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Athiê Jorge Coury

ATHIÊ JORGE COURY
(88 anos)
Jogador de Futebol, Dirigente Esportivo e Político

☼ Itu, SP (01/08/1904)
┼ Santos, SP (01/12/1992)

Athiê Jorge Coury, também conhecido como Athié Jorge Cury, foi um futebolista, dirigente esportivo e político brasileiro. Se tornou famoso dentro do futebol e da política brasileira. Inicialmente começou sua carreira profissional como atleta no Santos Futebol Clube como goleiro na década de 1930 e mais tarde iria ingressar na carreira política onde conquistou diversos cargos importantes, em 1955 aos 51 anos de idade iria realizar discurso histórico.

Foi deputado estadual e vereador da cidade de Santos se tornando um dos principais membros do Partido Social Progressista (PSP) liderado por Adhemar de Barros.

Permaneceu durante duas décadas e meia como presidente do clube, venceu os mais importantes títulos do Santos Futebol Clube e manteve os mais importantes jogadores de futebol do time como Pelé, Pepe e Coutinho, nos anos de 1945 até o fim de seu mandato.

Filho de Jorge e Olga Coury e nascido na cidade de Itu, SP, Athiê Jorge Coury se mudou para São Paulo em 1927, se formou em economia pelo Colégio Mackenzie. Após se mudar para a cidade de Santos, tornou-se goleiro do Santos Futebol Clube do ano de 1930 até 1934, e mais tarde se tornou diretor de esportes e o 22º presidente do Santos Futebol Clube, de 1945 a 1971, na famosa "Era Pelé", onde o Santos foi eleito pela Fédération Internationale de Football Association (FIFA), "O Melhor Clube das Américas do Século XX" e venceu inúmeros títulos.

Athiê Jorge Coury teve expressivas passagens na política e no congresso brasileiro, em sua administração no clube paulista, foi antecedido em 1945 por Antônio Ezequiel Feliciano da Silva e sucedido em 1971 por Vasco José Fae.

Athiê Jorge Coury (terno escuro) ao lado de Pelé e com dirigentes da Prudentina, 1960
No Santos Futebol Clube

Athiê Jorge Coury se filiou ao clube santista no dia 09/09/1927, substituindo o então goleiro titular Tuffy, que houvera sido expulso do clube naquele ano. 

A primeira partida em que atuou como goleiro no Santos foi no dia 09/10/1927 na vitória pelo placar de 9 x 0 diante do Corinthians, de Santo André, em partida amistosa na Vila Belmiro, com Feitiço marcando 5 gols, Siriri 3 e Camarão 1, formando o time do ataque dos 100 gols com AthiêBilú e David; Alfredo, Julio e Hugo; Omar, Camarão, Siriri, Feitiço e Passos.

Athiê Jorge Coury jogou defendendo o Santos em 173 partidas, durante os anos de 1927 a 1934 e foi substituído por Ciro Maciel Portieri.

Após esta passagem como goleiro e dirigente de esportes, Athiê Jorge Coury teve um longo mandato como presidente do Santos Futebol Clube. Ele venceu os mais importantes títulos do clube, dentre eles, a Taça Libertadores da América e o Mundial de Clubes de 1962 e 1963, incluindo diversos títulos estaduais, nacionais e internacionais. Com isso o Santos se tornou um dos clubes mais famosos do mundo durante sua administração, e recebeu notável admiração dos mais famosos jornalistas esportivos da época de Pelé.

Em sua homenagem, o clube deu ao seu ginásio de esportes inaugurado no Estádio Urbano Caldeira, no ano de 1950 o seu nome.

Na Política

Ainda quando presidente do Santos Futebol Clube, tornou-se membro do Partido Social Progressista (PSP) de Adhemar de Barros, quando se elegeu vereador da Câmara Municipal de Santos em 1948, e deputado estadual por São Paulo em 1950. Teve também importante passagem na Câmara Federal. Athiê Jorge Coury se manteve no Congresso Nacional até 1982, quando se aposentou da política.

Athiê Jorge Coury faleceu em Santos, SP, no dia 01/12/1992.

Cronologia

  • 1904 - Em 01/08/1904, Athiê Jorge Coury nasce em Itu, SP.
  • 1927 - Athiê Jorge Coury se forma em economia no Colégio Mackenzie.
  • 1934 - 15/04/1934, Athiê Jorge Coury disputa sua última partida oficial como goleiro titular do Santos Futebol Clube.
  • 1945 - Aproveitando de seus conhecimentos econômicos, Athiê Jorge Coury torna-se presidente do Santos Futebol Clube.
  • 1948 - Athiê Jorge Coury se torna vereador da câmara de Santos.
  • 1950 - Athiê Jorge Coury se torna deputado estadual pelo Partido Social Progressista (PSP).
  • 1955 - 04/05/1955, o deputado Athiê Jorge Coury faz discurso proferido na 34ª Sessão Ordinária.
  • 1962 - O Santos Futebol Clube conquista o Mundial Interclubes.
  • 1968 - O Santos Futebol Clube conquista a Supercopa Sul-Americana dos Campeões Intercontinentais de 1968.
  • 1971 - Athiê Jorge Coury deixa o cargo de presidente do Santos Futebol Clube, dedicando-se a política.
  • 1982 - Athiê Jorge Coury se aposenta do Congresso Nacional e de todas as suas atividades como político.
  • 1992 - 01/12/1992, Athiê Jorge Coury morre em Santos, SP.
  • 2008 - 01/08/2008, o ex-presidente do Santos Marcelo Pirilo Teixeira realizou homenagem a Athiê Jorge Coury.

Fonte: Wikipédia

Renata Muggiati

RENATA MIKOSZEWSKI DE MUGGIATI
(32 anos)
Empresária, Atleta e Personal Trainer

☼ Curitiba, PR (20/12/1982)
┼ Curitiba, PR (12/09/2015)


Renata Muggiatti, era formada em Educação Física, personal trainer e instrutora de musculação na rede de academias Companhia Athletica em  Curitiba, no Paraná. Era tri-campeã fitness brasileira.

Filha de Renato De MuggiatiMaria do Carmo da Silva Mikoszewski, iniciou em competições de fisiculturismo no ano de 2011 na categoria Body Fitness no Campeonato Brasileiro da IFBB, se classificando em 6°lugar. Em 2012, se consagrou campeã paranaense e campeã brasileira. Recentemente, trouxe o título de campeã sul-americana na categoria Body Fitness.

A atleta teve dezenas de títulos durante sua carreira. Entre suas principais conquistas estão títulos como Campeã Sulamericana Body Fitness IFBB, Campeã Brasileira Body Fitness IFBB e Campeã Paranaense Body Fitness IFBB.

Renata Muggiati contou como foi a a experiência de competir fora do país:

Nos dias 6 a 9 de setembro fui para Punta del Este no Uruguai para o 38 Campeonato Sul-Americano de Fisiculturismo. Experiencia única, primeiramente por ser a minha primeira competição fora do país a nível internacional e principalmente por conquistar o título de campeã em minha categoria Body Fitness acima de 1,63m.
O Campeonato estava muito bem organizado e com muitos atletas de toda América do Sul, todos muito bem preparados fisicamente. O local do evento foi show, em um resort muito bacana, fiquei hospedada em um apartamento completo e muito aconchegante e com todas as refeições inclusas, logicamente todas elas preparadas com zero sódio!
Fiquei muito contente com minha vitória e espero representar novamente na Polônia e no Arnold Europe, o qual embarco semana que vem!

Renata Muggiati gostava muito de praticar exercícios. Ela era bastante conhecida no Facebook, rede social que usava para divulgar o trabalho como empresária e personal trainer.

Entrevista

01. Nome, idade, peso, altura, BF e categoria?
Renata Muggiati, 29 anos, 63 kg. 1,66m., 13% em off season, Body Fitness acima 1,63

02. Você trabalha? Acha que há a possibilidade de ter vida profissional paralela a competição?
Sou formada em Educação Física, atuo como personal trainer, professora, treinadora, com consultorias onlines e palestras. O meu trabalho não interfere de forma negativa em minha preparação, muito pelo contrário, me auxilia e muito, me dando uma base financeira para poder comprar todos os suplementos e com os demais gastos com toda a preparação. A única coisa que poderia atrapalhar seriam os horários, pois treino diversas pessoas o dia inteiro e o horário fica sendo algo muito precioso, de grande valor. Mas eu juntamente com meu treinador pre determinamos os treinos diariamente no mesmo horário, dessa forma reservo um tempo do meu dia para me dedicar a minha preparação.

03. Como tudo começou?
Depois de alguns convites do meu treinador Waldemar Guimarães para ingressar no mundo do Bodybuilding, resolvi entrar nas competições. Antes ele era apenas meu amigo, hoje ele é meu amigo e também treinador rsrsrsrs. Foi também um período no qual estava estagnada com os resultados no meu corpo e queria modifica-lo, deixa-lo mais simétrico e definido.

04. Você acha que é possível competir sem tomar anabolizantes?
Acho que o desenvolvimento do corpo se da através de disciplina com o treino, com a alimentação e com uma boa dose de força de vontade. Para modificar seu corpo visando competições você deve ter esses pilares bem estruturados e não depender de esteroides para um bom resultado e transformação.

05. Quais são as suas maiores dificuldades na dieta?
Com certeza a pior parte da dieta é na reta final, aonde ela esta bem apertada, bem restrita. Mas o objetivo final e adrenalina do campeonato me ajudam a manter o foco e dar o máximo de mim. O resultado diário que é visível no corpo também é muito estimulador!

06. Como faz para manter o rosto feminino, mesmo após o uso de EAS?
Acho que dependendo da quantidade de hormônios que determinadas atletas utilizam fica impossível ficar com rostos femininos. Com certeza as que não tomam ou fazem o uso de maneira orientada por um bom profissional acabam continuando com sua feminilidade.

07. Como é a sua relação com a sociedade, rola preconceito? Como você lida com isso?
No país que vivemos exite preconceito com tudo. Basta você se destacar dos demais indivíduos que se julgam "normais" e ter um corpo mais diferenciado do que o povo está acostumado a ver, você sera julgado. Seja você gorda, magra, atleta, portador de necessidades ou afro descendente. Comigo muitas pessoas me elogiam, acham o meu corpo bonito e me perguntam o que eu faço e o que eu fiz. Mas também tem outras que me olham torno na rua, com uma cara esquisita. Mas eu não ligo pois estou super contente com a minha evolução em meu corpo e objetivo modifica-lo ainda mais.


08. Quantas horas diárias de treino?
Meu treino com pesos dura no máximo 35 minutos. Realizo alguns dias aerobiose, a quantidade muda conforme a fase da preparação.

09. Como sobreviver a esse mundo tão competitivo?
Nascemos com o instinto da competitividade, afinal somos animais. Uma competição sadia em busca de seus objetivos é até bom pois nos estimula a ir cada vez mais longe em busca de nossos sonhos!

10. Como faz para ter uma vida social sem sair da dieta? Como faz para driblar isso?
Dá para fazer dieta e ser social sim. Realizo sempre minha refeições antes dos encontros com minhas amigas, ou ate mesmo durante, levo meus potinhos e como sem vergonha nenhuma. Em relação a baladas também, não sou de sair muito, mas quando saio consigo ficar sem beber e me divertir ao mesmo tempo. Tenho o dia do lixo também, aonde adoro sair para jantar com amigos e namorado. Nunca vou deixar de me socializar com as pessoas que eu gosto por causa da dieta. Logico que na fase final, véspera campeonato, fica mais complicado, pois também preciso focar em mim mesma, daí é a única época que fico mais sossegada no meu canto.

11. Como é a relação com o personal? Já teve que trocar por incompatibilidade de idéias?
Minha relação com meu treinador e professor Waldemar Guimaraes, melhor impossível, como disse anteriormente, é alem de treinador um grande amigo. Uma pessoa qual tenho muita admiração, carinho e respeito.

12. Como é a divisão dos seus treinos?
Atualmente treino 5x na semana, deixando a quarta feira e domingo como Off.

MMA - Anterior de pernas + panturrilha
MMB - Peito, ombro , triceps + abdomen
MMC - Posterior pernas , gluteos + panturrilhas
MMD - Dorsal, bíceps + abdomen

13. Como é sua relação com o nutricionista? Segue a risca? Conte um pouco do seu Off.
O meu Off se constitui de basicamente esses alimentos durante segunda a sábado: aveia, batatas, arroz, massas integrais, frutas, verduras, legumes, carnes magras, pão integral, azeite de oliva, castanhas e muita água. Juntamente com alguns suplementos alimentares. Tenho um dia do lixo aos domingos no qual como algumas coisinhas que tenho vontade ou saio para jantar em algum lugar que eu goste.

14. Já passou por alguma saia justa por causa da dieta? Algum fato engraçado? Conte!
Sempre passo mas já estou acostumada. Sempre que preciso realizar minhas refeições saco da minha bolsa meus potinhos e como tudo numa boa. Tem alguns lugares aonde as pessoas olham torto, acham feio, comentam entre si mas levo na esportiva.

15. Você se mantém durante o ano basicamente com o mesmo shape, ou faz uma fase bulking-monster, ganhando fat junto?
Prefiro manter meu peso o mais perto possível do peso de competição para não sofrer e debilita-lo durante a fase pré competição. A minha categoria não friza mulheres com muita densidade muscular. Fora que gosto de me sentir bonita sempre, quando uma calça, uma jaqueta começa a querer apertar, eu aperto ainda mais meu treino, minha dieta. A pior coisa que tem é colocar uma roupa e não se sentir bonita e confortável nela.


16. Ideal de corpo. Em quem você se inspira?
Acho muitas atletas bonitas. Mas o conjunto de beleza facial, corporal, o charme e simplicidade da Nicole Wilkins me inspira bastante. Ela consegue ter um corpo atlético e continuar sendo super delicada e feminina.

17. Na dieta, quais são os alimentos que não entram no seu cardápio? Quais não saem?
Na dieta não entra nada de frituras, nem nos dias de lixo. Os que não saem são as frutas e verduras, o peixe, frango, arroz e batata rsrsrsrsr!

18. Poderia dividir sua rotina conosco?
Minha rotina é totalmente dentro da academia. Trabalho e treino na academia Companhia Athlética aqui em Curitiba.Treino meus alunos de manha, a tarde a noite. E o meu treino é no meio da tarde. É basicamente isso que faço durante os dias de semana. Finais de semana costumo descer para praia ou ficar descansando pois minha rotina é bem puxada.

19. Quais os suplementos que você usa?
Whey Protein, Mix Proteico, Waxy Maize, BCAA, Glutamina, HMB, Complexo Vitamínico, Omega 3, Vit C. 

20. Há quanto tempo treina?
Treino fazem 11 anos e um ano voltado a competição.

21. Quanto tempo demorou para alcançar o shape dos sonhos?
Ainda quero modificar e melhorar muito meu corpo, acho que é uma guerra diária. Não é do dia para noite que alcançamos o nosso shape dos sonhos. Como diria o Crô, ahh para!! Se melhorar estraga... 

22. Você utiliza tratamentos estéticos pra dar força no pré Contest? Se sim, qual?
Realizo drenagem linfática 1 ou 2 x na semana durante o ano inteiro. Adoro os resultados e é o único tratamento estético o qual eu acredito e confio.

23. Uma frase que te inspira...
Deixe que seus atos falem por suas intenções.

24. Um recadinho para suas discípulas...
Minhas lindas, continuem sempre em busca de um corpo saudável e bonito, sem exageros. Procurem um(a) treinador(a) e um(a) nutricionista esportivo de confiança, esses sim poderão dar o suporte e a orientação correta. Otimos treinos e beijok!! Re;)

Morte

Na madrugada de sábado, 12/09/2015, a atleta de Body Fitness, Renata Muggiati de 32 anos morreu após cair do 19º andar de um prédio no centro de Curitiba, que fica na Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com a Comendador Araújo. Após a noticia houveram muitas especulações sobre a queda ter sido um acidente, ou se a atleta se jogou do prédio.

A forma que tudo aconteceu fez com que a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) instaurasse um inquérito para apurar detalhes da queda. Ainda não há nada confirmado, existem relatos de que ela sofria em um relacionamento conturbado com o namorado, chegando a ser vítima de agressões. A polícia busca informações também para descobrir se o que aconteceu não pode ter sido um acidente ou se ela foi jogada do prédio. Tudo ainda está sendo confirmado, mas se houve participação, a pessoa envolvida será responsabilizada, conforme adiantou Miguel Stadler, delegado-titular da DHPP.

Após a morte de Renata Muggiati, uma suposta postagem que teria sido feita por ela na rede social, começou a circular na internet. Na rede social, Renata Muggiati deixou a mensagem:

"Bom, aviso a todos que me seguem que hoje é meu último dia de vida, depois de sofrer três dias agressões e, por amar a pessoa que estava hoje, me suicido feliz e em paz"


Na delegacia, o namorado da atleta disse que ela passava por um momento de depressão e estava tomando medicamentos controlados. O suspeito contou que ela tentou pular da janela duas vezes, porém ele a segurou e, na terceira vez, quando ela teria conseguido pular, ele estaria em outro cômodo da casa e não conseguiu evitar.

A polícia solicitou exames técnicos para apurar o suposto suicídio, entre eles coleta de impressão digitais, toxicológico, alcoólico e recolhimento de amostras sob a unha de Renata Muggiati, para saber se houve briga antes dela cair ou pular da janela.

A mensagem supostamente deixada por Renata também será analisada, para a polícia saber se ela foi publicada antes ou depois da queda.

O que chamou a atenção de colegas é que, uma hora antes da mensagem de suicídio, a atleta teria escrito na rede social "em my sweet home". A mensagem mal escrita também despertou desconfiança. Uma amiga publicou uma mensagem dizendo que Renata não admitia escrita errada.

Na página oficial da atleta, fãs e amigos publicaram mensagens alegando desconfiar do suicídio e um vídeo de momentos após a morte da atleta revoltou alguns internautas. Nas imagens, Renata Muggiati aparece caída na rua, próxima ao meio-fio vestida com uma blusa branca e calça preta, sem sapatos.

O corpo de Renata Muggiati seria cremado no sábado, 12/09/2015, por volta das 21:00 hs., mas a justiça impediu para que se preservasse o corpo para análises periciais.

Polícia Encerra Investigação Sobre Morte de Renata Muggiati

Em dezembro de 2015, a investigação feita pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil sobre a morte de Renata Muggiati já estava nas mãos do Ministério Público do Paraná. A apuração terminou pouco antes do recesso oficial no Estado, que começou no dia 18/12/2015. A polícia manteve a acusação de homicídio qualificado contra o médico Raphael Suss, que era namorado de Renata Muggiati. Para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Renata Muggiati caiu morta do prédio, conforme relatou o laudo de exumação, que havia mostrado em novembro de 2015 que ela foi vítima de asfixia mecânica por vários minutos.

Apesar de ser considerado pela polícia como caso de homicídio, o processo foi deslocado da 1ª Vara do Júri de Curitiba para Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba em razão de o suspeito ser o companheiro da vítima. A investigação foi relatada ao Ministério Público após resultados de perícias realizadas em aparelhos celulares e computadores. As conclusões destas análises não mudaram o quadro da investigação, para a polícia. O Ministério Público pode, antes de oferecer ou não a denúncia, pedir diligências complementares.

O caso teve uma reviravolta em novembro, quando o exame de exumação, realizado a pedido da polícia por uma junta de profissionais do instituto, contrariou a necropsia, colocando dúvida sobre o primeiro exame feito por um médico-legista do Instituto Médico Legal (IML). O Instituto Médico Legal (IML) chegou a abrir uma apuração para investigar a conduta do médico que conduziu o primeiro exame de necropsia.

Fonte: Tribuna, Tribuna Hoje, Empório das Vitaminas, Urban Gym e Mundo Anabólico

Carlinhos

LUÍS CARLOS NUNES DA SILVA
(77 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Rio de Janeiro, RJ (19/11/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/06/2015)

Luís Carlos Nunes da Silva, mais conhecido como Carlinhos, foi um futebolista e treinador brasileiro, que dedicou toda sua vida profissional ao Flamengo. Técnico com passagens sempre vitoriosas pelo clube carioca, dirigiu o time no título nacional 1992, comandando craques como Zico, Bebeto, Leandro, Renato Gaúcho e Júnior, entrando para a galeria eterna dos heróis rubro-negros.

Carreira Como Jogador

Carlinhos foi um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro segundo principais jornais e revistas do esporte, atuava como meia e jogou no Flamengo de 1958 a 1969. Neste período, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961, o único vencido pelo rubro-negro.

Logo no início da carreira, recebeu em 20/01/1954, simbolicamente, as chuteiras do jogador Biguá, destaque do Flamengo na época e que estava encerrando sua carreira.

Carlinhos foi um dos poucos jogadores a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "Violino". É apontado como um dos melhores jogadores de meio campo de todos os tempos do futebol brasileiro.

O ex meio-campista, apesar de sua qualidade, foi um dos atletas injustiçados por nunca terem tido uma sequência na Seleção Brasileira, tendo disputado apenas uma partida com a camisa canarinho, no ano de 1964 contra a Seleção de Portugal, em uma época onde a maior parte dos craques da Seleção e jogadores de maior visibilidade jogavam no Santos e no Botafogo. Na referida partida, outro rubro-negro esteve em campo junto com Carlinhos, foi Aírton Beleza, centroavante que fez dupla central de ataque com Pelé. A Seleção Brasileira saiu vitoriosa do Maracanã naquele dia.

Dois anos antes, nos preparativos para a Copa do Mundo de 1962, o então treinador da Seleção Brasileira, Aymoré Moreira, convocou 41 jogadores para a pré-preparação, destes, apenas 22 iriam ao Chile. Ocorre que, para dar equilíbrio entre os selecionados do Rio de Janeiro e São Paulo, a comissão técnica preferiu levar, como reserva de Zito, o Zequinha, do Palmeiras, ao invés de Carlinhos Violino, a grande sensação do momento.

Um dos grandes momentos de Carlinhos como jogador foi o Fla-Flu decisivo do campeonato de 1963, quando liderou o time no empate de 0x0 que deu o título ao Flamengo. Naquele jogo, no dia 15/12/1963, registrou-se o maior público em um jogo oficial entre dois clubes no futebol mundial: 177.020 pagantes e 16.947 não pagantes são os números registrados daqueles que lotaram o Maracanã, embora hajam especulações de que o total de torcida presente foi de cerca de 200.000 espectadores.

Carreira Como Treinador

Como treinador, Carlinhos chegou a treinar outros clubes, porém, a sua paixão pelo Flamengo resultaria em, nada mais, nada menos, do que sete passagens pela Gávea.

É verdade que muitas vezes foi usado como um técnico "tampão", porém, entre 1991-1993, começou a ganhar respeito ao trazer para a Gávea um improvável troféu de campeão brasileiro em 1992, o quinto do Flamengo. Vale lembrar que Carlinhos foi o técnico do último título brasileiro do século XX do Flamengo e da última conquista internacional, a Copa Mercosul em 1999.

Sua última passagem pelo Flamengo como técnico ocorreu entre maio e outubro de 2000, época em que conquistou a Taça Rio e logo depois o bicampeonato estadual.

Ao longo da brilhante carreira como profissional disputou 880 partidas: 517 como jogador e 313 como técnico.

Em 12/02/2011, Carlinhos foi homenageado pelo Flamengo, com a inauguração de um busto e uma praça na sede social do clube, no bairro da Gávea.

No Brasil, dirigiu também o Guarani de Campinas e o Clube do Remo, do Pará.

Há quem afirme que Carlinhos, e não o Andrade (com o penta do Flamengo em 2009), tenha sido o primeiro negro a conquistar, como técnico de futebol, o Campeonato Brasileiro. Porém Carlinhos pode ser identificado como mestiço e não necessariamente negro.

Morte

Anos antes de falecer, Carlinhos já sofria com problemas de saúde. A elevação da taxa de ácido úrico causou problemas de cicatrização, obrigou a amputação de um dedo do pé, gerou complicações no sistema circulatório, perda de memória e, além disso, complicações na carótida e a necessidade de colocar pontes de safena. Ele morreu na madrugada do dia 22/06/2015, aos 77 anos, vítima de insuficiência cardíaca.

Títulos

Flamengo Como Jogador
  • 1958 - Torneio Internacional de Israel
  • 1959 - Torneio Hexagonal de Lima
  • 1959 - Torneio do Início
  • 1961 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1961 - Torneio Internacional de Verão Uruguai
  • 1962 - Torneio Internacional da Tunisia
  • 1963 - Campeonato Carioca
  • 1964 - Troféu Naranja
  • 1965 - Campeonato Carioca
  • 1965 - Torneio Gilberto Alves
  • 1968 - Troféu Mohammed IV
  • 1968 - Troféu Restelo


Flamengo Como Treinador
  • 1987 - Módulo Verde (Copa União)
  • 1988 - Taça Guanabara
  • 1991 - Taça Rio
  • 1991 - Campeonato Carioca
  • 1992 - Campeonato Brasileiro
  • 1992 - Taça dos Campeões Brasileiros (Taça Brahma)
  • 1992 - Troféu Eco-92
  • 1993 - Troféu Libertad
  • 1993 - Troféu Raul Plasmann
  • 1994 - Torneio Internacional de Kuala Lumpur
  • 1994 - Copa Pepsi Cup'94
  • 1999 - Campeonato Carioca
  • 1999 - Taça Guanabara
  • 1999 - Copa Mercosul
  • 2000 - Campeonato Carioca
  • 2000 - Taça Rio


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Zito

JOSÉ ELY DE MIRANDA
(82 anos)
Jogador de Futebol

☼ Roseira, SP (08/08/1932)
┼ Santos, SP (14/06/2015)

José Ely de Miranda, mais conhecido por Zito, foi um futebolista brasileiro que iniciou a carreira pelo Esporte Clube Taubaté atuando na posição de volante.

Zito nasceu no dia 08/08/1932 em meio ao auge da Revolução Constitucionalista de São Paulo, a hoje cidade de Roseira nem era município, pertencia ainda à cidade de Aparecida. Somente na metade da década de 60, a cidade foi emancipada. No entanto quando isto aconteceu, o seu filho e cidadão mais ilustre já atuava há um tempo com a tarja de capitão da equipe do Santos, sendo reconhecido como um dos melhores da posição no planeta, além de ser bicampeão mundial com o Santos e com a Seleção Brasileira.

Quando pequeno José Ely era chamado por seu familiares de "Joselito", porém, em meio aos amigos, para simplificar ainda mais a alcunha, passou a ser chamado de "Zito", apelido pelo qual é mundialmente conhecido até os dias de hoje.

A carreira de jogador de futebol de Zito começou aos 16 anos exatamente no Vale do Paraíba. Com 19 anos ele desfilava toda a sua técnica pelos gramados da região, sendo considerado o melhor volante de todo o Vale do Paraíba. Era um volante cheio de técnica, moderno para sua época, distante dos volantes que só sabiam destruir jogadas. Zito era daqueles jogadores que sabiam atacar e defender da mesma forma, sempre com classe e maestria.

Neste período Zito disputava muitos jogos pela equipe do Taubaté, inclusive participava do Campeonato Paulista. Por indicação acabou sendo contratado pelo Santos Futebol Clube e desembarcou na Vila Belmiro às vésperas de completar 20 anos de idade, no dia 15/06/1952.


A estréia do volante com a camisa do Santos aconteceu em 30/06/1952 no amistoso realizado contra o time carioca do Madureira, vencido pelo time santista por 3x1. Durante um bom tempo Zito foi reserva do saudoso Formiga e nesta condição conquistou seu primeiro título com a camisa do Santos, o Campeonato Paulista de 1955.

Em 1956, Zito já havia conquistado a condição de titular na equipe do Santos, sendo notável e impressionante seu senso de organização no meio-campo. O jogador também se destacava na liderança, respeitado naturalmente por seu companheiros, dentro e fora do campo. Neste ano de 1956 conquistou novamente o título do Campeonato Paulista, fato que se repetiu em muitos outros anos.

Mas, ainda na década de 50, surgiu na Vila Belmiro um menino chamado Pelé, que como todos nos sabemos se tornou o melhor jogador de futebol de mundo. No entanto, Zito nunca se fez de rogado quando precisava dar uma bronca em Pelé, mesmo quando ele já era de fato o Rei do Futebol.

Para o volante não importava quem estava ao seu lado. Se não estivesse jogando bem, Zito utilizava sua liderança inata para chamar a atenção do companheiro. Era muito comum observá-lo dando gritos de incentivo aos seus companheiros a fim de que a equipe marcasse mais gols, mesmo com o placar já bem dilatado a favor do Santos, com a vitória garantida.

Zito tinha a permissão do técnico Lula para ser o grande orientador da equipe dentro das quatro linhas. Ele era uma espécie de técnico dentro do campo. Por meio de seus passes perfeitos e posicionamento dentro de campo, o Santos conseguiu alcançar muitos resultados positivos.


Seu perfil fez com que todos os jogadores, sem exceção, respeitassem-no, mesmo os mais renomados como Jair da Rosa Pinto, por exemplo. Até mesmo o Pelé se curvava perante sua liderança. Na Vila Belmiro, Zito ficou também conhecido como "Gerente".

Zito atuou no Santos até 1967, despediu-se do clube deixando a camisa número 5 para um jovem, que assim como ele, também se tornaria uma lenda viva na história do Santos: Clodoaldo.

Após encerrar a carreira, Zito permaneceu ainda muito ligado ao Santos, clube que segundo ele era o grande amor, sua vida. O ídolo continuou vivendo na cidade e atuou no clube em vários cargos, como auxiliar técnico, diretor de futebol, gerente e vice-presidente. Foi um dos responsáveis pelo surgimento na base santista dos jogadores Diego, Robinho e Neymar.

As homenagens fizeram parte de sua vida, o craque virou nome de centro esportivo em Pindamonhangaba, cidade vizinha à Roseira. No Centro Esportivo José Ely de Miranda, muitos garotos aprimoram-se no esporte, onde quem sabe um dia, um novo representante da região do Vale do Paraíba possa despontar no cenário esportivo mundial.

Zito foi o grande líder de uma geração de sonho, representando a disciplina e a organização de uma equipe que jogava por música, passando por cima de qualquer adversário em qualquer situação. Um jogador que impunha respeito até mesmo para o Rei Pelé, certamente, deve ser ovacionado por todos.

Zito atuou em 727 jogos com a camisa do Santos, marcou 57 gols.

Seleção Brasileira

Pela Seleção Brasileira de Futebol jogou a partir de 1956, tendo ajudado nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962.

Em 1958 era inicialmente reserva, porém foi escalado para a partida contra a Seleção Soviética, permanecendo como titular a partir de então.

Na Copa de 1962 marcou um dos gols na partida final contra a Tchecoslováquia.

Morte

Zito morreu no domingo, 14/06/2015, em sua casa, em Santos, aos 82 anos. A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do Santos, que não revelou a causa. O velório ocorreu na segunda-feira, 15/06/2015, das 8:00 hs às 11:00 hs, no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos. Depois do velório, o corpo foi encaminhado para Roseira, no interior de São Paulo, cidade natal de Zito.

Zito recebia acompanhamento médico em casa depois que sofreu um Acidente Vascular Cerebral há menos de um ano. Ele passou 32 dias na Santa Casa de Misericórdia de Santos.

Pela morte de Zito, o Santos decretou sete dias de luto oficial e suspendeu as atividades de segunda-feira, 15/06/2015. O clube lançaria um livro do título Paulista na segunda-feira, mas cancelou o evento.

"Obrigado por tudo, Zito. Descanse em paz, eterno capitão", escreveu o Santos no Twitter.

Djalma Santos, Zito e Pelé na Inglaterra, em 1963
Títulos

  • Campeonatos Paulistas: 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967
  • Campeonato Brasileiro: 1961,1962, 1963 e 1964
  • Libertadores da América: 1962 e 1963
  • Copa Intercontinental: 1962 e 1963
  • Torneios Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966
  • Copa do Mundo FIFA: 1958 e 1962

Indicação: Miguel Sampaio

Pinga

JOSÉ LÁZARO ROBLES
(72 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (11/02/1924)
+ Campinas, SP (07/05/1996)

José Lázaro Robles, mais conhecido como Pinga, foi um jogador de futebol brasileiro. Pinga estreou no time profissional da Portuguesa em 16/03/1944, derrota para o Juventus por 2x0.

Seu irmão mais velho, Arnaldo Robles, defendia o Juventus e, quando foi para a Portuguesa, alguns anos mais tarde, formou com Pinga a única dupla de irmãos a atuar juntos na história do clube.

Em 1950 foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, embora fosse uma seleção reserva, convocada para a disputa da Taça Oswaldo Cruz, contra o Paraguai. Pinga marcou três dos cinco gols do Brasil (vitória por 2x0 e empate em 3x3). Muitos dos jogadores dessa seleção acabaram convocados pelo técnico Flávio Costa para disputar a Copa do Mundo de 1950, mas Pinga ficou de fora.

Ele seria convocado quatro anos depois, para a Copa do Mundo de 1954, na Suíça, e marcou dois gols contra o México na estréia. Jogou ainda a partida seguinte, contra a Iugoslávia, mas foi substituído por Humberto no jogo seguinte, em que o Brasil foi eliminado pela Hungria. Foi sua última partida pela Seleção Brasileira. Com ela, conquistou apenas o Pan-Americano de 1952.


Entre as duas Copas, conquistou seu único título com a Portuguesa, o Torneio Rio-São Paulo de 1952, de que foi artilheiro, com 11 gols. Dois anos antes, foi ainda artilheiro do Campeonato Paulista, com 22 gols.

No começo de 1953, foi vendido ao Vasco da Gama, onde passou para a ponta esquerda e seguiu marcando muitos gols. Só em Campeonatos Cariocas, foram mais de cem. Pelo Vasco, ganhou dois Campeonatos Cariocas (1956 e 1958) e um Rio São Paulo (1958).

Entrou em declínio no início dos anos 60, e, em 1961, marcou apenas um gol durante o ano todo, no Rio-São Paulo.

No ano seguinte, transferiu-se para o Juventus, onde encerraria a carreira em 1963.

Pinga é até hoje o maior artilheiro da história da Associação Portuguesa de Desportos, com 190 gols, sendo 132 no Campeonato Paulista, 18 no Rio-São Paulo, 16 em partidas internacionais e 24 em amistosos.

Pinga foi até garoto propaganda da Gillette. Na revista Seleções de Reader's Digest, de julho de 1953, havia o seguinte anúncio:

"José Lázaro Nobles nasceu em S. Paulo, a 11 de Fevereiro de 1924. É o meia-esquerda da A. Portuguesa de Desportos, de São Paulo. Campeão Brasileiro, Pan-Americano e do Torneio Rio-São Paulo. Temido pelos goleiros, devido às suas infiltrações rápidas e sempre perigosas, porque possui magnífica visão de gol."

O Apelido

O apelido herdado de um irmão que chutava muito forte e era chamado, nas peladas por Pinga-Fogo. De sacanagem, a rapaziada passou a chamá-lo de Pinga Segundo, que evoluiu para, simplesmente, Pinga, nas brincadeiras da molecada de rua, subido em pés de mangueiras, para se empanturrar da fruta, ou nadando no rio mais próximo de casa.

Carreira
  • 1943-1944 - Juventus
  • 1944-1953 - Portuguesa de Desportos
  • 1953-1961 - Vasco
  • 1962-1964 - Juventus

Títulos

  • 1951 - Fita Azul (Portuguesa de Desportos)
  • 1952 - Torneio  Rio-São Paulo (Portuguesa de Desportos)
  • 1952 - Campeonato Pan-americano de Futebol (Seleção Brasileira)
  • 1952 - Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (Seleção Paulista)
  • 1956 - Campeonato Carioca (Vasco)
  • 1957 - Troféu Teresa Herrera (Vasco)
  • 1957 - Torneio de Paris (Vasco)
  • 1958 - Campeonato Carioca (Vasco)
  • 1958 - Torneio  Rio-São Paulo (Vasco)


Premiações

  • 1960 - Jogador do Ano: Melhor jogador do Vasco
  • 1959 - Jogador do Ano: Melhor jogador do Vasco
  • 1956 - Jogador do Ano: Melhor jogador do Vasco
  • 1955 - Jogador do Ano: Melhor jogador do Vasco
  • 1954 - Jogador do Ano: Melhor jogador do Vasco

Marca Histórica

  • 4º maior Artilheiro da história do Vasco da Gama com 250 gols.


Fonte: Wikipédia

Maria Lenk

MARIA EMMA HULGA LENK ZIGLER
(92 anos)
Nadadora

* São Paulo, SP (15/01/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/04/2007)

Maria Emma Hulga Lenk Zigler foi a principal nadadora brasileira, tendo sido a única mulher do país a ser introduzida no Swimming Hall Of Fame, em Fort Lauderdale, Flórida.

Filha de imigrantes alemães que vieram ao Brasil em 1912. Com apenas 17 anos, Maria Lenk foi a primeira atleta do Brasil a disputar uma Olimpíada. Depois foi pioneira no nado borboleta, venceu provas, quebrou recordes mundiais, lutou pela Educação Física e pelos direitos das mulheres.

Maria Lenk começou a nadar por causa de uma pneumonia dupla, aos 10 anos de idade. Seu pai, Paul Lenk, decidiu ensinar a filha a nadar para fortalecer o pulmão. Alemão que imigrou para o Brasil em 1912, Paul Lenk mantinha o costume de fazer exercícios. Ele foi campeão de ginástica de aparelhos em São Paulo e queria que os filhos também praticassem esportes. Maria Lenk escolheu a natação, assim como sua irmã caçula, Sieglinde, enquanto seu irmão, Ernesto, foi campeão brasileiro de basquete.

"Meu pai me levou para o Rio Tietê. Ele prendia meu maiô num anzol, ficava segurando a vara com uma corda do lado de fora do rio e dizia como eu devia fazer, enquanto desajeitadamente eu batia pernas e braços e bebia muita água. Mas não foi ele que inventou esse método. Todas as crianças daquela época aprendiam a nadar assim, presas por uma vara nas margens do Tietê, já que não existia piscina em São Paulo.
Naquela época, o Tietê tinha águas transparentes e ali eram realizadas competições de remo, natação e saltos. Com o tempo, a natação ganhou popularidade e os clubes resolveram criar áreas exclusivas para competições, evitando que os nadadores fossem levados pela correnteza ou atropelados por barcos do remo.
As provas mais longas aconteciam no trecho do rio que atravessava a cidade. A mais famosa era a Travessia de São Paulo a Nado, que foi criada, em 1924 pelo jornalista Cásper Líbero, o mesmo que criaria depois a Corrida de São Silvestre, em 1925. Por causa da poluição, a Travessia de São Paulo a Nado foi extinta em 1944.
Eu só comecei a participar da travessia nos anos 30, quando ela tinha patrocínio do jornal A Gazeta e até rendia fotos no jornal. Como atleta do Clube de Regatas Tietê, venci quatro anos seguidos, de 1932 a 1935, até que me mudei de São Paulo e não fiz mais aquela prova. Quem ficou no meu lugar no alto do pódio foi Sieglinde, minha irmã. No masculino, o vencedor da travessia todos os anos era João Havelange. Somos amigos desde aqueles tempos."

A travessia, com percurso de cerca de sete quilômetros, acontecia sempre no último domingo do ano e milhares de pessoas iam para as margens do rio assistir à prova. Era o maior evento esportivo da cidade, mas nem tudo era perfeito. Quando chovia, as águas ficavam barrentas e alguns animais mortos por afogamento passavam boiando. Maria Lenk chegou a contrair tifo em função dos treinamentos e competições nestas águas.

Preconceito e Superação

Dentro da comunidade alemã, havia muito incentivo para a prática de esportes e de ginástica e para cuidar do corpo e da saúde. Mas fora da comunidade, ser atleta causava muito estranhamento. Maria Lenk foi morar em Amparo, interior de São Paulo. Ela já tinha ido a dois Jogos Olímpicos e era famosa. Mas, mesmo assim, foi excomungada pelo bispo local por causa do seu maiô.

"Tinha acabado de me formar em Educação Física. Não conseguia trabalho no Rio de Janeiro, nem em São Paulo. Me mudei para Amparo, onde consegui uma vaga de professora. Ao chegar lá, descobri que não havia piscina pública. Mas não desanimei e acabei convencendo um clube local a reformar sua piscina e motivar as crianças da cidade a aprenderem a nadar. A natação contagiou Amparo e encheu a piscina de gente de todas as idades. O bispo não aguentou ver tanto maiô e calção e me acusou de péssimo exemplo para a sociedade amparense. Uma pecadora. Acabei sendo excomungada."

A Primeira Olimpíada: Los Angeles

No início da década de 30, Maria Lenk se destacou num campeonato interestadual e foi convidada para participar dos Jogos de Los Angeles. A delegação tinha 82 atletas e ela era a caçula, com 17 anos e a única atleta feminina. Ela viajou sem os pais, numa época em que a presença feminina em Olimpíadas ainda era interpretada como ameaça aos valores morais. A viagem durou seis semanas e os atletas ficaram este tempo todo sem treinar. "Não fez diferença, porque não sabia mesmo o que era treinamento. Mas aprendi lá", dizia.

Quando retornou dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Maria Lenk recebeu inúmeras críticas por não ter trazido nenhuma medalha. A importância desta participação só seria reconhecida anos depois. Ela participou das provas de 100m livres, 100m costas e 200m peito. Nesta última obteve seu melhor resultado: oitavo lugar. Para quem só tinha participado de competições no Tietê e um interestadual, não foi nada mal.

"Lá conheci grandes campeãs e vi como elas treinavam. Nós, mulheres, ficamos todas juntas em um hotel de luxo. Os homens ficaram na Vila Olímpica, a primeira da história dos Jogos. O Brasil estava vivendo um período difícil. A delegação desembarcou em meio à Revolução Constitucionalista de 1932. Os atletas da delegação brasileira não voltaram como heróis, mas todos voltaram mais experientes e com muita vontade de treinar e representar bem o país em outras oportunidades."

Uma Nova Chance: Jogos Olímpicos de 1936

Para esta competição a delegação viajou de cargueiro para a Alemanha com seis mulheres. Os organizadores construíram um tanque que servia de piscina no convés, para que os atletas treinarem. O tanque era muito pequeno e não permitia que dessemos mais de duas braçadas.

"Nosso técnico, Carlito, Carlos de Campos Sobrinho, teve uma ideia: com uma corda ele amarrava a gente na borda. Assim, eu podia nadar sem sair do lugar. Mas as ondas fortes faziam com que eu fosse lançada contra as paredes do tanque. Treinar ali era uma aventura."

Mais uma vez os resultados não foram os esperados. Maria Lenk engordou um bocado por causa das seis refeições diárias do navio e não passou das provas semifinais. Mas naquela competição ela começava a escrever seu nome em âmbito mundial: Maria Lenk entrou para a história por ser a primeira mulher a nadar borboleta, estilo que aprendeu lendo uma revista alemã.

"Minha mãe insistia para que a gente aprendesse alemão. Ela importava revistas alemãs para que eu e meus irmãos pudéssemos praticar o idioma. E foi numa dessas revistas que fiquei sabendo que o nadador John Higgins criara uma nova maneira de nadar peito.
Até então, o regulamento do nado de peito na época dizia que os braços tinham que ir simultaneamente de frente para trás e de trás para frente, mas não dizia se era por dentro ou por fora d'água. O campeão de natação americano John Higgins tirou vantagem disso e levou os braços por fora d'água, dando origem ao nado borboleta. O estilo só ganharia provas próprias nos Jogos Olímpicos de 1956.
Eu comecei a fazer a mesma coisa e, então, nos Jogos de Berlim, ele era o único homem e eu a única mulher a nadar o que seria, hoje, o borboleta. Mas eu estava pesada e não fui bem nas provas como era de se esperar. Pouco antes dos Jogos cheguei a bater um recorde mundial nadando borboleta, mas ele não foi homologado."

Os Recordes e a Decepção

Segundo Maria Lenk, disputas políticas entre a Confederação Brasileira de Desportos e a Federação Brasileira de Natação fizeram com que a primeira não reconhecesse seu tempo. Mas, em 1939, ela superaria essa mágoa e corrigiria este erro, batendo dois recordes mundiais. Em 11 de outubro, fez a melhor marca do mundo nos 400 metros nado peito, na piscina do Botafogo, com o tempo de 6m15s80. Pouco depois, em 8 de novembro, na piscina do Fluminense, bateu o recorde mundial dos 200 metros peito, com o tempo de 2m56s.

"Com certeza, naquela época, eu estava no auge de minha condição atlética. Me preparava para os Jogos Olímpicos de 1940 e poderia ter vencido se eles não tivessem sido cancelados. Mas a Segunda Guerra acabou com esse sonho. Essa foi a maior decepção da minha vida. Meu tempo nos 200 metros nado peito foi melhor até do que o recorde brasileiro masculino, que era de Antonio Laviola, com 2m59s. Nunca me conformei com o cancelamento destes Jogos Olímpicos."

Depois disso, Maria Lenk resolveu encerrar sua carreira de atleta e dedicou seu tempo à família e aos livros. Mas nem por isso abandonou o que mais amava. Além da carreira acadêmica, ela escreveu vários livros sobre natação e voltou a competir, na categoria Masters.

Maria Lenk continuou competindo e vencendo. Na categoria de 90 a 94 anos, Lenk é dona de três recordes mundiais do nado de peito, obtidos no fim de 2005: o dos 50 metros (1m25s91), o dos 100 (3m12s88) e o dos 200 (6m57s76).

Sempre Pioneira

Em 1939, a nadadora também ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física na antiga Universidade do Brasil, da qual foi a primeira Diretora.

"Eu já tinha participado de grandes torneios e tinha muita experiência. Fui então convidada a co-participar da fundação da Escola de Educação Física da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A equipe teve bastante reconhecimento e eventualmente me mandavam para a Alemanha buscar informações sobre instalações esportivas mais modernas, para serem construídas na Universidade, na ilha do Fundão. Tenho muito orgulho de ter participado deste processo. Todas as instalações de Educação Física que lá estão foram uma obra minha, até as árvores eu ajudei a plantar."

Ela foi também a primeira mulher a participar do Conselho Nacional de Desportos, na década de 60, e a primeira mulher da América do Sul a entrar para o Swimming Hall Of Fame, em Fort Lauderdale, Flórida.

Pioneira também na defesa do esporte feminino, Maria Lenk foi presença marcante na CPI da Mulher, em 1977. Ela foi uma das 39 personalidades dos mais diversificados setores ouvidas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para examinar a situação da mulher em todos os ramos de atividades. O colegiado promoveu estudos e audiências públicas, de março a outubro de 1977, para verificar até que ponto a legislação vigente à época contribuía para manter a posição de inferioridade atribuída à mulher e em que pontos deveria ser alterada.

Em seu depoimento, realizado no dia 25 de agosto, Maria Lenk, então com 62 anos, lamentou a baixa participação das mulheres nos esportes no Brasil e disse que havia discriminação. Para ela, a prática desportiva poderia ser uma forma de luta contra as barreiras impostas pelo preconceito.

"Se a posição da mulher na Educação Física e no esporte no Brasil ainda deixa muito a desejar, isso é conseqüência do conceito geral que se tem da mulher e da posição que se quer dar a ela na sociedade. O modelo de mulher é o de uma criatura frágil, submissa, muito humilde e dependente, incapaz de cuidar de si mesma e de se defender."

Na CPI, Maria Lenk defendeu a união de homens e mulheres esclarecidos para a adoção de medidas gerais para uma modificação na forma de se julgar o papel da mulher em todas as esferas.

Ao final dos trabalhos, a CPI da Mulher concluiu que era indisfarçável a existência da discriminação contra a mulher em quase todos os setores de atividade humana que compõem o mecanismo da sociedade brasileira. O relatório final propôs alterações legislativas nos mais diversos âmbitos, especialmente no trabalhista, para garantir a igualdade de tratamento entre homens e mulheres.

Dentre as recomendações feitas aos poderes constituídos, há uma que responde às reivindicações da premiada nadadora: o relatório sugere revogar as determinações vigentes que limitam, quanto à mulher, as modalidades de esporte que pode praticar. E assegurar e mesmo estimular a presença de mulheres nas direções dos órgãos desportivos brasileiros, escolhendo para tais missões, ao lado dos homens, aquelas que notoriamente estão capacitadas a oferecer ao país importante contribuição nesse setor.

Em 2003, após três anos de pesquisas, lançou o livro "Longevidade e Esporte", que mostra os benefícios trazidos pela prática de esportes. Antes deste, ela já havia publicado vários livros, entre eles, "Braçadas e Abraços" (1986), "Natação Olímpica" (1966), "Organização de Educação Física e Desportos" (1943),  "Natação" (1942).

O Troféu Brasil de Natação passou a se chamar Troféu Maria Lenk. O evento, que aconteceu entre os dias 1 e 6 de maio, no Rio de Janeiro, foi a última seletiva para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Considerações e Legado

"Quando eu era jovem, existia a Lei do Amadorismo que determinava que nós, atletas, não podíamos ganhar dinheiro com o esporte. Não se podia receber nem mesmo roupas especiais. Tínhamos que devolver os uniformes após a competição. Era feio receber dinheiro. Era um amadorismo muito severo e treinávamos por amor ao esporte. Agora os jovens podem ter patrocínios, uma grande vantagem para continuar a carreira esportiva. O treinamento também era exaustivo. Os estilos de então eram diferentes do que se faz hoje, exatamente porque não se tinha conhecimento maior dessas técnicas de natação. Hoje, a natação brasileira está muito bem informada, com técnicos preparados e com experiência internacional.
Enquanto Deus me der saúde, vou continuar nadando. As pessoas têm que entender que ao atingir certa idade, não podem ficar apenas vendo televisão ou descansando na cadeira de balanço. Nado, todos os dias, 1.500 metros."

Em uma de suas últimas entrevistas, ao ser interrogada sobre as homenagens que a Organização do RIO 2007 iria fazer para ela respondeu:

"Fiquei emocionada e achei um exagero, mas se eles acharam que eu merecia, fico feliz. Eu pretendo estar lá na inauguração. Pois vi a piscina sem água e quando estiver cheia, eles querem que eu seja a primeira pessoa a nadar no local."

Morre Maria Lenk, Exemplo Que Se Torna Mito

Era uma manhã como todas as outras na piscina do Flamengo, na Gávea, Rio de Janeiro. Mais uma vez estava ali a nadadora Maria Lenk, mito do esporte brasileiro, para os seus dois quilômetros de braçadas diárias.

O dia 16/04/2007 começou como sempre na piscina do Flamengo. Por volta das 10:00 hs, cerca de 30 alunos da turma de Masters do clube treinavam e Maria Lenk nadava com desenvoltura. O técnico de pólo aquático do clube, professor Antônio Carlos Canetti (CREF 006766-G/RJ), ocupava a mesma raia. "Ela chegou às 9:30 hs, nadou 25 minutos num ritmo impressionante. Depois soube que treinava para uma competição", explicou.

À certa altura, Antônio Carlos Canetti percebeu que Maria Lenk mantinha sua cabeça curvada, dentro d'água. "Pensei que estivesse se alongando. Eu então me aproximei e a vi bebendo água", contou Canetti.

O salva-vidas e o médico do clube prestaram os primeiros-socorros. Maria Lenk recebeu oxigênio e foi levada de ambulância para o Hospital Copa D'Or, onde deu entrada às 11:02 hs. Estava inconsciente, com insuficiência respiratória e quadro compatível com choque circulatório.

Lenda viva da Educação Física e do esporte nacionais, Maria Lenk faleceu às 13:00 hs., no momento em que os médicos se preparavam para uma cirurgia de emergência.

Depoimentos

"Foi uma perda muito grande. Ela acompanhou grande parte da minha carreira profissional e me deu bons conselhos quando decidi passar uma temporada nos Estados Unidos. Fico feliz por ela ter sido homenageada ainda em vida, dando seu nome ao parque aquático que está sendo construído para o PAN."
(Gustavo Borges - Ex-nadador)

"Todos no Flamengo admiravam sua vontade de treinar. Era algo que emocionava e inspirava. (...) Ela era como um anjo para todos nós. Uma pessoa que marcava com seus brilhantes olhos azuis e que estava todos os dias na piscina do Flamengo. Vamos sentir uma saudade muito grande."
(Vereadora Patrícia Amorim)

"Ela deixou as muletas ali e nadou 1.500 metros. Teve imenso prazer com a natação, não se importando com a idade."
(Cláudia Coutinho, que treinava com ela, sobre quando Maria Lenk quebrou o fêmur em 2006)

"Minha mãe começou a nadar aos 72 anos, depois que conheceu Maria Lenk aqui no Flamengo."
(Elaine Romero, nadadora)

"Estivemos juntos nos Jogos de Los Angeles, em 1932, e também em Berlim, quatro anos depois. Ela foi uma querida irmã, atleta inesquecível, eficientíssima, que entra para a história dos grandes nomes que deram ao Brasil momentos de glória e respeito internacional. É com grande tristeza que a vejo partir, mas fica o exemplo para as futuras gerações."
(João Havelange - Presidente de honra da Fifa)

"É o maior nome da natação brasileira. Uma mulher guerreira, determinada, que cumpriu sua missão com galhardia. A professora Maria Lenk, tenho certeza, está agora num lugar acolhedor, em paz."
(Coaracy Nunes - Presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos)

"Uma perda irreparável por tudo o que ela representa. Este é um momento de luto."
(Carlos Arthur Nuzman - Presidente do  Comitê Olímpico Brasileiro)

"Maria Lenk foi mais que uma pioneira. Foi um exemplo da garra e da coragem das mulheres brasileiras. Fez e marcou a história do nosso Brasil. Viveu abrindo caminhos e deixou o melhor legado: o de que o impossível não existe. Assim será lembrada."
(Deputada Roseana Sarney)

"Tomei conhecimento, com tristeza, da morte da extraordinária nadadora brasileira Maria Lenk. Às vésperas da realização dos tão esperados Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, o Brasil perde um de seus maiores ídolos no esporte. Maria Lenk foi a primeira nadadora brasileira e sul-americana a participar de uma Olimpíada - a de Los Angeles, em 1932. Recordista mundial, entrou para o Hall da Fama da Federação Internacional de Esportes Aquáticos e, aos 92 anos de idade, dava exemplo a todos nós, competindo e ganhando títulos na categoria Master. Deixo o meu carinho e solidariedade à família e aos amigos de Maria Lenk. E que ela, de onde estiver, ilumine os nossos atletas no PAN."
(Luis Inácio Lula da Silva - Presidente do Brasil)


Maria Lenk foi a primeira nadadora brasileira a estabelecer um recorde mundial e deu ao Flamengo diversos importantes títulos. Ela foi uma precursora. Sua vida como atleta serve de base para toda a história do esporte olímpico feminino brasileiro. Das 76 medalhas olímpicas do Brasil, as mulheres têm 10 e foi Maria Lenk quem abriu este caminho para o esporte brasileiro ao ser a primeira brasileira a ir a uma Olimpíada, a de Los Angeles em 1932.

Ela entrou para o Hall da Fama da Federação Internacional de Natação (Fina) em 1988. No mesmo ano foi homenageada com o Top Ten da Fina, por ser uma das dez melhores atletas Masters (masculino e feminino) de natação no mundo.

Em 2004, Maria Lenk recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva na cerimônia de entrega do Prêmio Brasil Olímpico, destinado aos melhores atletas do ano.

No dia 12/02/2007 ela foi homenageada pelo prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, que deu seu nome para o Parque Aquático que estava sendo construído no autódromo do Rio de Janeiro para receber as provas de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais nos Jogos Pan-Americanos.

"Ao chegar lá, descobri que não havia piscina pública. Mas não desanimei e acabei convencendo um clube local a reformar sua piscina e motivar as crianças da cidade a aprenderem a nadar!"

Indicação: Miguel Sampaio