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Maria Julieta Drummond de Andrade

MARIA JULIETA DRUMMOND DE ANDRADE
(59 anos)
Cronista

* Belo Horizonte, MG (04/03/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/08/1987)

Maria Julieta, dedicada mãe de três filhos, mulher moderna e habilidosa na arte de escrever. Filha única do itabirano Carlos Drummond de Andrade e Dolores Dutra de Morais. Maria Julieta era a grade paixão de Carlos Drummond de Andrade. A cumplicidade existente entre os dois se explicava através de códigos, rapidamente interpretados por um e outro. Um grande amor enriquecido pela sensibilidade da poesia, vocação que ambos compartilhavam.

Maria Julieta e seu pai Carlos Drummond de Andrade

Suas Obras

Aos 17 anos, antes mesmo de ser escritora, lançou o que chamavam de novela: "A Busca", livro no qual relatou sua vida de adolescente, estudante de um colégio em regime de semi-internato mostrando, inclusive, seus sentimentos por ser filha única. Este livro teve a primeira edição esgotada e foi relançado. Trinta e cinco anos mais tarde, escreveu "Buquê de Alcachofras", o qual se formou pela seleção de crônicas editadas no Jornal O Globo desde novembro de 1977 até janeiro de 1980. Em ambas publicações Maria Julieta foi muito elogiada por grandes nomes da literatura Brasileira, dentre eles Rachel de Queiroz, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Fernando Sabino, Rubem Braga e Paulo Mendes Campos.

Infelizmente Julieta se limitou a apenas essas duas obras. Uma pena realmente, já que sua aptidão para escrever fazia juz ao sobrenome famoso que carregava.

Faleceu em 5 de agosto de 1987 devido a um Câncer Ósseo, doze dias antes de seu pai.

Fonte: Viva Itabira

Ataulfo Alves

ATAULFO ALVES DE SOUZA
(59 anos)
Cantor e Compositor

* Miraí, MG (02/05/1909)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/04/1969)

Ataulfo Alves era um dos sete filhos do Capitão Severino, violeiro, sanfoneiro e repentista da Zona da Mata, nasceu em 2 de maio de 1909 na Fazenda Cachoeira, propriedade dos Alves Pereira, no município de Miraí, MG.

Com oito anos, já fazia versos, respondendo aos improvisos do pai. Com a morte deste, a família teve de se mudar para a cidade, onde aos dez anos começou a ajudar a mãe no sustento da casa: foi leiteiro, condutor de bois, carregador de malas na estação, menino de recados, marceneiro, engraxate e lavrador, ao mesmo tempo em que estudava no Grupo Escolar Dr. Justino Pereira.

Aos 18 anos, aceitou o convite do Dr. Afrânio Moreira Resende, medico de Miraí, para acompanhá-lo ao Rio de Janeiro, onde fixaria residência. Durante o dia, trabalhava no consultório, entregando recados e receitas, e, a noite, fazia limpeza e outros serviços domésticos na casa do médico. Insatisfeito com a situação, conseguiu uma vaga de lavador de vidros na Farmácia e Drogaria do Povo. Rapidamente aprendeu a lidar com as drogas e tornou-se prático de farmácia. Depois do trabalho voltava para casa no bairro de Rio Comprido, onde costumava freqüentar rodas de samba. Já sabia tocar violão, cavaquinho e bandolim, e organizou um conjunto que animava as festas do bairro.

Em 1928, com apenas 19 anos, casou-se com Judite. Nessa época, em que já começara a compor, tornou-se diretor de harmonia de "Fale Quem Quiser", bloco organizado pelo pessoal do bairro. Em 1933, Bide, que viria a fazer sucesso com o samba "Agora e Cinza", ouviu algumas composições suas no Rio Comprido, e resolveu apresentá-lo a Mr. Evans, diretor americano da Victor. Foi então que Almirante gravou o samba "Sexta-feira", sua primeira composição a ser lançada em disco. Dias depois, Carmem Miranda, que ele havia conhecido antes de ser cantora, gravou "Tempo Perdido", garantindo sua entrada no mundo artístico.

Em 1935, através de Almirante e Bide, conseguiu seu primeiro sucesso com "Saudade do Meu Barracão", gravado por Floriano Belham. Seu nome cresceu muito quando apareceram as gravações do samba "Saudade Dela", em 1936, por Sílvio Caldas e da valsa "A Você" (com Aldo Cabral) e do samba "Quanta Tristeza" (com André Filho), em 1937, por Carlos Galhardo, que se tornaria um dos seus grandes divulgadores. Passou a compor com Bide, Claudionor Cruz, João Bastos Filho e Wilson Batista, com quem venceu os Carnavais de 1940 e 1941, com "Oh!, Seu Oscar e O Bonde de São Januário".

Em 1938, Orlando Silva, outro grande interprete de suas musicas, gravou "Errei, Erramos". Em 1941, fez sua primeira experiência como intérprete, gravando seus sambas "Leva, Meu Samba..." e "Alegria na Casa de Pobre" (com Abel Neto). Em 1942 a situação financeira difícil e a hesitação dos cantores em gravar sua ultima composição fizeram com que ele próprio lançasse, para o Carnaval do ano, "Ai, Que Saudades da Amélia", gravado com acompanhamento do grupo Academia do Samba e abertura de Jacob do Bandolim, o samba, feito a partir de três quadras apresentadas por Mário Lago para serem musicadas, resultou em grande sucesso popular. Juntos fizeram ainda "Atire a Primeira Pedra", para o Carnaval de 1944, e em 1945 lançaram "Capacho" e "Pra Que Mais Felicidade".

Resolvido a continuar interpretando suas músicas, juntou-se a um grupo de cantoras, organizando um conjunto que, por sugestão de Pedro Caetano, foi chamado de Ataulfo Alves e suas Pastoras. Inicialmente formado por Olga, Marilu e Alda. Representativas da década de 1950, quando faziam sucesso musicas de fossa e de amores infelizes, são suas composições "Fim de Comedia" e "Errei, Sim", gravadas por Dalva de Oliveira.

Em 1954 participou do show "O Samba Nasce no Coração", realizado na boate Casablanca, quando lançou o samba "Pois é...". O pintor Pancetti gostou muito da musica e, inspirado nela, fez um quadro com o mesmo nome, que ofereceu ao compositor. Compôs então "Lagoa Serena" (com J. Batista), dedicando-a a Pancetti, que, novamente, o homenageou com a tela "Lagoa Serena".

Convidado por Humberto Teixeira, em 1961 participou de uma caravana de divulgação da musica popular brasileira na Europa, para onde levou "Mulata Assanhada" e "Na Cadência do Samba" (com Paulo Gesta), que acabara de lançar. Retornou no mesmo ano e fundou a ATA (Ataulfo Alves Edições), tonando-se editor de suas musicas. Por essa época, desligou-se de suas pastoras – na ocasião Nadir, Antonina, Geralda e Geraldina –, passando a se apresentar sozinho, esporadicamente.

Depois de realizar em 1964 uma temporada no Top Club, do Rio de Janeiro, como sentisse piorar a Úlcera no Duodeno, em 1965 decidiu passar o seu titulo de General do Samba para seu filho, Ataulfo Alves Júnior.

Em decorrência do agravamento da Úlcera, morreu após uma intervenção cirúrgica, no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1969.

Fonte: MPB Net

Lucinha Apache

LÚCIA SOUZA DE MATTOS MONTEIRO
(59 anos)
Dançarina

* (1951)
+ (01/04/2010)

Lucinha Apache foi dançarina dos programas do comunicador Chacrinha de 1969 a 1974.

Recentemente, Lucinha deu uma entrevista ao programa "As Chacretes", do Canal Brasil, na qual contou que deixou o programa para casar, mas pediu o divórcio ao descobrir que o marido era infiel.

"Eu ainda tenho o mesmo glamour. Quando saio, eu me produzo. Eu vou para as discotecas. Eu faço a mesma coisa de quando eu tinha 18, 21 anos", afirmou.

"Logicamente que não é o mesmo corpo, não são as mesmas pessoas, não é a televisão, não é a mídia em cima. Mas eu ainda me sinto a mesma porque os meus amigos que me conhecem como chacrete ainda me botam lá em cima, num pedestal", disse.

"Isso para mim é a glória. Eu jamais deixei de ser e jamais vou deixar de ser chacrete."

Segundo informações do canal, a ex-chacrete havia perdido a visão por causa da diabetes e estava obesa. Mesmo assim, não demonstrou tristeza durante a entrevista.

Aos 59 anos e diabética, ela foi vítima de um Infarto. Lucinha estava hospitalizada há duas semanas.

O corpo de Lucinha foi velado na capela 5 do cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Fonte: Wikipédia e Folha On Line

Vera Sílvia Magalhães

VERA SÍLVIA ARAÚJO DE MAGALHÃES
(59 anos)
Economista, Socióloga e Guerrilheira

* Rio de Janeiro, RJ (05/02/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/12/2007)

Foi uma economista, socióloga e guerrilheira brasileira, militante da Dissidência Comunista da Guanabara e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).

Vera, filha de uma família da classe média alta carioca, de ideologia socialista - ganhou do tio, aos onze anos, o livro "Manifesto do Partido Comunista", de Marx e Engels - começou a militar na política com apenas 15 anos de idade, na Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (Ames).

Aos vinte, em 1968 e já na universidade, ingressou no MR-8, grupo comunista clandestino que participou da luta armada contra a ditadura militar.

Luta Armada

Atuando na Frente de Trabalho Armado (FTA), a tropa de choque da DI-GB, um dos muitos grupos dissidentes do Partido Comunista Brasileiro, e que viria a se intitular de Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), após a prisão de quase todos os integrantes do MR-8 original, no intuito de confundir a repressão, depois de sua primeira ação num roubo de armas no gasômetro do bairro do Leblon, junto aos companheiros Cláudio Torres e Cid Benjamin, Vera participou de diversos assaltos a banco, supermercados, postos de gasolina e carros-forte, além de um assalto cinematográfico ao apartamento de um deputado em Copacabana, com os membros do grupo disfarçados de jornalistas. Nessas ações, ela usava sempre uma peruca loira, o que lhe deu a alcunha de "Loira 90" (porque nos assaltos a banco estava sempre armada com duas pistolas calibre .45) na imprensa e entre os agentes da repressão.

Mas ela passaria para a história como uma das mais famosas guerrilheiras do Brasil da ditadura militar, quando foi a única mulher a participar do seqüestro do embaixador norte-americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969.

Vera, codinome "Dadá" na militância, ficou encarregada de conseguir informações sobre a rotina do embaixador Elbrick e para isso chegou a flertar com o chefe da segurança da embaixada dos Estados Unidos, em Botafogo, vestida com uniforme de babá. Depois de conseguir as informações que permitiram o mapeamento da rotina do diplomata, ela atuou como vigia no dia do sequestro, 4 de setembro, posicionada dentro de uma padaria na rua Marques, no bairro do Humaitá, onde se deu a ação.

Após o sequestro, o primeiro do genêro no mundo e que libertou quinze presos políticos em troca da vida de Elbrick, Vera desapareceu na clandestinidade, caçada, como os outros sequestradores, pela polícia e pelos agentes dos serviços de inteligência das três forças armadas. Escondida na Penha com o então companheiro José Roberto Spigner, também guerrilheiro, continuou esporadicamente a participar de ações armadas e distribuição de propaganda política, até o começo do ano seguinte, quando escapou atirando de um cerco feito pela repressão a uma casa onde se escondia com companheiros, entre eles Spigner, morto no tiroteio.

Presa em março de 1970, numa casa do bairro do Jacarezinho, junto com outros companheiros denunciados por uma vizinha e levando um tiro que lhe trespassou a cabeça. Vera Sílvia foi torturada nas dependências do DOI-CODI do Rio de Janeiro, baseado num quartel da Polícia do Exército na Rua Barão de Mesquita, bairro da Tijuca, zona norte da cidade. Pendurada no pau-de-arara, respondeu aos torturadores quando lhe perguntaram sua profissão: "Minha profissão é ser guerrilheira". Vera acabou sendo libertada junto com outros 39 presos politicos em 15 de junho do mesmo ano, em troca do embaixador alemão no Brasil, Ehrenfried von Holleben, sequestrado por outro grupo guerrilheiro.

Cinema

Única mulher participante do sequestro do embaixador Elbrick, Vera foi retratada no filme "O Que É Isso, Companheiro?" de 1997 baseado na obra homônima de Gabeira por Fernanda Torres.

Exílio, Retorno e Morte

Banida do país, Vera morou na Argélia e no Chile com Fernando Gabeira, seu companheiro de sequestro e de banimento, com quem se casou, na Alemanha, na Suécia e na França. A maior parte do tempo em que foi obrigada a morar fora do Brasil, foi ocupada com estudos na Sorbonne, em Paris, onde foi aluna do sociólogo e futuro Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, também exilado na Europa. Retornando ao Brasil em 1979 após a aprovação da Lei da Anistia, trabalhou no governo do Rio de Janeiro como planejadora urbana, até se aposentar por invalidez.

Vera, musa dos integrantes da guerrilha no Rio de Janeiro, foi presa após levar um tiro na cabeça e torturada por três meses mesmo ferida e após dias em estado de coma, e, entre outras sequelas, sofreu o resto da vida de surtos psicóticos, sangramento da gengiva e crises renais, combateu um linfoma nos últimos anos de vida e morreu de infarto em 2007.

Por causa de seus problemas permanentes de saúde causados pela tortura, em 2002 ela foi a primeira mulher a receber reparação financeira do Estado, com uma pensão mensal vitalícia garantida por lei. Além de viver com Spigner e casar com Gabeira, Vera Sílvia foi casada mais duas vezes, uma delas com o cientista político Emir Sader.

Fonte: Wikipédia

Buza Ferraz

ALBERTO PAULO FERRAZ
(59 anos)
Ator e Diretor

* Rio de Janeiro, RJ (01/05/1950)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/04/2010)

Alberto Paulo Ferraz, o Buza Ferraz, se formou em Jornalismo e em 1969, estava interessado em trazer o musical "Hair" para o Rio de Janeiro. Conseguiu a autorização do pai, Paulo Ferraz, para usar um teatro da família que estava fechado. Para arrecadar dinheiro, a idéia foi reviver os bailes de Carnaval no local. Assim, Buza Ferraz estreou como ator em 1969, no musical "Hair", dirigido por Ademar Guerra. Com o mesmo diretor, atuou em "Missa Leiga", de Chico de Assis, 1972. No Teatro Opinião, participou de "Bordel da Salvação", de Brendan Behan.

Seu primeiro trabalho de expressão como intérprete aconteceu em 1975, na elogiada montagem de "Pano de Boca", de Fauzi Arap. Foi dirigido por Antônio Pedro em "Síndica, Qual é a Tua?", de Luiz Carlos Góes em 1976.

Em 1978, Buza Ferraz organizou o grupo Jaz-o-Coração, integrado por jovens atores, que estreou com "O Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto.

Buza estreou em televisão na histórica primeira versão da novela "Selva de Pedra", em 1972, ao lado de Dina Sfat, Regina Duarte e Francisco Cuoco. Ele ficou famoso devido ao papel de Cauê na novela "O Rebu", de 1974, sendo o primeiro ator a ter um caso homossexual em uma novela da emissora

Ator, diretor e produtor, Buza Ferraz, quando desapareceu da televisão, estava produzindo teatro e, principalmente, cinema. Como produtor, tem no currículo filmes como "Xica da Silva", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Estorvo".

No teatro trabalhou como autor, diretor e tradutor nas seguintes peças: "Policarpo Quaresma", "Mistério Bufo", "Cabaré Valentin", "Poleiro dos Anjos", "Musical dos Musicais", "Serafim Ponte Grande" e "Beijo no Asfalto".

Era dono da produtora Bigdeni que fez o longa-metragem "For All, o Trampolim da Vitória".

Na TV Globo, além de "Selva de Pedra", participou das novelas "O Rebu" ; "Brilhante"; "Final Feliz" e das minisséries "Quem Ama Não Mata" e "Labirinto".

Na Rede Manchete, atuou nas novelas "Helena" e "Kananga do Japão".

Em 2000, participou do seriado "Brava Gente Brasileira".

Voltou à TV em 2006 com uma participação na novela "Páginas da Vida" e, em 2008, participou dos seriados "Malhação" e "Casos e Acasos", ambos da Rede Globo.

Buza fez seu último trabalho em 2008, na Rede Globo, no seriado "Casos e Acasos".

De acordo com a família, à época de sua morte, Buza não tinha contrato com nenhuma emissora, mas estava produzindo uma peça escrita pelo filho caçula, o ator Antônio Bento. A montagem tinha previsão de estrear no segundo semestre de 2010.

Recentemente, foi sócio-fundador e diretor do centro cultural Espaço Telezoom, cuja proposta é oferecer ao público uma programação diversificada e de qualidade.

Buza Ferraz faleceu no sábado, dia 03/04/2010, às 3h15, após sofrer três paradas respiratórias no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Buza Ferraz foi encaminhado ao hospital devido a um mal-estar e teve uma parada cardíaca fatal enquanto era atendido. O ator sofria de leucemia. Foi enterrado na tarde do mesmo dia no cemitério São João Batista, em Botafogo.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam



Lamartine Babo

LAMARTINE DE AZEREDO BABO
(59 anos)
Compositor, 
Revistógrafo, Humorista, Radialista e Produtor

* Rio de Janeiro, RJ (10/01/1904)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/06/1963)

Foi um dos mais importantes compositores populares do Brasil. Era um dos doze filhos de Leopoldo Azeredo Babo e Bernarda Preciosa Gonçalves, sendo um dos dos três que chegaram à idade adulta. Era tio de Oswaldo Sargentelli.

Nasceu no mesmo ano da fundação do América Football Club. Tijucano e americano fanático, Lamartine protagonizou cenas memoráveis como o desfile que fez em carro aberto pelas ruas do centro do Rio, fantasiado de diabo, comemorando o último campeonato do América em 1960.

Mesmo tendo sido um leigo em técnica musical, Lamartine criou melodias maravilhosas, resultantes de seu espírito inventivo e altamente versátil. Começou a compor aos catorze anos - a valsa "Torturas do Amor" e, aos dezesseis anos, compõe a opereta "Cibele". Quando foi para o Colégio São Bento dedicou-se a músicas religiosas.

Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Porém, foi através das marchinhas carnavalescas, cantadas até hoje, como O Teu Cabelo Não Nega, Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo, que o seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval. Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência.

Como poucos, Lamartine alcançou os dois extremos da alma brasileira: a gozação e o sentimento.

Em 1937, na cidade mineira de Boa Esperança, numa situação inusitada, compôs o famoso samba-canção Serra da Boa Esperança.

Em 1949 compôs os hinos dos 11 participantes do Campeonato Carioca de Futebol daquele ano, com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou lps de cada um dos clubes. Em um só dia Lamartine Babo compôs os famosos hinos dos considerados seis maiores e mais tradicionais times de futebol do Rio de Janeiro - sendo o primeiríssimo em seu coração o América FC, além de Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Bangu. Em seguida foram escritos os hinos dos clubes "menores", sendo eles o São Cristóvão, Madureira, Olaria, Bonsucesso e Canto do Rio. Esses hinos são, na verdade, hinos populares, sendo os hinos oficiais da maioria dos clubes músicas diferentes.

Lalá, como era conhecido, era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, o entrevistador pergunta qual era a maior aspiração dos artistas do broadcasting, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um… Uns desejam ir ao céu… já que atuam no éter… Outros ‘evaporam-se’ nesse mesmo éter… Os pensamentos da classe são éter… ó… gênios…" - valeu-lhe o título de O Pior Trocadilho de 1941.

E aconteceu também o caso dos correios: Lalá foi enviar um telegrama, o telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: "Magro, feio e de voz fina". Lalá tirou o seu lápis e bateu: "Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista"

Sua primeira marchinha gravada, foi a divertida "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como Lamartine Babo ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas.

Em 1951, aos 47 anos, Lamartine Babo, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um infarto, no dia 16 de junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores deste país. Seu amigo e parceiro João de Barro, o popular Braguinha, disse certa vez: "Costumo dividir o carnaval em duas fases: Antes e depois de Lamartine".

Em 1981 a escola de samba Imperatriz Leopoldinense conquistou seu primeiro bicampeonato com o enredo "O teu cabelo não nega", de Arlindo Rodrigues, uma comovente e divertida homenagem ao compositor.

Fonte: Wikipédia

Rony Cócegas

RONILSON NOGUEIRA MOREIRA
(59 anos)
Ator, Humorista e Músico

* Salvador, BA (17/04/1940)
+ São Paulo, SP (25/07/1999)

Estreou na TV Excelsior em 1967 fazendo imitações no programa de Raul Gil, passando em seguida para a atração "Show do Riso". Desde então atuou em programas infantis e humorísticos como "Chico City", "Os Pankekas", "A Praça é Nossa", e também no teatro e no cinema.

Rony era casado com Irene Santana, com quem teve dois filhos, Rogerson e Robinson. Ele ganhou o apelido de Rony Cócegas na época em que tocava bateria na noite de Salvador.

Seus personagens mais conhecidos foram o Lindeza, do famoso bordão "Calma, Cocada!", e o Galeão Cumbica, na "Escolinha do Professor Raimundo", além do Kuki do programa do palhaço Bozo.

Rony Cócegas faleceu aos 59 anos de idade, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos. Ele estava internado há 21 dias na UTI do Hospital São Camilo, com sangramento gástrico, choque hemorrágico e insuficiência respiratória, decorrentes de alcoolismo. Na época, estava atuando na "Escolinha do Barulho", exibida pela Rede Record, onde interpretava o personagem Galeão Cumbica.

O corpo do humorista foi sepultado em Salvador.

Filmografia
  • 1985 - Rabo I
  • 1980 - Os Paspalhões em Pinóquio 2000
  • 1979 - Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro
  • 1977 - As Amantes de Um Canalha
  • 1976 - Pura Como Um Anjo, Será... Virgem?
  • 1969 - Amor em Quatro Tempos
  • 1969 - Deu a Louca no Cangaço

Fonte:  Wikipédia
#FamososQuePartiram #RonyCocegas

Lutero Luiz

LUTERO LUIZ
(59 anos)
Ator

☼ São Gabriel, RS (05/01/1931)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/02/1990)

Lutero Luiz foi um ator brasileiro nascido em São Gabriel, RS, no dia 05/01/1931.

Formado em artes cênicas, em Porto Alegre, ele começou como ator de rádio em 1952. Transferiu-se para São Paulo no início dos anos 60. Especializou-se em interpretar personagens simples e de forte apelo regional nas muitas novelas e nos mais de 15 filmes que realizou.

No cinema, destacou-se em comédias como "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973)"Guerra Conjugal" (1975), "Ladrões de Cinema" (1977) e "Se Segura, Malandro!" (1978).

Na televisão, em novelas, seus personagens mais marcantes foram Lulu Gouveia em "O Bem Amado" (1980), Marciano em "Pecado Capital" (1975), o amigo Bodão de Sassá Mutema em "O Salvador da Pátria" (1989), e seu último personagem, o jardineiro Bastião, de "O Sexo dos Anjos" (1990).

Lutero Luiz faleceu no dia 20/02/1990, aos 59 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de câncer generalizado, deixando em Porto Alegre duas filhas do primeiro casamento e, no Rio de Janeiro, uma do segundo.

Seu personagem na novela "O Sexo dos Anjos" (1989/1990), então em andamento, teve de sair da trama e foi inventada uma viagem de última hora quando ele ganhava na loteria.

Cinema
  • 1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II
  • 1989 - Solidão, Uma Linda História de Amor
  • 1988 - Luar Sobre Parador
  • 1987 - Romance da Empregada
  • 1987 - Ele, o Boto
  • 1986 - Ópera do Malandro
  • 1985 - O Rei do Rio
  • 1985 - Pedro Mico
  • 1984 - Para Viver um Grande Amor
  • 1984 - Amenic - Entre o Discurso e a Prática
  • 1983 - O Cangaceiro Trapalhão
  • 1983 - Gabriela, Cravo e Canela
  • 1983 - O Mágico e o Delegado
  • 1982 - Índia, a Filha do Sol
  • 1982 - O Santo e a Vedete
  • 1982 - Dora Doralina
  • 1980 - Parceiros da Aventura
  • 1979 - O Coronel e o Lobisomem
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1977 - Ladrões de Cinema
  • 1977 - Barra Pesada
  • 1976 - Simbad, O Marujo Trapalhão
  • 1975 - Guerra Conjugal
  • 1975 - Costinha o Rei da Selva
  • 1974 - O Marginal
  • 1974 - Motel
  • 1974 - A Rainha Diaba
  • 1973 - Vai Trabalhar, Vagabundo
  • 1973 - Aladim e a Lâmpada Maravilhosa
  • 1972 - A Marcha
  • 1972 - Jogo da Vida e da Morte
  • 1969 - Pára, Pedro!

Televisão
  • 1990 - O Sexo dos Anjos ... Bastião
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Bodão
  • 1988 - Fera Radical ... Juiz (Participação Especial)
  • 1988 - Vale Tudo ... Seu Vargas (Participação Especial)
  • 1987 - O Outro ... Demerval
  • 1985 - Grande Sertão Veredas ... Garanço
  • 1985 - Roque Santeiro ... Drº Cazuza
  • 1985 - O Tempo e o Vento ... Fandango
  • 1980 - O Bem-Amado ... Lulu Gouveia (Série)
  • 1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Cláudio
  • 1976 - O Casarão ... Afonso Estradas
  • 1975 - Pecado Capital ... Marciano
  • 1975 - Escalada ... Miguel Pereira
  • 1974 - O Crime do Zé Bigorna ... Zarolho
  • 1974 - O Espigão ... Gigante
  • 1973 - O Bem-Amado ... Lulu Gouveia (Novela)
  • 1969 - João Juca Jr.
  • 1966 - Redenção

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #LuteroLuiz