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Éder Jofre

ÉDER JOFRE
(86 anos)
Pugilista

☼ São Paulo, SP (26/03/1936)
┼ Embu das Artes, SP (02/10/2022)

Éder Jofre foi um pugilista nascido em São Paulo, SP, no dia 26/03/1936.

Conhecido pela alcunha Galo de Ouro, concedida pelo escritor Benedito Ruy Barbosa, foi Tricampeão Mundial de Boxe, Campeão Peso Pena pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC), e Campeão do Peso Galo pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC) e pela NBA (National Boxing Association), posterior Associação Mundial de Boxe (WBA). Lutava, quando amador, sob as cores do São Paulo Futebol Clube.

Introduzido ao Hall da Fama do boxe, localizado na cidade de Canastota, Estados Unidos, em 1992, Éder Jofre foi considerado, por especialistas de boxe do mundo inteiro na revista especializada em boxe The Ring como o "Melhor pugilista da década de 1960", à frente de Muhammad Ali, que ficou na segunda colocação. Além disso, em 2002 ele foi ranqueado na 9ª posição entre os "Melhores pugilistas dos últimos cinquenta anos" novamente pela revista norte-americana The Ring, e considerado por especialistas como o maior Peso Galo do boxe na era contemporânea.


Éder Jofre
converteu-se ao vegetarianismo em 1956, depois de uma leitura que indicava que a carne era prejudicial ao organismo humano, conforme declarou no documentário "A Carne é Fraca" produzido pelo Instituto Nina Rosa.

Éder Jofre nasceu no centro de São Paulo, na rua do Seminário, e posteriormente se mudou para o bairro paulistano do Peruche, localizado na Zona Norte. Sua família era de boxeadores. Seu pai, o argentino José Aristides Jofre, conhecido como Kid Jofre (1907-1974), já havia sido um respeitável pugilista, passando assim os ensinamentos para o filho, que logo aprendeu a "amar a nobre arte", apesar de sua primeira opção profissional ter sido pelo desenho arquitetônico, curso que realizou em sua adolescência. Em virtude do desabamento do teto do Liceu de Artes e Ofícios, perdeu o material didático e por não ter recursos para adquirir um novo, desistiu do sonho de desenhista.

Só para ilustrar, Éder Jofre adorava fazer desenhos de seus super heróis favoritos, como Capitão Marvel, Super Homem e Capitão América. Sua família materna de origem italiana, os Zumbano, também tinha tradição no boxe.


Em 1953, Éder Jofre subiu pela primeira vez nos ringues como amador, no torneio "Forja de Campeões", patrocinado pelo jornal A Gazeta Esportiva. Ainda na condição de amador, disputou os Jogos Olímpicos de 1956 em Melbourne, Austrália. Chegou aos jogos como um dos favoritos, já que estava invicto como amador até então, mas devido a organização brasileira, que o fez treinar com um lutador bem maior e cuja consequência foi a quebra de seu nariz, fez com que ele lutasse sem muitas condições, tendo que respirar pela boca, culminando na derrota, em sua segunda luta na competição, por decisão dos jurados para o chileno Claudio Barrientos que após tornar-se profissional voltou novamente a lutar contra Éder Jofre e foi derrotado sendo vítima de 8 knock downs.

Profissionalmente, Éder Jofre começou em 1957 na categoria Peso Galo. No ano seguinte, era já um campeão brasileiro em sua categoria.

Em 1960, contra o argentino Ernesto Miranda, conquistou o título sul-americano dos Galos, começando assim, a escrever o seu nome na história do boxe mundial.

Em 1961, mudou-se para os Estados Unidos e tornou-se campeão mundial pela National Boxing Association, a mesma que se tornou a Associação Mundial de Boxe (WBA) em 1962, vencendo, por nocaute, o mexicano Eloy Sanchez no Olympic Auditorium.

Éder Jofre e Popó Freitas
Em 1962, unificou os títulos da categoria Peso Galo, vencendo o irlandês Johnny Caldwell, campeão da versão europeia. Éder Jofre conseguiu manter o seu título mundial até 1965, ganhando todas as lutas por nocaute. Naquele ano, em um resultado contestado, foi derrotado pelo japonês Fighting Harada. Em 1966, na revanche, outra derrota em um resultado controverso, culminando em enorme desilusão.

Em 1970, após três anos de sua "aposentadoria", onde fazia várias exibições pelo Brasil afora, em um circo de sua tia Olga Zumbano, voltou aos ringues lutando na categoria Peso Pena. Foram 25 vitórias, sendo uma delas em cima do gigante cubano, naturalizado espanhol, José Legra que lhe valeu o título mundial do Conselho Mundial de Boxe (WBC), em uma categoria superior a que ele começou. Isso aconteceu em 05/05/1973. Durante a luta seu pai passou mal e foi internado.

Éder Jofre fez uma única defesa do título dos Penas contra um dos maiores pugilistas mexicano, Vicente Saldivar, e o derrotou por nocaute no 4º round mantendo seu cinturão.

Em 1974, seu pai e treinador, Kid Jofre, faleceu devido a um câncer no pulmão, e em 1976, devido a morte do irmão Dogalberto, aposentou-se do boxe profissional.

Mesmo após ter se aposentado do esporte, continuou a disputar lutas em forma de exibições. Uma delas realizada no Ginásio do Ibirapuera, que é considerado uma das mais notáveis contra Servílio de Oliveira, o primeiro medalhista Olímpico do Boxe brasileiro em 1968, transmitida pela TV Record.

Éder Jofre também foi professor de boxe em uma famosa academia paulistana, treinando modelos, atores, empresários.

Éder Jofre como vereador em 1984
Participação na Política

Como político, foi eleito vereador de São Paulo pelo Partido Democrático Social (PDS), em 1982. Em 1989, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), seguindo carreira política de 1989 a 2000, quando foi membro da Assembleia Constituinte Municipal que promulgou a Lei Orgânica do Município de São Paulo, sendo um dos seus signatários.

Éder Jofre foi autor de 25 leis, sendo a grande maioria relacionada a saúde e educação.

Cinema

Um filme foi produzido em homenagem a Éder Jofre, com o título de "10 Segundos Para Vencer". O filme conta sua história e a relação entre ele e seu pai e treinador, Kid Jofre, além de mostrar suas grandes conquistas no boxe.

Criado por Thomas Stavros, que também assina o roteiro e produção, o filme foi produzido pela Globo Filmes, em parceria com a Tambellini Filmes. Também são produtores, Breno Silveira e Chico Abréia, e dirigido por José Alvarenga Júnior.

Daniel de Oliveira fez o papel de Éder Jofre. O filme conta ainda com a participação de Osmar Prado, Ravel Andrade, Sandra Corveloni, Kelly Freitas, Samuel Toledo, Wither Dalus e Ricardo Gelli.

A data de lançamento do filme foi 27/09/2018.

No dia 25/08/2018, o filme foi agraciado por 2 Kikitos no Festival de Cinema de Gramado: Melhor Ator para Osmar Prado (Kid Jofre) e Melhor Ator Coadjuvante para Ricardo Gelli (Antonio "Tonico" Zumbano).

Homenagens

A partir de 17/10/2021, Éder Jofre tornou-se o primeiro boxeador do Brasil a ter seu nome incluído na galeria do Hall da Fama da Costa Oeste (WCBHOF), em Los Angeles.

Indicado em 1992, Éder Jofre também já faz parte do Hall da Fama do Boxe Internacional (IBHOF), localizado em Canastota, New York, o mais importante deles, criado em 1989, onde também é o único nome brasileiro.

Éder Jofre também faz parte de outras três galerias semelhantes que listam os melhores de todos os tempos na modalidade, todas nos Estados Unidos.

A revista The Ring, edição de 90 anos, o escolheu como melhor boxeador da década de 1960. Muhammad Ali ficou em segundo lugar.

Apesar da satisfação de vê-lo ser homenageado internacionalmente, os filhos de Éder Jofre lamentam que ele seja pouco reconhecido no Brasil.

Morte

Em março de 2022, Éder Jofre foi internado em São Paulo, por causa de uma pneumonia.
 
Éder Jofre faleceu no domingo, 02/10/2022, aos 86 anos, em Embu das Artes, SP, já bastante debilitado pela pneumonia.

Cartel

  • 81 lutas;
  • 75 vitórias;
  • 50 nocautes;
  • 4 empates;
  • 2 derrotas (Os 2 contestados combates contra Fighting Harada);
  • 75 Vitórias (52 knockouts, 23 por decisão), 2 Derrotas (2 por decisão), 4 Empates.

Conquistas

  • 1953 - Campeão da Forja de Campeões (Amador);
  • 1954 - Campeão SESI (Amador);
  • Campeão Taça Ramón Perdomo Platero - Brasil x Uruguai;
  • 1958 - Campeão Brasileiro dos Galos;
  • 1960 - Campeão Sul-americano dos Galos;
  • Campeão Mundial Pesos Galo Conselho Mundial de Boxe (CMB);
  • 1960 - Campeão Mundial dos Galos da Associação Mundial de Boxe (AMB);
  • 1962 - Campeão Unificado dos Galos (Títulos: NBA americana e européia);
  • 1973 - Campeão Mundial dos Penas pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB).

Prêmios e Homenagens

  • 1963 - Melhor Peso Galo do Mundo;
  • 1964 - Grand Award Of Sports (Melhor Pugilista do Ano) - New York Theatre;
  • Melhor Peso Galo de Todos os Tempos pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB);
  • 1985 - Melhor Peso Galo da História pela Associação Interamericana de Imprensa;
  • Pugilistas que defenderam com sucesso consecutivamente a partir de 5 vezes o Título Mundial dos Pesos Galo pela Associação Mundial de Boxe (AMB) recebem o cinturão de Super Campeão denominado "Eder Jofre";
  • 1992 - Indicado para o Hall da Fama do boxe, localizado na cidade de Canastota, New York - Estados Unidos. Até hoje é o único pugilista brasileiro no Hall da Fama;
  • 2002 - Nono melhor pugilista dos últimos cinquenta anos pela revista norte-americana The Ring (Lista que também inclui, por exemplo, Sugar Ray Robinson, Muhammad Ali, Julio Cesar Chavez, Sugar Ray Leonard, Roberto Duran e Carlos Monzón);
  • Citado no mangá japonês Hajime no Ippo pelo seu upper na luta contra Masahiko Harada em Nagoya, Japão, em 1965, onde seu upper acertou o ar e fez um incrível som. Genji Kamogawa compara o upper do protagonista, Ippo Makunouchi, ao de Éder Jofre quando o vê pela primeira vez (Edição nº 5);
  • Citado na edição de 90º aniversário da revista The Ring, conceituada no âmbito do boxe, como Melhor Pugilista da Década de 60, à frente de Muhammad Ali, que ficou na 2ª colocação. A eleição para essa lista foi realizada por especialistas de boxe do mundo inteiro;
  • 2021 - Ingressou no West Coast Boxing Hall Of Fame - Califórnia, Estados Unidos.

Títulos

  • Campeão Mundial dos Pesos Galo pela Associação Mundial de Boxe (AMB) - 18/11/1960 a 18/05/1965;
  • Campeão Mundial dos Pesos Galo pela União Europeia de Boxe (UEB) - 18/01/1962 a 18/05/1965;
  • Campeão Mundial dos Pesos Galo pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB) - 1963 a 18/05/1965;
  • Campeão Mundial dos Pesos-Pena pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB) - 05/05/1973 a 17/06/1974 (Aposentadoria)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #EderJofre

André Midani

ANDRÉ HAIDAR MIDANI
(86 anos)
Escritor e Executivo da Indústria Fonográfica

☼ Damasco, Síria (25/09/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/06/2019)

André Haidar Midani foi um profissional do mercado fonográfico brasileiro, considerado um dos nomes mais importantes da indústria fonográfica brasileira dos anos 60 aos 90. Nascido em Damasco, na Síria, no dia 25/09/1932, foi morar na França aos três anos de idade.

Foi criado para ser confeiteiro, porém a carreira profissional de André Midani teve início em 1952, na gravadora Decca, na França. Iniciou na empresa como apontador de estoque, chegando a vendedor, mas destacou-se mesmo posteriormente, numa profissão que ainda não existia, a de descobridor de projetos fonográficos.

Por causa da Guerra da Argélia, André Midani mudou-se para o Brasil em 1955. Um dia após sua chegada ao país, procurando por gravadoras nas Páginas Amarelas, interessou-se pela Odeon Records. Porém, como ainda não tinha fluência no português, tentou se comunicar em inglês com a telefonista, que, confundindo-o com algum funcionário da matriz européia, transferiu sua ligação para a sala da presidência da empresa. Nessa ligação, André Midani acabou conseguindo agendar uma entrevista, que lhe valeu um emprego cujo objetivo era o lançamento do selo Capitol Records no Brasil.

A princípio, seu trabalho era lançar as estrelas internacionais do selo, mas a partir de 1957 começou a se envolver mais com a música nacional, até virar um personagem importante no lançamento da Bossa Nova no país. André Midani rapidamente sentiu que faltavam no país músicas voltadas para jovens, coisa bastante comum na França e nos Estados Unidos, com cantores como Charles Aznavour, Gilbert Bécaud, Juliette Greco, Elvis Presley, Bill Haley, entre outros.

André Midani, 1960
André Midani entrou em contato com a Bossa Nova através do fotógrafo Chico Pereira, que lhe apresentou Carlos Lyra, Roberto Menescal, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, Oscar Castro-Neves, entre outros. Já João Gilberto lhe foi apresentado por Dorival Caymmi.

Nessa época, o maestro Tom Jobim já era conhecido pelos arranjos que fazia para a Rádio Nacional, porém ainda não por suas composições. Rapidamente André Midani identificou que ali estava a música ideal para a juventude brasileira.

O lançamento da Bossa Nova no mercado nacional surgiu da parceria feita com Aloysio Oliveira. Como o próprio André Midani dizia: "Se houve uma hesitação por parte do Aloysio, eu fui talvez o instrumento que tirou a hesitação dele!".

Em 1960, teve problemas com o presidente da Odeon, Bill Morris, que resultaram na sua saída da empresa. Após seu desligamento da gravadora, e com o financiamento da própria Odeon, fundou a Imperial, que vendia discos de porta em porta. A nova empresa de André Midani teve uma boa participação no mercado e chegou até, em determinados momentos, a vender mais discos que a própria Odeon, tendo se estabelecido, posteriormente, em outros países latino-americanos, como Argentina, Venezuela, Peru e México.

Com o grande sucesso da nova empreitada, André Midani ganhou destaque no mercado e acabou convidado a instalar a Capitol no México e, posteriormente, em Los Angeles. Trabalhou na Capitol até 1968, quando foi convidado a exercer a presidência da Philips, atual Universal Music, no Brasil.

André Midani ao lado de Rita Lee em 1972
André Midani recebeu um prazo de três anos para transformar a deficitária Philips numa empresa lucrativa, ou a mesma seria fechada. Quando chegou à empresa, contava com um cast de 155 artistas, que logo foi reduzido para 50, sendo mantidas as principais estrelas do selo, como Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes, Edu Lobo, Ronnie Von, entre outros.

A direção do Departamento de Divulgação, Promoção e Marketing ficou a cargo de Armando Pittigliani, enquanto Roberto Menescal foi convidado a exercer a função de diretor artístico, porque André Midani acreditava ser muito importante ter um músico nessa função.

O nome utilizado para a gravadora foi Phonogram, que posteriormente chamou-se Polygram, atual Universal Music, que na época era constituída pela Philips, dirigida por Roberto Menescal, e pela Polydor, dirigida por Jairo Pires. O cast da companhia foi reforçado por artistas como Maria Bethânia, Vinicius de Moraes, Toquinho, Tim Maia, MPB4, Chico Buarque, Jorge Ben, hoje conhecido como Jorge Ben Jor, Evaldo Braga, Luiz Melodia, Jards Macalé, Raul Seixas, entre outros.

Na década de 1970 um anúncio de duas páginas reunindo todo o elenco da gravadora teve grande destaque, pois nele estava a frase: "Só nos falta o Roberto... Mas também ninguém é perfeito!", referindo-se a Roberto Carlos, artista do selo CBS. 

Wander Taffo, André Midani e Roger
André Midani ficou na presidência da empresa até 1976, quando foi convidado por Nesuhi Ertegün para montar a Warner no Brasil. A gravadora começou a operar com 3% do mercado brasileiro. Após contratar para seu cast artistas como Elis ReginaTom Jobim, Gilberto Gil, Belchior, Hermeto Pascoal, João Gilberto, Paulinho da Viola, Ney MatogrossoRaul Seixas, Guilherme Arantes, Baby Consuelo, hoje Baby do Brasil, Pepeu Gomes, A Cor do Som, Banda Black RioAs Frenéticas, entre outros, viu sua participação de mercado subir para 14%.

Na década de 1980, a gravadora resolveu apostar no rock brasileiro, contratando artistas como Lulu Santos e os grupos Titãs, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor, Ira!, Inocentes, Kid Abelha, Camisa de Vênus, entre outros.

Em 1983, levou a Warner também para a Argentina, e, em 1984, para o México.

Em 1990, foi transferido para New York, onde assumiu o cargo de presidente da Warner para toda a América Latina.

Na época, desenvolveu a Divisão para a América Latina da companhia nos Estados Unidos, fortalecendo a marca da gravadora em países como Argentina, México, Colômbia, Peru, Venezuela e Chile.

Lulu Santos, André Midani e Marcelo, 1982
André Midani chegou a fazer parte do Conselho de Direção da gravadora na Itália e na Espanha, tornando-se, a partir do ano 2000, membro do Conselho Consultivo da Warner Music Internacional.

Em 2002, retornou ao Brasil, onde estabeleceu residência, passando a trabalhar na Organização Não Governamental (ONG) Viva Rio. Convidado pelo ministro Gilberto Gil, exerceu o cargo de comissário-geral do "Ano do Brasil na França" no ano de 2005.

Em 2008, lançou o livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download" (Nova Fronteira).

Em 2011, seu livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download", lançado em 2008 foi retirado das lojas algum tempo depois por ação judicial, após atingir altos níveis de vendagem. Atualmente é disponibilizado para download pela internet na íntegra.

Por sua trajetória na indústria fonográfica brasileira, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin, em 2013, com a exposição "A Magia do Disco - André Midani", que teve curadoria de Heloísa Carvalho Tapajós.

André Midani foi considerado, pela revista Billboard, uma das 90 pessoas mais importantes da história da indústria mundial de discos, além de ter sido eleito Homem do Ano no Midem 1999, membro do conselho da Federação Internacional dos Produtores de Discos (IFPI) e presidente da IFPI latino-americana.

Morte

André Midani faleceu na noite de quinta-feira, 13/06/2019, aos 86 anos, no Rio de Janeiro, RJ, em decorrência de um câncer. Ele estava internado na Casa de Saúde São Vicente, localizado Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Ney Matogrosso, Gilda e André Midani
Prêmios

  • 2005 - Condecorado com a Légion d'honneur pelo Governo Francês.
  • 2014 - Grammy Latino "Lifetime Achievement Award"

Fonte: Wikipédia e Correio Brasiliense

Paulo Zimbres

PAULO DE MELO ZIMBRES
(86 anos)
Arquiteto e Professor

☼ Ouro Preto, MG (06/01/1933)
┼ Brasília, DF (03/06/2019)

Paulo de Melo Zimbres foi um arquiteto e professor nascido em Ouro Preto, MG, no dia 06/01/1933, criador do projeto arquitetônico de Águas Claras, DF.

Paulo Zimbres trabalhou em diversos projetos de arquitetura e urbanismo, inclusive com Marcos Zimbres e Joara Cronemberger na sede da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) na própria Águas Claras.

É também de autoria de Paulo Zimbres o projeto para a ocupação do novo bairro Setor Noroeste, intervenção no Plano Piloto original de Brasília de Lúcio Costa.

Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) em 1960 e radicado em Brasília há vários anos, Paulo Zimbres integrou a geração de arquitetos brasileiros que elegeram o concreto como o material por excelência da linguagem moderna.

Aberto a outras opções, Paulo Zimbres mantinha viva a relação com o concreto.
"Fomos criados assim, entendendo seu uso não só como elemento estrutural, mas como linguagem arquitetônica. Se quero fazer pilotis, volumes em balanço ou estruturas em curva, então prefiro o concreto!"
(Paulo Zimbres)


Essa escolha, presente nas obras iniciais como o prédio da Reitoria da Universidade de Brasília (UNB), de 1975, possibilitou a execução desse edifício sobre pilotis, acessível por todos os lados. São dois blocos retangulares contrapostos, interligados por rampas, e recobertos por uma laje nervurada. No interior, um jardim sombreado, com espelho d’água, é protegido por uma grelha de concreto no teto. Desse espaço vê-se o auditório, suspenso por tirantes fixados à cobertura.

Os prédios escolares têm lugar de destaque no currículo do arquiteto. Em 1991, projetou, com Luís Antônio Reis, duas bibliotecas gêmeas, em campi diferentes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Dentro, a amplidão e claridade dos espaços deve-se ao pé-direito triplo e à cobertura em malha de concreto nervurada, entremeada por claraboias. Por fora, o edifício assemelha-se a um bloco rendilhado, como um brise cerâmico, sobre pilotis.

Em um projeto de colégio em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, utilizou pela primeira vez os pré-fabricados de concreto. Executado em três meses, o projeto do Instituto Metodista contou com o apoio do engenheiro estrutural Cláudio Puga na definição das melhores soluções técnicas. No projeto, Paulo Zimbres optou por explicitar o sistema construtivo adotado, deixando aparentes juntas e outros elementos construtivos.

Morte

Paulo de Melo Zimbres faleceu na madrugada de segunda-feira, 03/06/2019, aos 86 anos, em Brasília, DF. A família não divulgou a causa da morte.

O velório de Paulo Zimbres ocorreu na terça-feira, 04/06/2019, a partir das 8h00, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul e o sepultamento foi às 11h00.

Fonte: Wikipédia

Sônia Guedes

SÔNIA OLIVEIRA GUEDES
(86 anos)
Atriz

☼ Santo André, SP (22/11/1932)
┼ São Paulo, SP (03/06/2019)

Sônia Oliveira Guedes foi uma atriz nascida em Santo André, SP, no dia 22/11/1932. Ela foi uma das mais premiadas atrizes de teatro, TV e cinema no Brasil.

Formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD), em 1967, e em canto e piano pelo Conservatório Musical de Santo André, iniciou sua carreira no teatro amador e de rua. Na década de 70, estreou na televisão, no programa "Vila Sésamo", na TV Globo.

Sônia Guedes ajudou a fundar o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, num dos principais polos industriais brasileiros: o Grande ABC. Também foi uma das fundadoras do Centro Popular de Cultura (CPC) e do Grupo Teatro da Cidade de Santo André (GTC).

Em 2009, foi retratada pela dramaturga Adélia Nicolete como uma pessoa de delicadeza ímpar, feita de pura poesia no livro "Sônia Guedes: Chá das Cinco", que integra a Coleção Aplauso Perfil (Editora Imprensa Oficial).

Na TV, Sônia Guedes despontou como Elza, a mãe de Regina Duarte no seriado "Malu Mulher" (1979). Na TV Globo, esteve ainda nas novelas "De Quina Pra Lua" (1985), "Barriga de Aluguel" (1990), "Coração de Estudante" (2002) e "Mulheres Apaixonadas" (2003).


No SBT, atuou em "Razão de Viver" (1983), "As Pupilas do Senhor Reitor" (1995), "Esmeralda" (2004) e "Chiquititas" (2014), sua última novela.

Na TV Record, participou das tramas "Vidas Cruzadas" (2000), "Cidadão Brasileiro" (2006), "Luz do Sol" (2007) e "Amor e Intrigas" (2008).

Sônia Guedes também teve passagens por Rede Manchete, TV Cultura e pôde ser vista em "Santo Forte", no canal pago AXN, em 2015.

No cinema, estreou em "Noite em Chamas" (1977) e atuou nos filmes "A Hora da Estrela" (1985), "Corpo" (2007), "Antes Que Seja Tarde" (2007), "Histórias Que Só Existem Quando Lembradas" (2012), "A Navalha do Avô" (2013), "O Circo da Noite" (2013) e "Amor no Divã" (2016).

Entre os tantos prêmios e indicações por trabalhos no teatro está o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) de melhor atriz, em 1978, pelo espetáculo "Caixa de Sombras". O prêmio mais recente deles celebrou no Festival de Cinema Luso-brasileiro, em 2011, quando levou o troféu de Melhor Atriz por seu trabalho em "Histórias Que Só Existem Quando Lembradas".

Morte

Sônia Guedes faleceu na segunda-feira, 03/06/2019, aos 86 anos. Ela estava internada no Hospital Sancta Maggiore, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Não divulgada inicialmente, a causa da morte foi um câncer.

O velório de Sônia Guedes começou às 8h00 da manhã de terça-feira, 04/06/2019, no cemitério do Araçá, em São Paulo. O sepultamento ocorreu em Paranapiacaba, em Santo André, SP.

Carreira

Televisão
  • 2015 - Santo Forte ... Dona Alcina
  • 2014 - Chiquititas ... Dona Nina Corrêa
  • 2009 - Poder Paralelo ... Berenice de Castro
  • 2008 - Amor e Intrigas ... Dora Molinaro
  • 2007 - Luz do Sol ... Wanda Soares (Wandinha)
  • 2006 - Cidadão Brasileiro ... Maria
  • 2005 - Você Tem Medo do Ridículo, Clark Gable?
  • 2004 - Esmeralda ... Margarida
  • 2003 - Mulheres Apaixonadas ... Matilde Andrade de Melo
  • 2002 - Coração de Estudante ... Madalena
  • 2000 - Vidas Cruzadas ... Loretta
  • 1995 - As Pupilas do Senhor Reitor ... Alice
  • 1995 - Você Decide (Episódio: O Príncipe Desencantado)
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Zeni
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Dona Ambrosina dos Santos
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Participação Especial
  • 1983 - Razão de Viver ... Dona Zezé
  • 1979 - Malu Mulher ... Elza
  • 1972 - Vila Sésamo ... Maroca

Cinema
  • 2016 - O Amor no Divã ... Rebeca
  • 2013 - O Circo da Noite ... Lúcia de Almeida
  • 2013 - A Navalha do Avô ... Terezinha
  • 2012 - Histórias Que Só Existem Quando Lembradas ... Madalena
  • 2007 - Antes Que Seja Tarde ... Avó
  • 2007 - Corpo
  • 1985 - A Hora da Estrela ... Joana
  • 1977 - Noite em Chamas

Prêmios e Indicações
  • 1963 - Prêmio Governador do Estado - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1964 - Prêmio Governador do Estado - Melhor Cantora ... Venceu
  • 1978 - Prêmio APETESP - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1978 - Troféu APCA - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1978 - Prêmio Governador do Estado - Melhor Atriz Coadjuvante ... Venceu
  • 1988 - Prêmio APETESP - Melhor Atriz Coadjuvante ... Venceu
  • 1990 - Prêmio Mambembe - Melhor Atriz Coadjuvante ... Venceu
  • 1998 - Prêmio APETESP - Melhor Atriz Coadjuvante ... Venceu
  • 1998 - Prêmio Mambembe - Melhor Atriz Coadjuvante ... Venceu
  • 2012 - Festival de Cinema Luso-Brasileiro - Melhor Atriz ... Venceu
  • 2012 - Festival de Abu Dhabi - Melhor Atriz ... Venceu

Fonte: Wikipédia

Bita do Barão

WILSON NONATO DE SOUZA
(86 anos)
Umbandista

☼ Codó, MA (10/07/1932)
┼ Teresina, PI (18/04/2019)

Wilson Nonato de Souza, mais conhecido por Bita do Barão, foi um umbandista nascido no povoado Santo Antônio dos Pretos, na zona rural de Codó, MA, no dia 10/07/1932. Bita do Barão é considerado um dos grandes líderes umbandistas do Brasil.

Na infância, Wilson Nonato era muito agitado, então ganhou dos pais o apelido de Bita que, na linguagem da cidade, quer dizer "bode". Já a alcunha de Barão faz referência ao Barão de Guaré, que é a entidade que o pai de santo incorporava.

A descoberta de Bita do Barão como médium deu-se ainda na juventude, quando, incorporando Barão de Guaré, conseguiu desvendar o roubo de uma arma na cidade, dizendo o local e quem havia roubado o objeto.

Nascido em uma família pobre do povoado de São Antônio dos Pretos, onde se dançava o Terecô nas matas, por causa da repressão policial, a trajetória de Bita do Barão na religião afro-brasileira é regada a muitos mistérios. A fama, além da dedicação aos cultos, deve-se às amizades com nomes influentes da política brasileira.


Em Codó, município de cerca de 110 mil habitantes que fica distante pouco mais de 290 quilômetros de São Luís, MA, existe uma vertente regional da umbanda, o Terecô. O ritual possui um conceito de "encantamento". Segundo o ensinamento, as pessoas não morrem. Tornam-se almas vagantes que podem ser invocadas quando necessário. Estima-se que a cidade possua mais de 300 terreiros de Terecô.

A cidade mais umbandista do país, conhecida como a meca da feitiçaria, tinha um dos pais de santo mais prestigiados do Brasil, o Bita do Barão.

Dentre as diversas histórias, conta a lenda que os tambores soaram dia e noite, por sete dias, nos idos de 1985, quando Tancredo Neves morreu e deixou a presidência da República ao então vice, José Sarney. Recentemente, boatos também indicam que semanas antes da votação do impeachment que derrubou Dilma Rousseff do poder, Michel Temer fez uma visita ao babalorixá. Outro que também já teria se consultado com Bita do Barão seria o ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Bita do Barão com a filha Janaína e José Sarney, em visita a Brasília.
O Bita do Barão não revelava sua idade. De acordo com as diretrizes do Terecô, quanto mais velho o pai de santo, menos poderes ele mantém. Por isso a negativa. Mas na época acreditava-se que Bita do Barão tinha mais de 100 anos.

Poderoso todos os anos, no mês agosto, a cidade de Codó para durante uma semana inteira para celebrar o Festejo da Tenda Espírita em que Bita do Barão era mestre. Na ocasião, os 500 filhos e filhas de santo que o seguiam dançavam em louvação. Havia distribuição de brinquedos a crianças e banquete à vontade.

Com uma vida cercada de mistérios e muito marketing, Bita do Barão, em entrevista de 2014 a Globo News, arrematou: "A umbanda é uma religião que está crescendo. Mudou muito. Graças a Deus!".

Bita do Barão conduzia a Tenda Espirita de Umbanda Rainha de Iemanjá Palácio de Iansã, na cidade de Codó, no Maranhão. 

Morte

Wilson Nonato de Sousa, conhecido como o famoso pai de santo Bita do Barão, no início da tarde de quinta-feira, 18/04/2019, aos 86 anos, após cinco dias internado no Hospital São Paulo, em Teresina, PI, devido a uma infecção pulmonar, que se agravou para um problema renal e de pressão alta.

Bita do Barão sofria de vários problemas de saúde quando foi internado em Teresina, PI, chegando a ficar na UTI em coma.

A informação do óbito foi confirmado por sua filha, JanaínaBita do Barão sofria com problemas renais, respirava com a ajuda de aparelhos e seu único rim estava parado. 

O velório aconteceu na Tenda Espírita de Umbanda Rainha Iemanjá, criado por ele, no bairro Santa Filomena, em Codó, a 290 km de São Luís, MA. Orações e rituais da umbanda foram realizados durante todo velório.

Acompanhado por uma multidão, o corpo de Bita do Barão foi levado em cortejo pelas ruas de Codó e sepultado por volta das 18h30 de sábado, 20/04/2019, no Cemitério Central. Antes, um ritual conhecido como "Tambor de Choro" foi realizado pelos filhos de santo de Bita do Barão.

Entidades, políticos e órgãos governamentais emitiram notas de pesar sobre o falecimento de Bita do Barão. Famoso, ele gozava de prestígio principalmente na classe política e artística. A Federação de Umbanda e Culto Afro-Brasileiro do Maranhão (FUCABMA) afirmou que Bita do Barão teve uma esplendorosa trajetória espiritual no plano terrestre. Por fim, a nota assinada pelo presidente Biné Gomes, expressou grande honra pela oportunidade de aprendizado junto com o pai de santo.

O governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Igualdade Racial (SEIR), lamentou o falecimento do religioso e se solidarizou com a comunidade umbandista, a família de Bita do Barão e com as lideranças religiosas dos cultos afros.

Pastor Washington Luis
Profecia

Após a morte de Bita do Barão, um vídeo, gravado três dias antes, viralizou na internet. Trata-se de uma profecia sobre sua morte:
"O maior bruxo do Maranhão vai cair, o Senhor me disse. Dei muitas oportunidades para que ele reconhecesse que Eu sou Deus e ele não quis! Aquela nuvem vai sugar ele do Maranhão e logo logo você vai estar vendo em tudo é jornal e dizendo: Eu estava naquele culto aonde a nuvenzinha trabalhou"
(Pastor Washington Luiz - Assembleia de Deus Comadesma - Araguaína, TO)

O pastor Washington Luiz é bastante conhecido no Brasil por profetizar a queda do Governo do PT, a queda de um avião no Brasil e a morte do prefeito de Tucuruí, PA.

O pastor confirmou a mensagem e disse que a recebeu de Deus durante um evento realizado em Chapadinha nos dias 15 e 16 de abril. Bita do Barão faleceu no dia 18.

Alberto Dines

ALBERTO DINES
(86 anos)
Jornalista, Professor, Biógrafo e Escritor

☼ Rio de Janeiro, RJ (19/02/1932)
┼ São Paulo, SP (22/05/2018)

Alberto Dines foi um jornalista, professor universitário, biógrafo e escritor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 19/02/1932.

Alberto Dines casou-se em primeiras núpcias com Ester Rosali, sobrinha de Adolpho Bloch, com quem teve quatro filhos, e em segundas núpcias com a jornalista Norma Couri.

Como crítico de cinema, Alberto Dines iniciou sua carreira no jornalismo em 1952 na revista A Cena Muda. Transferiu-se para a recém-fundada revista Visão no ano seguinte, convidado por Nahum Sirotsky para cobrir assuntos ligados à vida artística, ao teatro e ao cinema. Logo após passou a fazer reportagens políticas.

Já em 1957 trabalhou para a revista Manchete, até se demitir da empresa após desentendimentos com Adolpho Bloch, seu proprietário.

Em 1959 assumiu a direção do segundo caderno do jornal Última Hora, de Samuel Wainer.

Em 1960, colaborou para o jornal Tribuna da Imprensa, então pertencente ao Jornal do Brasil.

Em 1960, convidado por João Calmon, dirigiu o jornal Diário da Noite, dos Diários Associados, pertencente a Assis Chateaubriand.

Em 1962, tornou-se editor-chefe do Jornal do Brasil, no qual permaneceu durante 12 anos. Depois de anos driblando a ditadura à frente do Jornal do Brasil, foi demitido em junho de 1973 justamente por publicar um artigo que contrariava a direção do jornal, ao criticar a relação amistosa de seus donos com o Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Em 1974 foi para os Estados Unidos, onde foi professor-visitante na Universidade de Colúmbia.

Voltou ao Brasil, em 1975, convidado por Cláudio Abramo para ser diretor da sucursal da Folha de S. Paulo no Rio de Janeiro. Na Folha de S. Paulo, também foi responsável pela criação da coluna "Jornal dos Jornais", dedicada a avaliar a imprensa, sendo uma espécie de embrião do futuro Observatório da Imprensa.

Em 1980, deixou a Folha de S. Paulo e passou a colaborar no O Pasquim.

Passou a residir em Lisboa e assumiu cargo de secretário editorial do Grupo Abril, ficando em Portugal entre 1988 e 1995, onde lançou a revista Exame. Ainda em Portugal, no ano de 1994, criou o Observatório da Imprensa, periódico crítico de acompanhamento da mídia.

Retornou ao Brasil em 1994, sendo um dos responsáveis em criar do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade de Campinas (UniCamp), onde foi pesquisador sênior.

Em 1996, lançou no Brasil a versão eletrônica do Observatório da Imprensa, que conta atualmente com versões no rádio e na televisão. Este que passou a ter uma edição na TV Educativa do Rio de Janeiro em maio de 1998.

Carreira no Magistério

Em seus mais de 50 anos de carreira, Alberto Dines dirigiu e lançou diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal. Lecionava jornalismo desde 1963, iniciando suas aulas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-RJ), onde ficou até 1966.

Em 1974, foi professor visitante da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, New York. Convidado para paraninfar uma turma desta Faculdade logo após a edição do AI-5, fez um discurso criticando a censura e, em conseqüência, foi preso em dezembro de 1968 e submetido a inquérito.

Publicações

Alberto Dines escreveu mais de 15 livros, entre eles "Morte No Paraíso, a Tragédia de Stefan Zweig" (1981) e "Vínculos do Fogo" (1992). O livro sobre Stefan Zweig foi adaptado para o cinema por Sylvio Back em 2002 no filme "Lost Zweig". Alberto Dines também fala sobre Stefan Zweig no documentário do mesmo diretor.

Prêmios

Alberto Dines recebeu em 1970, o Prêmio Maria Moors Cabot de jornalismo, em 1993, o prêmio Jabuti na categoria Estudos Literários, em 2007, o Austrian Holocaust Memorial Award, em 2009, o Austrian Golden Decoration For Science And Art, e em 2010 a Ordem do Mérito das Comunicações, no grau Grã-Cruz.

Morte

Alberto Dines faleceu às 7h15 de terça-feira, 22/05/2018, aos 86 anos, no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, após dez dias internado por complicações de uma gripe, que evoluiu para uma pneumonia.

Alberto Dines deixou a mulher e quatro filhos. O sepultamento está ocorreu na quarta-feira, 26/05/2018, às 13h30, no Cemitério Israelita de Embu das Artes.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #AlbertoDines

Agildo Ribeiro

AGILDO DA GAMA BARATA RIBEIRO
(86 anos)
Ator e Humorista

☼ Rio de Janeiro, RJ (26/04/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (28/04/2018)

Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho, mais conhecido por Agildo Ribeiro, foi um ator e humorista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 26/04/1932.

Filho do político Agildo Barata, Agildo Ribeiro foi casado cinco vezes. Suas esposas foram mulheres famosas como Consuelo Leandro e Marília Pera, mas passou 35 anos casado com a bailarina e também atriz Didi Barata Ribeiro, falecida em 2009.

Agildo Ribeiro foi o primeiro ator que interpretou João Grilo, o personagem central da peça de Ariano Suassuna "O Auto da Compadecida".

Agildo Ribeiro foi um humorista de enorme sucesso na década de 1970 tanto no Brasil como em Portugal. Co-estrelou diversos programas de humor da TV Globo ao lado de Jô Soares, Paulo Silvino e Chacrinha. Naquela fase, o seu programa mais famoso foi "Planeta dos Homens".

Descendente de uma família de políticos e militares, seu pai, o oficial do exército Agildo Barata, participou do Movimento Tenentista e da Revolução de 1930. Seu tio avô, Cândido Barata Ribeiro, foi o primeiro prefeito do Distrito Federal, na época, a cidade do Rio de Janeiro. Após a Revolução Constitucionalista de 1932, sua família exilou-se em Portugal, onde Agildo Ribeiro viveu seus primeiros anos.

Paulo Silvino e Agildo Ribeiro
De volta ao Brasil, estudou durante seis anos no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Chegou a trabalhar como telefonista numa empresa de exportação, mas logo abandonou o emprego para se dedicar às artes.

Influenciado por comediantes como Oscarito, começou sua carreira de ator no Teatro do Estudante, criado por Paschoal Carlos Magno em 1938. Fez testes com atores que também se tornariam nacionalmente conhecidos, como Tereza Rachel, Othon Bastos e Augusto César Vannucci

Com o Teatro do Estudante, Agildo Ribeiro atuou em sua primeira peça, "Joãozinho Anda Pra Trás" (1953), de Lúcia Benedetti. Contracenou com Consuelo Leandro, Oswaldo Loureiro, Glauce Rocha e Sérgio Cardoso. Fez sua estreia como ator profissional no Teatro de Revista, com o grupo Teatro Follies de Zilco Ribeiro, na peça "Doll Face" (1954), originalmente escrita por Gypsy Rose Lee.

A ida de Agildo Ribeiro para a televisão está diretamente associada a seu sucesso no teatro. Graças a sua interpretação do personagem João Grilo, em "O Auto da Compadecida" (1957), de Ariano Suassuna, recebeu diversos convites para que participasse de entrevistas, esquetes e programas de humor na televisão.

Em 1955, estreou no cinema, atuando em "Angu de Caroço", de Euripides Ramos. Ao longo de sua carreira, participou de mais de 30 filmes, principalmente nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Entre seus maiores sucessos estão: "Esse Rio Que Eu Amo" (1962), com direção de Carlos Hugo Christensen, "O Pai do Povo" (1976), dirigido por Jô Soares, e "A Casa da Mãe Joana" (2008), de Hugo Carvana.

Agildo Ribeiro ao lado de Didi Barata Ribeiro, sua última esposa, falecida em 2009
Junto com Marília Pêra e Augusto César Vannucci, Agildo Ribeiro foi um dos primeiros artistas contratados pela TV Globo, inaugurada em abril de 1965. Foi convidado, primeiramente, para lançar na televisão seu "Forrobodó", um musical baseado na peça escrita por Chiquinha Gonzaga na década de 1910. Esse especial, porém, nunca chegou a ir ao ar.

Entre 1965 e 1967, Agildo Ribeiro podia ser visto em pequenas vinhetas, que fazia ao vivo, anunciando a programação da emissora. É dessa época a criação de seu bordão "Um momento! Um minuto para o próximo programa!", razão pela qual o comediante era comumente chamado nas ruas pelo apelido de "Um Minuto".

Agildo Ribeiro integrou o elenco de programas pioneiros da TV Globo. No seriado "TNT" (1965), que contava a história de três jovens modelos - Tânia (Vera Barreto Leite), Nara (Márcia de Windsor) e Tetê (Thais Muniz Portinho) - interpretava um repórter, cuja secretária era vivida pela então estreante Betty Faria. Já em "Bairro Feliz", humorístico escrito por Haroldo Barbosa e Max Nunes, satirizava fatos do cotidiano ao lado de nomes como Grande Otelo, Milton Gonçalves, Emiliano Queiroz e Berta Loran. Também atuou em "Riso Sinal Aberto" (1966) e em "TV0-TV1" (1967), ambos escritos pela dupla  Haroldo Barbosa e Max Nunes.

Agildo Ribeiro participou da adaptação para a televisão do humorístico "Balança Mas Não Cai", um grande sucesso radiofônico. Dirigido por Lúcio Mauro, o programa estreou na TV Globo em 1968, com apresentação de Augusto César Vannucci e um cenário rotatório, dividido em quatro partes, cada uma com um esquete diferente. Na mesma época, também apresentou o programa de auditório "Mister Show" (1969), ao lado do ratinho falante Topo Gigio.


Em uma tentativa de reunir artistas como Paulo Silvino, Luiz Carlos Miele e o próprio Agildo Ribeiro, os diretores Augusto César Vannucci, Walter Lacet e Paulo Araújo, criaram em 1972, o humorístico "Uau, a Companhia". Era o embrião de "Satiricom" (1973), primeiro programa da TV Globo a satirizar a programação da própria emissora. Na mesma linha do "Balança Mas Não Cai", três anos depois, o humorista se juntou a atores como Roberto Azevedo, Stênio Garcia e Clarice Piovesan em "Planeta dos Homens" (1976).

Em 1982, estreou "Estúdio A... Gildo", com direção de Augusto César Vannucci e Adriano Stuart. Era a primeira vez que Agildo Ribeiro assinava seu próprio programa humorístico. Baseado nos grandes espetáculos do Teatro de Revista, sempre entrecortado por números musicais e participações especiais, "Estúdio A... Gildo" representou um desafio especial para o artista, já que ele não podia explorar plenamente o recurso dos bordões. A frequência do programa era mensal, o que fazia com que o público tivesse pouco contato com a repetição de expressões e frases de efeito.

Em 1983, sob a direção de Lúcio Mauro, protagonizou outro humorístico de sucesso na TV Globo, "A Festa é Nossa", cujo formato tinha influência no humor inglês. O argumento era a vida de um milionário (Agildo Ribeiro) que, entediado, costumava fazer festas em sua cobertura.

Em 1984, ainda participou de "Humor Livre", antes de desligar-se da televisão para se dedicar ao teatro. Nessa fase, atuou em "Vou Querer Também Senão Eu Conto Pra Todo Mundo" (1984), peça que escreveu em parceria com Gugu Olimecha e cuja montagem teve a direção de Oswaldo Loureiro.

Agildo Ribeiro e Dinorah Pêra em cena de Zorra Total (2009)
Agildo Ribeiro voltou à TV Globo em 1985, quando fez sua primeira novela, "De Quina Pra Lua", de Alcides Nogueira, como o distraído Professor Cagliosto.

Em 1987, acompanhou o diretor Augusto César Vannucci e transferiu-se para a TV Bandeirantes, onde estrelou "Agildo No País Das Maravilhas", programa de sátira política encenado com ventríloquos.

Em 1989, agora sob o nome "Cabaré do Barata", o programa passou a ser exibido pela TV Manchete.

Na década de 1990, Agildo Ribeiro trabalharia também no SBT, com o humorístico "Não Pergunta Que Eu Respondo" (1993).

Em 1994 mudou-se para Portugal, onde permaneceu por dois anos e apresentou o programa "Isto é o Agildo", com direção de Fernando Ávila, no canal RTP 1. Apesar do bom momento profissional que vivia fora do Brasil, aceitou o convite de Chico Anysio e voltou ao país para trabalhar na TV Globo, ao lado de atores como Claudia Jimenez, Denise Fraga e Pedro Cardoso, na estreia de um novo programa humorístico, o "Zorra Total" (1999). Na época, Agildo Ribeiro participava do programa em dois momentos, como aluno da "Escolinha do Professor Raimundo", exibida inicialmente como um quadro do  "Zorra Total", e como o libidinoso Madeira, do bordão "Dá uma choradinha!"
  
Em 2004, Agildo Ribeiro e Paulo Silvino publicaram juntos o livro de piadas "Dose Dupla", lançado pela Ediouro.

Agildo Ribeiro em 'Final Feliz' (1982)
Em 2005 voltou a atuar em telenovelas, interpretando o personagem Coriolano em "A Lua Me Disse", de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. Também participou de vários episódios da segunda versão do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", que estreou em 2001.

Aos 75 anos de idade e 50 de carreira, Agildo Ribeiro assistiu ao lançamento de sua biografia pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, "Agildo Ribeiro: O Capitão do Riso", com 30 horas de entrevistas organizadas e editadas pelo jornalista e diretor de cinema Wagner de Assis
  
Na TV Globo, em 2010, integrou o elenco da novela "Escrito Nas Estrelas", de Elizabeth Jhin, como Durvalino, e na minissérie "As Cariocas", dirigida por Daniel Filho, como Alberto.

Em janeiro de 2012, no programa humorístico "Zorra Total", atuou ao lado de Alcione Mazzeo no quadro "Metrô Zorra Brasil". No programa, também interpretou com sucesso personagens como o professor português Laércio Falaclaro e uma paródia do presidente venezuelano Hugo Chávez, entre outros.

Em 2013, aos 81 anos, Agildo Ribeiro que apesar de ter se casado 5 vezes, nunca teve filhos nesses relacionamentos, descobriu que era pai de um homem de 47 anos.

Em 2012, Agildo Ribeiro que apesar de ter se casado 5 vezes, nunca teve filhos nesses relacionamentos, descobriu que tinha um filho, na época, com 47 anos. Marcelo Galvão é fruto de uma relação de Agildo Ribeiro em 1965. Em um encontro com o rapaz durante o programa "Fantástico", em 2013, o ator descobriu também que era avô de uma menina.

Morte

Agildo Ribeiro faleceu na manhã de sábado, 28/04/2018, aos 86 anos, vítima de insuficiência cardíaca, em sua residência no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

O velório ocorrerá no domingo, 29/04/2018, a partir das 10h00, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, seguido de cerimônia de cremação fechada para a família.

Agildo Ribeiro como Deixadylson em Casseta & Planeta, Urgente!
Carreira

Televisão
  • 2010 - Casseta & Planeta, Urgente! ... Deixadylson
  • 2010 - Escrito Nas Estrelas ... Durvalino Batista (Participação Especial)
  • 2007 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Teotônio
  • 2005/2009 - Zorra Total - Ali Babaluf / Manoel / Chapinha / Gaspar / Don Gorgonzola / Rubro Chávez / Mourão
  • 2005 - A Lua Me Disse ... Coriolano
  • 1997 - Mandacaru ... Salustiano
  • 1994/1995 - Isto é o Agildo - (RTP)
  • 1994 - Escolinha do Professor Raimundo ... Andorinha
  • 1993/1994 - Não Pergunta Que Eu Respondo
  • 1989/1990 - Cabaré do Barata
  • 1987/1988 - Agildo No País Das Maravilhas
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Dante Cagliosto
  • 1984 - Humor Livre
  • 1983 - A Festa é Nossa
  • 1982 - Estúdio A... Gildo
  • 1970 - Topo Gigio
  • 1969/1970 - Mister Show
  • 1965 - TNT- Reporter

Cinema
  • 2008 - Casa Da Mãe Joana
  • 2003 - O Homem Do Ano
  • 1980 - Gugu, O Bom De Cama
  • 1976 - O Pai Do Povo
  • 1975 - O Sexualista
  • 1974 - O Comprador De Fazendas
  • 1974 - Divórcio À Brasileira
  • 1973 - Café Na Cama
  • 1971 - Tô Na Tua, Ô Bicho
  • 1971 - Como Ganhar Na Loteria Sem Perder a Esportiva
  • 1969 - A Cama Ao Alcance De Todos
  • 1968 - Na Mira Do Assassino
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1967 - Como Matar Um Playboy
  • 1967 - Agente OSS 117
  • 1967 - Jerry - A Grande Parada
  • 1964 - O Crime No Sacopã
  • 1964 - Esse Mundo É Meu
  • 1963 - Marafa (Inacabado)
  • 1962 - Pluft, O Fantasminha
  • 1962 - Tocaia No Asfalto
  • 1961 - Sócio De Alcova
  • 1960 - Esse Rio Que Eu Amo
  • 1960 - Eles Não Voltaram
  • 1959 - Aí Vêm Os Cadetes
  • 1959 - Amor Para Três
  • 1959 - Um Homem Fora Do Seu Meio (Inacabado)
  • 1958 - Meus Amores No Rio
  • 1958 - Esse Milhão É Meu
  • 1958 - Matemática Zero, Amor Dez
  • 1956 - Fuzileiro Do Amor
  • 1955 - O Feijão É Nosso
  • 1955 - O Grande Pintor
  • 1955 - Angu de Caroço

Indicação: Soraya Veras, Fadinha Veras e Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #AgildoRibeiro