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Jane di Castro

JANE DI CASTRO
(73 anos)
Cantora, Atriz, Cabeleireira e Transexual

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/04/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/10/2020)

Jane di Castro foi uma cantora, atriz e transexual nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/07/1947.

Jane passou a infância no bairro de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Filha de mãe evangélica e pai militar, sofreu em casa a repressão por ser travesti.

Na década de 1960 foi trabalhar como cabeleireira, em Copacabana. Começou a se apresentar em casas noturnas do bairro e, em 1966, estreou no Teatro Dulcina. Manteve a carreira artística em paralelo com a profissão, até abrir seu próprio salão, em 2001.

Foi dirigida por Bibi Ferreira no espetáculo "Gay Fantasy" no qual também atuaram Rogéria, Marlene Casanova, Ney Latorraca, dentre outras. Jane di Castro apresentou-se em diversos palcos do Brasil e do exterior, incluindo uma performance no Lincoln Center.

Jane di Castro e Otávio Bomfim
Em 2004 estrelou no Teatro Rival o espetáculo "Divinas Divas", ao lado de Rogéria, Divina Valéria, Camille K, Eloína dos Leopardos, Marquesa, Brigitte de Búzios e Fujika de Halliday. O musical, que relembra a trajetória de travestis e transformistas de Copacabana, manteve-se em cartaz por 10 anos.

Depois de 47 anos vivendo com Otávio Bonfim, formalizou a união em 2014, num casamento coletivo que reuniu 160 casais LGBT.

Em 2018, Otávio Bonfim faleceu em decorrência das complicações de um câncer, deixando-a viúva.

Morte

Jane di Castro faleceu na sexta-feira, 23/10/2020, aos 73 anos, no Hospital de Ipanema, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de câncer. Foi sepultada na tarde de sábado, 24/10/2020, no Cemitério Parque Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Filmografia

Televisão
  • 2020 - Rua do Sobe e Desce. Número Que Desaparece ... Lana
  • 2017 - A Força do Querer ... Ela mesma
  • 2014 - Pé na Cova ... Patricia Swanson
  • 2013 - Salve Jorge ... Ela mesma
  • 2008 - Faça Sua História ... Ela mesma
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Ela mesma
  • 1995 - Explode Coração ... Ela mesma
Cinema
  • 2020 - De Perto Ela Não é Normal
  • 2018 - Rogéria, Senhor Astolfo Barroso Pinto
  • 2016 - Divinas Divas
  • 2016 - O País do Cinema
  • 2012 - A Inevitável História de Letícia Diniz

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #JanediCastro

Duda Molinos

DUDA MOLINOS
(54 anos)
Cabeleireiro e Maquiador

☼ Porto Alegre, RS, (21/12/1964)
┼ São Paulo, SP (07/07/2019)

Duda Molinos foi um maquiador e cabeleireiro, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 21/12/1964.

Aos 13 anos, Duda Molinos começou a frequentar as aulas de desenho e pintura no ateliê de arte da prefeitura de Porto Alegre. De certa forma, o destino do artista se cumpriu e ele nunca mais se separou dos pincéis, esfuminhos e da aquarela.

Aos 14 anos já morava sozinho e seu primeiro emprego foi no salão de beleza Scalp, em Porto Alegre, onde foi responsável por todos os rostos com ares de vanguarda que passaram a desfilar pela cidade. Sua vocação estava firmada.

Duda Molinos estreou no Brasil na era dos profissionais de beleza muito talentosos e que ganharam status de celebridades. Comumente, ele aparecia em programas de TV e virou amigo de clientes como Ana Paula Arósio, Luana Piovani e Cláudia Raia. Foi pioneiro a lançar uma marca de maquiagem com o seu nome, que foi um enorme sucesso.

Munido de tesouras, pincéis de maquiagem e maleta de artes plásticas, em 1984 desembarcou no circuito de moda paulistano. Sua primeira grande criação em São Paulo foi com a modelo, então estreante, Cláudia Liz, fazendo seu cabelo e maquiagem para o clique do fotógrafo J.R. Duran, sob a coordenação de moda de Constanza Pascolato. A partir daí, Duda Molinos entrou de vez no circuito e assinou como coordenador de beleza os desfiles de Paco Rabanne, Pierre Cardin, Gaultier Jeans, Christian Dior, Christian Lacroix, Vivianne Westwood, Blue Marine e Sonia Rikiel realizados no Brasil.


Atualmente, Duda Molinos era presença certa na agenda de moda brasileira como criador de beleza para os desfiles dos principais estilistas nacionais, para as campanhas publicitárias das grifes de moda e beleza e para os editoriais de mídia impressa. Era considerado uma das maiores autoridades em beleza do país. Tanto que tinha a coluna Personalidades, na revista Quem Acontece, além de dar dicas de beleza no programa de televisão da Ana Maria Braga.

Um dos últimos eventos em que esteve presente foi o Make-up & Hair, no Iguatemi Collection, em Salvador, BA. Assinou o make-up dos desfiles da Eugênia Fleury em São Paulo, participou das edições do Fashion Rio no stande da L´Oreal, fez o cabelo e a maquiagem de 30 modelos para o VI Agulhas da Alta Moda Brasileira, assinou o make-up do desfile da Ellus, durante o SP Fashion Week e foi contratado pela TV Globo para assumir a composição visual do elenco do "Programa Fama".

Graças a este talento bem aproveitado, recebeu vários prêmios em sua carreira. Vencedor de quase todas as edições do Prêmio Avon Color de Maquiagem, foi o homenageado na primeira edição do Prêmio em 1995, foi vencedor em 1996, nas categorias Desfile, Eventos Promocionais, Midia Impressa Editorial e, em 1999, na categoria Vídeo Independente Profissional e Clipe e foi homenageado na edição do Avon Color em 2018 pelo conjunto de seu trabalho. Em 2019, recebeu uma homenagem especial dos organizadores.


Ainda em 2019, ganhou o Prêmio Abit de melhor maquiador. Tudo começou com o prêmio de melhor categoria Make Up que recebeu do concurso Phytoervas Fashion Awards de 1997/1998.

Em 2000, Duda Molinos lançou seu livro "Maquiagem", um marco na história da maquiagem no Brasil. Com 224 páginas, 117 fotos, 87 ilustrações, no formato 21cm x 21cm, editado pelo Senac São Paulo e custando R$ 45,00, o livro foi redigido por Leusa Araújo e apresenta para a mulher brasileira um guia prático que mostra as facilidades, truques e técnicas que uma boa maquiagem pode proporcionar, apresentando uma infinidade de novos produtos que a maioria ainda não teve a oportunidade de descobrir com a abertura do mercado de importados nos últimos três anos.

Quem já botou a cara à prova de seu talento acha impressionante a suavidade com que vai adicionando cores, sombras e traços muito sutis no rosto até fazer revelar uma beleza singular.

No lado pessoal, Duda Molinos quebra um pouco o espelho do que se espera de um maquiador e fala pouco, foge do telefone e não tem folga às segundas-feiras. Quem o vê sair de sua casa com um contêiner metálico de mais de 30 quilos abarrotados de pincéis, aquarelas, purpurinas e perucas não dúvida: tudo o que carrega ali dentro é talento, ouro em pó, que ele vai transformar em beleza no rosto das mulheres.

Duda Molinos foi jurado do programa "Brazil's Next Top Model" e curador de beleza do Movimento HotSpot.

Morte

Duda Molinos faleceu na manhã de domingo, 07/07/2019, em casa, na Bela Vista, região central de São Paulo, aos 54 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. De acordo com a assessoria, Duda Molinos enfrentou o câncer de garganta anos atrás, mas já estava 100% curado.

O velório aconteceu na manhã de segunda-feira, 08/07/2019, no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, onde o corpo foi sepultado.

Fonte: WikipédiaMais Equilíbrio
#FamososQuePartiram #DudaMolinos

Silvinho

SÍLVIO ALBERTO JUSTO DA SILVA
(44 anos)
Cabeleireiro

* São Paulo, SP (1945)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/10/1989)

Silvio Alberto Justo da Silva, o Silvinho, foi um cabeleireiro carioca que se tornou conhecido por seu leque de clientes famosas, entre as quais as atrizes Betty Faria e Elke Maravilha.

Silvinho foi talvez o mais importante Hair Stylist brasileiro dos anos 70, conhecido como "O Cabeleireiro das Estrelas" que participou intensamente da cena artística e fez inúmeros trabalhos para fotografia de moda, foto de beleza, publicidade, nus para as revistas masculinas, cinema e televisão.

Silvinho começou a galgar os céus do estrelato ainda na década de 60, quando já trabalhava como cabeleireiro, principalmente de moda e beleza. Mas foi na década de 70 que ele ficou famoso de vez, tornando-se referência de luxo e bom gosto nos visuais que criava.

Seu trabalho foi tão influente no mundo pop brasileiro dos anos 60, 70 e 80, que ele passou a ser visto quase como uma estrela de TV. E virou uma delas: passou a fazer parte do corpo de jurados do programa do Chacrinha na televisão, na década de 70.


Silvinho fez trabalhos na área de moda, publicidade, cinema, televisão e até penteados para as atrizes que posavam nuas nas revistas masculinas da época. Com impressionante talento e inesgotável exuberância, mesclava elementos hippies com toques underground e passou por todas as fases e modas: o tropicalismo, o black power, o desbunde dos 70, a disco, dentre outras.

Nascido em São Paulo em 1945, filho de mãe húngara e de pai descendente de imigrantes italianos, veio de uma família pobre, mas desde cedo revelou-se um virtuose no corte de cabelos. Na década de 60 já se destacava como um craque nos cortes de cabelos em um pequeno salão onde trabalhava. A atriz Renata Fronzi, que era dona de um salão de beleza chique na capital paulista, descobriu Silvinho e o carregou para trabalhar com ela.

A partir dali, todas as celebridades e elegantes queriam ser "cortadas" e penteadas pelo moço. Incluindo a modelo estrangeira Veruska, um dos ícones dos anos 60, que atuou no filme "Blow Up" no ano de 1966, de Michelangelo Antonioni, e veio ao Brasil ainda naquela década com o fotógrafo Franco Rubartelli. A top escolheu Silvinho para produzir seu visual para um editorial de moda.

O passo seguinte foi se mudar para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no famoso salão Jambert, do espanhol Jambert Garcia, situado em Ipanema. O salão foi o mais badalado no Rio de Janeiro dos anos 70, repleto de tapetes persas e lustres de cristal. Logo Silvinho virou o preferido de mulheres famosas como Betty Faria, Sandra Bréa, Elke Maravilha, Yoná Magalhães, Zezé MottaMarina Montini e até Elis Regina. Além de cuidar do estilo capilar dessas poderosas, ele ficou muito amigo de várias delas, principalmente Betty Faria Sandra Bréa.

"As mulheres me contam tudo!"
(Silvinho em entrevista nos anos 70)

Betty Faria conta que, às vésperas de iniciar as gravações da minissérie global "Anos Dourados" (1986), que se passava na década de 50, estava em casa acompanhada do amigo e folheavam revistas antigas. Ao se depararem com uma foto da atriz italiana Gina Lollobrigida na década de 50, gritaram: "É esse cabelo!". Silvinho então fez o corte que imortalizou Betty Faria no papel da desquitada Glória.

Elke Maravilha e Silvinho
Sandra Bréa, por sua vez, só fazia cabelo com ele, inclusive nas inúmeras vezes em que posou nua para a revista Playboy. Uma delas, com os cabelos cacheados - obra de Silvinho. Segundo fonte, pouco antes de morrer, Sandra Bréa - que tinha os cabelos extremamente lisos - comentou: "Enrolar meus cabelos? Só Silvinho conseguia!".

Além de trabalhar como louco fazendo visuais para produção de revistas e TV - e não somente o cabelo, mas também a maquiagem e a produção das roupas, criando o visual completo das panteras -, ele ainda encontrava tempo para ferver. Vivendo o auge dos 70, era inevitável que Silvinho se jogasse na noite. Saía para a vida noturna acompanhado de mulheres badaladas e famosas, montadas por ele. Virou figurinha fácil em colunas sociais e também costumava desfilar no carnaval carioca, como em 1973, quando saiu pela Portela.

Também chegou a posar, ele mesmo, como modelo em editoriais de moda criados por ele, fazendo a linha Latin Lover, ao lado de pin-ups como Marlene Silva, Marina Montini e as próprias Elke MaravilhaSandra Bréa.

Em festas e badalações, surgia com visuais incríveis, explosivos e com toques de "Dzi Croquettes", o famoso grupo performático que também marcou os anos 70. De tão representativo, Silvinho foi uma das celebridades que fez uma ponta na novela global "Dancin' Days" (1978), como ele mesmo, surgindo na inauguração da discoteca que dava título à novela.

O filme norte-americano "Shampoo" (1975), por sinal, trazia como protagonista um esfuziante cabeleireiro, interpretado por Warren Beatty, que tinha casos com as inúmeras mulheres que penteava. Silvinho pode ser considerado uma versão verdadeira de tal personagem, já que, embora visivelmente andrógino e com uma sexualidade ambígua, teria tido flertes com algumas de suas estrelas, como Sandra Bréa.

O suposto romance entre SilvinhoSandra Bréa foi novamente comentado em 1993, quando a atriz anunciou publicamente que era soropositiva. Mas o cabeleireiro já não podia comentar o assunto, pois havia falecido em 06/10/1989, aos 44 anos, no Rio de Janeiro.

Ele descobriu ser portador do vírus do HIV em 1987, quando diagnosticou um câncer no estômago. Na época, ser soropositivo era uma sentença de morte. De fato, dois anos depois ele morria, e a causa da morte divulgada foi um linfoma no estômago e no esôfago.

Vários anos após sua morte, vale lembrar a importância de Silvinho, que acreditava fazer arte com sua profissão e ficou imortalizado como o mais importante Hair Stylist brasileiro dos anos 70.


Morte

Em 1987, ao iniciar um tratamento de câncer de estômago, Silvinho descobriu que também era portador do vírus da AIDS. De fato, dois anos depois, no dia 06/10/1989, no Rio de Janeiro, ele morria, e a causa da morte divulgada foi um linfoma no estômago e no esôfago.

Fonte: A Capa e Veja (11 de outubro, 1989 - Edição n° 1100 - Datas - Pág. 111)