A questão de sua data de nascimento torna-se ainda mais relevante no contexto em que se instituem datas comemorativas em seu nome, como o Dia do Xaxado, projeto da Câmara Municipal de Serra Talhada que escolheu a data de 7 de julho, o que correspondente ao seu registro civil.
Existem duas versões para o seu apelido. Dizem que, ao matar uma pessoa, o cano de seu rifle, em brasa, lembrava a luz de um lampião. Outros garantem que ele iluminou um ambiente com tiros para que um companheiro achasse um cigarro perdido no escuro.
7 de novembro de 1896: Nasce
Levino Ferreira da Silva, o cangaceiro
Vassoura, primeiro filho de
Zé Ferreira com
Maria Jacoza.
7 de julho de 1898: Nasce
Virgulno Ferreira da Silva, o
Lampião, no sítio
Passagem das Pedras, em Serra Talhada, PE.
8 de março de 1911: Nasce
Maria Gomes de Oliveira, vulgo
Maria Bonita, na Fazenda Malhada Caiçara, em Santa Brígida, BA. Filha de
José Felipe e
Maria Joaquina da Conceição, conhecida como
Maria Déa. Alguns estudiosos do cangaço revelam que não há certeza sobre a data de nascimento de
Maria Bonita, e também que ela não seria filha de
José Felipe, mas de um senhor chamado
Agripino, ex-namorado de
Maria Déa. Segundo o pesquisador
Valdir de Moura Ribeiro, o nascimento de
Maria Bonita foi em 10 de janeiro de 1910.
1916: Zé Caboclo, é preso pelo inspetor
Manoel Lopes acusado de roubo de bodes. Os irmãos
Ferreira (
Antônio,
Levino e
Virgulino) também são acusados do mesmo crime, por
Domingos Rodrigues, pagando a ele uma indenização financeira.
Após este incidente, foram encontrado dois chocalhos pertencentes a
Zé Saturnino nas vacas dos
Ferreiras.
Zé Saturnino então pega três chocalhos dos
Ferreiras e coloca em vacas suas.
O jovem
Virgulino pega um burro pertencente a
Zé Saturnino, que acusa os
Ferreiras de ladrões.
Virgulino Ferreira, ofendido, manda ele ir buscar o burro em sua casa, e então mata nove reses de
Zé Saturnino.
Zé Saturnino
foi falar com
Zé Ferreira, arbitrariamente proibindo seus filhos de cuidar do rebanho em campo. Esta ordem de
Zé Saturnino
não foi acatada pelos irmãos
Ferreira, e eles foram emboscados por
Zé Saturnino
na Fazenda Pedreira, em Lagoa da Água Branca. Nesta ocasião
Antônio Ferreira, o irmão mais velho de
Virgulino, foi ferido.
Zé Ferreira, foi então até Serra Talhada, PE, pedir ajuda ao coronel
Antônio Timóteo de Lima, latifundiário petencente à mesma corrente política da família
Nogueira (
Venâncio Nogueira era o pai biológico de
Antônio Ferreira). No entanto, nenhuma providência foi tomada.
Quelé do Cipó, parente de
Zé Saturnino tentou apaziguar a questão, propondo reconciliação entre
Zé Saturnino
e os
Ferreira, mas
Zé Saturnino
não quis saber de qualquer tentativa de acordo.
5 de agosto de 1917: É fundado o povoado de Nazaré do Pico, distrito de Floresta, PE.
1917: Na tentativa de evitar mais conflitos,
Zé Ferreira, homem calmo e sensato, vende suas terras e vai morar na Fazenda Poço do Negro, próximo ao povoado de Nazaré do Pico, em Floresta, PE.
10 de fevereiro de 1918: Zé Saturnino vai até Nazaré do Pico, buscar um dinheiro quebrando um acordo feito - o acordo era que
Zé Saturnino não deveria ir até a cidade onde a família
Ferreira morava - e ele então é emboscado por
Virgulino e seu primo
Domingos Paulo. No dia seguinte
Zé Saturnino acompanhado por 15 homens, cercam a Fazenda Poço do Negro, onde a família
Ferreira morava. No conflito, um dos homens de
Zé Saturnino
é baleado, o cabra
Zé Guedes.
1919: Nazaré do Pico é invadida por
Jacinto Alves de Carvalho.
Virgulino, agora chamado de
Lampião defende o povoado.
José Alves Nogueira, tio de
Zé Saturnino é emboscado por
Virgulino.
João Flor, padrinho de
Virgulino, vai até o local do embate, pensando que era
Jacinto novamente atacando o povoado. Contudo ele descobre que era o seu próprio afilhado, iniciando um atrito entre ele e os
Ferreira.
Levino Ferreira da Silva dá um tiro no canto da rua e
Odilon Flor, filho de
João Flor revida quase atingindo
Lampião na cabeça. Começa o tiroteio e
Levino é ferido e vai até a casa de
Chico Euzebio onde é preso e levado para Floresta.
Levino é solto e os
Ferreiras vão embora para Alagoas.
1920: Lampião junta-se ao cangaceiro
Antônio Matilde e atacam por diversas vezes a Fazenda Pedreira, pertencente a
Zé Saturnino. Dos cabras que acompanhavam
Lampião podemos destacar os cangaceiros
Antônio Ferreira,
Levino Ferreira (
Vassoura),
Antônio Rosa,
Baião,
Manoel Tubiba,
Cajazeira,
Baliza,
Zé Benedito,
Olimpio Benedito e
Manoel Benedito.
Zé Saturnino vendo seu gado e sua fazenda invadida, procurou seu tio, o famoso cangaceiro
Cassimiro Honório que trouxe vários cabras para defesa da fazenda do sobrinho onde travaram alguns combates com o bando de
Lampião, que voltou para Alagoas. Entres os cabras de
Zé Saturnino podemos citar
Nêgo Tibúrcio,
Zé Guedes,
Zé Caboclo,
Vicente Moreira,
Batoque e o famoso
Marcula.
Maio de 1920: Em Alagoas,
Zé Ferreira manda o filho
João Ferreira comprar remédio para um sobrinho doente. O delegado
Amarilio prende
João Ferreira, como isca para tentar prender os seus irmãos foragidos.
Maria Jacoza, mãe de
Lampião, fica preocupada e resolve ir embora da região. Ela adoece e morre na Fazenda Engenho de Luiz Fragoso. Dezoito dias após sua morte.
Zé Ferreira (pai de
Lampião,
Antônio e Vassoura), é morto pelo tenente
José Lucena de Albuquerque Maranhão e os irmãos
Ferreira resolvem entrar de vez na vida do cangaço.
1921: Os
Ferreira entram no grupo dos
Purcinos e matam o viajante
Arthur Pinto. O tenente
Zé Lucena vai até Poço Branco, AL, onde trava tiroteio com o grupo dos
Purcinos. O cangaceiro
Gafanhaque é morto. Nesse ano os
Ferreiras e os
Purcinos matam ainda 6 irmãos da família
Quirino, de
Julio Batista.
Junho de 1921: Os
Ferreiras entram no grupo de
Sebastião Pereira e Silva, vulgo
Sinhô Pereira, cangaceiro famoso de Serra Talhada, PE.
8 de agosto de 1921: Combate na centenária Fazenda Carnauba, em Serra Talhada, PE, entre
Sinhô Pereira Capitão Zé Cataeno sendo morto o cangaceiro
Luiz Macario, e vitória da força volante.
Setembro de 1921: Combate na Fazenda Feijão entre
Sinhô Pereira tenente
João Marques de Sá. Vitória dos cangaceiros sem morte nenhuma.
Outubro de 1921: O bando de
Sinhô Pereira
e
Lampião vai para o Ceará, onde travam combate na Fazenda Mandaçaia, não sofrendo nenhuma baixa em ambas as partes. Quatro dias depois travam combate na
Vila de Coité morrendo um soldado e saindo dois bandidos feridos. Depois houve outro combate onde foi morto o cangaceiro Pitombeira e saiu ferido o cangaceiro
Lavandeira e dois soldados.
23 de junho de 1922: Lampião faz um assalto a Fazenda Baronesa de Água Branca, da cidade de Água Branca, AL, roubando ai grande quantia em dinheiro, sendo a primeira vez comandante de um grupo próprio.
18 de julho de 1922: Combate em Poço da Areia, AL, contra a força de 120 soldados do tenente
Medeiros, além de parte da família
Quirino. Baixas após assalto: O sargento
Agapito e dois soldados, contra 20 cangaceiros de
Lampião. Neste combate saiu gravemente ferido o cangaceiro
Fiapo I sendo morto por
Lampião depois.
Agosto de 1922: Devido aos pedidos da familia o cangaceiro
Sinhô Pereira
vai embora da Fazenda Preá, no Ceará, com destino a Goiás, para junta-se ao primo e ex-cangaceiro
Luiz Padre.
20 de outubro de 1922: Invasão de São José do Belmonte, PE, onde é morto o rico comerciante e chefe politico, coronel
Luiz Gonzaga Lopes Ferraz.
Lampião não tinha nenhum inimizade com o coronel mas atacou a cidade e matou o comerciante a pedido de
Yoyo Maroto, parente de
Sinhô Pereira
e inimigo politico de
Luiz Gonzaga Lopes Ferraz. Despois disso a viúva vai embora do estado.
31 de julho de 1923: De surpresa,
Lampião entra em Nazaré do Pico e vai até o casamento de sua prima e ex-amor de infância
Maria Licor Ferreira e
Enoque Menezes com o intuito de acabar o casamento sendo repelido pelo padre
Kerlhe que pede para ir embora e deixar o casamento acontecer. Ele decide ir embora mas deixa a ordem para ninguém no povoado dançar.
1 de agosto de 1923: Combate na praça de Nazaré entre
Lampião e a forca do sargento
Sinhozinho Alencar com a ajuda dos civis nazarenos
João Flor,
Euclides Flor,
Manoel Flor,
Davi Gomes Jurubeba,
Pedro Gomes de Lira, Zé Saturnino e mais seis homens.
Lampião vai embora. Depois desse ocorrido
João Flor consegue alistar sua família na
Força Volante de Combate ao Banditismo de Pernambuco por influência aos irmãos
Pessoa de Queiroz. Tem inicio a
Força de Nazaré, a mais ferrenha perseguidora de
Lampião.
12 de agosto de 1923: Combate na Fazenda Enforcado, na Serra do Pico, em Floresta, PE, entre o grupo de
Lampião e os nazarenos. Saiu ferido o bandido
Miguel Piloto e os nazarenos
Pedro Gomes de Lira,
Olimpio Jurubeba e
Adão Thomaz Nogueira.
5 de janeiro de 1924: Lampião invade a cidade de Santa Cruz da Baixa Verde, PE, em busca de matar o seu ex-amigo Clementino Quelé. Nesse combate
Lampião incendiou 3 casas e foi repelido pela força policial comandada pelo tenente
Pedro Malta. Nesse combate morreram
Pedro Quelé e
Alexandre Cruz, ficando ferido
Deposiano Alves Feitosa.
11 de janeiro de 1924: -
Lampião ataca novamente Santa Cruz da Baixa Verde, PE. Foi repelido por
Clementino Quelé que depois entrou na policia.
Janeiro de 1924: Lampião ataca o povoado de Tupanaci, em Mirandiba, PE, onde na ocasião encontrava-se um pequeno grupo de cangaceiros comandados por
Tibúrcio Severino dos Santos, vulgo
Nêgo Tibúrcio, ex-cabra de
Zé Saturnino e odiado por
Lampião.
Lampião então entra em combate e mata
Nêgo Tibúrcio
e seus cabras, partindo o cangaceiro em vários pedaços e jogando o corpo no meio da rua.
Março de 1924: Combate de
Lampião na
Serra do Catolé, em São José do Belmonte, PE.
Lampião é gravemente ferido no pé sendo cuidado pelo
Drº José Cordeiro e pelo
Drº Severino Diniz, da cidade de Triunfo, PE. A pedido do padre
Kerlhe ele pensou em se entregar para a policia mas depois voltou e continuou no cangaço.
27 de julho de 1924: Lampião manda um sub-grupo com 84 cabras tendo o comando dos cangaceiros
Antônio Ferreira,
Levino Ferreira,
Sabino Gomes,
Paizinho,
Meia Noite e o fazendeiro
Chico Pereira atacar e saquear a cidade de Sousa, PB. Tudo na cidade virou alvo de saque, os cangaceiros roubaram o comércio, residências, tendo a cidade um prejuízo incalculável. O principal alvo era o coronel
Otávio Mariz, desafeto de
Chico Pereira que fugiu. O juiz
Drº Archimedes Soutto Mayor foi humilhado em praça publica pelo bando. O destacamento local era comandado pelo tenente
Salgado que nada pode fazer. Depois desse ataque o coronel
Zé Pereira, de Princesa Isabel, PB, nunca mais deu proteção ao cangaceiro.
14 de novembro de 1924: Lampião toca fogo na casa da Fazenda Lagoa do Mato, de
Pedro Thomaz Nogueira, sendo perseguidos pelos nazarenos
Manoel Jurubeba,
Manoel Flor,
Inocêncio Nogueira e
Levino Cabloco até chegar na Fazenda Baixas de
Antônio Feitosa, em Floresta, PE. Lá houve novo combate entre
Lampião com 15 a 20 bandidos contra os nazarenos
Euclides Flor,
Olimpio Jurubeba,
Eloi Jurubeba,
Pedro Lira,
Abel Thomaz,
Manoel Thomaz e
Davi Jurubeba que saiu ferido no tornozelo. Foi morto o bandido
Manoel de Margarida e dos nazarenos
Olimpio Jurubeba e
Inocêncio Nogueira.
11 de fevereiro de 1925: Lampião entra pacificamente na cidade de Custódia, PE.
4 de julho de 1925: Lampião ataca a Fazenda Melancia, em Flores, PE. O proprietário
Zé Calú é violentado pelo grupo. Em seu socorro vieram os sargentos
Imbrain e
Zé Guedes com 30 soldados. Vão atrás do grupo que se aloja na Fazenda Barra do Juá onde é morto dois cangaceiros. Dali os cangaceiros vão para o
Sítio Tenório, em Flores, PE onde o soldado
Berlamino Morais em pleno combate, viu um vulto de cangaceiro em cima de uma pedra gritando e atirando.
Belarmino então atira e mata. Era o cangaceiro
Levino Ferreira da Silva, irmão de
Lampião. No outro dia ao saber disso o capitão
Zé Caetano e o cabo
Pedro Monteiro vão até a Fazenda Tenório e encontram os 3 corpos sem a cabeça, pratica esta utilizada pelos cangaceiros para dificultar o reconhecimento pela policia.
14 de novembro de 1925: Combate na Fazenda Xique-Xique, em Serra Talhada, PE entre Lampião e a força volante composta de
Euclides Flor,
Manoel Flor,
João Jurubeba,
Aurelino Francisco,
Hercilio Nogueira,
Ildefonso Flor e o rastejador
Batoque. Neste combate é morto o soldado
Ildefonso Flor. Dois cangaceiros são capturados,
Mão Foveira e
Cancão.
4 de fevereiro de 1926: Na Fazenda Caraibas, em Floresta, PE, houve combate entre
Lampião com 60 cangaceiros e a força volante do tenente
Optato Gueiros com 35 soldados. O tenente
Higino Belarmino, o cabo
Manoel de Souza Neto e o rastejador
Batoque sairam feridos. Foi morto os soldados
Aristides Panta,
Benedito Bezerra de Vasconcelos,
Antônio Benedito Mendes e também 6 cangaceiros de
Lampião.
18 de fevereiro de 1926: Lampião ataca Nazaré do Pico com 50 cabras. No povoado estavam apenas
Lúcio Nogueira,
Abel Thomaz,
Aureliano Nogueira,
Manoel Jurubeba,
Gomes Jurubeba e
João Jurubeba. Depois chegou
Odilon Flor com
Euclides Flor,
Vicente Grande,
Manoel Lira,
Antônio Capistrano e
Quinca Chico.
Lampião recuou de com raiva tocou fogo nas fazendas de
Euclides,
João Flor,
Afonso Nogueira e
Praxedes Capistrano.
20 de fevereiro de 1926: A
Coluna Prestes passa próximo ao povoado de Nazaré com 600 homens sendo perseguida pela força legalista comandada pelo major
Otacilio Fernandes que ao entrar no povoado houve troca de tiros por engano com os habitantes.
23 de fevereiro de 1926: Lampião ataca a Fazenda Serra Vermelha, em Serra Talhada, PE e
Antônio Ferreira mata
Zé Alves Nogueira, tio de seu inimigo
Zé Saturnino.
Zé Nogueira havia sido sequestrado pela
Coluna Prestes
na passagem da mesma pela região e tinha acabado de chegar em casa cansado da violência sofrida pelos revoltosos e sua morte gerou grande ódio na família
Nogueira.
12 de março de 1926: Lampião recebe a patente de capitão do Exército Patriótico de
Padre Cícero em Juazeiro do Norte, CE.
Lampião tinha bastante respeito e devoção ao padre e sua chegada na cidade foi com festa sendo até entrevistado. Foi a ultima vez que reuniu toda a família para tirar uma foto. Recebeu muita munição e ordens para combater a
Coluna Prestes.
20 de abril de 1926: Lampião ataca o povoado de Algodões que se encontrava com os soldados doentes de malária.
3 de julho de 1926: Lampião ataca as cidades de Cabrobó, Ouricuri e Parnamirim, todas no estado de Pernambuco.
7 de julho de 1926: Lampião manda o cangaceiro
Sabino Gomes atacar a cidade de Triunfo, PE, saqueando o comercio local. Houve troca de tiros com a policia saindo mortos 2 soldados e o comandante da policia local.
1 de agosto de 1926: Lampião com 80 cangaceiros ataca a Fazenda Serra Vermelha, em Serra Talhada, PE. A família
Nogueira composta do major
João Alves Nogueira, do seu filho
Neneco e dos seus netos
Luiz,
Dãozinho,
Raimundo e
Gentil Nogueira combatem saindo morto o cabra
Zé Paixão e
Antônia, ambos moradores de
João Nogueira, este tio-sogro de
Zé Saturnino.
26 de agosto de 1926: O cangaceiro
Horácio Novaes pede a
Lampião para atacar a família
Gilo, na Fazenda Tapera, em Floresta, PE, por conta de uma mentira que
Horácio soltou para
Lampião sobre o patriarca da família.
Lampião então mata 12 pessoas da família e na hora de mostrar uma carta ao patriarca o mesmo responde que não sabe ler e escrever sendo morto na mesma hora por
Horácio Novaes.
Lampião percebe a mentira de
Horácio e ele sai do grupo indo embora para o sul do pais.
2 de setembro de 1926: Lampião ataca novamente a cidade de Cabrobó, PE.
6 de setembro de 1926: Lampião ataca Parnamirim, PE, morrendo 2 soldados.
16 de setembro de 1926: Combate na Fazenda Tigre, em Itacuruba, PE, entre
Lampião e o cabo
Francisco Liberato.
Lampião
foi ferido na omoplata e o cangaceiro
Moreno no pé.
Lampião
foi para a Serra da Cunha, em Tacaratu, PE tratar do ferimento. Lá ficou escondido sobre a proteção do rico fazendeiro
Angêlo Gomes de Lima, o
Anjo da Gia.
11 de novembro de 1926: Combate na Fazenda Favela, em Floresta, PE, entre
Lampião
e a força volante comandada pelo cabo
Manoel de Souza Neto e o sargento
Zé Saturnino. A força recuou morrendo 5 soldados sendo um deles
João Gregório Ferraz Neto, da família
Nazarena. Do lado dos cangaceiros morreram cinco bandidos. Após o combate o capitão
Muniz de Farias chegou na fazenda e mandou tocar fogo em tudo por ter raiva do dono da mesma.
25 de novembro de 1926: Lampião sequestra o viajante
Mineiro Dias e vai até a Serra Grande, em Serra Talhada, PE. Nessa serra acontece o maior combate entre cangaceiros e a policia. Participam do combate o major
Theofanes Ferraz Torres, tenente
Higino Belarmino, tenente
Sólon Jardim, sargento
Arlindo Rocha, cabo
Manoel Neto,
Euclides Flor e mais 400 homens.
Lampião do alto da serra ataca e mata onze policiais e deixa onze feridos entre eles
Manoel Neto e
Arlindo Rocha. Da parte de
Lampião
apenas
Antônio Ferreira foi baleado.
25 de dezembro de 1926: Por conta do ferimento e da falta de munição gasta no combate da Serra Grande, o cangaceiro
Antônio Ferreira junto com
Luiz Pedro,
Jurema e
Biu vão até a Fazenda Poço do Ferro, em Tacaratu, PE, pertencente ao coiteiro
Angelo Gomes de Lima. O cangaceiro
Luiz Pedro estava limpando uma arma e acabou dormindo.
Antônio Ferreira em ato de brincadeira balança a rede para acorda-lo e a arma dispara acidentalmente atingindo
Antônio Ferreira.
Lampião é chamado até a fazenda e chegando lá encontra
Antônio Ferreira
ainda vivo que isenta
Luiz Pedro de culpa. Logo depois morre o cangaceiro
Antônio Ferreira, seu irmão.
3 de abril de 1927:
Lampião
manda um subgrupo comandado pelo cangaceiro
Jararaca atacar a cidade de Carnaíba, PE, assaltando o comércio local.
15 de maio de 1927: Lampião
tenta entrar na cidade de Uiraúna, PB, com 35 cabras, sendo repelidos pela força policial comandada pelo tenente
Nelson Furtado Leite e mais 14 homens. O combate durou cerca de uma hora saindo vencedora a força policial que perdeu apenas um soldado.
13 de junho de 1927:
Lampião
ataca a cidade de Mossoró, RN. O bando de
Lampião
foi dividido em vários subgrupos comandados pelos cangaceiros
Sabino Gomes,
Massilon Leite,
Jararaca e
Luiz Pedro. A cidade estava totalmente organizada tendo a frente o prefeito
Rodolfo Fernandes que distribuiu seu pessoal nas 4 torres da cidade, que aquela altura era a segunda maior do estado.
Lampião
sofreu sua maior derrota. O cangaceiro
Jararaca foi preso e enterrado vivo. Mossoró saiu vencedora.
15 de junho de 1927:
Lampião
em fuga do combate de Mossoró sequestra a senhora
Maria Rocha e o senhor
Antônio Gurgel pedindo 80 contos de réis. Para isso ele vai até a cidade de Limoeiro do Norte, CE, sendo recebido pacificamente pelo juiz
Custódio Saraiva que passou telegrama sobre o resgate do sequestro que não chegou.
Lampião
dormiu na cidade e depois foi embora.
17 de junho de 1927: Combate entre
Lampião
e a Força Volante na Serra da Mucamba, em Jaguaribara, RN.
Lampião
com 42 homens e a policia com 815 homens comandados pelo major
Moisés Leite de Figueiredo, cunhado do major
Isaías Arruda, este velho coiteiro de
Lampião. Apesar de no combate terem sido mortos somente dois soldados e um saiu ferido, o major Moisés, com grande numero de policias, foi acusado de covarde pelo tenente
Joaquim Teixeira de Moura.
7 de julho de 1927:
Lampião
em fuga de Mossoró passa um bom tempo na Serra do Coxá, em Milagres, CE. Depois de alguns dias saiu e foi para a casa de
Zé Cardoso na Fazenda Ipueiras, em Aurora, CE. Lá era coito de seu velho amigo
Isaías Arruda o que fez
Lampião
confiar. Chegando nessa fazenda
Lampião
almoçou e logo depois o dono ofereceu 8 cabras para participar do bando o que foi recusado por
Lampião
desconfiado de traição. Realmente estava combinado entre o major
Moisés e seu cunhado
Isaías Arruda essa estratégia.
Lampião
resolve ir embora sendo atacado pelo major
Moisés com 15 soldados.
9 de julho de 1927:
Lampião
passa pelo Morro Dourado, em Milagres, CE, rumo a cidade de Santa Inês, PB.
27 de março de 1928:
Lampião
vai até a Fazenda Batoque, em Jati, CE, do coiteiro
Antônio da Piçarra. A Força de Nazaré entra no estado cearense. O cangaceiro
Sabino Gomes conversava ao pé de um fogueira quando é atingido na boca por
Hercilio Nogueira, dos
Nazarenos.
Lampião bate em retirada sendo perseguindo pela policia. Duas semanas depois, não aguentando ver tanto sofrimento com o ferimento de
Sabino, o cangaceiro
Mergulhão, á pedido, mata
Sabino Gomes
com um tiro de misericórdia.
21 de agosto de 1928: Lampião atravessa de canoa o Rio São Francisco entrando no estado da Bahia com os cangaceiros
Luiz Pedro,
Ezequiel Ferreira,
Moreno,
Virgínio Mordeno e
Mergulhão.
26 de agosto de 1928:
Lampião
entra na cidade de Bonfim, BA. Houve pequeno combate com a força do tenente
Manoel Neto.
1 de março de 1929:
Lampião
entra pacificamente na cidade de Carira, SE.
25 de novembro de 1929:
Lampião
entra em Nossa Senhora das Dores, SE. De lá vai de carro até a cidade de Capela, SE. Lá visita o comércio local, assiste um filme no cinema e recolhe dinheiro com os comerciantes locais.
16 de dezembro de 1929:
Lampião
entra na cidade de Pombal, BA.
22 de dezembro de 1929:
Lampião
entra em Queimadas, BA. Lá ele assaltou a casa de
João Lantyer de Araújo Cajahyba, cortou os fios do telégrafo e sequestrou os telegrafistas
Joaquim Cavalcante e
Manoel Evangelista pelos quais recebeu o regaste de 500 mil réis. Depois foi até a cadeia e prendeu o sargento
Evaristo Costa e outros 7 soldados. Foi almoçar, voltou para a cadeia e soltou todos os presos. Mandou todos os 7 soldados ajoelharem e matou um por um. Pela noite, saqueou o comércio onde conseguiu 20 contos de réis. Foi ao cinema da cidade e depois mandou fazer um baile.
23 de dezembro de 1929:
Lampião
invade a cidade de Quijingue, BA. Lá ele fez um baile e deu dinheiro para o povo.
25 de dezembro de 1929:
Lampião
ataca a cidade de Mirandela, BA. A força policial comandada por
Francisco Guedes de Assis repele o ataque travando pequeno combate onde é morto os civis
Manoel Amaral,
Jeremias Dantas e mais um soldado. Nesse combate é ferido o cangaceiro
Luiz Pedro.
Lampião
então entra na cidade e saqueia o comércio local.
17 de outubro de 1930:
Lampião
invade a cidade de Simão Dias, SE. Invadiu casas, saqueou o comércio local e humilhou alguns moradores, levando a morte à esposa do latifundiário
Martinho Ferreira Matos que estava de resguardo quando foi violentada pelo próprio.
Dezembro de 1930:
Lampião
conhece
Maria Bonita, casada com o sapateiro
Zé de Neném. Ela já era apaixonada pelo cangaceiro e fugiu com ele deixando uma carta para o ex-marido. Foi a primeira mulher a participar do cangaço.
24 de maio de 1931: Combate em
Tanque do Touro entre o bando de
Lampião
e o tenente
Arsênio. Nesse combate, a cangaceira
Sérgia Ribeiro da Silva, esposa de
Corisco tem um filho que nasce em pleno tiroteio. A criança, de nome
Josafá morre dois meses depois.
28 de julho de 1931: O Governo da Bahia contrata a
Força de Nazaré comandada pelo tenente
Manoel de Souza Neto para combater
Lampião
naquele estado. Faziam parte daquela força o sargento
Davi Jurubeba,
Euclides Flor,
Manoel Flor,
João Gomes de Lira,
Pedro Gomes de Lira,
Herculano Nogueira,
João Cavalcanti,
Vicente Grande,
Henrique Gregório e
Antônio Capistrano, tudo gente do povoado.
6 de setembro de 1931: Combate na Fazenda Aroeiras, em Glória, BA, entre
Lampião e a força volante do tenente
Manoel Neto com 15 soldados. Neste combate acontece episódio épico em um riacho onde
Manoel Neto e o famoso cangaceiro
Corisco ficam frente a frente, tendo o cangaceiro fugido em disparada. Não houve baixas nesse combate.
5 de janeiro de 1932: Lampião
invade a cidade de Canindé, SE. Nesta cidade, violenta várias moças e saqueia o comércio local.
8 de janeiro de 1932:
Lampião
encontra-se com 32 cangaceiros na Fazenda Maranduba, em Poço Redondo, SE. A força do tenente
Manoel Neto com 100 soldados vai em perseguição travando grande combate. Na frente da força estava os soldados
João Cavalcanti e
Hercílio Nogueira que tombaram mortos.
Adalgisio Nogueira, irmão de
Hercílio Nogueira
tentou socorrer e também foi alvejado morrendo no local. Foi o maior combate de
Lampião
na Bahia. A força recuou com 6 soldados mortos e 12 feridos. Os cangaceiros perderão 3 cabras e um outro que de tão ferido
Lampião
matou.
20 de janeiro de 1932:
Lampião
invade a cidade de Olindina, BA.
22 de abril de 1932:
Lampião
trava combate na Fazenda Caldeirão contra força do tenente
Abdon Menezes e
Manoel Neto.
11 de agosto de 1932: Combate entre o bando de
Lampião
e o tenente
Ladislau na Fazenda Cajazeira, em Cipó, BA.
13 de setembro de 1932: Nasceu
Expedita Ferreira Nunes, filha de
Lampião
e
Maria Bonita em Porto da Folha, SE.
23 de outubro de 1937: Um subgrupo de
Lampião, comandado por
Corisco e
Gato atacam violentamente a cidade de Piranhas, AL. O intuito era resgatar a cangaceira
Inacinha, companheira de
Gato.
28 de julho de 1938: O bando de
Lampião acampou na Fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por
Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 05:15 hs., os cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se preparavam para tomar café quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais.
O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo.
Lampião foi um dos primeiros a morrer.