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Luis Gustavo

LUIS GUSTAVO SÁNCHEZ BLANCO
(87 anos)
Ator

☼ Gotemburgo, Suécia (02/02/1934)
┼ Itatiba, SP (19/09/2021)

Luis Gustavo Sánchez Blanco foi um ator hispano-brasileiro, nascido em Gotemburgo, Suécia, no dia 02/02/1934.

Luis Gustavo era filho de um diplomata espanhol, Luis Amador Sánchez Fernández, a trabalho naquele país, e de Elena Blanco Castañera, uma espanhola de origem humilde. Luis Gustavo veio morar no Brasil com menos de cinco anos de idade, quando seu pai chegou ao país para ser o embaixador da Espanha.

Luis Gustavo acompanhava sua irmã, Helenita Sánchez, que era atriz de rádio, iniciando desta forma sua carreira artística como contrarregra, pelas mãos de seu cunhado Cassiano Gabus Mendes, então diretor artístico da TV Tupi.

Pouco depois, já havia participado de diversos filmes, telenovelas e teleteatros até estrelar o anti-herói em "Beto Rockfeller" (1968), de Bráulio Pedroso, considerada a primeira novela moderna, no formato que dura até a atualidade. Desde então consolidou a sua carreira artística atuando em diversas telenovelas e filmes.


Alguns de seus personagens mais marcantes foram o costureiro Ariclenes Almeida / Victor Valentin em "Ti Ti Ti" (1985), o músico cego Léo em "Te Contei?" (1978), o playboy Ricardo, em "Anjo Mau" (1976), todas escritas por Cassiano Gabus Mendes, e o radialista corrupto Juca Pirama, em "O Salvador da Pátria" (1989), de Lauro César Muniz.

Mas o personagem mais memorável do ator foi o atrapalhado detetive particular Mário Fofoca em "Elas Por Elas" (1982), também de Cassiano Gabus Mendes, que depois estrelaria com este mesmo personagem um seriado homônimo e o filme "As Aventuras de Mário Fofoca" (1982).

Em 1989 fez uma participação especial na novela "Que Rei Sou Eu?" (1989), interpretando Charles Muller, considerado o pai do futebol no Brasil.

Durante vários anos, Luis Gustavo atuou ainda como Vanderlei Mathias, o Vavá, no programa humorístico dominical da TV Globo, "Sai de Baixo".


Luis Gustavo
 era casado com Cris Botelho e tinha dois filhos: Luis Gustavo, de seu relacionamento com Heloísa Vidal, e Jéssica Vignolli Blanco, fruto do casamento com a atriz Desirée Vignolli. Ele é irmão de Helenita Sánchez Blanco, viúva de Cassiano Gabus Mendes, e tio dos atores Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes. Foi Cássio Gabus Mendes quem deu a notícia da morte de Tatá, apelido que acompanhou Luis Gustavo por toda a vida. "Obrigado por tudo, meu amado tio!", ele escreveu nas redes sociais, precipitando diversas homenagens de vários atores famosos.

De acordo com Cris Botelho, viúva de Luis Gustavo, o marido foi forte durante todo o tratamento de câncer. 

"Quando no dia 3 de setembro os médicos me falaram que você morreria nos próximos dias eles não conheciam a sua força. No dia 9, viemos para casa, o lugar que você mais amava no mundo, e passamos o meu aniversário, no dia 14, como você prometeu: Nós dois juntinhos na varanda. Eu sabia que você não me deixaria sozinha nesse dia. Você sempre fez tudo para me fazer feliz. Te amo eternamente!"
(Cris Botelho)

Morte

Luis Gustavo estava em tratamento contra um câncer no intestino desde 2018, motivo pelo qual havia se afastado do meio artístico.

Luís Gustavo faleceu no domingo, 19/09/2021, em Itatiba, SP, aos 87 anos, vítima de um câncer no intestino.

O corpo de Luis Gustavo foi cremado por volta de 10h00 de segunda-feira, 20/09/2021, em Itatiba, SP e não houve velório. Esta foi a escolha da família para que a despedida fosse um momento particular.

Carreira

Televisão
  • 1953 - Segundos Fatais
  • 1953 - Somos Dois
  • 1953 - TV de Vanguarda ... Vários Personagens (1953/1957)
  • 1954 - Sangue na Terra ... Pintado
  • 1954 - O Destino Desce de Elevador
  • 1955 - Oliver Twist ... Raposa
  • 1955 - Caminhos Sem Fim ... Felismino
  • 1956 - Caminhos Incertos
  • 1956 - E o Vento Levou
  • 1956 - O Contador de Histórias
  • 1959 - O Príncipe e o Pobre
  • 1962 - A Noite Eterna
  • 1962 - A Única Verdade
  • 1963 - Terror Nas Trevas
  • 1963 - Noites Quentes de Copacabana
  • 1964 - O Direito de Nascer ... Osvaldo
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Polo
  • 1964 - O Sorriso de Helena ... Hudson
  • 1965 - Teresa ... Mário
  • 1965 - O Pecado de Cada Um ... Fernando
  • 1966 - O Amor Tem Cara de Mulher ... Paulo
  • 1966 - Ciúme ... Alfredo
  • 1967 - Yoshico, Um Poema de Amor ... Luís Paulo
  • 1967 - Estrelas no Chão ... Jorge
  • 1967 - A Hora Marcada ... Mário
  • 1968 - Beto Rockfeller ... Beto Rockfeller
  • 1972 - Editora Mayo, Bom Dia ... Ray
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller ... Beto Rockfeller
  • 1974 - Os Inocentes ... Victor
  • 1975 - O Sheik de Ipanema ... Carlos Alberto
  • 1976 - Duas Vidas ... Osvaldo
  • 1976 - Anjo Mau ... Ricardo Medeiros
  • 1978 - Te Contei? ... Léo
  • 1979 - Cara a Cara ... Fran
  • 1980 - Rosa Baiana ... Marcelo
  • 1982 - Elas Por Elas ... Mário Cury (Mário Fofoca)
  • 1983 - Mário Fofoca ... Mário Cury (Mário Fofoca)
  • 1983 - Caso Verdade ... Antônio Maciel (Episódio: "Vida Nova")
  • 1985 - Ti Ti Ti ... Ariclenes Almeida (Victor Valentin)
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... José Matos Filho (Juca Pirama)
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Charles Müller
  • 1990 - Mico Preto ... Firmino do Espírito Santo
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Antonny Sgrangatto (Tony)
  • 1994/1996 - Confissões de Adolescente ... Paulo Araújo
  • 1996/2002 - Sai de Baixo ... Vanderley Mathias (Vavá)
  • 2002 - O Beijo do Vampiro ... Galileu Van Bürger
  • 2004 - Começar de Novo ... Elvis / Glauco Oliveira (Vô Doidão)
  • 2005 - Alma Gêmea ... Romeu Dantas de Carvalho
  • 2006 - O Profeta ... Piragibe Carvalho
  • 2007 - Faça Sua História ... Agostinho
  • 2008 - Três Irmãs ... Nereu Vidigal Castro (Deputado Vidigal)
  • 2009 - Cama de Gato ... Waldemar
  • 2010 - As Cariocas ... Gustavo
  • 2010 - Ti Ti Ti ... Mário Fofoca
  • 2012 - Malhação ... Rômulo Rios
  • 2013 - Joia Rara ... Apolônio Fonseca
  • 2013 - Sai de Baixo ... Vanderley Mathias (Vavá)
  • 2016 - Êta Mundo Bom! ... Comendador Eustáquio Fragoso
  • 2018 - Malhação: Vidas Brasileiras ... Heitor Laroche
  • 2018 - Brasil a Bordo ... Gonçalo Galvez

Cinema
  • 1956 - O Sobrado ... Jango Veiga
  • 1963 - Casinha Pequenina ... Bento
  • 1963 - Mord In Rio ... Raul
  • 1970 - Beto Rockfeller ... Beto Rockfeller
  • 1978 - Amada Amante ... Augusto
  • 1979 - Sede de Amar ... Jairo
  • 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca ... Mário Fofoca
  • 2005 - O Casamento de Romeu e Julieta ... Alfredo Baragatti
  • 2012 - Os Penetras ... Anchieta
  • 2019 - Sai de Baixo - O Filme ... Vanderley Mathias (Vavá)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #LuisGustavo

Eva Wilma

EVA WILMA RIEFLE BUCKUP ZARATTINI
(87 anos)
Atriz e Bailarina

☼ São Paulo, SP (14/12/1933)
┼ São Paulo, SP (15/05/2021)

Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini foi uma atriz e bailarina nascida em São Paulo, SP, no dia 14/12/1933.

Eva Wilma era filha de Otto Riefle Jr., um metalúrgico alemão nascido em Pforzheim, perto de Stuttgart, no sul da Alemanha. Ele veio para o Brasil em 1929, aos 19 anos, para trabalhar na metalúrgica Levy-Frank no Rio de Janeiro. Um ano depois foi transferido para São Paulo, pela mesma empresa. No carnaval de 1933 conheceu Luiza Carp, uma portenha judia de ascendência russa, com quem se casaria, já estando Luiza grávida de Eva Wilma.

Eva Wilma estudou nos tradicionais colégios da capital paulista: Colégio Elvira Brandão, Colégio Ofélia Fonseca e Colégio Rio Branco. Conta que sua turma era só de meninas e achou estranho ter que se habituar a aulas mistas.

Sempre gostou muito do mundo artístico e manteve aulas particulares de canto, piano e violão com a mestra musical Inezita Barroso.

Eva Wilma iniciou a carreira em 1952, protagonizando diversas telenovelas na TV Tupi e TV Record entre as décadas de 1950 e 1970, além de uma breve passagem pela TV Excelsior.

Em 1980 transferiu-se para a TV Globo, consolidando-se como uma das principais artistas da emissora.

Dentre seus principais papéis estão as gêmeas Ruth e Raquel na primeira versão de "Mulheres de Areia" (1973) e Dinah na primeira versão de "A Viagem" (1975), além de ter protagonizado o seriado "Alô, Doçura!" (1953), inspirado no sitcom americano "I Love Lucy", ao lado de seu primeiro marido, o ator John Herbert.

Na TV Globo, interpretou personagens que oscilavam entre mocinhas e vilãs, sendo as mais marcantes, Márcia em "Elas Por Elas" (1982), a perversa Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque na novela "A Indomada" (1997), a Drª Martha no seriado "Mulher" (1998), a Lucrécia em "Começar de Novo" (2004) e a alcoólatra Fábia em "Verdades Secretas" (2015).

Vida Profissional

Eva Wilma iniciou sua carreia como bailarina clássica aos 14 anos. Passou a dar aulas de balé com uma amiga nessa idade. Ganhou aulas de patinação no gelo e foi contratada pela empresa para participar do Holliday On Ice, um dos maiores festivais de patinação no gelo do mundo, mas foi proibida por seus pais. Sendo bailarina, logo passou a fazer parte do São Paulo Ballet, de Maria Oleneva.

Em 1953, apresentou-se no Teatro Municipal de São Paulo, apesar de a primeira vez que se apresentou nesse teatro tinha nove anos. Sua apresentação foi juntamente com o corpo de balé do IV Centenário de São Paulo. No terceiro mês de apresentação com o corpo de balé começou a aparecer chances para atuar como atriz.

O produtor e diretor do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), José Renato, chamou-a para formar a primeira turma de Teatro de Arena, onde atuou com grandes astros e estrelas na época nos espetáculos, "Judas em Sábado de Aleluia", "Uma Mulher e Três Palhaços", depois, teve grande repercussão ao fazer trabalhos como "Boeing-Boeing", "O Santo Inquérito", "A Megera Domada" e "Black-Out", peça produzida por John Herbert e Antunes Filho, dirigida por Antunes Filho. Fez "Um Bonde Chamado Desejo", "Pulzt", "Esperando Godot", dirigiu "Os Rapazes da Banda", depois participou de "Quando o Coração Floresce", "Queridinha Mamãe", pela qual recebeu o Molière de Melhor Atriz e "O Manifesto".

Em 1952, o diretor italiano Luciano Salce convidou-a para fazer uma participação como figurante no filme "Uma Pulga na Balança" (1953) na Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Simultaneamente, participou do documentário do IV Centenário de São Paulo "Se a Cidade Cantasse" do diretor Tito Banini. Protagonizou dois filmes ao lado de Procópio Ferreira: "O Homem dos Papagaios" e "A Sogra" (1954), ambos do diretor Armando Couto, e o drama de José Carlos Burle, "O Craque".


Foi a estrela da cinebiografia do cantor Francisco Alves, "Chico Viola Não Morreu" (1955) de Roman Vanoly Barreto, em co-produção com a Atlântida e Sonefilme da Argentina. Voltou a trabalhar com José Carlos Burle em uma comédia, "O Cantor e o Milionário". Atuou no policial "Cidade Ameaçada" (1960) de Roberto Faria, na aventura "A Ilha" (1963) de Walter Hugo Khouri e no suspense "O Quinto Poder" (1962) de Alberto Pieralisi.

Começou a trabalhar em coproduções estrangeiras, "A Moça do Quarto 13" do americano Richard Cunha, simultaneamente, trabalhou em filmes sob os olhos do alemão Horst Hachler como "Noites Quentes em Copacabana" e "Convite ao Pecado".

Premiada no Brasil e exterior, Eva Wilma, participou do filme "São Paulo S/A" (1965) do diretor Luiz Sérgio Person, onde interpretou Luciana, a jovem esposa ambiciosa de um alto funcionário da indústria paulista em busca de ascensão social. Depois, participou de comédias como "A Arte de Viver Bem, Episódio 1: A Inconveniência de Ser Esposa", baseada na peça homônima de Silveira Sampaio, sob direção de Fernando de Barros, da co-produção Brasil-México, "Juegos Peligrosos, Episódio 2: Divertimento" do diretor mexicano Luiz Algoriza e "Cada Um Dá O Que Tem, Episódio 2: Cartão de Crédito", sob direção de John Herbert.

De Ricardo Bandeira faz uma pequena participação no filme religioso "O Menino Arco-Íris (A Vida de Jesus Cristo)". Representa a abnegada mãe de um jogador de futebol em "Asa Branca, Um Sonho Brasileiro" (1981) do diretor Djalma Limongi Batista, e o "Feliz Ano Velho" (1982) de Roberto Gervitz.

Eva Wilma estreou na televisão em 1953, quando Cassiano Gabus Mendes a convidou para atuar no seriado "Namorados de São Paulo" (1953), ao lado de Mário Sérgio. Posteriormente, Cassiano Gabus Mendes mudou o título da série para "Alô, Doçura", e esta foi protagonizada por Eva WilmaJohn Herbert durante dez anos. O seriado entrou para o Guiness Book como o mais longo do país e, Eva Wilma, recebeu o Troféu Imprensa 1964 como Destaque do Ano.

Eva Wilma e John Herbert na abertura de festival de cinema no Cine Palácio, Rio de Janeiro, 15/09/1965.
John Herbert e Eva Wilma formaram o principal casal da televisão brasileira dos anos 1950 e 1960. Depois do sucesso em Alô Doçura eles trabalharam na TV Record, protagonizando duas novelas,  "Prisioneiro de Um Sonho" (1964) e "Comédia Carioca" (1965). O casal retornou à TV Tupi e fez trabalhos importantes como "A de Amor" e "Confissões de Penélope" (1969). Eva Wilma comoveu os telespectadores como a meiga Ana Maria de "Ana Maria Meu Amor", fez "Fatalidade" (1965) e a vilã Jane de "Angústia de Amar" (1967), novela baseada no filme "O Que Aconteceu a Baby Jane?".

Recebeu reconhecimento internacional ao trabalhar em "O Amor Tem Cara de Mulher", de Cassiano Gabus Mendes, e recebeu o Troféu Imprensa de Atriz Revelação em 1966. Também atuou em "Nenhum Homem é Deus" (1969), de Lauro César Muniz.

Na década de 1970, tornou-se ao lado de Carlos Zara um dos principais pares românticos da televisão brasileira. Juntos trabalharam em novelas de grande sucesso, teleteatros e especiais. Carlos Zara foi o diretor de teledramaturgia da TV Tupi até 1977. Atuou em novelas importantes como "Meu Pé de Laranja Lima" (1968), na qual interpretou uma mulher amarga, Jandira, e a sonhadora Gabriela em "Nossa Filha Gabriela" (1971), ambas de Ivani Ribeiro. Em "A Revolta dos Anjos" (1972), da psicóloga Carmem Silva, interpretou a prudente Silvia.

Em 1973, Eva Wilma interpretou as gêmeas Ruth e Raquel, de "Mulheres de Areia" (1973), novela de Ivani Ribeiro e sucesso nacional e internacional. Trabalhou em duas novelas de sucesso de Ivani Ribeiro, "A Barba Azul" (1974) e "A Viagem" (1975) e, depois, participou de duas novelas de Sérgio Jockymann, "O Julgamento" (1976) e "Roda de Fogo" (1978). Fez o remake de "O Direito de Nascer" (1978) e chegou a participar das gravações da novela "Maria Nazaré" (1980) que por problemas internos da emissora paulista nunca chegou a ser levada ao ar.


Com o fim da TV Tupi em 1980, Eva Wilma foi contratada definitivamente pela TV Globo, onde exerceu seu lado humorístico nas novelas "Plumas e Paetês" (1980) e "Elas Por Elas" (1982), fez a esquizofrênica Laura de "Ciranda de Pedra" (1981), a autoritária Francisca Moura Imperial de "Transas e Caretas" (1984). Depois vieram a engraçada Angelina de "De Quina Pra Lua" (1985), a ex-militante política Maura, que sofreu os horrores da ditadura militar, em "Roda de Fogo" (1986), o sucesso "Sassaricando" (1987) e muitas outras novelas marcantes, como "Pedra Sobre Pedra" (1992), "Pátria Minha" (1994) e "A Indomada", na qual interpretou a cômica e perversa vilã Maria Altiva Pedreira Mendonça de Albuquerque que repetia sempre o bordão "Oxente, my God!".

Atuou em "História de Amor" (1995), em que o autor Manoel Carlos criou um personagem só para ela, e fez também grandes produções como "O Rei do Gado" (1996), "Esperança" (2002), "Começar de Novo" (2004) e "Desejo Proibido" (2007). Também participou de séries de televisão como "Mulher" (1998), "O Quinto dos Infernos" (2002), "Os Maias" (2001), "Um Só Coração" (2004), "JK" (2006), "Norma" e "Na Forma da Lei" (2010).

Em 2011 voltou às novelas para interpretar Tia Íris em "Fina Estampa" (2011).

Em 2014 fez uma participação em "A Grande Família", no papel da Drª Laura, a psicanalista da Dona Nenê.

Em 2015, interpretou a bon vivant e alcoólatra Fábia em "Verdades Secretas" (2015). Interpretou Baby Jane na peça "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?", ao lado de Nicette Bruno. Participou da segunda temporada da série "Os Experientes".

Eva Wilma foi casada com o ator John Herbert de 1955 até 1976, com quem teve dois filhos: Vivien Riefle Buckup, nascida em 1956 e John Herbert Riefle Buckup, nascido em 1958. Seu segundo casamento com o também ator Carlos Zara durou 23 anos e não teve filhos do segundo casamento.

Teve cinco netos, Miguel e Mateus filhos de Vivien e Gabriela, Francisco e Vitorio filhos de John Herbert Junior.

Problemas de Saúde e Morte

Em 2016, Eva Wilma foi hospitalizada devido a uma embolia pulmonar leve, permanecendo internada por três semanas até se recuperar.

Em 10/01/2021, Eva Wilma foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital de São Paulo, com uma pneumonia leve. Segundo os médicos que a atenderam, seu quadro não foi considerado grave, permanecendo na UTI por precaução.

Em 15/04/2021, Eva Wilma foi internada para tratar problemas cardíacos e renais.

Em 07/05/2021, foi descoberto um câncer no ovário.

Eva Wilma faleceu no sábado, dia 15/05/2021, no Hospital Israelita Albert Einstein, aos 87 anos, devido a uma insuficiência respiratória ocasionada pela disseminação do câncer pelo corpo.

Eva Wilma posa para foto após entrevista em que fala sobre seu papel na novela "Pedra Sobre Pedra" exibida em 1992.
Carreira

Televisão
  • 1953 - Namorados de São Paulo ... Vários Personagens
  • 1953-1963 - Alô, Doçura!
  • 1955-1959 - Grande Teatro Tupi ... Vários Personagens
  • 1964 - O Vigilante Rodoviário ... Vivian (Episódio: "Chantagem")
  • 1965 - Prisioneiro de Um Sonho ... Laura / Sandra / Sílvia
  • 1965 - Comédia Carioca ... Linda
  • 1966 - O Amor Tem Cara de Mulher ... Marcela / Roseli
  • 1966 - Angústia de Amar ... Patrícia
  • 1966 - Ana Maria, Meu Amor ... Ana Maria
  • 1967 - Os Galãs Atacam de Madrugada ... Leila
  • 1967 - A de Amor ... Eva
  • 1968 - Nenhum Homem é Deus ... Diana
  • 1968-1969 - Confissões de Penélope ... Penélope
  • 1970 - O Meu Pé de Laranja Lima ... Jandira
  • 1971 - Nossa Filha Gabriela ... Gabriela
  • 1972 - A Revolta dos Anjos ... Sílvia Brandão
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Ruth Araújo Assunção
  • 1974 - A Barba-Azul ... Joana Penteado (Jô)
  • 1974-1975 - Grande Teatro Tupi ... Vários Personagens
  • 1975 - Nem Eva, Nem Wilma, Simplesmente Vivinha ... Apresentadora
  • 1975 - A Viagem ... Dinah Toledo Cardoso
  • 1976 - O Julgamento ... Sônia Leão
  • 1978 - Roda de Fogo ... Giovanna (Gil)
  • 1978 - O Direito de Nascer ... Maria Helena Zamora de Juncal
  • 1980 - Plumas e Paetês ... Rebeca Andrade
  • 1981 - Inocentes ... Helena
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Laura Prado
  • 1981 - Malu Mulher ... Vera (Episódio: "O Príncipe Encantado")
  • 1982 - Elas Por Elas ... Márcia Lopes Pereira
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Beth (Participação Especial)
  • 1983 - Alice, Alice ... Selma Alice
  • 1984 - Transas e Caretas ... Francisca Moura Imperial
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Angelina Jesus Batista
  • 1986 - Caso Especial (Episódio: "Negro Léo")
  • 1986 - Roda de Fogo ... Maura Garcez
  • 1987 - Sassaricando ... Penélope Bacelar
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Marquesa D'Anjou
  • 1990 - Delegacia de Mulheres ... Dona Inês (Episódio: "Elas Não Usam Black-Tie")
  • 1990 - Mico Preto ... Nenê
  • 1992 - Pedra Sobre Pedra ... Hilda Pontes
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Joana
  • 1992 - Você Decide ... Iara (Episódio: "A Louca")
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Tatiana Torres de Almeida
  • 1994 - A Madona de Cedro ... Maria
  • 1994 - Pátria Minha ... Teresa Pellegrini
  • 1995 - História de Amor ... Zuleika Viana Sampaio
  • 1996 - O Rei do Gado ... Marietta Berdinazzi (Episódio: "17 de Junho")
  • 1997 - A Indomada ... Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque
  • 1998-1999 - Mulher ... Drª Marta Correia Lopes
  • 2001 - Os Normais ... Silvana Muniz (Episódio: "Fazer as Pazes é Normal")
  • 2002 - O Quinto dos Infernos ... Dona Maria I
  • 2002 - Esperança ... Rosa (Episódios: "17-25 de Junho")
  • 2004 - Começar de Novo ... Lucrécia Borges
  • 2006 - Clara e o Chuveiro do Tempo ... Vó Bila (Especial de Fim de Ano)
  • 2006 - JK ... Luisinha Negrão
  • 2007 - Páginas da Vida ... Juíza Vera de Alencar (Episódios: "1-2 de Março")
  • 2007 - Desejo Proibido ... Cândida Novais de Toledo
  • 2009 - Norma ... Dona Helou
  • 2010 - Araguaia ... Beatriz Cardoso (Pierina)
  • 2011 - Fina Estampa ... Maria Íris de Siqueira Maciel
  • 2014 - A Grande Família ... Drª Laura (Episódio: "Uma Estranha no Ninho")
  • 2015 - Verdades Secretas ... Fábia Mariano
  • 2018 - O Tempo Não Para ... Drª Petra Vaisánen

Cinema
  • 1953 - Uma Pulga na Balança
  • 1953 - O Homem dos Papagaios ... Emília
  • 1953 - Ângela
  • 1954 - O Craque ... Heloísa
  • 1954 - Chico Viola Não Morreu ... Maria das Trancinhas
  • 1954 - A Sogra
  • 1955 - O Homem de Outra Face
  • 1957 - Se a Cidade Contasse ... Bailarina
  • 1958 - O Cantor e o Milionário ... Laura
  • 1960 - Cidade Ameaçada ... Terezinha
  • 1960 - Assassinato em Copacabana ... Jaqueline
  • 1961 - A Moça do Apartamento 13
  • 1963 - Mord in Rio ... Leila
  • 1963 - A Ilha ... Helena
  • 1964 - O 5º Poder ... Laura Leal
  • 1964 - Tödlicher Karneval
  • 1965 - São Paulo S/A ... Luciana
  • 1967 - Juegos Peligrosos ... Lúcia
  • 1968 - A Marcha
  • 1970 - A Arte de Amar Bem ... Inês
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem ... Malu
  • 1980 - Asa Branca - Um Sonho Brasileiro ... Mãe de Asa
  • 1981 - O Menino Arco-Íris ... Maria
  • 1987 - Feliz Ano Velho ... Lúcia
  • 2006 - Veias e Vinhos ... Mãe de Mateus e Pedro
  • 2006 - Person ... Ela Mesma
  • 2007 - O Signo da Cidade ... Adélia
  • 2007 - Paulo Gracindo - O Bem-Amado ... Ela Mesma
  • 2010 - A Guerra dos Vizinhos ... Adélia Coleratti
  • 2018 - Minha Mãe, Minha Filha ... Dora

Teatro
  • 1952-1955 - Uma Mulher e Três Palhaços
  • 1952-1955 - O Demorado Adeus
  • 1952-1955 - Judas em Sábado de Aleluia
  • 1952-1955 - Esta Noite é Nossa
  • 1952-1955 - Escrever Sobre Mulheres
  • 1952-1955 - A Rosa dos Ventos
  • 1952-1955 - Ballet IV - Centenário de São Paulo
  • 1956-1960 - Sem Entrada e Sem Mais Nada
  • 1956-1960 - Lição de Botânica
  • 1963-1964 - Boeing-Boeing
  • 1963-1964 - A História do Soldado
  • 1965-1966 - O Santo Inquérito
  • 1965-1966 - As Feiticeiras de Salem
  • 1965-1966 - A Megera Domada
  • 1966 - A... de Amor
  • 1967 - Oh! Que Delícia de Guerra
  • 1967-1968 - Black-Out
  • 1968 - Confissões de Penélope
  • 1969 - Ato Sem Perdão
  • 1970 - Os rapazes da Banda
  • 1971-1972 - Putz
  • 1971-1972 - Pequenos Assassinos
  • 1973 - Infidelidades
  • 1974 - Um Bonde Chamado Desejo
  • 1975 - Blanche de Bois
  • 1976 - Dois Mil Anos de Teatro
  • 1976 - O Gravador
  • 1976 - Cyrano de Bergeree
  • 1976 - Antígona
  • 1977 - Esperando Godot
  • 1978 - O Rei David
  • 1979 - A Dança e o Gravador
  • 1979 - O Leopardo
  • 1980 - Pato Com Laranja
  • 1981 - A Mulher de Pedra
  • 1982-1983 - Desencontros Clandestinos
  • 1983 - O Menino do Arco Íris
  • 1983 - Viagem Sem Volta
  • 1983 - Alice
  • 1983-1984 - Uma Cama Para Três
  • 1984-1987 - Quando o Coração Floresce
  • 1986 - O Nego Léo
  • 1989 - O Preço
  • 1991 - As Pessoas da Sala de Jantar
  • 1991-1993 - Love Letters - Cartas de Amor
  • 1992 - A Louca
  • 1994-1996 - Querida Mamãe
  • 1995 - A Adoção
  • 1998 - A Casa Em Que Traçamos Nossos Sonhos
  • 1999 - Madame
  • 1999-2000 - Um Dia das Mães
  • 2003 - Vivinha
  • 2004-2005 - Primeira Pessoa
  • 2006 - Um Brinde ao Teatro
  • 2007-2008 - O Manifesto
  • 2009 - O Poeta
  • 2009 - Vivinha
  • 2013 - Azul Resplendor
  • 2016 - O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
  • 2018 - Show Casos e Canções
  • 2018 - Quarta-Feira, Sem Falta, Lá Em Casa

Fotonovelas
  • 1956 - A Escalada ... Tereza
  • 1956 - Santa Rita ... Rita de Cássia
  • 1959 - Uma Esperança no Ar ... Lili
  • 1965 - Ninguém Crê em Mim ... Rebeca
  • 1971 - Meu Pé de Laranja Lima ... Jandira
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Ruth / Raquel
  • 1974 - Mulheres de Areia ... Ruth / Raquel
  • 1992 - Pedra Sobre Pedra ... Hilda Pontes

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #EvaWilma

Nicette Bruno

NICETE XAVIER MIESSA
(87 anos)
Atriz

☼ Niterói, RJ (07/01/1933)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/12/2020)

Nicete Xavier Miessa, mais conhecida por seu nome artístico Nicette Bruno, foi uma atriz nascida em Niterói, RJ, no dia 07/01/1933.

Filha única de Sinésio Campos Xavier e da atriz Eleonor BrunoNicette Bruno foi casada com o ator Paulo Goulart, com quem ela teve três filhos, os atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho. Seus trabalhos na televisão incluem "Rosa dos Ventos" (1973), "Éramos Seis" (1977), "Selva de Pedra" (1986), "Bebê a Bordo" (1988), "Rainha da Sucata" (1990), "Mulheres de Areia" (1993), "A Próxima Vítima" (1995), "Sítio do Pica-Pau Amarelo" (2001-2004), "Alma Gêmea" (2005), "Sete Pecados" (2007), "A Vida da Gente" (2011), e outras obras televisivas, sendo pioneira da televisão brasileira e uma das referências na história da teledramaturgia do país.

Nicette Bruno começou a carreira artística por influência da própria família, onde praticamente todos os parentes se dedicaram à arte. Quando tinha apenas 4 anos, declamava e cantava no programa infantil de Alberto Manes, na Rádio Guanabara. Aos 5 anos, começou a estudar piano, no Conservatório Nacional, e a se apresentar como pianista, no mesmo programa. Aos 6 anos, ingressou no balé no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.


Quando tinha 11 anos, entrou para o grupo de teatro da Associação Cristã de Moços. Depois, passou pelo Teatro Universitário, de Jerusa Camões, e pelo Teatro do Estudante, dirigido por Pascoal Carlos Magno e Maria Jacintha

Nicette Bruno realizou sua estreia profissional em 1945, aos 12 anos, na peça teatral "Romeu e Julieta", baseada na obra literária homônima de William Shakespeare.

Aos 14 anos, já era contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Moraes.

Em 1952, aos 19 anos, Nicette Bruno conheceu o ator Paulo Goulart, durante a peça "Senhorita Minha Mãe", de Louis Verneuil, com quem se casou em 26/02/1954, uma sexta-feira, véspera de Carnaval, na Igreja de Santa Cecília, em São Paulo, SP. A cerimônia foi seguida de festa no Teatro Íntimo Nicette Bruno (TINB). Eles tiveram três filhos: Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, que seguiram a carreira dos pais.

Com 56 anos de casamento, tinham sete netos e dois bisnetos. Junto com o marido, a atriz conheceu o Kardecismo há mais de quatro décadas, em virtude da morte de um parente seu. A doutrina, que eles transmitiram aos três filhos, os ajudou a superar a perda. Nicette Bruno ficou viúva em 13/03/2014, quando Paulo Goulart faleceu em decorrência de câncer.

Vida Profissional

Em 1945, atuou como Julieta na peça "Romeu e Julieta", de William Shakespeare. Sua estreia oficial aconteceu em 1947, na peça "A Filha de Iório", de Gabriel D'Annunzio. Sua atuação lhe valeu a Medalha de Ouro de Atriz Revelação pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT).

Durante sua adolescência, participou de diversas peças de destaque, como "Anjo Negro", de Nelson Rodrigues e "O Fantasma de Canterville", baseado em Oscar Wilde.

Aos 17 anos, fundou, em São Paulo, o Teatro de Alumínio, na Praça das Bandeiras, edifício sede do Teatro Íntimo Nicette Bruno (TINB), companhia criada em 1953. Paulo Goulart e Nicette Bruno inauguraram o Teatro Íntimo Nicette Bruno (TINB) com a peça "Ingênua Até Certo Ponto", de Hugh Herbert, com direção de Armando Couto.

Em 1958, atuou na premiada criação de Aparecida, em "Pedro Mico", de Antônio Callado.

Durante as décadas de 1950 e 1960, integrou praticamente todas as principais companhias de teatro do Brasil.


Em 1959, na TV Continental, ganhou um papel da destaque, interpretando a personagem-título no seriado ao vivo "Dona Jandira em Busca da Felicidade".

Sua primeira novela foi "Os Fantoches" (1967), de Ivani Ribeiro, na TV Excelsior.

Nas décadas de 1960 e 1970, nas extintas emissoras TV Excelsior e TV Tupi, atuou em novelas de sucesso na época como "A Muralha" (1968), "O Meu Pé de Laranja Lima" (1970), "Rosa dos Ventos" (1973), "Papai Coração" (1976), "Éramos Seis" (1977) e "Como Salvar Meu Casamento" (1979).

Depois, ao transferir-se para a TV Globo encarnou ainda personagens célebres em novelas como "Sétimo Sentido" (1982), "Louco Amor" (1983), "Selva de Pedra" (1986), "Bebê a Bordo" (1988), "Rainha da Sucata" (1990), "Mulheres de Areia" (1993), entre outras.

Em 1962, Nicette BrunoPaulo Goulart, a convite de Cláudio Corrêa e Castro, moraram em Curitiba, trabalhando no Teatro Guaíra, lecionando artes cênicas para o projeto Curso Permanente de Teatro e fazendo parte do Teatro de Comédia do Paraná (TCP), em que produziram diversas montagens, como "Um Elefante No Caos", de Millôr Fernandes, "A Megera Domada", de William Shakespeare e "O Santo Milagroso", de Lauro César Muniz.


Sua primeira participação no cinema foi no filme "Querida Susana" (1947), sob a direção de Alberto Pieralisi. Participou também dos filmes "Canto da Saudade" (1952), "Esquina da Ilusão" (1953), "A Marcha" (1972), "Vila Isabel" (1998), "Zoando Na TV" (1999), "Seja o Que Deus Quiser!" (2002), "A Guerra Dos Rocha" (2008), "A Casa Das Horas" (2010) e "Doidas e Santas" (2016), porém sem nunca deixar o teatro.

Em 2001, após ter se afastado por um bom tempo da televisão, encarnou Dona Benta durante quatro anos na segunda versão para a televisão do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" (2001-2004), ganhando grande notoriedade com este papel.

Em 2005, voltou às telenovelas interpretando a divertida e rabugenta sogra Ofélia em "Alma Gêmea" (2005). Fez uma breve, porém significativa participação especial no primeiro capítulo de "O Profeta" (2006) como Tia Cleide, deu vida a humilde e bondosa Dona Juju em "Sete Pecados" (2007), interpretou à personagem Júlia Spina em "Ti Ti Ti" (2010), e foi Iná, em "A Vida da Gente" (2008).

Em 2010, Nicette Bruno em parceria com o seu marido Paulo Goulart, lançou o livro "Grandes Pratos e Pequenas Histórias de Amor". Este livro de culinária traz receitas que o casal criou ou simplesmente testou em seus almoços de domingo, ao lado da família e dos amigos.


Em 2012, interpretou a matriarca Dona Leonor em "Salve Jorge" (2012).

Em 2013, Nicette Bruno trabalhou na novela "Joia Rara" (2013), interpretando a personagem Santinha. Ainda em 2013, Nicette Bruno e a sua filha Beth Goulart foram as apresentadoras da cerimônia de premiação da 25ª edição do Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro.

Em 2014, estreou a peça "Perdas e Ganhos". O monólogo da escritora Lya Luft, com direção da filha da atriz, Beth Goulart, é uma homenagem ao marido, o ator Paulo Goulart.

Em 2015, na novela "I Love Paraisópolis" (2015), de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, Nicette Bruno foi Izabelita, uma divertida viúva, acionista majoritária da Pilartex que sofria de Mal de Alzheimer.

Em julho de 2016, Nicette Bruno relembrou a personagem Dona Benta da série "Sítio do Pica-Pau Amarelo" no programa "Criança Esperança". Em agosto do mesmo ano, ela voltou aos palcos com a peça "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?" ao lado de Eva Wilma. A história é sobre a relação tumultuada entre duas irmãs: Blanche e Jane Hudson.

Em 2017, interpretou a bondosa e divertida Elza, tia do protagonista Júlio em "Pega Pega" (2017), fazendo também uma dupla cômica com Cristina Pereira, sua irmã na trama.

Prêmios e Indicações

Entre os prêmios e homenagens que colecionou, está o Prêmio ABCT de Atriz Revelação na peça "A Filha de Iório" (1947), Prêmio ABCT e o Prêmio Governo do Estado do Rio de Janeiro de Melhor Atriz no espetáculo teatral "Pedro Mico" (1958), Prêmio Molière de Melhor Atriz na peça "O Efeito dos Raios Gama Sobre as Margaridas do Campo" (1974).

Nicette Bruno foi três vezes premiada com o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, como Melhor Atriz na peça "Somos Irmãs" (1998), nas novelas "Éramos Seis" (1978) e "Como Salvar Meu Casamento" (1980). Em 1998, ganhou o Prêmio Shell de Melhor Atriz pelo trabalho na peça teatral "Somos Irmãs".

Em 2006, a família Goulart foi homenageada na 18ª edição do Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro. Paulo Goulart, Nicette Bruno e seus filhos Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho receberam um Troféu Especial, pela união e trabalho desenvolvidos nos palcos em mais de 20 anos de carreira. No mesmo ano, Nicette Bruno ganhou o Troféu Leão Lobo na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante pela atuação em "Alma Gêmea".


Em setembro de 2010, junto com Paulo Goulart, foi agraciada com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo.

Nicette Bruno foi homenageada na 21ª edição do Cine Ceará - Festival Ibero-Americano de Cinema, onde recebeu o Troféu Eusélio Oliveira pelo conjunto da obra, em 2011.

Na 8ª edição do Festival de Cinema da Lapa, em 2015, Nicette Bruno recebeu o Troféu Tropeiro, uma homenagem que contempla profissionais da dramaturgia de destaque nacional que tenham nascido ou atuado no Paraná.

Em maio de 2016, Nicette Bruno recebeu o prêmio Lifetime Achievement Award no 19º Brazilian International Press Awards.

Em 2017, Nicette Bruno foi homenageada na 4ª edição do Prêmio Cesgranrio de Teatro, por seus 70 anos de carreira.

Em 2018, recebeu o Troféu Mário Lago pelo conjunto de trabalhos.

Morte

Em 26/11/2020, Nicette Bruno foi internada na Casa de Saúde São José, em Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro com Covid-19.

Nicette Bruno faleceu na manhã de domingo, 20/12/2020, aos 87 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações da Covid-19. A informação da morte foi confirmada pelo hospital Casa de Saúde São José, por volta de 13h20:
"A Casa de Saúde São José informa que a atriz Nicette Bruno, que estava internada no hospital desde 26 de novembro de 2020, faleceu hoje, às 11h40, devido a complicações decorrentes da Covid-19. O hospital se solidariza com a família neste momento!"
(Nota da Casa de Saúde São José)

Carreira

Teatro
  • 1945 - Romeu e Julieta
  • 1945 - O Fantasma de Canterville
  • 1947 - A Filha de Iório
  • 1947 - Dias Felizes
  • 1947 - Já é Manhã no Mar
  • 1947 - 3200 Metros de Altitude
  • 1948 - Anjo Negro
  • 1948 - O Balão Que Caiu no Mar
  • 1949 - O Sorriso de Gioconda
  • 1949 - Os Homens
  • 1952 - Senhorita Minha Mãe
  • 1952 - Amor Versus Casamento
  • 1953 - Ingênua Até Certo Ponto
  • 1953 - Week-end
  • 1953 - É Proibido Suicidar-se na Primavera
  • 1954 - Ingenuidade
  • 1955 - Bife, Bebida e Sexo
  • 1957 - Os Amantes
  • 1957 - Paixão da Terra
  • 1957 - A Vida Não é Nossa
  • 1958 - Pedro Mico
  • 1958 - Inimigos Íntimos
  • 1962 - Zefa Entre os Homens
  • 1963 - Um Elefante no Caos
  • 1964 - A Megera Domada
  • 1965 - O Santo Milagroso
  • 1967 - Boa Tarde, Excelência
  • 1968 - Os Últimos
  • 1968 - O Olho Azul da Falecida
  • 1974 - O Efeito dos Raios Gama Sobre as Margaridas do Campo
  • 1974 - O Prisioneiro da Segunda Avenida
  • 1976 - Classe Média, Televisão Quebrada
  • 1980 - Dona Rosita, a Solteira
  • 1980 - Mãos ao Alto, São Paulo!
  • 1982 - Agnes de Deus
  • 1984 - Boa Noite, Mãe
  • 1986 - Trilogia da Louca
  • 1987 - Aviso Prévio
  • 1988 - À Margem da Vida
  • 1989 - Meu Reino Por um Cavalo
  • 1990 - Flávia, Cabeça, Tronco e Membros
  • 1991 - Céu de Lona
  • 1994 - Enfim Sós
  • 1996 - Gertrude Stein, Alice Toklas & Pablo Picasso
  • 1997 - Roque Santeiro
  • 1998 - Somos Irmãs
  • 2000 - Crimes Delicados
  • 2003 - Sábado, Domingo e Segunda
  • 2005 - As Alegres Canções da Montanha
  • 2006 - O Homem Inesperado
  • 2014 - Perdas e Ganhos
  • 2016 - O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
  • 2020 - Quarta Feira Sem Falta Lá em Casa

Televisão
  • 1952 - A Corda
  • 1952-1959 - Grande Teatro Tupi (Episódio: "Os Enamorados")
  • 1952-1959 - Grande Teatro Tupi (Episódio: "Um Soldado em Nova York")
  • 1952-1959 - Grande Teatro Tupi (Episódio: "De Nova York para Detroit")
  • 1952-1959 - Grande Teatro Tupi (Episódio: "Que o Céu a Condene")
  • 1952-1959 - Grande Teatro Tupi (Episódio: "De Amor Também se Morre")
  • 1952-1959 - Grande Teatro Tupi (Episódio: "Festim Diabólico")
  • 1952-1959 - Grande Teatro Tupi (Episódio: "Fugir, Casar ou Morrer")
  • 1953 - Teatro Nicete Bruno ... Vários personagens
  • 1958 - Suspeita
  • 1959-1963 - Dona Jandira em Busca da Felicidade ... Dona Jandira
  • 1967 - Os Fantoches ... Estela
  • 1968 - A Muralha ... Margarida Olinto
  • 1968 - Legião dos Esquecidos
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Clara
  • 1970 - A Gordinha ... Mônica
  • 1970 - O Meu Pé de Laranja Lima ... Cecília
  • 1971 - A Fábrica ... Clara
  • 1972 - Signo da Esperança ... Luiza
  • 1972 - Camomila e Bem-Me-Quer ... Margot
  • 1973 - Rosa dos Ventos ... Madre Maria das Neves
  • 1973 - As Divinas... e Maravilhosas ... Helena
  • 1976 - Papai Coração ... Sílvia
  • 1977 - Éramos Seis ... Dona Lola
  • 1978 - Salário Mínimo ... Zilda
  • 1979 - Como Salvar Meu Casamento ... Isadora
  • 1981 - Obrigado, Doutor ... Irmã Júlia
  • 1982 - Sétimo Sentido ... Sara Mendes
  • 1983 - Louco Amor ... Isolda Becker
  • 1984 - Meu Destino é Pecar ... Clara Castro
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Joana
  • 1986 - Selva de Pedra ... Fanny Marlene
  • 1987 - Helena ... Marilia
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Branca Ladeira
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Neiva Pereira
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Vivian Bergman
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Julieta Sampaio
  • 1994 - Incidente em Antares ... Lanja Vacariano
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Antonina Giovanni
  • 1995 - Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados ... Maria José
  • 1997 - O Amor Está no Ar ... Úrsula Souza Carvalho Uchoa
  • 1998 - Sai de Baixo ... Participação Especial
  • 1998 - Labirinto ... Edite
  • 1999 - O Belo e as Feras ... Eleonora (Episódio: "Desgraça Pouca é Bobagem")
  • 1999 - Andando nas Nuvens ... Judite Mota
  • 2000 - Você Decide ... Zélia (Episódio: "A Volta")
  • 2000 - Aquarela do Brasil ... Glória
  • 2000 - Brava Gente ... Benona (Episódio: "O Santo e a Porca")
  • 2001-2004 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Dona Benta
  • 2005 - Alma Gêmea ... Ofélia Santini
  • 2006 - O Profeta ... Tia Cleide (Episódio: "16 de Outubro")
  • 2006 - A Diarista ... Jane (Episódio: "Quem Rouba Tem!")
  • 2007 - Sete Pecados ... Julieta Verona
  • 2008 - Dicas de um Sedutor ... Rosa (Episódio: "Amor Não Tem Idade")
  • 2008 - Nada Fofa ... Dona Nice
  • 2010 - Ti Ti Ti ... Júlia Spina
  • 2011 - A Vida da Gente ... Iná Ribeiro
  • 2012 - As Brasileiras ... Isaura (Episódio: "A Mamãe da Barra")
  • 2012 - Salve Jorge ... Leonor Flores Galvão
  • 2013 - Jóia Rara ... Santa Maria Vidal
  • 2015 - I Love Paraisópolis ... Izabelita
  • 2017 - Pega Pega ... Elza Mendes da Silva
  • 2018 - Malhação: Vidas Brasileiras ... Estela Santos (Episódios: "6-22 de Junho")
  • 2019 - Órfãos da Terra ... Ester Blum
  • 2020 - Éramos Seis ... Madre Joana (Episódios: "23-25 de Março")

Cinema
  • 1947 - Querida Susana
  • 1952 - O Canto da Saudade ... A Própria
  • 1953 - Esquina da Ilusão ... Iracema
  • 1972 - A Marcha ... Lucila
  • 1998 - Vila Isabel
  • 1999 - Zoando na TV ... Dona Xênia
  • 2002 - Seja o Que Deus Quiser! ... Velha Maluca
  • 2008 - A Guerra dos Rocha ... Dinorá França
  • 2010 - A Casa das Horas ... Mrs. Celeste
  • 2016 - Doidas e Santas ... Elda
  • 2018 - O Avental Rosa ... Dona Tereza

Fonte: Wikipédia
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Silvinho

SÍLVIO DE LIMA
(87 anos)
Cantor e Compositor

☼ Petrópolis, RJ (05/12/1931)
┼ Petrópolis, RJ (02/11/2019)

Sílvio de Lima, mais conhecido como Silvinho, foi um cantor e compositor nascido em Petrópolis, RJ, no dia 05/12/1931.

Silvinho compôs sua primeira música aos 15 anos, "Assim Como As Flores Morrem". Nas década de 1950 e 1960, teve intensa atuação nos conjuntos vocais Os Trovadores, Os Vocalistas, Trio QuitandinhaConjunto Harmonia, entre outros.

Nos primeiros anos da década de 60, foi um dos maiores sucessos em vendagem de disco. Em 1961 gravou o samba "Boemia" (Maurílio Lopes, Sebastião de Oliveira e Nuno Soares) e o bolero "Ciúme" (Aôr Ribeiro, Maurílio Lopes e Sebastião de Oliveira). No mesmo ano gravou o bolero "Quem É?" (Silvinho e Maurílio Lopes), que se tornou grande sucesso. Feita no ritmo do bolero, essas perguntas tristes ecoaram em vozes robustas como as dos cantores Agnaldo Timóteo e Gregorio Barrios.
"Quem é que não sofre por alguém?
Quem é que não chora uma lágrima sentida?
Quem é que não tem um grande amor?
Quem é que não chora uma grande dor?"
O bolero "Quem É?" alavancou no início dos anos 1960 a carreira desse cantor em quem foi cunhado o epíteto genérico "O Rei do Bolero e da Seresta".


O seu segundo maior sucesso foi a marchinha "Marcha da Coroa" (Carvalhinho e Jair Maia) que gravou em 1962, tendo sido lançada no Carnaval de 1963.

Em 1963, gravou "Esta Noite Eu Queria Que o Mundo Acabasse" (Silvinho) e o bolero "Se Tu Gostasses de Mim" (Rossini Pinto e Fernando Costa). Em 1964 esteve nas paradas de sucesso com "Mulher Governanta" (Getúlio Macedo), gravada em 1963.

Silvinho trabalhou na Rádio Nacional e em várias emissoras de rádio e televisão do Rio de Janeiro e de São Paulo. Fez várias excursões ao longo de sua carreira de cantor, tendo se apresentado na Argentina, Uruguai, Chile e México.

Muitas de suas músicas, principalmente os boleros, continham declamações.

Em 1999, a Polydisc, dentro da série "20 Super Sucessos", lançou um CD com seus grandes sucessos, entre os quais "Quem É?", "Mulher Governanta", "Ciúme" e "Confesso".

Silvinho foi premiado com os mais importantes troféus da música brasileira, tais como: Chico Viola, Roquette-Pinto e Buzina do Chacrinha.

Morte

Silvinho faleceu na madrugada de sábado, 02/11/2019, em Petrópolis, RJ, aos 87 anos. Foi sepultado no mesmo dia da morte. A causa da morte não foi divulgada.

Indicação: Miguel Sampaio

João Bá

JOÃO BATISTA OLIVEIRA
(87 anos)
Cantor, Compositor, Poeta, Ator e Contador de Histórias

☼ Crisópolis, BA (25/06/1932)
┼ Caldas, MG (03/10/2019)

João Batista Oliveira, conhecido como João Bá, foi um compositor e cantor nascido em Crisópolis, no sertão da Bahia, no dia 25/06/1932. João Bá atuou também como ator, poeta e contador de histórias.

Filho de lavradores pobres, começou a trabalhar quando criança para ajudar a família. Segundo João Bá, quando caiu o primeiro dente, seu pai sentenciou que ele já estava preparado para trabalhar. Foi então que começou a ajudar na pequena lavoura.

As dificuldades da infância pobre e difícil o levaram a observar a natureza ainda no trabalho, formando assim um tema recorrente até os dias de hoje em suas canções.

Aos 12 anos, começou a compor e cantar. Hoje, sua obra reúne mais de duzentas músicas, muitas delas gravadas por artistas de referência no cenário musical brasileiro como Hermeto Pascoal, Almir Sater, Diana Pequeno, Dércio Marques, Marlui Miranda, entre outros.

João Bá foi considerado um dos mais respeitados cantadores na Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Se definia um "compositor orgânico", ou seja, ligado organicamente à natureza, um músico que explorava seus sentidos e interligações para chegar a uma forma musical. Definia sua estética como simples, mas intensa. Seu trabalho busca despertar o senso crítico e a compreensão consciente de que todas as coisas estão interligadas entre si e suas raízes.

Pesquisador da cultura popular brasileira, trazia na sua poesia e composições o canto de resistência da natureza, o jeito simples de louvar a terra, a vida, o respeito à história e à memória da cultura popular.

Início da Carreira e Participação em Festivais

João Bá começou a trabalhar na roça muito cedo. Do final de sua infância até o fim de sua adolescência (período que se inicia em 1944 e vai até 1952), sempre mostrou interesse pela arte, engajando-se em atividades artísticas na pequena cidade de Crisópolis, BA. Atuava em pequenas peças teatrais, compunha cantigas sertanejas e ensaiava seus primeiros poemas.

Aos 20 anos, deixou o sertão da Bahia e chegou a São Paulo em busca de uma vida melhor. Empregou-se em uma farmácia no tradicional bairro da Mooca, localizado na região centro-leste de São Paulo. Nesse período, inscreveu-se para estudar no Ginásio - atual Ensino Fundamental - onde ficou sabendo de um concurso de poesia realizado pela Rádio Bandeirantes. Mesmo não vencendo, decidiu continuar tentando.

Depois de 14 anos morando em São Paulo e fazendo amizades no meio artístico, surgiu a oportunidade de participar da primeira edição do Festival da Música Popular Brasileira, realizado em 1966, pela TV Record. No entanto, sua música "Madeira Encarnada" foi censurada pela Ditadura Militar por, supostamente, fazer referência a um oficial de nome "Sargento Madeira". De acordo com o artista, o adjetivo "encarnada", foi interpretado como uma provocação velada ao militar, de personalidade tempestiva e autoritária, que costumava perseguir artistas considerados subversivos ao Regime. Além disso, a letra fazia críticas sociais nos versos "olha o índio querendo viver" (referência às mortes provocadas por latifundiários no campo) e "olha o preço subindo, amargando/olha o povo querendo comer" (referência à situação de miséria e fome do país).

Embora não tenha participado desse festival histórico, o caso da censura deu visibilidade a João Bá no meio musical, pois sua música passou a ser comentada nos bastidores como uma das favoritas ao título de melhor canção.

Para João Bá, foi a oportunidade de estar ao lado de grandes compositores, como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, além de intérpretes, como Elis Regina, Jair Rodrigues, Elza Soares e MPB-4. Foi nesse período que também conheceu dois grandes ícones da música nordestina: Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. De acordo com João Bá, Gonzagão foi quem o motivou a dar prosseguimento à carreira, dizendo que o artista baiano "tinha uma cara boa". Ainda no final dos anos 1960, conheceu Tom Zé.

Em 1979, destacou-se no Festival 79 da TV Tupi, com a música "Facho de Fogo" feita em parceria com Vidal França e defendida por Diana Pequeno. Embora não tenha ganhado, sua música esteve novamente ao lado da de grandes personalidades, como Fagner e Oswaldo Montenegro, vencedores do festival. Desde então, vinha se apresentando em shows, festivais, mostras e temporadas em espaços culturais de todo o país para seu público cativo.

Participações na Televisão

Em 1984, escreveu "Cercanias de Canudos", programa apresentado pela TV Cultura e considerado o melhor daquele ano.

Em 1985, apresentou "Casa dos Cantadores", especial da TV Cultura que contava com a participação de grandes nomes da música regional. Em "Casa dos Cantadores" tem-se o registro histórico de uma das primeiras aparições de Almir Sater na televisão, que se tornaria famoso por suas participações em novelas. Como ator, participou do especial "Lampião", também realizado pela TV Cultura em meados dos anos 1980.

Com Almir Sater, compôs faixas da trilha "Corpo e Alma", especial da TV Globo sobre o Pantanal Mato-grossense. Gravou ainda o especial "Casa de Farinha" que foi exibido em um canal francês.

Apresentou-se inúmeras vezes nos programas "Som Brasil" (TV Globo), "Empório Brasileiro" (Bandeirantes), "Empório Brasil" (SBT), "Bambalalão" (TV Cultura) e "Viola, Minha Viola" (TV Cultura).

Em novembro de 2005, participou do programa "Sr. Brasil", interpretando "Bicho da Seda", ao lado de Nanah Correia. Sua mais recente aparição foi em 2009, no programa "Feira Moderna", da TV Minas. Na ocasião, cantou ao lado de Nádia Campos e Dercio Marques, que era também um de seus principais parceiros musicais.

Atuação no Cinema

João Bá fez participações como ator e compositor de trilhas sonoras. Em 1987, atuou no filme "Fronteira das Almas", dirigido por Hermano Penna. Sua segunda participação foi em 2000, no longa-metragem "Mário", também dirigido por Hermano Penna. Seu papel foi o de um pescador nativo.

Em 2007, assinou a trilha sonora do documentário "Nas Terras do Bem-Virá", de Alexandre Rampazzo, junto com a cantora Nanah Correia e com o músico Julian Tirado.

Outra produção que conta com sua participação é o documentário em homenagem a Glauber Rocha, "Entre o Sertão e o Mar", dirigido por Tatiana Garcia. "Candeia", uma das faixas dessa trilha era a canção de João Bá que Glauber Rocha mais gostava.

Em julho de 2019, João Bá, acompanhado pelo violeiro João Arruda, participou do projeto Composição Ferroviária, em Poços de Caldas.

João Bá viveu os últimos anos de sua vida no sítio Rosa dos Ventos, na cidade de Caldas, Sul de Minas Gerais.

Premiações no Teatro

Além do cinema e da televisão, João Bá teve passagem no teatro. Em 1981, participou do Festival de Teatro do SESC Consolação, ganhando os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Figurino, com o espetáculo "Marrueiro". Em entrevista concedida à revista HP Variedades, João Bá lembrou desse momento:
"Me lembro que das peças que participei como ator e ajudei no texto, uma foi campeã do Festival de Teatro de São Paulo, chamada 'Marrueiro'. Marrueiro é o maior estágio do vaqueiro. Quando o vaqueiro chega a esse estágio, é porque ele é doutor do gado. Aí ele sabe tudo. 'Marrueiro' é de Catulo da Paixão Cearense.
Nessa peça participei como ator e fiz quase toda a trilha sonora, com exceção de uma música do Catulo, o 'Luar do Sertão' e outra do Elomar. Também ajudei no texto adaptado de Cassiano Moreira, um grande ator de teatro. Foi ele quem que me convidou para entrar na peça, e para olhar o texto. Senti então a necessidade de incluir no texto de Catulo uma figura saliente, de alto relevo do movimento de vaqueiros no Brasil, que é a Missão do Vaqueiro, em homenagem ao grande Raimundo Jacob.
Ganhamos três prêmios no festival, inclusive melhor trilha sonora. Fazíamos a música ao vivo. Isso foi em 1981, no SESC Consolação!"

João Arruda, Sinhá Rosária, Tião Mineiro e João Bá
Livros

No final de 1982, escreveu o cordel "Natal na Cultura Popular", para a Fundação Roberto Marinho, General Motors e SESC Carmo, com tiragem de aproximadamente 30.000 exemplares.

Sua obra é referência para estudiosos da Cultura Popular Brasileira e suas composições são indicadas pelo Ministério da Educação (MEC) na Cartilha de Referencial Curricular Nacional Infantil - Volume 3.

Fatos da Carreira

Seu primeiro disco, "Carrancas", contou com a participação de Hermeto Pascoal, que é homenageado com a música "Mico-Leão Dourado". João Bá compara seu amigo ao macaquinho de pelos vermelhos por conta das longas barbas, cabelos dourados e pele vermelha de Hermeto Pascoal.

O projeto gráfico de quase todos os seus discos foi assinado pelo artista plástico Elifas Andreato, de quem João Bá era amigo pessoal.

Quando Luiz Gonzaga morreu, João Bá foi convidado pela gravadora do artista para ser seu substituto, chegando a reservar o mesmo figurino de Gonzagão para João Bá. João Bá recusou o convite de imitar um de seus maiores mestres.

A origem do sobrenome "Bá" surgiu de uma engraçada situação na qual o músico, aos 12 anos, ficou surpreso ao ser questionado pela apresentadora do show de calouros em sua cidade, qual seria o seu nome artístico. Assustado com a pergunta, o músico, que preenchia uma ficha com seu nome, parou com a caneta exatamente no "Ba".

A partir de então, João Batista passou a usar o nome artístico de João Bá, que também, segundo ele próprio é uma referência ao "Batista", "baiano" e "baixinho".

João Bá foi um dos primeiros artistas a lançar Almir Sater na televisão, quando o violeiro era ainda muito novo e tímido. Almir Sater participou do especial "Casa de Cantadores", realizado pela TV Cultura.

João Bá, ao lado da filha Jade Monalisa
Morte

João Bá faleceu na quinta-feira, 03/10/2019, aos 87 anos, no município de Caldas, MG, onde morava.

O corpo de João Bá foi velado na manhã de sexta-feira, 04/10/2019, no Velório da Santa Casa, em Caldas, MG. O cortejo rumo ao cemitério da cidade começou por volta das 17h30.

Discografia

Artista independente, João Bá sempre lançou seus álbuns com recursos próprios ou com apoio de amigos e parceiros musicais, o que lhe garantiu total liberdade para decidir sobre suas produções, desde a escolha do repertório até a decisão sobre quais músicos participariam das gravações.

A falta de interesse das grandes gravadoras em relação à música regional e a recusa do cantor em adotar a linguagem das rádios, foram as principais razões de seu primeiro álbum ter sido lançado somente 22 anos após sua primeira incursão no cenário musical, ainda na época dos festivais da década de 60.

Sem gravadora, "Carrancas" foi produzido com a ajuda do músico Klécius Albuquerque. As participações especiais foram de Hermeto PascoalDercio Marques, Vidal França, entre outras. A música "Facho de Fogo", lançada por Diana Pequeno, no disco "Eterno Como Areia" (1979), tornou-se conhecida pela primeira vez na voz de João Bá. Constam, ainda, obras de referência como "O Menino e o Mar" e "Ladainha de Canudos".

Os álbuns seguintes seguiram praticamente a mesma proposta adotada em "Carrancas", sempre coerentes com as raízes culturais de João Bá e com uma estética musical muito própria, além da qualidade dos músicos e das composições.


  • 1988 - Carrancas (Independente, LP)
  • 1994 - Carrancas I - II (Independente, CD)
  • 1997 - Ação dos Bacuraus Cantantes (Devil Discos, CD)
  • 2003 - Pica-Pau Amarelo (Americano, CD)
  • 2004 - 50 Anos de Carreira Independente (Coletânea)
  • 2005 - Aruanã (Warner - Chapelli / Y Records)
  • 2010 - João Bá Para Crianças - Amigo Folharal (Independente, CD)
  • 2014 - Cavaleiro Macunaíma - João Bá 80 Anos (Independente, CD)

Fonte: Wikipédia