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Mário Sérgio

MÁRIO SÉRGIO FERREIRA BROCHADO
(57 anos)
Cantor, Compositor e Cavaquinista

☼ São Paulo, SP (10/12/1958)
┼ Rio de Janeiro, RJ (29/05/2016)

Mário Sérgio era considerado um dos principais compositores do grupo carioca Fundo de Quintal, sendo o autor de diversas composições como: "Alem dos Sonhos da Ilusão", "Brasil Nagô", "Menina da Colina", "Ira de Hortelã", entre outras.

Em toda a carreira, Mário Sérgio participou, ao menos, da produção de 11 discos. Entre eles, "Fundo de Quinta - Cacique de Ramos", de 2002. No mesmo ano do CD "Jorge Aragão Ao Vivo", "Papo de Sambe", de 2001, e "Simplicidade", do Fundo de Quinta, em 2000.

O grupo era formado por Bira Presidente, Sereno, Ubirany, Ademir Batera, Mário Sérgio e Ronaldinho. Já gravou 32 álbuns, com 15 discos de ouro e quatro de platina. O grupo nasceu do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, no Rio de Janeiro, e é berço de artistas como Jorge Aragão, Sombrinha, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Walter Sete Cordas, Cléber Augusto e Neoci.

Morte

Mário Sérgio faleceu na madrugada de domingo, 29/05/2016, aos 58 anos. A morte foi anunciada na manhã de 29/05/2016 pelo site da banda e suas páginas nas redes sociais.

Segundo a produção da banda, ele estava internado havia uma semana em um hospital em Nilópolis, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, para fazer exames e estaria tratando um linfoma.

Artistas Lamentam

A morte do vocalista do grupo Fundo de Quintal, Mário Sérgio Ferreira Brochado, fez sambistas prestarem homenagem pelas redes sociais.

"Luto! Nosso amigo e referencia musical, se foi... Mário Sérgio (Fundo de Quintal), sentiremos saudades de você, mas suas lindas canções estão eternizadas aqui nos nossos corações... Muito obrigado por cantar em meu casamento... Muito obrigado pela companhia em Buenos Aires... E, pode ter certeza, vou terminar aquela canção que estávamos compondo... Estou muito triste! Sou muito fã! Vai com Deus, Marião!"
(Thiaguinho)

"O samba está em luto e o céu em festa. Um grande homem, um grande intérprete, um grande poeta. Sinceros sentimentos á toda família. Descanse em paz, Mario Sergio."
(Mumuzinho)

"Eu gravei duas ou três músicas deles. [A morte] Pegou de surpresa. Inclusive, fizemos um show no mês passado, no Cacique de Ramos. Era um grande músico, grande cara, gente boa. É a vida que segue."
(Zeca Pagodinho)

"Mário Sérgio foi um grande amigo! Foi um exemplo! Tivemos várias histórias no carnaval da Bahia, no pagode da tia Gessy, no próprio Cacique [de Ramos], em São Paulo... Nossos últimos momentos foram no carnaval de Salvador e no último DVD do Fundo de Quintal, no Circo Voador."
(Xande de Pilares)

Fonte: Grande FM

Furinha

DEMERVAL FONSECA NETO
Dentista, Instrumentista e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (09/06/1903)
┼ Circa Anos 70

Demerval Fonseca Neto, conhecido por Furinha, foi um instrumentista e compositor. Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no bairro do Catumbi, em 09/6/1903, e faleceu provavelmente nos anos 70.

Toda a família tocava de ouvido e, por volta de 1920, começou a tocar cavaquinho e, logo depois, bandurra (espécie de bandolim). Começou a compor ao iniciar seu trabalho em orquestra.

Em 1926 participou da Orquestra Raul Lipoff, tocando banjo, e com ela apresentava-se em festas e bailes.

Em 1927 lançou pela Odeon o choro "Tudo Teu", sua primeira composição gravada.

Em 1929 obteve sucesso com a gravação do choro "Verinha", pelo trompetista Djalma Guimarães, na Odeon.

Em 1930, Francisco Alves gravou, na Odeon, sua composição "Tristeza Havaiana" (Furinha e Lamartine Babo), com acompanhamento da Orquestra Pan-American, no qual faz um solo de guitarra havaiana.

Em 1931 passou a integrar a Orquestra de Simon Bountman, no Cassino do Copacabana Palace Hotel, na qual atuou até 1935, passando a exercer a partir de então sua profissão de dentista.

Furinha teve várias outras composições gravadas, entre as quais "Distância Infinita", pelo cantor Paulo Tapajós, e "Onde Estás", por gravada por Vero, pseudônimo do pianista Radamés Gnattali.

Zé Menezes

JOSÉ MENEZES DE FRANÇA
(92 anos)
Compositor e Instrumentista

* Jardim, CE (06/09/1921)
+ Teresópolis, RJ (31/07/2014)

José Menezes de França, por pseudônimo Zé Menezes era um violonista, compositor, tocava violão de seis e sete cordas, violão tenor, bandolim, banjo, cavaquinho, viola de dez cordas, guitarra amplificada, guitarra portuguesa e contrabaixo.

Zé Menezes é considerado um dos grandes cavaquinistas da Música Popular Brasileira.


De Juazeiro Para o Mundo

Zé Menezes começou sua carreira de instrumentista de forma precoce. Seu gosto musical foi despertado quando aos 6 anos de idade ouviu a banda de música de sua cidade natal. Aos 8 anos de idade, já tocava cavaquinho profissionalmente no cinema de Juazeiro do Norte, CE, e passou a ser conhecido como Zé do Cavaquinho. Nesta época, compôs sua primeira música "Meus Oito Anos" a qual teve o privilégio de apresentar perante o Padre Cícero. Aos 11 anos, já era músico da Banda Municipal de Juazeiro.

Por volta dos 12 anos de idade, em companhia do primo Luís Roseo, Zé Menezes foi então residir em Fortaleza, CE, onde passou um ano como locutor de um serviço de alto-falantes. Retornou posteriormente a Juazeiro, onde retomou sua carreira de músico em festas e cinemas.

Em 1938, Luís Roseo passou pela cidade como líder de uma banda de jazz. Zé Menezes decidiu-se a acompanhá-lo de volta à Fortaleza, onde, durante algum tempo, dedicou-se a aprender o ofício de alfaiate. Todavia, por volta de 1940 foi contratado como segundo violonista pela Ceará Rádio Clube e acabou por formar seu próprio grupo musical, um "regional", com o qual se apresentou na emissora durante quatro anos.

Passando por Fortaleza em 1943, para a inauguração do serviço de ondas curtas da Ceará Rádio Clube, o radialista César Ladeira conheceu o jovem músico e ofereceu-lhe um contrato com a Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Naquela cidade, angariou prestígio como solista e em 1945 formou o Conjunto Milionários do Ritmo.

Em 1947, Zé Menezes foi contratado pela Rádio Nacional, emissora onde permaneceria por cerca de 25 anos, apresentando-se inicialmente ao lado de Garoto no programa "Nada Além de Dois Minutos".

Em 1948 teve a primeira música gravada, o samba "Nova Ilusão" (Zé Menezes e Luiz Bittencourt) pelo grupo Os Cariocas. A música fez tanto sucesso que acabou por converter-se numa espécie de prefixo do conjunto. Em 1950 seria regravada por Francisco Sergi e Orquestra e em 1953 por Dick Farney e Quinteto.


Do "Quarteto Continental" ao "Sexteto Radamés"

Foi na Rádio Nacional que Zé Menezes conheceu o maestro Radamés Gnattali, o qual, em 1949, convidou-o para integrar o Quarteto Continental tocando guitarra. O Quarteto Continental era composto ainda pelo próprio Radamés Gnattali ao piano, Luciano Perrone (bateria) e Pedro Vidal Ramos (contrabaixo). Além das apresentações na Rádio Nacional, com os arranjos requintados e inovadores criados pelo maestro, o grupo acompanhou em estúdio gravações feitas por artistas conceituados da época, tais como Os Cariocas, Edu da Gaita e Aracy de Almeida.

Em 1951, o Quarteto Continental tornou-se um Quinteto, com a entrada de Chiquinho do Acordeom, e em 1959, com a entrada de Aída Gnattali, irmã de Radamés Gnattali, tocando um segundo piano, o grupo tornou-se o Sexteto Radamés Gnattali. O Sexteto excursionou pela Europa no ano seguinte, tendo apresentado-se em Paris, Londres, Oxford, Roma, Lisboa e Porto.


Zé Menezes, o "Transviado"

Com o declínio das emissoras de rádio frente ao avanço da televisão na década de 60, Zé Menezes mudou de atividade e tornou-se maestro na RCA Victor e arranjador de um time de estrelas da Música Popular Brasileira que incluíam Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Gilberto Milfont, Miúcha, Tom Jobim, entre outros.

Foi também a partir de 1960 que Zé Menezes criou o grupo Os Velhinhos Transviados, composto por músicos experientes e que se dedicou a criar paródias de músicas antigas e modernas. Segundo Zé Menezes, "Era uma sátira àquelas coisas todas que a gente via, aqui e no exterior. A gente tocava música antiga de forma moderna, e música moderna de forma antiga, sempre brincando muito"Os Velhinhos Transviados gravaram seu primeiro discos, homônimo, em 1962, seguido por "Os Velhinhos Transviados - Sensacionais" no mesmo ano e "Os Velhinhos Transviados - Fabulosos" em 1963. Ao todo, foram treze LPs lançados até 1971.


Zé Menezes, Global

Na década de 70, Zé Menezes passou a trabalhar na Rede Globo de Televisão como primeiro guitarrista. Depois, ocupou os cargos de maestro, arranjador e diretor musical. Foi na Rede Globo que ele se aposentou em 1992, não sem antes compor trilhas e vinhetas para programas tais como "Chico City", "Viva o Gordo" e "Os Trapalhões", do qual é o autor do famoso tema de abertura, ainda presente no imaginário popular brasileiro.


Morte

Zé Menezes morreu na noite de quinta-feira, 31/07/2014, aos 92 anos, em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital São José e a causa da morte não foi divulgada.


Discografia

  • 2007 - Gafieira Carioca (CD)
  • 1998 - Relendo Garoto (RGE, CD)
  • 1995 - Chorinho In Concert (CID, CD)
  • 1971 - Os Velhinhos Transviados na Curtisom (RCA Victor, LP)
  • 1964 - Os Velhinhos Transviados - Bárbaros! (RCA Victor, LP)
  • 1963 - Os Velhinhos Transviados - Espetaculares (RCA Victor, LP)
  • 1962 - Os Velhinhos Transviados - Sensacionais (RCA Victor, LP)
  • 1962 - Os Velhinhos Transviados (RCA Victor, LP)
  • 1961 - Para Ouvir, Dançar e Amar (RCA Victor, LP)
  • 1960 - E daí...? / Noites de Moscou (Sinter, 78)
  • 1959 - Carrilhão na Batucada / A Felicidade (Sinter, 78)
  • 1958 - Come Prima / O-lá-lá Bambolê (Sinter, 78)
  • 1957 - Nunca, Jamais / 'Na Voce, 'Na Chitarra E' o Poco' e Luna (Sinter, 78)
  • 1957 - Maracangalha / Le Rififi (Sinter, 78)
  • 1957 - Bolero Napolitano / Faz Que Vai (Sinter, 78)
  • 1957 - Ritmos Em Alta Fidelidade (Sinter, LP)
  • 1957 - Temperado / Ritmo Latino (Mocambo, 78)
  • 1957 - Anastácia / Gafieira é Comigo (Mocambo, 78)
  • 1955 - Amor Brejeiro / Violão na Gafieira (Continental, 78)
  • 1955 - Il Torrente / Polca Brasileira (Continental, 78)
  • 1955 - Maluquinho / Meu Xodozinho (Mocambo, 78)
  • 1954 - Um, Dois, Três / Borocochô (Sinter, 78)
  • 1954 - Se Você Não Tem Amor / Currupião (Sinter, 78)
  • 1954 - A Voz do Violão (Sinter, LP)
  • 1953 - Vai ou Não Vai? / Mentira de Amor (Sinter, 78)
  • 1952 - Meu Cavalo Alumínio / Baião do Ceará (Sinter, 78)
  • 1951 - Não Interessa Não / Vitorioso (Sinter, 78)
  • 1951 - Encabulado / De Papo Pro Á (Sinter, 78)
  • 1951 - Copacabana / Um Domingo no Jardim de Alah (Sinter, 78)
  • 1951 - Guriatan de Coqueiro / A Viola do Zé (Sinter, 78)
  • 1945 - Comigo é Assim / Seresteiro (Todamérica, 78)
  • 1941 - Nunca Aos Domingos / Taki (Philips, 78)