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Ota

OTACÍLIO COSTA D'ASSUNÇÃO BARROS
(67 anos)
Cartunista, Quadrinista, Editor e Escritor

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/07/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/09/2021)

Ota, nome artístico de Otacílio Costa d'Assunção Barros, foi um cartunista, Quadrinista, editor e escritor nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 04/07/1954.

Ota ingressou na Editora Brasil-América Limitada (EBAL) em 1970, permanecendo até o final de 1973, quando entrou para a Editora Vecchi. No mesmo ano, lançou pela Editora Górrion três edições totalmente autorais da revista "Os Birutas", cujos personagens também foram publicados como tiras diárias no período entre 1972 e 1973. Nessa mesma época colaborou para publicações underground como "A Roleta", "Vírus" e "A Mosca".

Em 1974 se tornou o editor responsável pela versão brasileira da revista humorística "Mad", também exerceu função similar na revista de terror "Spektro" a partir de 1977.

Com a falência da Editora Vecchi em 1983, porém, ambas deixaram de ser publicadas. Voltou para a Editora Brasil-América Limitada (EBAL) para trabalhar na editoração da "Cinemin", uma publicação voltada ao cinema, retornando a seu antigo cargo em 1984 quando a "Mad" voltou pela Editora Record.


Após um período reunindo em torno de 150 quadrinhos eróticos brasileiros impressos na década de 1960 (os chamados "catecismos") publicou pela Record em 1984 o livro "O Quadrinho Erótico de Carlos Zéfiro", com uma análise da obra de Carlos Zéfiro que ajudou a formar o reconhecimento em torno de seu trabalho.

Em 1994, recebeu o prêmio de Melhor Revista Independente no Troféu HQ Mix, do Rio de Janeiro, pela criação da "Revista do Ota", em 1993. O periódico, porém, não foi além do primeiro número. Ainda em 1994, tentou retomar a publicação da "Spektro" que, devido a problemas de distribuição, teve o mesmo destino da "Revista do Ota".

Manteve seu cargo na "Mad" após uma nova mudança de editora em 2000, quando a revista foi assumida pela Mythos.

Em 2005, assinou uma coluna sobre quadrinhos no Jornal do Brasil.


Em 2006, começou a publicar a tira "Concursino" para o jornal Folha Dirigida.

Em março de 2008, após dois anos fora das bancas, a "Mad" voltou a ser publicada pela Panini. Ota foi convidado a supervisionar o conteúdo nacional da revista, enquanto outro editor ficaria responsável pela adaptação do material internacional. Sete edições depois, motivado por desentendimentos editoriais, Ota deixou o cargo ocupado por ele por 34 anos, perfazendo um total de mais de 300 volumes publicados. Na mesma época, declarou que iria leiloar toda sua coleção de objetos, artigos e revistas relacionados à "Mad".

Ota foi responsável pela restauração, seleção e tradução das revistas "Luluzinha" e "Recruta Zero" da Pixel Media, selo da Ediouro Publicações. Também foi responsável pela coleção de álbuns remasterizados de "Asterix" pela Editora Record.


Em 2016, publicou de forma independente, o e-book "A Garota Bipolar - O Começo de Tudo", a série "A Garota Bipolar" teve edições impressas em formatinho, vendendo cerca de 3000 exemplares.

Em junho de 2020, pela Tai Editora lançou um projeto de financiamento coletivo no Catarse de uma coletânea da série.

Em junho de 2021, passou a publicar tiras sobre o ambiente universitário no site da Faculdade Campos Elíseos.

Recentemente Ota vinha fazendo letras para algumas editoras de quadrinhos, como Figura, Lorentz, Tai e Quadriculando, e estava envolvido com em duas republicações de seus trabalhos: "Os Estranhos Hóspedes do Hotel Nicanor", pela MMarte (ele assinava os roteiros com o pseudônimo Juka Galvão e os desenhos eram de Flavio Colin) e "A Garota Bipolar", que foi financiado pelo Catarse, pela Tai.

Morte

Otacílio Costa D'Assunção Barros, o Ota, foi encontrado morto na sexta-feira, 24/09/2021, em seu apartamento na Rua Ernani Cotrim, na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, aos 67 anos. A causa da morte não foi divulgada.

Amigos e colegas de Ota estavam sem contato com o cartunista desde quarta-feira, 22/09/2021. Na sexta, 24/09/2021, os bombeiros foram acionados. Chegando no local, arrombaram a porta e encontraram Ota morto.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Ota

Roberto Leal

ANTÓNIO JOAQUIM FERNANDES
(67 anos)
Cantor, Compositor, Ator e Apresentador de Rádio e Televisão

☼ Macedo de Cavaleiros, Portugal (27/11/1951)
┼ São Paulo, SP (15/09/2019)

Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes, foi um cantor, compositor e ator português radicado no Brasil. Era considerado embaixador da cultura portuguesa no Brasil. Ao longo da carreira de mais de 45 anos, vendeu milhões de discos e ganhou trinta discos de ouro, além de cinco de platina e quinhentos troféus.

Nascido em Macedo de Cavaleiros, no Distrito de Bragança, Portugal, emigrou para o Brasil aos onze anos de idade, em 1962, juntamente com os pais e nove irmãos, em cinco viagens. Na cidade de São Paulo, após trabalhar como sapateiro e comerciante de doces, iniciou a carreira de cantor de fados e músicas românticas.

Em 1971, obteve o seu primeiro grande sucesso com "Arrebita", conhecida pelo seu refrão "Ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita!", após aparição no programa Discoteca do Chacrinha. Logo após, começou a ganhar grande popularidade se apresentando em diversos programas de auditório no Brasil.

Em 1978 participou do filme "Milagre - O Poder da Fé", que contou com participação especial de alguns nomes importantes como o apresentador Chacrinha, Elke Maravilha e a atriz Lolita Rodrigues. Lançado em 1979, o filme aborda a história de sua vida. Dirigido por Hércules Breseghelo, teve partes filmadas na cidade natal do cantor.


Além do repertório romântico-popular, seu trabalho também caracterizava-se por misturar ritmos lusitanos aos brasileiros, além de ter gravado em estilos tipicamente brasileiros como o forró. Quase todo seu repertório é composto de faixas de sua autoria e em parceria com a esposa Márcia Lúcia, com quem foi casado e tinha três filhos brasileiros, dentre eles o produtor musical Rodrigo Leal.

Além de cantor e compositor, Roberto Leal foi apresentador de programas na Rádio Capital de São Paulo na década de 1980, apresentador no canal português TVI e no Brasil, também tendo apresentado programas na TV Gazeta e Rede Vida.

Lançou no ano de 2007 o CD "Canto da Terra" e "Raiç/Raízes" em 2009. Nesses discos gravou músicas em mirandês para divulgar a segunda língua oficial de Portugal. Estes discos lhe conferiram prêmios e condecorações da crítica de música portuguesa pelo estudo aprofundado de instrumentos musicais muito usados na música mirandesa, como as gaitas de fole.

Em sua carreira, Roberto Leal vendeu cerca de 17 milhões de discos e tem mais de trezentas canções gravadas. É um dos compositores do atual hino da Portuguesa de Desportos, de São Paulo. Roberto Leal era também sócio do restaurante de comida portuguesa Marquês de Marialva, em São Paulo, localizado na região de Barueri.


Em 2011 participou do elenco no situation comedy "Último a Sair", um falso reality show da autoria de Bruno Nogueira, João Quadros e Frederico Pombares, exibido pelo canal português RTP1, programa do qual saiu vencedor. Nesse mesmo ano publicou uma autobiografia em um livro intitulado "Minhas Montanhas", sendo lançado tanto no Brasil quanto em Portugal.

Em 2014 fez uma participação em "Chiquititas", atuando como ele mesmo, Roberto Leal, o músico que processa Tobias por usar sua música. Nesse mesmo ano, lançou o CD "Obrigado Brasil!", que incluía alguns sambas de Jorge Aragão e Arlindo Cruz e duetos com Jair Rodrigues, Alcione, Jairzinho e Luciana Mello.

Roberto Leal vivia entre o Brasil e Portugal, além de se apresentar em países da América do Sul, América Central e Europa divulgando a cultura portuguesa. Foram lançadas coletâneas de seus principais sucessos, vendidos tanto no Brasil como em Portugal.

Em 2018 candidatou-se a Deputado Estadual por São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obtendo 8273 votos (0,04% dos votos válidos), não se elegendo.

Doença e Morte

Em janeiro de 2019, Roberto Leal revelou lutar havia dois anos contra um melanoma, mas sofreu com uma metástase para os olhos e a coluna, e que por conta disto havia perdido parte da visão, também devido a catarata.

Roberto Leal faleceu no domingo, 15/09/2019, aos 67 anos, vítima de um melanoma maligno, que evoluiu, atingindo o fígado, causando a síndrome hepatorrenal, e também complicações decorrentes de uma reação alérgica aos medicamentos da quimioterapia.

Roberto Leal estava internado havia cinco dias na unidade semi-intensiva do Hospital Samaritano de São Paulo.

Ele era casado com Márcia Lúcia, havia 45 anos, com que tinha três filhos nascidos no Brasil, e dois netos.

Um dos filhos, o músico Rodrigo Leal, afirmou que a família só revelou a gravidade da doença a Roberto Leal pouco antes de sua morte. Segundo Rodrigo Leal, isso fez com que a vida de seu pai se prolongasse, por não ter parado de trabalhar por causa da doença.

Discografia

  • 1973 - Arrebita
  • 1974 - Lisboa Antiga
  • 1975 - Minha Gente
  • 1976 - Carimbó Português
  • 1977 - Rock Vira
  • 1978 - Terra Da Maria
  • 1979 - Senhora Da Serra
  • 1980 - Obrigado Brasil
  • 1981 - A Banda Chegou
  • 1982 - Foi Preciso Navegar
  • 1983 - Férias Em Portugal
  • 1984 - Baile Dos Passarinhos
  • 1985 - Um Grande Amor
  • 1986 - Dá Cá Um Beijo
  • 1987 - Como É Linda Minha Aldeia
  • 1988 - A Fada Dos Meus Fados
  • 1989 - Em Algum Lugar
  • 1990 - Quem Somos Nós
  • 1991 - Gosto De Sal
  • 1992 - Rumo Ao Futuro
  • 1992 - Romantismo De Portugal
  • 1993 - Raça Humana
  • 1994 - Vozes De Um Povo
  • 1995 - Festa Da Gente
  • 1995 - Canções Da Minha Vida
  • 1996 - O Poder Da Fé, O Milagre De Santo Ambrósio
  • 1996 - Alma Minha
  • 1996 - Refazendo História
  • 1997 - Português Brasileiro
  • 1998 - Forrandovira
  • 1999 - Roberto Canta Roberto
  • 2000 - O Melhor De...
  • 2001 - Vira Brasil
  • 2002 - Reencontro
  • 2003 - Folclore I
  • 2003 - Folclore II
  • 2003 - Sucessos De Verão
  • 2003 - Marchas Populares
  • 2003 - Místico
  • 2003 - Fadista
  • 2003 - Canto A Portugal
  • 2003 - Romântico
  • 2003 - Brasileiro
  • 2004 - De Jorge Amado A Pessoa
  • 2005 - Alma Lusa
  • 2006 - Sucessos Da Minha Vida
  • 2007 - Canto da Terra
  • 2009 - Raiç / Raízes
  • 2010 - Vamos Brindar!
  • 2014 - Obrigado Brasil!
  • 2016 - Arrebenta A Festa

Fonte: Wikipédia

Zazá

AREOVALDO BATISTA DA SILVA
(67 anos)
Cantor

☼ Ipameri, GO (1952)
┼ Ipameri, GO (12/07/2019)

Areovaldo Batista da Silva, mais conhecido por seu nome artístico Zazá, ou ainda Zazá Brasil, foi um cantor, nascido em Ipameri, GO, em 1952, famoso por ter sido o segundo parceiro musical de Zezé di Camargo, antes deste tornar-se famoso ao lado de Luciano Camargo. A história da parceria dos dois, que era conhecida como Zazá & Zezé, tornou-se notória após ser mostrada no filme "2 Filhos de Francisco", em 2005.

A dupla Zazá & Zezé foi formada por volta de 1979 e foi o primeiro trabalho profissional de Zezé di Camargo, depois da extinção da dupla Camargo & Camarguinho, que formou, ainda criança, com o irmão Emival.

A dupla Zazá & Zezé gravou três discos. O primeiro deles, "A Caminho do Além", foi lançado em 1980 pela gravadora Chantecler. Neste LP, eles interpretaram as músicas "Canto, Bebo e Choro" (Zazá), "Por Favor, Volte Pra Mim" (Zazá), "Adeus Maria" (Zazá), "Alma da Terra" (João do Pinho e Zazá), "Casinha Triste" (João do Pinho e Zezé di Camargo), "Bandeira Branca" (Odaés Rosa), "Erro Imortal" (Sargento Marra), "Chuvas de Maio" (S. Flores Rivera e Santiago) e "Caminho do Além" (José Rico e Sargento Marra).


Em 1982, lançaram, pela Chantecler, o segundo LP, "Berço do Mundo", no qual interpretaram as músicas "Gosto de Fruta" (Zezé di Camargo), "Esperança Morta" (Zezé di Camargo), "Entre o Céu e o Inferno" (Ourival SirianoZezé di Camargo), "Posto da Esquina" (Zé de MeloZezé di Camargo), "Despida na Cama" (Bandeirante, Ourival SirianoZezé di Camargo), "Coração de Ninguém" (Lourival SirianoZezé di Camargo) e "Berço do Mundo" (Jaci Cardoso e Zazá).

Em 1984, a dupla lançou o seu último disco, o LP "Festa dos Quinze Anos", também pela Chantecler, com as músicas "A Festa dos Quinze Anos" (Darci Rossi e Marciano), "Rodovia" (Danúbio do Prado e Franco Montylla), "Aeronave do Adeus", "Uma Vez Por Semana", "A Noite é Nossa", "Saudade Danada", "Sonho de Amor", "Veneno", "Nosso Amor é Mais Importante", "Dama de Paus", "Paraíso" e "Casa Flutuante".

Depois deste disco, a parceria acabou se dissolvendo.

Em uma entrevista dada em 2017, Zezé contou que passou a usar o sobrenome di Camargo porque Areovaldo teria registrado o nome Zazá & Zezé sem que ele soubesse.

Carreira Pós Parceria Com Zezé di Camargo

Terminada a parceria com Zezé di Camargo, Zazá passou a adotar o nome artístico Zazá Brasil, e chegou a gravar alguns discos solo, mas não seguiu com a carreira, embora nunca tenha abandonado a música.

Ainda na década de 1980, Zazá chegou a se candidatar a vereador em Ipameri, GO, mas a sua verdadeira vocação sempre foi a música.

Nos anos 1990, Zazá se uniu a Maurício Rabelo, e formou a dupla Maurício Rabelo & Zazá Brasil.

Processos Contra Zilu Camargo e Contra os Produtores do Filme "2 Filhos de Francisco"

Em 2005, Zazá entrou com uma ação em que pedia indenização contra a esposa de Zezé di Camargo, Zilu Almeida Godoy de Camargo, com a alegação de que ela teria dito em uma entrevista à revista "Chiques e Famosos" que ele havia morrido e que isso trouxe transtornos irreparáveis a sua carreira. Zazá, porém, perdeu a ação, já que a Justiça entendeu que houve um erro do autor da matéria e que o mesmo foi reparado na edição seguinte da mesma revista, na seção "Gente e Destaques", com o título "Zazá Mais Vivo Que Nunca".

Em 2010, Zazá abriu uma nova ação na Justiça por danos morais contra a Columbia Tristar Filmes do Brasil, a Conspiração Filmes Entretenimento S.A., a Globo Filmes e a Zezé Di Camargo & Luciano Produções Ltda. com a alegação de "distorções sobre sua pessoa no filme 2 Filhos de Francisco".

No filme, Zazá aparece como Dudu e, segundo alega na ação, teve sua história contada de forma equivocada, o que lhe trouxe prejuízos para a carreira. A juíza, porém, julgou como improcedente a ação por entender que tratava-se de uma obra de ficção, não havendo obrigação de o filme narrar com exatidão toda a vida da dupla formada por Zezé di Camargo e seu irmão Luciano. "Principalmente em se tratando de filme cinematográfico cuja duração média é de duas horas, sendo impossível retratar em tão pouco tempo duas vidas inteiras".

Morte

Zazá faleceu na sexta-feira, 12/07/2019, aos 67 anos, em um hospital de Ipameri, região sudeste de Goiás, onde morava atualmente, vítima de um câncer no pâncreas.

"Ele descobriu o câncer há uns dois anos e fazia tratamento. Operou em 2018 e deu uma melhorada, mas agora piorou e não resistiu!", disse o irmão, também músico, Lázaro Batista da Silva.

Zazá foi velado em Ipameri, GO e sepultado no sábado, 13/07/2019, às 16h, no Cemitério Municipal.

Zazá era divorciado e deixou dois filhos.

Discografia

Os Caçulas do Brasil
  • 1978 - Os Caçulas do Brasil

Zazá & Zezé
  • 1980 - A Caminho do Além (Chantecler)
  • 1982 - Berço do Mundo (Chantecler)
  • 1984 - Festa dos 15 Anos (Chantecler)

* Participação da dupla nas coletâneas "Na Boca do Forno", de 1981, com a música "Erro Imortal", e "Movimento Jovem Sertanejo", também de 1982, interpretando as canções "Força da Fé" (Itapuã), e "O Imigrante" (José Fortuna e Paraíso).

Maurício Rabelo
  • 1992 - Maurício Rabelo e Zazá Brasil

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Zaza

Marciano

JOSÉ MARCIANO
(67 anos)
Cantor e Compositor

☼ Bauru, SP (01/04/1951)
┼ São Caetano, SP (18/01/2019)

José Marciano, "O Inimitável", ou simplesmente Marciano, foi um dos maiores cantores brasileiros de música sertaneja, nascido em Bauru, SP, no dia 01/04/1951. Dono de uma voz inconfundível, também foi compositor, e junto a outros poetas da música popular, foi responsável por grandes sucessos como "Fio de Cabelo", "Crises de Amor", "Paredes Azuis", "Menina Escuta Meu Conselho", entre tantos outros.

Marciano começou cantando ainda criança, com o pai, em festas religiosas. Na adolescência, passou a apresentar-se em programas de rádio e televisão de sua região. Aos 16 anos, conheceu João Mineiro na região metropolitana de São Paulo. Com ele, formou a dupla João Mineiro & Marciano e fez grande sucesso entre os anos 1970 e 1990, com músicas como "Ainda Ontem Chorei de Saudade", "Seu Amor Ainda é Tudo", "Aline", "Se Eu Não Puder Te Esquecer", entre outras, muitas delas composições suas.

A dupla João Mineiro & Marciano vendeu cerca de 10 milhões de discos, tendo 10 conquistado o Disco de Ouro, 5 conquistado o Disco de Platina e 2 de Platina Duplo, além de realizar turnê pelos Estados Unidos e comandar um programa semanal no SBT, nos anos 1980.


Durante a carreira, teve cerca de 150 composições suas gravadas por si mesmo ou por outros artistas sertanejos. Entre elas sucessos como "Crises de Amor", "No Mesmo Lugar (Coisa Estranha)", "Esta Noite Como Lembrança", "Paredes Azuis" e "A Bailarina".

Em 1977, Zico & Zéca gravaram sua música "Vou Levar Você", no LP "Minha Graciosa".

Em 1979, teve a música "Pensando Em Voltar" (Marciano e Darci Rossi) gravada por Chitãozinho & Xororó, no LP "60 Dias Apaixonado".

Em 1980, Industrial & Fazendeiro gravaram "Você é Mais Forte Que Eu" (Marciano e Darci Rossi), no LP "Corrida de Ouro - Vol. 3".

Em 1982, teve a música "Por Trinta Dias" (Marciano e Darci Rossi), gravada pela dupla Cezar & Paulinho, no LP "Coração Marcado". No mesmo ano "Podes Me Negar" (Marciano e Darci Rossi), foi gravada por Pedro Bento & Zé da Estrada, no LP "Serenata do Amor".

Em 1983, "Fio de Cabelo" (Marciano e Darci Rossi), foi gravada pela dupla Chitãozinho & Xororó, e tornou-se um marco ao ser uma das primeiras músicas sertanejas a fazer sucesso no Brasil todo. No mesmo ano, o Trio Parada Dura gravou "Nossas Brigas" (Marciano, Mangabinha e Waldemar de Freitas Assunção), no LP "Luz da Minha Vida".


Em 1989, teve sua música "Vou Tirar Você Daqui" (Marciano e Darci Rossi), gravada por Junio & Júlio, no LP "Junio e Julio Vol. 7". No mesmo ano a música "Sozinho na Estrada" (Marciano e Waldemar de Freitas Assunção), foi gravada por Milionário & José Rico no LP da trilha sonora do filme "Sonhei Com Você", protagonizado por esta mesma dupla.

Em 1990, seu principal parceiro em composições, Darci Rossi, gravou uma composição da dupla, "Vinho Rosé".

Em 1993, separou-se de João Mineiro e iniciou carreira solo.

Dessa forma, gravou 10 discos de carreira, e fez sucesso com músicas como "Massachussetts" (Barry Gibb, Maurice Gibb e Robin Gibb), com versão de Tony, Edy e Waldir dos Santos, "Paixão Proibida", e "Champanhe".

Em 1998, seu sucesso "Miragem" integrou a trilha sonora da novela "Estrela de Fogo", exibida pela TV Record. Ainda em 1988 lançou o CD "Encontros", onde teve a participação de grandes cantores como Matogrosso, Perla, Sérgio Reis, Chitãozinho & Xororó, Alan & Aladim.

Em 2004, foi indicado ao prêmio Grammy Latino, na categoria "Melhor Disco de Música Romântica", com o CD "Meu Ofício é Cantar", gravado ao vivo e lançado pela gravadora Atração.


Em 2009, lançou seu primeiro DVD ao vivo, "Marciano Inimitável", comemorando 15 anos de carreira solo. O disco foi produzido por ele mesmo e teve participações especiais de Rick & Renner, Darci Rossi, Teodoro & Sampaio, Matogrosso & Mathias, Dani & Danilo e Milionário & José Rico.

Após a morte de João Mineiro, em 2012, Marciano gravou um álbum solo intitulado "Inimitável". O registro foi feito no Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano do Sul, SP.

Sua composição "Fio de Cabelo" (Marciano e Darci Rossi), desde os  anos 1980, é uma das músicas mais regravadas do estilo sertanejo, e tornou-se uma referência do segmento a partir dos anos 2000. Entre mais de 40 nomes que já gravaram a música, estão Bruno & Marrone, Fábio Júnior, Chitãozinho & Xororó, Tinoco & Zé Paulo, Ivan Villela, Zezé di Camargo & Luciano, Leonardo, dentre tantos outros.

Em 2015, iniciou um projeto ao lado de Milionário, ex-dupla de José Rico, que havia falecido em 03/03/2015. Chamado de "Lendas", o projeto rendeu a gravação de um DVD em 2015, sendo lançado no mercado no ano seguinte. Eram empresariados por Sorocaba, da dupla Fernando & Sorocaba.

Recentemente, Marciano formou dupla com Milionário, da dupla Milionário & José Rico, que se chamava Milionário & Marciano, e eram empresariados por Sorocaba, da dupla Fernando & Sorocaba.

João Mineiro & Marciano

João Sant'Ângelo e José Marciano, ou simplesmente João Mineiro & Marciano foi uma dupla de músicos brasileiros do estilo sertanejo. Fizeram sucesso nos anos 80, tendo um programa na TV, mas separaram em 1993.

A dupla sertaneja João Mineiro & Marciano teve início em 1970 após João Mineiro desfazer uma parceria que já durava 8 anos com a dupla João Mineiro & Zé Goiás tendo a sorte de encontrar José Marciano, que planejava formar uma dupla sertaneja voltada para a música romântica.

O primeiro álbum, da então dupla recém-formada, foi lançado em 1973 pela gravadora Chororó Discos, e obteve sucesso com as músicas "Filha de Jesus" e "Chovisco da Madrugada", em parceria com o poeta Goiá. A prensagem do disco foi paga por João Mineiro.


Em 1986 devido ao sucesso, e também ao fato da música sertaneja ser muito tocada no Brasil, começaram a apresentar aos domingos o programa de TV "João Mineiro e Marciano Especial" no SBT, nas manhãs de domingo, no qual cantavam e recebiam convidados.

Apesar da carreira bem sucedida até aquele momento, e fazendo turnê nos Estados Unidos em 1990, gravando disco em espanhol em 1991, e lançando o disco "Dois Apaixonados", a dupla se desfez em 1993, por razões ainda não muito esclarecidas, fazendo desse disco o último da carreira dos dois. Existem rumores de que existia uma briga judicial entre eles.

Após a separação em 1993, João Mineiro formou a duplas como: João Mineiro & MarinoJoão Mineiro & Marcian (Isso mesmo, sem o "O" no final). Ambas formações gravaram um disco apenas pois a dupla que se consolidou foi João Mineiro & Mariano que se manteve até o dia 24/03/2012, quando faleceu João Mineiro. Mariano seguiu carreira solo até os dias de hoje.


Em 2008, João Mineiro & Mariano, realizaram turnê pelo Brasil e estariam preparando um DVD com a participação de grandes nomes, como Milionário & José Rico, Teodoro & Sampaio, Cezar & Paulinho, dentre outros. O DVD, intitulado "Coração Não Cansa", conteria quatro músicas inéditas.

No dia 24/03/2012, uma noite de sábado, João Sant'Angelo, o João Mineiro, falecia no Hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí, SP.

Marciano na ocasião se apresentava na cidade de Ipuã, SP, como parte da comemoração do aniversário da cidade, quando soube da notícia do falecimento do ex parceiro, interrompendo o show para poder levar as condolências à família de João Mineiro.

Controvérsias

Em 2016, Marciano processou o filho, Fabiano Martins, que também é cantor, por danos morais e pedindo uma indenização de R$ 20 mil. Fabiano Martins contou que o motivo seria uma publicação que ele fez em seu Facebook no dia 12/04/2016, em que diz que o pai nunca o aceitou e o chamava de mau-caráter.

"Meu pai nunca se preocupou se estou bem ou mal e muito menos quis um dia conhecer seu neto, que é meu filho. O que me chama a atenção é hoje ele estar indo pra mídia e mostrando o lado bonzinho dele e enganando o Brasil todo como um cara fora de série. Por que ele não vai pra mídia e fala que ele bloqueou seu próprio filho de todas as suas redes sociais? Por que ele não fala pra mídia que ele barrou seu próprio filho no seu show? Por que ele não diz a mídia que enganou seu filho dizendo dar uma oportunidade e isso se faz oito anos e até agora nada? (..) Pra mim um pai que rejeita e nega seu próprio filho é ser mau-caráter!"
(Parte da postagem no Facebook)


Fabiano Martins disse que descobriu o processo sem querer, quando teve um financiamento rejeitado para comprar um carro.

"Falei com um amigo meu do Serasa que disse que eu tinha um processo. Ele falou: 'O autor do processo é um tal de José Marciano, você conhece?'. 'É meu pai, cara'", conta o cantor, que tentou entrar em contato com o pai: "Mas ele mudou de telefone, não consegui!".

Ruth Martins, mãe de Fabiano Martins, pediu pela primeira vez o exame de DNA em 1997, no programa "Ratinho Livre", da TV Record.
"O exame foi realizado sem qualquer resistência por parte de Marciano que prontamente aquiesceu à necessidade. Com a mudança de Ratinho para o SBT não houve confronto dos resultados tampouco solução quanto à evidência do teste!"
(Assessoria de Imprensa de Marciano)


Anos depois, em 2014, Fabiano Martins e Ruth Martins procuraram o programa "Balanço Geral", na TV Record, e um novo DNA foi pedido e a paternidade comprovada.
"Marciano, ciente deste laço consanguíneo, escolheu estreitar o seu lar a Fábio com o fim de ampliar a convivência e fazê-lo membro da família. Este chegou a frequentar a casa de Marciano alguns meses, experimentando inclusive a reunião gratificante de Natal junto não apenas de Marciano, mas de toda a família que o acolheu com a sensibilidade fraternal que a situação solicita!"
(Assessoria de Imprensa de Marciano)

Segundo o comunicado, foi Fabiano Martins que se afastou do pai:
"O ponto grave da questão é que Fábio Martins, de forma mais evidente a partir de 2013 até o momento, vem fazendo inúmeras citações que remetem o cantor Marciano à exposição de expedientes vexatórios e extremamente desagradáveis, algumas das menções exibindo cunho leviano, envolvendo até familiares diretos de Marciano e estão anotadas principalmente nas redes sociais (Facebook), a desserviço da ética e da moral"
(Assessoria de Imprensa de Marciano)


Em 2018, após ser reconhecido como filho de Marciano, Fabiano Martins fez um desabafo durante o programa "Superpop", de Luciana Gimenez. Segundo o rapaz, ele não vai abrir mão da herança que tem direito e disse que está muito magoado com Marciano e a família dele.
"Nem de pai dá pra chamar mais ele. Pede R$ 20 mil de indenização, ao invés de pedir perdão para mim, recorre, e vai perder de novo. Depois que me tornei herdeiro dele, pegou mais ódio ainda. Nunca fui atrás de um real do meu pai, mas não vou abrir mão da herança, tenho o mesmo direito da filha dele!"
(Fabiano Martins - Ele se referia à ação por danos morais movida por Marciano em 2017)

Mesmo com a mágoa, ele disse que não se importa de conversar com o pai. No entanto, ele já não vê mais possibilidade. "Eu já perdi a esperança dele se reaproximar mas se acontecer, a gente conversa!".

Morte

Marciano faleceu às 2h00 de sexta-feira, 18/01/2019, aos 67 anos, após sofrer um infarto fulminante, enquanto dormia em sua casa, em São Caetano do Sul, SP. Segundo a assessoria de imprensa do cantor, ele não apresentava nenhum problema de saúde. A informação foi confirmada na rede social do artista:
"É com imenso pesar que, em nota, confirmamos o falecimento do cantor Marciano, o Inimitável. Em breve, divulgaremos mais informações. Nesse momento, agradecemos o carinho de todos e pedimos orações à família."
Segundo uma amiga da família, o velório acontecerá na Câmara Municipal de São Caetano do Sul. De acordo com o local, o velório começa por volta das 12h00 e deve seguir até 16h20, quando o corpo segue para o Cemitério das Lágrimas.

Milionário & Marciano
O cantor Fabiano Martins, filho de Marciano, lamentou a morte do pai. Nos últimos anos, os dois travaram uma batalha judicial após uma publicação no Facebook. Marciano processou Fabiano Martins por danos morais e pedia indenização de R$ 20 mil.
"Todos que me conhecem sabem da péssima relação que eu tinha com meu pai, mas estou muito triste com essa notícia. Por mais que éramos afastados, mas era meu pai. Morre um dos maiores cantores sertanejo desse país!"
"E é com uma imensa tristeza que informo ao meus amigos que meu pai sofreu um infarto fulminante nessa madrugada e foi morar com Deus. João Mineiro e Marciano ficará eternizado em nossos corações!"

Discografia

João Mineiro & Marciano
  • 1973 - Filha de Jesus (Chororó)
  • 1974 - A Procura da Paz (Chororó)
  • 1975 - Chorarei ao Amanhecer (Chororó)
  • 1976 - Os Inimitáveis Vol. 4 (Chororó)
  • 1978 - Os Inimitáveis Vol. 5 (Chororó)
  • 1979 - Filho de Jesus (Chororó)
  • 1979 - Os Inimitáveis - Vol. 7 (Chororó)
  • 1980 - Esta Noite Como Lembrança (Copacabana)
  • 1982 - Viciado Em Você (Copacabana)
  • 1984 - Amor e Amizade (Dia Sim, Dia Não) (Copacabana)
  • 1986 - João Mineiro & Marciano - Vol. 11 (Copacabana)
  • 1988 - João Mineiro & Marciano - Vol. 12 (Copacabana)
  • 1989 - João Mineiro & Marciano - Vol. 13 (Copacabana)
  • 1990 - Saudade (Copacabana)
  • 1990 - Tarde Demais Para Esquecer (Polygram)
  • 1991 - Pra Não Pensar Em Você (Polygram)
  • 1992 - Dois Apaixonados (Polygram)

Solo
  • 1993 - Gostosa Mania (Polygram)
  • 1994 - Fica Comigo (Polygram)
  • 1998 - Encontros (EMI)
  • 2000 - O Melhor de Tua Vida (Máxima Music)
  • 2003 - Meu Ofício é Cantar (Atração)
  • 2008 - Inimitável (Atração)
  • 2009 - Inimitável - 15 Anos de Carreira Solo (Atração)
  • 2013 - O Melhor de Marciano (Atração)
  • 2014 - Inimitável - In Concert (Radar Records)

Milionário & Marciano
  • 2016 - Lendas Ao Vivo (FS Music)

Fonte: Wikipédia e G1
#FamososQuePartiram #Marciano

Cesar Mata Pires

CESAR DE ARAÚJO MATA PIRES
(67 anos)
Empresário

☼ Salvador, BA (19/01/1950)
┼ São Paulo, SP (22/08/2017)

Cesar de Araújo Mata Pires foi um empresário e engenheiro civil brasileiro, fundador da empreiteira OAS. Cesar Mata Pires era o maior acionista do grupo OAS, com 80% do capital social.

Casou-se com Tereza Magalhães, filha do então governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães. Teve três filhos: Cesar Mata Pires Filho, Antonio Carlos Mata Pires e Fernanda Mata Pires Morari.

Graduado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1971, Cesar Mata Pires trabalhou na construtora Ordebrecht antes de fundar a OAS, em 1976, ao lado dos empresários Carlos Suarez e Durval Olivieri. Atualmente era presidente do Conselho de Administração da construtora.

A OAS, segundo seu próprio site, foi criada em 1976, na Bahia, com atuação no setor de engenharia e infraestrutura. Hoje, é um conglomerado multinacional brasileiro, de capital privado, que reúne empresas presentes em território nacional e em mais de 20 países.

Poucos anos depois de sua fundação, a OAS passou participar de obras públicas federais e tornou-se uma das maiores empreiteiras do país.

Após a morte do deputado Luís Eduardo Magalhães, em 1998, filho de Antônio Carlos Magalhães, a relação de Cesar Mata Pires com o sogro ficou conturbada. Ambos tinham personalidade forte, temperamento explosivo e brigavam com frequência.

Fizeram as pazes em 2007, quando Antônio Carlos Magalhães já estava hospitalizado. Após a morte de Antônio Carlos Magalhães, o empresário brigou com os demais herdeiros da família Magalhães.

Em 2008, iniciou uma briga judicial pelo espólio de Antônio Carlos Magalhães. Oficiais de Justiça, acompanhados de policiais militares, fizeram arrolamento de bens e obras de arte que integram uma coleção deixada pelo senador. Eles recorreram a um chaveiro para entrar no apartamento onde mora a
viúva de Antônio Carlos Magalhães, Arlette Magalhães.

Na época, o empresário Antônio Carlos Magalhães Júnior, que sucedeu o pai no Senado, afirmou que Cesar Mata Pires era o mentor do litígio familiar. "Ele não está brigando por dinheiro, até porque tem muito. Ele quer poder, quer ter o poder que o meu pai teve sem ser político!"

Cesar Mata Pires ainda tentou obter o controle da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo da qual sua mulher detinha um terço das ações. Em 2013, acabou cedendo e vendeu a participação da emissora para a empresa paulista EPTV, encerrando a situação difícil com a família.

No campo político, Cesar Mata Pires aproximou-se de adversários de Antônio Carlos Magalhães como o petista Jaques Wagner, para qual a OAS fez doações nas campanhas para o governo da Bahia.

No governo de Jaques Wagner, a OAS tocou grandes obras como a Via Expressa, avenida que liga o porto à BR-324 e a construção da Avenida 29 de Março.

Léo Pinheiro
Operação Lava Jato

A partir de 2014, o grupo OAS, passou a ser investigado pela Operação Lava Jato e Cesar Mata Pires negociava acordo delação premiada no âmbito da operação. 

Nos últimos três anos Cesar Mata Pires andava preocupado com o avanço da Operação Lava Jato sobre a empresa da família. Léo Pinheiro, acionista e ex-presidente da OAS, foi preso duas vezes pelo
juiz federal Sergio Moro.

Léo Pinheiro tentou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República em 2016, mas a negociação foi interrompida por conta do vazamento de um dos temas conversados com os procuradores.

Neste ano, 2017, as tratativas retomaram e agora executivos e acionistas da empreiteira estão próximos de fechar acordo com os procuradores da Lava Jato. Cerca de 20 candidatos a delatores já entregaram documentos com histórias de corrupção protagonizadas pela OAS e o próximo passo é discutir as penas dos executivos. Porém, a morte de Cesar Mata Pires deve atrasar a assinatura do acordo.

Entre os colaboradores estão os herdeiros Cesar Mata Pires Filho e Antônio Carlos Mata Pires.

Cesar Mata Pires não estava entre os que negociavam com o Ministério Público Federal.

Fortuna

Cesar Mata Pires acumulou uma das maiores fortunas do Brasil. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a fortuna de Cesar Mata Pires acumulou construindo estádios para a Copa do Mundo no Brasil, plataformas de petróleo e rodovias, do Haiti à Angola. No auge, em 2014, seu patrimônio líquido chegou a US$ 7 bilhões. Em 2015, após a operação Lava Jato, a fortuna encolheu para US$ 1 bilhão.

Em 2014, a Polícia Federal realizou buscas na sede paulistana de sua empresa, a OAS. Prendeu vários executivos por uma suposta participação em um cartel que pagava funcionários da Petrobras para fraudar o processo licitatório e obter contratos.

Antônio Carlos Magalhães

Cesar Mata Pires era casado com Tereza, filha de um dos principais políticos da história da Bahia, o ex-senador e ex-governador do estado Antônio Carlos Magalhães. O crescimento da empresa acompanhou a ascensão de Antônio Carlos Magalhães. Foi, inclusive, durante uma das gestões do político na chefia do Executivo Estadual que a OAS alavancou seu patrimônio.

Na década de 1970, a empreiteira reformou o Aeroporto 2 de Julho, de Salvador, recentemente batizado de Deputado Luís Eduardo Magalhães, o que multiplicou o faturamento da construtora. À época, Antônio Carlos Magalhães governava a Bahia.

Já na década de 1990, o político e o genro se desentenderam diversas vezes. Antônio Carlos Magalhães, então senador, inclusive, teria pedido ao Executivo baiano a suspensão de pagamentos devidos à OAS, como retaliação.

Apesar da troca de favores entre OAS e o político, Antônio Carlos Magalhães negava participação na empresa. Em entrevista à revista Istoé, em 1999, ele minimizou a relação com a construtora:
"Tenho é alguns problemas pessoais com o dono de lá, mas eu não tenho nada com a OAS, nem com os seus êxitos nem com seus possíveis fracassos. A não ser que o presidente da OAS é casado com a minha filha!"
Em 2016, Cesar Mata Pires foi internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Morte

Cesar Mata Pires morreu na manhã de terça-feira, 22/08/2017, em São Paulo, SP, aos 67 anos. Ele sofreu um infarto enquanto caminhava no bairro do Pacaembu, Zona Oeste de São Paulo, às 9h30. Cesar Mata Pires foi socorrido por pessoas que frequentavam o local e levado para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu.

Cesar Mata Pires morava nos Jardins, Zona Oeste de São Paulo, mas costumava caminhar no parque
Ibirapuera e nos arredores do Estádio do Pacaembu. A caminhada foi um hábito adquirido depois de ter sofrido, no passado, problemas no coração.

Indicação: Fadinha Veras
#FamososQuePartiram #CesarMataPires

Ivon Curi

IVO JOSÉ CURI
(67 anos)
Cantor, Compositor e Ator

* Caxambu, MG (05/06/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/06/1995)

Com 11 anos, Ivon Curi venceu um concurso de calouros em sua cidade. Começou a cantar profissionalmente na rádio local, na década de 40. Trabalhou no Laboratório Silva Araújo e foi vendedor de passagens da Panair.

Foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, onde foi crooner da Orquestra Zacarias, do hotel Copacabana Palace. Em 1947 foi contratado pela Rádio Nacional e em seguida pela Tupi. Ivon começou cantando "La Vie em Rose" e "Pigalle" e, ao gravá-las, estourou nas paradas de sucesso.

Ficou bastante conhecido como intérprete de canções francesas, algumas de suas gravações mais populares eram "C'est Si Bon" e "La Vie En Rose". Na realidade, sua primeira gravação havia sido "O Adeus", de Dorival Caymmi, que não obteve êxito comercial. Em 1948, Ivon era o astro do programa "Ritmos da Panair", da Nacional. Na década de 50, foi eleito "O Rei do Rádio" e teve cinco de seus discos entre os dez mais vendidos do país, entre eles, "Me Leva" (com Carmélia Alves), "Farinhada", "João Bobo", "Feijão", "Tá Fartando Coisa em Mim", "Amendoim Torradinho" e "Xote das Meninas". Por essa época cantou ao lado dos maiores astros e estrelas da música brasileira.

Na década de 50 excursionou pelo Brasil e pela Europa, e desenvolveu suas aptidões para "one-man-show", cantando, contando piadas, histórias e fazendo mímica. Em 1951, Watson Macedo o levou para a Atlântida, onde participou dos filmes da fase áurea das chanchadas e transformou-se num popular humorista de rádio, cinema e televisão.

Ivon gostava de cantar fazendo trejeitos e criou um estilo todo pessoal, que ficava entre o irreverente e o bem-comportado. Embora lançado como cantor galã, de voz pastosa, Ivon participou da comédia "Aviso aos Navegantes" em 1951. Como o personagem era um tipo nobre, meio maneiroso, o público começou a fazer analogias, achando-o muito delicado. As fãs chegaram a escrever: "Sendo como você é, você não deveria ter aparecido no cinema, pois acabaram-se os meus sonhos".

Ivon chegou a sofrer um arranhão em sua carreira, com as gravações despencando nas vendas e contratos cancelados. Decidiu, então, encerrar a fase romântica e levou para o palco a imagem de homem alegre e piadista, lançando as cançonetas, mais interpretativas. Atuou também nos filmes "É Fogo na Roupa", ao lado de Ankito e Adelaide Chiozzo, em 1952, "Garotas e Sambas", "Adorável Inimigo?" e "Assim era a Atlântida" em 1975.

Em meados dos anos 60, teve início o movimento da Jovem Guarda e Ivon permaneceu nove anos sem conseguir gravar. Transformou-se em empresário da noite carioca, ao abrir o Sambão e Sinhá, restaurante-boate idealizado por ele e que tornou-se casa conceituada, onde frequentavam presidentes da República, ministros e embaixadores. Vendeu tudo em 1984 e passou a dedicar-se novamente à carreira artística. Fez 16 temporadas em Portugal, todas com estrondoso sucesso. Se apresentou em programas de televisão e gravou discos.

Falava fluentemente francês, inglês e espanhol e conheceu a Ásia, África, Europa e Américas. Famoso na "Escolinha do Professor Raimundo" com o personagem Galdêncio, o gaúcho da fronteira, sem a cabeleira característica. Sua peruca ficou tão popular que inspirou Renato Aragão no bordão "pelas perucas do Ivon Cury". Na Rede Globo, ele também partipou da novela "Feijão Maravilha", em 1979, interpretando o "Seu Rachid". Em 35 anos de carreira, lançou seu 27º disco em 1994, "Douce France", interpretando clássicos franceses.

Casado com Ivone Cury, deixou três filhos, Ivna, Ivana e Ivan.

Faleceu devido a Falência Múltipla dos Órgãos e Insuficiência Respiratória.

Filmografia

1948 - É com Esse Que Eu Vou
1950 - Aviso aos Navegantes ... Príncipe Suave Leão
1951 - Aí Vem o Barão ... Navalha
1952 - Barnabé, Tu És Meu
1952 - É Fogo na Roupa ... Juvenal
1954 - O Petróleo É Nosso
1956 - Vamos com Calma ... Príncipe Nico
1956 - Sai de Baixo
1956 - Guerra ao Samba ... Anastácio
1956 - Depois Eu Conto
1957 - Garotas e Samba
1957 - Maluco por Mulher
1957 - Com Jeito, Vai
1958 - Alegria de Viver
1959 - Garota Enxuta
1960 - Tudo Legal
1966 - Adoráveis Trapalhões
1967 - A Espiã Que Entrou em Fria
1975 - Assim Era a Atlântida
1979 - Feijão Maravilha ... Rachid
1982 - Chico Anysio Show
1986 - As Sete Vampiras ... Barão Von Pal
1990 - O Escorpião Escarlate
1991 - Escolinha do Professor Raimundo ... Seu Gaudêncio

Fonte: Wikipédia