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Eliezer Gomes

ELIEZER GOMES
(58 anos)
Ator

☼ Conceição de Macabu, RJ (02/04/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/02/1979)

Eliezer Gomes foi um dos grandes atores negros do cinema brasileiro, nascido em Conceição de Macabu, RJ, no dia 02/04/1920.

Eliezer Gomes teve uma infância pobre, órfão aos 16 anos de idade, trabalhou como comerciário e estivador. Depois foi funcionário público estadual. Ele era protestante e cantor da Igreja Presbiteriana de Madureira. Até então jamais havia aparecido no cinema, foi escolhido num concurso nacional. 

Uma de suas mais célebres atuações foi no papel de Tião Medonho, no filme "O Assalto ao Trem Pagador" (1962), um dos filmes de maior bilheteria da história do cinema nacional. Na estréia, foi assistido por mais de um milhão de pessoas, apenas na cidade do Rio de Janeiro.

Um ano depois, em 1963, participou das filmagens do célebre "Ganga Zumba - Rei dos Palmares" (1964), filme dirigido por Cacá Diegues e com a participação de Cartola e de Dona Zica da Mangueira.

Foi de Conceição de Macabu a Cannes quase por um acaso: Um desconhecido lhe aconselhou a se candidatar ao papel do memorável Tião Medonho. Sua interpretação de Tião Medonho em "O Assalto ao Trem Pagador" rendeu os prêmios de Melhor Ator no Festival de Cinema da Bahia e no V Festival de Cinema de Curitiba, e de Melhor Revelação no Troféu Cinelândia.

Em 1975, Eliezer Gomes levou o Kikito de melhor ator por "O Anjo da Noite".

Eliezer Gomes faleceu aos 58 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Assalto ao Trem Pagador
Carreira

Cinema
  • 1962 - O Assalto ao Trem Pagador
  • 1964 - Ganga Zumba
  • 1964 - O Beijo
  • 1965 - Choque de Sentimentos
  • 1965 - Crônica da Cidade Amada
  • 1965 - Os Vencidos
  • 1966 - Gern Hab’ Ich Die Frauen Gekillt (Não creditado)
  • 1966 - Samba
  • 1967 - Operação Paraíso
  • 1967 - Palmeiras Negras
  • 1967 - Perpétuo Contra o Esquadrão da Morte
  • 1967 - Tarzan e O Grande Rio (Não creditado)
  • 1968 - Chegou a Hora, Camarada!
  • 1968 - Na Mira do Assassinato
  • 1969 - Carnaval de Assassinos
  • 1969 - Sete Homens Vivos ou Mortos
  • 1970 - Faustão
  • 1971 - O Homem das Estrelas
  • 1973 - Joanna Francesa ... Gismundo
  • 1974 - O Anjo da Noite

Prêmios
  • 1962 - Melhor Ator do Festival de Cinema da Bahia - "O Assalto ao Trem Pagador"
  • 1962 - Revelação no V Festival de Cinema de Curitiba - "O Assalto ao Trem Pagador"
  • 1962 - Revelação no Troféu Cinelândia - "O Assalto ao Trem Pagador"
  • 1975 - Kikito de Melhor Ator - "O Anjo da Noite"

Fonte: Wikipédia

Telmo de Avelar

TELMO PERLE MÜNCH
(93 anos)
Ator, Dublador, Tradutor e Diretor de Dublagem

☼ Curitiba, PR (02/10/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (09/01/2017)

Telmo Perle Münch, também conhecido como Telmo de Avelar, foi um ator, dublador, tradutor e diretor de dublagem brasileiro nascido em Curitiba, PR, no dia 02/10/1923.

Telmo teve uma infância pobre e de muita necessidade. Em 1938, aos 14 anos, foi levado por seu irmão, que mais tarde se tornaria pintor, ao teatro participar de um pequeno grupo amador. Lá fazia apenas figuração, mas por uma casualidade, um dos atores que ia interpretar na peça não pôde estar no dia e Telmo foi chamado para representar em seu lugar. Fez o teste e foi aprovado. A partir daí todos os dias estudava seu papel até altas horas da noite. Atuou na peça e a partir daí começou sua carreira na dramaturgia.

Dois anos depois sua família mudou-se para Recife, PE, e Telmo a acompanhou. Permaneceu 2 meses em Recife e partiu para João Pessoa, PB, onde ficou 1 ano. De volta a Recife permaneceu por mais 1 ano.

Por não ter conseguido mais estudar nesse período, pelo fato de seu material de estudo ter ficado em Curitiba, e seus familiares lá presentes nunca os terem mandado para o nordeste, Telmo resolveu se mudar sozinho para São Paulo, por volta do final de 1942, com apenas o ensino fundamental cursado. Em São Paulo conseguiu um emprego no comércio, o qual o manteve.

Por apreciar que tinha propensão para a arte, Telmo começou a pensar como poderia expressar isso. Foi aí que veio a ideia de ingressar no rádio. Um dia ele viu o anuncio de uma empresa de publicidade chamada Standard, no jornal, procurando artistas para gravarem para o rádio, histórias de aventuras de "Tarzan" e de "O Vingador". Se interessou e foi buscar o papel. Conseguiu e trabalhou por apenas 20 dias, pois suas escalações eram sempre como vilão, e ele tinha dificuldade com esses papeis já que sua inflexão artística caia para interpretações de galãs e personagens do gênero. Após esses dias, foi procurar um novo emprego e conseguiu uma proposta para trabalhar na Rádio América, na qual aceitou de prontidão.

Essa época foi uma das mais difíceis na vida de Telmo. O dinheiro que ganhava do rádio não era suficiente para pagar o aluguel e ainda se alimentar, então tinham dias que comia apenas pão.

Por não aguentar a situação, Telmo percebeu que não era ali que estavam as suas oportunidades, e então partiu para o Rio de Janeiro. Lá começou a fazer pequenos trabalhos para a Rádio Clube do Brasil, Rádio Cruzeiro do Sul e Rádio Mauá.

Quando a necessidade mais uma vez apertou, Telmo começou a vender algumas de suas peças de teatro para a Rádio Globo. Após isso, recebeu um convite de Olavo de Barros para ingressar no elenco de rádio-teatro da Rádio Jornal do Brasil. Após uma série de casualidades Olavo de Barros se retirou da rádio e levou Telmo consigo para a Rádio Tamoio, com um ordenado 4 vezes maior do que recebia na Rádio América em São Paulo.


Permaneceu na rádio até 1948, quando se transferiu para a Rádio Guanabara. Um tempo depois recebeu um convite da Rádio Tamoio no qual aceitou e ingressou novamente na emissora, fazendo lá longa carreira.

Entre os trabalhos que realizou na Rádio Tamoio está "São Jorge Glorioso", de Anselmo Domingos ao lado de Sônia Barreto, Olavo de Barros, Naney Wanderley, Carlos Medina e Julio Lousada em 1960.

O personagem Drº Napoleão Laureano no programa "Pausa Para Meditação", de Luiz Quirino, que Telmo interpretou ao lado de Heloísa Mafalda, e "Encontro Com a Morte", também de Luiz Quirino, também ao lado de Heloísa Mafalda, ambas as novelas fazendo parte da série de novelas da vida real que a emissora lançava em 1951. No mesmo ano participou de outras duas rádio-novelas, uma delas religiosa chamada "Uma Luz Dentro da Noite", de José Fernandes, ao lado de Hilda Barros, Zezé Macedo, Paulo Célio e Márcia Gonçalves, e a outra intitulada "Noite Sem Fim", de Janete Clair, ao lado de Ribeiro Fontes, Aliomar de Matos e Zélia Guimarães, rádio-novela essa que pouco tempo depois transferiu-se para a Rádio Clube do Brasil com o mesmo elenco.

Ainda em 1951, trabalhou novamente ao lado de Olavo de Barros, na qual Olavo dirigia a peça adaptada por Telmo, chamada "O Homem de Ouro", apresentada na TV Tupi e com o elenco de Fernanda Montenegro, Ednaldo Lopes, Sonia Ketter, Magalhães Graça e Afonso Soares. Ingressou na Rádio Clube do Brasil e participou da novela de Janete Clair, "Drº Ninguém", ao lado de Wolner Camargo, Mildred dos Santos, Marilene Alves e Antonio Nobre. Ainda em 1951 é entrevistado pela Revista do Rádio na edição 073 de março.

Em 1954 foi contratado como diretor de rádio-teatro na Rádio Mundial.

Em 1955, foi contrato pelas Organizações Victor Costa, dona da Rádio Excelsior e TV Paulista, por um ano e meio.

Por estar em São Paulo, chegou a fazer alguns trabalhos no teatro, como na peça "Zero a Esquerda", de Mário Lago e José Wanderley, ao lado de Oscarito, Maria Muniz, Déa Selva, e grande elenco, em 1958, no Teatro São Paulo, entre outros trabalhos.

Telmo retornou ao Rio de Janeiro no final dos anos 1960 e por volta dessa época também começou a escrever peças para a TV Continental, como "Aimé", e também a participar de muitas, como no programa "Teatro de Ontem" na peça "Dindinha", de Matheus da Fontoura, ao lado de Beyla Genauer, Wanda Marchetti, Mário Alinari, Manoel Martins e Nilton Valério"O Corcunda de Notre Dame" de Victor Hugo e adaptado por Luiz Oswaldo, ao lado de Nestor Montenar, Teresa Amayo, Jardel Mello, Francisco Milani, Ayrton Cardoso, e grande elenco; "Grito de Terror" de Andrew L. Stone, adaptado por Antônio Seabra, ao lado de Roberto Maya, José Miziara, Ariel Miziara, Ayrton CardosoFrancisco Milani e grande elenco, ambas em 1960; "Dama da Madrugada" ao lado de Ariel Miziara e Wanda Marechetti, e "Uma Casa de Loucos", adaptação do conto de Edgar Allan Poe, com Jardel Mello e Wanda Marchetti no elenco, ambas em 1961, entre muitas outras.

Telmo também se especializou em canto. Em certas ocasiões participava de programas de canto, como em 1966 que participou do programa "Recital de Poesia e Música" da Rádio Ministério da Educação e Cultura, cantando sonetos de Camões, selecionados por Valmir Aiala. Ainda por volta de 1966, deu aula de teatro na Escola de Cinema da Associação Brasileira de Arte (ABAC) situada na Rua Timóteo da Casta, 276 no Leblon.

Telmo de Avelar e a rádio-atriz Maria Muniz

No cinema participou do filme "...Und der Amazonas Schweigt" em 1963.

Além de escrever peças e novelas para a televisão, Telmo também participou de novelas como "Irmãos Coragem" (1970), "Nina" (1977), "Pai Herói" (1979) e "República" (1989). Além das novelas, fez várias participações em séries da TV Globo, como "Carga Pesada" (1979).

No Teatro que é sua origem, participou de diversas peças como "O Telefone" (1960) readaptado e interpretado por Telmo e Tereza Amayo; "A Sopa e a Moça" (1970) ao lado de Yoná Magalhães, Carlos Alberto e Ida Gomes; "Tela de Aranha" (1970), de Agatha Christie; "O Julgamento de Otelo" (1983), com texto de Lyad de Almeida e Carlos Couto, ao lado de Rodolfo Mayer, Cristina Nunes, Lícia Magna, Isaac Bardavid e grande elenco em 1983, entre outros.

Em 2002, as canções traduzidas por Telmo para o longa "A Bela e a Fera", foram utilizadas no musical da Broadway de mesmo nome estreado no Brasil. O musical teve adaptação de Cláudio Botelho.

Na dublagem entrou em final dos anos 1960, passando principalmente pela Herbert Richers aonde foi diretor e tradutor. Por volta de 1966 teve uma breve passagem por São Paulo, aonde dublou na AIC, participando de séries como "Perdidos no Espaço" e "O Túnel do Tempo". Retornou ao Rio de Janeiro por volta de de 1967/1968. Além dos trabalhos na Herbert Richers, trabalhou por algum tempo também na Dublasom Guanabara.

Sua facilidade e prática para criar, adaptar e traduzir textos para peças de teatro e rádio-novelas, fez de Telmo um especialista no tema, o que o ajudou muito quando ingressou na Herbert Richers e posteriormente como responsável Disney no Brasil com o trabalho de tradução e adaptação de textos para a dublagem. Foram 50 anos dedicados a tradução e adaptação para a dublagem para televisão e cinema.

Em 1964 foi convidado para dirigir e traduzir o longa "A Espada Era a Lei", no qual a partir daí ficou responsável pela direção e tradução dos longas-metragens Disney. O longa foi dublado na Riosom, que ficou responsável por dublar os clássicos da Disney no Brasil, empresa essa também que disponibilizava os estúdios para a gravação de discos da empresa Elenco de Aloysio de Oliveira, cantor e compositor ligado a Disney.

Em 1965 foi redublado "A Branca de Neve e Os Sete Anões" e relançado nos cinemas de todo o país. O mesmo aconteceu em 1966 com "Pinóquio". Telmo foi o responsável por essas redublagens, também participando na empresa da redublagem de "Bambi". "Mogli, o Menino Lobo" também ficou a cargo do mesmo estúdio de dublagem. Com o fechamento da empresa no início dos anos 1970, Telmo foi dirigir "Aristogatas" na Somil, empresa de Abelardo Barbosa e seu irmão Jarbas Barbosa, que se dedicava apenas ao cinema nacional.

Em 1972 deu início a Tecnisom de Carlos De La Riva, antigo dono da Ziv, empresa de dublagem pioneira no Rio de Janeiro. Os estúdios funcionam no Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro, e a partir daí a empresa ficou sendo selecionada para as dublagens Disney, como a redublagem de "Dumbo", "Robin Hood", "Puff - O Ursinho Guloso" (e seus curtas), e "Bernardo e Bianca".

Com o fechamento da Tecnisom no final dos anos 1970, a Disney escolheu a Herbert Richers novamente para dublar seus longas, entre eles "O Cão e a Raposa", "O Natal do Mickey Mouse", "O Caldeirão Mágico" e "As Peripécias do Ratinho Detetive", sempre com Telmo de Avelar no comando.

Com a fundação da Delart, nova empresa de Carlos De La Riva que deu continuidade ao trabalho da Tecnisom, a Disney voltou a trabalhar com seu proprietário, começando por "Oliver e Sua Turma". Nesse período Telmo de Avelar dirigiu os mais famosos filmes da Disney, como "A Pequena Sereia", "A Bela e a Fera", "Aladdin", "O Rei Leão" e "Pocahontas".

Magalhães Graça, Ida Gomes, Selma Lopes, Antonieta Matos e Telmo de Avelar
Em 1995 entrou em seu lugar Garcia Junior, que comandou a Disney até 2011. Telmo de Avelar esporadicamente dirigia e traduzia alguma coisa para a empresa, principalmente continuações de filmes que havia dirigido anteriormente.

Entre seus trabalhos como dublador estão os personagens em desenhos, como Pateta nos anos entre 1970 e 1980, e nas duas dublagens do longa-metragem "O Conto de Natal do Mickey", o Xerife Sam Brown no longa-metragem "Nem Que a Vaca Tussa", Maggot no longa-metragem "A Noiva Cadáver", o primeiro narrador em "Os Super Amigos", Statler no longa-metragem "Muppets na Ilha do Tesouro", Cozinheiro Louis no longa-metragem "A Pequena Sereia", Toupeira no longa-metragem "Bernardo e Bianca", Pancinha em "Ursinhos Gummy", Ludovico Von Pato em curtas-metragens da "Turma do Mickey" dublados entre os anos 1960 e 1970, e na série animada "TV Quack Pack", Charlie Chan em "Charlie Chan", Trombada em "Ursuat", entre outros.

Em filmes foi a voz do ator James Stewart na segunda dublagem de "Janela Indiscreta", "O Homem Que Matou o Facínora" e "O Último Pistoleiro", alem dos atores Bert Remsen interpretado por Red Malone em "O Dia da Liberdade", Jamesir Bensonmum interpretado por Alec Guinness em "Assassinato Por Morte", Gray Suchett interpretado por Tom Bower em "Terra Fria", Landon interpretado por Robert Gunner em "O Planeta dos Macacos", O Papa interpretado por John Gielgud em "Elizabeth", Ilyich Kamenev interpretado por Laurence Olivier em "As Sandálias do Pescador", Srº Olivaras interpretado por John Hurt em "Harry Potter e a Pedra Filosofal", Padre Kovak interpretado por Rod Steiger em "Fim dos Dias", Major Henry interpretado por Bruce Cabot em "Os Comancheros", Irv interpretado por Peter Falk em "O Vidente", entre outros.

Como diretor de dublagem Telmo de Avelar começou inicialmente na Herbert Richers, depois partindo para a Tecnisom, e posteriormente para a Delart aonde mais fez trabalhos do gênero.

Entre os filmes que dirigiu estão "Charlie Brown e Snoopy" (1969), "A Fantástica Fabrica de Chocolate" (1ª Dublagem), "Hope Springs - Um Lugar Para Sonhar", "A Vida Marinha Com Steve Zissou", "Fim dos Dias", "Mudança de Hábito II - Mais Loucas no Convento", "Uma Carta de Amor", "Confissões de Uma Adolescente Em Crise", "Bater ou Correr", "Sexta-Feira Muito Louca", "O Treinador", "A Boneca Que Virou Gente", "O Livro da Selva", "Drº Mumford - Culpa Ou Inocência?", "Ben-Hur", "El Cid" (2ª Dublagem), "Os Dez Mandamentos", entre outros.

Em séries que dirigiu estão "Família Dinossauros", "Um Anjo Muito Louco", "Mudança de Comportamento", "Zack & Cody: Gêmeos Em Ação", entre outros.

Em desenhos animados dirigidos, a maioria são dos estúdios Disney, como "101 Dálmatas", "A Espada Era a Lei", "Branca de Neve e os Sete Anões" (2ª Dublagem), "Pinóquio" (2ª Dublagem), "Dumbo" (2ª Dublagem), "Bambi" (2ª Dublagem), "Mogli - O Menino Lobo" (1ª e 2ª Dublagem), "Aristogatas", "Robin Hood", "Bernardo e Bianca", "O Cão e a Raposa", "O Natal do Mickey Mouse", "O Caldeirão Mágico", "As Peripécias do Ratinho Detetive", "Oliver e Sua Turma", "A Pequena Sereia", "DuckTales", "DuckTales, O Filme: O Tesouro da Lâmpada Perdida", "Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus", "A Bela e a Fera", "Aladdin", "Rei Leão", "O Retorno de Jafar", "Aladdin e Os 40 Ladrões", "Pocahontas", "O Rei Leão II - O Reino de Simba", "Cinderela II: Os Sonhos Tornam-Se Realidade", "Rei Leão III - Hakuna Matata", "O Cão e a Raposa II", "Cinderela III - Uma Volta no Tempo", "Sonic X", entre muitos outros.

Como tradutor Telmo de Avelar também realizou ótimos trabalhos, como em todos os longas da Disney citados acima, pois sempre traduzia os filmes que lhe eram encarregado de dirigir.

Em filmes traduziu "Charlie Brown e Snoopy" (1969), "Fantástica Fabrica de Chocolate" (1ª Dublagem), "Fim dos Dias", "Mudança de Comportamento", "Bater ou Correr", "O Treinador", entre outros.

Morte

Telmo de Avelar faleceu na madrugada de segunda-feira, 09/01/2017, aos 93 anos. A informação da morte foi confirmada por Cida Cabral, representante do Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, onde Telmo de Avelar morava há três anos.

De acordo com Cida, Telmo de Avelar estava internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, desde sexta-feira, 06/01/2017, após ter algumas complicações no seu tratamento contra um câncer.

"Ele já estava com problema pulmonar, muita dor nas pernas, com desidratação. Foi um acúmulo de coisas", relatou a representante do Retiro dos Artistas. Ela informou ainda que Telmo de Avelar deixou uma filha, Isabela, que acompanhou o pai nos últimos dias no hospital.

Fonte: Wikipédia, Casa da Dublagem e Ego
Indicação: Miguel Sampaio

Orival Pessini

ORIVAL PESSIANI
(72 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Compositor

☼ Marília, SP (06/08/1944)
┼ São Paulo, SP (14/10/2016)

Orival Pessini foi um ator, compositor, cantor e humorista brasileiro nascido em Marília, SP, no dia 06/08/1944. Era conhecido por seus personagens Sócrates, Charles, Fofão, Patropi, Juvenal, Ranulpho Pereira, Hitler, Clô (baseado em Clodovil), Frank (em homenagem ao cantor Frank Sinatra), dentre outros em programas e comerciais para a Televisão, e também por utilizar máscaras de látex (feitas por ele próprio) na composição de seus personagens.

Orival Pessini iniciou sua carreira no teatro amador e posteriormente começou a aparecer em comerciais famosos como dos produtos "Jarrão da Ki-Suco", "Campanha da AACD" e "Tigre da Kellogg’s".

Sua estréia na televisão foi no infantil  "Quem Conta Um Conto" na TV Tupi em 1963. Durante este período, Orival Pessini começou a desenvolver uma técnica própria, criando máscaras de látex com movimento.

Na década de 70 interpretou os macacos Sócrates e Charles, do programa humorístico "Planeta dos Homens" na TV Globo.


Em 1988 estreou o personagem Patropi, no programa "Praça Brasil" na TV Bandeirantes, sendo convidado pra atuar em outros programas como "Escolinha do Professor Raimundo" na TV Globo e "A Praça é Nossa" no SBT.

Foi no programa "Balão Mágico" da TV Globo, em 1983, que Orival Pessini criou os bonecos Fofão e Fofinho, sendo que o primeiro, cuja jardineira foi confeccionada por Ney Galvão, era interpretado por ele mesmo. Fofão fez tanto sucesso que, com o fim do programa na TV Globo, ganhou seu programa diário chamado "TV Fofão" na TV Bandeirantes, no qual apresentava quadros humorísticos e desenhos animados. Também estrelou um filme para o cinema, teve vários produtos licenciados com seu nome e lançou 10 álbuns de estúdio.

Em 2014, Orival Pessini atuou sem máscara na série da TV Globo "Amores Roubados" como o Padre José, contracenando com Patrícia Pillar. Neste mesmo ano seu personagem Fofão desfilou no carnaval sendo homenageado pela Escola de Samba Rosas de Ouro que trouxe o tema "Inesquecível" relembrado figuras que marcaram a vida de muita gente. A produtora Farofa Studios está produzindo uma série animada com a personagem.

Morte

Orival Pessini morreu na madrugada de sexta-feira, 14/10/2016, em São Paulo, SP, aos 72 anos. Ele tinha câncer no baço e estava internado no Hospital São Luiz, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Álvaro Gomes, o empresário do ator, afirmou por meio do Facebook que ele faleceu às 4h00.

Sob forte emoção, o corpo de Orival Pessini foi enterrado no fim da tarde de sexta-feira, 14/10/2016, no Cemitério Gethsêmani, na Vila Sônia, em São Paulo. Orival Pessini deixou um filho e três netas.

O filho de Orival Pessini, Pedro Pessini, chorando muito, preferiu não acompanhar o corpo até o local do sepultamento. À distância, ele ficou observando e foi consolado pela mulher e amigos. Marlene, ex-mulher de Orival Pessini, falou sobre a ausência do filho, Pedro, no enterro:

"Ele não quis enterrar o pai. Acho que a ficha dele não caiu, e vai ser muito triste quando cair, porque tenho certeza que ele vai sofrer muito. Ele não quis carregar o caixão e não quis vir até o enterro porque não queria ter essa imagem de enterrar o pai. Vamos rezar por ele. Ele se foi, mas o Fofão não morreu, será eterno!"

Após o enterro, que acabou por volta de 17h35hs, familiares se abraçaram, jogaram flores no túmulo e aplaudiram o ator e humorista. Confortando uns aos outros, os familiares falavam: "Fofão não morre nunca!".

Personagens

  • Fofão - Começou no programa infantil "Balão Mágico", que teve exibição pela TV Globo no início dos anos 80. Depois, esse personagem foi transferido para a TV Bandeirantes em que ganhou um programa próprio: a "TV Fofão". Destaque para o seu bordões: "Bilu-Bidu Alua-Iê pra todo mundo!", "Tavares, Tavares!", "Alô amiguinhos da TV Fofão!".
  • Patropi - Típico hippie, convidado de "Praça Brasil" e "A Praça é Nossa", aluno da "Escolinha do Professor Raimundo", "Escolinha do Barulho" e da "Escolinha do Gugu". Dizia-se um aluno de comunicação na PUC, mas que só dizia frases e palavras para a abertura de canal, assim como todo jogador ou técnico de futebol sempre faz. Havia iniciado o curso universitário e ainda não havia terminado, demorando em vários semestres o término. Alguns de seus bordões são: "Sei lá, entende?!", "Padaqui, padali. Padicá, palilá", "Oh lôco bixo!" e "Sem crise, meu!".
  • Juvenal - Personagem fanho que se dizia muito veloz, mas dava a entender que vacilava e sempre era apanhado nas situações mais constrangedoras e embaraçosas. Era também um grande azarado. Seu bordão mais conhecido era "Ele veio numa ve-lo-ci-dade...".
  • Ranulpho Pereira - Personagem do programa "Uma Escolinha Muito Louca". Aposentado revoltado que reclama de tudo quando se lembra da sua aposentadoria. Destaque para o seu bordão: "Se a gente não reclamar, vai ficar do jeitinho que está!".
  • Sócrates - Sempre falava de coisas filosóficas mas de um modo bem ridículo para, obviamente, serem engraçadas. Destaque para seu bordão: "Não precisa explicar, eu só queria entender!". Fez parte do programa humorístico "Planeta dos Homens", exibido pela TV Globo nos anos 70.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Fadinha Veras

Domingos Montagner

DOMINGOS MONTAGNER
(54 anos)
Ator, Palhaço, Artista Circense, Teatrólogo e Empresário

☼ São Paulo, SP (26/02/1962)
┼ Canindé de São Francisco, SE (15/09/2016)

Domingos Montagner foi um ator, palhaço, artista circense, teatrólogo e empresário brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 26/02/1962.

Domingos Montagner nasceu no bairro paulistano do Tatuapé numa família descendentes de italianos.

Domingos Montagner Iniciou sua carreira em teatros e circos, através do curso de interpretação de Myriam Muniz, e no Circo Escola Picadeiro conheceu as técnicas e o vocabulário que o conduziram para o circo e a arte popular.

Com Fernando Sampaio, formou em 1997 o Grupo La Mínima, que possui 12 espetáculos em repertório. "A Noite dos Palhaços Mudos", de 2008, lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator.

Em 2003, com mais oito artistas, criou o Circo Zanni, do qual é diretor artístico.

Sua estreia na televisão aconteceu com o seriado "Mothern", no canal GNT. Na TV Globo, suas primeiras participações foram no programa "Força Tarefa" (2009) e nas séries "A Cura" (2010) e "Divã" (2011).


Em 2011, atuou em sua primeira novela, "Cordel Encantado", pela qual recebeu os prêmios Contigo e Melhores do Ano do programa "Domingão do Faustão", ambos na categoria Ator Revelação.

Em 2012, protagonizou a minissérie "Brado Retumbante", de Euclydes Marinho, vivendo o presidente Paulo Ventura, pela qual recebeu o prêmio Contigo na categoria de Melhor Ator de Série / Minissérie. Também em 2012, o artista atuou na novela "Salve Jorge", de Glória Perez. Estreou no cinema no mesmo ano, com uma participação especial no longa "Gonzaga - de Pai Pra Filho", de Breno Silveira.

Em 2013, Domingos Montagner foi escalado para a novela das 18h00, "Joia Rara", de Thelma Guedes e Duca Rachid.

Em 2015, interpretou Miguel, o protagonista da novela "Sete Vidas", de Lícia Manzo, e em seguida deu vida ao delegado Espinosa na série "Romance Policial - Espinosa". A adaptação do livro "Uma Janela em Copacabana", de Luiz Alfredo Garcia Roza, foi ao ar no canal GNT,  com direção geral de José Henrique Fonseca. No mesmo ano, Domingos Montagner participou dos longas-metragens "Vidas Partidas" (Marcos Schechtman),  "De Onde Te Vejo" (Luiz Villaça) e "O Outro Lado do Vento" (Walter Lima Jr.), que entram em cartaz em 2016.

Atualmente, Domingos Montagner estava no elenco de "Velho Chico", novela de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho.

Circo

O Circo Zanni, do qual Domingos Montagner era diretor artístico e um dos nove sócios, estreou no verão de 2004, em Boiçucanga, litoral norte de São Paulo, após dez meses de preparação e busca de recursos para adquirir sua própria lona e estrutura.

Hoje a companhia acumula um total de 26 temporadas - em estados como São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Santa Catarina -, tendo superado a marca de 130 mil espectadores. Participou de Festivais de Circo no Brasil e no exterior, ganhou Prêmios de Estímulo e Fomento à Cultura e patrocínios por meio da Lei Federal Rouanet de Incentivo à Cultura.

Recentemente, foi eleito o melhor circo de São Paulo na edição especial "O Melhor de São Paulo" da Revista Época e, este ano de 2016, foi uma das atrações do 1º Festival Internacional de Circo de Buenos Aires, na Argentina.

Domingos Montagner e Fernando Sampaio são os fundadores do Circo Zanni, que busca revitalizar a importância dos circos de pequeno e médio porte na vida cultural das cidades.

Teatro

Domingos Montagner e Fernando Sampaio conheceram-se em 1989, no Circo Escola Picadeiro em São Paulo, onde iniciaram a dupla de palhaços. Ali criaram e levaram às ruas, reprises, entradas e outros números circenses, desenvolvidos sob a orientação do mestre Roger Avanzi, o Palhaço Picolino.

Em 1997, criaram o Grupo LaMínima, que estreou com o espetáculo "LaMínima Cia. de Ballet", baseada no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas. Desde então, a arte do circo e do palhaço, conduziram o trabalho da dupla, em espetáculos de rua e sala, que percorreram, nestes 15 anos dezenas de festivais e temporadas nacionais e internacionais.

Dentre os principais prêmios recebidos pelo LaMínima estão dois APCA: Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, por "Piratas do Tietê - O Filme" e Melhor Espetáculo com Técnicas Circenses, por "À La Carte"; Prêmio Coca-Cola FEMSA na Categoria de Melhor Espetáculo Jovem de 2003 por "Piratas do Tietê - O Filme".

A Noite dos Palhaços Mudos recebeu em 2008 os prêmios Shell de Teatro SP - Melhor Ator para Domingos Montagner e Fernando Sampaio, Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Espetáculo de Sala Convencional e Melhor Elenco.

Morte

Domingos Montagner desapareceu na quinta-feira, 15/09/2016, depois de mergulhar no Rio São Francisco, na região de Canindé de São Francisco, divisa com Alagoas e Sergipe. Ele estava de folga junto com uma colega, mergulhou e foi levado pela correnteza. A colega em questão era a atriz Camila Pitanga e ela entrou na água junto com Domingos Montagner.

De acordo com a colunista Patricia Kogut, do jornal "O Globo"Camila Pitanga também mergulhou, mas conseguiu segurar em uma pedra para não ser arrastada pela correnteza.

"A Camila está transtornada. Ela contou que os dois estavam de folga e foram dar um mergulho para se despedir do rio. A correnteza começou a puxá-lo. Domingos lutou, mas acabou afundando e não emergiu mais. Camila foi mais ágil, nadou e se agarrou a uma pedra. Todas as forças do estado de Sergipe trabalharam nas buscas."

As buscas para encontrar Domingos Montagner contaram com 2 helicópteros, 2 lanchas e vários pescadores locais.

O corpo de Domingos Montagner foi encontrado na na quinta-feira, 15/09/2016, no Rio São Francisco, informaram as autoridades de Canindé de São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas. Ele deixa a mulher, Luciana Lima, e três filhos.

Segundo relatos iniciais, o ator gravou cenas da novela pela manhã e, no início da tarde, estava em momento de lazer. Depois do almoço, mergulhou no Rio São Francisco ao lado da atriz Camila Pitanga. Eles teriam nadado até um conjunto de rochas, o que exigiu fisicamente dos atores. Camila Pitanga conseguiu chegar às rochas, mas o ator, não.

Em "Velho Chico", seu personagem, Santo, chegou a desaparecer nas águas do Rio São Francisco, após levar três tiros em um atentado. A população da cidade se mobilizou, então, para encontrá-lo, com receio que ele tivesse se afogado. Mas Santo foi salvo por um pajé de uma tribo indígena.

Trabalhos

Televisão
  • 2008 - Mothern ... João
  • 2010 - Força Tarefa  ... Cabo Moacyr
  • 2010 - A Cura ... Pai de Ezequiel
  • 2011 - Divã ... Carlos Alencar
  • 2011 - Cordel Encantado  ... Capitão Herculano Araújo
  • 2012 - O Brado Retumbante ... Paulo Ventura
  • 2012 - Salve Jorge ... Zyah
  • 2012 - Gonzaga - De Pai pra Filho ... Coronel Raimundo
  • 2013 - Jóia Rara ... Raimundo Fonseca (Mundo)
  • 2015 - Sete Vidas ... João Miguel Oliveira Sanches
  • 2015 - Romance Policial - Espinosa ... Espinosa
  • 2016 - Velho Chico ... Santo dos Anjos

Cinema
  • 2009 - Paredes Nuas
  • 2012 - A Noite dos Palhaços Mudos ... Palhaço
  • 2014 - A Grande Vitória ... César Trombini
  • 2014 - Tarja Branca - A Revolução Que Faltava
  • 2015 - Através da Sombra ... Afonso
  • 2016 - De Onde Eu Te Vejo ... Fábio
  • 2016 - Um Namorado Para Minha Mulher ... Corvo
  • 2016 - Vidas Partidas ... Raul
  • 2016 - O Rei das Manhãs ... Palhaço

Teatro
  • 2001 - À La Carte
  • 2003 - Piratas do Tietê, O Filme
  • 2006 - Feia - Uma Comédia Circense
  • 2007 - Reprise
  • 2008 - A Noite dos Palhaços Mudos
  • 2012 - Mistero Buffo
  • 2016 - Mistero Buffo

Prêmios e Indicações

  • 2011 - Prêmio Extra de Televisão - "Cordel Encantado" (Revelação Masculina - Indicado)
  • 2011 - Melhores do Ano  - Melhor Ator Revelação - "Cordel Encantando" (Venceu)
  • 2011 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator Coadjuvante - "Cordel Encantado" (Indicado)
  • 2012 - Prêmio Contigo! de TV - Revelação da TV (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Contigo! de TV - Melhor Ator de Série ou Minissérie - "O Brado Retumbante" (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator - "Salve Jorge" (Indicado )
  • 2015 - Troféu APCA - Melhor Ator - "Sete Vidas" (Indicado)

Duda Ribeiro

DUDA RIBEIRO
(54 anos)
Ator, Diretor e Roteirista

☼ Rio de Janeiro, RJ (05/06/1962)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/09/2016)

Duda Ribeiro foi um ator, diretor e roteirista brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro, em 05/06/1962, foi criado em São Pedro da Aldeia, RJ. Somente em 1971, voltou ao Rio de Janeiro, onde passou a adolescência.

Em 1986, concluiu o curso de engenharia mecânica, na Faculdades Souza Marques e só no final do curso teve contato com o teatro. Foi convidado pelo diretor Carlos Wilson, para a montagem do espetáculo "Nossa Cidade", mesmo nunca tendo atuado. Conheceu Carlos Wilson em uma reunião no Tablado, na qual, foi com Marcello Novaes.

A formação em engenharia ajudou Duda Ribeiro de certa forma, já que aprendeu a ser uma pessoa mais metódica e organizada, valores muito importantes no teatro.

Atuou em mais de 30 espetáculos teatrais, sendo que alguns fizeram muito sucesso no cenário nacional, com destaque para o musical "Rocky Horror Show", direção de Jorge Fernando, "Ciúme", direção de Marília Pêra, "Romeu e Julieta", direção de Pedro Vasconcelos, dentre tantos outros.

Na televisão, Duda Ribeiro fez oito novelas, três minisséries e várias participações. Com a autora Glória Perez, atuou em "Barriga de Aluguel" (1990), "De Corpo e Alma" (1992), "Pecado Capital" (1988) e na minissérie "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes" (2007). Com o autor Carlos Lombardi, nas novelas "Vira lata" (1996) e "Kubanacan" (2003). Do autor Agnaldo Silva fez "Pedra Sobre Pedra" (1992).


No cinema, fez parte do elenco dos filmes "Assalto ao Banco Central" (2011) e "Heleno" (2012).

Duda Ribeiro foi professor do segundo período na Faculdade Estácio de Sá, no curso Autor/Roteirista Para Televisão. Deu aulas de Adaptação Literária Para Roteiro de Televisão.

Produziu, atuou e dirigiu esquetes e espetáculos de humor para a Tim, jornal O Globo, Petrobrás, Gerdau, entre outros.

Em julho de 2009, Duda Ribeiro lançou seu primeiro livro: "Falando Sob Elas", pela editora Nova Fronteira Cultural. O livro é uma junção de oito textos teatrais, todos com os personagens principais sendo mulheres.

Em 2012, estava no teatro no espetáculo "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Jorge Amado, com direção de Pedro Vasconcelos.

Duda Ribeiro dizia que para ele nada nessa vida é por acaso. Tudo acontece com um propósito, e com sua carreira não foi diferente. Ainda completou "Digo que não escolhi, fui escolhido".

Duda Ribeiro interpretou o personagem Adam em "Salve Jorge" (2012) e participou do "Vai Que Cola" em 2013. Ele estava escalado para a próxima novela de Gloria Perez, "À Flor da Pele", que estreia em 2017 na Rede Globo.

Em 2010, Duda Ribeiro passou por seis cirurgias para tratar um câncer no fígado e precisou realizar um transplante.

Morte

Duda Ribeiro morreu na quarta-feira, 14/09/2016, aos 54 anos. Ele lutava contra um câncer e estava internado no Hospital Adventista Silvestre no Rio de Janeiro.

Em nota oficial, a direção do hospital informou que Duda Ribeiro estava "em processo de quimioterapia para tratamento de um tumor neuroendócrino, que evoluiu para uma pneumonia grave e resultou em choque séptico. O ator faleceu nesta quarta-feira, às 05h10".

Em seu última publicação no Facebook, no dia 07/09/2016, Duda Ribeiro escreveu:

"A vida nas mãos do Criador. Não se iluda, ela não será controlada por você. Por isso tente, uma vez só, deixar que ela flua como Ele quer."

Vários amigos lamentaram a morte do ator nas redes sociais.

"Amigo querido. Aprendi com ele em cada momento de sua luta. Aceitando com alegria seu destino e nos alegrando a todos sempre. Mais uma estrela nos ilumina agora em paz!"
(Letícia Spiller no Instagram)

A autora Gloria Perez contou que o ator já foi namorado de sua filha Daniella Perez.

"Duda chegou em nossa família na adolescência, como o primeiro namorado sério da Dany. E ficou para sempre, como um amigo querido e presente. Hoje ele foi embora, depois de lutar tanto e tão bravamente pela vida. Muita saudade, Duda!"

"Meu amigo amado, é com essa imagem que me despeço de você, em 'Assalto ao Banco Central'. Foi você que me ensinou a fazer comédia, foi com a sua direção que ganhei premio de atriz revelação no teatro, foi com você que fiz um dos melhores e mais divertidos trabalhos da minha vida. Te amo muito, parabéns pela sua passagem nesse plano, dois filhos lindos, um grande homem, grande amigo e um grande ator. Vai com Deus!"
(Antonia Fontenelle)

Duda Ribeiro deixa dois filhos, Júlia, 16 anos, e Felipe, de 14, frutos do seu relacionamento com a dentista Patricia Iorio.

Trabalhos

Televisão

  • 2013 - Vai Que Cola
  • 2012 - Salve Jorge ... Adam
  • 2011 - Tapas & Beijos ... Ricardo
  • 2009 - Caminho das Índias ... Miguel
  • 2009 - Paraíso ... Mané Corrupio
  • 2008 - Beleza Pura ... Lino
  • 2008 - Casos e Acasos ... Denilson
  • 2008 - Toma Lá, Dá Cá ... Detetive Paranhos
  • 2008 - Faça Sua História ... Passageiro
  • 2007 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Jeca Tatu
  • 2007 - Amazônia, de Galvez a Chico Mendes ... Doutor
  • 2006 - Avassaladoras ... Tônio
  • 2005 - A Lua Me Disse ... Policial
  • 2000 - Aquerela do Brasil ... Policial Ferreira
  • 1999 - Você Decide (Episódio: Uma Mina de Ouro)
  • 1998 - Labirinto ... Valmir
  • 1998 - Pecado Capital ... Tatu
  • 1991 - Barriga de Aluguel ... Ricky

Teatro

  • Doida Varrida (Autor)
  • O Mundo é dos Animais (Autor e Ator)
  • Quem é Que Manda? (Autor e Diretor)
  • Uma Dupla de Dois (Autor e Ator)
  • Doido Varrido (Autor e Ator)
  • Ópera dos Horrores (Autor)
  • O Enviado (Autor, Ator e Diretor)
  • Romeu e Julieta (Ator)
  • Rádio no Ar (Autor e Diretor)
  • Mulheres de Nelson (Diretor e Adaptação)
  • Dona Flor e Seus Dois Maridos (Ator)
  • Não Olhe Pra Baixo, Você Vai Querer Pular (Diretor)

Silvio Navas

SÍLVIO BENEDITO GUIMARÃES NAVAS
(74 anos)
Ator, Compositor, Dublador e Diretor de Dublagem

☼ Santos, SP (15/03/1942)
┼ Santos, SP (29/07/2016)

Silvio Benedito Guimarães Navas foi um ator, dublador e diretor de dublagem brasileiro nascido em Santos, SP, no dia 15/03/1942.

Começou a carreira na TV Excelsior. Também fez cinema e estreou no filme "2000 Anos de Confusão" em 1969. Depois fez o filme "Os Maridos Traem... e As Mulheres Subtraem" em 1970, um filme do gênero pornochanchada, trabalhando ao lado de Ney Latorraca que estava estreando pela primeira vez no cinema, e compôs com David Cardoso a música "Aleluia" para este filme. Trabalhou também em "Audácia", em 1970, novamente ao lado de Ney Latorraca, José Mojica Marins, entre outros.

Na dublagem, Silvio Navas entrou em 1960 à convite de Older Cazarré, na GravaSon, futura AIC São Paulo. Na empresa participou de alguns desenhos, como "Os Flintstones", mas sua atuação começou a ser mais forte no final dos anos de 1960 com o fim da TV Excelsior. Nessa época participou de várias séries da empresa, como "Viagem Ao Fundo do Mar", "A Feiticeira", "O Besouro Verde", entre outros.

No início dos anos 1970, foi trabalhar como diretor de dublagem na CineCastro paulistana. Dublou em São Paulo até 1977, quando mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar na Herbert Richers. Também entrou para a Tecnisom, Telecine, Vti e Delart, e nos anos de 1990 entrou para a Cinevídeo.


Ficou 21 anos no Rio de Janeiro, tendo voltado em 1998 para São Paulo, aonde continuou carreira na dublagem até por volta de meados dos anos de 2000, trabalhando principalmente na Álamo e Dublavídeo.

Nos anos 2000, mudou-se para Santos, no litoral paulista. Na mesma época dirigia um curso de dublagem na cidade.

Silvio Navas sempre dublou de tudo, mas sua voz sempre caiu bem para desenhos, como o Esquilo Secreto em "Esquilo Sem Grilo". O violão Darkseid em "Os Super Amigos". Foi a segunda voz do comedor de hambúrgueres Dudu em "Popeye", nas dublagens realizados do mesmo nos anos 1970 e 1980.

Também foi o conhecido violão Mumm-ra em "Thundercats", um de seus personagens mais conhecidos até os dias de hoje. Em "Os Smurfs" fez a voz do Papai Smurf, do Vaidoso e do Fazendeiro. Em "Futurama" substituiu Aldo César que havia falecido. No papel de Bender, foi a voz mais conhecida do Robô. No desenho dos anos de 1990 da "Família Addams" foi o Gómez. Em "Dragon Ball Z" foi a segunda voz do Pai da Chichi, o Rei Cutelo. Também o fez na versão da TV Globo de "Dragon Ball" e no filme "Dragon Ball Z - O Resgate de Gohan".

No cinema Silvio Navas já dublou os mais diversos atores, como Joe Pesci em clássicos como "Esqueceram de Mim", "Esqueceram de Mim 2 - Perdido em Nova York" e "Meu Primo Vinny"; o ator Kirk Douglas em "Ambição Acima da Lei", "Assim Estava Escrito", "Homem Sem Rumo", "Os Indomáveis - Draw" e "Sete Dias de Maio"; Humphrey Bogart em "Casablanca", "Horas de Desespero", "Não Somos Anjos", "O Falcão Maltês" e "Seu Último Refúgio"; Marlon Brando em "O Poderoso Chefão" (Primeira Dublagem), "Bandoleiros", "O Último Tango em Paris", "O Selvagem" e "Um Novato na Máfia"; John Goodman em "Os Flintstones - O Filme", "As Aventuras de Rocky & Bullwinkle", "De Que Planeta Você Veio", "O Maioral" e "O Poder da Corrupção"; Fred Astaire em "Bonita Como Nunca", "Ver, Gostar e Amar" e "Inferno na Torre". Além disso já dublou Omar Shariff, Spancer Tracy, Eli Wallach, Charlie Chaplin, entre outros.


Na trilogia "Star Wars", foi a voz de Darth Vader que originalmente era feita por James Earl Jones, nos filmes "Star Wars - Episódio IV - Uma Nova Esperança", "Star Wars - Episódio V - O Império Contra-Ataca" (Primeira Dublagem) e "Star Wars - Episódio VI - O Retorno de Jedi" (Primeira Dublagem).

Em séries foi a voz de Whizzer interpretado Paul Dooley na primeira dublagem de "Alf - O Eteimoso", Marujo Patterson interpretado por Paul Trinka a partir da 3ª temporada de "Viagem ao Fundo do Mar", Promotor Frank P. Scanlon interpretado por Walter Brooke em "O Besouro Verde", a primeira voz de Charles Ingalls interpretado por Michael Landon em "Os Pioneiros", Maurice Evans interpretando a si mesmo na 4ª temporada de "A Feiticeira", Drº Elias Huer interpretado por Tim O'Connor em "Buck Rogers no Século XXV", Sr. John Walton interpretado por Ralph Waite em "Os Waltons", Andrew Cooper interpretado por Dick Sargent em "Daniel Boone", além de participações em séries como "M.A.S.H.", "Magnum", entre outras.

A última produção que participou foi em 2007 na Dublavídeo, minissérie colombiana, "Zorro: A Espada e a Rosa", dublando o Sargento Garcia interpretado por César Mora.

Em 2014, participou do filme "O Indulto", ao lado dos dubladores Romeu D'Ângelo, Phillipe Maia e Ricardo Schnetzer, interpretando um Juiz.

  
Silvio Navas também era compositor, fazia parte da Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais (SICAM).

Silvio Navas também fez teatro. Participou de muitas peças infantis ao lado do amigo Older Cazarré. Entre elas está "O Gato de Botas", estreada no Teatro Veredas em 21/02/1970, com direção de Older Cazarré, ao lado de Gilberto Baroli, Aliomar de Matos, Maralise Tartarine e Célia Paula.

Silvio Navas foi casado com a atriz e dubladora Lígia Rinelli nos anos de 1970, não durando mais de 2 anos o casamento. Silvio Navas não teve filhos, e morava com um sobrinho em Santos.

Em 2012 sofreu um acidente, quebrou o fêmur e ficou muito tempo internado em um hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) esperando cirurgia. Drama esse que foi acompanhado por seus seguidores nas redes sociais.

Em final de 2014, foi diagnosticado com Mal de Alzheimer, no qual muito provavelmente o fez se afastar das redes sociais e se isolar em seu apartamento em Santos.

Silvio Navas faleceu na noite de sexta-feira, 29/07/2016, aos 74 anos, em Santos, no litoral sul de São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.

Trabalhos

  • Esquilo Secreto em "O Esquilo Sem Grilo"
  • Narrador em "Dinamite, o Bionicão"
  • Scooby-Dão em "Scooby-Doo Show" e que fazia parte de "Os Assombrados em Ho-Ho-Límpicos"
  • Gómez Addams em "Família Addams", desenho anos 1990
  • Darkseid e Vulcão Negro em "Super Amigos"
  • Narrador e todos os personagens em "Família Barbapapa"
  • Dudu (2ª voz) em "Popeye"
  • Spike e personagens secundários em "Tom & Jerry" (1ª dublagem)
  • Mumm-ra em "Thundercats"
  • Cat R. Waul em "Um Conto Americano: Fievel Vai Para o Oeste"
  • Rei Cutelo (2ª voz) e Rei Cold (2ª voz) em "Dragon Ball Z"
  • "Rei Cutelo" em "Dragon Ball" (TV Globo) e "Dragon Ball Z - O Resgate de Gohan"
  • Son Gohan em "Dragon Ball" (TV Globo)
  • Papai Smurf, Vaidoso e Fazendeiro em "Os Smurfs"
  • Bender (2ª voz) em "Futurama"
  • Chefe em "Teamo Supremo"
  • Imperador Geldon em "O Pirata do Espaço"
  • Monstro Estelar em "Silverhawks"
  • Morcegão em "As Peripécias do Ratinho Detetive"
  • Cat R. Waul em "Um Conto Americano: Fievel Vai Para o Oeste"
  • Rato em "O Natal do Mickey Mouse"
  • Coruja em "Bernardo e Bianca"
  • Percival C. McLeach em "Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus"
  • Deslock em "Patrulha Estelar"
  • Cy-Kill em "Gobots"
  • Trailbreaker (1ª voz) em "Transformers"
  • Coletor de Doações em "O Conto de Natal do Mickey"
  • Gripper em "Rambo" (Desenho)
  • Ketchum, o Crocodilo em "A Nossa Turma"
  • Chefe em "Disque M Para Macaco" - "O Laboratório de Dexter"
  • Zazu (1ª voz) em "Timão e Pumba"
  • Multi-Faces e Granamyr em "He-Man"
  • Dijon em "Ducktales: O Tesouro da Lâmpada Perdida"
  • Barney Bear em "Biblioteca de Desenhos Animados"
  • Whizzer (Paul Dooley) em "Alf - O Eteimoso" (1ª dublagem)
  • Marujo Patterson (Paul Trinka) em "Viagem ao Fundo do Mar" (3ª e 4ª temporadas)
  • Promotor Frank P. Scanlon (Walter Brooke) em "O Besouro Verde"
  • Charles Ingalls (Michael Landon) em "Os Pioneiros" (1ª voz)
  • Maurice Evans (Maurice Evans) em "A Feiticeira" (4ª temporada)
  • Tim O'Connor (Drº Elias Huer) em "Buck Rogers no Século XXV"
  • Srº John Walton (Ralph Waite) em "Os Waltons" (3ª voz)
  • Andrew Cooper (Dick Sargent) em "Daniel Boone"
  • Darth Vader (James Earl Jones) em "Star Wars - Episódio IV - Uma Nova Esperança", "Star Wars - Episódio V - O Império Contra-Ataca" (1ª dublagem) e "Star Wars - Episódio VI - O Retorno de Jedi" (1ª dublagem)
  • Ernest Borgnine em "Adeus a Inocência", "Crime e Paixão", "Demétrius e Os Gladiadores", "Fuga de Nova York", "Meu Ódio Será Sua Herança" e "Missão Resgate"
  • Walter Matthau em "A Justiça Fala Mais Alto", "Linhas Cruzadas", "O Espião Trapalhão", "O Homem Que Burlou a Máfia", "Piratas" e "Um Estranho Casal"
  • John Goodman em "Os Flinstones - O Filme", "As Aventuras de Rocky & Bullwinkle", "De Que Planeta Você Veio", "O Maioral" e "O Poder da Corrupção"
  • Kirk Douglas em "Ambição Acima da Lei", "Assim Estava Escrito", "Homem Sem Rumo", "Os Indomáveis - Draw" e "Sete Dias de Maio"
  • Humphrey Bogart em "Casablanca", "Horas de Desespero", "Não Somos Anjos", "O Falcão Maltês" e "Seu Último Refúgio"
  • Anthony Quinn em "A Vigésima Quinta Hora", "As Sandálias do Pescador", "Os Canhões de San Sebastia", e "Zorba - O Grego"
  • Charles Bronson em "Assassinato Nos Estados Unidos", "O Telefone", "O Lobo do Mar", "O Vingador" e "Pancho Villa"
  • Marlon Brando em "O Poderoso Chefão", "O Último Tango em Paris", "O Selvagem" e "Um Novato na Máfia"
  • Jack Lemmon em "Aeroporto 77" (1ª dublagem), "O Inquilino do 25° Andar", e "Síndrome da China"
  • Joe Pesci em "Esqueceram de Mim", "Esqueceram de Mim 2 - Perdido em Nova York" e "Meu Primo Vinny"
  • Charlie Chaplin em "O Grande Ditador", "Luzes da Ribalta", "Monsieur Verdeaux" e "Um Rei em Nova York"
  • Fred Astaire em "Bonita Como Nunca", "Desfile de Páscoa", "Inferno na Torre", e "Ver, Gostar e Amar"
  • Edward G. Robinson em "A Cidade dos Desiludidos",  "No Mundo de 2020", e "Os Dez Mandamentos"
  • Spancer Tracy em "Fruto Proibido", "Marujo Intrépido" e "O Médico e o Monstro"
  • Hoyt Axton (Randall Peltzer) em "Gremlins"
  • Ash (Iam Holm) em "Alien - O Oitavo Passageiro"
  • Agente Cedric (Omar Sharif) em "Top Secret - Superconfidencial"
  • Leon B. Little (Eli Wallach) em "Os Últimos Durões"
  • Detetive Krim (Vicent Gardenia) em "O Céu Pode Esperar"
  • Willy Wonka (Gene Wilder) em "A Fantástica Fábrica de Chocolate" (1ª dublagem)
  • Gerald O'Hara (Thomas Mitchell) em "...E O Vento Levou"
  • Dudu (Paul Dooley) em "Popeye - O Filme"
  • Ben Luckett (Wilford Brimley) em "Cocoon"
  • Edwin Stewart (Robert Duvall) em "Caçada Humana"
  • Sargento Garcia (César Mora) em "Zorro: A Espada e a Rosa"

Lennie Dale

LEONARDO LA PONZINA
(60 anos)
Coreógrafo, Dançarino, Ator e Cantor

☼ Nova York, Estados Unidos (1934)
┼ Nova York, Estados Unidos (09/08/1994)

Leonardo La Ponzina, mais conhecido como Lennie Dale, foi um coreógrafo, dançarino, ator e cantor ítalo-americano radicado no Brasil.

O pai de Lennie Dale, um barbeiro fracassado que imigrara da Sicília e vivia amaldiçoando o dia em que decidira buscar a prosperidade na América, lamentava como mais um castigo da vida ter um filho bailarino.

Nascido no bairro de Brooklyn, em Nova York, iniciou sua carreira profissional no programa infantil "Star Lime Kids", co-estrelado por Connie Francis. Dos 14 aos 21 anos, deu aulas de balé, em tempo integral. Integrou o elenco do espetáculo "West Side Story", encenado na Broadway. Em seguida, mudou-se para Londres, onde foi contratado por um empresário de Shirley Bassey, realizando apresentações pela Europa e participando, ao lado de Gene Kelly, de um programa da televisão italiana.

Foi responsável pela coreografia para 500 bailarinos do filme "Cleópatra", protagonizado por Elizabeth Taylor, de quem se tornou amigo. Na ocasião, ficou conhecendo a grande estrela do filme de forma sui-generis: um dia abriu a porta errada no corredor dos camarins e defrontou-se com uma animada Elizabeth Taylor praticando sexo oral com Richard Burton. Nenhuma surpresa, eles acharam engraçado e acabaram tornando-se amigos.

Em 1960, uma de suas apresentações em Roma teve na platéia o empresário Carlos Machado, que o convidou para coreografar o espetáculo "Elas Atacam Pelo Telefone", encenado na boate Fred’s, no Rio de Janeiro. Logo em seguida, radicou-se no Brasil.


Lennie Dale foi personagem de destaque no cenário da bossa nova, dirigindo, nos anos 1960, vários shows no Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, chegando até a criar uma dança especial para a bossa nova. Inovou a concepção dos espetáculos musicais, ressaltando a necessidade de produção, ensaio e expressão corporal dos artistas nos shows. Impulsionava o talento de seus alunos, em aulas vespertinas no Bottle's Bar, usando a expressão "Cresce, baby!".

Em 1961, o restaurante Night And Day vibrava com o bailarino vestindo uma saia e estalando chicote, uma coreografia revolucionária para a época. Lennie Dale foi o introdutor da noção de ensaio em espetáculos de Música Popular Brasileira. Até então, o artista chegava na hora da apresentação e cantava, sem nenhuma preocupação com a produção ou expressão corporal.

Elis Regina, discípula de Lennie Dale, dizia que a ideia do famoso gesto de "puxar a rede com os braços" quando cantou "Arrastão", de Edu Lobo, e venceu a 1º Festival de MPB da TV Excelsior em 1965 tinha sido de Lennie Dale. Ele garantia que era criação dela.

O bailarino foi o responsável também pela coreografia da Bossa Nova que não era tida como uma música "dançante". Sob sua orientação vários artistas passaram a cuidar desse aspecto da apresentação, como Sérgio Mendes, que começou a usar dançarinas nos seus shows.

Para Nelson Motta, que o conheceu no tempo do Beco das Garrafas, "Lennie era uma pessoa especial, sempre animada, engraçada e carinhosa. Ele acrescentou profissionalismo às apresentações de Bossa Nova. Instituiu um padrão americano de produção e musicais. Além disso, tinha um ritmo e uma musicalidade fantástica!".


Participou, ao lado dos também dançarinos Joe Benett e Martha Botelho, de apresentações do conjunto instrumental Bossa Três, formado pelos músicos Luiz Carlos Vinhas (piano), Tião Neto (baixo) e Edison Machado (bateria), com os quais viajou, em 1962, para os Estados Unidos e se apresentou no "Ed Sullivan Show", um dos programas de maior audiência da televisão norte-americana na época. 

Em 1964, lançou, com o Bossa Três, o LP "Um Show de Bossa...". Nesse mesmo ano, apresentou-se com o Sambalanço Trio na casa noturna Zum Zum, no Rio de Janeiro. O show gerou o disco "Lennie Dale & Sambalanço Trio no Zum Zum". Também em 1964, participou, ao lado de Elis Regina, Agostinho dos Santos, Sílvio César, Pery Ribeiro e o Zimbo Trio, do show "Boa Bossa", espetáculo beneficente para a Associação de Moças da Colônia Sírio-Libanesa, dirigido por Walter Silva.

Gravou, em 1965, o LP "Lennie Dale".

Em 1967, lançou, com o Trio 3D, o LP "A 3ª Dimensão de Lennie Dale"

Atuou, em 1968, no show "Momento 68", promovido pela empresa Rhodia, ao lado de Caetano Veloso, Walmor Chagas, entre outros. O espetáculo teve texto de Millôr Fernandes.


No início dos anos 1970, criou, dirigiu e fez parte do grupo andrógino Dzi Croquettes, juntamente com Wagner Ribeiro, autor dos textos, e os bailarinos Ciro Barcelos, Cláudio Gaya, Reginaldo de Poli, Rogério de Poli, Cláudio Tovar, Paulo Bacelar, Carlinhos Machado, Benedictus Lacerda, Eloy Simões e Bayard Tonelli, que se apresentavam com maquiagem carregada e em trajes femininos. O primeiro show do irreverente grupo foi apresentado em 1972, sob o título de "Gente Computada Igual a Você", comédia de costumes que continha uma crítica à realidade político-social do país, à repressão sexual, à censura e à ditadura. O musical fez muito sucesso em São Paulo e o grupo foi depois levado pelo empresário Patrice Calmettes para a Europa, onde causou sensação na noite parisiense. Fez temporada na casa noturna Lê Palace, apresentou-se em Ibiza e em Londres, e participou do filme "Le Chat Et La Souris", de Claude Lelouch.

A vida dos Dzi Croquettes, no entanto, foi curta e acabou interrompida pela onda conservadora da época.

Lennie Dale chegou a voltar para os Estados Unidos, mas em 1971 retornava novamente ao Brasil, preso em seguida, por porte de maconha na Galeria Alaska. Passou um ano na Penitenciária Hélio Gomes onde, numa noite, sonhou que galopava sobre um cavalo branco, seguido por uma multidão de admiradores. O sonho repetiu-se exatamente um ano depois, na mesma data, e ele foi tomado por uma grande fé umbandista, pois identificou-se com a imagem de São Jorge Guerreiro. Embora calvo na vida real, no sonho via-se com uma longa cabeleira longa.

Lennie Dale possuía uma sapatilha roubada em Paris do russo Rudolf Nureyev e um exemplar da biografia de Madame Satã, seu ídolo máximo, um homossexual famoso por surrar policiais e travestir-se de Carmen Miranda.

Lennie Dale foi responsável pela coreografia da novela "Baila Comigo" (1981) e produziu o musical "1.707.839 - Leonardo Laponzina".

Morte

Leonard Laponzina morreu perto das 2h00 do dia 09/08/1994, aos 60 anos, no setor para pacientes com AIDS do Coler Hospital em Nova York. Lennie Dale estava doente há quase dois anos e desde janeiro vivia internado no hospital. Nos últimos tempos, extremamente magro, dormia numa cama d'água porque seu corpo estava coberto de feridas. Pouco antes de morrer, Lennie Dale ainda lúcido, pediu à mãe para ser cremado.

Discografia

  • 1964 - Um Show de Bossa… Lennie Dale Com os Bossa Três (Elenco, LP)
  • 1965 - Lennie Dale e o Sambalanço Trio-Gravado no Zum Zum (Elenco, LP)
  • 1965 - Berimbau / O Pato Lennie Dale e o Sambalanço Trio (Elenco, Compacto)
  • 1965 - Lennie Dale (Elenco, LP)
  • 1967 - A 3ª Dimensão de Lennie Dale Lennie Dale e Trio 3D (Elenco, LP)
  • 1967 - O Máximo da Bossa Vários Artistas (Elenco, LP)


Filmografia

  • Dzi Croquettes (Filme de Tatiana Issa e Raphael Alvarez)

Indicação: Luiz Mach