Mostrando postagens com marcador Acordeonista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Acordeonista. Mostrar todas as postagens

Berenice Azambuja

BERENICE DA CONCEIÇÃO AZAMBUJA
(69 anos)
Cantora, Compositora e Instrumentista

☼ Porto Alegre, RS (21/03/1952)
┼ Passo Fundo, RS (03/06/2021)

Berenice da Conceição Azambuja foi uma cantora, compositora e instrumentista de música nativista gaúcha, nascida em Porto Alegre, RS, no dia 21/03/1952.

Seu maior sucesso é a canção "É Disto Que o Velho Gosta", do álbum "Romance de Terra e Pampa", de 1980, composta por Gildo Campos. Berenice Azambuja tem gravado entre CDs e vinis 17 discos e um DVD.

Berenice Azambuja nasceu no bairro Partenon em Porto Alegre, RS, filha de Pedro Paulo de Azambuja e Ernestina da Conceição Azambuja. Cresceu no meio artístico onde o pai era violinista e a mãe artista circense, e com uma tia próxima aprendeu a tocar acordeão ainda criança.

Aos 7 anos, ganhou sua primeira acordeona e entrou no conservatório de música, se formando aos 11 anos em teoria e solfejo.

Foi aos 11 anos de idade que se apresentou no programa infantil "Clube do Guri", acompanhando no acordeão a cantora Elis Regina, na época também criança.


Com 12 anos, se formou em acordeão, aos 14 anos fez curso de aperfeiçoamento e, aos 15 anos, curso superior de música. Quando ia entrar para o curso de maestrina parou devido as viagens junto com os conjuntos de baile, onde se apresentava como menina prodígio que cantava e tocava.

Foi na sua juventude que ela adotou o chiripá, típico traje masculino gaúcho, para se apresentar. Usar vestido de prenda dificultava os movimentos com o acordeão, além de que esta era desconfortável, com sua saia de armação e exigindo o uso de salto alto. Assim, a mãe de Berenice fez um chiripá para mulher, onde os bordados eram voltados para a frente em vez de para trás, como é no chiripá masculino tradicional, parecendo uma sainha. O uso do chiripá gerou críticas entre tradicionalistas mais conservadores, mas acabou se tornando uma marca-registrada de Berenice. Atualmente a peça adaptada é amplamente difundida entre as mulheres que frequentam o meio tradicionalista, assim como outros elementos que foram estilizados para atenderem ao público feminino, como a bombacha, o cinto e o lenço.

Além de tocar em conjuntos de música regionalista, Berenice durante um tempo participou de um grupo de jovem guarda chamado As Brasas, As Carecas, junto com a cantora Yoli Planagumá. Esse grupo era formado só por mulheres jovens e todas as integrantes, excetuando ela, haviam raspado a cabeça. Durante a apresentação elas usavam perucas e no ponto alto da apresentação, rapazes da platéia eram chamados para tirar as perucas exibindo assim as carecas das cantoras. Berenice encerrava o show com o seu acordeão vestida de gaúcho.


Em 1975, aos 23 anos gravou "Fogo de Chão", seu primeiro disco acompanhada do grupo Os Açorianos. Durante a mixagem desse disco ela assinou o contrato com a gravadora Continental para gravar o primeiro disco solo, "Gauchinha Faceira", em 1976.

Em 1980 lançou o disco "Romance de Terra e Pampa" com o seu grande sucesso "É Disto Que o Velho Gosta", composta junto com Gildo Campos em homenagem ao seu pai. Esse sucesso foi um marco em sua carreira, projetando ela nacionalmente. A música foi regravada em 1985, por Sérgio Reis, e em 1996, por Chitãozinho & Xororó.

Nas eleições de 2016, Berenice se candidatou a vereadora no município de Cidreira, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, pelo Partido Social Democrático (PSD). Não se elegeu, recebendo somente 23 votos.

Morte

Berenice Azambuja faleceu na noite de quinta-feira, 03/06/2021, aos 69 anos, vítima de uma parada cardíaca. Ela estava internada no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, cidade ao norte do Rio Grande do Sul. Berenice lutava contra um câncer no pâncreas.

O velório começou às 4h00 de sexta-feira, 04/06/2021, no Cemitério de Vila Lângaro, município que fica a cerca de 40 quilômetros de Passo Fundo, RS. O sepultamento ocorreu às 17h00.

Em abril de 2021, Berenice recebeu alta de hospital após superar a Covid-19. Para comemorar, saiu da instituição tocando gaita e cantando o seu maior sucesso "É Disto Que o Velho Gosta".

Berenice Azambuja deixou um filho.

Discografia

  • 1975 - Fogo de Chão (Com o grupo Os Açorianos)
  • 1976 - Gaúchinha Faceira (Continental)
  • 1978 - É o Sucesso (Continental)
  • 1979 - Canto Para Mil Querências (Continental)
  • 1980 - Romance de Terra e Pampa (Continental)
  • 1981 - Tropeada da Vida (Continental)
  • 1983 - Canto da Terra (Continental)
  • 1984 - Berenice Azambuja - Vol. 8 (Continental)
  • 1986 - Xote Largado (Continental)
  • 1989 - No Jeitinho Brasileiro (Chantecler)
  • 1992 - Berenice Azambuja
  • 1995 - Um Pedaço do Meu Pago (ACIT)
  • 1998 - Chimarrão e Água de Côco (ACIT)
  • 1999 - Mulher Quartuda (ACIT)
  • 2003 - Quem Tá Mandando é a Mulherada (USA Discos)
  • 2008 - Dançando Num Saravá (USA Discos)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #BereniceAzambuja

Adelaide Chiozzo

ADELAIDE CHIOZZO
(88 anos)
Cantora, Atriz e Acordeonista

☼ São Paulo, SP (08/05/1931)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/03/2020)

Adelaide Chiozzo foi uma atriz e acordeonista nascida em São Paulo, SP, no dia 08/05/1931. Foi estrela da Atlântida Cinematográfica, atuando em 23 filmes, inclusive em musicais com Oscarito e Grande Otelo. Foi renomada cantora da Rádio Nacional, onde atuou por 27 anos, participando, dentre outros, dos programas "Alma do Sertão" e "Gente Que Brilha".

Em seus mais de vinte discos gravados, é dona de sucessos como "Beijinho Doce", "Sabiá na Gaiola", "Pedalando" e "Recruta Biruta". Adelaide Chiozzo recebeu vários prêmios e troféus, entre os quais, o título de "A Namoradinha do Brasil" (a primeira do país) e participou também como atriz nas novelas da TV Globo, "Feijão Maravilha" (1979) e "Deus Nos Acuda" (1992).

Adelaide, com seu famoso acordeão, já se apresentou por quase todas as cidades brasileiras, juntamente com seu esposo Carlos Matos, respeitado violonista brasileiro, e teve o seu espetáculo "Cada Um Tem o Acordeon Que Merece" aclamado pela crítica como o melhor espetáculo do ano de 1975.

Em abril de 2003, foi agraciada pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, com o título honorário de Cidadã Cearense.

Carreira

Em 1946, estreou no cinema atuando na comédia "Segura Esta Mulher" ao lado do pai Afonso Chiozzo, com direção de Watson Macedo. Nesse filme acompanhou com o pai o cantor Bob Nelson na música "O oi Barnabé" (Afonso SimãoBob Nelson).

Em 1947, atuou ainda com o pai na comédia "Esse Mundo é Um Pandeiro", de Watson Macedo.

Em 1948, atuou em "É Com Esse Que Eu Vou", de José Carlos Burle.  Por essa época foi contratada pela Rádio Nacional.

Em 1950, estrelou o filme "Carnaval No Fogo" no qual interpretou "Pedalando" (Anselmo Duarte e Bené Nunes). Com esta mesma música estreou em disco cantando ao lado do instrumentista Alencar Terra na polca "Pedalando" e na rancheira "Tempo de Criança" (João de Souza e Eli Torquine). 

Em 1951, participou do filme "Aviso Aos N", no qual interpretou com Eliana, com quem atuou em diversos filmes, um de seus maiores sucessos, a valsa "Beijinho Doce" (Nhô Pai). No mesmo ano, gravou dois discos com Eliana pela gravadora Star, interpretando "Beijinho Doce", o baião "Cabeça Inchada" (Hervé Cordovil), o baião "Sabiá Na Gaiola" (Hervé Cordovil e Mário Vieira), e o rasqueado "Orgulhoso" (Nhô Pai e Mário Zan).


Em 1952, gravou com Eliana a polca "Zé da Banda" (Alencar Terra), e o coco "Vapô de Carangola" (Manezinho Araújo e Fernando Lobo). No mesmo ano, participou do filme "É Fogo Na Roupa" de Watson Macedo, e "Barnabé, Tu És Meu", de José Carlos Burle.

Em 1953, gravou com Eliana a marcha "Queria Ser Patroa" (Manoel Pinto e Aldari Almeida Airão), e o samba "Com Pandeiro Na Mão" (Manoel Pinto, Jorge Gonçalves e D. Airão).

Em 1954, atuou em "O Petróleo É Nosso", de Watson Macedo. No mesmo ano, gravou outro de seus grandes sucessos, a toada "Meu Sabiá" (Carlos Mattos e Antônio Amaral).

Em 1955, gravou o fox "Passeio De Bonde" (Bruno Marnet) e o baião "Nós Três" (Garoto, Fafá Lemos e Adair Badaró). Nesse ano, sua gravação da toada "Beijinho Doce" (Nhô Pai), em dueto com Eliana foi incluída no LP "Show Copacabana Nº 1" da gravadora Copacabana.

Em 1956, estrelou o filme "Sai De Baixo", de J. B. Tanko. No mesmo ano, gravou o baião "Papel Fino" (Mirabeau, Cid Ney e Dom Madrid), e a marcha "Vamos Soltar Balão" (Luiz Gonzaga Lins).


Em 1957, gravou as marchas "A Sempre Viva" (Paulo Gracindo e Mirabeau), e "Tua Companhia" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal). No mesmo ano, participou do filme "Garotas e Samba" onde interpretou "O Trenzinho Do Amor" (Sivan Castelo Neto e Lita Rodrigues). Também em 1957, participou de dois LPs da gravadora Copacabana: "Carnaval de 57 - Nº 1" com a marcha "A Sempre Viva", e do LP "Festas Juninas" com o baião "Papel Fino" (Mirabeau, Cid Ney e Don Madrid).

Em 1958, gravou com Silvinha Chiozzo o rasqueado "Cabecinha No Ombro" (Paulo Borges), que tornou um grande sucesso e um clássico da Música Popular Brasileira. Nesse ano, lançou o LP "Lar... Doce Melodia" pela gravadora Copacabana no qual cantou três faixas: "Vá Embora" (Geraldo Cunha e Carlos Matos), "Pagode Em Xerém" (Alcebíades Barcelos e Sebastião Gomes), "Meu Veleiro" (Lina Pesce), as demais nove músicas do disco ela interpretou ao acordeom: "Viagem à Cuba" (I. Fields e H. Ithier), "Night And Day" (Cole Porter), "É Samba" (Vicente Paiva, Luis Iglesias e Walter Pinto), "Inspiração" (Paulus e Rubinstein), "Deixa Comigo" (Índio), "Icaraí" (Silvio Viana), "Padan-Padan" (Glanzberg e Contel), "Dance Avec Moi" (Hornez e Lopez), e "Granada" (Agustin Lara).

Em 1966, sua gravação da toada "Meu Veleiro" (Lina Pesce), foi incluída no LP "Lina Pesce - Seus Grandes Sucessos" da gravadora Copacabana.  No mesmo ano, sua balada "Pra Que Sonhar", parceria com o marido Carlos Matos, foi gravada pela cantora Joelma em LP da Chantecler.

Em 1972, participou do LP "Alma do Sertão", da gravadora Copacabana, produzido a partir do programa de Renato Murce na Rádio Nacional que levava o mesmo nome. Nesse disco, interpretou com Eliana a toada "Pingo D'água" (Raul Torres e João Pacífico), e o rasqueado "Campo Grande" (Raul Torres).


Em 1975, apresentou-se ao lado do marido e violonista Carlos Mattos no show "Cada Um Tem o Acordeom Que Merece", no Rio de Janeiro e em Niterói.

Em 1976, a gravadora Philips lançou dois LPs: Um relembrando a Era de Ouro dos filmes musicais brasileiros e outro sobre os 40 anos da Rádio Nacional. No primeiro intitulado "Assim Era a Atlântida" foram remasterizados vários fonogramas interpretados durantes os filmes, incluindo três interpretações da cantora: "Pedalando" (Anselmo Duarte e Bené Nunes), do filme "Carnaval no Fogo", que ela interpretou sozinha, e "Recruta Biruta" (Antônio AlmeidaAntônio Nássara e Alberto Ribeiro), e "Beijinho Doce" (Nhô Pai), ambas do filme "Aviso Aos Navegantes", interpretadas juntamente com Eliana. No segundo LP, gravado a partir de acetatos gravados durante programas da Rádio Nacional, foi incluída sua interpretação para o samba canção "Nós Três" (GarotoChiquinho do AcordeomFafá Lemos e Badaró), cantado juntamente com Carlos Mattos.

Em 1978, atuou na novela "Feijão Maravilha", na TV Globo.

Em 1992, trabalhou na novela "Deus Nos Acuda", na TV Globo. A partir de então, realizou shows pelo Brasil acompanhada pelo marido e eventualmente, pelos três netos.

Em 1996, participou do Projeto Seis e Meia, no Teatro Dulcina no Rio de Janeiro juntamente com o cantor Francisco Carlos no show "Ídolos da Atlântida".

Adelaide Chiozzo e Eliana Macedo
Em 2001, teve lançado pelo selo Revivendo o CD "Tempinho Bom", que incluiu suas gravações para as músicas "Nós Três" (Fafá Lemos, Chiquinho do Acordeom e Garoto), "Meu Sabiá" (Carlos Mattos e A. Amaral), "Tempinho Bom" (Mário Zan e Sereno), "Minha Casa" (Joubert de Carvalho), "Cada Balão Uma Estrela" (Zé Violão e Carrapicho), "É Noite, Morena" (Hervé Cordovil e René Cordovil), "Casório Lá No Arraiá" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal), "Pedalando" (Bené Nunes e Anselmo Duarte), "Vai Comendo Raimundo" (Petrus Paulus e Ismael Augusto), "Papel Fino" (Mirabeau, Cid Ney e Don Madrid), "Tempo de Criança" (João de Souza e Ely Turquino), "Nossa Toada" (Carlos Mattos e Luis Carlos), "Meu Papai" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal), "Zé da Banda" (Alencar Terra), "Com Pandeiro Na Mão" (Manoel Pinto, D. Airão e Jorge Gonçalves), "Vapô De Carangola" (Manezinho Araújo e Fernando Lobo), "Orgulhoso" (Mário Zan e Nhô Pai), "Queria Ser Patroa" (Aldari de Almeida Airão e Manoel Pinto), "Cabeça Inchada" (Hervé Cordovil), "Beijinho Doce" (Nhô Pai), e "Sabiá Lá Na Gaiola" (Hervé Cordovil e Mário Vieira), todas essas últimas interpretadas em dueto com a cantora e atriz Eliana.

Em 2012, passou a integrar o grupo As Cantoras do Rádio, em sua nova formação, que estreou no show "MPB Pela ABL - A Volta das Cantoras do Rádio", récita única no auditório Raimundo Magalhães Jr., todas acompanhadas por Fernando Merlino,  com apresentação, criação e roteiro de Ricardo Cravo Albin.

Em 2014, participou, juntamente com as cantoras Lana Bittencourt  e Ellen de Lima, do espetáculo "A Noite - Nas ondas da Rádio Nacional", apresentado no teatro Rival BR.

Em 2017, apresentou-se na sexta-feira, no domingo e na segunda-feira de Carnaval no Baile da Cinelândia, tradicional baile carnavalesco promovido pela prefeitura do Rio de Janeiro em frente à Câmara Municipal.

Em 2018, realizou seu último show, na região Metropolitana de Niterói, Rio de Janeiro.

Morte

Adelaide Chiozzo faleceu às 08h00 de quarta-feira, 04/03/2020, aos 88 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Adelaide Chiozzo estava internada há 12 dias no CTI do Hospital Evangélico, quando sofreu uma tromboembolia pulmonar e acabou não resistindo vindo a falecer.

Adelaide Chiozzo foi sepultada na tarde de quinta-feira, 05/03/2020, no cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #AdelaideChiozzo

Adelar Bertussi

ADELAR BERTUSSI
(84 anos)
Cantor, Compositor e Acordeonista

☼ Caxias do Sul, RS (15/02/1933)
┼ Campo Largo, PR (30/09/2017)

Adelar Bertussi foi um acordeonista, cantor e compositor de destaque no cenário mundial, consagrado pela exímia habilidade como acordeonista e um dos pioneiros na música tradicionalista gaúcha, nascido em Caxias do Sul, RS, no dia 15/02/1933.

De família de músicos, em 1940, seu pai Fioravante Bertussi formou um grupo com seus quatro filhos para tocar em bailes e festas: Honeyde, tocava violão e acordeon, Walmor, clarinete e bateria, Wilson, clarinete e saxofone e Adelar, ainda menino, tocava cavaquinho, gaita de botão e pandeiro, aperfeiçoando-se mais tarde em acordeon.

Na década de 1950, Honeyde e Adelar se destacaram tocando e cantando, e formaram a maior dupla gaúcha de todos os tempos, os Irmãos Bertussi.

Sua carreira de músico contou com mais de 70 anos de vida profissional. Entre LPs e CDs, possuiu mais de 50 discos gravados. Realizou mais de 6 mil apresentações entre bailes, shows e participações especiais no Brasil e exterior.


Possuiu mais de 400 músicas gravadas incluindo folclóricas e regionais do sul, além de músicas populares brasileiras, internacionais e clássicos. Também escreveu métodos de acordeon que em parceria com o maestro Waldir Teixeira, lançou o primeiro método "Som Bertussi" e na sequência o segundo volume intitulado "Som Bertussi - Som Maior".

Entre títulos, homenagens, prêmios, troféus e diversas formas de reconhecimento que recebeu, destacam-se o Título de Cidadão Honorário do Estado do Paraná e dos municípios de Pinhão, PR, São Marcos, RS e Emérito de Caxias do Sul, RS.

Participação especial no 4º Encontro dos Tradicionalistas Gaúchos nos Estados Unidos e na Festa das Nações em New York, a inauguração do Monumento aos Irmãos Bertussi em frente a Fazenda Bertussi, o lançamento do livro de Renato Mendonça, "Os Quatro Pilares da Tradição Gaúcha" e do livro "Coração Gaúcho - Irmãos Bertussi", de Tânia e Charles Tonet.

Também recebeu o Troféu Prêmio Açoriano, Melhores Gaiteiros do Mundo, e Prêmio da Música da Serra Gaúcha pela sua obra musical. Teve sua vida artística retratada em DVD no documentário musical chamado "Adelar Bertussi - O Tropeiro da Música Gaúcha".

História

Adelar Bertussi, criou com seu irmão Honeyde Bertussi um grupo de baile ao qual foi dado o nome de Irmãos Bertussi. Ele e seu irmão foram os pioneiros da música tradicionalista gaúcha, e também foi o primeiro grupo a incluir a bateria em bailes, fato inédito, porque na época os artistas se apresentavam nos bailes com um pandeiro, uma gaita, um violão e um bumbo. Os dois irmãos formavam um dueto de acordeon, dando assim início à moda de baile com duas gaitas ao invés de uma.

Hoje, Adelar Bertussi é referenciado como um símbolo do tradicionalismo gaúcho. Deixou o duo Os Bertussi no ano de 1998, e foi substituído por seu filho Gilney Bertussi. Passou então a apresentar-se em shows pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Hoje o grupo Os Bertussi segue o caminho musical deixado por Adelar Bertussi com Gilney Bertussi (gaita e voz solo), Jaciano Fogaça (gaita e voz), Leandro (guitarra e vocal), Marcos Gomes do Nascimento (baixo e vocal) e Paulo Alessandro (bateria).

Morte

Adelar Bertussi faleceu na manhã de sábado, 30/09/2017, aos 84 anos, em Campo Largo, PR, quando estava internado no Hospital de Campo Largo, em decorrência de problema cardíacos. Adelar Bertussi enfrentava problemas cardíacos e respiratórios.

O velório aconteceu no domingo, 01/10/2017, no salão de São Jorge da Mulada e o sepultamento aconteceu na segunda-feira, 02/10/2017, na mesma localidade.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Malcom Fernandes

Zé Bettio

JOSÉ BETTIO
(92 anos)
Cantor, Compositor, Radialista e Acordeonista

☼ Promissão, SP (02/01/1926)
┼ São Paulo, SP (27/08/2018)

José Bettio, mais conhecido como Zé Bettio, foi um radialista, cantor, acordeonista e compositor brasileiro, nascido em Promissão, SP, no dia 02/01/1926. Tinha como irmãos o também radialista Osvaldo Bettio e o acordeonista e compositor Arlindo Bettio, já falecidos.

Zé Bettio nasceu na fazenda do avô, a 450 quilômetros de Promissão, no interior de São Paulo. Estudou apenas até o terceiro ano primário, pois precisava ajudar o pai na lavoura. Desde criança, misturava-se aos irmãos e primos para assistir aos bailes e cantorias das fazendas vizinhas.

Aos nove anos de idade, ganhou do pai uma sanfona de oito baixos, que aprendeu a tocar observando o irmão mais velho.

Sua família mudava-se constantemente e em Lins, SP, trabalhou como pasteleiro para ajudar nas despesas. Mudou-se para São Paulo aos 20 anos, tendo trabalhado como sapateiro no bairro de Santana.

Ainda adolescente, formou com Antonio Moraes e Afonso, o trio Sertanejos Alegres, que durou pouco tempo. Percorreu o interior de São Paulo e Paraná tocando em bailes de fazenda.


Amigos do interior o levaram para tocar sanfona num programa de calouros na Rádio Tupi, em São Paulo. Em seguida, formou o Zé Bettio e Seu Conjunto, indo tocar na Rádio Cometa.

Zé Bettio gravou seu primeiro disco em 1958, pela Chantecler, interpretando a rancheira "Martim Pescador" (Francisco Pracânico e Emílio Magaldi) e o calango "Adivinhação" (Zé Bettio).

Em 1959, gravou a polca "Começo de Festa" (Zé Bettio) e a rancheira "Andradas" (Teddy Vieira).

Em 1960, gravou de sua autoria a polca "Chegou o Sanfoneiro".

Em 1964, gravou o frevo "Barulho da Lapa" (Zé Bettio e Nino Silva).

A carreira de radialista iniciou quando, certo dia, se apresentava numa Rádio de Guarulhos, e o locutor faltou. Acabou lendo ele mesmo, os anúncios. O sucesso foi imediato e, foi para a Rádio Cometa com um programa próprio, improvisando os textos dos anúncios com bom humor, voz anasalada e um sotaque ítalo-caipira.

No início dos anos 1970, transferiu-se para a Rádio Record, onde em dois anos levou a emissora do 14º para o 1º lugar de audiência, condição mantida durante muitos anos, atingindo um universo de cerca de 3 milhões de ouvintes, segundo boletins da própria emissora.


Em 1984, transferiu-se para a Rádio Capital, fazendo dois programas, um de 5h00 às 7h00 horas da manhã e outro das 17h00 às 19h00 horas.

Zé Bettio chegou a possuir o maior salário do rádio, renovando seu contrato no final dos anos 1980, por cerca de 2 milhões e 500 mil cruzados novos, 100 vezes o salário do Presidente da República na época.

Ídolo popular, em seus programas usava sempre o mesmo bordão inicial, onde dizia:
"Manhê, Manhê!, onde a senhora estiver receba o carinho do seu filho Zé. Gente, eu estou indo embora... mas amanhã bem cedinho, se Deus quiser, estou de volta!"
Foi Zé Bettio lançou na Rádio Record a dupla Milionário & José Rico.

Durante os anos 1990, manteve no Jornal Sertanejo a coluna "Encontro Com Zé Bettio", falando de lançamentos de discos, biografias de artistas e outros assuntos ligados ao mundo sertanejo.

Zé Bettio voltou à Rádio Record em 2008, onde comandou um programa matinal até o final de 2009.

Após sua aposentadoria, Zé Béttio passou seus últimos anos de vida recluso em seu sítio, no interior de São Paulo.

Morte

Zé Bettio faleceu na segunda-feira, 27/08/2018, em São Paulo, SP, aos 92 anos. Segundo informações da rádio CBN, Zé Bettio morreu enquanto dormia em sua casa no bairro Horto Florestal, na Zona Norte de São Paulo.

O corpo de Zé Bettio foi sepultado na segunda-feira, 27/08/2018, às 16h00, no Cemitério do Horto Florestal, segundo funcionários do local.

Discografia

  • 1974 - Sururu no Teclado (Chantecler, LP)
  • 1970 - O Sanfoneiro Mais Premiado do Brasil (Vitória Discos, LP)
  • 1964 - A Festa Continua / Barulho da Lapa (Sertanejo, 78)
  • 1963 - Loirinha Linda / Aí Que Tá (Sertanejo, 78)
  • 1962 - Brincadeira Tem Hora / Sentimento Sertanejo (Chantecler, 78)
  • 1962 - Lágrimas de Virgem / Raios de Sol (Chantecler, 78)
  • 1962 - Queridinha / Sururu no Teclado (Sertanejo, 78)
  • 1961 - Brasileirinha / Tudo Certo (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Bis Para o Amor / Chegou o Sanfoneiro (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Subindo ao Céu (Inspiração / Codil, LP)
  • 1959 - Porca Miséria / Lágrimas de Quem Ama (Sertanejo, 78)
  • 1959 - Começo de Festa / Andradas (Chantecler, 78)
  • 1958 - Martim Pescador / Adivinhação (Chantecler, 78)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #ZeBettio

Ademar Silva

ADEMAR MARQUES RATAIESKY
(71 anos)
Cantor, Compositor, Acordeonista e Apresentador

☼ São Lourenço do Sul, RS (15/11/1943)
┼ Pelotas, RS (13/04/2015)

Ademar Marques Rataiesky, artisticamente conhecido como Ademar Silva, foi um cantor, compositor e acordeonista brasileiro, nascido em São Lourenço do Sul, RS, no dia 15/11/1943.

Ainda adolescente tirava na harmônica solos de músicas de seu compositor favorito, Pedro Raymundo

Ademar Silva iniciou sua carreira aos 15 anos como acordeonista, o primeiro a acompanhar o cantor Teixeirinha, com quem tocou no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Em carreira solo fez grande sucesso com quase 55 anos de carreira.

Em 1961 gravou pela Philips "Gaúcho Forasteiro" (Ademar Silva e Leopoldo) e "Oito de Maio" (Ademar Silva e Pinheiro).

Em 1962 lançou pela Philips "O Amor Que Eu Sonhei" (Ademar Silva e Leopoldo) e "Homenagem ao Papai" (Ademar Silva e Leopoldo).


Em 1963 gravou pela RCA as toadas "Leva Eu, Sodade" (Tito Neto e Alventino Cavalcânti) e "Chuva do Bem" (Demóstenez Gonzales). 

Em 1968, lançou "Rei dos Pampas" (Raul Torres). Gravou também "Vida Triste" (Piraci e Lourival dos Santos).

Apresentou-se em emissoras de rádio e de TV, circos, boates e teatros de diversos estados do Brasil.

Em 1975, gravou um LP pela Tropicana. Destacaram-se nesse LP as músicas "Saudades de Porto Alegre" (Roberto Stanganelli e Paraguassu), "Felicidade" (Lupicínio Rodrigues), "Velhas Cartas" (Tonico, Tinoco e Zé Paioça) e "Sortes Iguais", de sua autoria.

Entre 1975 e 1982, gravou quatro LPs pela Chantecler. Gravou, ainda, diversos discos pelas gravadoras PolyGram, Continental e Solo Livre.

Ao longo de sua carreira, Ademar Silva gravou cerca de 600 músicas e cantou em mil shows.

Morte

Ademar Silva faleceu na segunda-feira, 13/04/2015, retornando para Pelotas, vítima de infarto do miocárdio, após fazer um show no município de Veranópolis, no Rio Grande do Sul.

Discografia
  • [S/D] - Saudade da Querência (Alvorada, LP)
  • 1996 - Ademar Silva (USA Discos, LP)
  • 1995 - Ademar Silva (Solo Livre, LP)
  • 1990 - Ademar Silva (Discoteca Gravações, LP)
  • 1986 - Ademar Silva (Continental, LP)
  • 1985 - Ademar Silva (PolyGram, LP)
  • 1984 - Ademar Silva (PolyGram, LP)
  • 1983 - Ademar Silva (PolyGram, LP)
  • 1982 - Ademar Silva (Chantecler, LP)
  • 1981 - Ademar Silva (Disco Tiaraju, LP)
  • 1977 - Ademar Silva (Chantecler, LP)
  • 1976 - Ademar Silva (Chantecler, LP)
  • 1975 - Ademar Silva (Tropicana, LP)
  • 1968 - Ademar Silva (Chantecler, LP)
  • 1963 - Leva Eu, Sodade / Chuva do Bem (RCA Candem, 78)
  • 1962 - O Amor Que Eu Sonhei / Homenagem Ao Papai (Philips, 78)
  • 1961 - Gaúcho Forasteiro / Oito de Maio (Philips, 78)
  • 1960 - Ademar Silva (Phillips, LP)

Indicação: Miguel Sampaio

Pedro Sertanejo

PEDRO DE ALMEIDA E SILVA
(69 anos)
Compositor e Acordeonista

* Euclides da Cunha, BA (26/04/1927)
+ (03/01/1997)

Nascido no sertão da Bahia, em Euclides da Cunha, seguiu para a região sudeste a fim de tentar a carreira artística Em 1946 mudou para São Paulo. Seu pai Aureliano foi um grande mestre sanfoneiro na cidade de Euclides da Cunha, próxima da região de Canudos, Bahia. Pedro Sertanejo é pai de Osvaldinho do Acordeom.

Em 1956 realizou a primeira gravação, companhado de seu conjunto, pela Copacabana, interpretando o xote "Roseira do Norte" (Pedro Sertanejo e Zé Gonzaga) e a polca "Zé Passinho na Festa"  (Pedro Sertanejo).

Em 1958, já na gravadora Todamérica, gravou de sua autoria, o baião "Balaio do Norte" e o forró "Forró Brejeiro", tocando acordeom.

Em 1959 gravou a polca "Euclides da Cunha" (Pedro Sertanejo), em referência ao nome de sua cidade natal, e a rancheira "Caipirinha" (Nadim de Correia Marques).

Em 1960 gravou o forró "Forró de Aracaju" (Pedro Sertanejo) e o baião "Rancho Velho" (Pedro Sertanejo).


Em 1961 foi contratado pela gravadora Continental, que relançou no mesmo ano vários de seus antigos sucessos gravados principalmente na Todamérica, entre os quais a polca "Festa na Fazenda" e o xote "Arco-Verde", de sua autoria. Ainda no mesmo ano lançou a polca "Bela vista" (Pedro Sertanejo e Pedrinho), e o forró "Forró Pernambucano" (Pedro Sertanejo e Bernardo Lima).

Em 1962 passou a gravar na gravadora Caboclo, onde lançou com seu conjunto o forró "Forró Alagoano" (Pedro Sertanejo), o baião "Azulão" (Pedro Sertanejo e Milton Cristofani), e a quadrilha "Festa de São João" (Sertãozinho e Milton Cristofani), entre outras composições.

Em 1963 gravou de sua autoria o forró "Sete Punhá" e o chamego "Chuliado da Vovó" (Milton José).

Em 1964 fundou o selo Cantagalo, dirigindo a gravadora por toda a década de 60. Nesse período, convidou Dominguinhos, então iniciante, a gravar LP destinado ao público migrante nordestino.

Nos anos 70 gravou diversos LPs pela gravadora Continental, entre os quais "Forró Brejeiro", "Visite o Nordeste" e "Sanfoneiro do Norte", sempre cultuando a música de raiz nordestina, especialmente o forró.

Apontado por muitos como o iniciador da cultura do forró em São Paulo, ao longo de sua carreira, lançou mais de 40 discos e compôs cerca de 700 músicas. Criou o Salão Pedro Sertanejo em São Paulo, para a apresentação de show de forró.

Discografia

  • S/D - Forró Brejeiro (Continental)
  • S/D - Forró de Luna (Musicolor, LP)
  • S/D - Forró na Casa Grande (Musicolor, LP)
  • S/D - Meu Sabiá (Musicolor, LP)
  • S/D - Na Onda do Forró (Tropicana, LP)
  • S/D - Rato Molhado (Musicolor, LP)
  • S/D - Sanfoneiro do Norte (LP)
  • S/D - Sertão Brasileiro (Continental, LP)
  • S/D - Visite o Nordeste (Continental, LP)
  • S/D - Forró Pernambucano (Cantagalo, LP)
  • 1997 - Adeus Jacobina (RB Music, CD)
  • 1983 - Homenagem aos Conterrâneos (Sertanejo/Chantecler, LP)
  • 1982 - Forró na Capital (Sertanejo/Chantecler, LP)
  • 1979 - Forró da Gafieira (Musicolor/Continental, LP)
  • 1978 - Forró de Luna (Musicolor/Continental, LP)
  • 1978 - Forró na Casa Grande (Musicolor/Continental, LP)
  • 1977 - Meu Sabiá (Musicolor/Continental, LP)
  • 1975 - Forró Brejeiro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1974 - Sertão Brasileiro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1973 - Visite o Nordeste (Musicolor/Continental, LP)
  • 1973 - Sanfoneiro do Norte (Musicolor/Continental, LP)
  • 1972 - Na Onda do Forró (Tropicana/CBS, LP)
  • 1970 - Coração Do Norte (Musicolor/Continental, LP)
  • 1970 - Pedro Sertanejo (Musicolor/Continental, LP)
  • 1967 - Rato Molhado (Musicolor/Continental, LP)
  • 1967 - Chapéu de Couro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1966 - Saudade de Itapoã (Continental, LP)
  • 1963 - Sete Punhá / Chuliado da Vovó (Continental, 78)
  • 1963 - Roseira do Norte / Zé Passinho na Festa (Sabiá, 78)
  • 1963 - Festa em Geremoabo / Coqueiro Seco (Sabiá, 78)
  • 1962 - Forró Alagoano / Azulão (Caboclo, 78)
  • 1962 - Sanfoneiro do Norte / Limeirinha (Caboclo, 78)
  • 1962 - Festa de São João / Coração do Norte (Caboclo, 78)
  • 1961 - Festa na Fazenda / Arco-Verde (Continental, 78)
  • 1961 - Diabo no Forró / Saudade de Jacobina (Continental, 78)
  • 1961 - Boa Esperança / Ladeira do Sabão (Continental, 78)
  • 1961 - Balaio do Norte / Forró Brejeiro (Continental, 78)
  • 1961 - Forró Nordestino / Euclides da Cunha (Continental, 78)
  • 1961 - Campo Formoso / Caipirinha (Continental, 78)
  • 1961 - O Rei do Sertão / Quadrilha do Norte (Continental, 78)
  • 1961 - Bela Vista / Forró Pernambucano (Continental, 78)
  • 1961 - Balão, Quadrilha e Quentão (Continental, LP)
  • 1960 - Rancho Velho / Forró de Aracajú (Todamérica, 78)
  • 1960 - Festa na Fazenda / Arco-Verde (Todamérica, 78)
  • 1959 - Forró Nordestino / Euclides da Cunha (Todamérica, 78)
  • 1959 - Campo Formoso / Caipirinha (Todamérica, 78)
  • 1959 - Diabo no Forró / Saudade de Jacobina (Todamérica, 78)
  • 1959 - Boa Esperança / Ladeira do Sabão (Todamérica, 78)
  • 1958 - Balaio do Norte / Forró Brejeiro (Todamérica, 78)
  • 1958 - O Rei do Sertão / Quadrilha do Norte (Todamérica, 78)
  • 1956 - Roseira do Norte / Zé Passinho na Festa (Copacabana, 78)
  • 1956 - Festa em Geremoabo / Coqueiro Seco (Copacabana, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Mangabinha

CARLOS ALBERTO MANGABINHA RIBEIRO
(73 anos)
Cantor, Compositor e Acordeonista

* Corinto, MG (16/03/1942)
+ Belo Horizonte, MG (23/04/2015)

Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro foi um acordeonista, compositor, cantor, integrante do grupo musical Trio Parada Dura desde a sua primeira formação.

Trabalhou como bóia-fria no interior mineiro. Aos oito anos de idade começou a tocar a sanfona de oito baixos, apresentando-se em festas e forrós de sua região. Sua formação musical começou ainda na infância aprendendo a tocar a sanfona de oito baixos que pegava escondido de seu pai, seguindo a tradição musical em família de onde, musicalmente, sairia sua realização profissional através da música sertaneja, e, de onde varias parcerias seriam no Trio Parada Dura, o auge da sua carreira como músico e instrumentista.

Em 1950, passou a apresentar-se em festas e forrós, usando uma sanfona de 8 baixos.

Em 1970, mudou-se para Belo Horizonte e na capital mineira formou um trio juntamente com Gino & Geno com os quais lançou um LP.

Em 1973, mudou-se para São Paulo onde atuou na Rádio 9 de Julho. Nessa ocasião, atuou com Delmir & Delmon na primeira formação do Trio Parada Dura.


Em sua carreira solo gravou 21 LPs instrumentais como acordeonista nas gravadoras Chororó, Copacabana e Chantecler. Seus maiores sucessos como compositor foram "Furando o Couro", "Nova República", "Forró Número 2", "Chão Mato-Grossense", "Balaio de Gato" e "Com Amor e Com Carinho".

Em 1991, o Trio Parada Dura gravou de sua autoria as composições "Trovão Azul" (Mangabinha, Rossi e Alcino Alves), "Não Aceito Seu Adeus" (Mangabinha e Ronaldo Adriano), "Por Te Querer" (MangabinhaRossi e Alcino Alves), "Vestido Branco" ((MangabinhaRonaldo Adriano e Benedito Seviero), "Bebendo e Chorando" (Mangabinha e Ronaldo Adriano), "Adeus, Palavra Cruel" (MangabinhaAlcino Alves e Rosa Quadros), "Tentei Viver Sem Você" (MangabinhaAlcino Alves e Parrerito), "Me Guardando Pra Você" (Mangabinha Alcino Alves), "Coração Só Quer Você" (MangabinhaAlcino Alves e Rossi) e "Filho do Sertão" (Mangabinha Ronaldo Adriano).

Em 1992, o Trio Parada Dura se desfez e Mangabinha ficou cinco anos sem gravar.

Em 1997, retornou à carreira artística em nova formação do Trio Parada Dura.

Em 1999, a EMI na série Raízes Sertanejas lançou o CD "Mangabinha", com 20 sucessos do artista.

Atualmente Mangabinha gerenciava uma casa de festa com seu nome, mas não abandonou o acordeon e continuava tocando, mesmo com a recaída do sucesso conquistada pelo Trio Parada Dura.

Morte

Mangabinha morreu na manhã de quinta-feira, 23/04/2015, vítima de um infarto em decorrência de diabetes, em Belo Horizonte, MG.

Mangabinha estava internado no Hospital Socor desde o dia 13/04/2015 para tratar de diabetes, doença descoberta em 1982. Contudo, seu quadro de saúde piorou nos últimos dias após apresentar complicações médicas. O óbito foi confirmado por volta das 07:00 hs após ele sofrer um infarto.

Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Socor, a família do cantor não autorizou a divulgação do prontuário.

Discografia

  • 1999 - Mangabinha - Raízes Sertanejas (EMI, CD)
  • 1999 - Dois Amigos no Forró - Mangabinha e Nhozinho (Atração Fonográfica, LP)
  • 1996 - O Sanfoneiro Parada Dura (MM Gravações, LP)
  • 1992 - Forró Brilhante (Alvorada/Chantecler, LP)
  • 1991 - Mangabinha (Alvorada/Chantecler, LP)
  • 1990 - Pagodão do Mangaba (Copacabana, LP)
  • 1988 - Festa Sertaneja (Copacabana, LP)
  • 1987 - Força Maior (Copacabana, LP)
  • 1985 - Forró no Barcelona (Copacabana, LP)
  • 1984 - Puxa o Fole Tesouro (Copacabana, LP)
  • 1983 - Baixei o Guatambu (Copacabana, LP)
  • 1983 - Outro Regaço (Copacabana, LP)
  • 1981 - Aperreado no Forró (Copacabana, LP)
  • 1980 - O Tal Regaço (Copacabana, LP)
  • 1978 - O Forró do Mangabinha (Som/Copacabana, LP)
  • 1975 - Pisão no Calo (Chororó, LP)
  • 1974 - Pé de Bode (Chororó, LP)

Indicação: Miguel Sampaio

Mário Gennari Filho

MÁRIO GENNARI FILHO
(59 anos)
Compositor, Instrumentista e Professor

* São Paulo, SP (07/07/1929)
+ São Paulo, SP (06/1989)

Mario Gennari Filho foi um exemplo de superação pois apesar de ser um deficiente visual não o impedi-o de tornar-se um excelente instrumentista, que tocava acordeom, violão, piano, solovox, guitarra havaiana. Além disso era exímio compositor, professor de vários instrumentos, mas principalmente de acordeom. Junto com a também acordeonista Rosani M. de Barros, teve um conservatório para o ensino do acordeom em São Paulo. Mario Gennari Filho formou inúmeros instrumentistas, na sua atuação como professor.

Destacou-se como acordeonista, principalmente nas décadas de 40 e 50. Sua estréia se deu quando tinha apenas oito anos, na Rádio Bandeirantes de São Paulo, no programa de Capitão Barduíno.

Em 1943, aos 14 anos gravou o primeiro disco pela gravadora Columbia, em dupla de acordeom com Ângelo Reale interpretando ao acordeom a rancheira "Sempre Alegre" e o maxixe "Rã na Frigideira", ambos de autoria de Ângelo Reale.

Em 1944 gravou seus primeiros discos solos com um choro "Tutti-Frutti" e uma polca, "Deliciosa", de sua autoria.

Em 1945 gravou a valsa "Viajando Pela Itália" (Valenti) e "Valsa da Meia-Noite" (Domínio Público), pela Continental. Gravou mais de 35 discos em 78 RPM pelas gravadoras Columbia, Continental e Odeon.

Em 1948 gravou de sua autoria a rancheira "Sorocabana" e a polca "Saci Pererê".

Em 1950 gravou na Odeon o baião "Casinha Pequenina" (Domínio Público), com arranjos seus e que se tornou um de seus maiores sucessos. No mesmo ano gravou o choro "Brasileirinho" de Waldir Azevedo.


Em 1951 gravou o fox "Terceiro Homem" (Anton Karas), com a participação de Garoto na guitarra havaiana, e "Maringá" (Joubert de Carvalho), em ritmo de baião. No mesmo ano gravou outro de seus grandes sucessos, "Chuá-Chuá" (Sá Pereira e Ari Pavão).

Em 1952 gravou "Taí" (Joubert de Carvalho) em ritmo de baião, e o baião "A Cuíca Tá Roncando" (Raul Torres). Ainda em 1952 obteve um de seus maiores sucessos com "Baião Caçula", regravado mais quatro vezes no mesmo período.

Em 1953 gravou de Francisco Alves, David Nasser e Felisberto Martins o baião "Quando Eu Era Pequenino" e de Joubert de Carvalho o bolero "Que Bom Que Estava".

Em 1955 gravou com sucesso de sua autoria o bolero "Teu Nome Tem Cinco Letras". Trabalhou na Rádio Bandeirantes e depois integrou o elenco da Rádio Tupi paulista, onde ficou por 12 anos. Com o advento da televisão, passou a atuar em vários programas paulistas.

Em 1957 gravou de sua autoria o maxixe "Namoro Sertanejo" e o baião "A Saudade Já Chegou".

Em 1958 compôs com Celeste Novais o rock balada "Perdoa-me", gravado por Tony Campello e o calipso "Belo Rapaz", gravado por Celly Campello, em disco que lançou os irmãos Campello.

Mário Gennari Filho acompanhou os irmãos Tony CampelloCelly Campello nos seus primeiros discos pela gravadora Odeon no final dos anos 50. Nos discos constam o nome de Mario Gennari e seu Conjunto. Algumas famosas canções acompanhadas por Mário Gennari Filho foram "Banho de Lua", "Estúpido Cupido", "Lacinhos Cor de Rosa" e "Pobre de Mim".

Em 1959 gravou com seu conjunto na gravadora Odeon o samba "Canta Brasil" (David Nasser e Alcir Pires Vermelho) e "Brigas, Nunca Mais" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).

Mário Gennari Filho fez várias excursões por todo o Brasil e recebeu várias vezes o Prêmio Roquette Pinto de melhor instrumentista.

Mário Gennari Filho faleceu em São Paulo, em junho de 1989, aos 59 anos. 


Discografia

  • 1967 - Mário Gennari Filho Revive Mário Gennari Filho (LP)
  • 1967 - Mário Gennari Filho e Seu Conjunto (LP)
  • 1965 - Sucessos - Mário Gennari Filho e Conjunto (LP)
  • 1963 - Telstar / Afrikaan Beat (Odeon, 78)
  • 1963 - Baião Caçula / Zíngara (Odeon, 78)
  • 1962 - Sucessos Que Andam Pelo Brasil (LP)
  • 1962 - Pinta Braba / Flor De Ipê (Orion, 78)
  • 1961 - Eu Danço, Tu Danças, Todos Dançam (LP)
  • 1961 - Rumbanita / Piccolina (Odeon, 78)
  • 1961 - Balanço Do Samba / Bat Masterson (Odeon, 78)
  • 1960 - O Milionário do Acordeom (LP)
  • 1960 - Cidade Maravilhosa / Casinha Pequenina (Odeon, 78)
  • 1960 - Pedacinho De Lua / Cupido Não Falhou (Odeon, 78)
  • 1959 - Mário Gennari Filho e Seus Sucessos (LP)
  • 1959 - Nativo / Canta Brasil (Odeon, 78)
  • 1959 - Brigas Nunca Mais / Hino Ao Amor (Odeon, 78)
  • 1959 - La Violetera / Quem É? (Odeon, 78)
  • 1958 - Em 4 Instrumentos (LP)
  • 1957 - Namoro Sertanejo / A Saudade Já Chegou (Odeon, 78)
  • 1957 - Razão De Um Querer / Brotolândia (Odeon, 78)
  • 1957 - Saudade Da Bahia / Que Murmurem (Odeon, 78)
  • 1957 - Cascatella / No Jardim De Um Templo Chinês (Odeon, 78)
  • 1956 - Dançando Com o Acordeonista Milionário
  • 1956 - Longe De Minha Terra / Sobre O Arco-Íris (Odeon, 78)
  • 1956 - Minha Prece / Lavadeiras De Portugal (Odeon, 78)
  • 1956 - Lisboa Antiga / Os Pobres De Paris (Odeon, 78)
  • 1956 - Mambo Do Martelo / Prece Ao Samba (Odeon, 78)
  • 1955 - Eu Tive Que Te Beijar / Teu Nome Tem Cinco Letras (Odeon, 78)
  • 1955 - Recuerdos De Ypacarai / Porque Te Quero (Odeon, 78)
  • 1954 - Ritmos Dançantes (LP)
  • 1954 - Seis Amores / Mira-me (Odeon, 78)
  • 1954 - Vaya Com Dios / Baião Do Auditório (Odeon, 78)
  • 1954 - Menina Na Janela / Bahia Com "H" (Odeon, 78)
  • 1954 - Violetas Imperiais / Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite (Odeon, 78)
  • 1953 - A Voz Do Violão / O Cigano (Odeon, 78)
  • 1953 - Quando Eu Era Pequenino / Que Bom Que Estava (Odeon, 78)
  • 1953 - Brincando De Roda / Vivo Só (Odeon, 78)
  • 1953 - Parabéns São Paulo / Lili (Odeon, 78)
  • 1952 - Taí / Velho Romance (Odeon, 78)
  • 1952 - A Cuíca Tá Roncando / Boneca (Odeon, 78)
  • 1952 - Copacabana / Índia (Odeon, 78)
  • 1952 - Coisinha Boa / Teu Nome (Odeon, 78)
  • 1952 - Garota / Cubanita (Odeon, 78)
  • 1952 - Baião Da Sorte / ABC Do Mambo (Odeon, 78)
  • 1951 - Terceiro Homem / Maringá (Odeon, 78)
  • 1951 - Chuá-Chuá / O "Eme" De Minha Mão (Odeon, 78)
  • 1951 - Odeon / Casinha Pequenina (Odeon, 78)
  • 1951 - De Papo Pro Ar / Na Baixa Do Sapateiro (Odeon, 78)
  • 1951 - Baião Caçula / Zingara (Odeon, 78)
  • 1950 - Casinha Pequenina / Aquarela Do Brasil-Rio de Janeiro (Odeon, 78)
  • 1950 - Brasileirinho / Não Me Toques (Odeon, 78)
  • 1949 - No Tempo Antigo / Arapuã (Continental, 78)
  • 1948 - Sorocabana / Saci Pererê (Continental, 78)
  • 1946 - El Novillero / Ou Vai, Ou Racha (Continental, 78)
  • 1945 - Viajando Pela Itália / Valsa Da Meia-Noite (Continental, 78)
  • 1945 - Tico-Tico No Fubá / Elci (Continental, 78)
  • 1945 - Raio De Sol / La Venzzoza (Continental, 78)
  • 1945 - Um Passeio Em Pernambuco / Granada (Continental, 78)
  • 1944 - Os Pintinhos No Terreiro / Tutti-Frutti (Continental, 78)
  • 1944 - Deliciosa (Continental, 78)
  • 1943 - Sempre Alegre / Rã Na Frigideira (Colúmbia, 78)


Indicação: Miguel Sampaio

Abdias dos Oito Baixos

JOSÉ ABDIAS DE FARIAS
(57 anos)
Cantor, Compositor, Acordeonista e Produtor Musical

* Taperoá, PB (13/10/1933)
+ (03/03/1991)

José Abdias de Farias também conhecido como Abdias dos Oito Baixos, foi acordeonista, cantor, compositor e produtor musical brasileiro. Casado com a cantora Marinês.

Nascido em Taperoá, cidade do interior da Paraíba, que dista 217 quilômetros da capital do Estado, João Pessoa, Abdias era filho de Alípio Maria da Conceição e Cecília Maria de Farias. Aos 6 anos de idade já empunhava sua sanfona de 8 baixos contra a vontade do pai, que, convencido afinal, da precocidade musical do filho, começou a ministrar-lhe os primeiros ensinamentos.

Aos 12 anos, passou dos 8 baixos para o acordeom, ingressando como solista na Radio Difusora de Alagoas, onde conheceu Marinês, que viria a se tornar sua esposa e parceira na música. Depois de casados, formaram uma dupla, que ao percorrer vários estados, eis que um deles, em Sergipe, na cidade de Propriá, foram apreciados por ninguém menos que Luiz Gonzaga, que, na ocasião, convidou-os para integrarem sua comitiva.

Após um ano de excursões, Marinês atingiu o estrelado com o famoso grupo Marinês e Sua Gente, sendo que no meio dessa gente, estava o Abdias, que por modéstia, não havia gravado nada. Por insistência de Marinês Abdias resolveu seguir carreira solo com a sanfona de oito baixos, ficando conhecido como Abdias e Sua Sanfona de Oito Baixos.


Em 1957, participou do filme "Rico Ri à Toa", dirigido por Roberto Faria, acompanhando Marinês com sua sanfona de oito baixos, na música "Peba na Pimenta" (João do Vale, José Batista e Adelino Rivera). O filme foi estrelado por Zé Trindade e teve participações de atores como Silvinha Chiozo, Violeta Ferraz, Oswaldo Louzada e Zezé Macedo.

Em 1960, pela Columbia, Abdias gravou "Quadrilha no Arraiá" (Abdias) e "Roedeira Dor do Amor" (Ari Monteiro). No mesmo ano, Marinês gravou, de sua autoria e de Zaccarias, o xote "Nova Geração".

Em 1961, lançou de sua autoria "Pai Abdias no Forró" e "Pulando o Frevo".

Em 1962, gravou "Xique-Xique" (Reginaldo Alves), e "Catingueira" (João Silva e Oliveira Bastos).

Em 1963, passou a gravar na CBS, onde lançou "Forquedo de Viano" e "Bode Chinê", com arranjos de sua autoria. Gravou também "Fogosa" e "Besouro Mangangá", composições de Rosil Cavalcânti, e "Zé Pereira" e "O Abre-Alas" de Chiquinha Gonzaga. Ainda em 1963, Marinês e Sua Gente gravaram pela RCA Victor, de sua autoria e de João do Vale, a moda de roda "Balancero da Usina".


Entre seus LPs constam "Seus Sambas de Sucessos", "Revivendo Sucessos" e "Vou Nessa Leva", todos lançados pela gravadora Entre

Como produtor, atuou junto do Trio Nordestino, de Jackson do Pandeiro e de Marinês e Sua Gente. O cantor e compositor paraibano Vital Farias compôs, em 1982, em parceria com Livardo Alves, a música "Forrófunfá (Abdias dos Oito Baixos)" em sua homenagem, que participou da gravação, tocando o seu famoso fole de oito baixos.

Produziu discos de forró para a gravadora CBS, incluindo entre outros, o Coronel Ludugero.

Em 1995, teve uma coletânea lançada pela Sony.

Em 1998, a Polydisc lançou o CD "20 Super Sucessos", com o melhor de sua produção.

No LP "Meu Pai e a Sanfona", Abdias homenageou seu pai, considerado um dos maiores sanfoneiros de oito baixos do sertão da Paraíba.


Discografia

  • 1960 - Quadrilha no Arraiá / Roedeira Dor do Amor (Columbia, 78)
  • 1960 - Abdias no Forró (Columbia, LP)
  • 1960 - Deixa Comigo (Harmony, LP)
  • 1960 - Tarrabufado (Harmony, LP)
  • 1961 - Ensaio de São João / Forró de Chico Gato (Columbia, 78)
  • 1961 - Pai Abdias no Forró / Pulando o Frevo (Columbia, 78)
  • 1962 - Carraspana / Ramalho no Frevo (Columbia, 78)
  • 1962 - Festa Com 8 Baixos (Columbia, 78)
  • 1962 - Forró do Chico Gato / Rechaço do Brigé (Columbia, 78)
  • 1962 - Xique-Xique / Catingueira (Columbia, 78)
  • 1963 - Arrasta Pé / Abdias e Sua Sanfona de 8 Baixos (CBS, 78)
  • 1963 - Besouro Mangangá / Forró no Marruá (CBS, 78)
  • 1963 - Forgueto de Viano / Bode Chiné (CBS, 78)
  • 1963 - Rechaço de Brigué / Fogosa (CBS, 78)
  • 1963 - Zé Pereira / O Abre Alas / Beliscando (CBS, 78)
  • 1964 - Arrasta Pé No Surrão / Tocando Borá (CBS, 78)
  • 1965 - Sai do Sereno (CBS, LP)
  • 1966 - Forró Em Fim de Feira (CBS, LP)
  • 1967 - Segura o Pé de Bode (CBS, LP)
  • 1969 - Forró ao vivo (LP, CBS)
  • 1970 - Na Ginga do Merengue (CBS, LP)
  • 1970 - Um Oito Baixos Diferente (CBS, LP)
  • 1971 - Forró do Pé Rapado (CBS, LP)
  • 1971 - Oito Baixos Pra Frente (CBS, LP)
  • 1971 - Seus Sambas de Sucesso (CBS, LP)
  • 1972 - Isso é Importante (CBS, LP)
  • 1973 - Forroriando (CBS, LP)
  • 1973 - Revivendo Sucessos (Entre/CBS, LP)
  • 1974 - Tem Fuzuê (CBS, LP)
  • 1975 - Botão Variado (CBS, LP)
  • 1976 - Forrófunfá (CBS, LP)
  • 1977 - Vou Nessa Leva (CBS, LP)
  • 1978 - Um Oito Baixos Sem Patim (Uirapuru, LP)
  • 1979 - Questão de Honra (Uirapuru, LP)
  • 1980 - Do Jeito Que Meu Pai Tocava (Uirapuru, LP)
  • 1981 - Meu Pai e a Sanfona (Uirapuru, LP)
  • 1982 - No Ano da Copa, Cabana (Copacabana, LP)
  • 1983 - Como Antigamente (Copacabana, LP)
  • 1984 - Sanfoneiro Desde Menino (Copacabana, LP)
  • 1988 - Sua Majestade o 8 Baixos Com Abdias (Chantecler, LP)


Coletâneas

  • 1969 - As Melhores do Nordeste, Vol. 1 (CBS, LP) *
  • 1970 - As Melhores do Nordeste, Vol. 2 (CBS, LP) *
  • 1970 - Pau de Sebo, Vol. 4 (CBS, LP) *
  • 1971 - Pau de Sebo, Vol. 5 (CBS, LP) *
  • 1972 - Pau de Sebo, Vol. 6 (LP, CBS) *
  • 1976 - As 4 Melhores do Nordeste (EPIC, Compacto) *
  • 1978 - Pau de Sebo VIII (CBS, LP) *
  • 1988 - Você Gosta de Música Nordestina? (Tapecar, LP) *
  • S/D - O Melhor do Forró, Vol, 2 (Veleiro, LP) *

* Vários Artistas

Indicação: Miguel Sampaio