Mostrando postagens com marcador Atriz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Atriz. Mostrar todas as postagens

Vic Militello

VICÊNCIA MILITELLO MARTELLI
(73 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (17/02/1943)
┼ São Paulo, SP (28/01/2017)

Vicência Militello Martelli, conhecida como Vic Militello, foi uma atriz brasileira nascida em São Paulo, SP, no dia 17/02/1943. Filha da atriz Dirce Militello e do ator Humberto Militello.

Filha de artistas circenses, aprendeu a atuar no picadeiro, com os pais, Dirce Militello e Humberto Militello, apresentando-se em viagens pelo interior do Brasil. Quando criança participou de várias peças de teatro infantil e shows de canto popular.

Durante a adolescência, se aproximou do teatro, destacando-se em "A Celestina" (1969) e em seguida foi convidada para participar da comédia "Deu a Louca no Cangaço" (1969), filme de Fauzi Mansur e Nelson Teixeira Mendes. Logo enveredou pelas pornochanchadas, sendo dirigida até por José Mojica Marin, o Zé do Caixão, no terror erótico "Como Consolar Viúvas" (1976).

Entre "O Poderoso Machão" (1974) e "Eu Faço… Elas Sentem" (1976), acabou encaixando um clássico do cinema brasileiro, "O Rei da Noite" (1975), de Hector Babenco, como uma das três irmãs apaixonadas pelo personagem-título, vivido por Paulo José.

A repercussão do filme de Hector Babenco lhe abriu as portas da TV Globo, onde foi logo escalada para viver seu papel mais famoso, como Joana D’Arc, a Daquinha, fazendo par romântico com Tony Ferreira na novela de época "Estúpido Cupido" (1976), sobre a juventude rebelde dos anos 1950.


Vic Militello ganhou os principais prêmios de interpretação e seus principais trabalhos no cinema foram em "Beijo 2348/72" (1990), "Bellini e a Esfinge" (2001) e "O Homem do Ano" (2003).

Na televisão participou de telenovelas como "Estúpido Cupido" (1976), "Vereda Tropical" (1984) e "Kubanacan" (2003), todas da TV Globo. Na TV Bandeirantes, participou de "Floribella" (2005). Atuou também em "Olho Por Olho" (1988), "Memorial de Maria Moura" (1994), "Uga Uga" (2000) e "Sítio do Pica-Pau Amarelo".

Vic Militello fez parte do Movimento Humanos Direitos, uma organização não-governamental formada sobretudo por artistas brasileiros. Seu propósito é a defesa de direitos humanos no Brasil, além de ser, em virtude da inversão da expressão "direitos humanos", uma conclamação para que os humanos sejam direitos, ou seja, decentes.

Nos palcos, fez fama com seu "Teatro de Terror" nos anos 1990, uma espécie de "Rock Horror Show" brasileiro.

Seu último trabalho foi na comédia "Amanhã Nunca Mais" (2011), de Tadeu Jungle. Como a sogra do protagonista, vivido por Lázaro Ramos, foi responsável pelas melhores tiradas da produção.

Morte

Vic Militello faleceu no sábado, 28/01/2017, aos 73 anos, devido a complicações de um câncer. Ela lutava contra um câncer desde 2013.

A morte de Vic Militello foi confirmada por sua neta Juliana Martelli Machado, no Facebook.

"Eh com muita tristeza que venho informar o falecimento da minha avó Vic Militello. Obrigada a quem rezou ou orou por ela. Agora ela descansou."
O velório da atriz aconteceu no Teatro de Arena de São Paulo, no sábado, 28/01/2017, às 20h30 e o sepultamento no domingo, 29/01/2017, no Cemitério do Araçá, em São Paulo.

Carreira

Televisão
  • 1967 - Sítio do Pica-Pau Amarelo
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Joana d'Arc
  • 1980 - Um Homem Muito Especial ... Iolanda
  • 1980 - Drácula, Uma História de Amor ... Yolanda
  • 1980 - As Cinco Panelas de Ouro ... Dona Emília Mourão
  • 1984 - Vereda Tropical ... Teda Bara
  • 1988 - O Primo Basílio ... Carvoeira
  • 1988 - Olho Por Olho ... Otávia
  • 1994 - Memorial de Maria Moura ... Agatha
  • 1994 - Você Decide (1 Episódio)
  • 1995 - Tocaia Grande ... Dora Pão-de-Ló
  • 2000 - Uga Uga ... Dominatrix
  • 2003 - Kubanacan ... Vicky
  • 2005 - Floribella ... Helga Beethoven
  • 2005 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Mulher-barbada

Cinema
  • 1969 - Deu a Louca no Cangaço
  • 1974 - Onanias, o Poderoso Machão
  • 1975 - O Rei da Noite ... Maria das Graças
  • 1975 - Eu Faço... Elas Sentem
  • 1976 - Como Consolar Viúvas ... Marieta
  • 1976 - Pesadelo Sexual de Um Virgem
  • 1981 - As Prostitutas do Drº Alberto ... Marta
  • 1987 - Romance da Empregada ... Amiga de Fausta
  • 1990 - Beijo 2348/72 ... Madame
  • 1996 - Correspondência ... Dona Maria
  • 2001 - Bellini e a Esfinge
  • 2002 - Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas ... Bruxa Desdêmona
  • 2003 - O Homem do Ano ... Tia Laura
  • 2005 - Mais Uma Vez Amor ... Vizinha em São Paulo
  • 2010 - A Guerra dos Vizinhos ... Dona Lurdes
  • 2011 - Amanhã Nunca Mais ... Olga

Prêmios:
  • 1996 - Melhor Atriz em Curta-metragem por "Correspondência" (Festival de Brasília)

Lala Schneider

LALA SCHNEIDER
(80 anos)
Atriz, Diretora e Professora

☼ Irati, PR (23/04/1926)
┼ Curitiba, PR (28/02/2007)

Lala Schneider foi uma atriz brasileira nascida em Irati, PR, no dia 23/04/1926. Conhecida como a primeira-dama do teatro no Paraná, já foi considerada uma das cinco melhores atrizes do Brasil, tendo atuado em teatro, televisão e cinema. Trabalhou também como diretora e professora de interpretação.

Lala Schneider iniciou a carreira em 1950 na peça "O Poder do Amor", no Teatro de Adultos do Serviço Social da Indústria (SESI). Na época, trabalhava no setor administrativo do SESI, onde ficou até se aposentar. Ela foi uma das fundadoras do Teatro de Comédia do Paraná.

Ao longo dos seus 57 anos de carreira, Lala Schneider fez inúmeras montagens e ganhou 16 prêmios, entre eles o Troféu Gralha Azul na categoria Melhor Atriz, em 1984-1985 por "Colônia Cecília", e em 1992-1993 por "O Vampiro e a Polaquinha".

Ao todo, foram 99 peças, 9 filmes e 8 novelas em 52 anos de carreira. Na TV Globo, Lala Schneider fez participações em novelas como "Lua Cheia de Amor" (1990) e "Felicidade" (1991), além da minissérie "Tereza Batista" (1992).


No cinema, Lala Schneider trabalhou principalmente com cineastas paranaenses. Ela fez "Guerra dos Pelados", "Aleluia Gretchen" e "Making Of Curitiba", de Sylvio Back, "O Cerco da Lapa", de Berenice Mendes, "Maré Alta", de Egídio Élcio, entre outros. Seu último trabalho local foi o filme "Mistéryus", baseado em contos de Valêncio Xavier.

Em 1994, em homenagem à atriz, o diretor João Luiz Fiani inaugurou seu teatro em Curitiba com o nome de Fundação Teatro Lala Schneider.

Lala Schneider foi homenageada na exposição "Heroínas", exposição no Shopping Crystal, um trabalho de fotografias feitas pelo curitibano Cayo Vieira para um calendário com atrizes paranaenses de destaque.

Lala Schneider representou a personagem Clara, da peça "A Visita da Velha Senhora", de Friedrich Dürrenmatt.

Em 2004, Lala Schneider recebeu do Centro Cultural Teatro Guaíra, a Medalha Comemorativa dos 50 anos do Guairinha (Auditório Salvador de Ferrante), homenagem concedida às personalidades que fizeram parte da história do teatro paranaense.

Morte

Lala Schneider morreu na manhã de quarta-feira, 28/02/2007, aos 80 anos, em Curitiba, PR. Segundo a família, a atriz estava bem de saúde, apenas com problemas na coluna e de ansiedade.

Familiares tentaram acordar Lala Schneider por volta das 10h00 e chegaram a chamar uma ambulância. O corpo passou pelo Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba para que a causa da morte fosse identificada e seguiu para o velório, que aconteceu no hall de exposições do Teatro Guaíra a partir das 17h00.

O sepultamento ocorreu na quinta-feira, 01/03/2007, no Cemitério do Boqueirão, em Curitiba, PR.

Lala Schneider - Canal 3 Londrina, 1967
Trabalhos

Teatro
  • 1950 - O Poder do Amor (Nilo Brandão)
  • 1959 - Entre Quatro Paredes (Sartre, dirigida por Armando Maranhão)
  • 1959 - Antes do Café (Eugéne O’Neill, dirigida por Eddy Franciosi)
  • 1984/1985 - Colônia Cecília (Troféu Gralha Azul para Melhor Atriz)
  • 1992/1993 - O Vampiro e a Polaquinha (Troféu Gralha Azul para Melhor Atriz)
  • Entre muitas outras num total de 99 peças.

Cinema
  • Guerra dos Pelados (Sylvio Back)
  • Aleluia Gretchen ... Minka (Sylvio Back)
  • Making Of Curitiba (Sylvio Back)
  • O Cerco da Lapa (Berenice Mendes)
  • Maré Alta (Egídio Élcio)
  • Vovó Vai Ao Supermercado (Valdemir Milani)
  • Mistéryos (Baseado em contos de Valêncio Xavier)
  • Café do Teatro (Adriano Esturilho)
  • Entre outros, num total de 9 filmes.

Televisão
  • 1966 - O Direito de Nascer (TV Paraná)
  • 1966 - Estranha Melodia (TV Paraná)
  • 1980 - Maria Bueno (TV Paraná)
  • 1990 - Lua Cheia de Amor (TV Globo)
  • 1991 - Felicidade (TV Globo)
  • 1992 - Tereza Batista (TV Globo - Minissérie)
  • 2006 - A Diarista (TV Globo - Episódio: "Aquele da Pressa")
  • Entre outras, num total de 8 telenovelas.

Irene Stefânia

IRENE STEFÂNIA
(72 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (10/03/1944)
┼ São Paulo, SP (05/01/2017)

Irene Stefânia foi uma atriz brasileira nascida em São Paulo, SP, no dia 10/03/1944.

Ela foi uma das mais luminosas estrelas do cinema brasileiro nos anos 1960. Irene Stefânia pertencia ao time mítico de Leila Diniz, com quem contracenou, e Adriana PrietoLeila Diniz Adriana Prieto morreram muito jovens. Irene Stefânia viveu mais, mas, a partir de determinado momento, renunciou à interpretação, à mídia e foi ser terapeuta.

Irene Stefânia estudou filosofia, mas desistiu do curso após mudar-se para São Paulo, e música clássica.

Estreou, já como protagonista, em "O Alegre Mundo de Helô", de Carlos Alberto de Souza Barros, em 1967, com apenas 19 anos. Tinha lindos olhos azuis e era sardenta, o que lhe conferia um charme especial.


Em 1968, co-estrelou "Lance Maior", de Sylvio Back. Reginaldo Faria ficava dividido entre Regina Duarte, como uma garota rica, e ela, que fazia a comerciária. Ainda em 1968 fez "Fome de Amor", o filme mais experimental da carreira de Nelson Pereira dos Santos, e no ano seguinte, 1969, "Os Paqueras", que marcou a estreia de Reginaldo Faria, na direção.

Seguiram-se "As Armas, de Astolfo Araújo", "Cléo e Daniel", adaptado do livro de Roberto Freire, "Azyllo Muito Louco", de Nelson Pereira dos Santos, "Mãos Vazias", de Luiz Carlos Lacerda, e "Amor e Medo", de José Rubens Siqueira.

No final dos anos 1970, Irene Stefânia parou com a carreira e só retornou em 1987, com "Anjos do Arrabalde", de Carlos Reichenbach.

Passaram-se mais de 20 anos e integrou o elenco coral de "O Signo da Cidade", de Carlos Alberto Riccelli. Por essa época, entre 2003 e 2008, participou de montagens do Grupo Satyros. Fez algumas novelas - "Tempo de Viver" (1972), "Supermanoela" (1974) e "Música ao Longe" (1982). Talvez não seja uma obra muito extensa, mas é certamente importante.

E a psicologia, à qual se dedicou, abriu-lhe outra janela paras expressar seu interesse pelo humano. Todos os depoimentos nas redes sociais ressaltam que foi uma terapeuta profundamente comprometida com seus pacientes.

Morte

Irene Stefânia faleceu na quinta-feira, 05/01/2017, aos 72, em São Paulo, SP, vítima de um Derrame. Segundo informações de Ivam Cabral, fundador da companhia de teatro Os Satyros, a atriz sofreu um AVC em 18/12/2016 e estava internada desde então.

Filmografia

  • 2008 - O Signo da Cidade ... Isadora
  • 1987 - Anjos do Arrabalde ... Carmo
  • 1978 - Damas do Prazer ... Prostituta
  • 1974 - Amor e Medo ... Olívia
  • 1973 - Nem Santa, Nem donzela
  • 1971 - O Doce Esporte do Sexo
  • 1971 - Mãos Vazias
  • 1970 - Azyllo Muito Louco ... Amante de Porfírio
  • 1970 - Cléo e Daniel ... Cléo
  • 1970 - O Donzelo
  • 1970 - É Simonal ... Ana Cristina
  • 1969 - As Armas ... Luiza
  • 1969 - A Cama ao Alcance de Todos ... Enfermeira
  • 1969 - Os Paqueras ... Margarete
  • 1968 - Fome de Amor ... Mariana
  • 1968 - A Doce Mulher Amada ... Carolina
  • 1968 - Lance Maior ... Neusa
  • 1967 - Garota de Ipanema ... Regina
  • 1967 - O Mundo Alegre de Helô ... Helô

Vida Alves

VIDA AMÉLIA GUEDES ALVES
(88 anos)
Atriz e Escritora

☼ Itanhandu, MG (15/04/1928)
┼ São Paulo, SP (03/01/2017)

Vida Amélia Guedes Alves foi uma atriz e escritora brasileira, pioneira da televisão, nascida em Itanhandu, MG, no dia 15/04/1928. Avó da cantora e compositora Tiê, e tia do cineasta Lael Rodrigues.

Atriz de rádio e TV, apresentou durante a década de 1970, juntamente com Carlos Lemos, o programa "Jogo do Som", transmitido por inúmeras emissoras em todo o país, onde mostravam fatos curiosos e realizavam esquetes de atuação, sempre diferenciadas a cada programa.

Em 1951 marcou a história da televisão brasileira ao protagonizar junto com o ator Walter Forster o primeiro beijo em uma telenovela, em "Sua Vida Me Pertence", que na época era transmitida ao vivo pela Rede Tupi.


Vida Alves explicou durante entrevista, no ano de 2013, que não havia nenhuma referência de como reproduzir um beijo técnico, sendo que cena foi realizada sem ensaio: 

"Walter Forster era o diretor artístico, de certa forma meu chefe. Ele explicou ao meu marido, numa visita à minha casa, como seria. Absolutamente marcado. Tal postura, tal olhar, a boca ligeiramente aberta, me aproximo e fico uns segundinhos. Assim foi feito, sem ensaio, tudo ao vivo. Foi esteticamente bonito, romântico e simples."
"O fotógrafo da época foi um pouco censor, não fez fotografia, alegando que não iriam publicar. Não havia videotape, não havia foto. Ficou apenas para quem assistiu e nós, os atores."
(Vida Alves)

As produções eram transmitidas ao vivo, uma vez que ainda não existia vídeo-tape para gravação na época, sendo que apenas um fotógrafo registrava as cenas dos bastidores. No entanto, o fotógrafo da emissora se recusou a registrar o beijo, alegando que nenhum jornal publicaria o feito por ser escandaloso demais para a época, não tendo nenhum registro do feito.

Vida Alves e Walter Forster na novela "Sua Vida Me Pertence" (1951). Eles protagonizaram o primeiro beijo da TV brasileira.
Em 1963 também realizou o primeiro beijo homossexual da televisão brasileira com Geórgia Gomide em um dos episódios do programa "TV de Vanguarda", intitulado "Calúnia", na Rede Tupi. Na história, Vida AlvesGeórgia Gomide interpretavam diretoras de um internato para meninas que eram caluniadas por uma estudante rebelde, dizendo que as duas eram amantes, o que levou os pais a tirarem as filhas do colégio sucessivamente, levando-o a fechar as portas. Falidas, as duas acabam descobrindo que realmente se amavam e se beijando no final da história.

Em entrevista no ano de 2011, Vida Alves contou que não houve qualquer tipo de discriminação por parte do público:

"A cena foi comentada, mas não senti qualquer sentimento agressivo das pessoas em relação a mim. Tenho certeza que me julgaram, mas não me atacaram."

Na época, apesar de não existir vídeo-tape ainda, a cena foi fotografada, porém acabou se perdendo após o fechamento da emissora. Apenas em 24/05/2016, durante o programa "Okay Pessoal!", Vida Alves revelou que havia encontrado uma foto da ocasião, mostrando-a pela primeira vez após 53 anos do acontecimento.


Em 1995 se tornou membro da Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira e presidente do Museu da TV, com o objetivo de preservar a memória dos pioneiros da televisão brasileira, buscando filmagens e arquivos das produções mais antigas realizadas no país para serem restauradas e compartilhadas com a posteridade.

Em 2004 Vida Alves foi homenageada na minissérie "Um Só Coração", que se passava na década de 1940, ano em que começou sua carreira, sendo interpretada na obra pela atriz Isabel Guerón.

Em 2013 a editora Imprensa Oficial lançou sua biografia autorizada, "Vida Alves: Sem Medo de Viver", de autoria do escritor e dramaturgo Nelson Natalino, membro da Academia Guarulhense de Letras.

Em 2014 Vida Alves lançou o livro "Televisão Brasileira: O Primeiro Beijo e Outras Curiosidades", contando não só das cenas citadas, mas também dos primórdios da televisão brasileira e como eram produzidas as primeiras novelas.

Morte

Vida Alves morreu às 22h00 de terça-feira, 03/01/2017, aos 88 anos. Ela estava internada no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, desde 28/12/2016. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

A saúde de Vida Alves se complicou há um ano, quando se submeteu a uma cirurgia, mas o problema persistiu.

O velório começou às 8h00 de quarta-feira, 04/01/2017, no Cemitério do Araçá , na região central de São Paulo. O enterro ocorreu  às 16h40, no mesmo local.

Tony Ramos e Vida Alves posam em evento de lançamento da programação da TV Globo em março de 2013.
Carreira

Televisão
  • 1951 - Sua Vida Me Pertence ... Elisabeth
  • 1952 - Uma Semana de Vida
  • 1954 - O Destino Desce de Elevador
  • 1954 - As Aventuras de Red Ringo
  • 1955 - A Mão de Deus
  • 1956 - O Pimpinela Escarlate
  • 1957 - Os Três Mosqueteiros ... Milady
  • 1957 - TV de Vanguarda ... Helena (Os 39 Degraus)
  • 1958 - TV de Vanguarda ... Lúcia (O Aventureiro)
  • 1958 - TV de Vanguarda ... Emily (Cartas Venenosas)
  • 1958 - TV de Vanguarda ... Eugenia Grandet (Eugenia Grandet)
  • 1959 - TV de Vanguarda ... Cláudia (O Delator)
  • 1963 - TV de Vanguarda ... Magda (Calúnia)
  • 1958 - TV de Comédia ... Catarina (Inimigos Íntimos)
  • 1958 - TV de Comédia ... Chica Boa (Chica Boa)
  • 1958 - TV de Comédia ... Laura (O Marido da Deputada)
  • 1958 - TV de Comédia ... Margarida (O Outro André)
  • 1959 - TV de Comédia ... Suely (Bombonzinho)
  • 1959 - Fim de Semana no Campo
  • 1962 - A Estranha Clementine
  • 1963 - Terror nas Trevas
  • 1963 - Klauss, o Loiro
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec ... Agostina
  • 1964 - A Gata ... Paula
  • 1965 - O Mestiço ... Gabriela
  • 1965 - A Outra ... Ofélia
  • 1966 - O Amor Tem Cara de Mulher ... Laura
  • 1967 - O Pequeno Lord ... Gabriela
  • 1967 - Meu Filho, Minha Vida ... Catherine
  • 1968 - O Rouxinol da Galileia
  • 1968 - Sozinho no Mundo ... Silvana
  • 1969 - Os Estranhos ... Irene
  • 1969 - Dez Vidas
  • 2004 - Um Só Coração ... Ela Mesma (Segunda Fase)

Filmes
  • 1940 - Quase no Céu
  • 1954 - Paixão Tempestuosa ... Patrícia
  • 1973 - A Pequena Órfã ... Elza

Rádio
  • 1970 a 1975 - Jogo do Som ... Apresentadora / Vários personagens

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio

Chica Lopes

FRANCISCA DA CONCEIÇÃO LOPES DE OLIVEIRA
(90 anos)
Atriz

☼ São Carlos, SP (08/12/1925)
┼ São Paulo, SP (10/09/2016)

Francisca da Conceição Lopes de Oliveira, mais conhecida como Chica Lopes, foi uma atriz brasileira nascida em São Carlos, SP, no dia 08/12/1925.

Começou a carreira no teatro em 1950 e estreou na televisão em 1975 no episódio do "Teleteatro" (A Cama). 

Em 1976 fez sua primeira novela, "O Julgamento" na TV Tupi. No mesmo canal, fez "Éramos Seis" (1977), "Roda de Fogo" (1978) e "O Direito de Nascer" (1978).

Ficou conhecida pela personagem Durvalina na novela "Éramos Seis". Quando o SBT fez outra versão da trama em 1994, Chica Lopes foi chamada pela emissora para o mesmo papel.

Em 1981, Chica Lopes foi trabalhar na TV Bandeirantes, onde atuou na novela "Os Imigrantes".

Em 1994, voltou à TV na segunda versão de "Éramos Seis", no SBT. Na emissora, fez ainda "Sangue do Meu Sangue" (1995), "Os Ossos do Barão" (1997), "Pícara Sonhadora" (2001), "Marisol" (2002) e "Jamais Te Esquecerei" (2003).

Atuou também na segunda versão de "A Escrava Isaura" em 2004 na Rede Record, interpretando a escrava Joaquina, conselheira da protagonista Isaura, personagem de Bianca Rinaldi. Dois anos depois, fez "Cristal", novamente no SBT.

No cinema, Chica Lopes atuou em vários filmes entre eles destacam-se "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1976), seu primeiro longa e "Cafundó" (2005).

Em 25/11/2005, recebeu o Prêmio Zumbi dos Palmares, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Durante a Semana da Cultura Negra, foi considerada uma das principais representantes da raça na televisão brasileira.

Chica Lopes na novela "Cristal", do SBT.
Morte

Chica Lopes morreu no sábado, 10/09/2016, aos 86 anos de idade, em São Paulo, SP, mas a notícia só veio à público em 21/09/2016, quando a também atriz Jussara Freire, informou a notícia em seu perfil no Facebook. A causa da morte não foi divulgada.

Na postagem, Jussara Freire homenageou a amiga com quem contracenou em diversas emissoras.

"R I P Chica Lopes. Nossa querida e amiga de tantas novelas. A amada Durvalina, das 2 versões de 'Éramos Seis', foi chamada para habitar outra constelação. Fica homenagens e muito carinho. Muito, muito obrigada querida Chica"
(Jussara Freire)

Chica Lopes morava no bairro Santa Felícia, era viúva e tinha uma filha. Ela foi enterrada no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

Chica Lopes e Patrícia França na novela "A Escrava Isaura", da Rede Record.
Trabalhos

Televisão
  • 2016 - Êta Mundo Bom ... Criada - Participação (Globo)
  • 2006 - Cristal ... Balbina (SBT)
  • 2004 - A Escrava Isaura ... Joaquina (Record)
  • 2003 - Jamais Te Esquecerei ... Irmã Margarida (SBT)
  • 2002 - Marisol  ... Dolores (SBT)
  • 2001 - Pícara Sonhadora ... Luzia (SBT)
  • 1997 - Os Ossos do Barão ... Marlene (SBT)
  • 1995 - Sangue do Meu Sangue ... Bentinha (SBT)
  • 1994 - Éramos Seis ... Durvalina (SBT)
  • 1981 - Os Imigrantes ... Dora (Bandeirantes)
  • 1978 - O Direito de Nascer ... Tina (Tupi)
  • 1978 - Roda de Fogo ... Rosa (Tupi)
  • 1977 - Éramos Seis ... Durvalina (Tupi)
  • 1976 - O Julgamento ... Elvira (Tupi)
  • 1975 - Teleteatro ... (Tupi)
Cinema
  • 2005 - Cafundó ... Nhá Chica
  • 1983 - O Médium
  • 1981 - A Noite das Depravadas ... Empregada da Pensão
  • 1980 - Força Estranha
  • 1977 - Tiradentes, o Mártir da Independência

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Elke Maravilha

ELKE GEORGIEVNA GRUNNUPP
(71 anos)
Modelo, Manequim, Jurada, Apresentadora e Atriz

☼ Leningrado, Rússia (22/02/1945)
┼ Rio de Janeiro, RJ (16/08/2016)

Elke Maravilha, nome artístico de Elke Georgievna Grunnupp, em russo Элке Георгевна Груннупп, foi uma modelo, manequim, jurada, apresentadora e atriz nascida em Leningrado, Rússia, e de cidadania alemã radicada no Brasil.

Filha do russo George Grunupp e da alemã Liezelotte von Sonden, Elke nasceu na antiga Leningrado, hoje São Petersburgo. Ela tinha seis anos quando sua família emigrou para o Brasil, fugindo de perseguições políticas do stalinismo soviético. O casal e os três filhos, privados da cidadania russa, se estabeleceram primeiramente em um sítio em Itabira, MG.

Em 1955 sua família arrendou terras em Atibaia, SP, dedicando-se ao cultivo de morangos. Em seguida, a família mudou-se para Bragança Paulista, SP, onde também cultivou a terra. De volta a Minas Gerais, foi escolhida Glamour Girl em Belo Horizonte em 1962. Foi nesse período que foi naturalizada brasileira.

Aos 20 anos, ela saiu de casa para morar sozinha no Rio de Janeiro, RJ, onde arrumou emprego como secretária bilíngue, valendo-se de sua fluência em oito idiomas, muitos deles aprendidos no próprio ambiente familiar, além de ser a mais jovem professora de francês da Aliança Francesa e de inglês na União Cultural Brasil - Estados Unidos.

Nesse meio tempo seu pai tornou-se diretor da Liquigás e foi transferido para Porto Alegre, RS. Elke então voltou a morar com a sua família em Porto Alegre entre 1966 e 1969, onde cursou cadeiras nas faculdades de Filosofia, Medicina e Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e se formou tradutora e intérprete de línguas estrangeiras.


Começou a atuar como modelo e manequim aos 24 anos, em 1969, no mesmo período em que se casou com o escritor grego Alexandros Evremidis, o primeiro de seus oito casamentos.

No início da carreira Elke conheceu a estilista Zuzu Angel, de quem se tornou amiga. Durante a ditadura militar, em 1971, Elke foi presa por desacato no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por rasgar cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho da amiga Zuzu Angel, alegando que ele já havia sido morto pelo Regime Militar.

Foi enquadrada na Lei de Segurança Nacional e perdeu a cidadania brasileira, o que a deixou apátrida. Só foi solta depois de seis dias após a intervenção de amigos da classe artística. Anos depois, requisitou a cidadania alemã, a única que possuía.

A história da estilista Zuzu Angel foi contada nos cinemas em 2006 no longa metragem "Zuzu Rangel". No filme Elke foi interpretada pela atriz Luana Piovani e fez uma participação especial.

Sua vida pessoal sempre foi conturbada. Morou em diversos países e teve oito casamentos, com homens de diversas nacionalidades. Fez três abortos, fruto de seus três primeiros casamentos, pois jamais quis ser mãe, e sempre achou que com seu jeito rebelde de ser, jamais poderia educar uma criança de forma digna. Contou em entrevistas que tomava pílula anticoncepcional, mas fora enganada por alguns desses maridos, que queriam ser pais, e em vez de tomar a pílula certa, Elke tomava a pílula de farinha. Após descobrir isto, começou a usar o Dispositivo Intrauterino (DIU).

Elke também foi usuária de todos os tipos de drogas ilícitas, além de todos os tipos de bebida alcoólica. Dizia que não tinha preferência por nenhum tipo de homem, e sim, que tinha pressa de namorar.

Carreira

Começou a atuar como modelo e manequim aos 24 anos, vindo a trabalhar com estilistas famosos da época e foi considerada como inovadora nas passarelas. Inicialmente discreta, com o tempo ela abriu espaço para sua extravagância.

Chamando atenção por ser bastante alta, 1,80m, e loira natural, não pensava em seguir carreira artística, já que dava aulas de língua estrangeira há alguns anos, e gostava do que fazia. Apesar disto, foi convencida por muitas pessoas, pois era considerada de uma beleza exótica para os padrões do Brasil. Aceitou os convites que vieram e começou a sua carreira com Guilherme Guimarães. Muito famosa no mundo da moda, parou de dar aulas e conquistou sucesso.

Elke fez cursos de cinema, teatro e trabalhou na televisão. Foi batizada como Elke Maravilha pelo jornalista Daniel Más, e se tornou conhecida ao ser chamada dessa forma por Chacrinha, com quem ela trabalhou durante 14 anos, a partir de 1972.

Elke Maravilha tornou-se popular na TV brasileira nos anos 70 e 80, aparecendo como jurada de programas de calouros do Chacrinha e de Silvio Santos. Nesses programas sempre usava perucas, roupas chamativas e buscava passar mensagens positivas para os espectadores.

Em 1993, estreou o "Programa da Elke", onde recebia personalidades para bate-papo e entrevistas.


Elke começou a trabalhar como atriz em "O Barão Otelo no Barato dos Bilhões" (1971), com Grande Otelo, e atuou em filmes como "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (1980), de Héctor Babenco, "Quando o Carnaval Chegar" (1972) e "Xica da Silva" (1976), de Cacá Diegues

Por sua interpretação em "Xica da Silva", Elke Maravilha foi premiada com a Coruja de Ouro como Melhor Atriz Coadjuvante.

No teatro foi expoente do Movimento de Arte Pornô, um movimento artístico de cunho positivista brasileiro de vanguarda que começou na década de 1960 e terminou em 1982. Foi uma resistência política ao Golpe militar de 1964, e o movimento foi experimental do ponto de vista formal, politicamente progressista e socialmente não-normativo. O uso da palavra diva "pornô" foi deliberado, no entanto não houve produção de pornografia convencional, muito pelo contrário, rejeitou-se o erotismo.

Sua estréia como atriz na televisão foi em 1986 como dona de um bordel na mini-série "Memórias de um Gigolô", com direção de Walter Avancini, e a atuação lhe rendeu o convite para ser madrinha da Associação das Prostitutas do Rio de Janeiro.

Em 2016 a atriz estava em cartaz com "Elke Canta e Conta", peça itinerante sobre sua história, em que contava da sua infância na Rússia, dos casamentos e de sua vida como modelo e apresentadora.

Morte

Elke Maravilha morreu na madrugada de terça-feira, 16/08/2016, aos 71 anos. Ela estava internada havia quase um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, após uma cirurgia para tratar uma úlcera.

"Ela teve complicações após a operação e também tinha diabetes. Ela não estava mais respondendo aos remédios", explicou o irmão da atriz, Frederico Grunnupp. O laudo médico ainda não foi liberado, mas segundo Frederico Grunnupp a atriz sofreu falência múltipla dos órgãos por volta de 1h00.

Natasha Grunnupp, sobrinha de Elke, falou sobre os últimos dias dela no hospital: "Mesmo no hospital ela estava sempre muito feliz, sempre aquele ar de felicidade, a gente estava preocupado com as partes técnicas, vendo a situação, mas ela não. Ela passou por uma cirurgia no sábado porque um dos pontos da primeira cirurgia tinha estourado e depois disso piorou!".

O corpo de Elke Maravilha será velado às 9h00 de quarta-feira, 17/08/2016, no Teatro Carlos Gomes, no região central do Rio de Janeiro. O enterro está marcado para acontecer às 16h00, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

Televisão
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller ... Sofia
  • 1979 - Milagre - O Poder da Fé ... Ela Mesma
  • 1986 - Memórias de um Gigolô ... Madame Yara
  • 1988 a 1991 - Cassino do Chacrinha ... Jurada
  • 1993 a 1996 - Programa Elke Maravilha ... Apresentadora
  • 1998 - Pecado Capital ... Ela mesma (Participação Especial)
  • 2004 - Big Brother Brasil 4 ... Jurada
  • 2004 - Celebridade ... Ela mesma (Participação Especial)
  • 2004 - Da Cor do Pecado ... Jurada (Participação Especial)
  • 2007 - Luz do Sol ... Urânia Szakaly
  • 2009 - Caminho das Índias ... Ela mesma (Participação Especial)
  • 2012 - Morando Sozinho ... Dona Violeta
  • 2013 - As Canalhas ... Cacala
  • 2013 - Destino: Rio de Janeiro ... Tia Selesniova
  • 2015 - Fantástico ... Ela Mesma (Quadro "O Grande Plano")
  • Show de Calouros ... Jurada

Cinema
  • 1970 - Salário Mínimo ... Modelo
  • 1971 - O Barão Otelo no Barato dos Bilhões Secretária
  • 1972 - Os Machões
  • 1972 - Quando o Carnaval Chegar ... Atriz Francesa
  • 1973 - O Rei do Baralho
  • 1974 - Gente Que Transa ... Esmeralda
  • 1976 - Xica da Silva ... Hortência
  • 1977 - Tenda dos Milagres
  • 1977 - A Força do Xangô
  • 1977 - Pastores da Noite
  • 1978 - Elke Maravilha Contra o Homem Atômico  ... Elke Maravilha
  • 1979 - A Noiva da Cidade ... Daniela
  • 1979 - O Milagre
  • 1981 - Pixote, a Lei do Mais Fraco  ... Débora
  • 1987 - No Rio Vale Tudo
  • 1987 - Romance ... Amiga de Antônio César
  • 1987 - Tanga: Deu no New York Times
  • 1988 - Wiezien Rio ... Frank
  • 1999 - Xuxa Requebra ... Iara Macedo "Macedão"
  • 2006 - Zuzu Angel ... Lieselotte
  • 2007 - Elke ... Ela Mesma
  • 2007 - Elke no País das Maravilhas ... Ela Mesma
  • 2010 - A Suprema Felicidade ... Avó de Paulo
  • 2010 - A Maravilha de Ser Elke ... Ela Mesma
  • 2011  - Fca Carla ... Lúcia
  • 2013 - Mato Sem Cachorro ... Dona Noara
  • 2013 - Meu Passado Me Condena ... Mirtes
  • 2015 - A Lenda do Gato Preto ... Angelina
  • 2015 - Super Oldboy ... Senhora
  • 2016 - Carrossel 2: O Sumiço da Maria Joaquina ... Mãe do Gonzalez

Teatro
  • Paixão de Cristo
  • Elke - Do Sagrado ao Profano
  • Viva o Cordão Encarnado
  • O Castelo das Sete Torres
  • Rio de Cabo a Rabo
  • Eu Gosto de Mamãe
  • Carlota Joaquina
  • A Rainha Morta
  • O Homem e o Cavalo
  • Orfeu da Conceição
  • O Lobo da Madrugada
  • Carlota Joaquina

Fonte: Wikpédia

Tereza Rachel

TERESINHA MALKA BRANDWAIN TAIBA DE LA SIERRA
(82 anos)
Atriz e Produtora de Peças Teatrais

☼ Nilópolis, RJ (10/03/1934)
┼ Rio de Janeiro, RJ (02/04/2016)

Teresinha Malka Brandwain Taiba de La Sierra, adotou o nome artístico de Tereza Rachel, foi uma atriz e produtora brasileira de peças teatrais.

Natural de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, a atriz começou a carreira em 1955, atuando no teatro, sendo dirigida por Henriette Morineau em "Os Elegantes", de Aurimar Rocha.

Em 1956 recebeu o prêmio de Atriz Revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT), por sua atuação em "Prima Donna".

Na televisão, interpretou personagens que são lembrados pelo público, como a Lupe em "O Rebu" (1974), Débora em "O Grito" (1975), Clô Hayalla em "O Astro" (1978), Martha Gama em "Baila Comigo" (1981), Aurora em "Paraíso" (1982), Renata Dumont em "Louco Amor" (1983), e a Rainha Valentine em "Que Rei Sou Eu?" (1989).

Em 1995, interpretou Francesca Ferreto na novela "A Próxima Vítima", e também se destacou como a vilã Dona Bertha, da novela "Era Uma Vez" (1998).

O último papel de Tereza Rachel na TV Globo foi na novela "Babilônia" (2015).

Atriz, produtora e intérprete inquieta, fundou nos anos 70 o Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, onde produziu peças inéditas e trouxe diretores europeus ligados à vanguarda, fazendo de sua casa de espetáculos um dos polos de destaque do teatro carioca. Tombado em 2004, o teatro foi reestruturado em 2012, após ser arrendado pelo produtor cultural Frederico Reder.


Nas décadas de 50 e 60, foi atriz e produtora de peças como "Bonitinha, Mas Ordinária", de Nelson Rodrigues, com direção de Martim Gonçalves.

Em 1965, esteve em "Berço do Herói", de Dias Gomes, dirigida por Antônio Abujamra. A peça foi interditada pela censura antes da estreia. Neste mesmo ano, fez parte do elenco de "Liberdade, Liberdade", de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, produção do Grupo Opinião. Dois anos depois, atuou no sucesso de público "Édipo Rei".

Além de se destacar no teatro, Tereza Rachel atuou também em filmes como "Genival é de Morte" (1956), de Aloísio T. de Carvalho, "Ganga Zumba" (1963), de Carlos Diegues, "Procura-se Uma Rosa" (1964), de Jece Valadão, "Canalha em Crise" (1965), de Miguel Borges, "Amante Muito Louca" (1973), de Denoy de Oliveira, "Revólver de Brinquedo" (1977), de Antônio Calmon, e "A Volta do Filho Pródigo" (1978), "Canudos" (1978) e "Pedro Mico" (1985), todos de Ipojuca Pontes.

Em 1974, ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Gramado, pelo filme "Amante Muito Louca". Com sua atuação em "A Volta do Filho Pródigo", foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como melhor atriz coadjuvante em 1981.

A Rainha Valentine, da novela "Que Rei Sou Eu?", foi um dos personagens mais emblemáticos e populares de Tereza Rachel. Ela interpretou uma mulher de forte personalidade, fria e calculista, mas dominada por Ravengar, Antônio Abujamra, conselheiro mor do reino.

A rainha via na morte do marido, o Rei Petrus II, Gianfrancesco Guarnieri, a solução para sua vida, já que era apaixonada por Bergeron, Daniel Filho, o Conselheiro da Moeda. A Rainha Valentine tinha uma desagradável surpresa ao assumir o poder, após a morte do Rei Petrus II, mãe de Juliette, Cláudia Abreu.

Morte

Tereza Rachel morreu no sábado, 02/04/2016, aos 80 anos. Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) em decorrência de complicações de um quadro agudo de obstrução intestinal. Ela permanecia internada desde o dia 30/12/2015 no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de janeiro.

Depoimentos

"A importância dela, só de ter um grande teatro com o nome dela, foi muito importante. Ela é uma atriz genial. As peças que montou foram de grande importância política. Ela estava sempre à frente. Um exemplo é o musical 'Gota d’água'. Aquele lugar é sagrado para todos os atores. Infelizmente eu não trabalhei com ela. Mas sempre a admirei. É como se eu tivesse perdido uma pessoa da família!"
(Ney Latorraca)


"Era uma atriz excelente. Houve uma época que ela estava tão brilhante no Teatro Brasileiro de Comédia, de São Paulo, que tudo o que ela fazia era sensacional. Era uma muito boa atriz. É uma perda para o teatro que não tem como ser reparada. Ficamos todos mais tristes!"
(Rosamaria Murtinho)


"Tem pessoas que vem à vida e passam em branco. E tem outras que tem importância porque, em suas manifestações, eles mudam a temporalidade. E ela foi uma dessas pessoas!"
(Milton Gonçalves)


"Eu gostaria que a gente sempre agradecesse mais às pessoas, agradecesse antes, quando elas estão vivas, antes que elas fossem embora. Mesmo assim eu gostaria de deixar esse agradecimento. Ela mostrou, ao longo da vida, que vale a pena lutar por alguma coisa!"
(Cássia Kiss)

"A troca que eu pude receber sempre foi muito positiva. Ela elevava o que os atores precisam. Ela elevava o talento ao máximo. Essa é a lembrança que eu tenho dela!"
(Reginaldo Faria)


Trabalhos

Televisão
  • 1958 - O Jovem Drº Ricardo ... Lena
  • 1966 - A Pequena Karen  ... Francis
  • 1970 - A Mansão dos Vampiros ... Rochele
  • 1974 - O Rebu ... Lupe
  • 1975 - O Grito ... Débora Saldanha Mendonça
  • 1977 - O Astro ... Clô Hayala
  • 1979 - Marron Glacê ... Lola
  • 1981 - Baila Comigo ... Marta Frey Gama
  • 1982 - Paraíso ... Aurora
  • 1983 - Louco Amor  ... Renata Dumont (Agetilde Rocha)
  • 1988 - Abolição ... Princesa Isabel
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Eva Mendonça
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Rainha Valentine
  • 1989 - República ... Princesa Isabel
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Francesca Ferreto de Angelis Rossi
  • 1998 - Era Uma Vez ... Berta
  • 2008 - Alice ... Elvira Cipriani
  • 2009 - Caras & Bocas ... Rebeca
  • 2010 - A Vida Alheia ... Isa Müller (Ep: "Manchas do Passado")
  • 2010 - Ti Ti Ti ... Rainha Valentine
  • 2015 - Babilônia ... Mary Poppins (Amiga de Úrsula Andressa)


Cinema
  • 1985 - Pedro Mico
  • 1984 - Águia na Cabeça
  • 1978 - A Volta do Filho Pródigo
  • 1977 - Revólver de Brinquedo
  • 1976 - Feminino Plural
  • 1973 - Amante Muito Louca ... Brigite
  • 1965 - Canalha em Crise
  • 1964 - Procura-se uma Rosa
  • 1963 - Ganga Zumba
  • 1963 - Und Der Amazonas Schweigt ... Donna Cecília
  • 1963 - Sol Sobre a Lama
  • 1956 - Genival é de Morte

Teatro
  • 1985 - Um Bonde Chamado Desejo
  • 1981 - A Senhorita de Tacna
  • 1980 - Os Órfãos de Jânio
  • 1976 - Gata em Teto de Zinco Quente
  • 1975 - Oh, Carol
  • 1974 - Mais Quero Asno Que Me Carregue Que Cavalo Que Me Derrube
  • 1974 - A Gaivota
  • 1972 - Tango
  • 1971 - A Mãe (Moliére de Melhor Atriz)
  • 1970 - Seu Tipo Inesquecível
  • 1969 - Chá e Simpatia
  • 1969 - O Balcão
  • 1968 - O Preço
  • 1967 - Édipo Rei
  • 1965 - Liberdade, Liberdade
  • 1965 - O Berço do Herói
  • 1962 - Bonitinha, Mas Ordinária
  • 1961 - Boca de Ouro
  • 1959 - Romanoff & Julieta
  • 1959 - Quando se Morre de Amor
  • 1959 - Patate
  • 1958 - A Ilha das Cabras
  • 1957 - A Bela Madame Vargas
  • 1957 - O Telescópio
  • 1956 - Prima Dona
  • 1955 - Os Elegantes
  • 1955- Fedra
  • 1953- Hécuba

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Fadinha veras

Ruthinéa de Moraes

RUTHINÉA DE MORAES DA SILVA
(68 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (01/06/1930)
┼ São Paulo, SP (24/07/1998)

Ruthinéa de Moraes foi uma atriz brasileira. Intérprete de forte temperamento dramático, presente sobretudo em peças que apresentam tipos brasileiros bem marcados, papéis que ela representa com desenvoltura.

Já graduada em letras, formou-se como atriz e diretora pela Escola de Arte Dramática (EAD).

Fez sua estréia profissional em 1958, no espetáculo duplo "A Lição" e "A Cantora Careca", ambas de Eugéne Ionesco, dirigido por Luís de Lima, produção do Teatro Maria Della Costa (TMDC).

A seguir, fez com Sérgio Cardoso "Nu Com Violino", de Noel Coward, na Companhia Nydia LiciaSérgio Cardoso.

De volta ao Teatro Maria Della Costa, em 1959, fez "Gimba" de Gianfrancesco Guarnieri, com direção de Flávio Rangel. Embarcou com a Companhia para Portugal, atuando nas peças de repertório do conjunto: "Society em Baby Doll", de Henrique Pongetti, com direção de Milton Moraes; "Moral em Concordata", de Abílio Pereira de Almeida e "A Alma Boa de Set-Suan", de Bertolt Brecht, as duas últimas dirigidas por Flaminio Bollini.

De volta a São Paulo, participou do Teatro de Arena, em 1960, atuando em "Revolução na América do Sul", de Augusto Boal, sob a direção de José Renato Pécora. No mesmo ano, subiu ao palco em "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, dirigido por Walmor Chagas para o Núcleo Experimental do Teatro Cacilda Becker (TCB).


Ainda em 1960, contratada pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), integrou as montagens da casa, iniciando em "A Semente", novo texto de Gianfrancesco Guarnieri e, em 1961, "A Escada", de Jorge Andrade, e "Almas Mortas", de Nikolai Gogol; e em 1962, "A Morte de um Caixeiro Viajante", de Arthur Miller, direções de Flávio Rangel em seu período como diretor artístico do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).

Em 1963, está na bem-sucedida montagem de "Os Ossos do Barão", de Jorge Andrade, conduzida por Maurice Vaneau.

Com a Companhia de Ruth Escobar, participou das encenações de "Soraia Posto 2", de Pedro Bloch, em 1965 e que lhe valeu os prêmios Governador do Estado de São Paulo e Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), de melhor atriz -, e "Os Trinta Milhões do Americano", de Eugene Labiche, em 1966, ambas direções de Jô Soares.

Paralelamente, está no elenco do Teatro Popular do Sesi (TPS), em "A Sapateira Prodigiosa", de Federico García Lorca, em 1965 e, em 1966, em "O Avarento", de Molière, ambas com direção de Osmar Rodrigues Cruz (1924-2007).

Em 1967 Ruthinéa de Moraes faz o papel de Neuza Sueli, a protagonista de "Navalha na Carne", texto de Plínio Marcos que atrai todas as atenções. Notabilizando-se nesse desempenho cheio de fúria e densidade dramática, recebeu o Prêmio Molière de melhor atriz. No mesmo ano, novamente de Plínio Marcos, está em "Homens de Papel", direção de Jairo Arco e Flexa, ao lado de Maria Della Costa.


Em 1968, integrou o elenco de "Cordélia Brasil", de Antônio Bivar, direção de Emílio Di Biasi.

Voltou ao Teatro Popular do Sesi em "Memórias de um Sargento de Milícias", de Joaquim Manuel de Macedo, em 1970; "Senhora", de José de Alencar, em 1971 e "Um Grito de Liberdade", de Sérgio Viotti - em que é premiada com o Governador do Estado de São Paulo de melhor atriz -, em 1972, todas dirigidas por Osmar Rodrigues Cruz.

Um novo destaque ocorreu no ano de 1973, ao lado de Yolanda Cardoso, em "A Dama de Copas" e o "Rei de Cuba", original de Timochenco Wehbi, dirigido por Odavlas Petti.

A partir de então sua carreira torna-se irregular, integrando produções de melhor qualidade em "As Avestruzes", de Micheline Bourday, direção de Irene Ravache, em 1979 e "Vejo Um Vulto na Janela", "Me Acudam Que Sou Donzela", de Leilah Assumpção, no mesmo ano.

"Campeões do Mundo", de Dias Gomes, e direção de Antônio Mercado, conta com sua presença em 1980, assim como a encenação de Aderbal Freire-Filho para "Moço em Estado de Sítio", de Oduvaldo Vianna Filho, em 1982.

Sua carreira registra ainda ativas participações em cinema, televisão e rádio.

A excelente performance de Ruthinéa de Moraes foi flagrada pelo crítico Décio de Almeida Prado:

"A interpretação de 'Navalha na Carne' também possui maior profundidade do que parece. À primeira vista percebemos apenas a perfeitíssima adequação dos atores aos seus papéis [...]. Adequação física, no modo de andar, gesticular, adequação vocal, adequação psicológica. Tudo parece espontâneo, instintivo. Somente mais tarde começamos a perceber que a suposta naturalidade é produto de uma cuidadosa elaboração [...] os três modulam com grande virtuosismo todas as nuanças que vão do naturalismo até o expressionismo."

Ruthinéa de Moraes faleceu aos 68 anos em São Paulo, no dia 24/07/1998, vítima de um ataque cardíaco.

Filmografia

Televisão
  • 1998 - Fascinação
  • 1997 - Canoa do Bagre ... Cândida
  • 1997 - A Filha do Demônio (Minissérie)
  • 1996 - Antônio dos Milagres
  • 1996 - Irmã Catarina (Minissérie)
  • 1993 - Sonho Meu ... Alcinéia
  • 1985 - Uma Esperança no Ar
  • 1984 - Santa Marta Fabril (Minissérie)
  • 1983 - Vida Roubada
  • 1983 - A Ponte do Amor
  • 1982 - Conflito
  • 1982 - Seu Quequé
  • 1982 - Destino
  • 1982 - Sétimo Sentido
  • 1982 - Pic Nic Classe C ... Olga
  • 1980 - Chega Mais ... Cacilda
  • 1979 - Cara a Cara ... Isméria
  • 1978 - O Direito de Nascer
  • 1977 - Éramos Seis ... Zulmira
  • 1977 - Um Sol Maior ... Yeda
  • 1976 - Tchan! A Grande Sacada
  • 1976 - O Julgamento ... Adelaide
  • 1975 - Meu Rico Português ... Ida Flag
  • 1974 - O Machão - Um Exagero de Homem ... Leonor
  • 1973 - O Conde Zebra ... Sincerina
  • 1973 - Rosa-dos-Ventos
  • 1972 - Vitória Bonelli ... Néia
  • 1972 - Signo da Esperança ... Deolinda
  • 1970 - O Meu Pé de Laranja Lima
  • 1970 - As Asas São para Voar
  • 1969 - Dez Vidas ... Costureira
  • 1969 - A Menina do Veleiro Azul
  • 1968 - A Pequena Órfã
  • 1967 - Presídio de Mulheres ... Rosa
  • 1967 - Yoshico, um Poema de Amor
  • 1967 - O Pequeno Lord


Cinema
  • 1966 - Três Histórias de Amor (Episódio: "A Construção - Amor na Cidade")
  • 1968 - Anuska, Manequim e Mulher
  • 1971 - Lua-de-Mel e Amendoim
  • 1971 - A Marca da Ferradura
  • 1972 - A Marcha
  • 1972 - Os Três Justiceiros
  • 1974 - O Marginal
  • 1974 - As Mulheres Sempre Querem Mais
  • 1974 - Pensionato de Mulheres
  • 1975 - O Predileto
  • 1976 - Senhora
  • 1976 - Tiradentes, o Mártir da Independência
  • 1976 - A Noite da Fêmeas
  • 1976 - Possuídas pelo Pecado ... Isaura
  • 1980 - Ato de Violência
  • 1981 - O Homem que Virou Suco
  • 1982 - Sete Dias de Agonia
  • 1983 - Janete
  • 1983 - Nasce Uma Mulher
  • 1984 - O Baiano Fantasma
  • 1984 - Transa Brutal
  • 1987 - O Dia do Gato
  • 1997 - A Grande Noitada