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Cláudia Jimenez

CLÁUDIA MARIA PATITUCCI JIMENEZ
(63 anos)
Atriz, Humorista, Dubladora e Roteirista

☼ Rio de Janeiro, RJ (18/11/1958)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/08/2022)

Cláudia Maria Patitucci Jimenez foi uma atriz, humorista, dubladora e roteirista nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 18/11/1958.

Nascida no Rio de Janeiro, numa família com raízes espanholas e italianas, Cláudia Jimenez era formada no Curso Normal, fez especialização em maternal e jardim-de-infância, além de teatro amador no Tijuca Tênis Clube.

Em 1978, fez sua estreia no teatro profissional, interpretando a prostituta Mimi Bibelô na primeira montagem de "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, ao lado de Ary Fontoura e Marieta Severo. O produtor Maurício Sherman a viu na peça e a convidou para ir à TV Globo. Cláudia foi convidada para participar da abertura do programa "Viva o Gordo" e logo entrou para o elenco do programa, onde permaneceu por quatro anos. Simultaneamente, também fez participações no programa "Os Trapalhões".

Sua performance cômica chamou a atenção de Chico Anysio, que a convidou para atuar em vários de seus programas, como "Chico Anysio Show" e "Escolinha do Professor Raimundo". Ao lado de Chico Anysio viveu várias personagens, como a ninfomaníaca Pureza, a sádica enfermeira Alda e a inesquecível Dona Cacilda, uma aluna namoradeira e paródia da apresentadora Xuxa, com o bordão Beijinho-Beijinho, Pau-Pau!.

Carreira na Televisão

Cláudia Jimenez estreou em 1979 na TV Globo em uma participação na série "Malu Mulher". No início da década de 1980, participou do elenco do programa humorístico "Os Trapalhões". No ano seguinte, fez uma participação na telenovela "Jogo da Vida", assim como, ingressou em outro programa humorístico "Viva o Gordo", vivendo várias personagens por três anos.

Em 1982, iniciou sua parceria com Chico Anysio, atuando em seu programa "Chico Anysio Show".

Em 1983, fez uma participação em um episódio do seriado "Mário Fofoca", e no mesmo ano, interpretou Lurdeca na telenovela "Eu Prometo".

Em 1985, interpretou a personagem Lazinha na novela "Ti Ti Ti", além de fazer uma participação especial como a mãe do personagem Bacana (Jonas Torres) em "Armação Ilimitada".

Em 1990, integrou o elenco do programa humorístico "Escolinha do Professor Raimundo", atuando como a aluna Dona Cacilda, permanecendo até o fim do programa em 1995.

Em 1991, participou do programa humorístico "Estados Anysios de Chico City".

Em 1994, participou da série "Confissões de Adolescente" no episódio "A Melhor Amiga".

Em 1995, esteve em "Xuxa Especial: Deu a Louca na Fantasia".

Em 1996, fez participação no programa "Você Decide", no episódio "Bígama de Brás de Bina", assim como, também esteve na primeira temporada do sitcom "Sai de Baixo" como a doméstica Edileuza.


Em 1998, foi Glorinha e Enfermeira Alda em "Chico Total" e a garçonete Bina Colombo na novela "Torre de Babel", esta última, sendo indicada como Melhor Atriz no Troféu Imprensa de 1999. Posteriormente, deu vida as personagens Glorinha e Greice Quéle no "Zorra Total", durante dois anos.

Em 2000, participou da série "Brava Gente" no episódio "O Retorno de Ulisses", e nos três anos seguintes, foi Dagmar Cerqueira na novela "As Filhas da Mãe". Participou em "Os Normais" como Sara, além de interpretar Bibi no especial de fim de ano "Papo de Anjo".

Em 2004, esteve em "Sitcom.br", quadro do "Fantástico".

Em 2005, foi Consuelo em "América".

Em 2007, interpretou a anja Custódia na novela "Sete Pecados", papel que lhe rendeu duas indicações ao Prêmio Contigo! de TV de 2008 nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Par Romântico (com o ator Rodrigo Phavanello). Nos três anos seguintes, foi a picareta Violante Gonçalves em "Negócio da China", a jornalista Alberta Peçanha na série "A Vida Alheia", além de viver a falsa vidente Mãe Iara em "Aquele Beijo".

Em 2012, participou da série "As Brasileiras" como Augusta, protagonista do episódio "A Inocente de Brasília".

Em 2013, viveu a misteriosa Zélia em "Além do Horizonte", mas precisou se afastar devido a uma cirurgia no coração.

Em 2014, atuou como a radialista Jesuína em "Sexo e as Negas".

Em 2016, voltou as novelas, como a ricaça Lucrécia Abdala em "Haja Coração".

Em 2018, protagonizou a minissérie "Infratores", no "Fantástico" como a professora de auto-escola Bibi. No mesmo ano, fez uma participação na novela "Deus Salve o Rei", mas passou mal e deixou as gravações, sendo substituída por Cristina Mutarelli.

Carreira no Cinema

Estreou para o cinema em 1983 como Dona Olga em "Gabriela, Cravo e Canela".

Em 1985, foi Eni em "Urubus e Papagaios".

Em 1986, participou dos filmes "Ópera do Malandro" e "A Dança dos Bonecos" como Fiorella e Almerinda, respectivamente.

Em 1987, interpretou a mulher do padeiro em "Os Trapalhões no Auto da Compadecida" e esteve em "Romance da Empregada" como uma religiosa.

Em 1991, interpretou Bia no longa-metragem "O Corpo", personagem que lhe garantiu o Festival de Brasília na categoria de Melhor Atriz.

Em 1998, voltou ao cinema como uma delegada em "Como Ser Solteiro".

Em 2006, após quase uma década de ausência no cinema, estreou como dubladora da mamute Ellie no filme "A Era do Gelo 2", algo que se repetiria em 2009 em "A Era do Gelo 3". Cláudia Jimenez optou por não mais dublar a personagem e foi substituída pela dubladora Carla Pompílio.

Carreira no Teatro

No teatro, Cláudia Jimenez teve destaque no monólogo "Como Encher um Biquíni Selvagem", com texto e direção de Miguel Falabella, em 1996.

Em 2003, novamente lado de Miguel Falabella, fez "Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois", de Mauro Rasi.

Em 2004, dividiu o palco com Ernani Moraes, na comédia "Pequeno Dicionário Amoroso", de Jorge Fernando.

Em 2010, participou do espetáculo "Mais Respeito Que Sou Tua Mãe!", escrita pelo argentino Hernán Casciari e dirigida por Miguel Falabella.

Claudia Jimenez e Stella Torreão
Vida Pessoal

Obesidade e Estereótipos

Apesar do bom humor ao narrar os fatos, Cláudia Jimenez dizia-se vitima de gordofobia pela sociedade. Para exemplificar tal situação, que gerava constrangimento, ela citava a ocasião na qual estava passando sua lua de mel na cidade de Nova Friburgo, localizada na região Serrana Fluminense e quando ela ao descer do Teleférico do Suspiro foi ridicularizada por uma pessoa que, debochando, disse que o teleférico estava testado e que não mais desabaria por excesso de peso.

Por conta de questões de sua saúde sensível, teve que perder peso em função dos cuidados exigidos por seu coração. Nesta situação, Cláudia Jimenez chegou a ser alvo de um polêmico debate que atinge os humoristas com sobrepeso: A de que o comediante corre o risco de perder a graça se emagrecer.

Preocupada com as críticas sobre essa questão, Cláudia Jimenez preferiu demonstrar o seu talento como profissional de humor, recusando o estereótipo de gordinha engraçada.

Relações

Em sua vida pessoal, Cláudia Jimenez namorou tanto mulheres, como homens. Em 2008, terminou seu relacionamento com a personal trainer Stella Torreão, com quem era casada desde 1998. Após o término, ela teve diversos namoros, entre eles, com a cantora Leila Pinheiro e o ator Rodrigo Phavanello, seu par romântico em "Sete Pecados". A atriz também se envolveu com o ator Todd Rotondi, quando este esteve no Brasil.

Em 2010, Cláudia JimenezStella Torreão retomaram a relação e voltaram a viver juntas.

Saúde

Em 1987, foi submetida a sessões de radioterapia para tratar um câncer no mediastino e que, segundo os médicos, pode ter enfraquecido os tecidos de seu coração.

Em 1999, submeteu-se a uma cirurgia cardíaca para colocar cinco pontes de safena.

Em 2012, Cláudia Jimenez passou por sua segunda cirurgia no coração, desta vez para reparar sua válvula aórtica.

Em 2013, precisou se afastar das gravações da novela "Além do Horizonte" por conta de cirurgia para colocação de um marca-passo.

Morte

Cláudia Jimenez faleceu aos 63 anos, na manhã de sábado, 20/08/2022. Ela estava internada no Hospital Samaritano, localizado no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte foi insuficiência cardíaca, devido ao tratamento de câncer no mediastino. Na ocasião o Governo do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota de pesar pela morte da atriz.

Carreira

Televisão
  • 1979 - Malu Mulher ... Aline
  • 1980-1983 - Os Trapalhões ... Várias personagens
  • 1981- 1984 - Viva o Gordo ... Várias personagens
  • 1981 - Jogo da Vida ... Mulher na platéia do tribunal
  • 1982-1990 - Chico Anysio Show ... Pureza / Cacilda / Enfermeira Alda
  • 1983 - Mário Fofoca ... Pedrita (Episódio: "A Cigana Me Enganou")
  • 1983 - Eu  Prometo ... Lurdes Sandoval (Lurdeca)
  • 1985 - Ti Ti Ti  ... Lazinha (Participação Especial)
  • 1985 - Armação Ilimitada ... Lambida (Episódio: "Um Triângulo das Bermudas")
  • 1989-1992 - Os Trapalhões ... Várias personagens
  • 1990-1993 - Escolinha do Professor Raimundo ... Cacilda
  • 1991 - Estados Anysios de Chico City ... Várias personagens
  • 1994 - Confissões de Adolescente ... Cleonice (Episódio: "A Melhor Amiga")
  • 1995 - Xuxa Especial: Deu a Louca na Fantasia ... Bruxa Caxilda (Especial de Fim de Ano)
  • 1996 - Você Decide ... Abigail (Episódio: "Bígama de Brás de Bina")
  • 1996 - Sai de Baixo ... Edileuza do Espírito Santo
  • 1997 - Chico Total ... Glorinha / Enfermeira Alda / Patricinha / Vera Cotia
  • 1998 - Torre de Babel ... Balbina Teixeira Colombo (Bina)
  • 1999-2001 - Zorra Total ... Glorinha / Greice Quele
  • 2000 - Brava Gente ... Alzira (Episódio: "O Retorno de Ulisses")
  • 2001 - As Filhas da Mãe ... Dagmar Cerqueira / Dadá Fortuna
  • 2002 - Os Normais ... Sara (Episódio: "Especialmente Normal")
  • 2003 - Papo de Anjo ... Bibi (Especial de Fim de Ano)
  • 2004 - Sitcom.br ... Kiki
  • 2005 - América ... Consuelo Gimenez
  • 2007 - Sete Pecados ... Custódia Celestina
  • 2008 - Negócio da China ... Violante Gonçalves
  • 2010 - A Vida Alheia ... Alberta Peçanha
  • 2011 - Aquele Beijo ... Iara dos Santos (Mãe Iara)
  • 2012 - As Brasileiras ... Augusta Ramil (Episódio: "A Inocente de Brasília")
  • 2013 - Além do Horizonte ... Zélia Pinheiro
  • 2014 - Sexo e as Negas ... Jesuína de Paula
  • 2016 - Haja Coração ... Lucrécia Abdala Varella
  • 2018 - Infratores ... Professora Bibiana Andrade (Bibi)

Cinema
  • 1983 - Gabriela, Cravo e Canela ... Dona Olga Bastos
  • 1985 - Urubus e Papagaios ... Eni
  • 1986 - Ópera do Malandro ... Fiorella
  • 1986 - A Dança dos Bonecos ... Almerinda
  • 1987 - Os Trapalhões no Auto da Compadecida ... Margarida
  • 1987 - Romance da Empregada ... Irmã Débora
  • 1991 - O Corpo ... Beatriz (Bia)
  • 1998 - Como Ser Solteiro ... Delegada
  • 2006 - A Era do Gelo 2 ... Ellie (Voz)
  • 2009 - A Era do Gelo 3 ... Ellie (Voz)

Teatro
  • 1978 - A Ópera do Malandro
  • 1992 - Como Encher um Biquíni Selvagem
  • 2003 - Pequeno Dicionário Amoroso
  • 2004 - Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois
  • 2008 - No Natal a Gente Vem Te Buscar
  • 2010 - Mais Respeito Que Sou Tua Mãe!

Prêmios

  • 1991 - Festival de Cinema de Brasília - Melhor Atriz: "O Corpo"
  • 1991 - Prêmio APCA de Televisão - Melhor Atriz Comediante: "Escolinha do Professor Raimundo"

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ClaudiaJimenez

Francisco Carlos

FRANCISCO ANTÔNIO CARLOS
(63 anos)
Ator, Dramaturgo e Diretor

☼ Itacoatiara, AM (1957)
┼ Rio de Janeiro, RJ (18/12/2020)

Francisco Antônio Carlos foi um ator, dramaturgo e diretor nascido em Itacoatiara, AM no ano de 1957. Francisco tinha uma vasta obra na dramaturgia, com mais de quarenta peças escritas.

Único dramaturgo do Amazonas indicado ao Prêmio Shell, o mais importante do teatro brasileiro, Francisco Carlos também já havia dirigido diversos espetáculos, incluindo shows musicais, concertos de canto lírico, vídeo e óperas, além de experiências multimídias. Ministrou workshops de expressão cênica para cantores líricos do Coral Paulistano e Coral Lírico do Teatro Municipal de São Paulo e do Coral Sinfônico do Estado de São Paulo.

Estudou filosofia na Universidade do Amazonas e aplicava esses conhecimentos em processos de invenção para teatro poético-filosófico. Na composição de sua estética teatral, dialogava com outras áreas artísticas, tais como música, dança, cinema, vídeo, performance, história em quadrinhos, fotografia, moda, esportes, publicidade, cibérnetica e artes plásticas.


Francisco Carlos
dirigiu e encenou, em 2011, a tetralogia "Jaguar Cibernético", de sua autoria, no Serviço Social do Comércio (SESC) Pompeia, em São Paulo. Com a tetralogia "Jaguar Cibernético" e as "Peças dos Fenômenos Urbanos Extremos" foi considerado destaque do Fringe na 20ª edição do Festival de Curitiba.

Atualmente, Francisco Carlos trabalhava com os atores Begê Muniz e Elisa Telles no projeto "Cosmos Amazônicos", contemplado no Edital Prêmio Zé Renato, de São Paulo, previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2021.

O ator também ministrava workshops de dramaturgia pelo Serviço Social do Comércio (SESC) do Amazonas em várias cidades do Brasil.

Em 2014, coordenou a Residência Teatral "Sonata Fantasma Bandeirante" na SP Escola de Teatro, em parceria com o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).

Morte

Francisco Carlos foi encontrado morto na manhã de sexta-feira, 18/12/2020, aos 63 anos, no Rio de Janeiro, RJ, na casa de Roberta Salgado, onde estava morando temporariamente. A suspeita é de um infarto fulminante.

Em nota, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa manifestou pesar pela morte do artista.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #FranciscoAntonioCarlos

Athayde Patreze

ATHAYDE DE MELO PATREZE
(63 anos)
Empresário, Apresentador de Televisão e Socialite

☼ Mirassol, SP (20/12/1942)
┼ São Paulo, SP (03/03/2006)

Athayde de Melo Patreze foi um empresário, apresentador de televisão e socialite nascido em Mirassol, SP, no dia 20/12/1942.

Filho de Nestor e Rosaria Gonçalves de Melo, foi herdeiro de uma fortuna deixada por seu pai.

Athayde Patreze iniciou na televisão nos anos 70, na TV Tupi, TV Record e TV Globo, como auxiliar de Silvio Santos.

Na década de 90 teve seus anos de maior sucesso, com o programa "Athayde Patreze Repórter" e, em seguida, com "Ricos e Famosos", ambos no SBT. Athayde Patreze também foi colunista social.

Seus programas cobriam viagens, festas da alta sociedade, principalmente a sociedade paulista, eventos do mundo empresarial e entrevistas com ricos e famosos. Athayde Patreze foi o criador do bordão "Simplesmente Um Luxo" e utilizava sempre um microfone dourado em seus programas, que afirmava ser "de ouro dezoito quilates".


Athayde Patreze possuía apenas um dos rins, pois havia doado o outro ao filho Marcos, nascido de seu primeiro casamento. O outro órgão começou a apresentar problemas com o tempo, obrigando-o a realizar sessões freqüentes de hemodiálise.

Em 2002, Athayde Patreze depôs na CPI do Tráfico de Órgãos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, pois o mesmo havia declarado semanas antes em um programa da RedeTV! que um médico do Hospital Sírio-Libanês havia lhe oferecido um transplante de rim por 50 mil dólares. Athayde Patreze declarou estar juntando o dinheiro - já havia vendido sua BMW por 25 mil dólares - quando se arrependeu da intenção. Tudo isso está documentado nos anais da CPI de Tráfico de Órgãos e no livro "Transplantes de Orgãos - O Que a Máfia Não Quer Que Você Saiba", de Paulo Pavesi.

No final de sua vida, Athayde Patreze trabalhava simultaneamente na TV Comunitária (UHF) de São Paulo e na TV Milênio (TVA) com o programa "Athayde Patrese, o Repórter".

Athayde Patreze era pai de Marcos, Ricardo, Athayde, Débora e Patrícia.

Morte

Athayde Patreze faleceu por volta das 22h00 de sexta-feira, 03/03/20016, aos 63 anos, na Clínica de Nefrologia Santa Rita, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Ele sofreu uma arritmia cardíaca logo após terminar uma sessão de hemodiálise, processo de filtragem e depuração do sangue por meio de uma máquina.

Segundo Fernando Morais, amigo da família, Athayde Patrese possuía apenas um dos rins, depois de ter doado o outro a um de seus filhos, Marcos, do primeiro casamento. Com o tempo, o órgão que restou começou a apresentar problemas e Athayde Patrese teve de iniciar o tratamento de hemodiálise - à época ele fazia três sessões por semana. Ele estava a espera de um transplante renal, sem no entanto encontrar um doador compatível.

"Parece que ele pressentia a própria morte", disse Marcelo Serrano, enfermeiro da clínica. Segundo ele, embora não aparentasse qualquer problema, o apresentador teria dito que já tinha vivido bastante e que seu fim estava próximo.

Indicação: Marco Antonio
#FamososQuePartiram #AthaydePatreze

Caio

LUIZ CARLOS TAVARES FRANCO
(63 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/03/1955)
┼ São Luís, MA (12/02/2019)

Luiz Carlos Tavares Franco, também conhecido como Caio, foi um técnico e jogador de futebol que atuava como centroavante. Caio foi jogador profissional do Grêmio entre 1983 e 1984.

Criado no bairro de Madureira na cidade do Rio de Janeiro, Caio teve uma infância humilde. A família tinha mais quatro filhos além de Caio, e o pai, Valter Franco, era fotógrafo.

Quando garoto Caio atuava pelas categorias infantis do Brasil Novo, clube do bairro do Madureira, do qual o seu pai era sócio. Em partida amistosa entre Brasil Novo e Botafogo, Caio teve ótimo desempenho e chamou a atenção de Joca e Joel, treinadores do dente de leite do Botafogo. Imediatamente foi levado pelos dois treinadores para treinar no clube.

Antes, treinando no clube do bairro que morava, no Botafogo, para treinar, pegava o trem de Madureira até a Central do Brasil, indo em seguida para o campo do Botafogo. Como o pai de Caio, Srº Valter, era botafoguense, incentivou o filho a frequentar o chamado dente de leite do alvinegro.

Caio ficou ali dos 11 aos 19 anos, onde foi subindo de categoria, dente de leite, juvenil e profissionais. Conciliava os treinos com os estudos, no Colégio Piedade e posteriormente na Faculdade Gama Filho.


Botafogo: Iniciou a sua carreira profissional no Botafogo como ponta-direita. Estreou no dia 23/05/1975, na derrota para o América em pleno estádio do Maracanã, pelo Campeonato Carioca daquele ano. Porém o jovem Caio não encontrou espaço no Botafogo, pois o time da época contava com ótimo elenco, tendo craques como Zequinha, Gérson e Afonsinho. Caio jogou apenas essa partida pelo Botafogo e foi emprestado ao Madureira por indicação de Zequinha.

Madureira: Pelo Madureira, Caio estreou justamente contra o seu ex-clube, o Botafogo, na derrota por 3 x 0 para o Botafogo. Caio foi um dos destaques da equipe no Campeonato Carioca, apesar do Madureira não ter bom desempenho.

Naquele ano o Campeonato Carioca contava com craques como Adílio, Andrade, Zico e Roberto Dinamite. O então ponta-direita Caio passou quase dois anos na equipe da Rua Conselheiro Galvão, antes de transferir-se, em 1977, aos 22 anos, ao Moto Club por intermédio do Coronel Santana, que havia sido treinador do Maranhão Atlético Clube e que havia conhecido Caio durante um jogo no Rio de Janeiro. 


Moto Clube: Caio já deixou o Rio de Janeiro com o contrato assinado, após ganhar passe livre no clube carioca. Chegou a São Luis em uma quarta feira à tarde, dia 18/05/1977, e à noite já estava nas tribunas do Nhozinho Santos, para acompanhar a vitória do seu novo clube diante do Tupan por 3 x 0.

Sua estréia foi uma semana após a sua chegada, contra o Sampaio Corrêa, na decisão do terceiro turno do Campeonato Maranhense. Apesar do Moto Clube ser derrotado, Caio teve grande desempenho na sua estréia, levando vantagem no confronto com o lateral Ferreira do Sampaio Corrêa.

Pelas grandes atuações, caiu nas graças da torcida motense. Naquele ano, o técnico Marçal escalava o time no esquema 4-3-3, e logo acabou mudando a posição de Caio, de ponta-direita para centroavante. A escalação do Moto Clube da época era: Marão; Célio Rodrigues, Vivo, Irineu e Breno; Tião, Toninho Abaeté (Beato) e Edmilson Leite; Alberto, Paulo César e Caio.

Caio foi Campeão Maranhense em 1977 e disputou o Campeonato Brasileiro daquele ano.

A fama de Turista nasceu por conta do jornalista Herbert Fontenelle que o apelidou assim pelo que vinha acontecendo na época com Caio. Ele simplesmente sumia dos treinos e ia ao Rio de Janeiro, mas depois acabava retornando, conversava com o Cassas de Lima, dirigente do Moto Clube, os problemas se resolviam e Caio retornava aos treinos. Sempre especulava-se que, por falta de acerto no contrato, Caio ia embora para o Rio de Janeiro.

Na verdade, segundo o próprio jogador, o que muita gente não sabia era que o atleta estava noivo e ela ainda residia no Rio de Janeiro. Caio morava em uma pensão na capital São Luis e fugia para visitar a noiva. Até que o presidente do clube Pereira dos Santos, do alto da sua autoridade de major da polícia, prometeu mandar prendê-lo após uma nova sumida. Nunca mais Caio desapareceu, enterrando de vez a mania de viajar sem um aviso prévio. O apelido de Turista, porém, permaneceu até hoje na capital maranhense.

Libertadores da América, 1983.
Paysandu: No inicio de 1978, após um jogo amistoso entre Moto Club e Paysandu, onde o próprio Caio foi o autor de um golaço, ele e Paulo César (destaques da partidas), foram por empréstimo ao Paysandu, para as disputas da Taça de Ouro no primeiro semestre daquele ano.

Após a eliminação precoce do bicolor na competição, ambos retornaram ao Moto Clube para as disputas do Campeonato Maranhense.

Caio retornou a tempo de ver o Moto Clube chegar ao vice-campeonato diante do seu maior rival. No dia 27/06/1979, o Moto Clube venceu o Vitória do Mar por 8 x 0, no jogo em que o treinador Marçal havia colocado Caio como meia-esquerda. Caio anotou três gols na partida.

A essa altura ele já vinha sendo observado por João Avelino, olheiro e auxiliar técnico de Oswaldo Brandão, da Portuguesa de Desportos. João Avelino estava nas arquibancadas durante a goleada contra o Vitória do Mar e não teve dúvidas em levar o meia-esquerda (naquele jogo, pois ele no momento já era centroavante) para o Canindé.

Quando a Portuguesa o procurou, o atleta já havia conseguido o passe livre, porém, renovado por mais um ano com o Moto Clube como gratidão pela passagem pelo rubro-negro. Caio deu ao Moto o direito de negociá-lo para um grande centro como o futebol paulista, mediante é claro os 15% referentes à transação para a Lusa. 


Portuguesa: Caio chegou a Portuguesa no andamento do Campeonato Paulista de 1979, quando Oswaldo Brandão, treinador da Lusa, que foi mandado embora e João Avelino assumiu o cargo. O clube sofreu uma grande reformulação no elenco, chegando alguns bons jovens atletas para o plantel, como Rui Lima, Quaresma, Cacá, Gerson Sodré e o próprio Caio, que terminou o Campeonato Paulista daquele ano como vice-artilheiro, com 19 gols, um a menos que Rubem Feijão, do Santos.

Quando retornou de férias em São Luis, em Janeiro de 1983, Caio não teve o seu contrato renovado com a Lusa, embora ele tenha sido ídolo do clube e um dos grandes nomes do elenco da Portuguesa. O jogador, então, passou a treinar separadamente do grupo, pois ainda tinha período de contrato a cumprir.

Caio ficou na Portuguesa até março de 1983, sem ao menos conseguir deixar a equipe do Canindé entre os quatro primeiros colocados do campeonato paulista durante toda a sua passagem pelo clube. 

As suas grandes atuações e o seu refinado trato com a bola, porém, foram o suficiente para despertar o interesse do Grêmio, que o levou após uma breve negociação. Foi por empréstimo à equipe de Porto Alegre por intermédio de Wilton, preparador físico que trabalhou no São Paulo e que, na época, trabalhava no clube porto-alegrense. 

Caio comemorando o segundo gol na final da Libertadores da America de 1983.
Grêmio: O Grêmio precisava com urgência de um centroavante para a disputa da Taça Libertadores de 1983. Contrataram César, que atuava no futebol português, mas não estava rendendo em campo. Diziam ser pela diferença do calendário entre o futebol brasileiro e o de Portugal. A diretoria, então, oficializou a vinda de Caio, que chegou por empréstimo de 10 meses e na condição de reserva de César.

Na disputa pela titularidade, Caio levou a melhor, pois estava com condicionamento físico adiantado. Foi o centroavante gremista na Copa Libertadores. Vestiu a camisa do Grêmio ao lado de nomes como Renato Portaluppi, Mário Sérgio, Hugo de León e Tita. O treinador era Valdir Espinosa.

Caio foi importante no Grêmio para as conquistas da Copa Libertadores e Mundial de Clubes de 1983. Na final da Libertadores no Estádio Olímpico Monumental, foi dele um dos gols contra o Peñarol do Uruguai.

No Mundial em Tókio, perdeu a condição de titular para o recém chegado Paulo César Caju, que havia sido contratado a pedido do treinador Valdir Espinosa. Anos depois Caio revelou que se sentiu contrariado com a situação, pois ele vinha sendo o titular e ajudou o Grêmio a chegar ao Japão.

Porém, Paulo César Caju não aguentou sequer o primeiro tempo e Caio foi logo lançado a campo. E foi Caio o autor da assistência do tento da vitória gremista sobre o Hamburgo, da Alemanha, por 2 x 1.

Era um momento de maior glória na carreira de Caio. Como prêmio pela conquista, a diretoria Tricolor pagou a cada atleta a quantia de seis mil dólares.

Caio saiu da Portuguesa para o Grêmio por empréstimo com o passe estipulado. Com a proximidade do fim do período de empréstimo o Grêmio contratou Caio em definitivo.

Durante partida pela Libertadores de 1984, Caio teve uma distensão na virilha, da qual não conseguiu se recuperar naquele ano. Apesar do prestígio que tinha no Grêmio, Caio resolveu deixar o clube em dezembro de 1984. O jogador se dizia desacreditado na sua recuperação da lesão e decidiu abandonar os gramados aos 30 anos.

Caio teve propostas de empréstimo para o Santos e Palmeiras, além do Benfica de Portugal ter tentado sua contratação. Mas com a decisão de abandonar os gramados, nada se concretizou e Caio voltou para o Maranhão. 

Caio é o terceiro agachado, com a camisa do Moto Club
Moto Clube: Ao contrário do que muitos pensam, quando deixou o Grêmio, foi para o Maranhão para outro ramo. Investiu em uma rede de Farmácias na cidade. Caio chegou a abrir cinco farmácias, mas os negócios naufragaram.

Em uma dessas peladas de fim de semana na praia, para espanto do agora aposentado jogador, ele não sentiu mais a incômoda contusão que o atrapalhara nos gramados.

Tinha parado com o futebol, mas na época Mário Carneiro, Cassas de Lima, Ibrahim Assub e outros dirigentes do Moto Clube pediram para o jogador atuar pelo clube novamente. Porém, o Grêmio ainda era o dono do passe de Caio, sendo assim, não poderia atuar por outra equipe.

Mário Carneiro foi até Porto Alegre e conseguiu a liberação do atleta para a sua segunda passagem pelo clube maranhense. Ele assinou um contrato diferente que provocou muitas críticas, onde ele não precisaria viajar e nem se concentrar como os demais jogadores. Caio estreou pelo Moto Clube em 1985.

Em 1986 foi emprestado ao Tuna Luso por seis meses, retornando ao Moto Clube após o período.

Caio permaneceu no Moto Clube até 1989, ano do título maranhense. Após a reapresentação do plantel, em janeiro de 1990 foi realizada uma reunião entre o grupo de jogadores, insatisfeitos com os salários atrasados. Neste encontro Caio, um dos mais experientes do grupo confrontou o presidente do clube Edmar Cutrim, encerrando assim seu vínculo com o Moto Clube.

Caio assinou em seguida, por revanchismo, com o Sampaio Corrêa, levado pelo então presidente do seu novo clube, Pedro Vasconcelos

Sampaio Corrêa: Pela Sampaio Corrêa, foi bicampeão maranhense em 1990 e 1991. Abandonou em definitivo os gramados logo em seguida a conquista do bicampeonato, já com 36 anos.

Passou então a trabalhar com escolinhas de futebol pelo Cohatrac em São Luís. Foi treinador e auxiliar pela Caxiense, Tupan, Imperatriz, Maranhão e Moto Club.

A sua última experiência como treinador foi em 2000, pela equipe do Açailândia, onde encerrou a competição na nona colocação.

Volta ao Rio Grande do Sul

Em 2014, aos 59 anos, Caio estava no Maranhão e trabalhava como taxista, sofrendo de um problema de circulação na perna direita (Trombose) que poderia levar a amputação caso não fosse feita uma cirurgia.

Como taxista recebia aproximadamente R$ 1.500,00 mensais e não conseguia pagar pelo procedimento de aproximadamente R$ 15.000.00. O ex-companheiro de Grêmio Renato Portaluppi revelou na época que já havia se oferecido para resolver o problema, mas que Caio por orgulho havia negado a ajuda.

Porém, com a divulgação da notícia, os campeões de 1983, Tarciso, Fábio Koff, Hugo de León, Baidek, Renato e Casemiro, além do empresário Sérgio Cláudio Madalozzo, montaram uma força tarefa para ajudar seu amigo Caio.

Caio aceitou a ajuda dos amigos, foi para o Rio Grande do Sul onde fez a cirurgia que precisava e acabou fixando residência em Ivoti onde era zelador dos alojamentos do Sport Club Ivoti, clube administrado pela Globalfut que pertence ao empresário Sérgio Cláudio Madalozzo, que o ajudou no momento crítico.

Uma de suas últimas aparições públicas foi no final de 2018. Antes da partida contra o Corinthians, no dia 02/12/2018, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio comemorou o aniversário de 35 anos da conquista do Mundial e, depois de celebrarem a data em um almoço, diretoria e jogadores da época fizeram a festa com torcida na Arena Grêmio, em Porto Alegre. Caio, em cadeira de rodas, teve a companhia de César, Osvaldo, Mazaropi, China, Baidek, Tonho, o ex-técnico Valdir Espinosa e seu auxiliar Zeca Rodrigues.

Morte

Caio faleceu na manhã de terça-feira, 12/02/2019, aos 63 anos, em São Luís, MA. Caio sofria com problemas de saúde como a trombose. Em julho de 2017, ele chegou a ter a perna direita amputada. A outra perna também precisou ser amputada depois.

Títulos
  • 1977 - Campeonato Maranhense (Moto Club)
  • 1983 - FIFA Mundial Interclubes (Grêmio)
  • 1983 - Copa Los Angeles (Grêmio)
  • 1983 - Copa Libertadores da América (Grêmio)
  • 1983 - Troféu CEL (Grêmio)
  • 1984 - Vice-campeão da Copa Libertadores da América (Grêmio)
  • 1989 - Campeonato Maranhense (Moto Club)
  • 1990 - Campeonato Maranhense (Sampaio Corrêa)
  • 1991 - Campeonato Maranhense (Sampaio Corrêa)

Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #caio

Moa do Katendê

ROMUALDO ROSÁRIO DA COSTA
(63 anos)
Compositor, Percussionista, Artesão, Dançarino, Professor e Mestre de Capoeira

☼ Salvador, BA (29/10/1954)
┼ Salvador, BA (07/10/2018)

Romualdo Rosário da Costa, mais conhecido por Mestre Moa do Katendê, foi um compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro, nascido em Salvador, BA, no dia 29/10/1954.

Moa do Katendê era um artista ligado às tradições afro-baianas. Descobriu suas raízes aos 8 anos de idade no Ilê Axé Omin Bain, terreiro de sua tia e incentivadora, onde começou a praticar capoeira.

Em 1977, consagrou-se campeão do Festival da Canção Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil.

Em maio de 1978 fundou o afoxé Badauê, que desfilou pela primeira vez no ano seguinte e tornou-se campeão do carnaval na categoria de afoxé.

Em 1995, com a união de colegas e admiradores da cultura afro-brasileira, surgiu o grupo de afoxé Amigos de Katendê, que neste mesmo ano participou do carnaval em São Paulo na Cohab José Bonifácio.

Em 1996, o grupo viajou a Salvador reintegrando os componentes do Badauê e outros afoxés e desfilou no carnaval, estabelecendo assim um intercâmbio entre Bahia e São Paulo.

Atualmente Mestre Moa do Katendê vinha ministrando oficinas de afoxé na Bahia, Sudeste, Sul do Brasil, Europa e era o coordenador geral do afoxé Amigos de Katendê.


Mestre Moa do Katendê falava sobre a re-africanização da juventude da Bahia e do processo batizado por Antônio Risério de re-africanização do carnaval na Bahia, e atribuía este processo a própria dinâmica interna da vida baiana.

Extrapolando os limites de uma mera participação no carnaval, os blocos afro ocuparam física e culturalmente espaços da cidade. Alguns, antes estigmatizados por serem "lugar de preto", outros, hegemonizados desde sempre pelas elites.

Assim como o surgimento do Trio Elétrico, em 1950, veio revolucionar e particularizar o carnaval da Bahia, o processo de re-africanização, especialmente com a entrada em cena dos blocos afro, precipitando a reação africanizante e explicitando marcadamente um caráter étnico, hegemonizaram do ponto de vista estético, musical e gestual, transformaram radicalmente a trama carnavalesca baiana.

As pessoas que criaram as novas entidades afro-carnavalescas da Bahia assumiram e explicitaram a matriz negra da cultura baiana numa dimensão nunca antes registrada, como é o caso, por exemplo, do próprio Moa do Katendê, fundador do Afoxé Badauê, onde vemos a importância assumida pelos cantores na expressão de valores afros entre a comunidade negro-mestiça de Salvador, a consciência da africanidade e da nova poesia afro-baiana, baseada em reminiscências e jogando com a sonoridade das palavras africanas, extraídas do vocabulário dos candomblés, textos da autoria de Paulinho Camafeu, Moa do Catendê, Caetano Veloso, Antônio Risério, Heron, Curimã, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Ivo do Ilê, Milton de Jesus, Charles Negrita, Chico Evangelista, Jorge Alfredo, Ana Cruz, Cebolinha, Alírio do Olodum, Lazinho Boquinha, Jailton, Egídio e Buziga.

Morte

Dois homens, uma divergência política, 12 facadas. Parece uma sequência sem lógica, e é. Mas foi ela que acabou com a vida do Mestre Moa do Katendê, aos 63 anos, em Salvador, BA, no dia 07/10/2018.

Na versão do irmão de Moa do Katendê, o alfaiate Reginaldo Rosário da Costa, de 68 anos, às 22h15 do domingo, primeiro turno das eleições no Brasil, após a definição de que Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) se enfrentariam no segundo turno, ele e Mestre Moa do Katendê chegaram ao Bar do João, reduto que frequentavam há muitos anos, localizado bem de frente para o Dique do Tororó, ponto turístico na região central de Salvador.

Ali, a cerca de 500 metros de onde a família morou a vida inteira, começam a tomar cerveja e conversar sobre os resultados do pleito eleitoral. Ambos haviam votado no candidato do PT.

Às 22h25, Germínio do Amor Divino Pereira, de 51 anos, primo da dupla, passa na porta do bar, vê Moa do Katendê e Reginaldo e se junta a eles, de acordo com Reginaldo.

Passados mais 10 minutos, segundo a mesma versão, quem entra no bar é o barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, que ainda não sabe, mas dali a pouco tempo vai matar o Mestre Moa do Katendê.


Abatido e sem força na voz, o alfaiate Reginaldo disse que, de repente, Paulo Sérgio se intrometeu na conversa da família, dizendo que o país precisava de mudança e quem tinha que ganhar a eleição era Bolsonaro

Eu respondi a ele: "Rapaz, você é novo, ainda não sabe nada da vida".

Ele aí já veio com grosseria e Moa se meteu, também dizendo que ele não sabia pelo que já passamos. Disse assim: "Você não sabe o quanto sofri pra ter liberdade".

Eles ficaram discutindo e até João (dono do bar) falou pro cara: "Rapaz, olhe com quem você tá discutindo, com um senhor!".

Aí ele se afastou, pagou a conta e foi embora -, relatou Reginaldo

O irmão de Moa do Katendê afirmou que, cinco minutos após deixar o bar, Paulo Sérgio surgiu repentinamente, atacando seu irmão por trás a facadas.
"Eu só vi o vulto. Ele veio do nada e passou junto de mim já dando facada. Germínio tentou defender, mas não adiantou. Como é que o cara dá 12 facadas assim em meu irmão? Chegou na covardia. Foi uma discussão de política e pronto. Se fosse coisa séria, a gente ia ficar lá sentado bebendo?"
(Indagou Reginaldo, como quem questiona a si mesmo)


Ele disse que, com o corpo de Moa do Katendê já no chão, Paulo Sérgio ameaçou golpear quem estava em volta - quatro outros clientes -, abriu caminho e fugiu.

Acionada, a Polícia Militar encontrou o assassino minutos depois, escondido na casa onde morava há dois meses com a mulher e dois filhos, a 100 metros do local do crime.
"Os policiais da 26ª Companhia Independente de Polícia Militar avistaram um rastro de sangue que levava até uma casa e prenderam em flagrante o homicida. Ele já estava com uma mochila com roupas no intuito de fugir!"
Golpeado no braço, Germínio, primo de Mestre Moa do Katendê, foi hospitalizado, mas sem risco de morte.

À 0h38 da segunda-feira, 08/10/2018, quando Paulo Sérgio já estava dentro do camburão da PM, tocou o celular de Somonair da Costa, de 35 anos. A filha de Moa do Katendê, dormia sem saber que o pai fora morto perto de sua casa.
"Tomei aquele susto quando o celular tocou e já acordei me tremendo, porque perdi minha mãe há um mês de enfarto. Era uma amiga com essa notícia. Bateu o desespero, acordei meu irmão, a gente saiu correndo. Quando cheguei, só vi meu pai lavado de sangue. Não dá nem pra acreditar nisso!"
Versões

Responsável pelo caso, a delegada Milena Calmon, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), descreve Paulo Sérgio como agressivo e diz que ele cai em contradição em suas versões. À polícia, o barbeiro já havia reconhecido a discussão por divergência política, o que foi confirmado por testemunhas já ouvidas.

"Foi mesmo uma discussão por causa de política, até a vítima sobrevivente já confirmou. O autor do crime estava defendendo Bolsonaro e a vítima, do lado do PT. De acordo com as testemunhas, houve ofensas verbais de lado a lado. O autor então foi em casa, pegou a faca, voltou e fez o que fez", afirmou a delegada.

Mas, na delegacia, Paulo Sergio, um homem corpulento de 1,80 m que contou ter começado a beber na tarde do domingo, negou a discussão política e alegou, falando a jornalistas, que estava apenas conversando "sobre futebol" com o dono do bar.

"Ele que levantou e começou a me chamar de preto e veadinho. Eu bebendo, fiquei exaltado, fui em casa e aconteceu o fato", disse ele, que a até a noite de terça-feira não tinha advogado constituído.

Segundo a delegada, Paulo Sérgio já tinha dois registros de passagens pela polícia. Um em 2009, por se envolver em uma briga, e outro em 2014, quando foi denunciado por um adolescente de 14 anos em situação de rua, que informou ter sido ameaçado pelo barbeiro com uma tesoura, depois de pedir R$ 0,50.

"Como é que meu irmão ia chamar ele de preto e veadinho? Um homem com a história de Moa, de tanta luta pela cultura negra. Isso é uma grande mentira", disse Reginaldo.

No seu ateliê, onde as máquinas de costura estão paradas desde domingo, ficaram as batas estampadas que Moa do Katendê levaria nesta quarta-feira para um evento em São Paulo.

"Tudo aqui pronto pra meu pai viajar pra mais um trabalho. A ficha ainda nem caiu, parece que ele vai chegar pra pegar o material. Meu pai era uma pessoa de paz", disse Somonair em meio às peças de roupa.

Fonte: WikipédiaCongo de Ouro e BBC News
#FamososQuePartiram #MoadoKatende 

Ravel

EDUARDO GOMES DE FARIAS
(63 anos)
Cantor e Compositor

☼ Itaiçaba, CE (13/10/1947)
┼ São Paulo, SP (16/06/2011)

A dupla brasileira Dom & Ravel surgiu na década de 1960. Em 1970, por ocasião da Copa do Mundo realizada no México, conquistaram o país com a música "Eu Te Amo Meu Brasil", que estourou nas paradas de sucesso. O sucesso foi absoluto nos anos seguintes. Dom & Ravel se apresentaram por todo o país e nos principais programas de rádio e de televisão, ganhando vários prêmios. A música ufanista era utilizada pelo governo em eventos cívicos.

Trajetória

Os irmãos Farias nasceram em Itaiçaba, no Ceará, Eustáquio em 1944 e Eduardo em 1947. Mudaram-se para São Paulo ainda crianças, nos anos 1950, com os pais e a irmã caçula Eva. Foram criados na periferia de São Paulo, onde foram morar. Eduardo obteve o apelido de Ravel, dado por um professor de música, por causa de sua aptidão para a arte.

Por volta dos anos 1960, a dupla, então já conhecida como Dom & Ravel, lançou seu primeiro LP em 1969, "Terra Boa", que trazia entre outras a canção "Você Também é Responsável", transformada, em 1971, pelo ex-ministro da Educação, Jarbas Passarinho, no hino do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral).

Nos anos 1970 a dupla atingiu grande sucesso, com a canção "Eu Te Amo Meu Brasil", gravada pelo conjunto Os Incríveis. Outros sucessos da dupla foram: "Animais Irracionais", "Só O Amor Constrói" e "Obrigado ao Homem do Campo". A ligação dessas canções, que na época levaram-nos ao sucesso, com a ditadura militar, levou a dupla ao ostracismo posterior.

O sucesso de "Eu Te Amo Meu Brasil" teria levado o então governador de São Paulo, Roberto de Abreu Sodré, a sugerir ao ex-presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, que a citada canção fosse transformada em hino nacional, e Médici nada teria respondido. Mas a notícia teria sido divulgada na imprensa e os artistas começaram a ser apontados como arautos da ditadura.


A música, segundo Ravel, foi composta, na verdade, para aproveitar a onda do tricampeonato da seleção brasileira de futebol. Todavia, em entrevista de 2001 à revista Veja, o músico declarou: "Mas nossos sobrenomes Gomes de Farias ajudaram a aumentar a confusão", lembrando a associação que as pessoas faziam com o brigadeiro Eduardo Gomes e o general Cordeiro de Farias. Falava-se, então que os irmãos eram filhos de militares. Na verdade, o pai deles era um pequeno comerciante paraibano e a mãe, uma dona-de-casa cearense.

Os cantores eram alvos de críticas pois muitos de seus colegas artistas que estavam sendo perseguidos pela ditadura e expulsos do país.

Em 1971, tiveram a música "Praia de Iracema" gravada pelo grupo paulista Demônios da Garôa no LP "Aguenta a Mão, João", lançado pela Chantecler.

Em 1972, a dupla foi selecionada para participar do LP coletânea "Os Grandes Sucessos", lançado pela RCA Victor, com a música "Você Também é Responsável".

Em 1973, Dom & Ravel gravaram "Animais Irracionais", falando de injustiça social. A direita não gostou e os dois sentiram uma certa má vontade da mesma ditadura que com eles simpatizara, sendo o disco e a música afastados das rádios.

Com a morte do irmão Dom, em 10/12/2000, vítima de um câncer no estômago, Ravel, com uma vista prejudicada por um acidente, lançou, em 2001, o CD "Deus é o Juiz", em sua homenagem, com sucessos da dupla. A música "Eu Te Amo Meu Brasil" não foi selecionada para o disco.

Morte

Eduardo Gomes de Farias, o Ravel, da dupla Dom & Ravel, faleceu no início da tarde de quinta-feira, 16/06/2011, aos 64 anos, em São Paulo, vítima de um infarto. Segundo familiares, Ravel sofreu um infarto no momento em que tomava banho em sua residência. Os bombeiros ainda foram acionados, mas o ataque cardíaco foi fulminante.

O corpo de Ravel foi velado no Cemitério do Araçá, região da Consolação, em São Paulo, SP, onde também foi realizado o sepultamento.

Ravel deixou a esposa Rejane, com quem estava casado há 37 anos, e uma única filha, Priscila.

Fonte: WikipédiaBrasil Cultura
#FamososquePartiram #Ravel

Rafael de Carvalho

MANUEL RAFAEL DE CARVALHO
(63 anos)
Ator, Produtor e Dramaturgo

* Caiçara, PB (16/02/1918)
+ Salvador, BA (03/05/1981)

Aos quinze anos deixou seu estado e foi para Salvador e se tornou ator, produtor e dramaturgo, sempre preocupado com a cultura popular e suas manifestações.

Na capital baiana ele venceu festivais interpretando poemas e escreveu o livro "Quadra Quadrilha" e duas peças. Estreou no cinema em "Aguenta o Rojão" (1958) e participou de "Um Candango na Belacap" (1961).

Na TV, começou apenas em 1973, na telenovela "O Bem-Amado", interpretando o personagem Emiliano Medrado.

Ary Fontoura e Rafael de Carvalho

Destacou-se nos filmes: "Macunaíma", "O Doce Esporte do Sexo", "O Trapalhão na Ilha do Tesouro", "Fogo Morto", "Crueldade Mortal", "Gargalhada Final", "Eles Não Usam Black-Tie" e "O Homem que Virou Suco".

Na televisão teve papéis marcantes nas telenovelas O Bem-Amado (sua estreia na TV), Gabriela e Saramandaia (TV Globo), Cavalo Amarelo (ao lado de Dercy Gonçalves) e Rosa Baiana (TV Bandeirantes).

Morreu vitimado por Infarto, logo depois de encerrar as filmagens de "O Baiano Fantasma", de Denoy de Oliveira.

Fonte: Wikipédia