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Braguinha

CARLOS ALBERTO FERREIRA BRAGA
(99 anos)
Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (29/03/1907)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/12/2006)

Braguinha foi um compositor brasileiro, famoso pelas suas marchas de carnaval, conhecido também por João de Barro.

Braguinha estudava Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes e resolveu adotar o pseudônimo de João de Barro, justamente um pássaro arquiteto, porque o pai não gostava de ver o nome da família circulando no ambiente da música popular, mal visto na época. Pseudônimo este que adotou quando integrou o Bando dos Tangarás, ao lado de Noel Rosa, Alvinho e Almirante.

Em 1931 resolveu deixar a Arquitetura e dedicar-se à composição.

No carnaval de 1933, conseguiu os primeiros grandes sucessos com as marchas "Moreninha da Praia" e "Trem Blindado", pouco antes do fim do Bando dos Tangarás, ambas interpretadas por Henrique Foréis Domingues, mais conhecido como Almirante, que se casou no ano seguinte com sua irmã Ilka.

Suas composições são conhecidas e cantadas por todos os brasileiros: "Pirata da Perna de Pau", "Chiquita Bacana", "Touradas de Madri", "A Saudade Mata a Gente", "Balancê", "As Pastorinhas", "Turma do Funil" e muitas outras.


Sua musicografia completa, inclusive com versões e músicas infantis, passa dos 420 títulos, uma das maiores e de mais sucessos de nossa música popular.

Em 1937, fez letra para uma das composições mais gravadas da música popular brasileira, o samba-choro "Carinhoso", feito por Pixinguinha vinte anos antes.

Lançado por Orlando Silva"Carinhoso" recebeu mais de cem gravações a partir de então, tais como Dalva de Oliveira, Isaura Garcia, Ângela Maria, Gilberto Alves, Elis Regina, João Bosco e outros.

Na década de 40, passou a fazer dublagens para produções cinematográficas realizadas por Walt Disney.

Os parceiros mais constantes foram Alberto Ribeiro, médico homeopata e grande amigo, Alcyr Pires Vermelho, Antônio Almeida e Jota Júnior.

Braguinha morreu aos 99 anos, em 24/12/2006, vítima de falência múltipla dos órgãos provocada por infecção generalizada.

Discografia

  • 1929 - Para Vancê / Coisas da Roça (Parlophon, 78)
  • 1929 - Desengano / Assombração (Parlophon, 78)
  • 1929 - Salada (Parlophon, 78)
  • 1930 - Não Quero Amor Nem Carinho (Parlophon, 78)
  • 1930 - Dona Antonha (Parlophon, 78)
  • 1930 - Minha Cabrocha / A Mulher e a Carroça (Parlophon, 78)
  • 1930 - Quebranto (Parlophon, 78)
  • 1931 - Mulata (Parlophon, 78)
  • 1931 - Cor de Prata / Nega (Parlophon, 78)
  • 1931 - Tu Juraste... Eu Jurei / Vou à Penha Rasgado (Parlophon, 78)
  • 1931 - Samba da Boa Vontade / Picilone (13.344 78)
  • 1932 - O Amor é Um Bichinho / Lua Cheia (Parlophon, 78)
  • 1972 - João de Barro (RCA Victor, LP)
  • 1983 - João de Barro e Coisas Nossas (Funarte, LP)
  • 1998 - Yes, Nós Temos Braguinha (Funarte / Atração, CD)
  • 199 - João de Barro (Braguinha)­ - Nasce Um Compositor (Revivendo, CD)
  • 2000 - João de Barro - A Música do Século, Por Seus Autores e Intérpretes (SESC São Paulo, CD)

Fonte: Wikipédia

Arrelia

WALDEMAR SEYSSEL
(99 anos)
Palhaço, Humorista e Ator

* Jaguariaíva, PR (31/12/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/05/2005)

O palhaço Arrelia tornou-se um mito das crianças paulistanas. As matinês do circo e posteriormente o "Cirquinho do Arrelia" da TV Record (de 1955 a 1966) fizeram parte do cotidiano da família paulistana. Ele deixou como marca registrada nessa cidade o popular refrão:

Como vai, como vai, como vai? Eu vou bem, muito bem... bem... bem!

Waldemar Seyssel, o famoso palhaço Arrelia, veio de uma família que se confunde com a história do circo no Brasil. Ele começou a atuar com seis meses de idade, no circo chileno de seu tio, irmão de sua mãe.

Sua família começou a se dedicar ao circo a partir do avô paterno – Julio Seyssel, que nasceu e vivia na França. Era professor da Sorbonne, quando conheceu uma jovem espanhola, artista de um circo que excursionava pelo o país. Fazia acrobacias em cima do cavalo e Júlio apaixonou-se por ela.

Sua família não queria o casamento, mas os dois resolveram se casar mesmo assim. Júlio deixou o cargo de professor e foi morar no circo. Tornou-se apresentador de números circenses. O casal acabou vindo para o Brasil com o Grande Circo inglês dos Irmãos Charles e ao invés de prosseguir com a excursão para outros paises, ficou por aqui mesmo, dando origem a uma linguagem circense: filhos e netos, dedicados a arte circense. Arrelia tem mais cinco irmãos que foram do circo. O palhaço Pimentinha, Walter Seyssel é filho de Paulo Seyssel, o palhaço Aleluia, irmão de Arrelia.

Depois de longos anos de trabalho dentro do circo, ele resolveu trocar o picadeiro pela televisão. Foi o primeiro da sua família a abandonar o circo pois falava que o circo não dava dinheiro suficiente para viver. Em 1958, foi a vez de seus irmãos entrarem na TV e foram trabalhar com ele na TV Record.

Waldemar Seyssel começou em circo, saltando, passando depois pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai cansado deixou o circo, substituiu o nome artístico, usando o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia. Seu primeiro parceiro foi o ator Feliz Batista, que fazia o palhaço de cara branca, vindo depois o irmão Henrique Sobrinho e finalmente, quando deixou o circo, em 1953, pela televisão, outro parceiro foi o palhaço Pimentinha, seu sobrinho.

Caracterização do Palhaço Arrelia

Ele próprio diz ser um palhaço bem diferente. Alto e desengonçado, quando todos os palhaços excêntricos são baixos, sem sapatos de bicos imensos e finos e sem bengalas compridas, falando difícil sem saber e errando sempre. Enfim, é um tipo de rua.

"Um misto de gente que encontrei no circo, teatro, cinema, TV e na própria rua. Um tipo que vai indo aos trambolhões, mas vai indo, mesmo sem instrução e metido a sebo", fala Arrelia.

Ele acredita muito no estudo acurado do personagem, que vai representar e o sucesso depende muito disso, e por isso mesmo acha que a escola de circo será um sucesso pleno. "A forma com que as crianças me procuram, prova não só o interesse que elas têm pelo palhaço Arrelia, mas também o interesse que elas têm pelo espetáculo circense em geral".

Definindo-se como palhaço fora de órbita, Arrelia cita grandes nomes da sua arte: Eduardo Neves, Benjamim de Oliveira, Polidoro, Caetano Namba, Serrano, Alcebíades e Henrique Seyssel, seu irmão e parceiro.

O palhaço Arrelia, morreu por volta das 5 horas do dia 23/05/2005 (Segunda-feira), aos 99 anos, na clínica Santa Bárbara, em Botafogo, zona sul do Rio, a sete meses da comemoração de seu centenário. Ele foi internado na última sexta-feira com febre alta e estava inconsciente. Os médicos diagnosticaram Pneumonia e Falência Múltipla dos Órgãos.

Arrelia será enterrado nesta terça-feira, às 14 horas, em São Paulo, cidade em que viveu a maior parte de sua vida e que o fez famoso em todo o País.

A advogada Ana Cristina de Arruda Botelho, uma das dez netas de Arrelia (ele tinha quatro filhos e oito bisnetos), contou que o avô pediu para ser sepultado na capital paulista, no jazigo da família, no cemitério da Paz, no Morumbi. Arrelia morava havia oito anos no bairro carioca do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, com a mulher, Arlete Seyssel, de 89 anos, e uma das filhas, Haydeé Botelho, de 66.

Fonte: Wikipédia e http://retira.net/rv12/n1206.htm