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Darcy Penteado

DARCY PENTEADO
(61 anos)
Desenhista, Artista Plástico, Pintor, Escritor, Cenógrafo, Figurinista, Autor Teatral e Militante do Movimento LGBTTTs

* São Roque, SP (1926)
+ São Paulo, SP (02/12/1987)

Distinguindo-se sempre pelos elegantes desenhos a bico de pena, trabalhou primeiro em publicidade e como figurinista, ilustrando revistas de moda, passando logo a trabalhar em teatro, como figurinista e cenógrafo, tendo participado, na década de 1950, do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).

Participou de inúmeras exposições, ilustrou livros e foi uma figura presente na cena cultural da cidade de São Paulo entre a década de 1950 e década de 1980. Foi reconhecido em Nova York como um dos dez melhores retratistas do mundo.


Em 1973 participou da XII Bienal com um audiovisual que propunha uma tese em termos estéticos contra a violência e a intolerância. Nesse ano foi produzido um filme documentário de curta metragem intitulado "Via Crucis Segundo Darcy Penteado".

Em 1976 publicou o seu primeiro livro de contos "A Meta" e a partir desse mesmo ano iniciou o ativismo na luta contra a discriminação aos homossexuais. Participou ativamente, durante os anos de repressão da ditadura militar, do jornal O Lampião, publicação pioneira para os gays brasileiros, ativo na defesa dos direitos dos homossexuais.


Por anos Darcy carregou sozinho a bandeira dos homossexuais no Brasil. Foi dele, ainda no início da década de 1980, a primeira tentativa de arrecadação de fundos em benefício da pesquisa sobre a AIDS no Brasil, através de um leilão. Apesar de desiludido com os resultados, participou de diversas campanhas de conscientização da doença. Gravou uma chamada para a televisão, de alerta ao público.

Na literatura, Darcy Penteado ilustrou o primeiro livro de Jorge Amado, "O País do Carnaval" e "Navegação de Cabotagem".

Darcy Penteado faleceu em dezembro de 1987, aos 61 anos vitimado pela AIDS.

Atualmente, suas obras podem ser vistas no museu mantido pelo Centro Cultural Brasital, no município de São Roque, em São Paulo.


Em frente a entrada principal do Edifício Copan, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua Major Sertório, centro de São Paulo, existe ali uma praça com o nome de Praça Darcy Penteado. Uma justa homenagem a este pioneiro no combate à intolerância.

Para finalizar, uma frase de Darcy Penteado escrita em uma de suas obras de 1985:

"Subsistir apenas, não basta. É preciso dignificar a vida!"
(Darcy Penteado)

Fonte: Blog Grisalhos e Wikipédia

Carlos Wilson

CARLOS WILSON COUTINHO DA SILVEIRA
(41 anos)
Ator, Diretor Teatral, Cenógrafo e Coreógrafo

☼ Vitória, ES (24/05/1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/01/1992)

Carlos Wilson foi um ator, diretor teatral, cenógrafo e coreógrafo brasileiro nascido em Vitória, ES, no dia 24/05/1950.

Em 1984 recebeu o Troféu Candango de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília, pela atuação no filme "Noites do Sertão" (1983).

Carlos Wilson foi um renomado diretor de teatro como na primeira montagem de "Capitães de Areia" de Jorge Amado. Com esse espetáculo viajou em turnê para São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. No Rio de Janeiro, o apresentou no Teatro Ipanema, Teatro Casa Grande e Teatro Villa Lobos.

Dirigiu ainda "Os Doze Trabalhos de Hércules", "O Ateneu", entre vários outros espetáculos de grande sucesso junto ao público adolescente.

Carlos Wilson revelou, nos palcos cariocas, muitos jovens atores que posteriormente tornaram-se conhecidos do grande público por seus trabalhos em televisão, como por exemplo: Maurício Mattar, Felipe Camargo, Alexandre Frota, Enrique Diaz, Felipe Martins, Roberto Battalin, Bianca Byngton, Murilo Benício, Dedina Bernadelli, entre outros.

Morte

Carlos Wilson faleceu no dia 11/01/1992, aos 41 anos, na Clínica São Vicente, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações decorrentes do vírus da AIDS.

Carlos Wilson "Os Três Mosqueteiros", 1988.
Trabalhos

Cinema
  • 1986 - Com Licença, Eu Vou à Luta ... Commissário
  • 1986 - Baixo Gávea
  • 1986 - As Sete Vampiras (Coreógrafo)
  • 1986 - Hell Hunters
  • 1985 - O Rei do Rio
  • 1984 - O Cavalinho Azul
  • 1984 - Garota Dourada
  • 1984 - Noites do Sertão
  • 1983 - Bar Esperança
  • 1982 - O Segredo da Múmia (Ator e Assistente de Produção)
  • 1982 - Tormenta (Cenarista)
  • 1980 - Cabaret Mineiro (Ator e Figurinista)
  • 1980 - Prova de Fogo
  • 1979 - O Bom Burguês
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1977 - Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia
  • 1976 - Perdida (Figurinista)

Televisão
  • 1987 - Mandala ... Pai-de-Santo
  • 1980 - Coração Alado ... Mexicano

Prêmios
  • 1986 - Prêmio Mambembe como Personalidade do Ano.
  • 1986 - Prêmio Molière pelo conjunto de trabalhos.
  • 1987 - Prêmio INACEN com "O Ateneu".
  • 1988 - Prêmio Coca-Cola, melhor produção infanto-juvenil, com "Os Três Mosqueteiros".

Flávio Rangel

FLÁVIO NOGUEIRA RANGEL
(54 anos)
Diretor Teatral, Cenógrafo, Jornalista e Tradutor

* Tabapuã, SP (06/08/1934)
+ São Paulo, SP (25/10/1988)

Flávio Rangel, um dos principais nomes do teatro brasileiro no século 20, não foi somente o diretor de mais de 80 espetáculos no teatro e televisão. Traduziu 19 peças, iluminou, produziu e escreveu para o teatro, preparou cinco livros, colaborou com os principais órgãos de imprensa no país e dirigiu shows musicais (Simone, Nara Leão, Raíces de América). Participou de várias montagens do Teatro Brasileiro de Comédia, companhia que revitalizou e modernizou o teatro na década de 50 no Brasil.

Flávio nasceu em Tabapuã, no interior de São Paulo e com três anos de idade mudou-se para a capital. Estudou na Escola Caetano de Campos e no Colégio Estadual Presidente Roosevelt. Entrou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas não completou o curso. Em 1956, escreveu textos para teleteatros do Grande Teatro Tupi, mas a profissionalização veio no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, em 1957, com "Do Outro Lado da Rua", de Augusto Boal.

Em 1958, ganhou o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais, pela encenação de "Juventude Sem Dono", de Michael Vincent Gazzo. Em 1959, para o Teatro Popular de Arte, dirigiu "Gimba, Presidente dos Valentes", de Gianfrancesco Guarnieri . Apresentou-se no Festival do Teatro das Nações, em Paris, Roma e Portugal. Com bolsa de estudo, viajou para os Estados Unidos, onde estagiou em teatros da Broadway.

No ano seguinte, Flávio Rangel assumiu a direção artística do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). Levou à cena "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes e "A Semente", de Gianfrancesco Guarnieri . Conquistou consecutivamente os prêmios Saci, Governador do Estado de São Paulo e Associação Paulista de Críticos Teatrais, de melhor diretor. Em seguida, encenou "Almas Mortas", de Nikolai Gogol e "A Escada", de Jorge Andrade, que o fez premiado como o melhor diretor de 1961.

A temporada de 1962 começou com "A Morte de Um Caixeiro Viajante", de Arthur Miller. Depois, com "A Revolução dos Beatos", de Dias Gomes, Flávio se desligou do TBC, pensando em transpor "Gimba" para o cinema, o que só ocorreu anos depois. Em 1964 levou à cena "Depois da Queda", de Arthur Miller. Em 1965 fez "Santa Joana", de Bernard Shaw. Para o "Grupo Opinião", junto com Millôr Fernandes, escreveu e dirigiu "Liberdade, Liberdade" - um dos maiores sucessos de sua carreira.

Num ato de protesto no Rio de Janeiro, foi preso com outros intelectuais, soltos após semanas de protestos da classe artística. Flávio voltou à prisão em 1970, por escrever crônicas para "O Pasquim". Foi colaborador do jornal "Folha de São Paulo" entre 1978 e 1984.

Grandes Sucessos

Em 1966, fez "O Sr. Puntila e Seu Criado Matti", de Bertold Brecht, e no ano seguinte "Édipo Rei", de Sófocles. Em 1969 lançou "À Flor da Pele" e uma versão para "Esperando Godot", de Samuel Beckett, com Walmor Chagas e Cacilda Becker, que fez seu último espetáculo. Flávio dirigiu ainda uma versão para "Hamlet", de William Shakespeare, e em 1971, "Abelardo e Heloísa", de Ronald Millar. Seguiram-se "A Capital Federal", de Artur Azevedo, "O Homem de la Mancha", de Dale Wasserman, "Dr. Fausto da Silva", de Paulo Pontes, e "Pippin", musical da Broadway.

Durante a década de 1970, Flávio se dedicou a "Mumu, a Vaca Metafísica", de Marcílio Morais; "À Margem da Vida", de Tennessee Williams, com Ariclê Perez (com quem foi casado); "O Santo Inquérito", de Dias Gomes; "A Nonna", de Roberto Cossa; "Tudo Bem no Ano que Vem", de Bernard Slade; "Investigação na Classe Dominante" e "O Rei de Ramos", musical de Dias Gomes e Chico Buarques. Também fez uma nova versão para "O Pagador de Promessas".

A partir dos anos 80, Flávio Rangel assumiu os musicais, dirigindo em 1982, "Amadeus". No ano seguinte, com "Piaf", marcou a carreira de Bibi Ferreira. "Vargas", porém, outro musical de Dias Gomes e Ferreira Gullar, gerou polêmicas com políticos do Rio. Em 1984, encenou o espetáculo "Freud, no Distante País da Alma", de Henry Denker. Sem destaque, fez "A Herdeira", baseado em Henry James, e "Negócios de Estado", comédia de Louis Verneuil.

Seu último trabalho foi "Cyrano de Bergerac", de Edmond Rostand, em 1985, à frente da Companhia Estável de Repertório - CER. Para Flávio, o teatro era "imperecível, imortal".

Suas crônicas jornalísticas foram reunidas em quatro títulos: "Seria Cômico Se Não Fosse Trágico", "A Praça dos Sem Poderes", "Os Prezados Leitores" e "Diário do Brasil".

A causa de sua morte foi Câncer Pulmonar.

Fonte: UOL Educação e Projeto VIP