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Marcos Tumura

MARCOS AURÉLIO TUMURA
(49 anos)
Ator, Cantor, Diretor, Coreógrafo e Figurinista

☼ Curitiba, PR (09/03/1968)
┼ São Paulo, SP (18/05/2017)

Marcos Aurélio Tumura foi um ator e cantor brasileiro nascido em Curitiba, PR, no dia 09/03/1968.

Ao longo de três décadas de carreira participou de trabalhos no teatro e televisão. Marcos Tumura começou como dançarino do Teatro Guaíra fazendo teatro com as peças "Rent" e "Aí Vem o Dilúvio".

Marcos Tumura esteve muitas vezes no elenco dos musicais de Claudia Raia.

Em 2001 foi escolhido para representar em "Les Misérables" o papel principal, vencendo 200 candidatos.

Marcos Tumura fez grandes musicais como "A Bela e a Fera", "O Fantasma da Ópera", "Miss Saigon", "Cabaret", "Crazy For You" e "Raia 30".

Estava no musical "Forever Young".

Em 2007 abriu sua própria produtora, Tumura Produções, ao lado do amigo Fred Sposito.

Na televisão ficou mais conhecido como o vilão Salazar do seriado "Patrulha Salvadora".

Marcos Tumura além de ator e cantor foi diretor, coreógrafo,figurinista e mestre de cerimônias.

Morte

Marcos Tumura morreu na madrugada de quinta-feira, 18/05/2017, aos 49 anos, vítima de infarto agudo do miocárdio, em São Paulo, SP. De acordo com amigos, ele passou mal após uma partida de vôlei e foi levado para o Hospital 9 de Julho mas não resistiu e faleceu.

Claudia Raia usou as redes sociais para lamentar a perda do amigo:
"Hoje o Brasil acordou mais cinza e triste, perdemos nosso amado, meu irmão, companheiro na vida e na arte Marcus Tumura, estamos sem ar, devastados e comunicamos a família do Teatro Musical Brasileiro que o velório deste grande artista sera no Cemitério do Araçá a partir de 12:00hs e a cerimônia de cremação no Crematório da Vila Alpina as 21:00"
Claudia Raia e Marcos Tumura
Carreira

Televisão
  • 2004 - Sítio do Pica-Pau Amarelo
  • 2008 - Negócio da China ... Elenco de Apoio
  • 2010 - Ti Ti Ti ... Vicky
  • 2014 - Patrulha Salvadora ... Salazar / Faraó
  • 2016 - Sol Nascente ... Massao

Teatro
  • Rent
  • Aí Vem o Dilúvio
  • Les Misérables
  • A Bela e a Fera
  • O Fantasma da Ópera
  • Cabaret
  • Crazy For You
  • Raia 30
  • Forever Young

Cinema
  • O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes ... Verdugo (Voz)

Fonte: Wikipédia

Almir Guineto

ALMIR DE SOUZA SERRA
(70 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/07/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/05/2017)

Almir de Souza Serra, mais conhecido por Almir Guineto, foi um cantor e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 12/07/1946. Fundador do Fundo de Quintal, Almir Guineto foi um dos maiores representantes do samba de raiz. Entre seus principais sucessos, destacavam-se "Caxambu", "Conselho", "Jibóia", "Lama Nas Ruas" e "Mel Na Boca".

Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro, Almir Guineto teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba. Sua mãe Nair de Souza, mais conhecida como Dona Fia, era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro. Seu irmão Francisco de Souza Serra, mais conhecido como Chiquinho, foi um dos fundadores dos Originais do Samba.

Na década de 1970, Almir Guineto já era mestre de bateria, um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que frequentavam o bloco carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, Almir Guineto inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba.

Em 1979, Almir Guineto mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez "Bebedeira do Zé", sua primeira composição gravada pelo grupo. A cantora Beth Carvalho gravou algumas composições de Almir Guineto, como "Coisinha do Pai", "Pedi Ao Céu" e "Tem Nada Não".

Fundo de Quintal e Carreira Solo

No início dos anos 80, Almir Guineto ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de "Samba é no Fundo de Quintal", primeiro LP do conjunto, e seguiu para carreira solo.

Almir Guineto conquistou fama com a premiação no Festival MPB-Shell, da Rede Globo, em 1981, em que interpretou o samba-partido "Mordomia" (Ari do Cavaco e Gracinha). Sua notoriedade como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década.

Beth Carvalho gravou "É, Pois, É" (Almir Guineto, Luverci Ernesto e Luís Carlos) em 1981, "À Luta, Vai-Vai!" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) e "Não Quero Saber Mais Dela" (Almir Guineto e Sombrinha) em 1984, "Da Melhor Qualidade" (Almir Guineto e Arlindo Cruz), "Pedi ao Céu" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) e "Corda no Pescoço" (Almir Guineto e Adalto Magalha) em 1987.

Alcione gravou "Ave Coração" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) em 1981 e "Almas & Corações" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) em 1983. Jovelina Pérola Negra gravou "Trama" (Almir Guineto e Adalto Magalha) em 1987.

Em 1986, a gravadora RGE lançou o LP "Almir Guineto", que teve grande sucesso comercial. Nesse disco, Almir Guineto gravou algumas de suas parcerias com Adalto Magalha, Beto Sem Braço, Guará da Empresa, Luverci Ernesto e Zeca Pagodinho. Entre os grandes destaques, estão "Caxambu", "Mel na Boca", "Lama nas Ruas" e "Conselho".

Ainda naquela década, a RGE lançou os LPs "Perfume de Champanhe" (1987), que teve repercussão com "Batendo na Palma da Mão" (Almir Guineto e Guará da Empresa) e "Jeito de Amar" (1989).

Em 1991, a RGE lançou o disco "De Bem Com a Vida".

Canção em Marte

Em 1997, "Coisinha do Pai" foi programada pela engenheira brasileira da Nasa, Jacqueline Lyra, para acionar um robô norte-americano da missão Mars Pathfinder, em Marte. em 1998, Almir Guineto compôs com Arlindo Cruz, Sombrinha e Xerife, "Samba de Marte", que relata a história da chegada de "Coisinha do Pai" em solo marciano.

Em 2002, a gravadora Paradoxx lançou o CD "Todos os Pagodes". Ainda em 2002, Almir Guineto participou de "Bum-bum-baticum-Beto" e "Tributo a Beto Sem Braço", dois shows em homenagem a este sambista carioca, que ocorreram respectivamente no Bar Supimpa e Teatro João Caetano, ambos na cidade do Rio de Janeiro.

Em julho de 2007, Almir Guineto comemorou seu aniversário em um show, com diversos convidados, no Espaço Santa Clara, na cidade de São Paulo.

Em 2009, Almir Guineto fez parceria com o rapper Mano Brown, dos Racionais MC's, na música "Mãos".

Morte

Almir Guineto faleceu aos 70 anos, na manhã de sexta-feira, 05/05/2017, no Rio de Janeiro, RJ, após complicações de problemas renais crônicos e diabetes. Ele estava em tratamento no Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Nos últimos 15 meses, Almir Guineto lutava contra problemas renais crônicos, o que o impossibilitou de assumir compromissos em shows e apresentações.

O corpo de Almir Guineto será velado na quadra do Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, no sábado, 06/05/2017, a partir das 15h00.

O velório acontece até às 13h00 de domingo, 07/05/2017, quando o corpo será levado para o Cemitério de Inhaúma, também na Zona Norte do Rio de Janeiro. O enterro acontecerá às 15h00.

Discografia

  • 1981 - O Suburbano (Beverly/Copacabana)
  • 1982 - A Chave do Perdão (Copacabana)
  • 1985 - Sorriso Novo (RGE)
  • 1986 - Almir Guineto (RGE)
  • 1987 - Perfume de Champagne (RGE)
  • 1988 - Olhos da Vida (RGE)
  • 1989 - Jeito de Amar (RGE)
  • 1991 - De Bem Com a Vida (RGE)
  • 1993 - Pele de Chocolate (RGE)
  • 1995 - Acima de Deus, Só Deus (RGE)
  • 1997 - Pés (RGE)
  • 1999 - Almir Guineto (Universal)
  • 2002 - Todos os Pagodes (Paradoxx)
  • 2003 - Sambas de Almir (Vieira Records)
  • 2012 - Cartão de Visita (Radar Records)


Fonte: Wikipédia e G1

Belchior

ANTÔNIO CARLOS GOMES BELCHIOR FONTENELLE FERNANDES
(70 anos)
Cantor e Compositor

☼ Sobral, CE (26/10/1946)
┼ Santa Cruz do Sul, RS (30/04/2017)

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior, foi um cantor e compositor brasileiro nascido em Sobral, CE, no dia 26/10/1946. Belchior foi um dos primeiros cantores de Música Popular Brasileira do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.

Durante sua infância, no Ceará, foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acácio Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança, recebeu influência dos cantores do rádio Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de rádio em Sobral.

Em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Ciências Humanas. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará.


De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste.

Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da Música Popular Brasileira, com a canção "Na Hora do Almoço", interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles, para um de seus futuros clássicos, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana.

Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.

Em 1972 Elis Regina gravou sua composição "Mucuripe" (Belchior e Fagner).

Belchior e Luiz Carlos Gomes Sobrinho
Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na gravadora Chantecler.

Em 1976, o segundo, "Alucinação", pela gravadora Polygram, consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como "Velha Roupa Colorida", "Como Nossos Pais", que depois foram regravadas por Elis Regina, e "Apenas Um Rapaz Latino-americano". Outros êxitos incluem "Paralelas", lançada por Vanusa, e "Galos, Noites e Quintais", regravada por Jair Rodrigues.

Em 1979 no LP "Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo" (Warner) gravou "Comentário a Respeito de John", uma homenagem a John Lennon, também gravada pela cantora Bianca.

Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati.

Polêmicas

Em 2005, Belchior abandonou a então mulher Ângela para passar a viver com a Edna Prometheu depois de conhecê-la no ateliê do amigo comum Aldemir Martins. Posteriormente Belchior deixou de fazer shows e abandonado inclusive bens pessoais. Ele vinha enfrentando processos judiciais relacionados a pensões alimentícias de duas filhas e um processo trabalhista. Por causa desses processos Belchior teve contas bancárias bloqueadas e por isso estava impedido de retirar o dinheiro relativo aos direitos de suas músicas. O cantor se encontrava em Porto Alegre, tendo morado em hotéis, casas de fãs e mesmo em uma instituição de caridade.

Em 2009 a TV Globo noticiou um suposto desaparecimento do cantor. Segundo a emissora, o cantor havia sido visto pela última vez em abril de 2009, ao participar de um show do cantor tropicalista baiano Tom Zé, realizado em Brasília. Turistas brasileiros afirmam terem-no encontrado no Uruguai em julho do mesmo ano. As suspeitas foram confirmadas quando Belchior foi encontrado no Uruguai, de onde concedeu entrevista para o programa Fantástico, da TV Globo. Na entrevista, o cantor revelou não haver desaparecido e estar preparando, além de um disco de canções inéditas, o lançamento de todas as suas canções também em espanhol.

No ano de 2012 ele novamente desapareceu, juntamente com a sua mulher, de um hotel 4 estrelas na cidade de Artigas, no Uruguai. Deixou para trás uma dívida de diárias e pertences pessoais. Ao ser identificado passeando por Porto Alegre afirmou que as noticias sobre a dívida no Uruguai não seriam verdadeiras.

Morte

Belchior faleceu na noite de sábado, 29/04/2017, em Santa Cruz do Sul, RS, aos 70 anos. Familiares confirmaram o falecimento, entretanto, não informaram a causa da morte. O corpo deve ser trazido para o Ceará ainda hoje, 30/04/2017. O sepultamento deve ocorrer em Sobral, CE.

Em nota, o governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, decretou luto oficial de três dias no Estado e reconheceu a importância de Belchior para a música brasileira:
Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no País, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias. 
Camilo Santana 
Governador do Ceará

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio também divulgou nota de pesar:
A cultura musical cearense e de todo o País, assim como outras expressões das nossas artes, perde uma das suas mais marcantes personalidades. Não há como aferir o tamanho dessa perda que, infelizmente, encerra um longo e grave período de ausência de Belchior entre nós. É hora de nos solidarizarmos com os parentes, amigos e fãs, dentre os quais me incluo, alem de manifestarmos a nossa eterna gratidão por este cearense ter trazido ao mundo uma poesia transcendente em todos os seus aspectos.
Roberto Claudio Rodrigues Bezerra
Prefeito de Fortaleza

A Associação Cearense de Imprensa também se manifestou em nota:
A Associação Cearense de Imprensa (ACI) expressa seu pesar pelo falecimento do cantor e compositor cearense Belchior. Suas canções constituem um legado representativo para a Música Popular Brasileira.

Excertos

"Só há uma coisa que o artista deve sempre fazer: desobedecer. Eu só acredito na dignidade do artista através da rebeldia."
"Quando a moçada pegou a mochila e meteu o pé na estrada, aí por 68, eu já vinha chegando de volta… Eu era pobre, vinha fugindo da escola, desde os 17 anos perambulava como andarilho e poeta apaixonado, dormindo embaixo das estrelas, transando com os cantadores, violeiros e loucos que vagam pela vida."
(Excertos da reportagem "Belchior, 12 anos de Música, Estrada e Rebeldia" - Revista Pop, 12/1975)

"Os artistas estão muito mesquinhos, tímidos, escolhendo lugares para cantar. Mas eu proponho uma ida para além dessas máscaras todas. Com um trabalho simples, direto, sem mistérios, minha preocupação é abrir um espaço em que se possam dizer coisas. O resto é papo furado."
"Não dou importância a essas críticas. São preocupações supérfluas, assim como é o sucesso, essa situação criada pelo público. Para mim, o que mais importa é que aparecendo na televisão, consigo mostrar a minha arte para milhões de pessoas. As pessoas exigem de mim um comportamento de superstar, mas eu prefiro seguir os ensinamentos da estrada."
(Depoimentos na reportagem Belchior: "Não visto máscara de superstar" - Revista Pop, 09/1977)

"Não gosto de músicas ou letras apenas contemplativas, passivas. Eu falo – e devo falar – dos enganos que nós, os jovens, sofremos por ver as nossas esperanças caírem por terra. Assim, não abro mão da agressão. Acho que é preciso fazer um trabalho irreverente e insolente. Caso contrário, vira aquele negócio de música de fundo de restaurante, sabe como é? As pessoas estão comendo e a arte serve apenas de relaxante, entretenimento. Facilitador da digestão."
"Não me interessa, como artista, produzir e criar pensando na eternidade da obra. Eu quero dar toques. Isso é fundamental para mim, pois o homem é o fim e o objetivo de si mesmo. Eternidade não é um dado humano, comum. Aliás, em qualquer nível é uma farsa, uma mentira. Sou contra. Eternidade é o tédio dos deuses, que gostariam de ser mortais. Minha ligação é com a terra."
"O meu disco tem um título que eu gosto, 'Alucinação'. Sabe, viver é mais importante que pensar sobre a vida. É uma forma de delírio absoluto, entende? A alegria, a ironia, a provocação, são tão importantes quanto sorrir, brincar, amar. Acho importante provocar. Um trabalho novo só aparece através da agressividade. Eu estou tranquilo quanto às consequências do meu trabalho. Acho importante que ele cause polêmica. É para desafinar mesmo! Desafinar sempre, que esse é o desafio. Hoje em dia, já não se pode mais criar sem correr riscos. E eu quero enfrenta-los."
"Aos 16 anos, eu não aguentei a barra, saí de casa, tentando buscar uma alternativa… Não vejo mal nenhum em sair por aí, botar o pé na estada. O nordestino tem a alma de emigrante, é uma ave de arribação, como diz Luiz Gonzaga. Agora, quem põe o pé na estrada precisa estar preparado para aguentar a barra. De 1971 até hoje, o negócio não foi fácil. Dormi em muita calçada. Segurei de perto a barra da Lapa (RJ). Senti fome e frio. Fiquei de pires na mão, nas salas de espera das gravadoras."
(Excertos de "Belchior: O que me interessa é amar e mudar” - Entrevista para Eduardo Athayde - Jornal Hit-Pop, 06/1976)

"Optei pelo trabalho, pois não dá para ficar curtindo as mágoas. Sei que nós somos de uma geração de pavor, de medo. Mas eu não curto essa miséria. O negócio é criar, a despeito da dor, da ferida, do machucado. Talvez, por isso, o resultado seja uma arte agressiva – a criatividade é um risco, não dá para criar sem perigo. Mas, mesmo assim, me interesso muito mais pela vida que pela arte, sacou?"
(Excerto da reportagen "Belchior, Sem Medo do Perigo" - Revista Pop, 03/1976)

"Eu não faço música partidária. Eu sou a favor de um recrudescimento das qualidades individuais, diante de qualquer instituição e também da instituição política. Tem governo, eu sou contra. Tem partido, eu sou contra. Eu não quero pertencer a partido, igreja, escola, a nenhum grupo institucional. Se eu pertenço a algum é por estrita obrigação da qual eu não posso fugir. Nós, os homens desse tempo, estamos humilhados pelas injunções do poder. Eu não quero poder nenhum. O poder é corruptor. Por natureza, o poder é avarento."
(Excerto da reportagem "Belchior, Como o Diabo Gosta" - Revista Música, 09/1979)


Discografia

  • 1971 - Na Hora do Almoço (Copacabana - Compacto)
  • 1973 - Sorry, Baby (Copacabana - Compacto)
  • 1974 - Mote e Glosa (Continental - LP/K7)
  • 1976 - Alucinação (Polygram - LP/CD/K7)
  • 1977 - Coração Selvagem (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Todos os Sentidos (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Pop Brasil (Warner Music / WEA)
  • 1979 - Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo (Warner - LP/CD/K7)
  • 1980 - Objeto Direto (Warner - LP)
  • 1982 - Paraíso (Warner - LP)
  • 1984 - Cenas do Próximo Capítulo (Paraíso/Odeon - LP)
  • 1986 - Um Show: 10 Anos de Sucesso (Continental - LP)
  • 1987 - Melodrama (Polygram - LP/K7)
  • 1988 - Elogio da Loucura (Polygram - LP/K7)
  • 1990 - Projeto Fanzine (Polygram - LP/K7)
  • 1991 - Divina Comédia Humana (MoviePlay - CD)
  • 1991 - Acústico (Arlequim Discos - CD)
  • 1993 - Baihuno (MoviePlay - CD)
  • 1995 - Um Concerto Bárbaro - Acústico Ao vivo (Universal Music - CD)
  • 1996 - Vício Elegante (Paraíso/GPA/Velas - CD)
  • 1999 - Autorretrato (BMG - CD)
  • 2002 - Pessoal do Ceará (Continental / Warner - CD)
  • 2008 - Sempre (Som Livre - CD)

Participações Especiais

  • 1979 - Massafeira

#FamososQuePartiram #Belchior

Jerry Adriani

JAIR ALVES DE SOUZA
(70 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ São Paulo, SP (29/01/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/04/2017)

Jerry Adriani, nome artístico de Jair Alves de Sousa, foi um cantor, compositor e ator brasileiro nascido no bairro do Brás, em São Paulo, SP, no dia 29/01/1947.

Jair Alves de Souza tornou-se artisticamente conhecido com o nome de Jerry Adriani e iniciou vida como cantor profissional em 1964, com o LP "Italianíssimo". No mesmo ano gravou o LP "Credi a Me".

Em 1965, Jerry Adriani estourou com "Um Grande Amor", primeiro LP gravado em português. Na mesma época, apresentou o programa "Excelsior a Go Go" pela TV Excelsior de São Paulo, em parceria com o comunicador Luiz Aguiar e tinha em seu set nomes como Os Vips, Os Incríveis, Prini Lorez, Cidinha Santos, dentre outros grandes cantores da época.

Comandou, entre 1967 e 1968, na TV Tupi, "A Grande Parada", junto com Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marília Pera, um musical ao vivo que apresentava os grandes nomes da MPB, consagrando-se definitivamente como um dos cantores de maior popularidade em todo o país.

No cinema fez três filmes como ator e cantor, "Essa Gatinha é Minha" (1966), com Pery Ribeiro e Anik Malvil, "Jerry, a Grande Parada" (1967) e "Jerry em Busca do Tesouro" (1967), com Neyde Aparecida e os Pequenos Cantores da Guanabara. Nessa mesma época, final dos anos 60, ganhou o titulo de Cidadão Carioca com o projeto do deputado Índio do Brasil.


Jerry Adriani foi o responsável pela vinda de Raul Seixas para o Rio de Janeiro, de quem se tornou grande amigo ainda em Salvador. Raulzito e Os Panteras, como eram conhecidos, formavam a banda de apoio que tocou com Jerry Adriani durante 3 anos. "Tudo Que é Bom Dura Pouco", "Tarde Demais" e "Doce Doce Amor", foram algumas das músicas de Raul Seixas gravadas por Jerry AdrianiRaul Seixas foi produtor de Jerry Adriani entre 1969 e 1971, até iniciar sua carreira solo.

Na primeira metade da década de 70, Jerry Adriani já um artista consagrado, expandiu seu talento musical para vários países. O cantor gravou discos e fez shows que tiveram grande sucesso em países como Venezuela, Peru, Estados Unidos, México, Canadá, dentre outros.

Em 1975, Jerry Adriani participou do musical no Hotel Nacional, "Brazilian Follies", dirigido por Caribe Rocha, que ficou um ano e meio em cartaz.

Em 1985, lançou pela Polydor o LP "Tempos Felizes", no qual registrou antigos sucessos da Jovem Guarda, entre as quais "Festa de Arromba", "O Bom Rapaz" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno".

Em 1986, gravou, de sua autoria, "Planeta Amor" e "Antes do Adeus", com Cury e "Beijos Medrosos", com Carlos Colla.



No inicio da década de 90, Jerry Adriani gravou um disco que trazia de volta as origens do rock'n roll, "Elvis Vive", um tributo a Elvis Presley do qual sempre foi fã. "Elvis Vive" foi o 24° disco de sua carreira.

O ano de 1994 veio acompanhado de um convite do diretor Cecil Thiré para participar da novela "74.5 Uma Onda No Ar", produzida pela TV Plus e exibida pela Rede Manchete. A novela também foi exibida com grande sucesso em Portugal.

No final de 1995, Jerry Adriani se destacou com expressivo sucesso, no lançamento da coleção com "Os Maiores Sucessos dos 30 Anos da Jovem Guarda", pela gravadora Polygram, como convidado especial, onde foram lançados 5 Cds comemorativos ao movimento, relembrando grandes sucessos como "Broto Legal", "Namoradinha de Um Amigo Meu", "Querida" e "Doce Doce Amor".

Em 1996, lançou o CD "Io", com grandes clássicos da música italiana, produção de Roberto Menescal e arranjos e direção de Luizinho Avelar, disco esse que teve uma grande aceitação no mercado.

Em 1997, participou das trilhas sonoras das novelas "A Indomada" da TV Globo, com a música "Engenho", letra de Aldir Blanc e música de Ricardo Feghalli, e "Zaza Internacional" também da TV Globo, com a música "Con Te Partiró" com participação da cantora Mafalda Minozzi.


Participou em 1998 da gravação de "Mil Faces" um dos temas principais do programa infantil "Vila Esperança" da TV Record, e foi convidado para interpretar "Impossível Acreditar Que Perdi Você" (Márcio Greick) para o projeto de "Sucessos dos Anos 70", lançamento da Polygram.

Lançou pela Indie Records, em 1999, o CD "Forza Sempre" com músicas da Legião Urbana gravado em italiano, que Jerry Adriani considerava como um marco em sua carreira, ultrapassando as 200.000 cópias em número de vendagem.

"Forza Sempre" foi produzido por Carlos Trilha, também produtor de Renato Russo no disco "Equilíbrio Distante". Participaram também do trabalho outros músicos que acompanhavam os shows da Legião Urbana: Fred Nascimento e Jean Fabra também autor de sete versões das músicas para o italiano. As outras três ficaram a cargo do cantor e compositor italiano Gabriele de L’utre.

A canção "Santa Luccia Luntana", interpretada por Jerry Adriani, foi uma das mais executadas na trilha sonora da novela "Terra Nostra" (1999). Música incluída como bonus track no CD "Forza Sempre".

Nos anos de 2000/2001, Jerry Adriani gravou "Tudo Me Lembra Você", mesmo titulo da música de trabalho que também fez parte da trilha sonora da novela "Roda da Vida" (2001) exibida pela TV Record.


Em 2006 participou da trilha sonora da novela "Cidadão Brasileiro" novamente da TV Record, só que agora numa releitura atualizada da música "Jailhouse Rock", conhecida mundialmente na inconfundível voz de Elvis Presley.

Em outubro de 2007, gravou, no Canecão, RJ,  seu primeiro DVD, "Jerry Adriani Acústico Ao Vivo", também lançado em CD em formato acústico, no qual faz releitura de sucessos que se tornaram clássicos de sua carreira, apresentando também canções inéditas. Na ocasião deu entrevista a Tarik de Souza, publicada no Jornal do Brasil, na qual o crítico afirmou ter Jerry Adriani exercido influência no modo de cantar do cantor Renato Russo. Também na ocasião, o Canal Brasil transmitiu, em 4 dias e horários, o show da gravação do DVD/CD na íntegra, com a participação de Fernanda TakaiIvo Pessoa, Tavito e Vinimax.

Em agosto de 2008, apresentou show na Modern Sound, em Copacabana, no Rio de Janeiro, lançando o CD/DVD "Acústico Ao Vivo" e interpretando hits da música pop nacional e internacional, como "Monte Castelo", da Legião Urbana e "As Tears Go By", dos Rolling Stones. O DVD foi gravado em Outubro de 2007, no Canecão, RJ, em parceria com o Canal Brasil. Em outubro de 2008, Jerry Adriani marcou retorno àquela casa em grande show de lançamento.


Em 2011, lançou o CD "Pop, Jerry & Rock", em que dividiu a produção e os arranjos com Reinaldo Arias. O disco homenageou Raul Seixas e Tim Maia na faixa "2012", e fez alusão à música "Rock Around The Clock", sucesso de Bill Haley, na faixa "Rock Around The Time", além de de ter contado com a parceria de Paulo Mendonça em "Fantasia" e "Highway Virtual".

Em 2012, apresentou o show "Jerry Toca Raul & Elvis", no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, RJ. Na apresentação, fugiu do estilo da Jovem Guarda que o tornou nacionalmente conhecido, dando espaço ao repertório com músicas como "Are You Lonesome Tonight?", "Kiss Me Quick", "My Way", "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás", "Medo da Chuva", canção, inclusive, que Raul Seixas compôs para a voz de Jerry Adriani, "Tente Outra Vez" e "Maluco Beleza".

Ainda em 2012, realizou apresentação no programa "Encontro Com Fátima Bernardes", na TV Globo, ao lado de Lafayette e Os Tremendões, Wanderléa, Marcelo Fróes e a banda Del Rey, numa emissão que teve como intenção relembrar a época da Jovem Guarda.

Em 2014 completou 50 anos de carreira com um show com seus maiores sucessos.

Morte

Em 10/04/2017, a família de Jerry Adriani anunciou que ele foi diagnosticado com um câncer e que o tratamento estava sendo iniciado. Não foram divulgados maiores detalhes sobre a doença.
"Jerry Adriani, 70 anos, e família vêm informar aos fãs, familiares amigos e imprensa, que encontra-se em tratamento contra a doença câncer descoberta após uma série de exames, ao longo das últimas semanas após ter dado entrada no hospital em março com um quadro de trombose venosa profunda. Jerry está começando tratamento para controle desta patologia. Pedimos a todos que independentemente de seus credos solicitem força e pronto restabelecimento ao querido amigo e cantor."
Jerry Adriani faleceu às 15h30 de domingo, 23/04/2017, aos 70 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele enfrentava um câncer e estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Recentemente, Jerry Adriani havia sofrido uma trombose em uma das pernas.

O corpo de Jerry Adriani foi velado no Cemitério Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira, 24/04/2017. O enterro ocorreu às 17h00, no mesmo cemitério.

Carreira

Discografia
  • 1964 - Italianíssimo
  • 1964 - Credi a Me
  • 1965 - Um Grande Amor
  • 1966 - Devo Tudo a Você
  • 1967 - Vivendo Sem Você
  • 1967 - Dedicado a Você
  • 1968 - Esperando Você
  • 1969 - Jerry Adriani
  • 1970 - Jerry
  • 1971 - Jerry Adriani
  • 1971 - Pensa Em Mim
  • 1972 - Jerry
  • 1973 - Jerry Adriani
  • 1975 - Jerry Adriani
  • 1977 - Jerry Adriani
  • 1980 - Jerry Adriani
  • 1983 - Pra Lembrar de Nós Dois
  • 1985 - Tempos Felizes
  • 1986 - Outra Vez Coração
  • 1988 - Jerry
  • 1989 - Parece Que Foi Ontem
  • 1992 - Doce Aventura
  • 1995 - Elvis Vive
  • 1996 - Rádio Rock Romance
  • 1997 - Io
  • 1999 - Forza Sempre
  • 2000 - Tudo Me Lembra Você
  • 2002 - O Som do Barzinho Italiano
  • 2008 - Jerry Adriani Acústico e Ao Vivo
  • 2011 - Pop, Jerry & Rock
  • 2012 - Família

Outros Lançamentos
  • 1995 - Os 30 Maiores Sucessos da Jovem Guarda
  • 1997 - Trilha Sonora "A Indomada" da TV Globo
  • 2000/2001 - Trilhas sonoras de novelas e regrava músicas do Elvis

Televisão
  • 1994 - 74.5 Uma Onda no Ar ... Roberto
  • 1998 - Programa Mil Faces
  • 2001 - Malhação ... Bruno
  • 2010 - A Grande Família ... Celso Tadeu
  • 2011 - Macho Man ... Oliver
  • 2013 - A Grande Família ... Jerry Adriani

Filmografia
  • Essa Gatinha é Minha
  • Jerry, A Grande Parada
  • Jerry Em Busca Do Tesouro

Premiações
  • Prêmio Sharp - Foi indicado 4 vezes, na categoria Cantor Popular
  • 1989 - LP "Marcas da Vida" - Melhor Cantor
  • 1990 - LP "Elvis Vive" - Melhor Disco e Melhor Cantor
  • 1993 - LP "Doce Aventura" - Melhor Cantor
  • 1995 - LP "Radio Rock Romance" - Melhor Disco e Melhor Cantor

#FamososQuePartiram #JerryAdriani

Beto Sem Braço

LAUDENIR CASEMIRO
(52 anos)
Feirante, Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/05/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/04/1993)

Laudenir Casemiro, mais conhecido como Beto Sem Braço, foi um cantor e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 24/05/1940. Seu pseudônimo lhe foi dado na infância, em consequência de uma queda de cavalo, na qual perdeu o braço direito.

Trabalhou como feirante, pertenceu à Ala de Compositores da Vila Isabel e mais tarde, transferiu-se para a Escola de Samba Império Serrano.

No início da década de 1970 estreou no mercado fonográfico com a gravação de "Ai Que Vontade", interpretada por Oswaldo Nunes, tornando-se o seu primeiro sucesso em nível nacional.

No ano de 1977, Paulinho Mocidade interpretou "Põe Pimenta" (Beto Sem Braço e Jorginho Saberás) no LP "Se o Caminho é Meu", pela RCA.

Em 1978, Beth Carvalho, no LP "De Pé No Chão", gravou "Marcando bobeira" (Beto Sem Braço, Dão e João Quadrado).

Roberto Serrão, Beto Sem Braço, Martinho da Vila e Noca da Portela
Em 1979, Almir Guineto, no LP "Jeito De Amar", pela gravadora RGE, incluiu "Lindo Requebrado" (Beto Sem Braço, Almir Guineto, Carlos Senna e Adalto Magalha).

Na década de 1980, Beth Carvalho interpretou várias composições suas, como "Quando o Povo Entra Na Dança" (Beto Sem Braço e Carlito Cavalcanti), no LP "Sentimento Brasileiro" (1980).

Em 1981, Beth Carvalho incluiu no disco "Na Fonte", outra composição sua, "Escasseia" (Beto Sem Braço, Aluízio Machado e Zé do Maranhão).

Em 1983, o LP "Suor No Rosto" obteve um grande sucesso devido à interpretação de "Camarão Que Dorme a Onda Leva" (Beto Sem BraçoZeca Pagodinho e Arlindo Cruz).

Em 1984, Beth Carvalho juntamente com Martinho da Vila, interpretaram "São José de Madureira" (Beto Sem Braço Zeca Pagodinho), em novo disco da cantora.

Beto Sem Braço e Bandeira Brasil cantam "Ladainha", a última composição de sucesso da dupla.
Em 1986, Zeca Pagodinho incluiu várias composições suas em seu disco, como "Quando Eu Contar, Iaiá" (Beto Sem Braço e Serginho Meriti),  "Vou Lhe Deixar No Sereno" (Beto Sem Braço Jorginho Saberás), "Cidade Do Pé Junto" (Beto Sem Braço Zeca Pagodinho) e "Brincadeira Tem Hora" (Beto Sem Braço Zeca Pagodinho), muito divulgadas em rodas de samba e emissoras de rádio por todo o país. Neste mesmo ano, outro sucesso de sua autoria viria a ser amplamente divulgado na voz de Carlos Sapato, "Papagaio" (Beto Sem Braço, Almir Guineto e Luverci Ernesto). A música foi gravada para o LP "Explosão Do Pagode", pela gravadora Fama, obtendo repercussão nacional. Ainda em 1986, duas outras composições suas foram gravadas no disco de Almir Guineto pela RGE, "Quem Me Guia" (Beto Sem Braço e Serginho Meriti) e "Flecha Do Cupido" (Beto Sem Braço, Almir Guineto e Guará da Empresa). Dominguinhos do Estácio, no LP "Bom Ambiente", interpretou "Dura prova" (Beto Sem Braço, Serginho Meriti e Aluízio Machado) e Reinaldo interpretou "Coco de Catolé" (Beto Sem Braço Joel Menezes) no LP "Aquela Imagem", lançado pela gravadora Continental. Alcione gravou "Na Paz De Deus" (Beto Sem Braço, Sombrinha e Arlindo Cruz).

Em 1987, Jovelina Pérola Negra, no disco "Luz do Repente", incluiu duas músicas suas, "Feira De São Cristóvão" (Beto Sem Braço e Bandeira Brasil) e "Calango Do Morro" (Beto Sem Braço e Paulo Vizinho). No LP "Perfume de Champanhe", Almir Guineto cantou "Coisa Da Roça" (Beto Sem Braço e Almir Guineto), e o Grupo Exporta Samba gravou "Daltônico Varela" (Beto Sem Braço e Serginho Meriti), "Samba Em Berlim" (Beto Sem Braço e Joel Menezes) e "Morena Do Canjerê"(Beto Sem Braço Joel Menezes). Deni de Lima gravou em seu primeiro disco pela RGE duas composições de sua autoria: "Céu Da boca" e "Concórdia".

Beto Sem Braço é carregado na escolha do samba-enredo do carnaval de 1987.
Em 1988, Elza Soares, no disco "Voltei", interpretou, de sua autoria, "Erê" (Beto Sem Braço Bandeira Brasil) e Zeca Pagodinho incluiu no disco "Jeito Moleque" outra composição sua, "Manera, Mané" (Beto Sem Braço, Serginho Meriti e Arlindo Cruz). Participou do LP "Samba De Roda De Salvador", produzido pelo baiano Walmir Lima e lançado pelo selo K-Tel, no qual foi incluída sua composição "Eu Quero Ver" (Beto Sem Braço Celso Apache), interpretada pela Sarabanda, Beto Sem Braço e Giba.

Em 1990, Zeca Pagodinho gravou diversas composições de Beto Sem Braço no CD "Mania De Gente", pela gravadora RCA, entre elas, "Aonde Será Que Eu Vá" (Beto Sem Braço e Martinho da Vila).

No ano de 1996, "Boi" (Beto Sem Braço e J. C. Santos), foi gravada por Zeca Pagodinho no CD "Deixa Clarear".

Em 1999, Zeca Pagodinho, no disco "Ao Vivo", interpretou  "Camarão Que Dorme a Onda Leva" (Beto Sem BraçoZeca Pagodinho e Arlindo Cruz) e "São José de Madureira" (Beto Sem Braço). Nesse mesmo ano, Leci Brandão, no disco "Auto-Estima", gravou "Com Toda Essa Gente"  (Beto Sem Braço, Dudu Nobre e Zeca Pagodinho).

No ano 2000, Zeca Pagodinho interpretou "A Paisagem", no disco "Água da Minha Sede". Neste mesmo ano, Nininha, Almirzinho, Kléber, Nonana da Mangueira e Luizinho SP gravaram o CD "Pagode de Mesa - Terra Samba". No disco, feito ao vivo na casa de show Terra Samba, em São Paulo, foi incluída uma composição de autoria de Beto Sem Braço, "Pintou Uma Lua Lá" (Beto Sem Braço e Maurição).

Zeca Pagodinho e Beto Sem Braço
Em 2002, Deni Lima gravou um disco só com composições de Beto Sem Braço: "Deni de Lima Canta Beto Sem Braço", lançado pela gravadora Virrec, que, entre outras, apresentou as inéditas "Panos de Buda", "Marimbondo Dá Mel""Um Dia De Rei" e regravações de grandes sucessos do compositor. Em setembro de 2002 vários artistas, entre eles, Almir Guinéto, Arlindo Cruz, Serginho Meriti, Bandeira Brasil, Deni de Lima, Ivan Milanez, Marquinhos China, Ircea Pagodinho e Maurição fizeram o show-homenagem "Bum-Bum-Baticum-Beto", tributo ao compositor no Bar Supimpa, na Lapa, Rio de Janeiro. Ainda em 2002, Dudu Nobre regravou "Papagaio" em seu terceiro disco solo "Chegue Mais".

No show "Tributo a Beto Sem Braço" apresentado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, vários companheiros e parceiros, entre eles, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Deni de Lima, Arlindo Cruz e Sombrinha, lhe prestaram homenagem.

Dentre os muitos sucessos de sua carreira estão "Manera Mané" e "Meu Bom Juiz", ambas interpretadas por Bezerra da Silva.


Em 2003, sua composição "Meu Bom Juiz" deu título ao disco de Bezerra da Silva. Neste mesmo ano, Arlindo Cruz e o Grupo Roda fizeram show em sua homenagem, somente com composições de sua autoria, no projeto "Sala de Visita", apresentado no Ballroom. Zeca Baleiro incluiu "Deixa a Fumaça Entrar" (Beto Sem Braço e Martinho da Vila), no show de "Petshopmundocão", no Canecão. Zeca Pagodinho lançou o CD "Zeca Pagodinho Acústico MTV", disco no qual incluiu "Quando Eu Te Contar (YaYá)" ((Beto Sem Braço Serginho Meriti) e "Brincadeira Tem Hora" (Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho).

Em 2004, Arlindo Cruz no Teatro Rival Br prestou homenagem a Guará, Neoci e Beto Sem Braço, no show "Arlindo Cruz - Homenagem Aos Poetas do Cacique de Ramos". Neste mesmo ano Beth Carvalho interpretou "Camarão Que Dorme a Onda Leva" (Beto Sem BraçoZeca Pagodinho e Arlindo Cruz) no DVD ao vivo "Beth Carvalho - A Madrinha do Samba", gravado em no Canecão e com a participação especial de Zeca Pagodinho nesta faixa.

Entre os vários intérpretes das mais de 500 músicas gravadas estão Alcione, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva e Fundo de Quintal.

Beto Sem Braço faleceu no Rio de janeiro, RJ, no dia 15/04/1993, aos 53 anos, vítima de uma tuberculose.

Tibério Gaspar

TIBÉRIO GASPAR RODRIGUES PEREIRA
(73 anos)
Cantor, Compositor, Produtor Musical e Violonista

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/09/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/02/2017)

Tibério Gaspar Rodrigues Pereira foi um violinista, produtor musical e compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/09/1943. Gaspar é autor de várias composições que foram sucessos na voz de Wilson Simonal, além de "Sá Marina", "BR-3" e "Teletema".

Iniciou sua carreira profissional em 1967, trabalhando em parceria com Antônio Adolfo. As primeiras composições da dupla foram "Caminhada", finalista do II Festival Internacional da Canção (FIC), "Tema Triste" e "Rosa Branca". Ainda nesse ano, teve registrado pela primeira vez seu trabalho de compositor, com a gravação da composição "Caminhada", por Agostinho dos Santos.

Em 1968 "Sá Marina" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo) foi gravada, com enorme sucesso, por Wilson Simonal. Também nesse ano, trabalhou na produção e direção musical do evento "Música Nossa" (Teatro Santa Rosa, RJ), ao lado de Roberto Menescal, Mário Telles, Ugo Marotta e Paulo Sérgio Valle.

Em 1969 participou do IV Festival Internacional da Canção (FIC) com "Juliana" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), defendida pelo conjunto A Brazuca e classificada em 2º lugar no evento.

Em 1970 representou o Brasil na Olimpíada da Canção de Atenas, na Grécia, com "Teletema" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), defendida por Evinha e classificada em 2º lugar. Nesse mesmo ano, venceu o V Festival Internacional da Canção (FIC) com "BR3" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), defendida por Tony Tornado e Trio Ternura.

Participou, como compositor, de trilhas sonoras para o cinema, com destaque para os filmes "O Matador Profissional" (1969), "Balada dos Infiéis" (1970), "Ascenção e Queda De Um Paquera" (1970), "Memórias De Um Gigolô" (1970), "O Enterro Da Cafetina" (1971), "Romualdo e Juliana" (1971) e "Beth Balanço" (1984).


Ainda como compositor, teve músicas incluídas em trilhas sonoras de novelas da TV Globo, como "Véu De Noiva" (1969), "Verão Vermelho" (1969), "Assim Na Terra Como No Céu" (1970), "Irmãos Coragem" (1970) e "O Cafona" (1971).

Classificou composições em vários festivais, tais como II Canta Rio-Sul, Festival de Alegre, Festival de São Silvério, Festival de São Simão, Festival de Pinheiros, Festival de Boa Esperança, XV Festival Antense da Canção, Festival de Ilha Solteira, Festival de Piraí, Festival de Juiz de Fora, Festival de Diamantina, Festival de Itumbiara e Festival de Montanha, além dos já citados. 

Tibério Gaspar participou da produção de discos de artistas como Antonio Adolfo & A Brazuca, Ruy Maurity, Tony Tornado, Cristina ConradoEudes Fraga, entre tantos outros, além de ter assinado, para a Prefeitura de Sapucaia, a produção do CD do "XV Festival Antense da Canção".

Trabalhou também na área publicitária, tendo ocupado, em 1977 e 1978, o cargo de diretor geral da Aquarius Produções, responsável pela produção de inúmeras peças publicitárias para todo o Brasil. Compôs jingles para clientes como Leite Gogó, Sérgio Dourado, Caixa Econômica Federal, Adidas, Caderneta de Poupança Letra, Caderneta de Poupança Delfim, Carrocerias Randon, Sudantex, Lanjal, Coca-Cola, dentre outros.

Criou e produziu, em 1986, o jingle institucional de fim de ano da Rede Manchete de Televisão.

Como produtor de televisão, atuou, com Lúcio Alves no III Festival Universitário (TV Tupi) e no programa "Som Livre Exportação" da TV Globo, no qual participou também como apresentador, ao lado de Elis Regina, Rita Lee, Suzana de Moraes e Ivan Lins.

Antonio Adolfo e Tibério Gaspar
Trabalhou na produção e direção de shows de artistas como Ruy Maurity e Belchior (Teatro Carioca), Antonio Adolfo & A Brazuca (Teatro Casa Grande), Johnny Alf (Teatro de Bolso), Tony Tornado (Teatro Copacabana Palace), Maria Alcina (Teatro Copacabana Palace), Nonato Buzar (Hotel Intercontinental), Leonardo Ribeiro (Vinicius Piano Bar), Cristina Conrado (People e Mistura Fina), além de ter dirigido a cantora Elza Soares no show "Passaporte" (Teatro Rival).

Como intérprete de suas composições, lançou, em 2002, o CD "Tibério Canta Gaspar".

Em 2004 o parceiro Sidney Mattos interpretou as faixas "Ia-Kekerê" e "Nossos Meninos", parceria de ambos, no CD "Boas Novas", de Sidney Mattos.

Em 2005 representou o Brasil no Festival Internacional de Viña del Mar com a composição "Matilde" (Tibério Gaspar e Guto Araújo), interpretada pela cantora Cristina Conrado.

No ano de 2015 lançou o CD "Caminhada", no qual interpretou as faixas "A Voz Da América" (Tibério Gaspar e Nonato Buzar), "Caminhada" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), "Companheiro" (Tibério Gaspar e Naire Siqueira), "Coração Maluco", "Dança Mineira" (Tibério Gaspar e Aécio Flávio), "Dono Do Mundo" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), "Luz Na Escuridão", "O Melhor Amigo", "Será Que Eu Pus Um Grilo Na Sua Cabeça?" (Tibério Gaspar e Guilherme Lamounier), "Sideral" (Tibério Gaspar, Durval Ferreira e Valdir Granthon), "Vê Ser Vê" (Tibério Gaspar e Rubão Sabino) e "Vitória Do Bem" (Tibério Gaspar).

Entre seus intérpretes constam Wilson Simonal, Erasmo Carlos, Leoni, Cristina Conrado, Elis Regina, Luiz Melodia, Denise Pinaud, Antonio Adolfo & A Brazuca, Agostinho dos Santos, Andréa Montezuma, Pery Ribeiro, Golden Boys, Paula Toller, Tim Maia, Marinês, Maysa, Emílio Santiago, Wanderléa, Tony Tornado, Regininha, Evinha, Claudette Soares, Dóris Monteiro, Luiz Cláudio, Luiz Camilo, Taiguara, Zizi Possi, Dalto, Leonardo Ribeiro, Toots Thieleman, Antoine, Herb Albert & Tijuana Brass, Sérgio Mendes & Brasil 77, Earl Klug, Joe CockerStevie Wonder, Márcio Lott, entre tantos outros.

Morte

No dia 29/01/2017, o músico passou mal no Teatro Glaucio Gill, na passagem de som para um show em homenagem a Tom Jobim, e foi levado para o Hospital Miguel Couto. No período em que ficou internado, sua saúde piorou com uma infecção e ele veio a falecer vítima de septicemia às 12h00 de quarta-feira, 15/02/2017, aos 73 anos, no Rio de Janeiro, RJ.

O velório de Tibério Gaspar aconteceu na quinta-feira, na capela 9 do Cemitério São João Batista. O sepultamento foi às 17h00.

Pelo Facebook, Antônio Adolfo lamentou a morte do artista:

"Profundamente triste com o falecimento de meu querido amigo e parceiro. Vamos ficar com a lembrança de Tibério, amigo de todas as horas, grande poeta, compositor, e tantas outras qualidades: justiça, raça, fibra, carisma, dedicação ao próximo etc. Gostaria de ter sua poesia para poder escrever coisas mais bonitas e profundas, como as que você sempre escreveu e mereceu!"

Discografia
  • 2015 - Caminhada (Selo Kriok Produções, CD)
  • 2002 - Tibério Canta Gaspar (Independente, CD)