Mostrando postagens com marcador 92. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 92. Mostrar todas as postagens

Vera Nunes

ISAURA NUNES MARTINS HENRIQUES
(92 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/08/1928)
┼ Campinas, SP (02/02/2021)

Isaura Nunes Martins Henriques, mais conhecida como Vera Nunes, foi uma atriz nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 12/08/1928.

A jovem Isaura estudou contabilidade para satisfazer ao pai, mas sempre desejou ser artista. Aos 13 anos, e favorecida em parte por sua beleza, começou como radio-atriz na rádio do Ministério da Educação, Cultura e Saúde, ao lado de futuras estrelas como José VasconcellosFernanda Montenegro, entre outros. Logo começou a trabalhar nas grandes produtoras de cinema da época, como Cinelândia e a Atlântica. Seus papéis em "Um Beijo Roubados" (1950) e "Pinguinho de Gente" (1949) lhe renderam os apelidos de Bonequinha do Cinema e Namoradinha do Brasil.

Após rápida passagem pela Argentina, onde fez "No Me Digas Adiós" (1948), voltou a filmar no Brasil. Foi quando fez "Falta Alguém no Manicômio" (1948), do qual foi também figurinista.

No Teatro Copacabana, encenou textos importantes, como "Um Deus Dormiu Lá Em Casa", "Helena Fechou a Porta", "Don Juan", entre outros.

Em São Paulo, abriu sua própria companhia teatral, com a qual encenou, no Teatro Cultura Artística, "Presença de Anita".

Em 1951, a televisão dava seus primeiros passos e Vera Nunes foi contratada pela TV Paulista, recém-inaugurada, para atuar em "Helena" (1952). Lá conheceu o ator Altamiro Martins, com quem se casou em 1961. Sua madrinhada de casamento foi Bibi Ferreira.

Após "Helena" (1952), decidiu se dedicar ao cinema.

Em 1957, fez seu último filme, "Dorinha no Soçaite" (1957), com Geraldo Vietri, que já a dirigira em "Custa Pouco a Felicidade". Depois, voltou à televisão.

Em 2005, morreu Altamiro Martins, seu marido, selando um convívio de 40 anos que lhe deu um casal de filhos.

Morte

Vera Nunes faleceu na terça-feira, 02/02/2021, em Campinas, SP aos 92 anos.

Carreira

Cinema
  • 2008 - O Profeta ... Mulher do Profeta
  • 2007 - Autofagia ... Velha
  • 2004 - Tal Pai Tal Filho ... Esposa
  • 2003 - A Quarta Parada
  • 1957 - Dorinha no Soçaite ... Dorinha
  • 1955 - Armas da Vingança
  • 1952 - Custa Pouco a Felicidade ... Telma
  • 1951 - Presença de Anita ... Diana
  • 1951 - Suzana e o Presidente ... Suzana
  • 1950 - Um Beijo Roubado ... Vera
  • 1950 - Garota Mineira ... Moça do Interior
  • 1949 - Pinguinho de Gente ... Maria Lúcia
  • 1949 - Também Somos Irmãos ... Marta
  • 1948 - Mãe
  • 1948 - Uma Luz na Estrada
  • 1948 - Falta Alguém no Manicômio ... Maria Luísa
  • 1948 - Não Me Digas Adeus

Televisão
  • 1985 - Jogo do Amor
  • 1982 - Avenida Paulista
  • 1980 - O Meu Pé de Laranja-Lima ... Leonor
  • 1975 - Um Dia, o Amor ... Arlinda
  • 1970 - O Meu Pé de Laranja Lima ... Diana
  • 1969 - Dez Vidas ... Viscondessa de Barbacena
  • 1969 - Os Estranhos ... Mimi
  • 1969 - A Menina do Veleiro Azul ... Drª Olga
  • 1968 - Legião dos Esquecidos ... Maria Luísa
  • 1967 - Os Fantoches ... Julieta
  • 1966 - As Minas de Prata ... Ismênia
  • 1964 - O Pintor e a Florista ... Estela
  • 1959 - A Ponte de Waterloo
  • 1959 - Estúdio 13
  • 1955 - O Casal Mais Feliz do Mundo
  • 1953 - As Aventuras de Suzana
  • 1952 - Helena Helena
  • 1952 - Grande Teatro Tupi

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #VeraNunes

Francisco Brennand

FRANCISCO DE PAULA COIMBRA DE ALMEIDA BRENNAND
(92 anos)
Artista Plástico e Ceramista

☼ Recife, PE (11/06/1927)
┼ Recife, PE (19/12/2019)

Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand foi um artista plástico nascido em Recife, PE, no dia 11/06/1927. Desenvolvia seu trabalho com diversos suportes, tornando-se notório como ceramista.

Francisco Brennand nasceu nas terras do antigo Engenho São João, na cidade brasileira do Recife, PE. Filho de Ricardo de Almeida Brennand e Olímpia Padilha Nunes Coimbra, era descendente de Edward Brennand, originário de Manchester, na Inglaterra, que veio para o Brasil em 1820 para trabalhar em uma empresa ferroviária inglesa.

Em 1917, o pai de Francisco BrennandRicardo Brennand, criou a primeira fábrica de cerâmicas da família - a Cerâmica São João - nas terras do antigo engenho do bairro da Várzea, no Recife, herança recebida de Dona Maria da Conceição do Rego Barros Lacerda, uma prima de sua mãe.

Durante o ensino médio, após conhecer o trabalho do escultor Abelardo da Hora, Francisco Brennand desenvolveu seu interesse pelo desenho e pela literatura. No mesmo período conheceu Débora de Moura Vasconcelos, sua futura esposa, e Ariano Suassuna, seu colega de classe, com quem produzia um jornal literário, encarregando-se de realizar as ilustrações para os textos e poemas de Ariano.


Inicialmente, Francisco Brennand acreditava ser a cerâmica uma arte utilitária, menor, e por isso dedicou-se sobretudo à pintura a óleo. Entretanto, ao chegar à França, em 1948, deparou-se com uma exposição de cerâmicas de Picasso, e descobriu que muitos dos artistas da Escola de Paris haviam passado pela cerâmica: Além de Picasso, Chagall, Matisse, Braque, Gauguin, e sobretudo o catalão Joan Miró.

Já no início da década de 1950, de passagem por Barcelona, Francisco Brennand descobriu Antoni Gaudí, cujas obras - com suas formas sinuosas e o uso do trencadis, tradicional técnica catalã - causam-lhe forte impressão.

Após o seu primeiro período na Europa (1948 - 1951), Francisco Brennand retornou ao Brasil mas, logo em 1952, decidiu aprofundar-se no conhecimento das técnicas da cerâmica, iniciando estágio em uma fábrica de majólicas na cidade de Deruta, na província de Perúgia, Itália.


Durante esse estágio, Francisco Brennand iniciou suas experiências com o uso de esmaltes cerâmicos e queimas sucessivas da peça, em temperaturas variadas. A cada entrada da peça no forno, era aplicada uma camada diferente de esmalte, o que dava à superfície uma grande variedade de cores e texturas.

Na década de 1970, Francisco Brennand participou do Movimento Armorial, juntamente com Ariano Suassuna, seu principal idealizador.

No seu ateliê, instalado nas terras do antigo Engenho (depois Cerâmica) São João, no bairro da Várzea, no Recife, estão expostas muitas de suas obras, parte delas dispostas a céu aberto, em um grande jardim central.

Francisco Brennand foi autor de dois importantes espaços culturais da cidade do Recife: A Oficina Cerâmica Francisco Brennand e o Parque das Esculturas Francisco Brennand.

Em 2017 foi agraciado com a Medalha do Mérito Guararapes - Grã Cruz, a mais alta honraria do Estado de Pernambuco.

Morte

Francisco Brennand faleceu em 19/12/2019, aos 92 anos, vítima de infecção respiratória no Real Hospital Português de Beneficência, na cidade do Recife, PE.

Francisco Brennand estava fazendo um tratamento contra uma pneumonia. O corpo foi velado na Capela Imaculada Conceição, na Oficina Cerâmica Francisco Brennand e cremado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, PE.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #FranciscoBrennand

Lúcio Mauro

LÚCIO DE BARROS BARBALHO
(92 anos)
Ator e Humorista

☼ Belém, PA (14/03/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/05/2019)

Lúcio Mauro, nome artístico de Lúcio de Barros Barbalho, foi um ator e humorista nascido em Belém, PA, no dia 14/03/1927. Foi um dos pioneiros na televisão no Brasil. Passou pela TV Rio, TV Tupi, Excelsior e TV Globo. Era conhecido pelos personagens humorísticos que interpretava.

Nascido em Belém do Pará, era irmão do político paraense e empresário radialista Laércio Wilson Barbalho, sendo assim tio paterno do político Jader Barbalho.

Já atuava em teatro estudantil quando, com pouco mais de vinte anos, foi convidado para trabalhar na companhia teatral do ator Mário Salaberry, marido da atriz Zilka Salaberry. Após o falecimento de Mário Salaberry em acidente, Lúcio Mauro participou da companhia de teatro de Barreto Júnior. Nessa época, casou-se com Arlete Salles.

Em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, ele fez seu primeiro programa de humor na televisão, "Beco Sem Saída", contracenando com José Santa Cruz no quadro "Jojoca e Zé das Mulheres".

Em 1963, Lúcio Mauro e Arlete Salles se mudaram para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. Depois, foi para a TV Tupi, período em que atuou em episódios do "Grande Teatro Tupi".

Lúcio Mauro com o jogador Zico e Sônia Mamede em "Balança Mas Não Cai", onde surgiu a dupla de personagens Fernandinho e Ofélia, em 1968
Em 1966, estreou na TV Globo, no humorístico "TV0–TV1".

Lúcio Mauro foi conhecido principalmente por suas atuações em quadros de programas humorísticos de televisão, especialmente, nos programas de Chico Anysio, os quais lhe deram seus dois personagens mais emblemáticos: Aldemar Vigário e Da Júlia. O primeiro era um aluno bajulador na "Escolinha do Professor Raimundo", que gostava de inventar histórias a respeito do passado do professor com o intuito de agradá-lo, mas que geralmente o colocava em situações constrangedoras. O segundo personagem, que fazia parte de sketch do "Chico Anysio Show" e depois de outros programas, era o assistente que buscava orientar o ator Alberto Roberto, personagem de Chico Anysio, que, embora fosse considerado excepcional, era ignorante e arrogante.

Outro personagem de sucesso veio em "Balança Mas Não Cai": Fernandinho era um homem rico e sofisticado, cuja esposa, a ignorante Ofélia, interpretada por Sônia Mamede, embora por quem fosse completamente apaixonado, causava-lhe grande constrangimento devido às suas gafes perante convidados ilustres. Em 1999, o quadro ganhou nova versão no extinto "Zorra Total", atualmente "Zorra", com Lúcio Mauro e Cláudia Rodrigues interpretando Fernandinho e Ofélia.

Em 1980, entrou para o elenco da peça "Além da Vida", escrita por Chico Xavier e Divaldo Franco.

Em 1989, integrou o elenco de "Os Trapalhões".

Lúcio Mauro e seu filho Lúcio Mauro Filho
Em 2008, Lúcio Mauro estreou a peça "Lúcio 80-30", dividindo o palco com Lúcio Mauro Filho, autor e diretor do espetáculo, e com outros dois filhos, Alexandre Barbalho e Luly Barbalho.

Em 2014, Lúcio Mauro e a filha Luly Barbalho participaram do penúltimo episódio de "A Grande Família". Os dois foram pai e irmã do intérprete de Tuco no seriado, Lúcio Mauro Filho.

Em 2015, Lúcio Mauro fez uma participação especial da releitura da "Escolinha do Professor Raimundo", programa comemorativo que foi ao ar na TV Globo e no canal Viva.

Entre 1958 e 1970, Lúcio foi casado com a atriz Arlete Salles com quem teve dois filhos: Alexandre Barbalho (ator) e Gilberto Salles (cineasta).

Lúcio Mauro era casado desde 1974 com Ray Luiza Araujo Barbalho, com quem teve três filhos: Luciane Maria, Lúcio Mauro Filho (ator) e Luanna Barbalho.

Em 2012, Lúcio Mauro foi internado após ter caído num restaurante, passando por uma cirurgia para correção de uma fratura no fêmur.

Em abril de 2016, Lúcio Mauro sofreu um derrame, que afetou uma área da garganta, comprometendo a fala e a mastigação.

Morte

Lúcio Mauro faleceu no fim da noite de sábado, 11/05/2019, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, havia cerca de dois meses, com problemas respiratórios.

O corpo de Lúcio Mauro será velado na segunda-feira, 13/05/2019, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia, aberta ao público, acontecerá das 9h00 às 14h00. 

Carreira

Televisão
  • 2015 - Escolinha do Professor Raimundo ... Seu Aderaldo, o faxineiro (Participação Especial)
  • 2014 - A Grande Família ... Rui Nabuco
  • 2012 - Gabriela ... Eustáquio Ferreira
  • 2009 - Caminho das Índias ... Amarit Chami (Diretor de Bollywood)
  • 2008 - Casos e Acasos ... Drº Rangel
  • 2008 - A Favorita ... Sabiá (Pai de Dodi)
  • 2008 - Faça Sua História ... Baby de Moraes (Episódio: "O Califa de Copacabana")
  • 2007 - Malhação ... Delegado Silva (Participação Especial)
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Veloso (Participação Especial)
  • 2005 - Carga Pesada ... Episódio: "Sem Identidade"
  • 2004 - Programa Novo ... Chefe
  • 2004 - Sob Nova Direção ... Geraldo (Episódio: "Duas Penetras Convidadas")
  • 2001 - Os Normais ... Jair (Episódio: "Desconfiar é Normal")
  • 1999/2011 - Zorra Total ... Vários Personagens
  • 1999 - O Belo e as Feras ... Arturo
  • 1998 - Pecado Capital ... Nonato
  • 1998 - Meu Bem Querer ... Juiz
  • 1998 - Sai de Baixo ... Drº Sabóia (Episódio: "Ah, Eu Tô Maluco")
  • 1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos ... Neca do Abaeté
  • 1996 - Caça Talentos ... Marvin
  • 1995 - Malhação ... Ferreira
  • 1992 - Você Decide ... Episódio: "Palavras de Amor"
  • 1990/1994 - Escolinha do Professor Raimundo ... Aldemar Vigário
  • 1988 - Chico Anysio Show ... Aldemar Vigário
  • 1988 - O Pagador de Promessas ... Drº Quindim
  • 1983 - Caso Verdade ... Chico Xavier (Episódio: "Chico Xavier, Um Infinito Amor")
  • 1983 - A Festa é Nossa
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1978 - A Praça da Alegria
  • 1973 - Chico City
  • 1972 - Uau, a Companhia
  • 1968 - Balança Mas Não Cai ... Fernandinho
  • 1967 - A Moça do Sobrado Grande
  • 1967 - I Love Lúcio
  • 1966 - TV0-TV1
  • 1965 - Essa Gente Inocente ... Apresentador
  • 1963 - A, E, I, O... Urca! ... Diretor
  • 1960 - Beco Sem Saída

Cinema
  • 2016 - Vai Que Dá Certo 2 ... Seu Altamiro
  • 2013 - Vai Que Dá Certo ... Seu Altamiro
  • 2010 - Muita Calma Nessa Hora ... Mascarenhas
  • 2009 - A Mulher Invisível ... Governador
  • 2008 - Feliz Natal ... Miguel
  • 2008 - Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito ... Líder do Centro Espírita
  • 2008 - Polaroides Urbanas ... Fernando
  • 2007 - O Homem Que Desafiou o Diabo ... Escrivão
  • 2006 - Cleópatra ... Ptolomeu XII
  • 2004 - Redentor ... Tísico
  • 1968 - O Rei da Pilantragem ... Pessoa na Rua
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval ... Zé das Medalhas
  • 1963 - Terra Sem Deus ... Capanga do Coronel

Fonte: Wikipédia e G1

Maria Castro

MARIA DE JESUS CASTRO
(92 anos)
Cantora e Compositora

☼ Itapeva, SP (1926)
┼ São Paulo, SP (23/01/2019)

Maria de Jesus Castro foi uma cantora nascida em Itapeva, no interior do Estado de São Paulo, em 1926. Ela era a primeira voz do Duo Irmãs Castro, um dos fenômenos da música sertaneja nas décadas de 40 e 50.

O pai das Irmãs Castro era engenheiro da ferrovia e por este motivo viviam de cidade em cidade. Numa dessas idas e vindas, conheceram aquele que mudaria a vida das duas e da música sertaneja, João Alves dos Santos, o famoso Nhô Pai, que lhes presenteou com a canção "Beijinho Doce" no ano de 1944.

A música foi gravada e as Irmãs Castro ganharam o Brasil de norte a sul, inclusive outros países da América do Sul, como o Paraguai.

Irmãs Castro

As Irmãs Castro começaram em 1938 na Rádio Clube de Bauru, onde venceram o concurso de calouros Descobrindo Astros do Futuro, cantando "O Que É Que A Baiana Tem" (Dorival Caymmi). Elas participaram do concurso escondidas dos pais e logo após o mesmo, continuaram cantando em inglês numa outra emissora de rádio local.

Em 1940, Maria de Jesus e Lourdes, com 14 e 12 anos de idade, respectivamente, mudaram-se para São Paulo, onde tiveram que enfrentar os famosos preconceitos por serem do sexo feminino e, além disso, menores de idade.

Mas foi em São Paulo que Nhô Pai, compositor de sucessos como "Beijinho Doce", viu as irmãs cantando e gostou do dueto perfeito de suas vozes. Pediu então autorização aos pais delas para poder ensinar a elas o gênero sertanejo. A partir daí as Irmãs Castro apresentavam-se em programas diversos, sempre acompanhadas pelo Nhô Pai e também pela mãe.

Então foram convidadas para cantar no Rio de Janeiro. Devido à idade, falsificaram as certidões de nascimento para poder cantar nos cassinos. Na cidade maravilhosa também cantaram em emissoras como Rádio Tupi, Rádio Globo e Rádio Mayrink Veiga.

De volta à São Paulo, passaram pelas Rádio Cultura, Rádio Tupi e Rádio Bandeirantes e foram contratadas com exclusividade pela Rádio Record.


O primeiro disco das Irmãs Castro foi gravado pela Continental em 1944 quando elas tinham 18 e 16 anos de idade respectivamente. Nesse 78 rpm, gravaram "Não Me Escrevas" e "Che Camba (Vem Cá)".

Em 1945, gravaram um novo disco 78 rpm contendo o valseado "Faz Um Ano" e o corrido "Beijinho Doce", um clássico da música caipira, que foi o maior sucesso das Irmãs Castro e que as transformou rapidamente em estrelas.

A música caipira não era o estilo preferido das Irmãs Castro. Elas preferiam outros estilos de música brasileira. O convite para a carreira sertaneja, no entanto, partiu de Nhô Pai que viu nelas o potencial e elas acabaram aceitando.

Em 1947, gravaram a guarânia "Noites do Paraguai" (S. Aguayo), com versão de Ariovaldo Pires, uma das muitas versões de canções paraguaias e mexicanas que a dupla gravou. No mesmo disco estava o rasqueado "Siriema" (Nhô Pai e Mário Zan), outro de seus grandes sucessos.

Com o sucesso que estavam obtendo, passaram a receber vários convites. Apresentaram-se em circos e rádios por todo o Brasil. Cantaram também em diversos países da América Latina, tais como Paraguai, Uruguai e Argentina.


No Paraguai, elas foram para se apresentar por uma semana no Teatro Vitória, o maior de Asunción, mas acabaram permanecendo um mês por lá. A apresentação das Irmãs Castro foi transferida então para o Teatro Municipal de Asunción, já que o conjunto vocal americano The Platers tinha uma apresentação programada no Teatro Vitória. As Irmãs Castro acabaram roubando a platéia do The Platters, pois o conjunto americano, além de ter tido que aguardar a transferência das Irmãs Castro para o outro teatro, ainda tiveram no show lotação abaixo da esperada, enquanto as Irmãs Castro se apresentavam com mais platéia no Teatro Municipal. No Paraguai fizeram sucesso principalmente com "Che Yara Porã Tupy" (Ariovaldo Pires e Riellinho"Che China Mi" (Antônio Cardoso e Ariovaldo Pires).

De retorno ao Brasil, vieram em avião cedido pelo governo do Paraguai.

Em 1974, lançaram um LP pela Chantecler, quando regravaram antigos sucessos como "Beijinho Doce", além de outras músicas, como "Pelejo Pra Te Deixar" (Biá e Gauchito).

Em 1984, participaram do programa "Viola Minha Viola", na TV Cultura de São Paulo.

A dupla se desfez em 1985, porém as Irmãs Castro compõem um capítulo muito importante na história da música caipira raiz, pois, além delas terem sido a primeira dupla feminina a gravar música caipira, também foram as pioneiras no ritmo corrido, o mesmo ritmo de "Beijinho Doce".

Lourdes faleceu aos 83 anos de idade, em 30/08/2011, vítima de um infarto agudo do miocárdio.

Morte

Maria Castro faleceu na quarta-feira, 23/01/2019, em São Paulo, SP, aos 92 anos.

Fonte: Sertanejo Bão
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #mariacastro #irmascastro

Aurino Ferreira

AURINO FERREIRA DE OLIVEIRA
(92 anos)
Saxofonista Barítono

☼ Feira de Santana, BA (1926)
┼ (08/01/2019)

Aurino Ferreira foi um saxofonista nascido em Feira de Santana, BA, em 1926.

Aurino Ferreira iniciou a carreira artística na década de 1940. Atuou como músico de estúdio e tocou em inúmeras gravações. Fez parte da orquestra que acompanha Roberto Carlos.

Em 1964, destacou-se na gravação de "Nanã", com a orquestra de Sérgio Mendes. No mesmo ano, tocou saxofone no LP "Dick", lançado por Dick Farney, pela gravadora Elenco. Também em 1964, tocou no LP "Diagonal", lançado por Johnny Alf, pela BMG, tocando saxofone barítono nas faixas "Disa" (Johnny Alf e Maurício Einhorn), "Céu É Você" (Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo), "Bondinho Do Pão De Açúcar" (Armando Cavalcanti e Victor Freire), "Podem Falar" (Johnny Alf), "Céu E Mar" (Johnny Alf), "Seu Chopin, Desculpe" (Johnny Alf) e "Moça Flor" (Durval Ferreira e Lula Freire).

Em 1965, tocou nas músicas "Ataque" (Eumir Deodato), "Os Grilos" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Terra De Ninguém" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "É Bom Parar" (Noel Rosa e Rubens Soares), "Feitinha Pro Poeta" (Baden Powell e Lula Freire), "Razão De Viver" (Eumir Deodato e Paulo Sérgio Valle), "Tristeza" (Haroldo Lobo e Niltinho Tristeza), "Samba Do Dom Natural" (Marcos Vasconcellos e Pingarilho), "Samba De Rei" (Marcos Vasconcellos e Pingarilho), "O Sol Nascerá" (Cartola e Elton Medeiros), "Até De Cavaquinho" (Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo) e "Porque Somos Iguais" (Durval Ferreira e Pedro Geraldo Camargo), em LP lançado por Elmir Deodato.

A partir de 1965, e nos três anos subsequentes, foi ativo participante do Clube de Jazz e Bossa, alternando com seu colega Maestro Cipó a direção musical do clube, dirigido por Jorge Guinle e Ricardo Cravo Albin, em várias casas noturnas do Rio de Janeiro.

Derbson Frota e Aurino Ferreira em 13/04/2018
Em 1967, participou do LP instrumental "Brazilience - A Música De Marcos Valle", lançado pela gravadora Odeon, tocando nas faixas "Os Grilos" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Preciso Aprender A Ser Só" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Batucada Surgiu" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Samba De Verão" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Vamos Pranchar" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Deus Brasileiro" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Se Você Soubesse" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle) e "Tanto Andei" (Marcos Valle).

Em 1969, tocou saxofone barítono nas faixas "Maquilagem" (Nonato Buzar e Wilson Simonal), "Porque Hoje É Domingo" (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar), "Brasileira" (Rubinho e Sérgio Augusto), "Canção Da criança" (Francisco Alves e René Bittencourt), "Eu Fui No Tororó" (Domínio Público), "Que Maravilha" (Jorge Ben Jor e Toquinho), "Uma Loira" (Hervê Cordovil), "Quem Mandou?" (Eduardo Souto Neto e Sérgio Bittencourt), "País Tropical" (Jorge Ben Jor), "Sou Flamengo" (Carlos Renato e Pedro Caetano), "Adiós, Muchachos" (Cesar Verdani e Julio C. Sanders), "Adiós" (Enric Madriguera e Woods), do LP "Alegria, Alegria Vol. 4, Ou Homenagem À Graça, À Beleza, Ao Charme E Ao Veneno Da Mulher Brasileira" lançado por Wilson Simonal, pela gravadora Odeon.

Em 1978, tocou no LP "Tim Maia Disco Club", lançado por Tim Maia. Ainda em 1978, empunhou seu sax barítono no samba "A Situação Do Escurinho" (Aldacir Louro e Padeirinho), para o LP "Antologia Do Samba Choro - Gilberto Gil E Germano Mathias", lançado pela gravadora Philips.

Em 1982, tocou na faixa "O Boy (Amar É...)" (Gonzaguinha), do LP "Caminhos Do Coração", lançado por Gonzaguinha pela EMI-Odeon.

Derbson Frota e Aurino Ferreira em 06/06/2009
Em 1989, participou nas faixas "Meu Pranto Ninguém Vê" (Ataulfo Alves e Zé da Zilda), "Errei, Erramos" (Ataulfo Alves), "Boêmio" (Ataulfo Alves e J. Mendes Pereira), "Na Virada Da Montanha" (Ary Barroso e Lamartine Babo) e "Divina Dama" (Cartola).

Aurino Ferreira tocou e gravou com grandes nomes da música brasileira, entre eles, Dick Farney, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Jorge Ben Jor, Marcos Valle, Toquinho e Wilson Simonal. Contudo, o sopro do sax barítono de Aurino Oliveira estará para sempre e primordialmente associado a Roberto Carlos, com quem trabalhou de 1970 a 2015 como integrante da banda RC-9. Tanto que o cantor fez uma homenagem ao músico em redes sociais.

O primeiro trabalho de Aurino Ferreira com Roberto Carlos foi na gravação de "Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), música lançada pelo cantor em álbum de 1968.

Dois anos depois, em 1970, ingressou como músico fixo no conjunto RC-9 e, como Roberto Carlos tem o hábito de jamais demitir um músico, Aurino Ferreira somente saiu da banda para curtir a vida de aposentado.

Aurino Ferreira se aposentou em 2015, ano em que assistiu da platéia ao especial natalino de Roberto Carlos na TV Globo, sendo reverenciado pelo cantor como "Um grande músico e pessoa de ótimas qualidades!".

Aurino Ferreira faleceu na manhã de terça-feira, 08/01/2019, aos 92 anos.

Fonte: Wikipédia, Dicionário Cravo Albin da MPB e G1
#FamososQuePartira #AurinoFerreira

Zíbia Gasparetto

ZÍBIA ALENCASTRO GASPARETTO
(92 anos)
Escritora e Médium

☼ Campinas, SP (29/07/1926)
 ┼ São Paulo, SP (10/10/2018)

Zíbia Alencastro Gasparetto foi uma escritora espírita brasileira, nascida em Campinas, SP, no dia 29/07/1926, que se notabilizou como médium.

De ascendência italiana, casou-se aos 20 anos com Aldo Luiz Gasparetto com quem teve quatro filhos, entre os quais o apresentador de televisão Luiz Antônio Alencastro Gasparetto. Zíbia despertou vocação para a escrita desde a infância, quando já escrevia contos policiais.

Zíbia conta que, em 1950, já mãe de dois filhos, teria acordado certa noite com um formigamento no corpo. Em seguida, teria se levantado e passado a andar pela casa como um homem, falando em alemão, idioma que desconhecia. O marido, surpreendido e assustado, recorreu ao auxílio de uma vizinha, que, ao chegar à residência da família, teria feito uma oração capaz de restabelecer Zíbia. No dia seguinte, Aldo Luiz procurou ajuda em um centro espírita sendo aconselhada a ler o "O Livro dos Espíritos", obra de Allan Kardec e essencial para o entendimento da doutrina espírita. Ele e Zíbia teriam começado a estudar a Doutrina Espírita.

Aldo Luiz começou a frequentar as reuniões públicas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, mas Zíbia não tinha como acompanhá-lo, pois não tinha com quem deixar as crianças. Semanalmente, entretanto, faziam juntos um estudo no lar, período em que a médium diz que principiou a sensação de uma dor forte no braço direito, do cotovelo até a mão, que se mexia de um lado para o outro, sem que ela pudesse controlá-lo.

Aldo Luiz colocou-lhe um lápis e papel à frente. Tomando-os, Zíbia teria começado a escrever rapidamente. Ao longo de alguns anos, uma vez por semana, foi psicografando desse modo o seu primeiro romance, "O Amor Venceu", assinado pela entidade denominada Lucius.


Quando datilografado e pronto, a médium encaminhou o trabalho a um professor de História da Universidade de São Paulo (USP), que à época, dirigia um grupo de estudos na Federação Espírita. Mas só quinze dias mais tarde veio a resposta, na forma de aviso sobre a escolha da obra para ser publicada pela Editora Lake.

O romance "O Amor Venceu" foi publicado em 1958. A obra conta uma história que se passa em Tebas, cidade do Egito antigo, e narra a dor do amor impossível entre dois casais que buscam resgatar a sua verdadeira existência. Baseado nas leis da reencarnação, procura explicar os mistérios em que a humanidade parece se debater, buscando elucidar os fatos da época, com base no estudo de diferentes povos e civilizações.

Zíbia Gasparetto então não parou mais de escrever. Era uma das poucas escritoras espíritas com vários livros no ranking de vendas. Entre suas obras destacam-se: "Laços Eternos" (1976), "Quando Chega a Hora" (1999), "Ninguém é de Ninguém" (2000), "A Verdade de Cada Um" (2002), "Tudo Vale a Pena" (2003), "O Amanhã a Deus Pertence" (2003), "Nada é Por Acaso" (2006), "Vencendo o Passado" (2008), "Laços Eternos" (2009), "Pensamentos" (2010), "A Vida Sabe o Que Faz" (2011) e "Só o Amor Consegue" (2013).

Atualmente, a médium dizia escrever pelo computador, quatro vezes por semana, em cada dia uma obra diferente. Consciente, declara ouvir uma voz ditando-lhe as palavras do texto.

Zíbia Gasparetto publicou 58 obras e vendeu mais de 18 milhões de exemplares de títulos como "O Matuto" e "Laços Eternos". Além de best-seller, acumulava fãs também nas redes sociais. Sua página no Facebook tem mais de 1 milhão de seguidores.

Morte

Zíbia Gasparetto faleceu na quarta-feira, 10/10/2018, aos 92 anos, em São Paulo, SP, após uma longa batalha contra o câncer de pâncreas. A informação foi compartilhada pela Editora Vida & Consciência em seu site e página no Facebook. A editora foi fundada por Zíbia em 1989 com seus filhos Luiz Antônio Gasparetto e Silvana Gasparetto.

"Hoje, o astral recebe com amor uma de suas representantes na Terra. Zibia Gasparetto, 92 anos, completou hoje sua missão entre nós e parte para uma nova etapa ao lado de seus guias espirituais, deixando uma legião de fãs, amigos e familiares, que foram tocadas por sua graça, delicadeza e por suas palavras sábias"
(Mensagem publicada no site da Editora Vida & Consciência)

A editora informou que o velório da escritora acontecerá na quinta-feira, 11/10/2018, no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, às 10h00. O sepultamento acontecerá no mesmo local, às 15h00.

No dia 03/05/2018, Zíbia perdeu o filho, Luiz Antonio Gasparetto, de 68 anos, que estava com câncer de pulmão. Luiz Antonio Gasparetto era médium e escritor como a mãe, além de apresentador de televisão. Comandou o programa "Encontro Marcado", na RedeTV!, entre 2005 e 2008.

Obras
  • 1958 - O Amor Venceu
  • 1969 - O Morro das Ilusões
  • 1975 - Entre o Amor e a Guerra
  • 1976 - Laços Eternos
  • 1982 - Bate-Papo Com o Além
  • 1984 - O Matuto
  • 1985 - Esmeralda
  • 1986 - O Mundo Em Que Eu Vivo
  • 1986 - Pedaços do Cotidiano
  • 1988 - O Fio do Destino
  • 1988 - Voltas Que a Vida Dá
  • 1989 - Espinhos do Tempo
  • 1992 - Quando a Vida Escolhe
  • 1993 - Somos Todos Inocentes
  • 1995 - Pelas Portas do Coração
  • 1996 - Sem Medo de Viver
  • 1997 - O Amor Venceu - Ilustrado
  • 1997 - A Verdade de Cada Um
  • 1997 - Pare de Sofrer
  • 1998 - Conversando Contigo!
  • 1998 - O Advogado de Deus
  • 1999 - Quando Chega a Hora
  • 2000 - Ninguém é de Ninguém
  • 2001 - Quando é Preciso Voltar
  • 2002 - Tudo Tem Seu Preço
  • 2003 - Tudo Valeu a Pena
  • 2004 - Um Amor de Verdade
  • 2005 - Nada é Por Acaso
  • 2006 - O Amanhã a Deus Pertence
  • 2007 - O Repórter do Outro Mundo
  • 2007 - Onde Esta Teresa?
  • 2008 - Eles Continuam Entre Nós
  • 2008 - Vencendo o Passado
  • 2009 - Reflexões 2010
  • 2009 - Se Abrindo Pra Vida
  • 2010 - Pensamentos 20 Anos
  • 2010 - Pensamentos
  • 2010 - Eles Continuam Entre Nós Vol. 2
  • 2011 - A Vida Sabe o Que Faz
  • 2011 - Pensamentos 2
  • 2012 - Reflexões 2012/13
  • 2012 - Pelas Portas do Coração
  • 2013 - Só o Amor Consegue
  • 2013 - O Encontro Inesperado
  • 2014 - O Poder da Escolha
  • 2015 - A Verdade de Cada Um - Nova Edição
  • 2015 - A Hora é Agora
  • 2015 - Ela Confiou na Vida
  • 2016 - Você Sempre Ganha

Fonte: Wikipédia e e-biografia
#FamososQuePartiram #ZibiaGasparetto

Beatriz Segall

BEATRIZ DE TOLEDO SEGALL
(92 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (25/07/1926)
┼ São Paulo, SP (05/09/2018)

Beatriz de Toledo Segall foi uma atriz brasileira de teatro, cinema e televisão, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 25/07/1926, conhecida por interpretar a grande vilã Odete Roitman em "Vale Tudo" (1988), um sucesso da teledramaturgia brasileira.

Nascida em uma família da classe média, Beatriz Segall era filha do diretor do prestigiado Instituto Lafayette, um tradicional colégio feminino da Tijuca, e recebeu uma educação primorosa para os padrões da época - aprendeu francês, piano e costura.

Na escola sempre assistia encantada aos ensaios das peças teatrais, mas no fim dos anos 1940, garotas de família eram mantidas longe do ambiente promíscuo do teatro. Por isso, quando Beatriz comunicou em casa que pretendia integrar o elenco de uma peça profissional, seu pai reagiu mal, dizendo: "Pode ir, mas vai me dar um grande desgosto!". Beatriz não foi.

Em 1946, foi professora de francês, tendo lecionado no Colégio Municipal Barão do Rio Branco, no bairro de Santa Cruz. Anos mais tarde, surpreendeu sua mãe com a notícia de que tinha ganhado uma bolsa para estudar teatro e literatura em Paris e, dessa vez, não pretendia abrir mão.


Estudou língua francesa e começou a estudar teatro no início dos anos 1950. Trabalhou com Henriette Morineau. Em Paris, prosseguiu os estudos e conheceu Maurício Segall, filho do pintor judeu lituano Lasar Segall e da tradutora Jenny Klabin, com quem se casou em 1954 e teve três filhos: O diretor de cinema Sérgio Toledo Segall, Mário (arquiteto e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie) e Paulo. Nessa época, abandonou a carreira para retomá-la somente em 1964.

No início da década de 1970, seu marido foi preso, pois fazia parte da Ação Libertadora Nacional (ALN), fazendo com que passasse por um período de dificuldades.

Beatriz Segall fez longa carreira, sempre voltada ao teatro, embora tenha trabalhado no cinema, onde estreou em 1950, no filme "A Beleza do Diabo", de Romain Lesage.

Interpretou personagens que marcaram a história da televisão brasileira, como Lourdes Mesquita, de "Água Viva" (1980), mas foi a personagem de Odete Roitman, de "Vale Tudo" (1988), da TV Globo, considerada uma das maiores vilãs da história da televisão brasileira, que marcou sua carreira televisiva. O sucesso da personagem inspira interpretações de vilões de novelas até os tempos atuais. Além disso, o jargão "Quem matou Odete Roitman?", referindo-se ao assassinato da personagem, é até hoje repetido em alusão aos mistérios das tramas em telenovelas.


Beatriz Segall já havia revelado em entrevistas que não gostava de falar sobre a personagem, Odete Roitman, afirmando que, pela popularidade de sua personagem, acabou nunca sendo reconhecida por outros trabalhos no teatro e no cinema, e que isso a incomodava muito.

Beatriz Segall recebeu vários prêmios na carreira, dentre os quais, os prêmios Governador do Estado, Prêmio Shell e Mambembe.

Além da Lourdes Mesquita de "Água Viva" (1980) e de Odete Roitman de "Vale Tudo" (1988), destacou-se também com outras personagens como Celina em "Dancin' Days" (1978), Norah Brandão em "Pai Herói" (1979), Laura em "Sol de Verão" (1982), Eunice em "Champagne" (1983), no qual interpretou sua única personagem pobre na TV, Alzira em "Carmem" (1987), da Rede Manchete, Miss Penélope Brown em "Barriga de Aluguel" (1990), Stella em "De Corpo e Alma" (1992), Paula em "Sonho Meu" (1993), Clotilde Jordão em "Anjo Mau" (1997), Bárbara em "Bicho do Mato" (2006) da Rede Record, e Maria Beatriz em "Lara Com Z" (2011).


Em 2006, após nove anos sem integrar o elenco fixo de uma telenovela, preferindo dedicar-se apenas ao teatro, aceitou o convite da TV Record para atuar em "Bicho do Mato", onde vivia a antagonista Bárbara, uma avó fria e sem coração, que vivia em guerra com sua neta por não viver dentro do padrão da alta sociedade.

Em 22/06/2009, foi agraciada com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo, na pessoa do então governador José Serra.

Em 2011, a convite da TV Globo e do autor Aguinaldo Silva, interpretou mais uma vilã na sua carreira. A vilã, Maria Beatriz, personagem contra a protagonista, Lara Romero (Susana Vieira), na primeira temporada da série "Lara Com Z", derivada de "Cinquentinha", do mesmo autor.

Em 2012 atuou na novela "Lado a Lado", da TV Globo, interpretando a personagem Madame Besançon.

Em 21/07/2013, as vésperas de seu aniversário, a atriz caiu em um buraco numa calçada do bairro da Gávea, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, se machucando seriamente. Na ocasião, Beatriz Segall chegou a receber uma ligação e um pedido de desculpas do prefeito Eduardo Paes.

Televisão

Odete Roitman talvez tenha consolidado a associação de Beatriz Segall a vilãs ricas, mas não foi o primeiro papel da atriz a ter essas características. Sua estreia na TV Globo aconteceu dez anos antes de "Vale Tudo" (1988), como a herdeira de uma família abastada de diplomatas em "Dancin' Days" (1978). Agradou e voltou à tela na novela seguinte a ocupar o horário das 20h00, "Pai Herói" (1979), como a vilã Norah. Interpretou mais uma carrasca sofisticada em "Água Viva"(1980), antes de deixar o canal para fazer duas novelas na TV Bandeirantes: "Os Adolescentes", como a costureira Iracema, e "Ninho da Serpente", como uma das herdeiras de uma grande fortuna acumulada por um empresário paulista.

Voltou à TV Globo para fazer "Sol de Verão" (1982) e "Champagne" (1983), em que finalmente interpretou uma mulher pobre. "Eu usava um lenço na cabeça, lavava roupa no tanque, essas coisas", relembrou ao Memória Globo.

Seus outros trabalhos nas novelas da TV Globo incluem, ainda, "Barriga de Aluguel" (1990), "De Corpo e Alma" (1992), "O Clone" (2001) e "Esperança" (2002).

Fora da TV Globo, participou também de "Carmen" (1988), novela que Gloria Perez escreveu para a TV Manchete, e de "Bicho do Mato" (2006), de Bosco Brasil e Cristianne Fridman, na TV Record.

Em 11/04/2015, Beatriz Segall retornou a TV Globo para estrear seu último papel na televisão em "Os Experientes", uma série em quatro capítulos. No primeiro episódio da série, "Assalto", a atriz interpretou Yolanda, uma senhora de idade que está em uma agência bancária no momento em que esta foi assaltada. Sua personagem divide sua história e experiências com um dos assaltantes.

Teatro e Cinema

Sua trajetória nos palcos brasileiros começou em 1950, quando encerrou seu curso de formação de atores no Serviço Nacional de Teatro com o monólogo "Le Bel Indifférent", de Jean Cocteau. Profissionalmente, porém, sua estreia aconteceu dois anos depois, em "Manequim", de Henrique Pongetti.

Com a companhia Os Artistas Unidos, fez "Um Cravo Na Lapela", de Pedro Bloch, e Jezebel, de Jean Anouilh, em 1953.

Deu uma pausa nos anos seguintes para se dedicar aos estudos - havia recebido uma bolsa do governo francês para estudar na Sorbonne - e à família.

Casou-se em 1954 com Maurício Segall, filho do pintor Lasar Segall, com quem teve três filhos. Sua volta ao teatro aconteceu em 1964, na peça "Andorra", do Teatro Oficina, de Zé Celso.

Nos anos seguintes, participou de montagens como "O Inimigo do Povo", de Henrik Ibsen, em 1969, "A Longa Noite de Cristal", de Oduvaldo Vianna Filho, em 1970, e "À Margem da Vida", de Tennessee Williams, em 1976.

Em 1985, consolidou-se como um dos maiores nomes do teatro com o monólogo "Emily", de William Luce, que se concentra na vida da poeta americana Emily Dickinson. O papel rendeu a Beatriz Segall o troféu Mambembe de melhor atriz do teatro brasileiro, que ela voltou a conquistar três anos depois, com "O Manifesto", de Brian Clark, e em 1995, com "Três Mulheres Altas", de Edward Albee.

Recentemente, em 2015, atuou no musical "Nine, Um Musical Felliniano". No palco, acabou sofrendo uma queda e precisou fazer uma cirurgia para reparar um braço quebrado.

Teve atuação mais tímida no cinema, participando de filmes como "O Cortiço" (1978), "Diário da Província" (1978), "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (1981) e "Romance" (1988).

Morte

Beatriz Segall faleceu na quarta-feira, 05/09/2018, aos 92 anos, vítima de problemas respiratórios, informou a assessoria de imprensa do hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, onde ela estava internada. Beatriz tinha recebido alta no dia 21/08/2018, porém retornou ao hospital com problemas respiratórios, informou o assessor de imprensa da atriz.

O velório começará às 19h00 do dia 05/09/2018, no Albert Einstein, e vai até meio-dia de quinta-feira, 06/09/2018, quando o corpo de Beatriz Segall será cremado.

Carreira

Televisão
  • 1956 - Pollyana ... Mirtes Snow
  • 1957 - Lever no Espaço ... Yolanda
  • 1958 - Grande Teatro Tupi ... Camila (Episódio: "Paiol Velho")
  • 1958 - Pollyana Moça ... Mirtes Snow
  • 1966 - Angústia de Amar ... Mary
  • 1968 - Ana ... Mercedes
  • 1970 - A Gordinha ... Clementina
  • 1978 - Dancin' Days ... Celina de Souza Prado Cardoso
  • 1979 - Pai Herói ... Norah Limeira Brandão
  • 1980 - Água Viva ... Lourdes Soares Mesquita
  • 1981 - Telecontos (Episódio: "O Velho Diplomata")
  • 1981 - Telecontos (Episódio: "Paixão e Morte")
  • 1981 - Telecontos (Episódio: "Prima Belinha")
  • 1981 - Os Adolescentes ... Iracema
  • 1982 - Ninho da Serpente ... Noêmia
  • 1982 - Sol de Verão ... Laura
  • 1983 - Louco Amor ... Lourdes Mesquita
  • 1983 - Champagne ... Eunice
  • 1987 - Carmem ... Alzira
  • 1988 - Vale Tudo ... Odete de Almeida Roitman
  • 1990 - A, E, I, O... Urca ... Condessa Sofia Iamatre
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Miss Penélope Brown
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Stella Mendes Peixoto
  • 1993 - Sonho Meu ... Paula Candeias de Sá
  • 1997 - Anjo Mau ... Clotilde Jordão (Clô)
  • 1998 - Você Decide ... Izildinha Barroso (Episódio: "Dublê de Socialite")
  • 2000 - Sãos e Salvos! ... Madame Kiki (Episódio: "A Ilha")
  • 2001 - O Clone ... Miss Penélope Brown
  • 2002 - Esperança ... Maria Antônia
  • 2006 - Prova de Amor ... Ela mesma
  • 2006 - Bicho do Mato ... Bárbara de Sá Freitas
  • 2011 - Lara Com Z ... Maria Beatriz Passos de Albuquerque
  • 2012 - Lado a Lado ... Madame Besançon
  • 2015 - Os Experientes ... Yolanda (Episódio: "Assalto")


Cinema
  • 1951 - A Beleza do Diabo ... (Creditada como Beatriz Toledo)
  • 1970 - Cléo e Daniel ... Mãe de Cléo
  • 1976 - À Flor da Pele ... Isaura
  • 1978 - O Cortiço ... Isabel
  • 1978 - Diário da Província
  • 1979 - Os Amantes da Chuva
  • 1981 - Pixote, a Lei do Mais Fraco ... Viúva
  • 1988 - Romance ... Cecília
  • 2003 - Desmundo ... Dona Brites
  • 2011 - Família Vende Tudo ... Vivi Penteado

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #BeatrizSegall

Zé Bettio

JOSÉ BETTIO
(92 anos)
Cantor, Compositor, Radialista e Acordeonista

☼ Promissão, SP (02/01/1926)
┼ São Paulo, SP (27/08/2018)

José Bettio, mais conhecido como Zé Bettio, foi um radialista, cantor, acordeonista e compositor brasileiro, nascido em Promissão, SP, no dia 02/01/1926. Tinha como irmãos o também radialista Osvaldo Bettio e o acordeonista e compositor Arlindo Bettio, já falecidos.

Zé Bettio nasceu na fazenda do avô, a 450 quilômetros de Promissão, no interior de São Paulo. Estudou apenas até o terceiro ano primário, pois precisava ajudar o pai na lavoura. Desde criança, misturava-se aos irmãos e primos para assistir aos bailes e cantorias das fazendas vizinhas.

Aos nove anos de idade, ganhou do pai uma sanfona de oito baixos, que aprendeu a tocar observando o irmão mais velho.

Sua família mudava-se constantemente e em Lins, SP, trabalhou como pasteleiro para ajudar nas despesas. Mudou-se para São Paulo aos 20 anos, tendo trabalhado como sapateiro no bairro de Santana.

Ainda adolescente, formou com Antonio Moraes e Afonso, o trio Sertanejos Alegres, que durou pouco tempo. Percorreu o interior de São Paulo e Paraná tocando em bailes de fazenda.


Amigos do interior o levaram para tocar sanfona num programa de calouros na Rádio Tupi, em São Paulo. Em seguida, formou o Zé Bettio e Seu Conjunto, indo tocar na Rádio Cometa.

Zé Bettio gravou seu primeiro disco em 1958, pela Chantecler, interpretando a rancheira "Martim Pescador" (Francisco Pracânico e Emílio Magaldi) e o calango "Adivinhação" (Zé Bettio).

Em 1959, gravou a polca "Começo de Festa" (Zé Bettio) e a rancheira "Andradas" (Teddy Vieira).

Em 1960, gravou de sua autoria a polca "Chegou o Sanfoneiro".

Em 1964, gravou o frevo "Barulho da Lapa" (Zé Bettio e Nino Silva).

A carreira de radialista iniciou quando, certo dia, se apresentava numa Rádio de Guarulhos, e o locutor faltou. Acabou lendo ele mesmo, os anúncios. O sucesso foi imediato e, foi para a Rádio Cometa com um programa próprio, improvisando os textos dos anúncios com bom humor, voz anasalada e um sotaque ítalo-caipira.

No início dos anos 1970, transferiu-se para a Rádio Record, onde em dois anos levou a emissora do 14º para o 1º lugar de audiência, condição mantida durante muitos anos, atingindo um universo de cerca de 3 milhões de ouvintes, segundo boletins da própria emissora.


Em 1984, transferiu-se para a Rádio Capital, fazendo dois programas, um de 5h00 às 7h00 horas da manhã e outro das 17h00 às 19h00 horas.

Zé Bettio chegou a possuir o maior salário do rádio, renovando seu contrato no final dos anos 1980, por cerca de 2 milhões e 500 mil cruzados novos, 100 vezes o salário do Presidente da República na época.

Ídolo popular, em seus programas usava sempre o mesmo bordão inicial, onde dizia:
"Manhê, Manhê!, onde a senhora estiver receba o carinho do seu filho Zé. Gente, eu estou indo embora... mas amanhã bem cedinho, se Deus quiser, estou de volta!"
Foi Zé Bettio lançou na Rádio Record a dupla Milionário & José Rico.

Durante os anos 1990, manteve no Jornal Sertanejo a coluna "Encontro Com Zé Bettio", falando de lançamentos de discos, biografias de artistas e outros assuntos ligados ao mundo sertanejo.

Zé Bettio voltou à Rádio Record em 2008, onde comandou um programa matinal até o final de 2009.

Após sua aposentadoria, Zé Béttio passou seus últimos anos de vida recluso em seu sítio, no interior de São Paulo.

Morte

Zé Bettio faleceu na segunda-feira, 27/08/2018, em São Paulo, SP, aos 92 anos. Segundo informações da rádio CBN, Zé Bettio morreu enquanto dormia em sua casa no bairro Horto Florestal, na Zona Norte de São Paulo.

O corpo de Zé Bettio foi sepultado na segunda-feira, 27/08/2018, às 16h00, no Cemitério do Horto Florestal, segundo funcionários do local.

Discografia

  • 1974 - Sururu no Teclado (Chantecler, LP)
  • 1970 - O Sanfoneiro Mais Premiado do Brasil (Vitória Discos, LP)
  • 1964 - A Festa Continua / Barulho da Lapa (Sertanejo, 78)
  • 1963 - Loirinha Linda / Aí Que Tá (Sertanejo, 78)
  • 1962 - Brincadeira Tem Hora / Sentimento Sertanejo (Chantecler, 78)
  • 1962 - Lágrimas de Virgem / Raios de Sol (Chantecler, 78)
  • 1962 - Queridinha / Sururu no Teclado (Sertanejo, 78)
  • 1961 - Brasileirinha / Tudo Certo (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Bis Para o Amor / Chegou o Sanfoneiro (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Subindo ao Céu (Inspiração / Codil, LP)
  • 1959 - Porca Miséria / Lágrimas de Quem Ama (Sertanejo, 78)
  • 1959 - Começo de Festa / Andradas (Chantecler, 78)
  • 1958 - Martim Pescador / Adivinhação (Chantecler, 78)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #ZeBettio