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Victor Siaulys

VICTOR SIAULYS
(72 anos)
Empresário, Advogado, Conferencista e Escritor

☼ São Paulo, SP (30/05/1936)
┼ São Paulo, SP (19/03/2009)

Victor Siaulys foi um empresário brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 30/05/1936.

Filho de imigrantes lituanos, Victor Siaulys cresceu na capital paulista e começou a trabalhar ainda jovem ajudando seu pai no dia-a-dia da feira.

Estudando à noite, passou a trabalhar em um banco, depois em uma emissora de rádio até ser contratado como propagandista na Winthrop. Em seguida, foi para a Squibb, onde conheceu seus futuros sócios, Adalmiro Dellape Baptista e Antonio Gilberto Depieri. Nessa época, iniciou o curso de Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo mas destacou-se trabalhando como propagandista em empresas farmacêuticas. Mudou-se para o laboratório Sintofarma, onde começou sua experiência com desenvolvimento de produtos.

Em 1965, criou com Adalmiro Dellape BaptistaAntonio Gilberto Depieri e Raphael Dellape Baptista, a Prodoctor, para comercializar os produtos da Sintofarma.

Em 1966, compraram juntos um pequeno laboratório chamado Aché. Na divisão de funções, assumiu o desenvolvimento e marketing dos produtos.

Em 1978, nasceu sua terceira filha, Lara, com deficiência visual.

No Aché, Victor Siaulys, passou comandar a área de Recursos Humanos e investir nas ações de Responsabilidade Social. Como presidente do Conselho de Administração do Aché, vislumbrava novos negócios para a empresa, com destaque para os medicamentos fitoterápicos.

Sob sua liderança, a Aché Laboratórios, de capital 100% nacional, tornou-se um dos maiores laboratórios do país.

Em homenagem à filha que nasceu cega, criou junto com a esposa Mara em 1991 a entidade filantrópica Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, de apoio a inclusão educacional e social da pessoa com deficiência visual.

Victor Siaulys foi conselheiro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e escreveu o livro "Mercenário ou Missionário", pela editora da Laramara.

Morte

Em 2006, Victor Siaulys descobriu uma leucemia, seu quarto câncer. Os anteriores foram de tireoide, pele e próstata. Em 2008, passou por um transplante de medula.

Victor Siaulys faleceu às 19h30 de quinta-feira, 19/03/2009, no Hospital Albert Einsten, em São Paulo, SP, onde estava internado há 30 dias, lutando contra seu quarto câncer, aos 73 anos,  vítima de complicações causadas por um transplante de medula.

A luta de Victor Siaulys contra o câncer era pública. Em uma de suas internações ele escreveu uma mensagem, que foi enviada aos amigos mais próximos e acabou se tornando um viral, ficando conhecida via internet.

O corpo foi velado no Hospital Albert Einstein. O cortejo rumo ao Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, saiu às 15h00, onde ocorreu uma cerimônia de corpo presente celebrada pelo amigo e mentor Frei Beto e logo em seguida o corpo foi cremado.

Deolindo Amorim

DEOLINDO AMORIM
(78 anos)
Jornalista, Sociólogo, Publicitário, Escritor e Conferencista Espírita

* Baixa Grande, BA (23/01/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/04/1984)

Deolindo Amorim foi um jornalista, sociólogo, publicitário, escritor e conferencista espírita brasileiro. Colaborou no Jornal do Commercio e em praticamente toda a imprensa espírita do país.

Deolindo Amorim nasceu no seio de uma família pobre e católica, vindo a tornar-se presbiteriano fervoroso. Rompeu com a sua igreja e permaneceu muitos anos sem definição filosófica ou religiosa. Mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do país. Graduou-se em Sociologia, pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, tendo feito, ainda, outros cursos de nível superior. Tornou-se jornalista e, posteriormente, funcionário público, tendo galgado elevada posição funcional no Ministério da Fazenda.

Um de seus três filhos é o jornalista Paulo Henrique Amorim.

O Ativista Espírita

Por volta de 1935, já no Rio de Janeiro, passou a frequentar o Centro Espírita Jorge Niemeyer, onde entrou em contato com o acervo da Doutrina Espírita, mostrando-se profundo admirador das obras de Léon Denis.

Já em 1939 idealizou e promoveu o I Congresso de Jornalistas e Escritores Espíritas, realizado no auditório da sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro em 15 de novembro. A importância da iniciativa pode ser avaliada considerando-se que, no plano externo, iniciava-se a Segunda Guerra Mundial, e que, no plano interno, o Espiritismo era perseguido por setores da igreja Católica e pela polícia do Estado Novo.

Também esteve ao lado de Leopoldo Machado na promoção do I Congresso de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil, ocorrido no Rio de Janeiro, em julho de 1948, e na criação do Conselho Consultivo de Mocidades Espíritas.

Privou da amizade de grandes vultos do Espiritismo no Brasil e no exterior, como, por exemplo, Carlos Imbassahy, Leopoldo Machado, Herculano Pires, Leôncio Correia e Humberto Mariotti.

Um dos mais ardorosos defensores das obras codificadas por Allan Kardec e profundo admirador de Léon Denis, foi presidente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil e presidente de honra da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas.

Levou o Espiritismo ao meio universitário, proferindo bela conferência no Instituto Pinel da Universidade do Brasil, focalizando o tema: "O Suicídio à Luz do Espiritismo".

Umberto Mariotti e Deolindo Amorim
Em Defesa do Conceito de Espiritismo

Um dos problemas mais emergentes relativos ao bom entendimento da Doutrina Espírita, em meados do século XX, foi a constante tentativa de confundi-lo quer seja com o Candomblé, quer com a Umbanda, quer com as diversas doutrinas espiritualistas. As confusões eram muito grandes, principalmente com os cultos afro-brasileiros. A própria Federação Espírita Brasileira (FEB) pretendeu chamar de "Espiritismo" todas as práticas mediúnicas ou assemelhadas e de "Doutrina Espírita", os conceitos decorrentes da obra codificada por Allan Kardec.

Para dirimir dúvidas, lançando luz sobre o assunto, em 1947 Deolindo Amorim publicou "Africanismo e Espiritismo", obra onde deixa clara a inexistência de ligações filosóficas, práticas ou doutrinárias entre o Espiritismo e as correntes espiritualistas apoiadas na cultura africana, trazida pelos escravos e que se converteram em vários cultos de gosto popular.

Posteriormente, determinado a explanar didaticamente as bases da doutrina de Allan Kardec, escreveu "O Espiritismo e os Problemas Humanos" e o "O Espiritismo à Luz da Crítica", este último em resposta a um padre que escrevera uma obra criticando a Doutrina. Segui-se-lhes "Espiritismo e Criminologia", oriundo de uma conferência no Instituto de Criminologia da Universidade do Rio de Janeiro.

Por fim, em 1958, lançou a obra "O Espiritismo e as Doutrina Espiritualistas", onde sem combater nenhuma corrente ou filosofia espiritualista, como a Teosofia, a Rosacruz, e as diversas seitas de origem asiática e africana, embora ressaltando eventuais coincidências de pontos filosóficos, simplesmente define, separa e identifica o que é o Espiritismo, mostrando a sua independência.

Sobre a questão religiosa no Espiritismo, a sua posição foi a mesma de Allan Kardec. Citando as palavras do fundador, concluía que, como qualquer filosofia espiritualista, o Espiritismo tinha consequências religiosas, mas de forma alguma se tornava uma religião constituída.

Herculano Pires (sentado) com Deolindo Amorim no Instituto de Cultura Espírita do Brasil.
A Fundação do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB)

Tendo existido, no Rio de Janeiro, a Faculdade Brasileira de Estudos Psíquicos a que pertenceu e foi seu último presidente, quando a instituição se tornou insubsistente Deolindo Amorim promoveu a criação do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB), fundado em 07 /12/1957 e por ele dirigido até sua morte.

Quanto à questão da unificação do movimento, Deolindo Amorim nunca se ligou à Federação Espírita Brasileira, tendo mantido laços com a Liga Espírita do Brasil, entidade criada em 1927 por Aurino Barbosa Souto e da qual Deolindo Amorim foi o último 2º vice-presidente.

Em 1949, com a assinatura do "Pacto Áureo", a Liga Espírita do Brasil, que não tinha representatividade nacional, deixou de existir, transformando-se numa entidade federativa estadual. Atualmente, após várias denominações, é denominada União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (USEERJ).

Deolindo Amorim foi contra o acordo, à época, referindo:

"Quando a Liga [Espírita do Brasil] aceitou o Acordo de 5 de outubro [de 1949], acordo que se denominou depois, Pacto Áureo, tomei posição contrária (...) votei contra a resolução, porque não concordei com o modo pelo qual se firmara esse documento. E o fiz em voz alta, de pé, na Assembleia, com mais doze companheiros que pensavam da mesma forma."

Obras
  • Africanismo e Espiritismo
  • Allan Kardec
  • Análises Espíritas
  • Doutrina Espírita
  • Espiritismo à Luz da Crítica
  • Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas
  • Espiritismo e Criminologia
  • Idéias e Reminiscências Espíritas (Documentário)
  • Ponderações Doutrinárias
  • Relembrando Deolindo Vol. 1
  • Relembrando Deolindo Vol. 2

Fonte: Wikipédia

Rodolfo Konder

RODOLFO KONDER
(76 anos)
Jornalista, Escritor, Tradutor, Professor e Conferencista

* Natal, RN (05/04/1938)
+ São Paulo, SP (01/05/2014)

Rodolfo Konder foi um jornalista, escritor, tradutor, professor universitário e conferencista brasileiro.

Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, em 05/04/1938, foi militante político contra a ditadura militar em 1964. Em 1975, Rodolfo Konder foi preso junto com o jornalista Vladimir Herzog e foi o primeiro a denunciar que Vladimir Herzog havia sido assassinado pelos torturadores. Por ser militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi obrigado a se exilar durante o regime militar. No período da redemocratização, atuou em grupos de direitos humanos e presidiu a seção brasileira da Anistia Internacional.

Era filho do intelectual comunista Valério Konder, que foi dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e de Ione Coelho. Era irmão do filósofo marxista Leandro Konder e de Luíza Eugênia Konder, casada com o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga.

Rodolfo Konder foi casado com Silvia Gyuru Konder e tinha um filho, Fabio Gyuru Konder.

Na clandestinidade, o jornalista começou a fazer traduções para Ênio Silveira. Pouco depois, conseguiu uma vaga de redator na agência de notícias Reuters, onde trabalhou durante quatro anos.


Trajetória Como Jornalista

Rodolfo Konder trabalhou como jornalista nas revistas "Realidade", "Singular Plural", "Visão", "Isto É", "Afinal", "Nova", e colaborou com a "Playboy", "Revista Hebráica" e "Época". Também trabalhou em jornais, estações de rádio, inclusive Rádio Canadá, em Montreal, durante dois anos, e canais de televisão.

Durante quatro anos, foi editor-chefe e apresentador do "Jornal da Cultura", na TV Cultura de São Paulo. Também foi colaborador permanente de "O Estado de São Paulo", durante dez anos.

Publicou artigos nos jornais "Movimento", "O Diário", "Voz da Unidade", "Folha de São Paulo", "Jornal da Tarde", "Gazeta Mercantil", "Diário Popular", "Pasquim", "O Paiz", "LA Calle", "El Clarin", "História", "Venus", "Opinião", "Povos e Países", "Jornal do Brasil", "Jornal da Semana", "Leia Livros", "Shopping News", "Américas" e "Shalom".

Foi professor de jornalismo, durante cinco anos, na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), foi diretor das Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM) durante um ano, fez palestras e conferências no Brasil e no exterior, sempre sobre temas relacionados ao jornalismo, à liberdade de expressão e à luta pela democracia.

Foi secretário da Cultura durante a gestão do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, entre 1993 e 1996.


Trajetória Como Escritor

Como escritor, foi conselheiro da União Brasileira de Escritores e escreveu 21 livros: "Cadeia Para Os Mortos", "Tempo de Ameaça", "Comando das Trevas", "De Volta, os Canibais", "Anistia Internacional: Uma Porta Para o Futuro", "O Veterano de Guerra", "Palavras Aladas", "O Rio Da Nossa Loucura", "As Portas Do Tempo", "A Memória e o Esquecimento", "A Palavra e o Sonho", "Hóspede Da Solidão", "Labirintos De Pedra", "Rastros Na Neve", "Sombras No Espelho", "Cassados e Caçados", "Agonia e Morte De Um Comunista", "A Invasão", "As Areias De Ontem", "Educar é Libertar" e "O Destino e a Neve".

Foi premiado, em 2001, com o Prêmio Jabuti pelo livro "Hóspede Da Solidão".

De janeiro de 1993 a dezembro de 2000, ocupou o cargo de Secretário Municial da Cultura. Além disso, foi membro do Conselho da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), integrou a Diretoria da Bienal de São Paulo e foi presidente da Comissão Municipal para as Comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Foi diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e diretor da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em São Paulo.


Morte

Rodolfo Konder morreu na quinta-feira, 01/05/2014, às 10:30 hs, em São Paulo, SP, aos 76 anos. Ele lutava contra um câncer e estava internado há dois meses no Hospital Beneficência Portuguesa. Há 20 dias havia sido transferido para a UTI onde faleceu.

O corpo do jornalista foi cremado às 17:00 hs, do dia 02/01/2014 no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, interior de São Paulo, em cerimônia restrita aos familiares.

Obras

  • 1977 - A Ascensão Dos Generais (Portugal - Editorial Caminho)
  • 1977 - Cadeia Para Os Mortos (Editora Alfa-Omega)
  • 1978 - Sob o Comando Das Trevas (Portugal - Editorial Caminho)
  • 1978 - Tempo De Ameaça (Editora Alfa-Omega)
  • 1978 - Comando Das Trevas (Editora Global)
  • 1986 - De Volta Aos Canibais (Sequência Editorial)
  • 1988 - Anistia Internacional - Uma Porta Para o Futuro (Pontes Editora)
  • 1988 - O Veterano De Guerra (Editora Ibla)
  • 1988 - Erkundungen (Antologia, Alemanha) Verlag Volk Und Welt
  • 1992 - Palavras Aladas (Scortecci Editora)
  • 1994 - O Rio Da Nossa Loucura (Editora Saraiva)
  • 1996 - As Portas Do Tempo (Editora Saraiva)
  • 1997 - A Memória e o Esquecimento (Editora Global)
  • 1999 - A Palavra e o Sonho (Editora Global)
  • 2000 - Hóspede Da Solidão
  • 2002 - Labirintos De Pedra (Editora Global)
  • 2005 - O Conto Brasileiro Hoje (RG Editores)
  • 2005 - Rastros Na Neve - Viagens De Um Jornalista (Edições UniFMU)
  • 2006 - Sombras No Espelho (Edições UniFMU)


Prêmios

  • 1994 - Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo
  • 1995 - Prêmio Homem de Direitos Humanos, da Hebraica.
  • 1996 - Prêmio Borba Gato
  • 1999 - Medalha Monteiro Lobato da Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil
  • 2001 - Prêmio Jabuti 2001 - Categoria: Contos e Crônicas - Livro: Hóspede da Solidão