - Bis - Dalva de Oliveira
  • 2006 - Canta Dalva

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB

Tim Maia

SEBASTIÃO RODRIGUES MAIA
(55 anos)
Cantor, Compositor, Produtor e Instrumentista

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1942)
+ Niterói, RJ (15/03/1998)

Sebastião Rodrigues Maia, popularmente conhecido como Tim Maia, foi um dos pioneiros na introdução do estilo soul na Música Popular Brasileira e um dos maiores ícones da música no Brasil. Suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grande vendagem e consagrando muitos sucessos.

Nasceu e cresceu no Rio de Janeiro, onde, em sua infância, já teve contato com pessoas que viriam a ser grandes cantores, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1957, integrou o grupo The Sputniks, onde cantou junto a Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contatos com o soul, vindo a ser preso e deportado por roubo e porte de drogas.

Em 1970, gravou seu primeiro disco, intitulado "Tim Maia", que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera". Nos três anos seguintes, lançou vários discos homônimos, fazendo sucesso com canções como "Não Quero Dinheiro" e "Gostava Tanto de Você".

De 1975 a 1977, aderiu à doutrina filosófico-religiosa conhecida como Cultura Racional, lançando, nesse período, as músicas "Que Beleza" e "Rodésia". Pela decadência de suas músicas influenciadas por essa escola filosófica, desiludiu-se com a doutrina e voltou ao seu estilo de música anterior, lançando sucessos como "Descobridor dos Sete Mares" e "Me Dê Motivo".

Muitas músicas suas foram gravadas sob a editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos, sendo um dos primeiros artistas independentes do Brasil.

Na década de 90, diversos problemas assolaram a vida do cantor: problemas com as Organizações Globo e a saúde precária, devido ao uso constante de drogas ilícitas e ao agravamento de seu grau de obesidade. Sem condições de realizar uma apresentação no Teatro Municipal de Niterói, saiu em uma ambulância e, após duas Paradas Cardiorrespiratórias, faleceu em 15 de março de 1998.

É amplo seu legado à história da Música Popular Brasileira, tendo inaugurado um estilo que futuramente viria a ser cantado por diversos artistas, como seu sobrinho Ed Motta. A revista Rolling Stone classificou Tim Maia como o 9º maior artista da música brasileira.

Primeiros Anos

Nascido no Bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Pena 24, filho de Altivo Maia (1900-1959) e Maria Imaculada Maia (1902-1984), começou a compor melodias ainda criança e já surpreendia a numerosa família, era o penúltimo de 19 irmãos.

Destacou-se pelo pioneirismo em trazer para a Música Popular Brasileira o estilo soul de cantar. Com a voz grave e carregada, tornou-se um dos grandes nomes da música brasileira, conquistando grande vendagem e consagrando sucessos, lembrados até hoje e que influenciaram o sobrinho, o cantor Ed Motta.

Tim Maia começou na música tocando bateria num grupo chamado Tijucanos do Ritmo, formado na Igreja dos Capuchinhos próxima a sua casa, passando logo para o violão. Tim Maia, nessa época, era conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-a-Lena de Ronnie Self (apelido que Jorge Ben Jor tinha pelo mesmo motivo).

Em 1957, fundou o grupo vocal The Sputniks, do qual participaram Roberto Carlos, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington. Erasmo Carlos nunca fez parte do grupo, mas sim do The Snakes, grupo que acompanhou tanto Roberto Carlos quanto Tim Maia após o fim do The Sputniks.

Em 1959, foi para os Estados Unidos, onde estudou inglês e entrou em contato com a soul music, chegando a participar de um grupo vocal, o The Ideals. No entanto, quatro anos mais tarde, viria a ser deportado de volta para o Brasil, preso por roubo e posse de drogas.

Em 1968, Tim Maia produziu o álbum "A Onda é o Boogaloo", de Eduardo Araújo. O álbum trouxe a sonoridade da soul music para a Jovem Guarda. No mesmo ano, Roberto Carlos gravou uma canção de sua autoria, "Não Vou Ficar", para o álbum "Roberto Carlos" (1969). A canção também fez parte da trilha sonora do filme "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa".

Seu primeiro trabalho solo foi um compacto pela CBS em 1968, que trazia as músicas "Meu País" e "Sentimento", ambas de sua autoria, como todas as músicas sem indicação de autor. Sua carreira no Brasil fortaleceu-se a partir de 1969, quando gravou um compacto simples pela Fermata com "These Are the Songs", regravada no ano seguinte por Elis Regina em duo com ele e incluída no álbum "Em Pleno Verão", de Elis Regina, e "What Do You Want to Bet".

Anos 70

Em 1970, gravou seu primeiro LP, "Tim Maia", na Polydor, por indicação da banda Os Mutantes. O disco permaneceu em primeiro lugar no Rio de Janeiro por 24 semanas. Nesse disco, obteve sucesso com as faixas "Azul da Cor do Mar", "Coronel Antônio Bento" (Luís Wanderley e João do Vale), "Primavera" (Cassiano) e "Eu Amo Você".

Nos três anos seguintes, com a mesma gravadora, lançou os discos "Tim Maia Volume II", tornando-se cada vez mais famoso com canções como a dançante "Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)", na era disco;  "Tim Maia Volume III" e "Tim Maia Volume IV", no qual se destacaram "Gostava Tanto de Você" (Edson Trindade) e "Réu Confesso".

Em 1975, gravou os LPs "Tim Maia Racional Vol. 1 e Vol. 2". Em 1978, gravou, para a  Warner, "Tim Maia Disco Club", claramente inspirada pela disco music. Tim Maia foi acompanhado pela Banda Black Rio. Nesse álbum, gravou um de seus maiores sucessos, "Sossego".

Tim Maia se tornou notável por não aparecer ou atrasar em shows, e frequentemente reclamar da qualidade do áudio nos mesmos.

Fase Racional (1975-1976)

Na década de 1970, entrou em contato com a doutrina Cultura Racional, liderada por Manuel Jacinto Coelho, quando lançou, em 1975, os álbuns "Tim Maia Racional, Volumes I e II"  pelo selo Seroma (palavra "amores" ao contrário e abreviação do próprio nome, Sebastião Rodrigues Maia).

São considerados por muitos, os melhores de Tim Maia, com grandes influências do funk e do soul e pelo fato de que, nesta época, Tim Maia manteve-se afastado dos vícios, o que refletiu na qualidade de sua voz.

Desiludido com a doutrina, percebeu que o mestre Manuel Jacinto Coelho não correspondeu ao ideal de um mestre. O cantor, revoltado, tirou de circulação os álbuns, tendo virado item de colecionadores, devido à raridade. Deste disco, existem várias pérolas, uma das quais é Imunização Racional.

Já nos anos 2000, foram descobertas novas músicas pertencentes à "fase racional", no que foi intitulado de verdadeiro "Racional Volume Três", podendo-se mencionar as faixas: "You Gotta Be Rational", "Escrituração Racional", "Brasil Racional", "Universo Em Desencanto Disco", "O Grão Mestre Varonil", "Do Nada Ao Tudo" e "Minha Felicidade Racional", inicialmente disponibilizadas apenas na Internet e lançado em CD em Agosto de 2011.

Após o término de sua fase racional, Tim Maia voltou a seu antigo estilo vida e aos temas não religiosos em suas canções. Mais sucessos se seguiram: "Sossego", do LP "Tim Maia Disco Club" (1978), "Descobridor dos Sete Mares", faixa-título do LP de 1983, que também trouxe "Me Dê Motivo", e "Do Leme ao Pontal" (de Tim Maia, 1986).

Anos 80

Lançou em 1983 o LP "O Descobridor dos Sete Mares", com destaque para a canção-título "O Descobridor dos Sete Mares" (Michel e Gilson Mendonça) e para a música "Me Dê Motivo" (Michael Sullivan e Paulo Massadas) um dos seus maiores sucessos.

Em 1985, gravou "Um Dia de Domingo", também de Michael Sullivan e Paulo Massadas, num dueto com Gal Costa, obtendo grande sucesso. Outro disco importante da década de 1980 foi "Tim Maia" (1986), que trazia a música "Do Leme ao Pontal".

Em 1986, participou do musical da Rede Globo, "Cida, a Gata Roqueira", paródia ao conto de fadas, inspirado no filme "Os Irmãos Caras de Pau" (1980), onde James Brown interpretou um pastor evangélico. Nelson Motta criou um personagem similar para Tim Maia, onde o cantor improvisa o Salmo 23 embalado por uma banda tocando funk.

Artista com histórico de problemas com as gravadoras, na década de 1970 fundou seu próprio selo, primeiramente Seroma e depois Vitória Régia Discos. Por ele, lançou, em 1990, "Tim Maia Interpreta Clássicos da Bossa Nova" e, mais tarde, "Voltou a Clarear" e "Nova Era Glacial". Em 1988, venceu o Prêmio Sharp de música na categoria "Melhor Cantor".

Anos 90

Descontente com as gravadoras, Tim Maia retomou a ideia da editora Seroma e da gravadora Vitória Régia Discos, pela qual passou a fazer seus lançamentos. Regravado por artistas do pop, Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Marisa Monte, Tim Maia retribuiu a homenagem gravando "Como Uma Onda", de Lulu Santos e Nelson Motta, que foi grande sucesso nos anos 1990, juntamente com seu álbum ao vivo, de 1992.

De Jorge Ben Jor, ganharia o apelido de "O Síndico do Brasil", na música "W/Brasil". Ao longo da década, Tim Maia gravaria discos de bossa nova, um deles com Os Cariocas, e de versões clássicos do pop e do soul, "What a Wonderful World".

Em 1996, lançou dois CDs ao mesmo tempo: "Amigo do Rei", juntamente com Os Cariocas, e "What a Wonderful World", com recriações de standards do soul e do pop norte-americanos dos anos de 1950 a 1970. Em 1997, lançou mais três CDs, perfazendo 32 discos em 42 anos de carreira. Nesse mesmo ano, fez uma nova viagem aos Estados Unidos.

Vida Pessoal

Tim Maia teve uma infância bastante pobre no bairro carioca da Tijuca, onde nasceu e cresceu. Morava em um cortiço e era o caçula de doze irmãos. Quando criança, trabalhou como entregador de marmitas para ajudar nas despesas de casa. Aos 8 anos cantava no coral da igreja e aos 12 ganhou um violão de seu pai.

Tim Maia teve muitas mulheres, entre elas as mais conhecidas foram Janete, uma jovem de família tradicional que se incomodava com o jeito liberal demais de Tim, de quem foi namorada por alguns anos e acabaram se separando em Londres, quando ele passou meses lá com amigos se divertindo, com bebidas, cigarros e drogas. Isso a incomodou demais, e a fez voltar para o Brasil. Tim Maia também namorou com Janaína, com quem ficou alguns anos e que era uma jovem moderna para aos padrões da época. Viviam entre tapas e beijos, quando decidiram se separar por constantes crises de ciúme do casal.

Durante anos namorou com Maria de Jesus Gomes da Silva, apelidada de Geisa. Ela o acompanhava em shows pelo Brasil e por vários países, em turnês e passeios musicais, e era amiga de seus amigos. Gostava de beber e fumar com o grupo. Viveram muito tempo como hippies, viajando sem destino pelos Estados Unidos e Europa. Ele a conheceu quando ela tinha 17 anos e a tirou da casa de seus pais, que não aceitavam o envolvimento dela com um homem da música, sem carreira estável. Geisa fugiu de casa para ficar com Tim Maia, seu primeiro namorado, que alugou uma casa para que ela morasse sozinha. Após poucos anos de namoro, se separaram, Tim Maia a acusava de ser muito ciumenta e instável, e querer controlar demais sua vida e seu dinheiro. Mas Geisa só queria ajudá-lo, o alertando para largar as drogas, o vício em álcool, e administrar o dinheiro que estava no fim.

Durante a separação, Tim Maia quis procurá-la, mas seu orgulho de homem não deixava. Ela, por sua vez o procurava constantemente, mas ele a mandava embora, dizendo não querer uma mulher possessiva em sua vida. Durante esse período, Tim Maia entrou em depressão por conta da separação, e passou a se entregar mais aos vícios, e mulheres da vida.

Após a separação, Geisa o procurou desesperada, e revelou estar grávida e sozinha. Tim Maia se sensibilizou e a quis de volta, provando seu amor, e a chamou para morar com ele, se sentindo até culpado por tudo que ela passou longe dele, já que ele a protegia. Tim Maia assumiu o filho de Geisa como seu. O menino foi registrado por Tim Maia como seu filho biológico e batizado de Márcio Leonardo "Léo" Maia.

A criança nasceu em 1974. Durante a separação de Tim Maia e Geisa. A jovem arranjou seu segundo namorado, e acabou se envolvendo com o goleiro Vitório, que atuou no Fluminense entre 1966 e 1973. Ele prometeu casar-se com a jovem, mas a abandonou, ao descobrir que ela estava grávida, alegando que era jovem demais para assumir um filho, propondo a Geisa que abortasse, mas ela recusou totalmente esta proposta, por ser totalmente contra isto, e aí ele a acusou de interesseira e a deixou. Apesar de ir atrás dele, implorar para ele ao menos assumir a criança, ele não quis saber dessa história e bateu em Geisa, mandando ela sumir de sua vida. Desesperada, sua única saída foi procurar Tim Maia, pois sabia que como amigo ele não lhe negaria ajuda.

Morando com Tim Maia e seu filho Léo, Geisa engravidou mais duas vezes, e o casal teve dois filhos: Carmelo Gomes Maia, também conhecido como Telmo, nascido em 1975 e José Carlos Gomes Maia, nascido em 1976, falecido em 2002.

Na época que seus filhos nasceram, Tim Maia se filiou a uma seita de extra terrestres e passou a compor músicas religiosas, motivo também de atrito entre ele e Geisa, que não aceitava o marido ganhar pouco com essas músicas e vender tudo que tinha para dar aos pobres. Tim Maia deixou os vícios e recuperou a saúde, mas ficou obcecado pela religião, tanto que o nome de seu filho, Carmelo, o guru da seita que escolheu, dizendo ser um nome sem pecado, desmagnetizado. Ao registrá-lo, Tim Maia queria colocar Telmo, outro nome desmagnetizado, e escolheu Carmelo, mas esqueceu a escolha feita e chamava o filho de Telmo. Até o menino achava que esse era seu nome, apesar de Geisa falar ao filho que não, e dizer a Tim Maia que ele estava perturbado, que o nome do menino era um, ele teimava em dizer que era outro, até Tim ler na certidão que era Carmelo, mas continuou a apelidar o menino de Telmo.

Tim Maia largou a religião ao descobrir que o guru era um charlatão e que fazia tudo que era contra a seita religiosa. Em 1986, quando Márcio Leonardo tinha 12 anos, Carmelo, 11, e José Carlos, 10, Geisa e Tim Maia se separaram. Os vícios de Tim voltaram com força total após o desligamento da seita religiosa, ficou descontrolado, e as constantes humilhações e traições fizeram Geisa dar um basta em tanto sofrimento, e ela deixou a casa de Tim Maia com seus filhos.

Geisa começou a trabalhar em comércio, alugou um apartamento e morava junto com seus três filhos. Com o passar dos anos começou a namorar novamente e foi morar com seus filhos na casa de um delegado. Ela acabou superando a mágoa das humilhações e traições do ex-marido, acabou tornando-se amiga de Tim Maia e dividia com ele a guarda de Márcio Leonardo, Carmelo e José Carlos. Por acaso, aos 17 anos, Léo Maia descobriu não ser filho biológico de Tim Maia e ficou abalado, já que Tim e a esposa combinaram de não revelar a verdadeira paternidade do menino. Mas Léo aceitou bem isso, já gostava do padrasto delegado e de Tim Maia, e ficou feliz por ter dois pais.

Tim Maia viveu nos Estados Unidos de 1959 a 1963. Afirmava que ao morar fora do país, ficou um bom tempo sem falar o português já que na época poucos brasileiros moravam no país. Lá ele montou uma mini banda e gravou um disco compacto. Para sobreviver no país, chegou a trabalhar em lanchonetes da região. No começo residiu em Tarrytown, com a família de um conhecido cliente de seu pai. Em 1961, se mudou para New York, e em 1963 com um grupo de três amigos decidiram viajar para o sul dos Estados Unidos. Com um carro roubado e fazendo pequenos furtos para financiar a viagem, o que lhe rendeu cinco prisões. Tim Maia e seus amigos percorreram nove estados antes de chegar na Flórida. Em Daytona Beach, ele teve sua prisão definitiva por porte de maconha, onde foi deportado de volta ao Brasil.

Tim Maia tentou a carreira política ao filiar-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) em outubro de 1997 onde seria o candidato a Senador pelo Rio de Janeiro nas eleições gerais de 1998, porém acabou falecendo antes.

Tornou-se notável por não aparecer ou atrasar o início dos shows e, frequentemente, reclamar da qualidade do áudio. Isso ocorria devido ao intenso consumo de uísque, cocaína e maconha antes dos shows, que ele chamava de "triátlon".

No final de sua vida sofreu com problemas relacionados a obesidade, diabetes e problemas respiratórios. Em 1996, teve uma gangrena de Fournier que foi retirada por uma operação de emergência.

Durante a gravação de um espetáculo para a TV no Teatro Municipal de Niterói, no dia 08/03/1998, Tim Maia tentou cantar, mesmo sabendo de sua má condição de saúde. Não conseguiu e retirou-se sem dar explicações. Terminou sendo levado para o Hospital Universitário Antônio Pedro.

Tim Maia faleceu em 15/03/1998 em Niterói, RJ, aos 55 anos e com 140 quilos, devido a uma infecção generalizada.

No ano seguinte seria homenageado por vários artistas da MPB num show tributo, que se transformou em disco, especial de TV e vídeo.

Homenagens

Em 2004, a Som Livre lançou o álbum "Soul Tim: Duetos", onde vários artistas, como Luiz Melodia, Fat Family, Claudinho & Buchecha, realizaram duetos póstumos, através de recursos tecnológicos, semelhante à gravação de Unforgettable por Nat King Cole e a filha Natalie Cole.

Em janeiro de 2001, em uma homenagem inusitada, o guitarrista Robin Finck do Guns N' Roses tocou uma versão rocker de seu sucesso "Sossego", durante a apresentação da banda no Rock In Rio III.

Entre tantas homenagens de qualidade já feitas a ele, a mais recente foi no dia 14 de dezembro de 2007, quando a Rede Globo homenageou Tim Maia no especial "Por Toda a Minha Vida". Ainda em 2007, o jornalista e produtor musical Nelson Motta, amigo e fã de Tim Maia, lançou o best-seller "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", pela Editora Objetiva.

Em 2009, o cantor foi homenageado no programa "Som Brasil" com participações de Leo Maia, Seu Jorge, Thalma de Freitas, Marku Ribas, Carlos Dafé, Taryn Spielman e a Banda Instituto.

Em 2011, Nelson Motta e João Fonseca criaram um musical baseado no livro "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia". O papel de Tim Maia foi interpretado por Tiago Abravanel, neto de Sílvio Santos.

Fonte: Wikipédia
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