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Ivani Ribeiro

CLEIDE FREITAS ALVES FERREIRA
(73 anos)
Autora de Novelas

* São Vicente, SP (20/02/1922)
* São Paulo, SP (17/07/1995)

Cleide Freitas Alves Ferreira, conhecida artisticamente como Ivani Ribeiro, nasceu no dia 20 de fevereiro de 1922, em São Vicente, São Paulo (São Vicente é um município da Microrregião de Santos, na Região Metropolitana da Baixada Santista). Formada na Escola Normal de Santos, mudou-se para São Paulo para cursar a faculdade de Filosofia. Foi casada com o radialista Dárcio Alves Ferreira, com quem teve dois filhos: Luís Carlos e Eduardo.

Começou sua carreira profissional aos 16 anos, na Rádio Educadora de São Paulo, interpretando canções folclóricas e sambas – alguns de sua própria autoria. Logo depois, alcançaria grande sucesso no rádio, sobretudo através de dois programas que criou, Teatrinho da Dona Chiquinha e As Mais Belas Cartas de Amor. Neste, inclusive, Ivani Ribeiro viveu sua primeira experiência como radioatriz.

Passou ainda pela Rádio Difusora, antes de se transferir com o marido para a Rádio Bandeirantes, onde começaria a adaptar peças, poemas e letras de canções para diversos programas, entre os quais o Teatro Romântico, Os Grandes Amores da História e A Canção Que Viveu. Contratada pela recém inaugurada TV Tupi, escreveu a série Os Eternos Apaixonados. Anos depois, em 1963, Ivani Ribeiro assinaria sua primeira telenovela diária, Corações em Conflito. Tratava-se da adaptação de uma das histórias de sucesso que apresentara no rádio.

No final da década de 1960, transferiu-se para a TV Excelsior, onde se destacaria como autora do horário das 19:30 hs. Por conta disso, chegou a escrever 13 novelas consecutivas, obtendo grande sucesso em todas. A Deusa Vencida (1965), por exemplo, consagraria a atriz estreante Regina Duarte.

Em 1970, de volta à TV Tupi, desta vez como principal autora do horário das 20:00 hs, Ivani Ribeiro escreveu outros três clássicos da teledramaturgia brasileira: Mulheres de Areia (1973), estrelada por Eva Wilma, A Viagem (1975) e O Profeta (1977). O sucesso obtido por suas tramas era tamanho – e o colapso financeiro da Tupi, também – que, no final da década de 1970, a emissora decidiria exibir, nos seus três horários de maior audiência, reprises de novelas assinadas por Ivani Ribeiro.


Entre 1980 e 1982, teve uma passagem pela TV Bandeirantes, onde escreveu Cavalo Amarelo, que contava com a participação da atriz e comediante Dercy Gonçalves, e assinou os remakes de A Deusa Vencida e Meu Pé de Laranja Lima. Esta, baseada no livro homônimo de José Mauro de Vasconcelos, teria ainda uma terceira versão, produzida pela TV Bandeirantes em 1998, assinada por Ana Maria Moretszohn.

Ivani Ribeiro estreou como autora da TV Globo em novembro de 1982, com Final Feliz. A trama, que seria a única inédita da autora na emissora, era estrelada por José Wilker, no papel do genioso Rodrigo, e Natália do Vale, como a impetuosa Débora, entre outros.

Em seguida, Ivani Ribeiro assinaria uma série de remakes e adaptações a partir de seus principais sucessos na TV Tupi e na TV Excelsior. Amor Com Amor Se Paga, por exemplo, exibida em 1984, resultou de uma fusão entre as tramas de Camomila e Bem-me-Quer, produzidas originalmente pela TV Tupi.


Em A Gata Comeu (1985) – remake de A Barba Azul, exibida em 1974 pela TV Tupi –, a autora contou com a colaboração de Marilu Saldanha. Ambientada no Rio de Janeiro, a comédia romântica trazia os encontros e desencontros de uma jovem rica e mimada, Jô Penteado, Christiane Torloni, e um professor viúvo, Fábio Coutinho, Nuno Leal Maia. A novela representou um marco na consolidação da comédia como gênero principal da faixa de horário das 19:00 hs.

Hipertensão (1986) é o caso de uma trama que Ivani Ribeiro atualizou, sem alterar a estrutura central da história. Originalmente apresentada como Nossa Filha Gabriela, exibida pela TV Tupi em 1971, a novela tinha como foco principal o mistério em torno da paternidade de Carina (Maria Zilda Bethlem). O rol de possíveis pais era composto por três personagens: Napoleão (Cláudio Corrêa e Castro), Candinho (Paulo Gracindo) e Romeu (Ary Fontoura).

O O Sexo dos Anjos (1989), adaptada de O Terceiro Pecado, exibida pela TV Excelsior em 1968, envolvia a discussão sobre morte, destino e amor. A novela foi estrelada por Diana (Bia Seidl), o Anjo da Morte, seu emissário Adriano (Felipe Camargo) e a jovem Isabela (Isabela Garcia).

O trabalho seguinte de Ivani Ribeiro foi, talvez, seu maior sucesso: Mulheres de Areia. Exibida pela primeira vez em 1973, na TV Tupi, a nova versão da novela – que teve a colaboração de Solange Castro Neves – narrava a vida das gêmeas Ruth e Raquel, vividas pela atriz Glória Pires. Foi levada ao ar em 1993, transformando-se num marco de audiência do horário das 18:00 hs. Outro destaque foi a interpretação do ator Marcos Frota, no papel do escultor Tonho da Lua.

No ano seguinte, a autora assinou o remake de outro grande sucesso da TV Tupi, A Viagem. Exibida originalmente em 1975, a novela era inspirada na doutrina espírita de Allan Kardec, e abordava diversos temas relacionados ao espiritismo, como a mediunidade e a reencarnação. A versão de 1994 foi protagonizada por Guilherme Fontes, no papel do mau-caráter Alexandre, Christiane Torloni, como Dinah, e Antônio Fagundes, interpretando o criminalista Otávio Jordão.

Em 1995, Ivani Ribeiro voltaria a dividir um trabalho com Solange Castro Neves, desta vez, um argumento. Com a morte de Ivani Ribeiro, em 17 de julho daquele ano, decidiu-se que Quem é Você?, em fase adiantada de produção, seria escrita por Solange Castro Neves, com a colaboração de Isa Duboc, Rosane Lima, Aimar Labaki e Nelson Nadotti. A partir do capítulo 25, porém, Lauro César Muniz assumiu a autoria da novela, que apresentou a relação das irmãs Maria Luísa (Elizabeth Savalla) e Beatriz (Cássia Kiss). As duas reagem de modo diferente à ausência do pai, Nelson (Francisco Cuoco).

Mais de 10 anos após a morte de Ivani Ribeiro, a TV Globo voltou a exibir uma trama da autora. Em 2006, estreou o remake de O Profeta, que fora levada ao ar pela primeira vez em 1977, na TV Tupi. A adaptação ficou a cargo de Thelma Guedes e Duca Rachid, sob a supervisão de Walcyr Carrasco. Na nova versão, o personagem vivido pela atriz Nicete Bruno era uma homenagem à falecida autora: seu nome, Cleide, fazia referência ao verdadeiro nome de Ivani Ribeiro.

Falecimento e Trabalhos Póstumos

Ivani Ribeiro morreu vítima de Insuficiência Renal, provocada pela Diabetes, em 17 de julho de 1995, aos 73 anos. Deixou prontos dois trabalhos: a última telenovela, Quem é Você?, exibida em 1996, que aborda a vida da terceira idade e a farsa dos sexos, reunindo veteranos há tempos afastados da televisão como Castro Gonzaga, Norma Geraldy, Alberto Perez, Ênio Santos e Vanda Lacerda, protagonizada por Cássia Kiss e Elizabeth Savalla (o roteiro, do qual ela escreveu apenas o argumento e que foi redigido pela sua colaboradora Solange Castro Neves, que escreveu apenas os vinte e quatro primeiros capítulos e foi substituída por Lauro César Muniz após sua transferência para a TV Record) e a minissérie O Sarau, em doze capítulos, baseada em obras do escritor Machado de Assis, projeto este que acabou por ser abortado.


Além desta, Ivani Ribeiro também escreveu o argumento de A Selvagem (remake de Alma Cigana, 1964) e O Machão, de Sérgio Jockyman, exibidas pela TV Tupi em 1971 e 1974, respectivamente. Esta última foi adaptada de A Indomável, de 1965, pela TV Excelsior e ganharia uma terceira adaptação em 2000 exibida pela TV Globo, cujo título agora era O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco, protagonizada por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis (na primeira versão, foram interpretados por Aracy Cardoso e Édson França e na segunda adaptação, os papéis foram defendidos por Maria Isabel de Lizandra e Antônio Fagundes) - uma livre adaptação do clássico A Megera Domada, de William Shakespeare.

Escreveu também um roteiro para um filme com direção de Roberto Santos, Pantomina. Até a década de 80, Ivani Ribeiro havia adaptado exatos 2922 contos, média de um por dia, além de 1300 peças para rádio. Sem colaboradores ela escrevia dois capítulos de novela, o dobro do que uma equipe de quatro novelistas escreve hoje.

Ivani Ribeiro também foi a única autora a ter suas novelas reprisadas duas vezes na sessão Vale a Pena Ver de Novo: A Viagem, em 1997 e 2006, A Gata Comeu, em 1989 e 2001 e Mulheres de Areia em 1996 e 2011. Durante a segunda reprise de A Viagem, a gravadora Som Livre relançou no mercado a trilha sonora internacional da novela.

Em 1998 a autora e colaboradora de Ivani Ribeiro, Solange Castro Neves, apresentou uma sinopse de A Viagem 2, que seria uma continuação da novela exibida em 1994, mas desavenças entre diretores de emissora fizeram com que o projeto fosse abortado.

Ivani Ribeiro não temia a morte, mas reprovava a forma como os ocidentais a tratavam. Por isso, em suas 30 novelas, nunca escreveu cenas de enterro, que mostrassem o corpo dentro da urna. "Ela achava horrível mostrar a pessoa nessa situação", diz Solange Castro Neves. Ela "Respeitava a dignidade do morto". Solange fez de tudo para impedir que os fotógrafos registrassem o velório. "Era um desejo dela", desculpou-se, emocionada, no dia seguinte à cerimônia de cremação do corpo da escritora.

Na sexta-feira, 14, três dias antes de morrer, Ivani Ribeiro conversou pela última vez com Solange. No Hospital Sírio Libanês, onde estava internada há 25 dias, o assunto era trabalho. Falou com Solange sobre a minissérie O Sarau, que estava escrevendo, baseada na obra de Machado de Assis. Falava pausadamente, o corpo não mais acompanhava o raciocínio. Sofria de Insuficiência Renal provocada pela Diabetes. No início da noite, despediu-se, otimista, de Solange.

Ela me disse: "Semana que vem estou em casa e conversamos melhor."

Três dias depois, não resistiu a três paradas cardíacas. Morreu 20 dias depois do marido, o escritor Dácio Moreira Alves Ferreira, deixando dois filhos, Luís Carlos de 45 anos, e Eduardo de 40.


Teixeira Filho

ANTÔNIO TEIXEIRA FILHO
(61 anos)
Autor de Novela

* Cambará, PR (10/10/1922)
+ São Paulo, SP (24/04/1984)

De vida simples e avesso a badalações, ele chegou a se formar em Direito mas nunca exerceu a profissão. Casado com Carmem Lídia, pai da atriz Clênia Teixeira e do ator e compositor Cleston Teixeira, começou a escrever telenovelas em 1963, quando adaptou para a TV Tupi o clássico de Félix Caignet, O Direito de Nascer.


Na TV Globo ele escreveu Ciranda de Pedra, um grande sucesso, e O Homem Proibido, adaptações das obras de Lygia Fagundes Telles e Nelson Rodrigues respectivamente, ambas exibidas no horário das 18:00 hs. Teve ainda sua novela Ídolo de Pano, adaptada em 1982, no México, com o título de Vanessa.

Teixeira Filho morreu no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, vítima de uma Insuficiência Pulmonar.

Fonte: Wikipédia

Walter Pinto

WALTER PINTO
(81 anos)
Produtor e Autor de Teatro

* Rio de Janeiro, RJ (17/01/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/04/1994)

Produtor dos maiores espetáculos de Teatro de Revista brasileiro, é responsável pela reformulação do gênero, nos anos 1940 e 1950.

Walter formou-se em Contabilidade e Ciências Econômicas, mas acabou dedicando-se à Companhia de Teatro Pinto, fundada por seu pai.

Em 1940, com a morte prematura do irmão Álvaro, Walter Pinto assume a direção da Empresa de Teatro Pinto, que desde os anos 1920 se dedica ao teatro musicado. A Companhia Walter Pinto estreia com É Disso que Eu Gosto (1940), de Miguel Orrico, Oscarito Brennier e Vicente Marchelli, título extraído da música que Carmem Miranda cantava, à frente do elenco, com Oscarito e Margot Louro.

Walter Pinto 1960 Aeroporto Rio (Foto: Cedoc-Funarte)
A Companhia Walter Pinto, veio a se tornar a maior delas no teatro musicado, encenando Revistas e revelando uma geração de atores, músicos e compositores, dentre os quais se podem listar: Dercy Gonçalves, Carmem Miranda, Assis Valente e outros.

Durante toda a década de 1940, os espetáculos são quase que exclusivamente dirigidos por Otávio Rangel. O produtor tira a ênfase do autor e dos primeiros atores para valorizar a espetacularidade da cena: escadas, luzes, grandes coreografias, efeitos de maquinaria, coros numerosos e grande orquestra garantem o sucesso dos espetáculos que se sucedem. Contrata coristas argentinas, francesas e até russas que atuam principalmente nas partes musicais, para as quais mantém um grupo de bailarinas. Durante a guerra, ensaia quadros patrióticos.

Oscarito, Walter Pinto, Alexandre Amorim, Freire Jr. e Silvia Fernanda com o presidente Getúlio Vargas em 1952 (Foto: Cedoc-Funarte)
O tema do carnaval, pela óbvia semelhança do descompromisso, da musicalidade e do apelo ao corpo, é recorrente. Técnica e artisticamente, os espetáculos da Companhia Walter Pinto atingem, como se dizia em seu tempo, nível internacional. O cronista Carlos Machado cita o ator francês Paul Nivoix, sobre Trem da Central (1948), de Freire Jr. e Walter Pinto:

"Nunca imaginei que no Brasil houvesse um produtor de tal força para extasiar o público. O que acabo de ver em Trem da Central é digno de ser mostrado em qualquer parte do mundo sem receio de ser superado".

Na década de 1950, o produtor recebe durante quatro anos, três deles seguidos, o prêmio da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, de melhor produtor de teatro musicado, categoria criada em conseqüência de seu trabalho e muito provavelmente a ele dedicada. Na mesma coluna, Carlos Machado publica:

"O êxito de Walter Pinto é devido, sobretudo, a ele mesmo. Podem figurar nos letreiros luminosos os nomes de Oscarito, Virgínia Lane, Grande Otelo ou Mara Rubia, as maiores atrações nacionais. De um momento para outro, esses grandes nomes são obrigados a sair do palco das revistas de Walter Pinto. Saem mas não fazem falta. O êxito é o mesmo... A explicação é óbvia: Walter Pinto apresenta uma revista em conjunto, e é o conjunto que se firma. Sua maior vitória está neste detalhe."

Nos anos 1960, o produtor passa a assinar também a direção e o texto dos espetáculos.

Walter Pinto foi um dos maridos da vedete Íris Bruzzi.

Atuou como ator em dois filmes:
  • 1959 - Mujeres de Fuego (Mulher de Fogo)
  • 1937 - Samba da Vida

Fonte: Wikipédia

Bráulio Pedroso

BRÁULIO NUNO DE ALMEIDA PEDROSO
(59 anos)
Autor de Novela

* São Paulo, SP (30/04/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/08/1990)

O grande eixo do seu trabalho era o uso do deboche e do bom humor para criticar os tipos preestabelecidos existentes na sociedade brasileira, temática desenvolvida por meio de um notável arrojo formal.

Paulistano, ele trabalhou durante vários anos na Rede Globo, onde escreveu telenovelas de grande sucesso como O Cafona (1971), O Bofe (1972), O Rebu (1974) e Feijão Maravilha (1979), apesar de anteriormente ter trabalhado no cinema nas funções de assistente de direção, montador e crítico, e escreveu para o teatro a peça O Fardão, que ganhou o Prêmio Molière.

Sua primeira novela como autor titular foi Beto Rockfeller (TV Tupi, 1968), comédia que foi um grande sucesso de audiência e que consagrou o ator Luis Gustavo. Beto Rockfeller também ganharia uma continuação em 1973, A Volta de Beto Rockfeller, que não obteve o mesmo êxito, mas mesmo assim não comprometeu o personagem.

Entre 1985 e 1986 trabalhou em uma equipe de criação de texto da extinta TV Manchete, onde escreveu a novela Tudo Em Cima e o seriado Tamanho Família.

No final dos anos 80 foi contratado pelo SBT, onde co-escreveu - sem ser creditado - o argumento da novela Cortina de Vidro (1989) e preparava, antes de morrer, o remake de seu maior êxito: Beto Rockfeller.

Televisão

  • 1968 - Beto Rockfeller (TV Tupi - 1968/1969)
  • 1969 - Super Plá (TV Tupi)
  • 1971 - O Cafona (TV Globo)
  • 1972 - O Bofe (TV Globo)
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller (TV Tupi)
  • 1974 - O Rebu (TV Globo)
  • 1978 - O Pulo do Gato (TV Globo)
  • 1979 - Feijão Maravilha (TV Globo)
  • 1980 - Plantão de Polícia (TV Globo - 1980/1981 - co-autor)
  • 1981 - Amizade Colorida (TV Globo - co-autor)
  • 1982 - Parabéns Pra Você (TV Globo)
  • 1985 - Tudo Em Cima (TV Manchete)
  • 1985 - Tamanho Família (TV Manchete 1985/1986)

Teve sua novela O Pulo do Gato adaptada em 1992 pela televisão chilena.

Bráulio Pedroso faleceu vítima de fratura nas vértebras cervicais, causada por uma queda no banheiro de sua própria casa. Tinha 59 anos e sofria de Espondilite Anquilosante.

Deixou dois filhos, João Manoel e Felipe, e os netos Sofia e Pedro.

Fonte: Wikipédia

Leonor Bassères

LEONOR BASSERÈS
(78 anos)
Escritora, Jornalista, Crítica Literária, Professora e Autora de Novela

* Rio de Janeiro, RJ (15/12/1926)
* Rio de Janeiro, RJ (29/01/2004)

Foi uma escritora de literatura infanto-juvenil, jornalista, crítica literária, professora de línguas e autora de telenovelas brasileira.

Escreveu 16 livros juvenis de aventura, a partir da década de 1950, sendo também ghost-writer de várias celebridades.

Em 1980 foi convidada por Gilberto Braga para transformar sua telenovela "Água-Viva" (1980) em livro, lançado pela Editora Record no mesmo ano, o que inciou uma parceria de sucesso. Leonor Bassères foi co-autora de Gilberto Braga em todos os seus trabalhos posteriores, sendo os principais: "Vale Tudo" (1988), "O Dono do Mundo" (1991), "Labirinto" (1998), "Pátria Minha" (1994) e "Celebridade" (2003).

Como autora principal, Leonor Bassères escreveu, em 1990, a telenovela "Mico Preto", em parceria com Euclydes Marinho e Ricardo Linhares. Também com Ricardo Linhares, foi co-autora de "Meu Bem Querer", em 1998.


Em meados de 2003, apesar de ter descoberto um câncer no pulmão, continuou a escrever a novela "Celebridade".

Leonor Bassères faleceu na madrugada do dia 29 de janeiro de 2004, aos 78 anos.

"Celebridade" encerrou com uma mensagem homenageando Leonor Bassères.

Leonor Bassères deixou um texto em seu computador, datado de 7 de agosto de 2003, que foi encontrado pela família:

"Como curtir uma morte bem curtida. Fazia um dia lindo na manhã em que eu morri. Desses que a gente chamava "gloriosos". Próprios para ir à praia, jogar tênis, correr pela orla com o namorado, essas coisas. Sem nem mencionar que a pessoa precisa não estar numa cadeira de rodas, roída por um câncer do pulmão na metade de cima, e por uma hepatite medicamentosa no resto. Sempre pedi a Deus ou a essa autoridade que manda nos homens e na terra, morrer dormindo. Achava lindo e confortável. Mas morte em manhã linda de verão também servia, já que o que estava ficando insuportável era a vida. Fechei os olhos e pensei 'vamo nessa' e fui."

Cassiano Gabus Mendes

CASSIANO GABUS MENDES
(64 anos)
Ator, Autor, Roteirista, Sonoplasta, Contra-Regra, Diretor e Radialista

☼ São Paulo, SP (29/07/1929)
┼ São Paulo, SP (18/08/1993)

Cassiano Gabus Mendes foi pioneiro da televisão brasileira nascido em São Paulo, SP, no dia 29/07/1929. era filho do radialista Otávio Gabus Mendes e pai dos atores Cássio Gabus Mendes e Tato Gabus Mendes.

Foi um profissional extremamente versátil, tendo sido ator, roteirista, diretor, produtor, sonoplasta, contrarregra e autor de telenovelas. Antes da inauguração da televisão no Brasil, Lima Duarte fora escolhido para ser o principal diretor da futura TV Tupi, mas recusou. Cassiano Gabus Mendes foi a segunda opção e tornou-se assim o primeiro diretor artístico da televisão brasileira, comandando a TV Tupi por mais de uma década.

Na primeira década criou vários programas que entraram para a história da televisão, como "TV de Vanguarda" e "Alô Doçura". Após uma breve passagem pela TV Excelsior em 1967, voltou à TV Tupi e concebeu outro marco, a telenovela "Beto Rockfeller" (1968).

Com a decadência da TV Tupi passou brevemente pela TV Cultura antes de chegar à Rede Globo, na qual só encontrou vaga como autor de novelas. Como não havia melhor opção, aceitou e se tornou um dos maiores autores do gênero. Cassiano Gabus Mendes dizia que a vantagem de ser um autor era a de que não precisava comparecer à emissora diariamente.


A crítica demorou a reconhecer o brilhantismo de Cassiano Gabus Mendes. Suas novelas eram vistas como exibições fúteis do conflito entre ricos e pobres, até se começar a notar que Cassiano Gabus Mendes, na verdade, era um amargo observador da mesquinharia humana, e que a futilidade dos personagens era vista com um olhar impiedoso e cruel. Cassiano Gabus Mendes não admirava nem um pouco seus personagens, eles eram um retrato amargo de uma sociedade vazia e superficial.

A novela "Anjo Mau" (1976) foi seu sucesso mais popular, protagonizado por Suzana Vieira e que ganharia um remake 21 anos depois, desta vez protagonizado por Glória Pires e adaptado por Maria Adelaide Amaral. O remake também foi bem sucedido, mesmo não repetindo o estrondoso sucesso da versão original, que, segundo consta, contava até com o ex-presidente Juscelino Kubitschek como fã.

Embora tenha escrito sucessos nos anos 70, como "Locomotivas" (1977) e "Marron Glacê" (1979), se consagrou mesmo na década seguinte, conseguindo grandes êxitos de público e crítica com inesquecíveis tramas do horário das 19h00, como "Elas Por Elas" (1982), "Ti Ti Ti" (1985-86), "Brega e Chique" (1987) e principalmente "Que Rei Sou Eu?" (1989). Essa última era uma inteligente sátira em forma de aventura, capa e espada, à situação política do Brasil no final do Governo Sarney.

Escreveu também duas novelas para o horário nobre, "Champagne" (1983) e "Meu Bem, Meu Mal" (1990).


Sua grande característica era a de imprimir um delicioso tom irônico nos seus trabalhos, elaboradas e sofisticadas sátiras de costumes. Outro traço marcante era o de suas tramas raramente ultrapassarem o número de 30 personagens. Assim, todos participavam diretamente do segmento da ação principal.

Autores renomados, como Sílvio de Abreu e Carlos Lombardi, veem-no como uma grande influência. Carlos Lombardi até prestou uma homenagem a ele, escalando-o como ator em "Perigosas Peruas" (1992), Cassiano Gabus Mendes a essa altura não atuava há décadas. Inicialmente ele faria apenas uma participação especial, mas acabou ficando a novela inteira, embora depois confessasse não ter gostado da experiência.

Algumas de suas telenovelas foram reencenadas na TV Chilena. O remake de "Marron Glacê" (1979) fez tanto sucesso que teve uma segunda parte, o que não aconteceu com o original.

Seus dois filhos, Cássio Gabus Mendes e Tato Gabus Mendes são importantes atores brasileiros, bem como seu cunhado Luís Gustavo.

Cassiano Gabus Mendes morreu aos 64 anos, em São Paulo, SP, no dia 18/08/1993, vítima de um infarto do miocárdio, faltando menos de três semanas para o desfecho de sua última novela, "O Mapa da Mina" (1993).

Trabalhos

  • 2010 - Ti Ti Ti (Remake)
  • 1997 - Anjo Mau (Remake)
  • 1993 - O Mapa da Mina (Autor Principal)
  • 1992 - Perigosas Peruas (Co-autoria)
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal (Autor Principal)
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? (Autor Principal)
  • 1987 - Brega e Chique (Autor Principal)
  • 1985 - Ti Ti Ti (Autor Principal)
  • 1984 - Champagne (Autor Principal)
  • 1982 - Elas Por Elas (Autor Principal)
  • 1980 - Plumas e Paetês (Autor Principal)
  • 1979 - Marron Glacê (Autor Principal)
  • 1978 - Te Contei? (Autor Principal)
  • 1977 - Locomotivas (Autor Principal)
  • 1976 - Anjo Mau (Autor Principal)
  • 1968 - Beto Rockfeller (Autor Principal)
  • 1966 - O Amor Tem Cara de Mulher (Autor Principal)
  • 1953 - 1964 - Alô Doçura (Autor Principal)

Fonte: Wikipédia

Ricardo de Almeida

RICARDO DE ALMEIDA
(34 anos)
Ator e Autor Teatral

* São Paulo, SP (1954)
+ São Paulo, SP (1988)

O ator e autor teatral Ricardo Almeida era filho do autor de novelas Manoel Carlos.

Manteve uma fértil parceria com Miguel Magno na escrita e interpretação.
Iniciou a sua carreira de ator no Teatro Orgânico Aldebarã. Em 1979, escreveu, junto com Miguel Magno, "Quem Tem Medo de Itália Fausta?", espetáculo considerado precursor do Teatro Besteirol.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?" foi o espetáculo que projetou nacionalmente Ricardo de Almeida e Miguel Magno. O texto nasceu de forma despretensiosa, como costuma ocorrer com os grandes sucessos. Ricardo e Magno haviam lido um livro sobre o ator Leopoldo Fróes (1882-1932) e, a partir dessa leitura, ele e Miguel Magno começaram a criar cenas brincando com a figura do "ponto", aquele funcionário cuja função era "soprar" do fosso do palco o texto para os atores.

Assim surgiu a Diva dependente do ponto, esquete que abria a montagem. Aos poucos, outros foram se agregando. "Itália Fausta" ganhou ainda, como "entreato", hilariante crítica ao academicismo na conferência de duas professoras sobre "a importância dos monossílabos e das interjeições átonas do dialeto javanês na literatura dramática da ilha de Java durante os últimos 15 dias do século 12 antes de Cristo".

O espetáculo estreou num pequeno teatro no Bexiga - hoje o "Espaço Ágora" dirigido por Roberto Lage e Celso Frateschi. "Eu vi aquela montagem dezenas de vezes", lembrou mais tarde Eduardo Martini que atuou nessa comédia, primeiro contracenando com Miguel Magno e, numa remontagem, com Marcos Oliveira.

Na década de 1980, Ricardo Almeida foi dirigido por encenadores como Antônio Abujamra, Jorge Takla e Bia Lessa.

Além da carreira teatral, Ricardo Almeida escreveu para a TV. Junto com Alcides Nogueira, foi redator do programa educativo da TV Globo chamado de "Zero a Seis". Ao lado do seu pai, o novelista Manoel Carlos, escreveu a minissérie "O Cometa" para a TV Bandeirantes.

Trabalhos Como Ator

1979 - Quem Tem Medo de Itália Fausta?
1980 - Os Filhos de Dulcina
1983 - Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico
1984 - O Segredo da Alma de Ouro
1984 - Hamleto
1985 - A Trilogia da Louca
1987 - As Guerras do Alecrim e da Manjerona

Trabalhos Como Autor

1979 - Quem Tem Medo de Itália Fausta?
1981 - Os Filhos de Dulcina
1981 - Pirlim

Morte

Ricardo de Almeida faleceu de complicações decorrentes da AIDS.

Dias Gomes

ALFREDO DE FREITAS DIAS GOMES
(76 anos)
Dramaturgo e Autor de Novelas

* Salvador, BA (19/10/1922)
+ São Paulo, SP (18/05/1999)

Essencialmente um homem de teatro, aos 15 anos Dias Gomes escreveu sua primeira peça, "A Comédia dos Moralistas", com a qual ganharia o prêmio do Serviço Nacional de Teatro, no ano seguinte. Em 1942, sua peça "Amanhã Será Outro Dia" chega às mãos do ator Procópio Ferreira que, empolgado com a qualidade do texto, chama o autor para uma conversa. Embora tivesse gostado do que lera, tratava-se de um drama antinazista e Procópio achava arriscado levar à cena um espetáculo desse porte em plena Segunda Guerra Mundial. Quando questionado se não teria uma outra peça, de comédia talvez, Dias lembrou-se de "Pé de Cabra", uma espécie de sátira ao maior sucesso de Procópio até então, e não hesitou em levá-la ao grande ator que, entusiasmado, comprometeu-se a encená-la.

Sob a alegação de que a peça possuía alto conteúdo marxista, "Pé de Cabra" seria proibida no dia da estreia. Curioso notar que, embora anos depois o autor viesse a se filiar ao Partido Comunista Brasileiro, até então Dias Gomes nunca havia lido uma só linha de Karl Marx.

Graças à sua influência, Procópio consegue a liberação da peça, mediante o corte de algumas passagens, e a mesma é levada à cena com grande sucesso. No ano seguinte, Dias Gomes assinaria com Procópio aquele que seria o primeiro grande contrato de sua carreira, no qual se comprometia a escrever com exclusividade para o ator. Desse período nasceram "Zeca Diabo", "João Cambão", "Dr. Ninguém", "Um Pobre Gênio" e "Eu Acuso o Céu".

Infelizmente nem todas as peças foram encenadas, pois logo Dias e Procópio se desentenderam por sérias divergências políticas. Refletindo o pensamento da época, Procópio não concordava com as preocupações sociais que Dias insistia em discutir em suas peças. Tais diferenças levariam o autor a se afastar temporariamente dos palcos e ele passou a se dedicar ao rádio.

Foi no ambiente radiofônico que Dias Gomes travou contato pela primeira vez com aquela que viria a se tornar sua primeira esposa, a então desconhecida Janete Clair. Com ela, teria três filhos: Guilherme, Alfredo e Denise Emmer.

De 1944 a 1964, Dia Gomes adaptou cerca de 500 peças teatrais para o rádio, o que lhe proporcionou apurado conhecimento da literatura universal.

Em 1960, Dias Gomes volta aos palcos com aquele que viria a ser o maior êxito de sua carreira, pelo qual se tornaria internacionalmente conhecido: "O Pagador de Promessas". Adaptado para o cinema, "O Pagador de Promessas" seria o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Oscar e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.

Em 1965, Dias assiste, perplexo, à proibição de sua peça "O Berço do Herói", no dia da estreia. Adaptada para a televisão com o nome de "Roque Santeiro", a mesma seria proibida uma década depois, também no dia de sua estreia. Somente em 1985, com o fim do Regime Militar, o público iria poder conferir a "Roque Santeiro" - que, diga-se de passagem, viria a se tornar uma das maiores audiências do gênero.

Com a implantação da Ditadura Militar no Brasil, em 1964, Dias Gomes passa a ter suas peças censuradas, uma após a outra.

Demitido da Rádio Nacional, graças ao seu envolvimento com o Partido Comunista, não lhe resta outra saída senão aceitar o convite de Boni, então presidente da Rede Globo, para escrever para a televisão.

De 1969 a 1979 Dias Gomes dedica-se exclusivamente ao veículo, no qual demonstra incomum talento.

Em 1972 Dias Gomes levaria o povo para a televisão ao ambientar "Bandeira 2" no subúrbio carioca.

Em 1973 escreveu a primeira novela em cores da TV brasileira, "O Bem Amado".

Em 1974 já falava em ecologia e no crescimento desordenado da cidade com "O Espigão".

Em 1976, com "Saramandaia", abordaria o realismo fantástico, então em moda na literatura.

O fracasso de "Sinal de Alerta", em 1978, leva Dias a se afastar do gênero telenovela temporariamente.

Ao longo de toda a década de 80, Dias Gomes voltaria a se dedicar ao teatro, escrevendo para a televisão esporadicamente. Datam desse o período os seriados "O Bem Amado" e "Carga Pesada" (apenas no primeiro ano), e as novelas "Roque Santeiro" e "Mandala", das quais escreveria apenas parte.

Viúvo de Janete Clair, que morrera um ano antes, em 1984 Dias casa-se com a atriz Bernadeth Lyzio, com quem tem duas filhas: Mayra Dias Gomes e Luana Dias Gomes.

Nos anos 90, Dias Gomes viraria as costas de vez para as telenovelas, dedicando-se única e exclusivamente às minisséries.

Academia Brasileira de Letras

Dias Gomes ocupou a cadeira 21, cujo patrono é o maranhense Joaquim Serra e o atual ocupante é o escritor Paulo Coelho.

Teatro

1938 - A Comédia dos Moralistas
1939 - Esperidião
1940 - Ludovico
1941 - Amanhã Será Outro Dia
1942 - O Homem Que Não Era Seu
1942 - Pé-de-Cabra
1943 - Zeca Diabo
1943 - João Cambão
1943 - Dr. Ninguém
1943 - Um Pobre Gênio
1943 - Eu Acuso o Céu
1943 - Sinhazinha
1943 - Toque de Recolher
1944 - Beco Sem Saída
1949 - A Dança das Horas (Adaptação do romance "Quando é Amanhã")
1951 - O Bom Ladrão
1954 - Os Cinco Fugitivos do Juízo Final
1959 - O Pagador de Promessas
1960 - A Invasão
1961 - A Revolução dos Beatos
1962 - O Bem-Amado
1963 - O Berço do Herói
1966 - O Santo Inquérito
1968 - O Túnel
1968 - Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Gloria
1969 - Vamos Soltar os Demônios (Amor Em Campo Minado)
1977 - As Primícias
1978 - Phallus
1978 - O Rei de Ramos
1979 - Campeões Do Mundo
1986 - Olho No Olho
1988 - Meu Reino Por Um Cavalo
1995 - Roque Santeiro, o musical

Literatura

1945 - Duas Sombras Apenas
1946 - Um Amor e Sete Pecados
1947 - A Dama da Noite
1948 - Quando é Amanhã
1982 - Sucupira, Ame-a ou Deixe-a
1983 - Odorico na Cabeça
1994 - Derrocada
1995 - Decadência

Cinema

1960 - O Pagador de Promessas
1987 - O Rei do Rio (Adaptação de "O Rei de Ramos")
2010 - O Bem Amado

Televisão

1969 - A Ponte dos Suspiros
1970 - Verão Vermelho
1970 - Assim na Terra Como no Céu
1971 - Bandeira 2
1973 - O Bem Amado
1974 - O Espigão
1975 - Roque Santeiro (1ª Versão Censurada)
1976 - Saramandaia
1978 - Sinal de Alerta
1979 - Carga Pesada (Supervisão de Texto)
1980 - O Bem Amado (Seriado)
1982 - Um Tiro No Coração (Minisérie)
1985 - Roque Santeiro
1987 - Expresso Brasil (Seriado)
1987 - Mandala (Até o 35° Capítulo)
1988 - O Pagador de Promessas (Minisérie)
1990 - Araponga
1992 - As Noivas de Copacabana (Minisérie)
1995 - Irmãos Coragem - Remake (Supervisão de Texto)
1995 - Decadência (Minisérie)
1996 - O Fim do Mundo
1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos (Minisérie)

Adaptações Em Outros Países

1971 - Así en La Tierra Como en el Cielo (Argentina)
1996 - Sucupira (O Bem Amado) (TV Nacional do Chile)

Em meio à preparação de mais um trabalho para a televisão, a minissérie "Vargas" - baseada em sua peça "Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Glória" -, Dias Gomes morre num trágico acidente automobilístico, ao sair de um restaurante no centro de São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Walter Avancini

WALTER NUNCIATO ABREU AVANCINI
(66 anos)
Escritor, Autor e Diretor

☼ São Caetano do Sul, SP (18/04/1935)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/09/2001)

Walter Nunciato Abreu Avancini foi um escritor, autor e diretor de telenovelas e minisséries, nascido em São Caetano do Sul, SP, o dia 18/04/1935. Era também pai da atriz Andréa Avancini, do diretor de novelas Alexandre Avancini e do artista plástico Otávio Avancini.

Walter Avancini foi um dos mais inovadores e criativos diretores da história da televisão brasileira, responsável pela condução de verdadeiros clássicos da teledramaturgia como "A Deusa Vencida" (1980), onde lançou Regina Duarte e Ruth de Souza, "As Minas de Prata" (1966), "Selva de Pedra" (1986), "O Semideus" (1973), "O Rebu" (1974), "Gabriela" (1975), "Saramandaia" (1976), "Nina" (1977), "Xica da Silva" (1996), "O Cravo e a Rosa" (2000), além de minisséries e especiais históricos, aclamados no Brasil e no exterior, como "Morte e Vida Severina", "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água", "Avenida Paulista", "Moinhos de Vento", "Anarquistas Graças a Deus", "Rabo de Saia", "Grande Sertão Veredas", "Memórias de um Gigolô", "Chapadão do Bugre", entre muitos outros.

Dono de um espírito inquieto, acreditava que a televisão não era apenas um veículo para histórias-padrão produzidas em ritmo industrial, mas sim um dos mais poderosos meios de nossa expressão cultural, como conseguiu demonstrar através de seus inúmeros e brilhantes trabalhos. Trabalhou também em Portugal, onde dirigiu a telenovela "A Banqueira do Povo" (1993).

Seus últimos trabalhos em telenovelas foram na Rede Manchete onde lançou vários atores brasileiros como Giovanna Antonelli, Taís Araújo, Murilo Rosa, entre tantos outros. Foi ele também que viu na atriz Drica Moraes a possibilidade de uma grande vilã na novela "Xica da Silva" (1996).

Morte

Walter Avancini morreu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 26/09/2001, vítima de câncer de próstata, deixando inacabado o trabalho na novela "A Padroeira" (2001), concluído por Roberto Talma.

Carreira

Como Apresentador

  • 1997/1998 - Programa Mistério (Manchete)


Como Diretor

  • 2001 - A Padroeira (Globo - Não concluída por Walter Avancini)
  • 2000 - O Cravo e a Rosa (Globo)
  • 1998 - Brida (Manchete)
  • 1997 - Mandacaru (Manchete)
  • 1996 - Xica da Silva (Manchete)
  • 1995 - Tocaia Grande (Manchete)
  • 1993 - A Banqueira do Povo (RTP)
  • 1993 - A Viúva do Enforcado (SIC)
  • 1990 - Brasileiras e Brasileiros (SBT)
  • 1989 - República (Globo)
  • 1988 - Abolição (Globo)
  • 1988 - Chapadão do Bugre (Bandeirantes)
  • 1986 - Selva de Pedra (Globo)
  • 1986 - Memórias de um Gigolô (Globo)
  • 1985 - Grande Sertão: Veredas (Globo)
  • 1984 - Rabo-de-Saia (Globo)
  • 1984 - Anarquistas, Graças a Deus (Globo)
  • 1983 - Fernando da Gata (Globo)
  • 1983 - Moinhos de Vento (Globo)
  • 1982 - Avenida Paulista (Globo)
  • 1981 - Obrigado Doutor (Globo)
  • 1981 - Rosa Baiana (Bandeirantes)
  • 1980 - Dulcinéa Vai à Guerra (Bandeirantes)
  • 1980 - Um Homem Muito Especial (Bandeirantes)
  • 1980 - Cavalo Amarelo (Bandeirantes)
  • 1980 - A Deusa Vencida (Bandeirantes)
  • 1980 - Drácula, uma História de Amor (Tupi)
  • 1978 - Sinal de Alerta (Globo)
  • 1978 - Kika e Xuxu (Globo)
  • 1978 - O Pulo do Gato (Globo)
  • 1977 - Nina (Globo)
  • 1976 - Saramandaia (Globo)
  • 1975 - O Grito (Globo)
  • 1975 - Gabriela (Globo)
  • 1974 - O Rebu (Globo)
  • 1974 - Fogo Sobre Terra (Globo)
  • 1973 - O Semideus (Globo)
  • 1973 - Cavalo de Aço (Globo)
  • 1972 - Selva de Pedra (Globo)
  • 1972 - Na Idade do Lobo (Tupi)
  • 1971 - Hospital (Tupi)
  • 1970 - Simplesmente Maria (Tupi)
  • 1970 - As Bruxas (Tupi)
  • 1969 - Super Plá (Tupi)
  • 1969 - João Juca Jr. (Tupi)
  • 1969 - Beto Rockfeller (Tupi)
  • 1969 - Era Preciso Voltar (Bandeirantes)
  • 1968 - A Última Testemunha (Record)
  • 1968 - O Terceiro Pecado (Excelsior)
  • 1967 - Os Fantoches (Excelsior)
  • 1967 - O Grande Segredo (Excelsior)
  • 1966 - As Minas de Prata (Excelsior)
  • 1966 - Anjo Marcado (Excelsior)
  • 1966 - Almas de Pedra (Excelsior)
  • 1965 - A Grande Viagem (Excelsior)
  • 1965 - A Deusa Vencida (Excelsior)
  • 1965 - Vidas Cruzadas (Excelsior)
  • 1965 - A Indomável (Excelsior)
  • 1964 - Melodia Fatal (Excelsior)

Fonte: Wikipédia

Oduvaldo Vianna

ODUVALDO VIANNA
(80 anos)
Autor, Diretor, Produtor e Roteirista

* São Paulo, SP (27/02/1892)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/05/1972)

Oduvaldo Vianna foi um autor, diretor, produtor e roteirista de teatro e cinema brasileiro, nascido em São Paulo, SP, no dia 27/02/1892.

Suas peças teatrais começaram a ser encenadas em 1916. Em 1919 faz sucesso com "O Almofadinha" pela Companhia Nacional de Comédias e "Vaudevilles" no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Do mesmo ano é a opereta "O Clube dos Pirrôs" pela Companhia Paschoal Segretto e as revistas "Viva a República" e "Flor da Noite".

Em 1921, Oduvaldo cria com o escritor Viriato Correia e o empresário Nicolino Viggiani uma companhia que se instala no Teatro Trianon, o mais importante do Rio na década de 1920. Eles encenam três peças de Oduvaldo, entre elas "Terra Natal", comédia sobre os costumes importados adotados na, então, Capital Federal, e dissolvem a companhia em um ano.

Em 1922 é um dos fundadores da Companhia Abigail Maia, com a própria atriz, e no ano seguinte passa a dirigir a Companhia Brasileira de Comédias.

Em 1931, dirige suas próprias peças como "Um Tostãozinho de Felicidade" e "Sorrisos de Mulher" na Companhia Brasileira de Espetáculos Modernos.

No mesmo ano passa a escrever para o principal ator da época, Procópio Ferreira, peças como "O Vendedor de Ilusões", "Feitiço, "Segredo", "Mas Que Mulher!" e "Fruto Proibido".


Sua consagração surge com "Amor", em 1933, com a Companhia Dulcina Durães Odilon. Ele mesmo dirigiu, com modernidades para a época, sua peça que defendia o divórcio para deixar os ex-cônjuges livres para novos amores.

Seu filme "Bonequinha de Seda" (1936), que ele dirigiu e roteirizou, tornou-se um clássico do cinema brasileiro.

Na segunda metade dos anos da década de 1930, ele dirige a Escola de Teatro Martins Pena. Na década seguinte chega ao rádio, onde passa a escrever radionovelas que ficam famosas, algumas chegam até a ganhar novas versões na televisão, anos depois.

Em 1963 recebe a Medalha de Honra ao Mérito, por mais de trinta anos dedicados ao teatro, dada pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais.


Fonte: Wikipédia

Andréa Maltarolli

ANDRÉA MALTAROLLI
(46 anos)
Autora de Telenovelas

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1962)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/09/2009)

Escreveu novelas como Malhação e foi colaboradora do autor Sílvio de Abreu. Escreveu, em 2008, Beleza Pura, sua primeira e única novela como autora principal. Ela também colaborou com outros programas da TV Globo, como Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total.

Formada em História e em Comunicação Social, Andréa Maltarolli fez sua estreia na televisão um ano após chegar à Rede Globo, em 1995, na primeira fase do seriado Malhação, sendo uma das criadoras deste que tornou-se o maior seriado da televisão brasileira. Permaneceu na equipe de roteiristas até 2002. A partir daí passou a desenvolver outros projetos, entre eles sinopses de novelas.

Em 2005, teve a sinopse da novela Operação Vaca Louca aprovada. A trama, uma comédia rural,que acabou não sendo realizada. Em 2008, Andréa estreou sua primeira novela solo, Beleza Pura, no horário das sete da noite da Rede Globo.

Em setembro de 2009, Andrea Maltarolli faleceu em decorrência de um câncer, no Rio de Janeiro, aos 46 anos de idade.

Na época, Andrea estava preparando uma nova trama, com título provisório de "As Quatro Estações". Com a morte da autora, o projeto foi assumido por Maria Adelaide Amaral.

Fonte: Wikipédia

Miguel Magno

MIGUEL MAGNO
(58 anos)
Ator, Diretor e Autor

* Rio de Janeiro, RJ (28/03/1951)
+ São Paulo, SP (17/08/2009)

O ator, diretor e dramaturgo Miguel Magno começou no teatro e ficou famoso na TV Globo com a novela "Top Model", em 1989. Trabalhou em televisão, teatro e no cinema. Ficou conhecido por interpretar papéis femininos. 

Ele foi um dos idealizadores do gênero cômico que ficaria conhecido como besteirol a partir do espetáculo "Quem Tem Medo de Itália Fausta?", escrito em parceria com Ricardo Almeida, que fez um estrondoso sucesso no teatro e ficou anos em cartaz, desde sua estreia em 1979. Miguel Magno chegou a fazer o papel de 11 personagens mulheres diferentes na peça.

Atuou no filme "Irma Vap, O Retorno", dirigido por Carla CamuratiTambém trabalhou ao lado de Marcos Caruso, autor da peça "Operação Abafa", que tinha Miguel Magno no elenco, um de seus últimos trabalhos teatrais.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?", foi sem dúvida o espetáculo que projetou nacionalmente Miguel Magno. Nasceu de forma despretensiosa, como costuma ocorrer com os grandes sucessos. Miguel Magno havia lido um livro sobre o ator Leopoldo Fróes e, a partir dessa leitura, ele e Ricardo Almeida começaram a criar cenas brincando com a figura do ponto, aquele funcionário cuja função era "soprar" do fosso do palco o texto para os atores. Assim, surgiu a diva dependente do ponto, esquete que abria a montagem. Aos poucos, outros foram se agregando.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?" ganhou ainda, como entreato, hilariante crítica ao academicismo na conferência de duas professoras sobre "a importância dos monossílabos e das interjeições átonas do dialeto javanês na literatura dramática da ilha de Java durante os últimos 15 dias do século 12 antes de Cristo".

O espetáculo estreou num pequeno teatro no Bexiga, hoje o Espaço Ágora dirigido por Roberto Lage e Celso Frateschi. "Eu vi aquela montagem dezenas de vezes", lembrou mais tarde Eduardo Martini que atuou nessa comédia, primeiro contracenando com Miguel Magno e, numa remontagem, com Marcos Oliveira, o Beiçola do seriado "A Grande Família".

Entre seus múltiplos trabalhos, Miguel Magno participou de séries como "Queridos Amigos" (2008), de Maria Adelaide Amaral, do seriado inaugural de "A Diarista" (2003), no papel do pintor Amintas Possolo e de "Os Normais" (2001), como um dentista.


Na televisão participou, ainda, de novelas nas quais sua verve cômica conquistou o público. Ele brilhou como o criado Romeu de "Estrela Guia" (2001) e ao encarnar Dona Roma, de "A Lua Me Disse" (2005), ambas na Rede Globo. Ainda na televisão, participou das novelas "Felicidade" (1991), "Helena" (1987) e "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), essas duas pela Rede Manchete, e "Dona Anja" (1996) e "Direito de Nascer"  (2001) pelo SBT.

No teatro, atuou ainda com Denise Stoklos na comédia "Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico", com texto de Dario Fo e Franca Rama.

Em 2009, Miguel Magno estava no elenco do programa humorístico "Toma Lá, Dá Cá", onde interpretava a personagem Doutora Percy.

Miguel Magno faleceu no dia 17/08/2009, aos 58 anos, estava internado no Hospital Paulistano, em São Paulo, onde desde o começo de julho de 2009 havia iniciado o tratamento de um câncer. O ator havia feito uma biópsia do fígado, mas morreu antes de saber o resultado.

O corpo de Miguel Magno foi velado no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista, e cremado no dia seguinte ao seu falecimento.

Fonte: Wikipédia