Mostrando postagens com marcador Compositor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Compositor. Mostrar todas as postagens

Geraldo Nunes

GERALDO NUNES
(83 anos)
Cantor e Compositor

☼  Teófilo Otoni, MG (1933)
┼ São Paulo, SP (13/05/2016)

Geraldo Nunes foi um cantor e compositor nascido em Teófilo Otoni, MG no ano de 1933.

Em 1960 gravou seu primeiro disco, pela gravadora Chantecler, com a toada "Lenço Vermeio" (Nino Ferraz e Caetano Somma) e o xaxado "Fazenda Veia" (Tatá Sales e Chacrinha).

Em 1962 gravou pela Continental, de sua autoria e Coronel Narcizinho o rasqueado "As Três Marias" e de Elias Soares a toada "Nordeste Sangrento".

Em 1964, Luiz Gonzaga gravou de sua autoria o baião "Viva o Zé Arigó".

Em 1965 teve a composição "Minha Serenata", em parceria com João Silva, gravada por Wanderley Cardoso na gravadora Copacabana.

Em 1968, Wanderley Cardoso gravou "Bobo do Baile" (Geraldo Nunes e Wanderley Cardoso) e "Eu Não Sou Ioiô" (Geraldo Nunes e Cláudio Fontana).


Em 1971, Eduardo Araújo gravou "A Canção do Povo de Deus", pela Odeon.

Em 1989, compôs com João Silva "Faça Isso Não", gravado por Luiz Gonzaga.

Como cantor um de seus grandes sucessos foi "A Véia Debaixo da Cama" (J. Andrade), gravada nos anos de 1970, que vendeu 800 mil cópias e rendeu a ele vários troféus, inclusive o da "Discoteca do Chacrinha".

Gravou pela Candem os LPs "Na Onda do Sucesso" volumes I e II.

Seus maiores sucessos como compositor foram "O Bom Rapaz" e "Meu Amor Brigou Comigo", gravadas por Wanderley Cardoso nos anos 1960, no auge da Jovem Guarda.

Em 1999 teve a música "A Véia Debaixo da Cama" relançada no CD "A Discoteca do Chacrinha", pela Universal Music.

Em 2001, o sanfoneiro Renato Leite gravou "Mentira Cabeluda" (Geraldo Nunes e Joca de Castro).

Em seu curriculum tem 18 discos, entre LPs, compactos e CDs. Compôs sucessos para muitos artistas e dividiu um disco com sua filha, Monalisa.

Morte

Geraldo Nunes faleceu vítima de problemas cardíacos, na sexta-feira, 13/05/2016, aos 83 anos. Segundo a família, na quinta-feira, 12/05/2016, ele passou por uma delicada cirurgia cardíaca. Procedimento cirúrgico que durou aproximadamente 12 horas. Na madrugada do dia 13/05/2016 ele teve uma parada cardíaca e não resistiu.

O velório de Geraldo Nunes aconteceu no Cemitério Municipal São Miguel Arcanjo, em Santana de Parnaíba, SP. O enterro foi às 9h00 no sábado, 14/05/2016.

Waleska

MARIA DA PAZ GOMES
(75 anos)
Cantora e Compositora

☼ Afonso Claudio, ES (29/09/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/10/2016)

Maria da Paz Gomes, mais conhecida pelo pseudônimo Waleska, foi uma cantora e compositora brasileira, nascida no Espírito Santo, no dia 29/09/1941, Maria da Paz Gomes adotou o nome artístico de Waleska na década de 1960, quando começou a carreira se apresentando na Rádio Inconfidência e na emissora de TV Itacolomy, ao lado de Clara Nunes e de Milton Nascimento, em Belo Horizonte, até se mudar definitivamente para o Rio de Janeiro.

Foi entre a efervescência cultural carioca da época que se tornou cronner da Boate Arpége, de Waldir Calmon, e passou a cantar no famoso Beco das Garrafas.

Em 1960, gravou seu primeiro disco pela Vogue Discos interpretando os sambas-canção "Noite Fria" e "És Tu", ambos de Albatênio Rego.

Contratada pela CBS lançou em 1961 um compacto simples no qual interpretou as canções "Cantiga de Mandar Embora" (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), "Risos e Canções" (Albatênio Rego), "Há Por Ai" (Othon Russo e Niquinho) e "Canção de Tristeza" (Paulo Borges).

Autora de mais de 20 álbuns, Waleska destacou-se no cenário musical ao gravar composições de Tom Jobim, Ary Barroso e Cartola. O apelido de "Rainha da Fossa", dado por Vinícius de Moraes, traduzia o fato de ser considerada uma das mais fiéis intérpretes românticas da Música Popular Brasileira. "Ela sempre tem a canção certa para a dor exata", costumava descrever Vinícius de Moraes.


Em 1966, Waleska fundou o PUB (Pontifícia Universidade dos Boêmios), no bairro do Leme, onde se reuniam muitos artistas. O bar foi tema constante das crônicas de Sérgio Bittencourt tornando-se um verdadeiro "point" da boemia carioca da época.

Em 1968, gravou a canção "Estrelinha", de Sérgio Bittencourt, de quem foi uma das principais intérpretes. 

Celebrizada no circuito de boates, com público cativo na década de 1970, criou a Boate Fossa, em Copacabana. O local ficou conhecido pelos seus frequentadores ilustres, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o jornalista Carlos Lacerda.

Na década de 1980 e 1990, fez várias turnês, passando pela Itália, Portugal e pelos Estados Unidos.

Waleska era admirada também pelo jornalista e compositor Sérgio Bittencourt, um dos grandes divulgadores de seu trabalho, além de ser muito amiga da cantora Maysa, grande referência musical para ela, tanto que, em 2015, apresentou na Sala Baden Powell o espetáculo "Maysa - Um Mito Cantado Por Waleska", com direção musical de José Roberto Leão, no qual interpretou canções consagradas na voz da cantora Maysa.

Mesmo debilitada pela doença, subiu ao palco pela última vez em março de 2016, no Little Club, no Beco das Garrafas, em Copacabana, com o show "Cantando e Contando a MPB".

Morte

Waleska morreu na manhã de sexta-feira, 14/10/2016, aos 75 anos, na Clínica São Carlos, no Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após três anos de luta contra um câncer no pâncreas.

Waleska deixou dois filhos.

Discografia

  • 2010 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 2002 - Boleros em Espanhol (Polimusic)
  • 2000 - Seleção de Ouro - 20 Sucessos - Waleska
  • 2000 - Waleska Canta Boleros
  • 1998 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 1996 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 1990 - Fossa e Bossa (CID)
  • 1988 - Novo Jeito de Amar (3M)
  • 1985 - Com Amor (Copacabana)
  • 1981 - Êta Dor de Cotovelo (Copacabana)
  • 1980 - Canto Livre (Copacabana)
  • 1979 - Waleska - Palavras Amigas (Copacabana)
  • 1978 - Eu, Waleska (Copacabana)
  • 1977 - Waleska (Copacabana)
  • 1975 - Waleska (Copacabana)
  • 1974 - A Fossa (Copacabana)
  • 1971 - Waleska na Fossa (Copacabana)
  • 1971 - Amiga / A Fossa  (Copacabana - Compacto Simples)
  • 1970 - Chorinho Por um Adeus / Tema de Amor Por Patricia (Copacabana)
  • 1968 - Uma Noite na Fossa (Codil)
  • 1961 - Cantiga de Mandar Embora /Risos e Canções / Há Por Aí / Canção de Tristeza (CBS)
  • 1960 - Noite Fria / És Tu (Vogue Discos)

Indicação: Miguel Sampaio

Orival Pessini

ORIVAL PESSIANI
(72 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Compositor

☼ Marília, SP (06/08/1944)
┼ São Paulo, SP (14/10/2016)

Orival Pessini foi um ator, compositor, cantor e humorista brasileiro nascido em Marília, SP, no dia 06/08/1944. Era conhecido por seus personagens Sócrates, Charles, Fofão, Patropi, Juvenal, Ranulpho Pereira, Hitler, Clô (baseado em Clodovil), Frank (em homenagem ao cantor Frank Sinatra), dentre outros em programas e comerciais para a Televisão, e também por utilizar máscaras de látex (feitas por ele próprio) na composição de seus personagens.

Orival Pessini iniciou sua carreira no teatro amador e posteriormente começou a aparecer em comerciais famosos como dos produtos "Jarrão da Ki-Suco", "Campanha da AACD" e "Tigre da Kellogg’s".

Sua estréia na televisão foi no infantil  "Quem Conta Um Conto" na TV Tupi em 1963. Durante este período, Orival Pessini começou a desenvolver uma técnica própria, criando máscaras de látex com movimento.

Na década de 70 interpretou os macacos Sócrates e Charles, do programa humorístico "Planeta dos Homens" na TV Globo.


Em 1988 estreou o personagem Patropi, no programa "Praça Brasil" na TV Bandeirantes, sendo convidado pra atuar em outros programas como "Escolinha do Professor Raimundo" na TV Globo e "A Praça é Nossa" no SBT.

Foi no programa "Balão Mágico" da TV Globo, em 1983, que Orival Pessini criou os bonecos Fofão e Fofinho, sendo que o primeiro, cuja jardineira foi confeccionada por Ney Galvão, era interpretado por ele mesmo. Fofão fez tanto sucesso que, com o fim do programa na TV Globo, ganhou seu programa diário chamado "TV Fofão" na TV Bandeirantes, no qual apresentava quadros humorísticos e desenhos animados. Também estrelou um filme para o cinema, teve vários produtos licenciados com seu nome e lançou 10 álbuns de estúdio.

Em 2014, Orival Pessini atuou sem máscara na série da TV Globo "Amores Roubados" como o Padre José, contracenando com Patrícia Pillar. Neste mesmo ano seu personagem Fofão desfilou no carnaval sendo homenageado pela Escola de Samba Rosas de Ouro que trouxe o tema "Inesquecível" relembrado figuras que marcaram a vida de muita gente. A produtora Farofa Studios está produzindo uma série animada com a personagem.

Morte

Orival Pessini morreu na madrugada de sexta-feira, 14/10/2016, em São Paulo, SP, aos 72 anos. Ele tinha câncer no baço e estava internado no Hospital São Luiz, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Álvaro Gomes, o empresário do ator, afirmou por meio do Facebook que ele faleceu às 4h00.

Sob forte emoção, o corpo de Orival Pessini foi enterrado no fim da tarde de sexta-feira, 14/10/2016, no Cemitério Gethsêmani, na Vila Sônia, em São Paulo. Orival Pessini deixou um filho e três netas.

O filho de Orival Pessini, Pedro Pessini, chorando muito, preferiu não acompanhar o corpo até o local do sepultamento. À distância, ele ficou observando e foi consolado pela mulher e amigos. Marlene, ex-mulher de Orival Pessini, falou sobre a ausência do filho, Pedro, no enterro:

"Ele não quis enterrar o pai. Acho que a ficha dele não caiu, e vai ser muito triste quando cair, porque tenho certeza que ele vai sofrer muito. Ele não quis carregar o caixão e não quis vir até o enterro porque não queria ter essa imagem de enterrar o pai. Vamos rezar por ele. Ele se foi, mas o Fofão não morreu, será eterno!"

Após o enterro, que acabou por volta de 17h35hs, familiares se abraçaram, jogaram flores no túmulo e aplaudiram o ator e humorista. Confortando uns aos outros, os familiares falavam: "Fofão não morre nunca!".

Personagens

  • Fofão - Começou no programa infantil "Balão Mágico", que teve exibição pela TV Globo no início dos anos 80. Depois, esse personagem foi transferido para a TV Bandeirantes em que ganhou um programa próprio: a "TV Fofão". Destaque para o seu bordões: "Bilu-Bidu Alua-Iê pra todo mundo!", "Tavares, Tavares!", "Alô amiguinhos da TV Fofão!".
  • Patropi - Típico hippie, convidado de "Praça Brasil" e "A Praça é Nossa", aluno da "Escolinha do Professor Raimundo", "Escolinha do Barulho" e da "Escolinha do Gugu". Dizia-se um aluno de comunicação na PUC, mas que só dizia frases e palavras para a abertura de canal, assim como todo jogador ou técnico de futebol sempre faz. Havia iniciado o curso universitário e ainda não havia terminado, demorando em vários semestres o término. Alguns de seus bordões são: "Sei lá, entende?!", "Padaqui, padali. Padicá, palilá", "Oh lôco bixo!" e "Sem crise, meu!".
  • Juvenal - Personagem fanho que se dizia muito veloz, mas dava a entender que vacilava e sempre era apanhado nas situações mais constrangedoras e embaraçosas. Era também um grande azarado. Seu bordão mais conhecido era "Ele veio numa ve-lo-ci-dade...".
  • Ranulpho Pereira - Personagem do programa "Uma Escolinha Muito Louca". Aposentado revoltado que reclama de tudo quando se lembra da sua aposentadoria. Destaque para o seu bordão: "Se a gente não reclamar, vai ficar do jeitinho que está!".
  • Sócrates - Sempre falava de coisas filosóficas mas de um modo bem ridículo para, obviamente, serem engraçadas. Destaque para seu bordão: "Não precisa explicar, eu só queria entender!". Fez parte do programa humorístico "Planeta dos Homens", exibido pela TV Globo nos anos 70.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Fadinha Veras

André Filho

ANTÔNIO ANDRÉ DE SÁ FILHO
(68 anos)
Compositor, Cantor, Arranjador, Percussionista, Instrumentista e Radialista

☼ Rio de Janeiro, RJ (21/03/1906)
┼ Rio de Janeiro, RJ (02/07/1974)

Antônio André de Sá Filho, mais conhecido com André Filho, foi um ator, multiinstrumentista (piano, violão, bandolim, violino, banjo, percussão), radialista, compositor e cantor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 21/03/1906.

Ficou órfão muito cedo, sendo por isso criado pela avó. Começou a estudar música erudita aos oito anos com Pascoale Gambardella. Estudou, anos depois, vários instrumentos como violão, violino, piano, bandolim, dedicando-se, então, à música popular brasileira.

Formou-se em Ciências e Letras no Colégio Salesiano de Niterói, RJ, onde foi colega de Almirante.

Na década de 1940, esteve internado com problemas psíquicos, que, somados a alguns outros, acabaram por fazê-lo abandonar a vida artística.

André Filho é autor de muitos sucessos, entre os quais a marcha "Cidade Maravilhosa" que se tornou o hino da cidade do Rio de Janeiro. Por isso virou uma figura histórica do Rio de Janeiro, além de ser o parceiro de Noel Rosa no samba "Filosofia".

André Filho começou a carreira artística cantando na Rádio Educadora. Foi arranjador, compositor de jingles, locutor de várias emissoras como a Rádio Tupi, Rádio Mayrink Veiga, Rádio Phillips e Rádio Guanabara.


Sua primeira composição a ser gravada foi "Velho Solar", em 1929, pela Parlophon, interpretada por Henrique de Melo Moraes, o tio de Vinícius de Moraes. No mesmo ano, Ascendino Lisboa lançou o samba "Dou Tudo".

Em 1930, Carmen Miranda lançou duas músicas suas pela RCA Victor, o samba "O Meu Amor" e a marcha "Eu Quero Casar Com Você". Sílvio Caldas gravou também pela RCA Victor o seu samba "Nem Queiras Saber" (André FilhoFelácio da Silva).

Em 1931, Carmen Miranda gravou os sambas "Bamboleô" e "Quero Só Você", Jaime Vogeler a canção "Meu Benzinho Foi-se Embora" e Francisco Alves a valsa "Manoelina". No mesmo ano, gravou seu primeiro disco, na Parlophon, interpretando os sambas "Estou Mal" (André FilhoHeitor dos Prazeres), e "Mangueira" (Saul de Carvalho). Lançou com J. B. de Carvalho, a macumba "Anduê, Anduá" (Maximiniano F. da Costa) e o samba "É Minha Sina" (André Filho).

Em 1932 teve diversas composições gravadas por diferentes intérpretes. Carmen Miranda registrou os sambas "Mulato De Qualidade", "Quando Me Lembro" e "Por Causa de Você"; Sílvio Caldas o samba "Jurei Me Vingar" (André Filho Valfrido Silva); O Grupo da Guarda Velha e Trio TBT, o samba "Como Te Amei".

Em 1933, gravou os sambas "Vou Navegar" e "Nosso Amor Vai Morrendo", e teve gravados por Carmen Miranda, os sambas "Fala Meu Bem" e "Lua Amiga", e por Elisa Coelho os sambas "O Samba é a Saudade" e "A Lua Vem Surgindo". Mário Reis foi convidado por Noel Rosa para gravar "Filosofia", pela Columbia.


Em 1934, Carmen Miranda lançou, junto com Mário Reis, o samba "Alô... Alô...", um grande sucesso no carnaval daquele ano. Ainda em 1934, gravou seu grande sucesso, a marcha "Cidade Maravilhosa", em dupla formada com a então novata Aurora Miranda, de apenas 19 anos. Segundo Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello, a escolha de Aurora Miranda "refletia de certo modo a tendência de romper com uma constante da época: a hegemonia masculina na gravação do repertório carnavalesco". De qualquer modo, o certo é que a entrada de Aurora Miranda em cena deve-se mesmo ao fato de ser irmã de Carmen Miranda, já então no auge da popularidade, inclusive nos carnavais. O lançamento de "Cidade maravilhosa", se deu no entanto, sem grande sucesso na Festa da Mocidade, em outubro daquele ano.

A marchinha foi inscrita em 1935 no Concurso de Carnaval da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, obtendo, para indignação do autor, a 2ª colocação. Também em 1935, gravou a marcha "Guarde Um Lugarzinho Para Mim" (André Filho e Valfrido Silva) e o samba "Jura Outra Vez" (Alcebíades Barcelos e Valfrido Silva), e com Aurora Miranda, gravou de sua autoria, a marcha "Ciganinha Do Meu Coração" e o samba "O Que Você Me Fez".

Em 1936, lançou as marchas "Teu Cabelo Vou Pintar" e "Cadê a Minha Colombina", de sua autoria. Aurora Miranda gravou de sua autoria, o samba "Quero Ver Você Sambar" e a marcha "Bacharéis Do Amor", e Carmen Miranda a marcha "Beijo Bamba" e o samba "Pelo Amor Daquela Ingrata".

Em 1937 teve mais duas marchas gravadas por Aurora Miranda, "Se a Moda Pega..." e "Quero Ver Você Chorando".


Em 1938, Aurora Miranda gravou a marcha "Na Sua Casa Tem..." (André Filho e Heitor dos Prazeres) e o samba "Chorei Por Teu Amor".

Em 1939 lançou a marcha "Linda Rosa" e o samba "Quem Mandou?".

Em 1941, gravou a marcha "Carnaval na China" (André Filho e Durval Melo) e o samba "Estrela do Nosso Amor" (André Filho). Vicente Celestino gravou pela RCA Victor a valsa "Cinzas No Coração", obtendo grande sucesso, e a canção "Cancioneiro Do Amor".

Em 1960, um decreto oficializou "Cidade Maravilhosa" como hino da cidade. No final da década de 1960, convidado e entrevistado por Ricardo Cravo Albin, então diretor do Museu da Imagem e do Som (MIS), gravou histórico depoimento para o museu, tendo sido seu estado mental considerado bastante razoável pelo entrevistador.

Em 1974, Chico Buarque resgatou "Filosofia", regravando o samba em seu álbum "Sinal fechado", dedicado a outros autores por causa da censura imposta à sua produção. O samba foi, na época, grande sucesso e uma maneira inteligente de dar um recado ao regime militar. O samba voltaria a ser ouvido na voz de Mário Reis, na década de 1970 e, posteriormente, incluído no filme "Brás Cubas" (1985), adaptação do cineasta Júlio Bressane para o clássico de Machado de Assis "Memórias Póstumas de Brás Cubas". No filme, "Filosofia" é o tema do personagem Quincas Borba.

Devido a várias crises pessoais, inclusive o fim prematuro de casamento com a esposa Zilda, o que lhe teria provocado graves crises psíquico-nervosas, afastou-se completa e prematuramente da vida artística, passando a orar com a mãe que o abrigou, cercando-o de carinho e cuidados, o que obscureceu a avaliação de sua obra, fazendo com seu trabalho fosse lembrado basicamente apenas pela marcha "Cidade maravilhosa".

Em 2006, seu acervo passou a pertencer ao Instituto Moreira Salles que o homenageou por ocasião do centenário de seu nascimento com uma exposição de partituras, documentos e fotografias.

André Filho morreu aos 68 anos , no dia 02/07/1974, no Rio de Janeiro.

Discografia

  • 1941 - Carnaval Na China / Estrela Do Nosso Amor (Odeon, 78)
  • 1939 - Linda Rosa / Quem Mandou? (Columbia, 78)
  • 1938 - Perdão, Emília / Onde é Que Eu Vou Parar (Odeon, 78)
  • 1937 - Maravilhosa / Ó Rosa (Odeon, 78)
  • 1936 - Teu Cabelo Vou Pintar / Cadê a Minha Colombina (Odeon, 78)
  • 1935 - Guarde Um Lugarzinho Pra Mim / Jura Outra Vez (Odeon, 78)
  • 1935 - Ciganinha Do Meu Coração / O Que Você Me Fez (Odeon, 78)
  • 1934 - Cidade maravilhosa (Odeon, 78)
  • 1934 - Lourinha Brasileira / Não Chore Mais (Columbia, 78)
  • 1933 - Vou Navegar / Nosso Amor Vai Morrendo (RCA Victor, 78)
  • 1931 - Estou Mal / Mangueira (Parlophon, 78)
  • 1931 - Se o Teu Amor... / Você Diz Que é Melhor (Parlophon, 78)
  • 1931 - Vai De Uma Vez / Amizade Não Se Compra (Parlophon, 78)
  • 1931 - Cala a Boca / Vivo Feliz Sem Você (Parlophon, 78)
  • 1931 - Anduê, Anduá / É Minha Sina (Parlophon, 78)


Indicação: Miguel Sampaio

Vander Lee

VANDERLI CATARINA
(50 anos)
Cantor e Compositor

☼ Belo Horizonte, MG (03/03/1966)
┼ Belo Horizonte, MG (05/08/2016)

Vanderli Catarina, mais conhecido como Vander Lee, foi um cantor e compositor brasileiro, conhecido por versos em que brincava com as palavras para falar do amor e do cotidiano, Vander Lee cantava sua simplicidade por meio da música. Com 19 anos de carreira e nove discos gravados - entre registros ao vivo e de estúdio -, Vander Lee viu grandes nomes da música nacional interpretarem suas canções, como Elza Soares, Gal Costa, Emilinha Borba, Maria Bethânia, Nando Reis, Rita Ribeiro, Margareth Menezes, Luiza Possi, entre tantos outros.

Nascido em Belo Horizonte, MG, em 03/03/1966, Vander Lee era o do meio entre sete irmãos e foi criado no Bairro Olhos D'água. Começou tocando em bares, abrindo shows de Maurício Tizumba no bar Vila Velha. O repertório ainda era pequeno, mas pouco depois veio a primeira demo, gravada com o guitarrista Luiz Peixoto, com as músicas próprias "Natureza", "Caminhada", "Minas Gerais" e "Canção do Bicho Homem".

Vander Lee passou a se apresentar em outros bares da noite mineira, saiu da casa dos pais, o emprego e a escola para viver da música, no início, contando com o grande apoio de Maurício Tizumba

Em 1987, participou do projeto Segunda Musical, no Teatro Francisco Nunes e fez a primeira apresentação baseada em composições próprias. No mesmo ano, participou do festival de música Canta Minas e ficou em segundo lugar com a música "Gente Não é Cor". A premiação impulsionou Vander Lee a gravar o primeiro disco independente. Nesta época, a assinatura do cantor ainda era Vanderly, mas o engano de um locutor de rádio, que o chamou de Vanderley, o fez repensar o nome artístico.


Em novembro de 1998, Vander Lee soube do lançamento de um livro de Elza Soares, no Cozinha de Minas. O mineiro superou a timidez e levou o disco até a cantora. Duas semanas depois, Elza Soares o ligou e pediu para incluir a música "Subindo a Ladeira" nos shows dela. Vander Lee dividiu o palco com ela em uma apresentação, em Belo Horizonte e logo depois em vários espetáculos em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. A partir daí viu seu nome projetado para todo o país.

Em 1999, o produtor Mário Aratanha ouviu músicas inéditas de Vander Lee e o convidou a gravar um CD pelo selo Kuarup. "No Balanço do Balaio" rendeu boas críticas e teve participações do gaitista e produtor Rildo Hora e de alguns companheiros mineiros como Maurício Tizumba, Tambolelê, Raquel Coutinho e do pai, José Delfino.

Vander Lee foi chamado para fazer vários shows, quando foi morar no Rio de Janeiro e conheceu o poeta Sérgio Natureza. O escritor fez a ponte até Luiz Melodia, que apadrinhou o projeto Novo Canto, naquele ano, com apresentações em Copacabana, São João do Meriti, e, pouco depois, outras performances conjuntas em Belo Horizonte e São Paulo.

Em 2003, Vander Lee conquistou o terceiro lugar no 6º Prêmio Visa, entre três mil concorrentes. A premiação deu fôlego para o primeiro disco ao vivo, que trouxe participações especiais de Elza Soares e Rogério Delayon.

A gravadora Indie Records distribuiu o disco e, em 2004, viabilizou o lançamento do álbum "Naquele Verbo Agora", que trouxe os hits "Brêu", "Meu Jardim" e "Iluminado". As faixas do disco foram muito executadas nas rádios e o fizeram finalista do Prêmio Tim de Música, nas categorias Melhor Disco e Melhor Cantor da Canção Popular.


Em 2006, gravou o CD e DVD "Pensei Que Fosse o Céu", mostrando versatilidade entre a música popular brasileira, o samba e o funk. Com o registro, conquistou o Prêmio Tim na categoria Melhor Disco de Canção Popular.

Vander Lee fez shows internacionais, se apresentando em Turim, na Itália, em 2008, além do Festival SXSW, nos Estados Unidos e do Festival Romerias de Mayo, em Cuba, ambos em 2009.

Ainda em 2009, Vande Lee lançou o disco "Faro", com dez canções novas e duas regravações, "Obscuridade", de Cartola e "Ninguém Vai Tirar Você de Mim", de Edson Ribeiro e Helio Justo que virou sucesso na voz de Roberto Carlos.

Em 2010, voltou ao Festival SXSW e em 2013 se apresentou em Lisboa, na programação do Ano do Brasil em Portugal.

O trabalho seguinte foi "Loa", em 2014, disco romântico de música popular brasileira com arranjos delicados de piano, violões, sax e flauta.

Em 2015, Vander Lee lançou seu nono disco, com 12 faixas, todas assinadas por ele, exceto "Idos Janeiros", feita com Flávio Venturini.

Há apenas um mês, no dia 02/07/2016, Vander Lee esteve no Rio de Janeiro, e gravou um DVD no Teatro Tom Jobim, em comemoração aos 20 anos do lançamento do primeiro disco. O registro tem lançamento previsto para 2017.

Morte

Vander Lee morreu na manhã de sexta-feira, 05/05/2016, aos 50 anos. Ele estava internado no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte. Ele se sentiu mal na tarde de quinta-feira, 04/08/2016, quando fazia hidroginástica e foi levado ao hospital da Unimed. De lá, foi encaminhado para o Hospital Madre Teresa, onde foi constatado um aneurisma no coração.

O cantor foi operado durante a noite e internado na UTI 3 do Hospital Madre Teresa, mas, ainda durante a noite, teve 11 paradas cardíacas e acabou morrendo. De acordo com nota divulgada pelo hospital, Vander Lee faleceu às 8h00.

O corpo de Vander Lee vai ser levado para a funerária Pax de Minas, onde será preparado para o velório, que deve começar às 16h00 horas, no Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal de Belo Horizonte.

Vander Lee era separado e deixou 3 filhos, Lucas (22 anos), Laura (18 anos), ambos do primeiro casamento, e Clara (13 anos), filha de Vander Lee e Regina Souza, também cantora.

Fonte: Wikipédia e UAI

Silvio Navas

SÍLVIO BENEDITO GUIMARÃES NAVAS
(74 anos)
Ator, Compositor, Dublador e Diretor de Dublagem

☼ Santos, SP (15/03/1942)
┼ Santos, SP (29/07/2016)

Silvio Benedito Guimarães Navas foi um ator, dublador e diretor de dublagem brasileiro nascido em Santos, SP, no dia 15/03/1942.

Começou a carreira na TV Excelsior. Também fez cinema e estreou no filme "2000 Anos de Confusão" em 1969. Depois fez o filme "Os Maridos Traem... e As Mulheres Subtraem" em 1970, um filme do gênero pornochanchada, trabalhando ao lado de Ney Latorraca que estava estreando pela primeira vez no cinema, e compôs com David Cardoso a música "Aleluia" para este filme. Trabalhou também em "Audácia", em 1970, novamente ao lado de Ney Latorraca, José Mojica Marins, entre outros.

Na dublagem, Silvio Navas entrou em 1960 à convite de Older Cazarré, na GravaSon, futura AIC São Paulo. Na empresa participou de alguns desenhos, como "Os Flintstones", mas sua atuação começou a ser mais forte no final dos anos de 1960 com o fim da TV Excelsior. Nessa época participou de várias séries da empresa, como "Viagem Ao Fundo do Mar", "A Feiticeira", "O Besouro Verde", entre outros.

No início dos anos 1970, foi trabalhar como diretor de dublagem na CineCastro paulistana. Dublou em São Paulo até 1977, quando mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar na Herbert Richers. Também entrou para a Tecnisom, Telecine, Vti e Delart, e nos anos de 1990 entrou para a Cinevídeo.


Ficou 21 anos no Rio de Janeiro, tendo voltado em 1998 para São Paulo, aonde continuou carreira na dublagem até por volta de meados dos anos de 2000, trabalhando principalmente na Álamo e Dublavídeo.

Nos anos 2000, mudou-se para Santos, no litoral paulista. Na mesma época dirigia um curso de dublagem na cidade.

Silvio Navas sempre dublou de tudo, mas sua voz sempre caiu bem para desenhos, como o Esquilo Secreto em "Esquilo Sem Grilo". O violão Darkseid em "Os Super Amigos". Foi a segunda voz do comedor de hambúrgueres Dudu em "Popeye", nas dublagens realizados do mesmo nos anos 1970 e 1980.

Também foi o conhecido violão Mumm-ra em "Thundercats", um de seus personagens mais conhecidos até os dias de hoje. Em "Os Smurfs" fez a voz do Papai Smurf, do Vaidoso e do Fazendeiro. Em "Futurama" substituiu Aldo César que havia falecido. No papel de Bender, foi a voz mais conhecida do Robô. No desenho dos anos de 1990 da "Família Addams" foi o Gómez. Em "Dragon Ball Z" foi a segunda voz do Pai da Chichi, o Rei Cutelo. Também o fez na versão da TV Globo de "Dragon Ball" e no filme "Dragon Ball Z - O Resgate de Gohan".

No cinema Silvio Navas já dublou os mais diversos atores, como Joe Pesci em clássicos como "Esqueceram de Mim", "Esqueceram de Mim 2 - Perdido em Nova York" e "Meu Primo Vinny"; o ator Kirk Douglas em "Ambição Acima da Lei", "Assim Estava Escrito", "Homem Sem Rumo", "Os Indomáveis - Draw" e "Sete Dias de Maio"; Humphrey Bogart em "Casablanca", "Horas de Desespero", "Não Somos Anjos", "O Falcão Maltês" e "Seu Último Refúgio"; Marlon Brando em "O Poderoso Chefão" (Primeira Dublagem), "Bandoleiros", "O Último Tango em Paris", "O Selvagem" e "Um Novato na Máfia"; John Goodman em "Os Flintstones - O Filme", "As Aventuras de Rocky & Bullwinkle", "De Que Planeta Você Veio", "O Maioral" e "O Poder da Corrupção"; Fred Astaire em "Bonita Como Nunca", "Ver, Gostar e Amar" e "Inferno na Torre". Além disso já dublou Omar Shariff, Spancer Tracy, Eli Wallach, Charlie Chaplin, entre outros.


Na trilogia "Star Wars", foi a voz de Darth Vader que originalmente era feita por James Earl Jones, nos filmes "Star Wars - Episódio IV - Uma Nova Esperança", "Star Wars - Episódio V - O Império Contra-Ataca" (Primeira Dublagem) e "Star Wars - Episódio VI - O Retorno de Jedi" (Primeira Dublagem).

Em séries foi a voz de Whizzer interpretado Paul Dooley na primeira dublagem de "Alf - O Eteimoso", Marujo Patterson interpretado por Paul Trinka a partir da 3ª temporada de "Viagem ao Fundo do Mar", Promotor Frank P. Scanlon interpretado por Walter Brooke em "O Besouro Verde", a primeira voz de Charles Ingalls interpretado por Michael Landon em "Os Pioneiros", Maurice Evans interpretando a si mesmo na 4ª temporada de "A Feiticeira", Drº Elias Huer interpretado por Tim O'Connor em "Buck Rogers no Século XXV", Sr. John Walton interpretado por Ralph Waite em "Os Waltons", Andrew Cooper interpretado por Dick Sargent em "Daniel Boone", além de participações em séries como "M.A.S.H.", "Magnum", entre outras.

A última produção que participou foi em 2007 na Dublavídeo, minissérie colombiana, "Zorro: A Espada e a Rosa", dublando o Sargento Garcia interpretado por César Mora.

Em 2014, participou do filme "O Indulto", ao lado dos dubladores Romeu D'Ângelo, Phillipe Maia e Ricardo Schnetzer, interpretando um Juiz.

  
Silvio Navas também era compositor, fazia parte da Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais (SICAM).

Silvio Navas também fez teatro. Participou de muitas peças infantis ao lado do amigo Older Cazarré. Entre elas está "O Gato de Botas", estreada no Teatro Veredas em 21/02/1970, com direção de Older Cazarré, ao lado de Gilberto Baroli, Aliomar de Matos, Maralise Tartarine e Célia Paula.

Silvio Navas foi casado com a atriz e dubladora Lígia Rinelli nos anos de 1970, não durando mais de 2 anos o casamento. Silvio Navas não teve filhos, e morava com um sobrinho em Santos.

Em 2012 sofreu um acidente, quebrou o fêmur e ficou muito tempo internado em um hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) esperando cirurgia. Drama esse que foi acompanhado por seus seguidores nas redes sociais.

Em final de 2014, foi diagnosticado com Mal de Alzheimer, no qual muito provavelmente o fez se afastar das redes sociais e se isolar em seu apartamento em Santos.

Silvio Navas faleceu na noite de sexta-feira, 29/07/2016, aos 74 anos, em Santos, no litoral sul de São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.

Trabalhos

  • Esquilo Secreto em "O Esquilo Sem Grilo"
  • Narrador em "Dinamite, o Bionicão"
  • Scooby-Dão em "Scooby-Doo Show" e que fazia parte de "Os Assombrados em Ho-Ho-Límpicos"
  • Gómez Addams em "Família Addams", desenho anos 1990
  • Darkseid e Vulcão Negro em "Super Amigos"
  • Narrador e todos os personagens em "Família Barbapapa"
  • Dudu (2ª voz) em "Popeye"
  • Spike e personagens secundários em "Tom & Jerry" (1ª dublagem)
  • Mumm-ra em "Thundercats"
  • Cat R. Waul em "Um Conto Americano: Fievel Vai Para o Oeste"
  • Rei Cutelo (2ª voz) e Rei Cold (2ª voz) em "Dragon Ball Z"
  • "Rei Cutelo" em "Dragon Ball" (TV Globo) e "Dragon Ball Z - O Resgate de Gohan"
  • Son Gohan em "Dragon Ball" (TV Globo)
  • Papai Smurf, Vaidoso e Fazendeiro em "Os Smurfs"
  • Bender (2ª voz) em "Futurama"
  • Chefe em "Teamo Supremo"
  • Imperador Geldon em "O Pirata do Espaço"
  • Monstro Estelar em "Silverhawks"
  • Morcegão em "As Peripécias do Ratinho Detetive"
  • Cat R. Waul em "Um Conto Americano: Fievel Vai Para o Oeste"
  • Rato em "O Natal do Mickey Mouse"
  • Coruja em "Bernardo e Bianca"
  • Percival C. McLeach em "Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus"
  • Deslock em "Patrulha Estelar"
  • Cy-Kill em "Gobots"
  • Trailbreaker (1ª voz) em "Transformers"
  • Coletor de Doações em "O Conto de Natal do Mickey"
  • Gripper em "Rambo" (Desenho)
  • Ketchum, o Crocodilo em "A Nossa Turma"
  • Chefe em "Disque M Para Macaco" - "O Laboratório de Dexter"
  • Zazu (1ª voz) em "Timão e Pumba"
  • Multi-Faces e Granamyr em "He-Man"
  • Dijon em "Ducktales: O Tesouro da Lâmpada Perdida"
  • Barney Bear em "Biblioteca de Desenhos Animados"
  • Whizzer (Paul Dooley) em "Alf - O Eteimoso" (1ª dublagem)
  • Marujo Patterson (Paul Trinka) em "Viagem ao Fundo do Mar" (3ª e 4ª temporadas)
  • Promotor Frank P. Scanlon (Walter Brooke) em "O Besouro Verde"
  • Charles Ingalls (Michael Landon) em "Os Pioneiros" (1ª voz)
  • Maurice Evans (Maurice Evans) em "A Feiticeira" (4ª temporada)
  • Tim O'Connor (Drº Elias Huer) em "Buck Rogers no Século XXV"
  • Srº John Walton (Ralph Waite) em "Os Waltons" (3ª voz)
  • Andrew Cooper (Dick Sargent) em "Daniel Boone"
  • Darth Vader (James Earl Jones) em "Star Wars - Episódio IV - Uma Nova Esperança", "Star Wars - Episódio V - O Império Contra-Ataca" (1ª dublagem) e "Star Wars - Episódio VI - O Retorno de Jedi" (1ª dublagem)
  • Ernest Borgnine em "Adeus a Inocência", "Crime e Paixão", "Demétrius e Os Gladiadores", "Fuga de Nova York", "Meu Ódio Será Sua Herança" e "Missão Resgate"
  • Walter Matthau em "A Justiça Fala Mais Alto", "Linhas Cruzadas", "O Espião Trapalhão", "O Homem Que Burlou a Máfia", "Piratas" e "Um Estranho Casal"
  • John Goodman em "Os Flinstones - O Filme", "As Aventuras de Rocky & Bullwinkle", "De Que Planeta Você Veio", "O Maioral" e "O Poder da Corrupção"
  • Kirk Douglas em "Ambição Acima da Lei", "Assim Estava Escrito", "Homem Sem Rumo", "Os Indomáveis - Draw" e "Sete Dias de Maio"
  • Humphrey Bogart em "Casablanca", "Horas de Desespero", "Não Somos Anjos", "O Falcão Maltês" e "Seu Último Refúgio"
  • Anthony Quinn em "A Vigésima Quinta Hora", "As Sandálias do Pescador", "Os Canhões de San Sebastia", e "Zorba - O Grego"
  • Charles Bronson em "Assassinato Nos Estados Unidos", "O Telefone", "O Lobo do Mar", "O Vingador" e "Pancho Villa"
  • Marlon Brando em "O Poderoso Chefão", "O Último Tango em Paris", "O Selvagem" e "Um Novato na Máfia"
  • Jack Lemmon em "Aeroporto 77" (1ª dublagem), "O Inquilino do 25° Andar", e "Síndrome da China"
  • Joe Pesci em "Esqueceram de Mim", "Esqueceram de Mim 2 - Perdido em Nova York" e "Meu Primo Vinny"
  • Charlie Chaplin em "O Grande Ditador", "Luzes da Ribalta", "Monsieur Verdeaux" e "Um Rei em Nova York"
  • Fred Astaire em "Bonita Como Nunca", "Desfile de Páscoa", "Inferno na Torre", e "Ver, Gostar e Amar"
  • Edward G. Robinson em "A Cidade dos Desiludidos",  "No Mundo de 2020", e "Os Dez Mandamentos"
  • Spancer Tracy em "Fruto Proibido", "Marujo Intrépido" e "O Médico e o Monstro"
  • Hoyt Axton (Randall Peltzer) em "Gremlins"
  • Ash (Iam Holm) em "Alien - O Oitavo Passageiro"
  • Agente Cedric (Omar Sharif) em "Top Secret - Superconfidencial"
  • Leon B. Little (Eli Wallach) em "Os Últimos Durões"
  • Detetive Krim (Vicent Gardenia) em "O Céu Pode Esperar"
  • Willy Wonka (Gene Wilder) em "A Fantástica Fábrica de Chocolate" (1ª dublagem)
  • Gerald O'Hara (Thomas Mitchell) em "...E O Vento Levou"
  • Dudu (Paul Dooley) em "Popeye - O Filme"
  • Ben Luckett (Wilford Brimley) em "Cocoon"
  • Edwin Stewart (Robert Duvall) em "Caçada Humana"
  • Sargento Garcia (César Mora) em "Zorro: A Espada e a Rosa"

Abílio Farias

JOSÉ ABÍLIO DE MOURA FARIAS
(66 anos)
Cantor e Compositor

☼ Itacoatiara, AM (23/02/1947)
┼ Manaus, AM (14/06/2013)

José Abílio de Moura Farias, mais conhecido por Abílio Farias foi um cantor brasileiro, do estilo brega-romântico, nascido em Itacoatiara, a 175 quilômetros de Manaus, no dia 23/02/1947. Abílio Farias iniciou a carreira da década de 1960 na região norte do país.

Abílio Farias era um dos poucos artistas que, independente de tocar em rádios, gravar discos anualmente, e da força de uma gravadora, tinha seu nome defendido pelos amantes da música popular. Seu estilo musical seguia o padrão imortalizado por Waldick Soriano, ou seja, cantava o que o povo entendia e gostava de ouvir.

Cantando como amador desde os 14 anos de idade, foi assim que ele descobriu que tinha um público fiel, resultado de suas apresentações na Rádio Baré. Abílio Farias já tinha um nome, quando foi levado para o Rio de Janeiro em 1977, para gravar o seu primeiro LP, "Abílio Farias", pela gravadora Tapecar. A mesma gravadora já tinha uma estrela que luzia no Norte e Nordeste, vendendo muitos discos e introduzindo para sempre, na história da música popular, um nome que provavelmente ficará para sempre. Tratava-se de Bartô Galeno, cantor e compositor que a partir da segunda metade da década de 70, se estabeleceu no mercado fonográfico arregimentando um exercito de admiradores, e de cantores seguidores.

Não foi por acaso que para o disco de Abílio Farias, a gravadora tenha recorrido ao talento e a fama de Bartô Galeno, participando do LP de Abílio Farias com quatro composições: "Que Pena" (Bartô Galeno), "Vou Fechar o Cabaret" (Bartô Galeno e Abílio Farias), "Fica Comigo Esta Noite" (Bartô Galeno e Antonio Pires) e "É Muita Maldade" (Bartô Galeno).

Em 1999 lançou pela EMI, o CD "Abílio Farias - Revive o Sucesso", com gravações como "Mulher Difícil Homem Gosta", "Que Pena", "Cabeça Oca", "O Pijama e o Chinelo" e "Vou Fechar o Cabaret".


A interpretação de Abílio Farias na música "Vou Fechar o Cabaret", foi o suficiente para a consagração como artista popular. Até os dias atuais a música permanece em catálogo como destaque de inúmeras coletâneas.

Em 2006, Abílio Farias lançou seu 13º CD com uma série de shows pelo Estado do Amazonas. Ele entrou para a galeria dos cantores populares, se destacando dentre os respeitados e queridos do público nortista e nordestino.

Mesmo sem aparições na mídia, suas interpretações para as dezenas de sucessos que o povo conhece, fez dele um dos maiores representantes do gênero vulgarmente chamado de "brega". A sua interpretação para a música "Negue" (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos), popularizou ainda mais um hit que já havia estourado no Brasil na voz de Nelson Gonçalves e Maria Bethânia.

O maior sucesso da carreira de Abílio Farias foi "Mulher Difícil, Homem Gosta". Em mais de 40 anos de carreira, gravou 8 LPs e 13 CDs.

Nos anos 1970 ele chegou a ser o "Cantor Mascarado" do programa do Chacrinha. Apaixonado por esportes, Abílio Farias torcia para o Flamengo do Rio de Janeiro e para o Nacional do Amazonas.

Segundo sua filha Joelma Farias, Abílio Farias foi dependente químico por 30 anos, mas há cinco, havia abandonado o vício por "força de vontade". Ele fazia aniversário no dia 23 de fevereiro, mesma data do ex-senador e ex-governador do Amazonas, Gilberto Mestrinho, do qual era amigo. De acordo com Joelma Farias, no dia do aniversário, eles ligavam para parabenizar um ao outro.

Morte

Abilio Farias morreu aos 66 anos vítima de complicações cardíacas, na noite de sexta-feira, 14/06/2013, no Prontocord - Hospital do Coração, localizado na Avenida Álvaro Maia, Zona Centro-Sul de Manaus. 

De acordo com Joelma Farias, filha do cantor, Abilio Farias morreu por volta das 19h30.

"Ele teve um infarto na segunda-feira, 10/06/2013, e foi levado para o Hospital Beneficente Portuguesa, no Centro. Lá, eles fizeram um cateterismo e os médicos constataram que as artérias estavam entupidas."

Após a constatação de que as veias do cantor estavam entupidas, ele foi transferido para o Prontocord para que fosse implantada uma ponte de safena. Depois da cirurgia, que aconteceu na terça-feira, 11/06/2013, ele se recuperava no hospital, mas acabou tendo falência dos rins na sexta-feira, 14/06/2013.

Segundo Joelma Farias, em 2010, o pai já havia se submetido ao primeiro cateterismo. Na ocasião, ele recebeu um equipamento utilizado para alargar as artérias.

Abílio Farias era viúvo e deixou quatro filhos, todos criados no ambiente musical. O último show dele aconteceu em Humaitá, a 675 quilômetros de Manaus. O último álbum do cantor foi um especial com músicas de Waldick Soriano. Ele também se preparava para uma turnê pelo Nordeste do país no segundo semestre de 2013.

O velório e o enterro do cantor ocorreram no sábado, 15/06/2013. O corpo foi velado na Funerária São Francisco, localizada ao lado do Terminal de Ônibus da Cachoeirinha. O enterro aconteceu no Cemitério São João Batista.

Durante o velório foi cantada a música "Luzes da Ribalda", de Charles Chaplin. Segundo os familiares, a canção foi escolhida por Abílio Farias para ser interpretada pelo amigo coronel Martins no dia de seu velório. "Eles firmaram um acordo: quem morresse primeiro receberia a homenagem do outro", disse Joelma Farias.

Fonte: WikipédiaG1 e Letras.com.br  
#FamososQuePartiram #AbiliFarias

Ventura Ramirez

VENTURA RAMIREZ
(77 anos)
Cantor, Compositor, Violonista e Arranjador

☼ Mombuca, SP (1939)
┼ São Paulo, SP (06/06/2016)

Ventura Ramirez foi um cantor, compositor e violonista brasileiro. Fez parte do grupo Demônios da Garoa tocando Violão de 7 cordas e também do regional de choro de Carlos Poyares. Em ambos os conjuntos esteve presente também Canhotinho no cavaquinho. Era um dos melhores violonistas 7 cordas do Brasil e uma referência de nosso Samba-Choro e Seresta.

Ventura Ramirez começou sua carreira aos 15 anos, em 1954, como calouro no programa de rádio "Calouros Toddy" de Hebe Camargo, na extinta Rádio Nacional, assinando logo em seguida um contrato de 5 anos com a Rádio Nacional.

Com seu talento nato ao violão e voz marcante, Ventura Ramirez logo entrou para o cenário musical brasileiro, acompanhando músicos renomados no choro e seresta, como Nelson Gonçalves, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, Orlando Silva, Luiz Gonzaga, Cartola, Lupicínio Rodrigues, além de participar do regional de choro de Carlos Poyares.

No início da década de 1960, ainda com o violão de 6 cordas, mas já com o seu estilo inconfundível nas "baixarias" que fazia com o instrumento, Ventura Ramirez foi convidado a integrar o conjunto Demônios da Garoa, do qual fez parte por diversas vezes até 2005. Pouco tempo depois de entrar no conjunto, Ventura Ramirez adotou permanentemente o violão de 7 cordas, instrumento que o consagrou como um dos seus melhores representantes. Foi ele quem levou pela primeira vez o 7 cordas para os Demônios da Garoa, criando uma das marcas registradas ainda hoje mantidas pelo conjunto, mesmo após o seu desligamento.


O 7 cordas surgiu para o artista cedo ainda em sua vida musical, iniciada aos 13 anos de idade, vindo da necessidade que sentia ao achar, ainda cedo, o violão de 6 cordas "limitado por ter poucas cordas".

Ao longo de sua carreira de mais de 50 anos, Ventura Ramirez recebeu diversos prêmios e honrarias de renomados nomes. Entre eles, está o prêmio Roquete Pinto de Revelação do Ano em 1960, o Oscar da música brasileira há alguns anos. Naquele ano, Ventura Ramirez recebeu a notícia que fora premiado pelo apresentador Silvio Santos, seu então companheiro de Rádio Nacional e com quem excursionou pelo Brasil com a famosa "Caravana do Peru que Fala", grupo de artistas comandado por Silvio Santos e que viajava pelo Brasil divulgando a música brasileira.

Como outros importantes prêmios de sua carreira, Ventura Ramirez foi por 3 vezes agraciado com o Troféu Velho Guerreiro, do saudoso Chacrinha, sendo duas vezes solo e uma com os Demônios da Garoa. Quatorze vezes recebeu o diploma de Melhor da Semana pelo comunicador Helio Souto e outros diversos prêmios de grêmios estudantis, da Casa da Fazenda e da Secretaria de Cultura de São Paulo.

Ventura Ramirez era considerado um dos melhores violões de 7 cordas pela crítica musical do Brasil, com uma agilidade e domínio das cordas pouco vistas até os dias de hoje. Além de violonista e cantor, Ventura Ramirez era compositor e arranjador, tendo já várias músicas gravadas ao longo da discografia dos Demônios da Garoa e de outros artistas de renome no cenário nacional, como Waldick Soriano.


Em sua carreira solo, Ventura Ramirez já gravou diversos discos, sendo o mais recente deles o CD "Tributo a Nelson Gonçalves", pela gravadora ZAN. Nelson Gonçalves foi seu amigo e companheiro musical, sendo, fora dos Demônios da Garoa, o cantor de cujas gravações mais participou. Seu timbre forte lembra bastante a voz do grande Nelson Gonçalves em seus momentos de mais forte vigor vocal.

Ainda nos tempos dos LPs, Ventura Ramirez tem registrados 3 discos, sendo dois cantando e um instrumental com o violão de 7 cordas. Recentemente, Ventura Ramirez gravou também com artistas atuais do cenário musical brasileiro, como os consagrados Ivan Lins e Guilherme Arantes.

Como fiel representante da música tradicional brasileira, de um tempo áureo em que os artistas tinham necessariamente que ter talento e técnica, em seus shows, Ventura Ramirez passeia pelo repertório da seresta e dos grandes cantores de rádio, como Nelson GonçalvesOrlando Silva e Silvio Caldas, além de, com o seu violão de 7 cordas, representar os maiores clássicos do choro e, é claro, do bom samba, tudo no melhor estilo de um dos mais importantes violonistas da história da Música Popular Brasileira.

Morte

Ventura Ramirez morreu em sua casa em São Paulo, aos 77 anos, na madrugada de segunda-feira, 06/06/2016. Um médico ainda vai avaliar qual a causa da morte súbita.

Fonte: Wikipédia