Rui Maurity de Paula Afonso, ou simplesmente Ruy Maurity, foi um cantor e compositor nascido em Paraíba do Sul, RJ, no dia 12/12/1949.
Sua mãe, Iolanda Maurity Santos, foi a primeira violinista a integrar a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e seu irmão é o pianista Antônio Adolfo. Ruy Maurity aprendeu sozinho a tocar violão.
Em 1970, venceu o III Festival Universitário do Rio de Janeiro com a música "Dia Cinco", que compôs junto com José Jorge. No mesmo ano, gravou seu primeiro LP, "Este é Rui Maurity", pela gravadora EMI-Odeon.
Ruy Maurity alcançou projeção nacional no período em que fez discos pela gravadora Som Livre, lançando músicas geralmente compostas com o parceiro José Jorge.
Da obra autoral registrada nessa companhia fonográfica, duas músicas da parceria de Ruy Maurity com José Jorge fizeram sucesso nacional naquela áurea década de 1970. Em 1971 o Brasil cantou a trágica saga ruralista de "Serafim e Seus Filhos", música de realismo fantástico incluída no repertório do álbum "Em Busca do Ouro" (1972), assinado por Ruy Maurity & Trio, e "Nem Ouro, Nem Prata", samba que deu título ao quarto álbum do artista, lançado em 1976 com regravação (de levada mais ágil e menos sedutora) de "Serafim e Seus Filhos" no repertório.
Lançou o disco "Safra 74", que teve algumas de suas músicas incluídas nas trilhas sonoras das novelas "Escalada" (1975) e "Fogo Sobre Terra" (1975), da TV Globo.
Em 1976 e 1977, lançou, respectivamente, os LPs "Nem Ouro Nem prata" e "Ganga Brasil", que inclui a gravação do tema principal da novela "Dona Xepa" (1977), da TV Globo.
Em 1978, gravou o disco "Bananeira Mangará". Com o tempo foi caracterizando cada vez mais a sua carreira com os temas e músicas regionais.
Na década de 1980, gravou os discos "Natureza" (1980) e "A Viola no Peito" (1984).
Ruy Maurity tem uma de suas músicas lembrada todo ano, no réveillon, "Marcas do Que Se Foi". Realizou, ainda, inúmeros shows em diversas cidades brasileiras.
Em 1998, lançou o CD "De Coração", distribuído atualmente pela Kuarup, no qual interpreta diversas parcerias com José Jorge.
Ruy Maurity era casado com Suzana Waldeck de Paula Afonso, e tem três filhos: Alexandre e os gêmeos Marco Antônio e Mariana.
Morte
Ruy Maurity faleceu na sexta-feira, 01/04/2022, aos 72 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, no Rio de Janeiro, RJ.
Desde 17/03/2022, estava em coma em decorrência de duas paradas cardíacas sofridas após se submeter a um exame de endoscopia.
Lourdes Maria Bandeira foi uma professora universitária e pesquisadora, nascida em Ijuí, RS, no ano de 1949. Ela foi uma das maiores referências nas pesquisas sobre violência contra a mulher no Brasil.
Graduou-se, em 1971, em Ciências Socias pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
No ano de 1978 concluiu o mestrado em Sociologia na Universidade de Brasília (UnB) e doutorado, em 1984, na Université René Descartes – de Paris V, sob orientação de Viviane Isambert Jamati, com defesa da tese Force de Travail et Scolarité; le cas du Nord-Est Brésilien (1975-1979).
Realizou Pós-Doutorado na área de Sociologia do Conflito com o professor Michel Wieviorka, na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) no período de 2001 a 2002.
Carreira
Lourdes Bandeira, lecionou na graduação e na pós-graduação do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), entre 1977 e 1991.
Desde o início da década de 1990, era docente no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), tornando-se, a partir de 2005, professora titular. Foi também coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Mulher (NEPEM) e membro do Conselho de Direitos Humanos da Universidade de Brasília (UnB).
Sua produção acadêmica prioriza a Sociologia Urbana e da Cultura - Gênero, Feminismo, Violência de gênero, e Políticas Públicas, atuando, principalmente, em temas de feminismo, gênero e violência contra a mulher.
De 2008 a 2011 integrou a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Nesse período, foi secretária de Planejamento e Gestão e, em março de 2012, foi nomeada para o cargo de Secretária-executiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), onde permaneceu até janeiro de 2015.
Entre os anos de 2017 e 2018 foi membro do comitê editorial da Editora da Universidade de Brasília (UnB), também participou, como Editora-chefe, da Revista Sociedade e Estado.
Morte
Lourdes Maria Bandeira faleceu no domingo, 12/09/2021, aos 72 anos, em Brasília, DF, vítima de Embolia Pulmonar e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Obras
2019 - Encontros Com a Sociologia - Lourdes Maria Bandeira, Mariza Veloso e Edson Farias (Orgs.)
2012 - Dicionário Temático Desenvolvimento e Questão Social
2007 - A Segurança Pública no Distrito Federal - Lourdes Maria Bandeira e Arthur Trindade Maranhão Costa
2006 - Políticas Públicas e Violência Contra as Mulheres: Metodologia de Capacitação de Agentes Público(a)s - Lourdes Maria Bandeira, Tânia Mara Campos de Almeida
2005 - Mulheres Em Ação: Práticas Discursivas, Práticas Políticas
2004 - Introdução - A Inscrição Policial Nas Teorias Sobre Violência de Gênero e a Escrita Desse Processo - Lourdes Maria Bandeira, Andrea Mesquita de Menezes e Tânia Mara Campos de Almeida
2000 - Politica, Ciência e Cultura em Max Weber - Lourdes Maria Bandeira, Maria Francisca Pinheiro Coelho e Marilde Loiola de Menezes (Orgs.)
1999 - Violência, Gênero e Crime no Distrito Federal - Lourdes Maria Bandeira e Mireya Suárez
1997 - Feminismo e Gênero - Lourdes Maria Bandeira e Deis Elucy Siqueira (Org.)
1995 - A Historia de Vida de Elisabeth Teixeira: Uma Líder Camponesa - Lourdes Maria Bandeira e R. Godoy
Antônio Carlos Moraes Pires, mais conhecido como Moraes Moreira, foi um cantor, compositor e instrumentista, nascido em Ituaçu, BA, em 08/07/1947. Era ex-integrante do grupo Novos Baianos, mas estava em carreira solo desde 1975.
Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos de Ituaçu, BA, o "Portal da Chapada Diamantina". Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, BA.
Mudou-se para Salvador e lá conheceu Tom Zé, e também entrou em contato com o rock n' roll. Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, formou o conjunto Novos Baianos, onde ficou de 1969 a 1975.
Juntamente com Luiz Galvão, foi compositor de quase todas as canções do Grupo. O álbum "Acabou Chorare", lançado pela banda em 1972, foi considerado pela revista Roling Stone Brasil em primeiro lugar na lista dos 100 melhores álbuns da história da música brasileira divulgado em 2007.
Moraes Moreira possui 40 discos gravados, entre Novos Baianos, Trio Elétrico Dodô e Osmar e ainda dois discos em parceria com o guitarrista Pepeu Gomes. Moraes Moreira se enquadrava entre um dos mais versáteis compositores do Brasil, misturando ritmos como frevo, baião, rock, samba, choro e até mesmo música erudita.
Em dezembro de 2015, o grupo Novos Baianos anunciou um retorno com a formação original.
Moraes Moreira homenageado no programa Som Brasil em 2009.
Carreira Solo
Moraes Moreira saiu em carreira solo no ano de 1975, e desde então lançou mais de 20 discos. Na sua carreira solo, destacou-se como o primeiro cantor de trio elétrico, cantando no Trio de Dodô e Osmar, e lançou diversos sucessos de músicas de carnaval, no que se convencionou chamar de "Frevo Trieletrizado". Alguns dos sucessos dessa fase são "Pombo Correio", "Vassourinha Elétrica", "Bloco do Prazer", dentre outras.
Durante os anos 80 se afastou um pouco do carnaval baiano, devido a sua comercialização para a indústria do turismo.
Em 1994 gravou "O Brasil Tem Concerto", influenciado pela música erudita, e no ano seguinte gravou o "Moraes Moreira Acústico MTV", mais tarde transformado em CD e DVD.
Em 1997, gravou um disco carnavalesco em que comemora seus 50 anos, 50 carnavais e dois anos depois, em 1999, lançou o disco "500 Sambas" em homenagem aos 500 anos de descobrimento do Brasil.
No ano 2000 lançou o disco "Bahião com H", tocando o baião com seu característico sotaque baiano.
Novos Baianos
Em 2003 completou sua trilogia que tinha como tema o Brasil, que incluíu os três álbuns "Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira" (1979), "O Brasil Tem Concerto" (1994) e "Meu Nome é Brasil" (2003).
Em 2005 lançou independentemente o surpreendente disco "De Repente", misturando hip hop com repente nordestino e o swing característico de seu violão.
Em 2008, Moraes Moreira lançou o livro "A história dos Novos Baianos e Outros Versos" em que conta a história do grupo em literatura de cordel e curiosidades sobre as músicas de sua carreira solo, e saiu em turnê pelo Brasil com o show homônimo, tocando os maiores sucessos de sua carreira e recitando trechos do livro, que em 2009 foi transformado em DVD e CD.
Em 2012, Moraes Moreira gravou o disco "A Revolta dos Ritmos", um disco com 12 composições inéditas dele. Paralelo ao novo CD, viajou pelo Brasil, ao lado do seu filho Davi Moraes, com uma turnê comemorando os 40 anos do disco "Acabou Chorare". A princípio seria apenas um show, mas devido ao grande sucesso a turnê foi criada e fez uma série de shows.
Sua música "O Caminhão da Alegria" acabou virando alcunha do Sport Club do Recife, na década de 1980, e é sempre tocada antes dos jogos do clube pernambucano na Ilha do Retiro.
Morte
Moraes Moreira faleceu na segunda-feira, 13/04/2020, aos 72 anos, em sua casa no Rio de Janeiro, enquanto dormia. A causa da morte ainda é desconhecida.
O corpo de Moraes Moreira foi encontrado pela manhã no apartamento em que ele morava na Gávea, no Rio de Janeiro. O artista vivia sozinho.
Discografia
1975 - Moraes Moreira (Som Livre)
1977 - Cara e Coração (Som Livre)
1978 - Alto Falante (Som Livre)
1979 - Lá vem o Brasil Descendo a Ladeira (Som Livre)
1980 - Bazar Brasileiro (Ariola)
1981 - Moraes Moreira (Ariola)
1982 - Coisa Acesa (Ariola)
1983 - Pintando o Oito (Ariola)
1984 - Mancha de Dendê Não Sai (Ariola)
1985 - Tocando a Vida (CBS)
1986 - Mestiço é Isso (CBS)
1988 - República da Música (CBS)
1988 - Baiano Fala Cantando (CBS)
1990 - Moraes e Pepeu (Warner Music)
1994 - Moraes e Pepeu - Ao Vivo no Japão (Warner Music)
1991 - Cidadão (Sony Music)
1993 - Terreiro do Mundo (Polygram)
1993 - Tem um Pé no Pelô (Som Livre)
1994 - O Brasil Tem Conserto (Polygram)
1995 - Moraes Moreira Acústico MTV (EMI-Odeon)
1996 - Estados (Virgin)
1997 - 50 Carnavais (Virgin)
1999 - 500 Sambas (Abril Music)
2000 - Bahião Com H (Atração Fonográfica)
2003 - Meu Nome é Brasil (Universal)
2005 - De Repente (Rob Digital)
2009 - A História dos Novos Baianos e Outros Versos (Biscoito Fino)
Artista Plástico, Desenhista, Cartunista, Compositor, Educador, Apresentador de Televisão e Escritor
☼ Rio de Janeiro, RJ (30/05/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/03/2020)
Daniel Azulay foi um artista plástico, educador com vasta e diversificada atuação na Imprensa e na televisão como desenhista, compositor, autor de livros infantojuvenis e videogames interativos, criador da Turma do Lambe-Lambe, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 30/05/1947.
Em 1968, criou a tira de jornal "Capitão Cipó", publicada no jornal Correio da Manhã.
Desenhista autodidata, Daniel Azulay formou-se em direito pela Universidade Cândido Mendes em 1969.
Daniel Azulay foi um dos criadores da vinheta de abertura do Jornal Nacional de 1972-1974. No final dos anos 70 apresentou um dos quadros do programa infantil "Pirlimpimpim", que era transmitido pelas emissoras educativas como a TV Cultura e a TVE. Entre outros, também fazia parte do programa, com bastante popularidade, o quadro "Mãos Mágicas".
Em 1975, lançou a "Turma do Lambe-Lambe", sendo precursor em 1976 apresentando durante dez anos seguidos, programas de televisão educativos e inteligentes para o público infantil.
Premiado na Grécia, em 1975, na exposição internacional de caricaturas em Atenas com sua charge contra o autoritarismo e o fascismo, charge esta, que só foi publicada no Brasil 10 anos depois em um livro do professor Darcy Ribeiro"Aos Trancos e Barrancos" (Capítulo - O Golpe de 64), devido a força da representação contra todo tipo de opressão, sua publicação foi impedida na época pelo então governo militar.
A "Turma do Lambe-Lambe" era formada por um grupo de personagens infantis criado por Daniel Azulay: o sábio Professor Pirajá; a galinha cozinheira, Xicória; a sonhadora Ritinha; o tagarela e o grande mágico Pipa; o tímido Piparote; a arteira Damiana; o malabarista Tristinho e a vaquinha vaidosa e metida a cantora, Gilda.
Entre os quadros que encantavam a garotada estava o que ensinava a desenhar e a fazer dobraduras (Origami), e confecção de brinquedos feitos com materiais reciclados, sendo o pioneiro neste tipo de trabalho, incentivando a imaginação infantil e se preocupando também com a reciclagem destes materiais para a preservação da nossa natureza.
Muitos artistas se apresentaram no programa como Barão Vermelho, Roupa Nova, Olívia Hime e Moraes Moreira. No encerramento do programa, Daniel Azulay se despedia da criançada dizendo: "Fiu, algodão doce pra vocês!".
Daniel Azulay influenciou de forma construtiva a geração dos anos 1980 que aprendeu com ele a desenhar, construir brinquedos com a sucata doméstica, e a importância da reciclagem e sustentabilidade em defesa do meio ambiente.
Isso tudo resultou em sucesso para a "Turma do Lambe-Lambe" na forma de livros, produtos licenciados, shows de teatro e discos musicais, e para Daniel Azulay, que acumulou prêmios nacionais e internacionais.
Com suas roupas de moleque traquina, sorriso simpático e voz aguda, Daniel Azulay era o meninão que agradava aos pais e cativava a meninada como se fosse o amigo mais velho dos pequenos.
No início dos anos 1980, foi para a TV Bandeirantes e continuou até 1992 divertindo as crianças em esquetes que incluíam atores vestidos como os personagens.
As revistas em quadrinhos foram publicadas no Brasil pela editora Abril, entre 1982 a 1984. Foram 20 edições. É interessante notar que, como não era Daniel Azulay quem desenhava as HQs do gibi - em todas as 20 edições lançadas - e a equipe do Estúdio de Quadrinhos da Editora Abril assumira a arte, alguns personagens coadjuvantes se pareciam com os figurantes que costumavam fazer pontas nas histórias da Disney produzidas no Brasil.
O humor ingênuo das HQs, bem ao gosto de seu público-alvo, certamente não despertava o interesse dos adultos, na época. No entanto, passados quase 30 anos de sua chegada às bancas, ganhou um gosto de saudade capaz de fazer qualquer marmanjo escancarar um largo sorriso de reverência aos bons tempos de infância.
Dedicou-se ainda a produção independente de televisão e de home-vídeos para toda América Latina. Sua versão da estória de Chapeuzinho Vermelho, foi exibido no Disney Channel de Miami e foi presenteado pelo próprio Daniel Azulay à princesa Anne da Inglaterra em 1987.
Daniel Azulay viajou pelo oriente médio e teve os seus cartuns publicados nos Estados Unidos, sendo o primeiro artista brasileiro admitido no National Cartoonists Society. Convidado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, desenhou selos, carimbos e aerogramas de Natal, divulgando a imagem do Brasil no exterior, ilustrou a produção gráfica e artística para os congressos da American Society Of Travel Agents (ASTA) realizados pelo Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR).
Personalidade do Ano Internacional da Criança, foi convidado pelo governo americano para representar o Brasil no International Symposium Of Books And Broadcasting For Children. Promoveu o Prêmio de Literatura Infantil na Dinamarca sendo ainda recebido pelas crianças dinamarquesas que traziam a bandeira brasileira na Legoland em Billund.
Em 2000, recebeu o prêmio Voluntário do Ano, na categoria artista.
"Sempre encarei meu trabalho de forma lúdica e solidária para com os menos favorecidos: os que não têm o que comer, os que não sabem o que é auto-estima e perderam a fé na vida. Recuperar o interesse dessas pessoas para uma atividade construtiva e de capacitação profissional através da arte é mais do que gratificante!"
(Disse Daniel Azulay na época do prêmio)
O esforço que realizava com um programa dedicado às crianças, era complementado com o trabalho voluntário que prestava para as Aldeias SOS, instituição que assiste a população carente no Brasil e no exterior.
Daniel Azulay também realizou trabalhos e campanhas sociais para a United Nations Children's Fund (UNICEF); Campanha Ação Contra a Fome (Betinho IBase); McDonald`s (McDia Feliz); Movimento Sorrio; Fundação S. Martinho; Hospital Miguel Couto; Hemorio; Hospital do Câncer/ INCA e Instituto Padre Severino.
Desenvolveu seu projeto de Oficina de Desenho e se lançou na produção de micros e vídeo-games em um evento pioneiro na América Latina. Como pintor realizou exposições com obras adquiridas por vários colecionadores e empresas.
O trabalho de Daniel Azulay teve como prioridade o incentivo da criatividade das nossas crianças, a eterna preocupação com a preservação da natureza e o sonho de patriotismo com a criação de personagens genuinamente brasileiros. Consolidou a expansão de várias unidades do curso no Rio de Janeiro da sua Oficina de Desenho Daniel Azulay.
A Oficina de Desenho Daniel Azulay procura incentivar a expressão criativa através da arte de desenhar. O método desenvolvido por Daniel Azulay busca motivar os alunos, utilizando um espaço bonito, alegre e colorido, especialmente criado com esse objetivo.
Durante as aulas, as crianças embarcam numa viagem de aventura, passando por vários cenários que acendem a imaginação, de forma espontânea. Segundo Daniel Azulay, a assimilação dos temas estimula o processo de criação através do Alfabeto Visual (Trabalhado no 1º ano do curso).
Trabalhando de forma lúdica e passo a passo, a auto-confiança e a criatividade dos alunos vão sendo desenvolvidas, bem como as noções de disciplina, responsabilidade e pontualidade.
Utilizando gravações em vídeo, Daniel Azulay apresentava os temas de cada lição. Presente na sala de aula, por sua vez, a Amiga Desenhista (Facilitadora) orientava, desenhava, estimulava, esclarecia dúvidas e brincava com as crianças. Ela as ensinava também a utilizar corretamente os exclusivos Banco de Idéias e Folha do Jardineiro.
A Oficina de Desenho Daniel Azulay procurava motivar através da diversão e tinha como objetivo desenvolver os lados criativo, cognitivo, psíquico, emocional, motor e cultural dos alunos.
Em 2009, ensinou desenho em vídeos para o site UOL, fez especiais pro Canal Futura e chegou a participar da TV Rá-Tim-Bum.
Em 2013, lançou o site Diboo (www.diboo.com.br), um curso de desenho online para crianças.
Daniel Azulay e a Turma do Lambe-Lambe na TVE do Rio
Personagens da Turma do Lambe-Lambe
Damiana: Muito alegre, intrometida e arteira. Especialista em provocar confusões, está sempre inventando uma maneira diferente de fazer as coisas. É capaz de fazer o impossível para ajudar os outros.
Pita: Alegre, vivo e tagarela. Quer ser um grande mágico, mas não tem o menor jeito. Adora meter o nariz onde não é chamado, por essa razão vive se metendo em confusões.
Gilda: Vaidosa e sentimental, é a cantora da Turma do Lambe- Lambe cujo talento exercita nos seus banhos de banheira. Como dona de casa é muito desastrada e péssima cozinheira. Compra tudo o que vê nos anúncios de televisão e adora andar na moda, sem se dar conta da cafonice de suas roupas esquisitas.
Piparote: O mais tímido da turma. Sonha em ser um domador de leões, mas tem pavor de cachorros. Pita é o seu grande companheiro de travessuras.
Prof. Pirajá: O sábio que conhece diversas ciências e a linguagem dos animais. Habilidoso engenheiro, transformou uma árvore da Floresta Amazônica em seu refúgio particular, e num laboratório de pesquisas científicas. É também defensor da Ecologia.
Ritinha: Tem sonhos de ter um negócio próprio. Vive dando asas a sua imaginação de empresária e comerciante. Muito gulosa, adora sorvetes, doces, etc…
Tristinho: Malabarista do Circo Lambe-Lambe. O astro do picadeiro, é trapezista, tratador de animais, equilibrista e grande companheiro de todos na turma.
Xicória: Uma galinha simpática e ótima cozinheira. Mora na árvore do Prof. Pirajá, onde é sua secretária, servindo, às vezes, de cobaia em suas pesquisas.
Morte
Daniel Azulay faleceu na tarde de sexta-feira, 27/03/2020, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima no Coronavírus. Daniel Azulay estava internado havia duas semanas no CTI da Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele lutava contra uma leucemia e estava internada tratando da mesma quando contraiu o Covid-19.
Exposições e Eventos Internacionais
1968 - Montreal Exhibition, Canadá;
1969 - 33° Salon International d’Humoristes - Bruxelas, Bélgica;
1970 - Recebeu menção honrosa em exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) com seus primeiros trabalhos gráficos em caleidoscópios de acrílico no Salão da Bússola;
1970 - Participou de exibição no Salone lnternazionale dei Comics - Lucca, Itália;
1973 - Produziu o álbum "Jerusalém/Desenhos de Humor", resultado de sua viagem a Israel;
1974 - Expôs desenhos de Jerusalém na Galeria lpanema, no Rio de Janeiro e no Gabinete de Artes Gráficas em São Paulo;
1975 - Agraciado com o 1º lugar na lnternational Cartoon Exhibition Athens - Atenas, Grécia e teve seu desenho publicado na capa do catálogo da exposição;
1977 - Produziu cartões, aerogramas e selos comemorativos para os Correios;
1977 - Ilustrou cartazes do Congresso da ASIA realizados pela Embratur;
1979 - Representou o Brasil, a convite dos Estados Unidos no lnternational Symposium Of Books And Broadcasting for Chilldren;
1989 - Exposição organizada pelo Consulado Britânico no Hotel Rio Palace, no Rio de Janeiro. A exposição contou com a presença da Princesa Anne.
Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa, mais conhecido como Valdir Espinosa, foi um técnico e ex jogador de futebol que atuava como lateral-direito, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 17/10/1947.
Entre as maiores conquistas de Valdir Espinosa estão a Taça Libertadores da América e a Taça Intercontinental com a equipe do Grêmio, ambos em 1983, além do Campeonato Carioca de 1989 pelo Botafogo.
Valdir Espinosa trabalhou como auxiliar de Renato Gaúcho no Vasco da Gama, quando este assumiu o comando da equipe em 2005. Permaneceu no clube até o treinador principal ser demitido, em maio de 2007.
No mesmo ano regressou ao Vasco da Gama, que, após um bom começo no Campeonato Brasileiro, passava por um período de poucas vitórias. Agora como treinador principal, Valdir Espinosa encontrou pela frente o desafio de recuperar a equipe, afastando de vez as possibilidades de ser rebaixada e conseguir uma vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte.
Nas seis partidas que esteve no comando da equipe, venceu três, empatou duas e perdeu uma. O desempenho foi suficiente para garantir a vaga para a Sul-Americana, terminando a competição em 10º. Após o fim do campeonato o treinador decidiu não renovar o contrato e pôs fim nas especulações de que poderia continuar para 2008.
Em 2009, Valdir Espinosa foi auxiliar técnico de Renato Gaúcho no Fluminense.
No dia 12/02/2010, Valdir Espinosa anunciou sua aposentadoria como treinador e também no ramo do futebol mas desistiu, retornando como novo comandante do Duque de Caxias. Mas devido a péssima campanha na série B, foi demitido em julho de 2010.
Fora das quatro linhas, Valdir Espinosa trabalhou como comentarista nos canais Sportv e PFC, entre 2008 e 2009.
Em 2010 foi comentarista na Rádio Manchete e foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Em 2012, Valdir Espinosa voltou a ser comentarista, dessa vez na Rádio Globo.
Valdir Espinosa foi coordenador técnico do Grêmio desde a volta de Renato Gaúcho como técnico da equipe em 2016 até sua demissão em 10/08/2017.
Em 12/12/2019, foi anunciado como gerente de futebol do Botafogo do Rio de Janeiro, seu último trabalho.
Morte
Valdir Espinosa faleceu na manhã de quinta-feira, 27/02/2020, devido a complicações causadas por uma cirurgia no abdômen realizada no dia 17/02/2020. Entretanto, devido à mal sucedida recuperação, foi internado novamente no dia 20/02/2020, porém não resistiu.
Posteriormente foi revelado que Valdir Espinosa vinha lutando há vários meses contra um câncer no intestino.
O velório de Valdir Espinosa ocorreu na tarde e noite de quinta-feira, 27/02/2020, no salão nobre de General Severiano, sede do Botafogo, onde ele trabalhava atualmente como gerente de futebol e clube com o qual tinha grande identificação desde a conquista do título do Campeonato Carioca de 1989.
Valdir Espinosa foi sepultado na manhã de sexta-feira, 28/02/2020, no Memorial do Rio de Janeiro, em cerimônia somente com amigos e parentes.
Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth Carvalho, foi uma cantora, compositora e instrumentista, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/05/1946.
Nascida no bairro da Gamboa, criada no Catete, Laranjeiras, Urca, Ipanema, Leblon e Botafogo, bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro.
Participou ainda criança do programa "Trem Da Alegria", da Rádio Mayrink Veiga e estudou na Escola Nacional de Música.
Beth Carvalho era filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho. Tinha uma única irmã, chamada Vânia Santos Leal de Carvalho.
Decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão da mãe. Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai, que era advogado. Sua avó, Ressú, tocava bandolim e violão. Sua mãe tocava piano clássico. Sua irmã, Vânia, cantava e gravou discos de samba.
Beth Carvalho fez balé por toda infância e na adolescência estudou violão, numa escola de música. Seguindo essa área, se tornou professora de música e passou a dar aulas em escolas locais.
Morou em vários bairros do Rio de Janeiro e seu pai a levava com regularidade aos ensaios das escolas e rodas de samba, onde ela dançava em apresentações. Nas festas e reuniões musicais com seus amigos, nos anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova, gênero que ela passou a gostar, escrevendo letras e cantando.
Em 1964, seu pai foi cassado pelo regime militar por ter pensamentos de esquerda. Para segurar a barra pesada que sua família enfrentou durante esse período, Beth Carvalho voltou a dar aulas de violão, dessa vez para 40 alunos.
Graças à formação política recebida de seus pais, Beth Carvalho era uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de outros povos. Um exemplo recente foi a conquista, ao lado do cantor Lobão e de outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito no mundo: A numeração dos discos.
Em 1979, Beth Carvalho se casou com Édson de Souza Barbosa, craque do futebol brasileiro. Revelado pelo Bonsucesso RJ, jogou pelo Corinthians, São Paulo e Palmeiras. No dia 22/02/1981 nasceu sua primeira e única filha, Luana, nome escolhido pelo pai. Luana Carvalho é atriz e cantora, se espelhando no sucessos de sua mãe. Em entrevistas, Beth Carvalho confessou que ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida. Poucos anos após o nascimento da filha, separou-se do marido. Depois dele, casou-se outras vezes e teve novos namorados.
Carreira
Beth Carvalho decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão de sua mãe. Sua avó tocava violão e bandolim e seu pai era amigo de pescaria de Sílvio Caldas. Sua casa era frequentada por Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, entre tantos cantores, cantoras e compositores da época.
Levada por sua irmã mais velha, frequentava as rodas de samba, festas e pagodes nos quintais suburbanos do Rio de Janeiro. Sofreu forte influência da Bossa Nova e do compositor Tom Jobim.
Em 1961, participou de diversos shows de Bossa Nova em colégios e faculdades da Zona Sul do Rio de Janeiro. Por essa época, apresentou-se em vários festivais universitários de música.
Em 1965, gravou o primeiro disco, um compacto simples com a música "Por Que Morrer De Amor?" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).
Em 1966, participou dos espetáculos Música Nossa, - fundado pelo jornalista Armando Henrique, e pelo hoje, maestro Hugo Bellard. - ao lado de Tibério Gaspar e Egberto Gismonti. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções "O Som e o Tempo", no Long Play (LP) do Música Nossa.
Por essa época, com Nelson Cavaquinho, Zé Keti e o grupo Os Cinco Crioulos, participou do show "A Hora E A Vez Do Samba". Fez parte do conjunto 3-D, juntamente com Antonio Adolfo, Chico Batera, Hélio Delmiro e Luís Eduardo Conde. Com esse conjunto, gravou pela Copacabana Discos o LP "Muito Na Onda".
No ano de 1967, no Festival Internacional da Canção (FIC), interpretou "Caminhada" (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar). Nesta época ela gravou com o cantor Taiguara, pela gravadora Emi-Odeon.
Em 1969, com os Golden Boys, defendeu a música "Andança" (Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi), classificando-se em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção, da TV Globo. Gravou o primeiro LP, "Andança", pela Odeon e participou do IV Festival Internacional da Canção interpretando "A Velha Porta" (Beth Carvalho, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós). Ainda neste ano, representou o Brasil na Olimpíada da Canção, na Grécia, interpretando "Rumo Sul" (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós).
Em 1971, estreou como sambista gravando "Rio Grande Do Sul Na Festa Do Preto-Forro", um autêntico samba-enredo da Unidos de São Carlos. Logo a seguir, lançou pela Tapecar o compacto simples "Amor, Amor, Amor", samba do Bloco Carnavalesco Bafo da Onça.
No ano de 1973, gravou o LP "Canto Para Um Novo Dia". Para este disco fez a adaptação da composição "Sereia", do folclore baiano. A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como "1.800 Colinas", "Saco De Feijão", "Olho Por Olho", "Coisinha Do Pai", "Firme E Forte", "Vou Festejar", "Acreditar" e "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço".
Em 1974, lançou o disco "Pra Seu Governo", dedicado à amiga Elizeth Cardoso, no qual despontou o seu primeiro grande sucesso, a composição "1.800 Colinas" (Gracia do Salgueiro). O sucesso foi tanto, que o disco foi editado na França, onde foi convidada a fazer temporadas em boates parisienses. Voltando ao Brasil, apresentou-se com o grupo A Fina Flor do Samba.
No ano de 1975, Martinho da Vila compôs em sua homenagem "Enamorada Do Samba", que a cantora incluiu no LP "Pandeiro E Viola", lançado pela Tapecar neste mesmo ano. Logo depois, surgiu uma série de títulos que ela colecionou através dos anos: "Diva do Samba", dado por Zuza Homem de Mello, "Rainha do Samba", por Rildo Hora, "Rainha dos Terreiros", carinhosamente chamada por Elifas Andreato, e "Madrinha", por quase todos os sambistas novos e antigos.
Ainda em 1975 sua interpretação para "As Rosas Não Falam", composição inédita de Cartola, foi incluída na novela "Duas Vidas", da TV Globo. Na década de 1970, juntamente com Alcione e Clara Nunes, formou o que os críticos chamaram de "O ABC do Samba", título dado às três cantoras pela importância destas no cenário musical brasileiro, principalmente no samba.
Em 1977, vendeu cerca de 400 mil cópias do LP "Nos Botequins Da Vida", lançado pela RCA. No disco foram incluídos os sucessos "Saco De Feijão" (Francisco Santana), "O Mundo É Um Moinho" (Cartola) e de "Olho Por Olho" (Zé do Maranhão e Daniel Santos).
No ano de 1978, com produção de Rildo Hora para a RCA, lançou o disco "De Pé No Chão", puxado pelos sucessos "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias), "Goiabada Cascão" (Wilson Moreira e Nei Lopes) e "Agoniza Mas Não Morre" (Nelson Sargento). Este disco, que chegou a vender 500 mil cópias, marcou o surgimento do pagode carioca, um jeito inovador e descontraído de fazer samba, descoberto por ela quando assistia a um ensaio do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, cujos sambistas faziam um ritmo diferente com pandeiro, tamborim, banjo e tantã, instrumentos pouco usados em rodas de samba. Em 1978, Emílio Santiago gravou "Afina O Meu Violão" (Beth Carvalho, Paulinho Tapajós e Edmundo Souto).
Em 1979, eleita a Rainha do Carnaval, a cantora inaugurou o primeiro grande teatro do subúrbio carioca, o Cine-Show Madureira. Com espetáculo previsto para apenas uma semana, o sucesso foi tanto que ficou mais de 20 dias em cartaz, sempre com a casa lotada. A partir daí, passou a ser chamada A Madrinha do Pagode e fez shows por todo o país. Despontou com mais dois sucessos populares: "Coisinha Do Pai" (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos) e a versão para samba de "Andança" (Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi).
Beth Carvalho e Cartola
Em 1980, no LP "Sentimento Brasileiro", incluiu a composição "Canção De Esperar Neném" (Beth Carvalho e Paulinho Tapajós), composta quando estava grávida de sua filha Luana.
No carnaval de 1984, foi homenageada pela Escola de Samba Unidos do Cabuçu, com o enredo "Beth Carvalho - A Enamorada Do Samba".
A composição "Enamorada Do Samba", interpretada por Beth Carvalho e Martinho da Vila, foi incluída no disco duplo "Há Sempre Um Nome De Mulher", em 1988, produzido por Ricardo Cravo Albin.
No início da década de 1990, comemorou 25 anos de carreira com o disco "Pérolas", no qual interpretou clássicos de Adoniran Barbosa, Pixinguinha, Cartola, entre outros.
No ano de 1996, lançou o CD "Brasileira Da Gema" no qual interpretou, entre outras "Vida De Compositor" (Wanderley Monteiro e Álvaro Maciel).
Em 1999, gravou o disco "Pagode De Mesa", realizando o show homônimo em várias casas do Rio de Janeiro. Participou do programa "Tom Brasil", ao lado de outros artistas como Dona Ivone Lara, Walter Alfaiate, João Nogueira, Luiz Carlos da Vila, Nelson Sargento, entre outros. O cenário de Elifas Andreato recriava o clima das rodas de samba frequentada pelos cantores, que só souberam que o programa seria gravado em CD poucos minutos antes do início, o que facultou um registro mais fiel.
Consagrada no Brasil e no exterior, participou por duas vezes do Festival de Montreux, na Suíça. Sua carreira artística faz parte do currículo da Faculdade de Música de Kioto, Japão, onde é considerada um fenômeno da música brasileira.
Beth Carvalho possui 16 discos de ouro, nove de platina e recebeu seis Prêmio Sharp.
No ano 2000, participou do CD "Os Melhores Do Ano II", no qual fez dueto com o grupo Fundo de Quintal. Lançou o disco "Pagode De Mesa 2", pela Indie Records. Neste CD interpretou "Novo Endereço" (Tia Hilda Macedo e Fernando Cerole), "A Comunidade Chora" (Magno de Souza, Maurílio e Edvaldo), "Jequitibá" (Zé Ramos) e "Minha Festa" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). O disco contou com a participação especial do grupo Quinteto em Branco e Preto, formado por jovens sambistas vindos de São Mateus e Santo Amaro, bairros da cidade de São Paulo, na faixa "Melhor Pra Nós Dois" (Magno de Souza, Maurílio e Paquera). Teve vários de seus discos remasterizados para CD, entre eles, "Nos Botequins Da Vida", "De Pé No Chão", "No Pagode" e "Sentimento Brasileiro".
Em 2003, participou do disco "A Flor E O Espinho", de Guilherme de Brito, lançado pela gravadora Lua Discos, no qual interpretou, em dueto com o anfitrião, a faixa "Folhas Secas", e ainda lançou o CD "Pagode De Mesa 2 Ao Vivo", pela gravadora Indie Records. No disco, acompanhada pelo grupo Quinteto Em Branco e Preto e gravado em show apresentado em São Paulo, foram incluídos clássicos como "Coração Leviano" (Paulinho da Viola), "Morrendo De Saudade" (Wilson Moreira e Nei Lopes), "Água De Chuva De Mar" (Carlos Caetano, Wanderley Monteiro e Gerson Gomes), "Acontece" (Cartola), "Firme E Forte" (Efson e Nei Lopes), "Novo Endereço" (Tia Hilda Macedo e Fernando Cerole) e "Natal Diferente" (Arlindo Cruz e Sombrinha).
Ainda em 2003, lançou o CD "Beth Carvalho Canta Cartola", coletânea de vários sucessos do imortal sambista mangueirense por ela interpretados em seus discos. No disco, produzido pelo crítico musical e escritor Rodrigo Faour, foram incluídas "Camarim", "Consideração", "Motivação", "Cordas De Aço", "Acontece", "O Mundo É Um Moinho", entre outras. Ao lado de Eliane Faria, Xangô da Mangueira, Délcio Carvalho, Diogo Nogueira, Dalmo Castelo, Wilson Moreira, Nelson Sargento, Nei Lopes e Áurea Martins, foi uma das estrelas convidadas para o show de lançamento do disco "Maxixe Não É Samba", de Vó Maria, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.
Em 2004 foi a convidada do compositor baiano Riachão no projeto "Da Idade Do Mundo", no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Neste mesmo ano gravou o primeiro DVD da carreira. Intitulado "Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba". O DVD foi gravado no Canecão, onde a cantora reuniu três gerações do samba para a gravação. Além de interpretar alguns de seus maiores sucessos, entre eles, "Andança" (Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), "As Rosas Não Falam" (Cartola) e "Meu Guri" (Chico Buarque), recebeu diversos convidados, acompanhados pela banda integrada por Mauro Diniz (cavaco), Carlinhos Sete Cordas (violão de sete cordas) e os percussionistas Marcelinho Moreira, Jaguara e Marcos Esguleba. Entre os convidados destacavam-se Zeca Pagodinho em "Camarão Que Onda Leva" (Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço); Monarco e a Velha-Guarda da Portela em "Passarinho" (Chatim), "Saco De Feijão" (Chico Santana) e "A Chuva Cai" (Argemiro da Portela e Casquinha da Portela); Dona Ivone Lara em "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço" (Dona Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho); Nicolas Krassik, violinista francês, em "Folhas Secas" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito); Nelson Sargento em "Agoniza Mas Não Morre" (Nelson Sargento); Luiz Carlos da Vila em "Pra Conquistar Seu Coração" (Luiz Carlos da Vila e Wanderley Monteiro) e Teresa Cristina em "Argumento" (Paulinho da Viola). Também participaram do DVD, que chegou à marca de 50 mil cópias vendidas, Arlindo Cruz, Almir Guineto, Sombrinha e Quinteto em Branco e Preto.
No ano de 2005 lançou o CD "Beth Carvalho E Amigos", no qual foram compiladas algumas gravações de discos anteriores, tanto seus, como de seus amigos. No disco foram incluídas participações de Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Martinho da Vila, Nelson Cavaquinho, Dona Ivone Lara, Golden Boys, Nelson Gonçalves, Paulinho Tapajós, Mestre Marçal, Grupo Fundo de Quintal, Chico Buarque, Caetano Veloso, Fagner e Mercedes Sosa. Neste ano apresentou-se no Festival de Montreux. Ainda em 2005 fez show no Dia Nacional do Samba no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual recebeu como convidados Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, Dona Ivone Lara, Vó Maria, Jongo da Serrinha, representado pela jongueira Dona Maria de Lourdes e 50 músicos e bailarinos, incluindo 10 crianças, Monarco, Nélson Sargento, Darcy da Mangueira, Ary do Cavaco, Sombrinha, Quinteto em Branco e Preto, Diogo Nogueira e o grupo Partideiros do Cacique de Ramos. O show foi gravado em CD e DVD e inaugurou o selo Andança, da própria Beth Carvalho.
No ano de 2006 apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde montou uma autêntica roda de samba carioca. Festejou o aniversário de 60 anos em um show no Canecão, onde recebeu diversos convidados, entre os quais Noca da Portela, Monarco, Arlindo Cruz e Sombrinha. Na Lapa, centro do Rio de Janeiro, fez show ao lado de Luiz Melodia e a Orquestra Imperial no evento comemorativo Semana de Consciência Negra. Neste mesmo ano apresentou-se no projeto MPB meio Dia Em Ponto, no Teatro SESC Ginástico, sendo entrevistada por Ricardo Cravo Albin, cantando seus maiores sucessos e falando sobre sua carreira. Ainda em 2006 gravou, no Teatro Castro Alves em Salvador, o CD ao vivo "Beth Carvalho Canta O Samba Da Bahia".
O disco foi lançado no ano de 2007 em show no Canecão, no Rio de Janeiro. Na ocasião, gravou o DVD com 30 faixas (Conspiração Filmes), ambos lançados por seu selo musical Andança e distribuído pela gravadora EMI. No CD, com 18 faixas, recebeu diversos convidados do samba baiano, entre os quais Daniela Mercury em "Chiclete Com Banana" (Gordurinha); Riachão em "Cada Macaco No Seu Galho" (Riachão) e "Vai Morar Com O Diabo" (Riachão); Armandinho em "O Ouro E A Madeira" (Ederaldo Gentil); Marienne de Castro em "Raiz" (Roberto Mendes); Ivete Sangalo em "Brasil Pandeiro" (Assis Valente) e "Dindinha Lua" (Walmir Luna e João Rios); Walter Queirós e Ivete Sangalo em "Filhos da Bahia" (Walter Queirós); Gilberto Gil em "Mancada"; Carlinhos Brown em "Hora Da Razão" (Batatinha); Maria Bethânia em "É De Manhã" (Caetano Veloso); Caetano Veloso em "Desde Que O Samba É Samba" (Caetano Veloso e Gilberto Gil) e ainda Margareth Menezes, a bateria do Bloco Afro Olodum, além de pot-pourri de sambas-de-roda acompanhada pelas Baianas do Gantois e as Baianas de Santo Amaro. O ícone Dorival Caymmi, a quem o CD é dedicado, também foi homenageado nas faixas "Oração À Mãe Menininha", "Samba Da Minha Terra", "João Valentão" e "Maracangalha", esta última com a participação especial de Danilo Caymmi. No DVD, com direção de Lula Buarque de Hollanda (Conspiração Filmes), também foram incluídas outras tantas composições, entre as quais "Siriê" (Edil Pacheco e Paulo Diniz); "Ilha De Maré" (Walmir Lima e Lupa); "Verdade" (Nelson Rufino e Carlinhos Santana); "Samba Pras Moças" (Roque Ferreira e Grazielle Ferreira) e "Ê Baiana" (Baianinho, Fabrício da Silva, Miguel Pancrácio e Ênio Santos Ribeiro). Neste mesmo ano participou, ao lado de vários artistas, como Martinho da Vila, Alcione, Zeca Pagodinho, Nelson Sargento, Ivete Sangalo, Jair Rodrigues, Velha-Guarda da Portela, ente outros, da gravação do primeiro CD e DVD "Cidade Do Samba", do Selo ZecaPagodiscos (Universal Music), no qual fez dueto com Diogo Nogueira na faixa "Deixa A Vida Me Levar" (Serginho Meriti e Eri do Cais). O evento foi apresentado por Ricardo Cravo Albin e contou com a arranjos e produção musical de Rildo Hora, sendo gravado na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Ainda em 2007 iniciou um programa musical na TVE Brasil, com direção de Belisário França, no qual homenageava um grande compositor do nosso cancioneiro.
Em 2011 apresentou-se no SESC Rio "Oi Noites Cariocas", no Píer Mauá, RJ, após um ano e meio afastada dos shows por problemas de saúde. Neste show, em que cantou grandes sucessos que fizeram parte de sua carreira, contou com as participações de Martinho da Vila, Fundo de Quintal e Mariene de Castro. Nesse mesmo ano foi lançada, pelo selo Discoberta, a caixa com cinco CDs, "Primeiras Andanças", que documenta a primeira década, correspondente aos anos de 1965 à 1975, da carreira discográfica da cantora. Essa coletânea, produzida por Marcelo Fróes, inclui as reedições dos três primeiros álbuns de samba de sua carreira, (gravados entre 1973 e 1975, e os volumes "Anos 60" e "Anos 70", com canções que a cantora gravou para os Festivais da MPB. Comandou o "Show do Trabalhador", em comemoração ao Dia do Trabalho, ao lado dos músicos Dirceu Leite (sopro), Jorge Gomes (bateria), Carlinhos Sete Cordas (violão de 7 cordas), Charlles da Costa (violão de 6 cordas), Marcio Vanderlei (cavaquinho), Paulinho da Aba (pandeiro), Marcelo Pizzott (repique), Pirulito (percussão) Chá Chá Chá (surdo) e Beloba (tantan). Este evento, realizado na Quinta da Boa Vista, contou com as participações de Nelson Sargento, Monarco e Dudu Nobre. Ainda em 2011, recebeu uma homenagem na Academia Brasileira de Letras, sendo convidada para a Merenda Acadêmica, evento criado para aproximar da Academia figuras expressivas dos segmentos artísticos, empresariais, esportivos, da qual participaram, na ocasião, os imortais Marcos Vinicius Vilaça e Ana Maria Machado.
Em 2012 seu disco "Nosso Samba Tá Na Rua" conquistou o prêmio de Melhor Álbum de Samba na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O mesmo disco recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode. Foi homenageada pela Velha Guarda da Mangueira com os CDs "Homenagens Vol. 1 e Vol. 2" (2012), que foram dedicados à Madrinha Beth Carvalho. Ainda em 2012 a gravação que fez de "O Mundo É Um Moinho" (Cartola), foi incluída na trilha sonora da novela "Lado a Lado", da TV Globo.
Em 2013 voltou aos palcos do Vivo Rio, no Rio de Janeiro, depois de meses hospitalizada por conta de um problema na coluna. Durante o período de internação gravou, dentro de seu quarto no hospital, participações nos CDs de sua sobrinha Lu Carvalho, do cantor Léo Russo e em um disco de inéditas de Dona Ivone Lara. Beth Carvalho foi uma das atrações principais do Palco Santa Clara montado na Praia de Copacabana, para as comemorações do Réveillon de 2014, no Rio de Janeiro.
Em 2014 apresentou o show "Ensaio Aberto" no Centro Cultural João Nogueira - Imperator, no Rio de Janeiro, para a escolha do repertório do DVD que gravou ao vivo três dias depois, em show no Parque Madureira, também no Rio de Janeiro. Foi consultora de José Maurício Machiline para o roteiro do show do Prêmio da Música Brasileira, homenageando o samba. Também integrou o elenco fixo da turnê do prêmio, que estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e passou pelos Estados do Maranhão, Minas Gerais, Pará, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Participou do "Sambabook Zeca Pagodinho", lançado nos formatos CD duplo, DVD e blu-ray pelo selo Zeca PagoDiscos/ Universal Music, em 2014. Na ocasião, interpretou "Lama Nas Ruas" (Almir Guineto e Zeca Pagodinho). Apresentou-se na cerimônia da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, homenageando o gênero samba, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na ocasião interpretou "Preciso Me Encontrar" (Candeia), "O Sol Nascerá" (Cartola e Elton Medeiros) e "Juízo Final" (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares). Participou da turnê especial da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, em homenagem ao gênero samba. O registro do show, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi lançado em CD e DVD pelo selo Universal Music. Ainda em 2014 lançou o CD e DVD "Beth Carvalho Ao Vivo No Parque Madureira", lançado pelo seu selo Andança em parceria com a Som Livre e o Canal Brasil. O disco incluiu sucessos que ficaram conhecidos em sua voz como "São José De Madureira" (Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho), "Senhora Rezadeira" (Dida da Portela e Dedé), "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci) e músicas inéditas em sua voz como "Estranhou O Quê?" (Moacyr Luz), "Meu Lugar" (Arlindo Cruz e Mauro Diniz), "Se A Fila Andar" (Toninho Geraes e Paulinho Rezende), entre outras.
Em 2015 compareceu à estreia do espetáculo em sua homenagem "Andança - Beth Carvalho, O Musical", na teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, com texto de Rômulo Rodrigues, direção de Ernesto Piccolo e direção musical de Rildo Hora. O musical biográfico pôs em cena a trajetória dos 50 anos de carreira da cantora. Ainda em 2015 comemorou seus 50 anos de carreira em show realizado no Teatro Metropolitan, no Rio de Janeiro, com 2.500 ingressos esgotados.
Em 2018 apresentou-se no Rio de Janeiro, ao lado do grupo Fundo de Quintal, comemorando os 40 anos do LP "De Pé No Chão", marco da consolidação do pagode carioca, relançado nesse ano nas plataformas digitais, em show histórico em que cantou deitada por conta dos problemas de saúde que vinha enfrentando.
Festivais
Aos 19 anos ficou em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção de 1968, com a canção "Andança" (Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto) com vocal de Golden Boys, na TV Globo - Canal 4, do Rio de Janeiro.
Beth Carvalho participou dos festivais de música das TV Excelsior, TV Record e TV Tupi. Era estudiosa dos sambas brasileiros, chegando a trabalhar com o legendário escritor e compositor Nelson Sargento.
Em 1971, Beth Carvalho era a cantora da escola de samba Unidos de São Carlos, atual GRES Estácio de Sá, indo para a Estação Primeira de Mangueira, e se dedicando totalmente a verde e rosa, que são as cores da escola.
Conheceu Jorge Aragão no bloco carnavalesco Cacique de Ramos, onde cantava e desfilava animada, junto com o bloco. Jorge Aragão deu para ela gravar em 1977, a música "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci).
Beth Carvalho é um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira, com dezenas de sucessos e participações importantes em diversos movimentos de apoio à música brasileira.
Zeca Pagodinho e Beth Carvalho
Turnês e Descobertas
Beth Carvalho fez turnês em Lisboa, Montreux, Paris, Madri, Atenas, Berlim, Miami e São Francisco. Nesses anos todos de carreira descobriu talentos, tais como Jorge Aragão, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Gracia do Salgueiro, Sombrinha, Arlindo Cruz, Quinteto em Branco e Preto, Zeca Pagodinho, Yamandú Costa e Alessandro Penezzi.
Ativismo
Beth Carvalho era admiradora de Leonel Brizola, Fidel Castro e Hugo Chávez. Era torcedora do Botafogo e filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Apoiou Luiz Inácio Lula da Silva em todas suas campanhas presidenciais. Integrou o coro que entoou o jingle "Lula Lá" em 1989.
Em 2010, apoiou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência e também era apoiadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Polêmicas
No carnaval de 2007 foi injustiçada pela diretoria da Mangueira, sua escola de samba. Com problemas na coluna, pediu um carro alegórico para desfilar e foi atendida. Entretanto, no dia do desfile foi impedida de subir no carro, por Raimundo de Castro, um membro baluarte da Escola, que invocou o fato de ela não ser baluarte. Isso deixou Beth Carvalho muito desapontada com os diretores da escola, pois no ano anterior, ela havia saído no mesmo carro, autorizada por Alvinho, presidente da escola na época. Desde o episódio, Beth Carvalho se afastou dos eventos da escola.
No carnaval de 2008, Beth Carvalho participou da homenagem a Cartola, mas fora da Mangueira. A cantora saiu na Viradouro, que também homenageou o centenário do compositor fundador da Mangueira. Beth Carvalho afirmou, em nota publicada em seu site oficial que "jamais deixaria de ser mangueirense, e que estará sempre com o seu coração na verde e rosa". Porém afirmou que "jamais voltará a pisar na quadra da escola enquanto não receber um pedido formal de desculpas por parte do presidente", Percival Pires, o Perci.
Percival não era mais o presidente da escola, pois renunciou ao cargo após denúncias de envolvimento com o tráfico de drogas no morro da Mangueira. Entretanto a vice-presidente Chininha, que assumiu seu posto, pertencia ao mesmo grupo político que barrou Beth Carvalho. A única chance dela voltar à escola seria a eleição de uma nova diretoria, ou então o tal pedido formal de desculpas ser feito, o que aconteceu logo após o carnaval de 2009. Ivo Meirelles, o novo presidente foi à casa de Beth Carvalho com a imprensa, pedir desculpas e anunciar que ela iria homenagear Nelson Cavaquinho no enredo de 2011.
Em 2011, depois de uma ausência de quatro anos, Beth Carvalho voltou a prestigiar a escola do coração. Ela foi ao desfile de cadeira de rodas, devido a uma cirurgia que havia sofrido recente. A cantora veio triunfante ao lado de Sérgio Cabral, em um carro alegórico que homenageava Cartola, Dona Zica, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito.
Em 2012, Beth Carvalho saiu na comissão de frente da mangueira, mostrando que a paz entre ela e a verde e rosa estava selada, junto com Bira Presidente, Ubirany (integrantes do grupo Fundo de Quintal) e Jorge Aragão, representando os frutos da tamarineira do Cacique de Ramos.
Problemas de Saúde
Desde 2010, Beth Carvalho vinha enfrentando um drama pessoal: Ela sofreu uma fissura no sacro, um osso localizado na base da coluna vertebral. Devido a esse problema, ela ficou deitada na cama muito tempo, sem poder nem se sentar ou andar. O problema foi agravado por uma neuropatia, causada por ela ter ficado muito tempo na mesma posição durante a cirurgia na coluna.
O problema na coluna foi provocado por uma artrose no fêmur que fazia com que a cantora andasse mancando, causando a fissura. No entanto, ela sempre se demonstrou otimista pela recuperação e feliz por receber o total apoio da família e dos amigos.
No final de 2010 Beth Carvalho voltou aos palcos em um show no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Após a recuperação, teve novas complicações na coluna, ficando durante um ano e um mês no hospital. Nas últimas semanas no hospital, Beth Carvalho teve uma infecção pulmonar em decorrência de uma infecção num cateter, foi parar no CTI, mas teve alta no final de agosto de 2013. Realizou um show de retorno no dia 07/09/2013 no Vivo Rio.
Nessa última fase de Beth Carvalho no hospital, algumas rodas de samba fizeram um minuto de silêncio, pois foi noticiado por algumas fontes que ela havia morrido.
Em 2017, Beth Carvalho foi enredo da escola de samba da série A Alegria da Zona Sul, com o samba "Vou Festejar Com Beth Carvalho, a Madrinha do Samba", desfilando na avenida na sexta-feira de carnaval, rodeada por amigos como Nelson Sargento, Moacyr Luz, Moyseis Marques, Wanderley Monteiro, Claudinho Guimarães, Marcelinho Moreira, Edmundo Souto, Fred Camacho, Elisa Lucinda, Gustavo Gasparani e o elenco da musical "Andança".
Morte
Beth Carvalho faleceu às 17h33 de terça-feira, 30/04/2019, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de infecção generalizada. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro desde o dia 08/01/2019.
O velório está marcado para começar às 10h00 da quarta-feira, 01/05/2019, no salão nobre do Botafogo, time para o qual Beth Carvalho torcia. Às 16h00, o cortejo, com carro do Corpo de Bombeiros, deve partir para o Crematório do Caju.
Discografia
1965 - Porque Morrer De Amor? (RCA Victor)
1966 - Muito Na Onda (Copacabana)
1969 - Andança (EMI-Odeon)
1971 - Beth Carvalho: Especial (EMI-Odeon)
1971 - Amor, Amor (Tapecar)
1973 - Canto Para Um Novo Dia (Tapecar)
1974 - Pra Seu Governo (Tapecar)
1975 - Pandeiro E Viola (Tapecar)
1976 - Mundo Melhor (RCA Victor)
1977 - Nos Botequins Da Vida (RCA Victor)
1978 - De Pé No Chão (RCA Victor)
1979 - No Pagode (RCA Victor)
1980 - Sentimento Brasileiro (RCA Victor)
1981 - Na Fonte (RCA Victor)
1982 - Traço De União (RCA Victor)
1983 - Suor No Rosto (RCA Victor)
1984 - Coração Feliz (RCA Victor)
1985 - Das Bençãos Que Virão Com Os Novos Amanhãs (RCA / Ariola)
1986 - Beth (RCA / Ariola)
1987 - Beth Carvalho Ao Vivo Em Montreux" (RCA / BMG / Ariola)
1988 - Toque De Malícia (RCA / BMG / Ariola)
1988 - Alma Do Brasil (Philips / Polygram)
1989 - Saudades Da Guanabara" (Philips/ Polygram)
1991 - Intérprete (Philips / Polygram)
1991 - Beth Carvalho Ao Vivo No Olímpia (Som Livre)
1992 - Pérolas - 25 Anos De Samba (Som Livre)
1993 - Beth Carvalho Canta O Samba De São Paulo (Velas)
1994 - Beth Carvalho Canta O Samba De São Paulo Vol. II (Velas)
1996 - Brasileira Da Gema (Philips / Polygram)
1996 - Meus Momentos (EMI-Odeon)
1998 - Pérolas Do Pagode (Globo Records / Polydor / Polygram)
1999 - Pagode Da Mesa - Ao Vivo (Philips / Universal Music)
2000 - Pagode Da Mesa 2 - Ao Vivo (Indie Records)
2000 - Os Melhores Do Ano Vol. II (Indie Records)
2001 - Nome Sagrado - Beth Carvalho Canta Nelson Cavaquinho (JAM Music)
2003 - Beth Carvalho Canta Cartola (RCA / BMG)
2004 - Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba Ao Vivo Convida (Indie Records)
2005 - Beth Carvalho E Amigos (RCA / BMG)
2005 - Maxximum (Sony BMG)
2011 - Nosso Samba Tá Na Rua (Andança Records / EMI-Odeon)
DVD
2004 - Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba Ao Vivo Convida
2006 - Beth Carvalho - 40 Anos De Carreira Ao Vivo No Theatro Municipal
2008 - Beth Carvalho Canta O Samba Da Bahia
2014 - Beth Carvalho - Ao Vivo No Parque Madureira
Prêmios e Indicações
Grammy Latino
2001 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Pagode de Mesa 2 - Ao Vivo" (Indicado)
2005 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "A Madrinha do Samba ao Vivo Convida" (Indicado)
2007 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "40 Anos de Carreira: Ao Vivo no Teatro Municipal Vol. 2" (Indicado)
2008 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia ao Vivo" (Indicado)
2009 - Prêmio Especial - Conquista de Toda Uma Vida - "Beth Carvalho" (Venceu)
2012 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Nosso Samba Tá na Rua" (Venceu)
Prêmio da Música Brasileira
2015 - Melhor Álbum de Samba - "Beth Carvalho - Ao Vivo no Parque Madureira" (Indicado)
2015 - Melhor Cantora de Samba - "Beth Carvalho" (Indicado)
Prêmio Contigo! MPB FM
2012 - Melhor Álbum de Samba - "Nosso Samba Tá na Rua" (Indicado)