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Jane di Castro

JANE DI CASTRO
(73 anos)
Cantora, Atriz, Cabeleireira e Transexual

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/04/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/10/2020)

Jane di Castro foi uma cantora, atriz e transexual nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/07/1947.

Jane passou a infância no bairro de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Filha de mãe evangélica e pai militar, sofreu em casa a repressão por ser travesti.

Na década de 1960 foi trabalhar como cabeleireira, em Copacabana. Começou a se apresentar em casas noturnas do bairro e, em 1966, estreou no Teatro Dulcina. Manteve a carreira artística em paralelo com a profissão, até abrir seu próprio salão, em 2001.

Foi dirigida por Bibi Ferreira no espetáculo "Gay Fantasy" no qual também atuaram Rogéria, Marlene Casanova, Ney Latorraca, dentre outras. Jane di Castro apresentou-se em diversos palcos do Brasil e do exterior, incluindo uma performance no Lincoln Center.

Jane di Castro e Otávio Bomfim
Em 2004 estrelou no Teatro Rival o espetáculo "Divinas Divas", ao lado de Rogéria, Divina Valéria, Camille K, Eloína dos Leopardos, Marquesa, Brigitte de Búzios e Fujika de Halliday. O musical, que relembra a trajetória de travestis e transformistas de Copacabana, manteve-se em cartaz por 10 anos.

Depois de 47 anos vivendo com Otávio Bonfim, formalizou a união em 2014, num casamento coletivo que reuniu 160 casais LGBT.

Em 2018, Otávio Bonfim faleceu em decorrência das complicações de um câncer, deixando-a viúva.

Morte

Jane di Castro faleceu na sexta-feira, 23/10/2020, aos 73 anos, no Hospital de Ipanema, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de câncer. Foi sepultada na tarde de sábado, 24/10/2020, no Cemitério Parque Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Filmografia

Televisão
  • 2020 - Rua do Sobe e Desce. Número Que Desaparece ... Lana
  • 2017 - A Força do Querer ... Ela mesma
  • 2014 - Pé na Cova ... Patricia Swanson
  • 2013 - Salve Jorge ... Ela mesma
  • 2008 - Faça Sua História ... Ela mesma
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Ela mesma
  • 1995 - Explode Coração ... Ela mesma
Cinema
  • 2020 - De Perto Ela Não é Normal
  • 2018 - Rogéria, Senhor Astolfo Barroso Pinto
  • 2016 - Divinas Divas
  • 2016 - O País do Cinema
  • 2012 - A Inevitável História de Letícia Diniz

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #JanediCastro

Vanusa

VANUSA SANTOS FLORES
(73 anos)
Cantora, Compositora e Atriz

☼ Cruzeiro, SP (22/09/1947)
┼ Santos, SP (08/11/2020)

Vanusa Santos Flores, conhecida como Vanusa, foi uma cantora, compositora e atriz nascida em Cruzeiro, SP, no dia 22/09/1947, sendo criada nas cidades mineiras de Uberaba e Frutal.

Vanusa aprendeu violão muito jovem e com 16 anos passou a atuar como vocalista do conjunto Golden Lions. Numa de suas apresentações foi ouvida por Sidney Carvalho, então na agência de propaganda Prosperi, Magaldi & Maia, que a convidou para ir a São Paulo.

Vanusa iniciou a carreira em 1966, nos últimos tempos da Jovem Guarda, apresentando-se na TV Excelsior, concorrente da TV Record, que apresentava o programa "Jovem Guarda", chegando a participar do famoso programa vesperal, apenas em suas duas últimas edições.


Em 1966, estreou na televisão apresentando-se no programa de Eduardo Araújo, "O Bom", na extinta TV Excelsior de São Paulo. Ainda no mesmo ano, foi contratada pela RCA Victor e fez sucesso com a canção "Pra Nunca Mais Chorar" (Eduardo Araújo e Carlos Imperial). Foi justamente esse sucesso que a introduziu no ambiente do programa da TV Record. Logo depois, passou a atuar com Renato Aragão e Wanderley Cardoso no programa I, da TV Record de São Paulo.

Em 1968, gravou seu primeiro LP na RCA Victor, no qual estreou também como compositora, com as músicas "Mundo Colorido" (Vanusa), "Perdoa" (Vanusa) além de "Eu Não Quis Magoar Você" (Vanusa e David Miranda). Nos anos seguintes, atuou em diversos festivais no Brasil e no exterior.

Em 1971, participou do VI FIC, da TV Globo, com "Namorada", que fez grande sucesso em parceria com o seu então marido Antônio Marcos.

Em 1973, lançou LP pela Continental, trazendo seu maior sucesso, a música "Manhãs de Setembro" (Vanusa e Mário Campanha).

Em 1974, ganhou o prêmio de revelação feminina no Festival de Piriapolis, realizado no Uruguai.


Em 1975, lançou o LP "Amigos Novos e Antigos", no qual gravou três composições de sua autoria, "Rotina" (Vanusa e Mário Campanha), "Espelho" (I e Sérgio Sá) e "Vinho Rosé da Rainha Sem Rei" (Vanusa e Gabino Correia). Esse disco estourou com a faixa "Paralelas" (Belchior), uma das canções que marcaram a carreira da cantora.

Em 1977, lançou pela gravadora Copacabana, com o cantor Ronnie Von, o LP "Cinderela 77", trilha sonora da novela "Cinderela 77", da TV Tupi. No mesmo ano, gravou o LP "Vanusa 30 Anos", no qual interpretou "Lá no Pé da Serra" (Elpídio dos Santos) e "Problemas" (Mauro Motta e Raul Seixas).

Ao longo dos anos 1980, prosseguiu com sua carreira gravando vários discos e participando de festivais.

Ficou em terceiro lugar no Festival de Seul, realizado na Coréia do Sul, com "Mágica Loucura" (Vanusa e Augusto César Vannucci).

Em 1982, gravou "Basta Um Dia" (Chico Buarque).

Em 1985, gravou "Nossa Canção" (Piska e Ronaldo Bastos) e "Canção dos Amantes" (Renato Teixeira).


Em 1991, participou do famoso Festival de Viña del Mar, no Chile, quando obteve o quinto lugar com "Quando o Amor Termina" (Vanusa e Sérgio Augusto). Nesse mesmo ano lançou o LP "Viva Paixão", no qual interpretou "Paralelas" (Belchior).

Em 1994 lançou "Hino ao Amor", pela Leblon Discos, no qual interpretou a música título, de Edith Piaf e M. Monet, além de "Traição" (Vanusa), "Arco-Íris" (Vanusa), dentre outras.

Em meados da década de 1990, começou a escrever a sua autobiografia intitulada "Vanusa - A Vida Não Pode Ser Só Isso!", publicada em 1997 pela editora paulistana Saraiva. Ainda em 1997, teve seu show "A Arte do Espetáculo" gravado e lançado em CD pela RGE.

Nos primeiros anos 2000, continuou em atividade apresentando-se em programas televisivos e shows pelo Brasil.

Em 2001, a BMG lançou dois CDs com a regravação de quatro de seus LPs.


Em 2005, participou de diversos eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda, o projeto "Festa de Arromba - 40 Anos da Jovem Guarda", apresentado durante todo o mês de agosto, no Teatro II do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, passando também por Brasília e São Paulo, no qual fez dupla com os Golden Boys, em temporada de 3 dias, alternada com outros expoentes da Jovem Guarda, que também se apresentaram em duplas, como Erasmo Carlos e Wanderléa, Jerry Adriani e Waldirene, Wanderley Cardoso e Martinha. Com agenda lotada, Vanusa participou de gravações, shows e programas comemorativos por todo o Brasil.

Em 2015, lançou o CD "Vanusa Santos Flores", seu primeiro disco de músicas inéditas depois de 20 anos. Produzido por Zeca Baleiro, o CD contou com as músicas "Esperando Aviões" (Vander Lee), "Compasso" (Angela Rô Rô e Ricardo MacCord), "Abre Aspas" (Nô Stopa e Marcelo Bucoff), "O Silêncio dos Inocentes" (Zé Ramalho), "Traição" (Vanusa), "Era Disso Que Eu Tava Falando" (Renata Fausti e Mário Marcos), "Tapete da Sala" (Vanusa, Luiz Vagner e Antônio Luiz), "Haja o Que Houver" (Pedro Ayres Magalhães), "Tudo Aurora" (Vanusa e Zeca Baleiro) e "Mistérios"(Zé Geraldo e Mário Marcos).

Vanusa foi casada duas vezes, uma com o cantor Antônio Marcos, com o qual teve uma filha. E também com o ator e diretor de televisão Augusto César Vannucci, com quem teve outro filho.

Problemas de Saúde

Em março de 2009, ao participar do Primeiro Encontro Estadual Para Agentes Públicos na Assembleia Legislativa de São Paulo, Vanusa cantou o Hino Nacional Brasileiro de forma desafinada e errada. Mais tarde alegou a má interpretação por estar sob a ação de um remédio contra labirintite, errando a letra.

No ano seguinte, Vanusa voltou a ter problemas em outra apresentação, ao cantar no Parque do Idoso, em Manaus, em um evento em homenagem ao Dia dos Pais. Ela errou a letra de "Sonhos de Um Palhaço" (Antônio Marcos), e para compensar o equívoco, cantou um trecho de "Como Vai Você" (Antônio Marcos). Segundo ela, sempre confundia as duas canções.

Em setembro de 2020, Vanusa foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital dos Estivadores, em Santos, SP, após ter apresentado quadro de pneumonia. No mês seguinte obteve alta hospitalar, depois de 32 dias de internação.

Vanusa sofria de outras doenças, como uma síndrome demencial, semelhante ao Mal de Alzheimer. Todos esses problemas foram causados por um histórico de depressão pelo qual a artista passou durante a década de 2000, que a tornou dependente de remédios e bebidas alcoólicas.

Depois da alta hospitalar, Vanusa retornou para uma casa de repouso em Santos, SP, onde estava morando havia dois anos.

Morte

Vanusa morreu na manhã de domingo, 08/11/2020, aos 73 anos, vítima de insuficiência respiratória, em uma casa de repouso em Santos, no litoral de São Paulo.

Um enfermeiro do local, onde Vanusa morava há dois anos, percebeu que ela estava sem batimentos cardíacos, por volta das 5h30. Uma equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi acionada e constatou que a causa da morte foi uma insuficiência respiratória.

Segundo funcionários da casa de repouso, Vanusa recebeu a visita de Amanda, sua filha mais velha, no sábado, 07/11/2020. Ela cantou, brincou, riu e se alimentou bem. Vanusa fazia fisioterapia e outros tratamentos na residência para idosos.

Em setembro e outubro de 2020, Vanusa esteve internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, SP, por causa de um quadro grave de pneumonia.

Coincidentemente Vanusa faleceu no dia em que seu ex marido, Antônio Marcos, completaria 75 anos se estivesse vivo.

Aretha Marcos, também filha de Vanusa, publicou homenagens à mãe nas redes sociais. Em uma delas, ela relembrou que, neste domingo, seu pai, Antônio Marcos, completaria 75 anos, e escreveu:
"O amor é impossível. Hoje, aniversário do meu pai, Antônio Marcos ele veio buscar minha mãe para viverem juntos na eternidade. A vida é arte!"
O filho Rafael Vannucci, ator, cantor e produtor de eventos, que mora em Goiânia, foi para São Paulo para encontrar a família.

Discografia

  • 1968 - Vanusa (RCA Victor, LP)
  • 1969 - Vanusa (RCA Victor, LP)
  • 1971 - Vanusa (RCA Victor, LP)
  • 1973 - Vanusa (Continental, LP)
  • 1974 - Vanusa (Continental, LP)
  • 1975 - Amigos Novos e Antigos (RCA Victor, LP)
  • 1977 - Trinta Anos (Som Livre, LP)
  • 1977 - Cinderela 77 (Copacabana, LP)
  • 1979 - Viva Vanusa (RCA Victor, LP)
  • 1980 - Vanusa (RCA Victor, LP)
  • 1981 - Vanusa (RCA Victor, LP)
  • 1982 - Primeira Estrela (RCA Victor, LP)
  • 1985 - Vanusa (Barclay, LP)
  • 1986 - Mudanças (Inverno e Verão, LP)
  • 1988 - Cheiro de Luz (Discoban, LP)
  • 1991 - Viva Paixão (CID, LP)
  • 1994 - Hino Ao Amor (Leblon Records, LP)
  • 1997 - A Arte do Espetáculo (RGE, CD)
  • 2001 - Vanusa 2 LPs Em 1, Volume 2 (BMG, CD)
  • 2001 - Vanusa 2 LPs Em 1, Volume 1 (BMG, CD)
  • 2005 - Diferente
  • 2015 - Vanusa Santos Flores (Saravá Discos, CD)

#FamososQuePartiram #Vanusa

Aldir Blanc

ALDIR BLANC MENDES
(73 anos)
Compositor, Escritor e Cronista

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/09/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/05/2020)

Aldir Blanc Mendes foi um compositor, escritor e cronista nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/09/1946. Médico de formação, com especialização em psiquiatria, abandonou a profissão para se tornar compositor e um dos grandes letristas da história da música brasileira.

Em cinco décadas de atividade como compositor, foi autor de mais de 600 canções, com cerca de 50 parceiros, dentre os principais: João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Cristovão Bastos, Maurício Tapajós e Carlos Lyra.

Entre seus trabalhos mais notáveis como compositor estão "Bala Com Bala", "O Mestre-Sala dos Mares", "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá", "De Frente Pro Crime", "Kid Cavaquinho", "Incompatibilidade de Gênios", "O Ronco da Cuíca", "Transversal do Tempo", "Corsário", "O Bêbado e a Equilibrista", "Catavento e Girassol", "Coração do Agreste" e "Resposta ao Tempo".

Além de compositor, Aldir Blanc foi também cronista, tendo escrito colunas em publicações como as revistas O Pasquim e Bundas, e os jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia. Muitas dessas crônicas foram lançadas mais tarde como livros, como são os casos de "Rua dos Artistas e Arredores", "Porta de Tinturaria" e "Vila Isabel, Inventário da Infância".

Apaixonado pelo Vasco da Gama escreveu, em parceria com José Reinaldo Marques, o livro "Vasco - a Cruz do Bacalhau".

Salgueirense boêmio por muitos anos, acabou se tornando uma pessoa quase totalmente reclusa em seu apartamento na Muda, no bairro carioca da Tijuca. Segundo o próprio Aldir Blanc, usar a reclusão era consequência de uma fobia social desenvolvida a partir de um grave acidente de carro, em 1991, que limitara os movimentos da perna esquerda.

Em 2010, ao descobrir sofrer de diabetes tipo 2 e pressão alta, parou de fumar e consumir álcool.

Aldir Blanc e João Bosco
Vida Pessoal

Aldir Blanc nasceu no dia 02/09/1946, no bairro do Estácio, no décimo mês de gestação de sua mãe, Helena, cujo trauma deixou uma espécie de depressão pós-parto na mãe. Nunca mais engravidou e quase não saía de casa - comportamento mais tarde adotado pelo filho - até sua morte, em 2002, com 80 anos.

Seu pai, Alceu, era funcionário do antigo Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Estivadores e Transportes de Cargas (IAPTEC) e amava jogar sinuca e nos cavalinhos. Sujeito de poucas palavras, tornou-se o maior amigo de Aldir com o tempo. Filho único, teve no avô materno, o português Antônio Aguiar, a presença mais afetuosa em sua infância, que praticamente criou o neto na casa de Vila Isabel, bairro onde estariam tipos e cenários fundamentais para os textos e as letras do futuro compositor e cronista.

Tinha 11 anos, na época em que os avós foram morar no Estácio. Com o passar dos anos, o contato com os malandros da área ficava cada vez pior, o que levou os avós a persuadi-lo a morar com um primo um pouco mais velho, na Tijuca, que o levou a conhecer bailes, noitadas boêmias, mulheres, futebol, os blocos de Carnaval e a quadra da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, que se tornaria a escola do coração de Aldir Blanc.

Aluno exemplar em biologia, conseguiu ingressar em 1965 na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, de onde saiu em 1971 com especialização em psiquiatria. Fez residência dentro do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Hospital Gustavo Riedel, em Engenho de Dentro. Mas como se negava constantemente à rotina de eletrochoques em pacientes do manicômio, saiu de lá após um ano para abrir seu próprio consultório, no centro do Rio de Janeiro. Às vezes, chamava o paciente para conversar na rua ou num bar.

Assim foi até 1973, época em que já era um parceiro de João Bosco e, gravado por Elis Regina tinha vontade de se dedicar exclusivamente à carreira de compositor. Concretizou a decisão em 1974, logo após o trauma deixado pelas mortes de Maria e Alexandra, as filhas gêmeas prematuras de sete meses que seriam as primeiras de seu casamento com a professora Ana Lúcia.


Dessa relação, eles teriam mais tarde as filhas Mariana (nascida em 1975) e Isabel (nascida em 1981). Quando Aldir Blanc se casou com a professora Mary Sá Freire, em 1988, ela já tinha duas filhas, Tatiana e Patrícia, que foram criadas como suas também.

Aldir Blanc viveu por muitos anos em seu apartamento na Rua Garibaldi, na Muda, onde frequentou assiduamente os botequins da região. Nunca viajou para fora do Brasil.

Durante a década de 1980, passou a beber com maior frequência, foi se afastando de alguns hábitos sociais e foi desenvolvendo fobia social, chegando a ser diagnosticado com depressão. O quadro piorou e o levou a viver em reclusão quase permanente na década seguinte, agravada por um grave acidente de automóvel, sofrido em 1991, que lhe dificultou para sempre o movimento da perna esquerda.

Sem poder andar nas ruas com a frequência de outrora, Às vésperas da Copa do Mundo FIFA de 2010, recebeu diagnóstico de Diabetes Tipo 2, o que lhe exigiu o fim do consumo de álcool e de cigarros. Embora recluso, adorava falar pelo telefone com os amigos, onde comentava o noticiário e compartilhava informações sobre a família.

Além do tempo dedicado ao convívio com a família e às conversas por telefone com os amigos, passava muito tempo em seu espaçoso escritório lendo seus livros e ouvindo seus discos. Ateu, adorava ler obras sobre mitologia grega, Segunda Guerra Mundial, psicanálise, além de romances policiais. Aldir Blanc era também grande apreciador de discos de jazz.

Em 2013, o jornalista Luiz Fernando Vianna lançou uma biografia autorizada sobre Aldir Blanc.

Aldir Blanc e João Bosco
Música

Aldir Blanc deu seus primeiros passos na música em meados da década de 1960, quando começou a compor aos 16 anos e aos 17 aprendeu a tocar bateria, fundando o grupo Rio Bossa Trio, que com a entrada do músico Sílvio da Silva seria rebatizado para GB-4. Com o novo integrante, Aldir Blanc firmou sua primeira parceria musical. Uma dessas parcerias, "A Noite, a Maré e o Amor", competiu no III Festival Internacional da Canção em 1968.

A partir de 1969, surgiu uma nova parceria com César Costa Filho, compositor do qual foi colega no Movimento Artístico Universitário, que integrou ao lado de nomes como Ivan Lins e Gonzaguinha. Dessa parceria, classificou duas canções no II Festival Universitário da Música Popular Brasileira: "De Esquina em Esquina", interpretada por Clara Nunes, e "Mirante", interpretada por Maria Creuza.

Também nesse festival teve "Nada Sei de Eterno", defendida por Taiguara e fruto da parceria com Sílvio da Silva.

Em 1970, com a co-autoria de Sílvio da Silva, despontou o primeiro grande sucesso, "Amigo é Pra Essas Coisas", que chegou ao segundo lugar no III Festival Universitário de Música Popular Brasileira, da TV Tupi, na interpretação do grupo MPB-4. Ainda em 1970, teve no V Festival Internacional da Canção a composição "Diva", feita com César Costa Filho - mas desentendimento entre os compositores por questões ideológicas ceifou essa parceria em 1971.

Aldir Blanc em sua casa no Rio de Janeiro, em 1993
Em 1971, por intermédio de um amigo, conheceu o então estudante de engenharia civil João Bosco. Desse encontro, surgiu uma das mais importantes parcerias da música brasileira. Como o violonista morava em Ouro Preto, MG, a primeira leva de composições deu-se por correspondência, como é o caso de "Agnus Sei", lançada como lado B de um compacto do jornal O Pasquim, em 1972, que tinha como lado A a inédita "Águas de Março", interpretada por Tom Jobim. Ainda naquele ano, a dupla mostrou algumas músicas para Elis Regina, que gostou de "Bala Com Bala" e a incluiu no seu LP "Elis". A partir dali, a cantora gaúcha tornar-se-ia uma das principais intérpretes da dupla, tendo gravado 20 músicas da parceria, além de ter a primazia de ouvir antes a produção da dupla naquela década para escolher o que queria lançar.

Um dos seus maiores sucessos da carreira foi "O Bêbado e a Equilibrista", lançado no LP "Essa Mulher", cuja melodia de João Bosco foi inspirada inicialmente em "Smile", do ator e cineasta Charlie Chaplin, e cuja letra ganhou forma com outros deslocados na história, como os exilados pela ditadura militar brasileira. Assim que foi lançada por Elis Regina, a canção tornou-se símbolo do movimento pela anistia, de 1979.

A parceria João BoscoAldir Blanc rendeu outras canções marcantes, como "O Mestre-Sala dos Mares", "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá", "De Frente Pro Crime", "Kid Cavaquinho", "Incompatibilidade de Gênios", "O Ronco da Cuíca", "Transversal do Tempo", "Corsário", "Bijuterias", "Nação" (esta em parceria Paulo Emílio e gravada por Clara Nunes), "De Frente Pro Crime" (sucesso na voz de Simone) e "Caça à Raposa". No entanto, a partir da década de 1980, os amigos foram se afastando gradualmente, tendo voltado a se aproximar em 2002, quando João Bosco convidou o velho parceiro para uma gravação de "O Bêbado e a Equilibrista" em seu songbook, e dali voltaram a se falar por telefone diariamente, além de às vezes comporem. Ao todo, realizaram mais de 100 músicas.


Outros parceiros importantes na carreira de Aldir Blanc foram o violonista Guinga (mais de 80 parcerias), o sambista Moacyr Luz (mais de 60 parcerias) e o pianista Cristovão Bastos (mais de 30 parcerias).

Contendo apenas canções compostas com Aldir Blanc, Guinga lançou o seu disco de estreia, "Simples e Absurdo", início de uma parceria que renderia músicas como "Catavento e Girassol", "Nítido e Obscuro" e "Baião de Lacan".

Da parceria com Moacyr Luz vieram "Medalha de São Jorge" e "Coração do Agreste", esta um dos maiores sucessos da carreira de Fafá de Belém e tema da novela "Tieta" (1989). Compôs "Resposta ao Tempo", parceria com Cristovão Bastos gravada por Nana Caymmi, que virou tema de abertura da minissérie "Hilda Furacão" (1998).

Aldir Blanc também é autor, com Cleberson Horsth, da canção "A Viagem", sucesso gravado pelo grupo Roupa Nova e tema da novela com o mesmo nome, sucesso em 1994.


Embora tenha sido letrista de centenas de músicas, Aldir Blanc gravou como cantor apenas dois álbuns de estúdio. O primeiro deles em 1984, "Aldir Blanc e Maurício Tapajós", com Maurício Tapajós. E o segundo deles em 2005, "Vida Noturna", onde interpretou 12 faixas de sua autoria. Além desses, participou do tributo em sua homenagem, "Aldir Blanc - 50 Anos", lançado em 1996, que contou com a participação de Betinho ao lado do MPB-4 em "O Bêbado e a Equilibrista", e diversas participações especiais, como de Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.

Outra de suas grandes paixões, o futebol, foi também inspiração para diversas canções, como é o caso de "Gol Anulado" (Aldir Blanc e João Bosco). Vascaíno fanático, homenageou Roberto Dinamite em "Siri Recheado e o Cacete" (Aldir Blanc e João Bosco) e Romário "Yes, Zé-Manés" (Aldir Blanc e Guinga). Ainda compôs "Coração Verde e Amarelo" (Aldir Blanc e Tavito), que virou tema de uma emissora de televisão para a Copa do Mundo FIFA de 1994.

Um dos últimos trabalhos de Aldir Blanc foi compor, em parceria com Carlos Lyra, a trilha do musical "Era no Tempo do Rei", baseado no romance de Ruy Castro e com adaptação de Heloisa Seixas e Júlia Romeu.

Literatura

Paralelamente a sua carreira como compositor, Aldir Blanc começou a escrever crônicas inspiradas na sua vida nos subúrbios cariocas para os jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e a revista Homem, até fixar-se em O Pasquim, em 1975.

Da compilação de crônicas escritas para este último nasceriam os livros "Rua dos Artistas e Arredores" (1978) e "Porta de Tinturaria" (1981), que seriam reunidos em um só volume como o título "Rua dos Artistas e Transversais" (2006). Em suas crônicas, Aldir Blanc reconstruía cenas do cotidiano de ruas e personagens da sua infância em Vila Isabel, que segundo o cronista, existiram de fato, como o primo Esmeraldo (conhecido pelas domésticas da Penha como "Simpatia é Quase Amor", cognome que inspirou a criação do famoso bloco de Carnaval de Ipanema), Lindauro, Belizário, Pelópidas, Tatinha, Gogó de Ouro, Paulo Amarelo, Waldir Iapetec, Tuninho Sorvete. Também foi cronista dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia, além da revista Bundas.

Outras antologias de crônicas lançadas foram "Brasil Passado a Sujo: A Trajetória de Uma Porrada de Farsantes" (1993), "Vila Isabel - Inventário de Infância" (1996) e "Um Cara Bacana na 19ª"(1996).

Aldir Blanc teve em 2008 publicado "Guimbas", uma coleção de aforismos, e no ano seguinte o lançamento de "Uma Caixinha de Surpresas", sua estreia na literatura infantil.

Em 2009, foi publicado o livro "Vasco - A Cruz do Bacalhau", escrito em parceira com o jornalista José Reinaldo Marques, em homenagem ao time do coração de Aldir Blanc.

Na década de 2010, teve alguns títulos reeditados, além do lançamento de duas antologias de crônicas inéditas: "O Gabinete do Doutor Blanc: Sobre Jazz, Literatura e Outros Improvisos", compilação de textos saídos na revista eletrônica No, e "Direto do Balcão" reunião de colunas publicadas na imprensa.

Morte

Em 10/04/2020, Aldir Blanc deu entrada no Hospital Municipal Miguel Couto com infecção urinária e pneumonia. Com o agravamento do seu quadro clínico, ele foi transferido dias depois para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde um exame revelou uma infecção pelo COVID-19.

Na madrugada de segunda-feira, 04/05/2020, Aldir Blanc acabou por não resistir e faleceu aos  73 anos, vítima de complicações da Covid-19, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Aldir Blanc foi cremado na tarde de terça-feira, 05/05/2020, no Crematório do Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Por conta da pandemia de coronavírus, não houve velório.

Aldir Blanc deixou a esposa Mari Lucia, quatro filhas, cinco netos e um bisneto.

Discografia

Álbuns de Estúdio

  • 1984 - Aldir Blanc e Maurício Tapajós
  • 2005 - Vida Noturna

Coletâneas

  • 1984 - Rio, Ruas e Risos (Com Maurício Tapajós)
  • 1994 - Aldir Blanc e Maurício Tapajós

Tributos

  • 1991 - Simples e Absurdo (De Guinga)
  • 1996 - Aldir Blanc - 50 Anos (Com vários artistas)
  • 1996 - Catavento e Girassol (De Leila Pinheiro)
  • 1999 - Pequeno Círculo Íntimo (De Adriana Capparelli)
  • 2006 - Dorina Canta Sambas de Aldir e Ouvir Ao Vivo

Trilha Sonora

  • 2010 - Era no Tempo do Rei (Com vários artistas)


Livros


  • 1978 - Rua dos Artistas e Arredores (Ed. Codecri)
  • 1981 - Porta de Tinturaria
  • 1993 - Brasil Passado a Sujo (Ed. Geração)
  • 1996 - Vila Isabel - Inventário de Infância (Ed. Relume-Dumará)
  • 1996 - Um Cara Bacana na 19ª (Ed. Record)
  • 2004 - Heranças do Samba (Parceria com Hugo Sukman e Luiz Fernando Vianna)
  • 2006 - Rua dos Artistas e Transversais
  • 2008 - Guimbas
  • 2009 - Vasco - A Cruz do Bacalhau (Parceria com José Reinaldo Marques)
  • 2010 - Uma Caixinha de Surpresas
  • 2016 - O Gabinete do Doutor Blanc - Sobre Jazz, Literatura e Outros Improvisos
  • 2017 - Direto do Balcão

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #AldirBlanc

Paulo Barboza

PAULO BARBOZA
(73 anos)
Radialista, Jornalista e Publicitário

☼ Rio de Janeiro, RJ (14/05/1944)
┼ São Paulo, SP (16/04/2018)

Paulo Barboza foi um radialista, jornalista e publicitário brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 14/05/1944. Foi um dos grandes nomes no rádio brasileiro e, com 58 anos de carreira, nunca abandonou o rádio, tendo passado pelas mais importantes emissoras de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Começou sua carreira de radialista na Rádio Imperial, em Petrópolis, em 07/09/1959. Teve passagens pelas rádios Record, Globo, Super Rádio Tupi, América e Capital. Seus últimos trabalhos foram na Super Rádio de São Paulo, onde estava desde janeiro de 2017, e na Rádio ABC, de Santo André, desde setembro de 2017. Além do rádio, Paulo trabalhou durante muitos anos na televisão, mais especificamente nas extintas TV Manchete e TV Tupi e nas atuais SBT, TV Record e Gazeta.

No dia 07/09/1959 conseguiu, depois de muito custo, falar ao microfone da Rádio Imperial de Petrópolis. Era a sua estreia, graças ao diretor Santelmo Jorge que não aguentava mais a insistência daquele garoto, pedindo uma chance. Deu certo: Uma semana depois ganhava um programa aos sábados, o "Clube de Jovens" e uma coluna no jornal Tribuna de Petrópolis. Virou o cronista social da juventude petropolitana, coisa que ainda não existia no início dos anos 60.

Quando ouviu a gravação da sua voz pela primeira vez, quis desistir. Não gostou, achava estridente. Na época todos os locutores tinham vozes graves. Mais uma vez o diretor e já amigo Santelmo Jorge deu-lhe força para não parar, tendo também incentivo de um novo amigo, Flávio Cavalcanti.

Transformou-se em repórter e foi contratado pela Petrópolis Rádio Difusora. Conseguiu um programa diário, o jornalístico "De Microfone Em Punho". Lançou o noticiário da noite, "Edição Extra". Partiu para os debates, para as entrevistas com "A Notícia Faz o Show". Começou a comandar um programa de prêmios e brincadeiras, o "Paulo Barboza Pergunta".


Em 1963 ganhou o prêmio de Melhor Rádio Repórter do Estado do Rio, do Sindicato dos Jornalistas, com matéria feita numa sexta-feira 13, exatamente à meia-noite, ao vivo do Cemitério Municipal de Petrópolis, entrevistando os coveiros e ouvindo suas histórias fantásticas.

Em 1970 estreou no Rio de Janeiro, na Super Rádio Tupi, das 9h00 às 12h00, lançando o "Programa Paulo Barboza". Estreou na Rede Tupi de Televisão comandando "É Lá Que A Tupi Vai", com produção de Herval Rossano e direção de José Messias.

Em 1980, Paulo Barboza apresentou o programa "Sessão Premiada", no SBT.

Em 1983, foi para a TV Gazeta e passou a apresentar semanalmente, no formato de show de calouros, o "Programa Paulo Barboza".

Em 1984, de volta ao SBT, passou a ser o primeiro apresentador do game show "TV Powww!" no Brasil.

Em 1988, Paulo Barboza trocou de emissora e passou a apresentar o "Programa Paulo Barboza" na TV Record.

Desde janeiro de 2017 ele comandava de segunda a sexta-feira um programa na Super Rádio 1150 AM, em São Paulo. O programa ia ao ar das 8h00 às 11h00. Também trabalhava à tarde na rádio ABC 1570 AM.

Paulo Barboza foi casado por 48 anos com Eliane Barboza, que faleceu em 13/02/2015, vítima de um câncer. O casal teve um filho, Paulo Eugênio, e uma filha, Alexandra HermíniaPaulo Barboza era avô de três netos: Paulo Felipe, Rodrigo e Maria Gabriella.

Morte

Paulo Barboza faleceu na madrugada de segunda-feira, 16/04/2018, aos 73 anos, vitima de um infarto fulminante, em São Paulo, SP.

O velório ocorreu a partir das 9h00 de segunda-feira, 16/04/2018, e a cremação, às 17h00 no cemitério Horto da Paz, localizado à Rua Horto da Paz, 191, em Itapecerica da Serra, SP.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #PauloBarboza

Paulinho Nogueira

PAULO ARTUR MENDES PUPO NOGUEIRA
(73 anos)
Cantor, Compositor, Violonista e Professor

* Campinas, SP (08/10/1929)
+ São Paulo, SP (02/08/2003)

Começou a tocar violão aos 10 anos, junto com um dos irmãos. Seu estilo foi influenciado por Garoto, de tanto escutá-lo em programas de rádio.

Quando tinha dezenove anos foi para São Paulo atrás de um trabalho como desenhista, mas acabou tocando violão em boates e casas noturnas, atividade que se estendeu por oito anos.

Em 1960 começou sua carreira na indústria fonográfica gravando seu primeiro disco, A Voz do Violão, totalmente instrumental e mais tarde revelou-se como cantor também.

Como a Bossa Nova na década de 60 dominava o mercado, esse fato acabou intensificando sua atividade de professor de violão, sendo um dos mais procurados, em razão de seu método de ensino que ficou famoso. Nessa época participava com freqüência do programa O Fino da Bossa, da TV Record, ao lado de Baden Powell e Rosinha de Valença.

Entre os seus sucessos mais marcantes estão Menina, Bachianinha e Menino Desce Daí.

Em 1969 inventou um novo e exótico instrumento, a Craviola, que mistura sons de cravo e viola com suas 12 cordas.

Discografia

1959 - A voz do Violão
1960 - Brasil, violão e sambalanço
1961 - Menino Desce Daí / Tema do Boneco de Palha
1961 - Sambas de Ontem e de Hoje
1962 - Outros Sambas de Ontem e de Hoje
1963 - Mais Sambas de Ontem e de Hoje
1964 - A Nova Bossa e o Violão
1965 - O Fino do Violão
1966 - Sambas e Marchas da Nova Geração
1967 - Paulinho Nogueira
1968 - Um Festival de Violão
1970 - Paulinho Nogueira Canta Suas Composições
1972 - Dez Bilhões de Neurônios
1973 - Paulinho Nogueira, Violão e Samba
1974 - Simplesmente
1975 - Moda de Craviola
1976 - Antologia do Violão
1979 - Nas Asas do Moinho
1980 - O Fino do Violão Volume 2
1981 - Tom Jobim – Retrospectiva
1983 - Água Branca
1986 - Tons e Semitons
1992 - Late Night Guitar - The Brazilian Sound Of Paulinho Nogueira
1995 - Coração Violão
1996 - Brasil Musical - Série Música Viva - Paulinho Nogueira e Alemã
1999 - Sempre Amigos
2002 - Chico Buarque - Primeiras Composições

Morreu vítima de um Infarto.


Moacyr Scliar

MOACYR JAIME SCLIAR
(73 anos)
Escritor e Médico

* Porto Alegre, RS (23/03/1937)
+ Porto Alegre, RS (27/02/2011)

Foi um escritor brasileiro. Formado em medicina, trabalhou como médico especialista em saúde pública e professor universitário.

Filho de José e Sara Scliar, Moacyr nasceu no Bom Fim, bairro que concentra a comunidade judaica. Alfabetizado pela mãe, professora primária, a partir de 1943 cursou a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Rosário (Católico).

Em 1963, após se formar pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, iniciou sua vida como médico, fazendo residência médica. Especializou-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Iniciou os trabalhos nessa área em 1969. Em 1970, frequentou curso de pós-graduação em medicina em Israel. Posteriormente, tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Já foi professor na faculdade de medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Carreira

Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti (1988, 1993 e 2009), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989) e o Casa de Las Americas (1989).

Suas obras frequentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a vida de classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas para doze idiomas.

Em 2002 ele se envolveu em uma polêmica com o escritor canadense Yann Martel, cujo famoso romance "A Vida de Pi", vencedor do prêmio Man Booker, foi acusado de ser um plágio da sua novela "Max e os Felinos". O escritor gaúcho, no entanto, diz que a mídia extrapolou ao tratar do caso, e que ele nunca teve o intuito de processar o escritor canadense.

Entre suas obras mais importantes estão os seus contos e os romances "O ciclo das Águas", "A Estranha Nação de Rafael Mendes", "O Exército de Um Homem Só" e "O Centauro no Jardim", este último incluído na lista dos 100 melhores livros de temática judaica dos últimos 200 anos, feita pelo "National Yiddish Book Center" nos Estados Unidos.

Adaptação Para o Cinema

Em 1998, o romance "Um Sonho no Caroço do Abacate" foi adaptado para o cinema, sob a direção de Luca Amberg, com participação dos atores americanos Elliott Gould (Friends) e Talia Shire (Rocky, O Poderoso Chefão). Esse filme lançou atores, como Taís Araújo, Caio Blat, Mariana Ximenes, Fábio Azevedo e Edward Boggis. A versão nacional foi lançada com o título "Caminho dos Sonhos" e participou dos festivais de Gramado, Miami, Trieste e outros. O filme narra a história do filho de um casal de imigrantes judeus lituanos, que se estabelece no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, nos anos 1960. O jovem Mardo (Edward Boggis) se apaixona por Ana (Taís Araújo), uma estudante negra. Os jovens encontram no amor a força e a determinação para enfrentarem a discriminação na escola onde estudam e o preconceito entre as famílias.

Em 2002, o romance "Sonhos Tropicais" foi adaptado para o cinema sob a direção de André Sturm, com Carolina Kasting, Bruno Giordano, Flávio Galvão, Ingra Liberato e Cecil Thiré no elenco. O filme relata o combate à febre amarela no Rio de Janeiro, comandado pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, e a resistência da população à vacinação obrigatória, que resultou na chamada Revolta da Vacina. Em paralelo, é narrada a história de uma jovem judia polonesa, que imigra para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas acaba por se prostituir.

Academia Brasileira de Letras

Foi o sétimo ocupante da cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito em 31 de julho de 2003, na sucessão de Geraldo França de Lima, e recebido em 22 de outubro de 2003 pelo acadêmico Carlos Nejar.

Morte

O escritor gaúcho Moacyr Scliar morreu por volta da 1h do dia 27 de fevereiro de 2011, aos 73 anos, de Falência Múltipla dos Órgãos. Ele estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre desde o dia 11 de janeiro, quando deu entrada para a retirada de pólipos (formações benignas) no intestino. A cirurgia foi bem sucedida, mas o escritor acabou tendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 17 de janeiro, durante o período de recuperação, falecendo quase cinquenta dias depois de sua entrada no hospital.

Moacyr Scliar era torcedor do Cruzeiro, de Porto Alegre. Devido a sua morte, os jogadores do Cruzeiro fizeram uma homenagem para este torcedor-símbolo do clube, entrando de luto na partida contra o Grêmio, no dia 27 de fevereiro, que contou com um minuto de silêncio em homenagem a Scliar.

Fonte: Wikipédia



Ruy Barbosa

RUY BARBOSA DE OLIVEIRA
(73 anos)
Jurista, Político, Jornalista, Advogado, Diplomata, Escritor, Filólogo, Tradutor e Orador

* Salvador, BA (05/11/1849)
+ Petrópolis, RJ (01/03/1923)

Um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo, participou da Campanha Abolicionista. Foi também um dos organizadores da República e coautor da constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Moraes. Ruy Barbosa atuou na defesa da Federação e na promoção dos direitos e garantias individuais. Primeiro Ministro da Fazenda do novo regime, marcou sua breve e discutida gestão pelas reformas modernizadoras da economia. Destacou-se, também, como jornalista e advogado.

Foi deputado, senador, ministro. Em duas ocasiões, foi candidato à Presidência da República. Empreendeu a Campanha Civilista contra o candidato militar Hermes da Fonseca. Notável orador e estudioso da língua portuguesa, foi nomeado presidente da Academia Brasileira de Letras, sucedendo a Machado de Assis.

Como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia (1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos Estados. Teve papel decisivo na entrada do Brasil na I Guerra Mundial. Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz da Corte Internacional de Haia, um cargo de enorme prestígio, que recusou.

Ruy Barbosa, filho de João José Barbosa de Oliveira e de Maria Adélia Barbosa de Oliveira, nasceu em 1849, na rua dos Capitães, hoje rua Ruy Barbosa, freguesia da Sé, na cidade do Salvador, na então Província da Bahia. Aos cinco anos, fez seu professor Antônio Gentil Ibirapitanga exclamar: "Este menino de cinco anos de idade é o maior talento que eu já vi. Em quinze dias aprendeu análise gramatical, a distinguir orações e a conjugar todos os verbos regulares."

Em 1861, aos onze anos, quando estudava no Ginásio Baiano de Abílio César Borges, futuro Barão de Macaúbas, fez o mestre declarar a seu pai, João Barbosa: "Seu filho nada mais tem a aprender comigo". Ali, como disse mais tarde, viveu a maior emoção de toda a sua vida, quando recebeu uma medalha de ouro do Arcebispo da Bahia.

Em 1864, concluído o curso ginasial, mas sem idade para entrar na Universidade, passou o ano estudando alemão. No ano seguinte ingressou na Faculdade de Direito de Olinda.

Em 1867, adoeceu de "Incômodo Cerebral". Em 1868 abrigou em sua casa por alguns dias, Castro Alves, seu antigo colega no Ginásio Baiano, em razão do rompimento dele com Eugênia Câmara. Proferiu o famoso discurso saudando José Bonifácio, o Moço.

Em 1870, graduou-se como bacharel pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e retornou à Bahia, acometido, novamente, de "Incômodo Cerebral". Em 1871 começou a advogar e estreou no júri, tendo registrado: "Minha estreia na tribuna forense foi, aqui, na Bahia, a desafronta na honra de uma inocente filha do povo contra a lascívia opulenta de um mandão."

Em 1872, iniciou-se no jornalismo, no Diário da Bahia, e viveu a sua primeira crise amorosa. Brasília era o nome da senhorinha e morava no bairro de Itapagipe. Em 1873 assumiu a direção do Diário da Bahia e fez conferência no Teatro São João sobre "eleição direta". O pai confessa, numa carta, que "poucos o igualam", que ele "foi aplaudido de um modo que me comoveu", e ainda "dizem-me que é superior a José Bonifácio e sustentam que certamente hoje não se fala melhor do que ele."

Em 1876, casou-se com a baiana Maria Augusta Viana Bandeira. Em 1877, foi eleito deputado à Assembleia da Bahia. No ano seguinte foi eleito deputado à Assembleia da Corte. Em 1881 promoveu a Reforma Geral do Ensino.

Em 1885, no auge da campanha abolicionista, José do Patrocínio escreveu: "Deus acendeu um vulcão na cabeça de Ruy Barbosa". Duas semanas antes da abolição, em 30 de abril de 1888, Barbosa vaticinou: "A grande transformação aproxima-se de seu termo". A 7 de março de 1889 Joaquim Nabuco afirma: "Evaristo, na imprensa, fez a Regência e Ruy fará a República".

Em 9 de junho de 1889 recusou o convite para integrar o Gabinete Ouro Preto. "Não posso ser membro de um Ministério que não tome por primeira reforma a Federação". Em novembro daquele mesmo ano Benjamin_Constant escreveu a Ruy: "Seu artigo de hoje, Plano contra a Pátria, fez a República e me convenceu da necessidade imediata da revolução". Dias depois, em 15 de novembro de 1889, Barbosa redigiu o primeiro decreto do governo provisório e foi nomeado Ministro da Fazenda, no governo de Deodoro da Fonseca.

Em 1890 D. Pedro II diz: "Nas trevas que caíram sobre o Brasil, a única luz que alumia, no fundo da nave, é o talento de Ruy Barbosa". Ainda neste ano, lança os decretos de reforma bancária, no qual foi criticado por Ramiro Barcelos, que, anos depois, se penitenciou: "A desgraça da República foi nós, os históricos, não termos compreendido logo a grandeza de Ruy". Elabora-se o projeto de Constituição em sua casa.

Em 14 de dezembro do mesmo ano, Ruy Barbosa, então Ministro da Fazenda, mandou queimar os Livros de Matrículas de escravos existentes nos cartórios das comarcas e registros de posse e movimentação patrimonial envolvendo todos os Escravos, o que foi feito ao longo de sua gestão e de seu sucessor. A razão alegada para o gesto teria sido apagar "a mancha" da escravidão do passado nacional. Mas especialistas afirmam que Ruy Barbosa quis, com a medida, inviabilizar o cálculo de eventuais indenizações que vinham sendo pleiteadas pelos antigos proprietários de escravos. Apenas 11 dias depois da Abolição da Escravatura, um projeto de lei foi encaminhado à Câmara, propondo ressarcir senhores dos prejuízos gerados com a medida.

Em 1891 é nomeado Primeiro Vice-Chefe do Governo Provisório. Em 1892 abandona a bancada do Senado, depois de feita a justificativa em discurso. Dias mais tarde lança um manifesto à nação no qual diz a famosa frase: "Com a lei, pela lei e dentro da lei; porque fora da lei não há salvação. Eu ouso dizer que este é o programa da República". Em 23 de abril do mesmo ano sobe as escadarias do Supremo Tribunal Federal, sob ameaça de morte, para defender, como patrono voluntário, o habeas corpus dos desterrados de Cucui.

Em 7 de fevereiro de 1893 volta à Bahia para um encontro consagratório com Manuel Vitorino, ocasião em que fala de sua terra: "Ninho onde cantou Castro Alves, verde ninho murmuroso de eterna poesia". Em setembro do mesmo ano, a Revolta. Refugia-se na Legação do Chile. Sob ameaça de morte, exila-se em Buenos Aires.

Em 1 de março de 1894, é candidato a presidente, obtendo o quarto lugar.

Ainda em exílio, no ano seguinte Ruy viaja a Londres, de onde escreve as Cartas da Inglaterra para o Jornal do Commercio a partir de 7 de janeiro de 1895. No ano seguinte produz textos a serviço dos insurrectos de 1893. Escreve na imprensa: "E jornalista é que nasci, jornalista é que eu sou, de jornalista não me hão de demitir enquanto houver imprensa, a imprensa for livre…"

Em 1897 recusa convite para ser Ministro Plenipotenciário do Brasil na questão da Guiana, feito por Manuel Vitorino, então vice-presidente do governo de Prudente de Moraes. Critica a intervenção militar em Canudos. Torna-se membro fundador da Academia Brasileira de Letras, e recebe de Joaquim Nabuco a seguinte citação, no livro Minha Formação: "Ruy Barbosa, hoje a mais poderosa máquina cerebral do nosso país".

Em 3 de abril de 1902 publica parecer crítico ao projeto do Código Civil. Ao final do ano, em 31 de dezembro, lança réplica às observações feitas pelo filólogo Ernesto Carneiro Ribeiro, seu antigo mestre na Bahia. A tréplica de Carneiro só veio a público em 1923. Foi a maior polêmica filológica da Língua Portuguesa.

Três anos depois, em 1905, chegou a se candidatar a presidente, porém retirou sua candidatura para apoiar a de Afonso Pena.

Em junho de 1907, Ruy vai à Conferência de Haia, sendo sua consagração mundial. Sobre isso, escreveu o jornalista William Thomas Stead: "As duas maiores forças pessoais da Conferência foram o Barão Marschall da Alemanha, e o Dr. Barbosa, do Brasil… Todavia ao acabar da conferência, Dr. Barbosa pesava mais do que o Barão de Marschall".

Em 21 de outubro de 1908 discursa, em francês, na Academia Brasileira de Letras, em recepção a Anatole France. A partir do ano seguinte, e até 1910, inicia a Campanha civilista. Já em 1911 retorna ao Diário de Notícias. Nesse período, ao responder à carta de um correligionário civilista, em outubro de 1911, escreve uma das mais importantes obras sobre Deontologia Jurídica: O Dever do Advogado.

Para a eleição de 1 de março de 1910, integra com o presidente de São Paulo, Dr. Albuquerque Lins, a chapa dos candidatos da soberania popular, na Campanha Civilista, sendo Ruy candidato a presidente da república, e Albuquerque Lins a vice-presidente. O país se dividiu: Bahia, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais apoiaram o candidato Ruy Barbosa, e os demais estados apoiaram a candidatura de Hermes da Fonseca, que tinha Venceslau Brás como seu vice. Hermes e Venceslau Brás venceram. Hermes teve 403.867 votos contra 222.822 votos dados a Ruy Barbosa.

Durante a Guerra do Contestado (1912 -1916), Ruy Barbosa defendeu os interesses do Paraná. Nessa época, também era advogado e possivelmente lobista da Southern Brazil Lumber & Colonization Co. Inc., grande empresa madeireira e colonizadora de terras no sul do país que integrava o grupo empresarial de Percival Farquhar.

Em junho de 1913 inicia sua terceira candidatura à Presidência pela Convenção Nacional, no Teatro Politeama do Rio de Janeiro - "a maior solenidade popular registrada, até hoje, na história brasileira". Na iminência de perder para Venceslau Brás, lança em dezembro o "Manifesto à Nação", renunciando à candidatura. Ruy obteve, em 1º de março de 1914, 47.000 votos, tendo sido derrotado por Venceslau Brás.

Três anos depois, a 9 de julho de 1917, participa do Centenário de Tucuman. Ao receber o título de professor honoris causa da Faculdade de Direito e Ciências Sociais de Buenos Aires, em 14 de julho, protesta - a propósito da Guerra Mundial em curso na Europa - contra a postura dos países neutros diante das atrocidades do conflito. Em seu discurso intitulado o "Dever dos Neutros", Rui defende o princípio de que neutralidade não pode ser confundida com indiferença e impassibilidade, apoiando firmemente a causa dos aliados. Segundo ele, a invasão da Bélgica pelos alemães, no final de 1915, representava o revés das conquistas alcançadas na Conferência da Paz em Haia. O discurso teve repercussão internacional, e suas teses provocariam mudanças drásticas na política externa do Brasil - até então neutro na Guerra Mundial. Durante todo o ano de 1917, Rui participaria de comícios e manifestações contra a agressão aos navios da marinha mercante brasileira.

Finalmente, convocado pelo presidente da República, Venceslau Brás, participaria da reunião em que foi revogado o decreto de neutralidade do Brasil no conflito, em 10 de junho de 1917. Victorino de la Plaza, presidente da Argentina, após o banquete que lhe ofereceu Ruy, falou: "Já disse aos meus ministros que, aqui, o Sr. Ruy Barbosa, com credenciais ou sem elas, será considerado sempre o mais legítimo representante do Brasil."

Em 1917 colabora no projeto da Tradução Brasileira.

Ocorre em 1918 o Jubileu Cívico. Paul Claudel, ministro da França, entrega-lhe as insígnias de Grande Oficial da Legião de Honra.

Em 13 de abril de 1919 concorre pela quarta e última vez à Presidência, e, como anteriormente, contra a sua vontade. Perde as eleições para Epitácio Pessoa. Promove conferências pelo sertão da Bahia. Ainda em 1919, dada a intervenção de Epitácio Pessoa na Bahia, reitera a recusa, feita um ano antes, de representar o Brasil na Liga das Nações, durante a Conferência de Versalhes - que estipulou os termos da paz entre vitoriosos e derrotados na Primeira Guerra.

Em 1921, com o "coração enjoado da política", renuncia à cadeira de senador. Jubileu político ao lado dos moços doutorandos de São Paulo.

A Bahia, que ele chamou de "mãe idolatrada", reelege-o senador novamente, e ele diz: "É um ato de obediência, em que abdico da minha liberdade, para me submeter às exigências do meu Estado natal".
Recusa o cargo de Juiz Permanente na Corte de Haia (ocupado posteriormente por Epitácio Pessoa).
Ainda no mesmo ano, recusa projeto do senador Félix Pacheco para que fosse concedido a Ruy um prêmio nacional em dinheiro, dizendo: "A consciência me atesta não estar eu na altura de galardão tão excepcional".

Em julho de 1922 sucumbe a um grave Edema Pulmonar, com iminência de morte. Meses depois, em fevereiro de 1923, sofre Parilisia Bulbar.

Dr. Ruy diz a seu médico: "Doutor, não há mais nada a fazer". Ao 1º de março de 1923 falece em Petrópolis, à tarde, aos 73 anos de idade.

Fonte: Wikipédia