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José Domingos Raffaelli

JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI
(77 anos)
Jornalista, Crítico Musical, Escritor, Radialista e Produtor

☼ Rio de Janeiro, RJ (15/10/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/04/2014)

José Domingos Raffaelli trabalhou para as seguintes publicações:

Jornais
  • 1954 - Le Matin (Antuérpia, Bélgica)
  • 1972-1987 - Jornal do Brasil (Rio de Janeiro)
  • 1973-1976 - Estado do Paraná (Curitiba)
  • 1976-1981 - Diário do Paraná (Curitiba)
  • 1987-2002 - O Globo (Rio de Janeiro)
  • 2002-2003 - O Tempo (Belo Horizonte)
  • 2005 - Jornal das Gravadoras (Rio de Janeiro)
Revistas:
  • 1949-1950 - Quinta Avenida (São Paulo)
  • 1976-1981 - Quem (Curitiba)
  • 1979-1989 - Somtrês (São Paulo)
  • 1980 - Musical Meeting (Rio de Janeiro)
  • 1986-1989 - Senhor (Rio de Janeiro)
  • 1993-1996 - Ele & Ela (Rio de Janeiro)
  • 1993-1997 - Qualis (São Paulo)
  • 2002 - International Magazine (Rio de Janeiro - A partir de 2002)

Atuou como correspondente brasileiro das seguintes revistas estrangeiras:

  • 1980-1993 - Jazz Journal (Inglaterra)
  • 1984-1990 - Jazz Hot (França)
  • 1986-1992 - Jazz Forum (Polônia)
  • 1989-1996 - Billboard (Estados Unidos)
  • 1995-1999 - Jazz Life (Japão)
  • 1996-1998 - Cadence International (Estados Unidos)
  • 1998-2000 - JazzIt (Itália)

Assinou cerca de 800 textos para contracapas e releases de discos de jazz e música brasileira para Cia. Brasileira de Discos, Mocambo, Sinter, Philips, Phonogram, PolyGram, Imagem, RCA Victor, Odeon, EMI, Inner City, Milestone, Empathy, Visom, Leblon, Malandro Records, DeckDisc e Delira Música, além de discos independentes.

Na televisão, trabalhou na TV-Educativa (1987), como apresentador do concerto de Oscar Peterson no Teatro Cultura Artística, São Paulo, TV-Manchete (1990-1994), como redator do programa "Free Jazz In Concert", Globo News (2005), como entrevistado no programa de 40 anos da morte do cantor Nat King Cole.

No Rádio, atuou como produtor e apresentador dos programas "Jazz em Desfile" (1956-1957 / Rádio Mayrink Veiga), "Arte Final: Jazz" (1985-1987 / Rádio Jornal do Brasil AM-Estéreo), "Jazz na Imprensa" (1988-1991 / Rádio Imprensa FM), "Jazz na Eldorado" (1991 / Rádio Eldorado AM), "Jazz na CBN" (1991-1993 / Rádio CBN), "O Mundo do Jazz" (1992-1994 / Rádio MEC FM e AM), "Brasil Instrumental" (1993-1994 / Rádio MEC AM) e "O Mundo do Jazz" (1997 / Rádio MEC FM e AM), e como produtor do programa "Domingo Sem Futebol" (1980-1983 / Rádio Guaira, Curitiba).

Foi responsável pela produção dos seguintes eventos:

  • 1979-1980 - "Música Instrumental na Universidade Candido Mendes"
  • 1995-2000 - "Sextas de Jazz" (Hotel Novo Mundo)
  • 2002 - "Chivas Jazz Festival"
  • 2003 - "Chivas Jazz Festival"
  • 2004 - "Chivas Jazz Festival"
  • 2003-2004 - "Chivas Jazz Lounge" (Restaurante Epitácio e Mistura Fina)

Produziu concertos de Dôdo Ferreira (2003), Osmar Milito Trio (2003), Brazilian Jazz Trio - Hélio Alves, Nilson Matta e Duduka da Fonseca (2004) e Quinteto Victor Assis Brasil (2004).

Ao longo de sua trajetória profissional, proferiu inúmeras palestras sobre jazz e música popular brasileira.

Publicou os seguintes livros:

  • 1978 - "Miles Davis, Vida e Obra"
  • 1991 - "CD Clássicos & Jazz" Co-autor da seção de jazz em parceria com Zuza Homem de Mello e Alberico Cilento
  • 2000 - "Guia de Jazz em CD" Em parceria com Luiz Orlando Carneiro

José Domingos Raffaelli foi um dos fundadores e dirigiu o Rio de Janeiro Jazz Clube (1951), o Clube Amigos do Jazz (1952) e a Sociedade Brasileira de Jazz (1980). Foi diretor honorário do Clube de Jazz e Bossa (1965).

Atuou como colaborador da discografia "Jazz Records" (1942-1980), de Erik Raben (Dinamarca), da "Modern Jazz Discography" (1981-1985), de Walter Bruyninckz (Bélgica), e da discografia de Bill Evans (1982), de Karl Emil Knudsen (Dinamarca).

Fez parte do júri do III Festival de Música Brasileira (1985 - Cascavel, PR) e de cinco edições do Prêmio BDMG-Instrumental (2001-2005, Belo Horizonte).

Recebeu as seguintes premiações:
  • 1989 - Distinción Jazzologia "Por Su Valiosa Contribuición al Jazz", outorgada pelo Centro Cultural San Martin (Buenos Aires)
  • 1999 - Troféu "In Recognition Of Outstanding Service And Dedication To Jazz", outorgado pela International Association Of Jazz Educators (IAJE)

Assinou o texto introdutório do catálogo "Clube de Jazz e Bossa", editado, em 2004, pelo Instituto Cultural Cravo Albin. A coletânea incluiu mais cinco catálogos temáticos e veio acompanhada por um CD remissivo aos temas abordados.

Morte

José Domingos Raffaelli morreu no sábado, 26/04/2014, aos 77 anos. Ele lutava contra um tumor na coluna e estava internado no Hospital Souza Aguiar. Foi enterrado no domingo, 27/04/2014, às 16:66 hs, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Em abril deste de 2014, seu filho Flávio fez um post no Facebook avisando a amigos que a doença já estava em metástase.

Pietro Bardi

PIETRO MARIA BARDI
(99 anos)
Jornalista, Ensaísta, Galerista, Marchand, Historiador, Crítico, Colecionador, Expositor e Negociador de Obras de Arte

☼ La Spezia, Itália (21/02/1900)
┼ São Paulo, SP (10/10/1999)

Pietro Maria Bardi foi um jornalista, historiador, crítico, colecionador, expositor e negociador de obras de arte. Pietro Maria Bardi ou simplesmente P.M. Bardi foi, junto com Assis Chateaubriand, o responsável pela criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), sendo seu diretor por 45 dedicados anos consecutivos.

Filho de Pasquale Bardi e Elisa Viggioni, Pietro era o segundo de quatro irmãos. Diziam que era de poucos amigos e que sua vida escolar foi bastante atribulada. O próprio Pietro Bardi declarou, em inúmeras entrevistas, ter sido reprovado quatro vezes na terceira série do ensino fundamental.

Abandonou a escola ainda novo, desanimado pelo insucesso, e atribuía sua inteligência a um acidente doméstico, após uma queda em que feriu a cabeça, onde a partir daí tomou gosto pela leitura. Lia absolutamente tudo que podia durante sua adolescência, hábito que o acompanhou por toda a vida.

Pietro Bardi ao lado da estátua de Assis Chateaubriand
Jornalismo

Ainda rapaz, Pietro Bardi trabalhou como operário assistente no Arsenale Marittimo e, em seguida, tornou-se aprendiz em um escritório de advocacia. Em 1917 foi convocado para integrar o Exército italiano e partiu de La Spezia para não mais retornar.

É nessa fase que ele iniciou de fato sua carreira jornalística, antes já esboçada em alguns artigos e colaborações a jornais como Gazzetta di Genova e o Indipendente e com a publicação, aos 16 anos, de seu primeiro livro, um ensaio sobre colonialismo.

Instalado em Bérgamo desde a baixa na carreira militar, Pietro Bardi encontrou trabalho no Giornale di Bergamo. Mais tarde, integrou a equipe do Popolo di Bergamo, Secolo, Corriere della Sera, Quadrante, Stile e muitos outros.

Escrever foi sua principal atividade profissional até a morte, a maneira encontrada para manifestar seu estilo polêmico e a crítica baseada no conhecimento profundo e na vivência cotidiana da arte, da política e principalmente da arquitetura.

Arte

Em 1924, Pietro Bardi transferiu-se para Milão e casou-se com Gemma Tortarolo, com quem teve duas filhas, Elisa e Fiorella. Foi em Milão que ele começou uma aventura como marchand e crítico de arte, com a aquisição da Galleria dell'Esame.

Em 1929 tornou-se diretor da Galleria d'Arte di Roma e mudou-se para a capital.

Trazendo uma exposição a Buenos Aires, passou pelo Brasil pela primeira vez em 1933. Foi nessa ocasião que viu a Avenida Paulista, futuro endereço do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Após a Segunda Guerra Mundial, Pietro Bardi conheceu a arquiteta Lina Bo no Studio d'Arte Palma, em Roma, onde ambos trabalhavam. Ele divorciou-se e casou-se com Lina Bo em 1946. No mesmo ano, atiraram-se à aventura da vinda para o Brasil, país com a perspectiva de prosperidade e cenário de uma arquitetura talentosa e promissora, situação oposta à da Europa, que amargava a reconstrução nos anos pós-guerra.

O casal alugou o porão de um navio cargueiro, o Almirante Jaceguay. Partiram de Gênova trazendo uma significativa coleção de obras de arte e peças de artesanato que seriam organizadas numa série de mostras. Transportaram também a enorme biblioteca do marchand. Chegaram ao Rio de Janeiro em 17/10/1946.

Lina Bo e Pietro Bardi
Com as obras trazidas da Itália, Pietro Bardi organizou a Exposição de Pintura Italiana Moderna, em cujos salões conheceu o empresário Assis Chateaubriand, que o convidou para montarem juntos um museu há muito tempo idealizado.

De 1947 a 1996 Pietro Bardi criou e comandou o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Paralelamente, manteve sua atividade de ensaísta, crítico, historiador, pesquisador, galerista e marchand.

Publicou, em 1992, seu 50º e último livro, "História do MASP".

Em 1996, já adoecido, afastou-se do comando do museu.

Fundou, ao lado de Massimo Bontempelli, a revista Quadrante, importante periódico no qual diversos arquitetos modernos italianos, como Giuseppe Terragni, puderam publicar suas obras.

Abatido e com sua saúde debilitada desde a morte de Lina Bo, em março de 1992, morreu em 10/10/1999, tendo cumprido quase um século de vida a provar sua definição de si próprio, em resposta ao parceiro Assis Chateaubriand"Sim, sou um aventureiro".

Fonte: Wikipédia

Barbara Heliodora

HELIODORA CARNEIRO DE MENDONÇA
(91 anos)
Diretora, Crítica e Professora Teatral, Roteirista, Figurinista, Tradutora e Ensaísta

* Rio de Janeiro, RJ (29/08/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/04/2015)

Heliodora Carneiro de Mendonça, ou Barbara Heliodora, foi diretora crítica e professora teatral, roteirista, figurinista, tradutora, ensaísta e uma das maiores autoridades brasileiras da obra de William Shakespeare. Era filha do historiador Marcos Claudio Philippe Carneiro de Mendonça e e da poetisa Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça.

Barbara Heliodora fez o Bacharelado em Língua e Literatura Inglesas no Connecticut College, nos Estados Unidos, e o Doutorado em Artes na Universidade de São Paulo (USP). Começou a carreira como jornalista aos 35 anos. Nessa época, estreou na crítica teatral por insistência de seus amigos que trabalhavam no meio e conheciam sua admiração pela arte.

Pela relevância de seu trabalho, ao longo de sua carreira recebeu o título de Oficial da Ordre des Arts et des Lettres, da França, a Medalha Connecticut College, nos Estados Unidos e a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2005, pelos serviços prestados à cultura brasileira. Era Professora Titular aposentada da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e Professora Emérita da mesma Universidade.

Entre suas atividades profissionais, exerceu sobretudo o ofício de crítica teatral, mas desempenhou outros papéis no cenário cultural nacional, entre os quais o de diretora do Serviço Nacional de Teatro (1964-1966); o de fundadora e duas vezes presidente do Círculo Independente de Críticos Teatrais (RJ-SP); de membro do júri do Prêmio Molière, desde sua criação até a extinção, membro do júri do Prêmio Mambembe; integrante da equipe de jurados para as bolsas da Rio-Arte na área de teatro e membro de júris de incontáveis outras premiações.


Exerceu também a atividade de tradutora, tendo em seu currículo a publicação em português de cerca de 40 livros de vários gêneros e autores de língua inglesa e um mesmo número de peças de teatro de autores diversos além de, como especialista da obra de William Shakespeare, ter traduzido boa parte das peças do "bardo".

Barbara Heliodora tornou-se uma das mais respeitadas especialistas em Shakespeare do país. Sua paixão pelo dramaturgo inglês começou na infância e, segundo a própria Barbara Heliodora, continuou por toda a vida: ela dizia que Shakespeare foi um grande e fiel amigo.

Entre suas obras, destacam-se os livros: "A Expressão Dramática do Homem Político em Shakespeare", "Falando de Shakespeare" e "Martins Pena, Uma Introdução".

Participou de publicações coletivas, tendo escrito capítulos ou artigos em livros como "A História da Cultura no Brasil" (MEC); "A Era do Barroco" (MNBA); "Theatre Companies Of The World" (Kullman & Young); "Escenarios de dos Mundos" (Centro de Documentación Teatral, Espanha); e freqüentemente teve artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, entre os quais citam-se o Shakespeare Survey; o Shakespeare Quarterly; o Shakespeare Bulletin; a revista Bravo!; a revista República; e os jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

Como crítica, era admirada e temida: "Eu me indispus com muita gente", dizia. "Mas agora passo por cima de tudo isso. Não tenho rancores. Só projetos", disse em 2014 em entrevista a revista Época.

Barbara Heliodora se aposentou no final de 2013, quando anunciou que abandonaria a coluna que mantinha no jornal O Globo. Pretendia continuar trabalhando como tradutora.

Morte

Bárbara Heliodora morreu na manhã de sexta-feira, 10/04/2015, aos 91 anos, no hospital Samaritano, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela estava internada desde o dia 21/03/2015. Ela deixou três filhas e quatro netos.

Fonte: Instituto de Artes Unicamp e Época
Indicação: Fadinha Veras

Ivan Junqueira

IVAN JUNQUEIRA
(79 anos)
Jornalista, Poeta e Crítico Literário

* Rio de Janeiro, RJ (03/11/1934)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/07/2014)

Ivan Junqueira foi um jornalista, poeta e crítico literário brasileiro. Era membro da Academia Brasileira de Letras.

Nasceu e realizou seus primeiros estudos no Rio de Janeiro, no Colégio Notre Dame, em Ipanema, posteriormente tendo ingressado nas faculdades de Medicina e Filosofia da Universidade do Brasil, não chegando a concluí-las.

Em 1963 tornou-se jornalista, atuando como redator da Tribuna da Imprensa. Atuou depois no Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, nos quais foi redator e sub-editor até 1987.

Foi assessor de imprensa e depois diretor do Centro de Informações das Nações Unidas no Rio de Janeiro entre 1970 e 1977, e tornou-se mais tarde supervisor editorial da Editora Expressão e Cultura e diretor do Núcleo Editorial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), além de colaborador da Enciclopédia Barsa, Encyclopædia Britannica, Enciclopédia Delta Larousse, Enciclopédia do Século XX, Enciclopédia Mirador Internacional e Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, este último editado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi também assessor de Rubem Fonseca na Fundação Rio.


Como crítico literário e ensaísta, colaborou com jornais e revistas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e também com publicações especializadas nacionais e estrangeiras, entre elas: Colóquio Letras, Revista do Brasil, Senhor, Leitura e Iberomania.

Em 1984 foi escolhido como a "Personalidade do Ano" pela União Brasileira de Escritores (UBE).

Foi assessor da Fundação Nacional de Artes Cênicas (Fundacen) de 1987 a 1990. Em 1991 transferiu-se para a Fundação Nacional de Arte (Funarte), onde foi editor da revista Piracema e chefe da Divisão de Texto da Coordenação de Edições até 1997, quando se aposentou do serviço público. Foi ainda editor adjunto e depois editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional.

Como poeta, já teve seus livros traduzidos para o alemão, chinês, dinamarquês, espanhol, francês, inglês, italiano e russo.

Ivan Junqueira foi membro do Pen Clube do Brasil.


Morte

Ivan Junqueira morreu na quinta-feira, 03/07/2014, aos 79 anos no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele estava internado há um mês e teve insuficiência respiratória. O corpo do acadêmico foi sepultado no Cemitério São João Batista.


Prêmios Recebidos

  • 1981 - Prêmio Nacional de Poesia, do Instituto Nacional do Livro (INL)
  • 1985 - Prêmio Assis Chateaubriand, da Academia Brasileira de Letras
  • 1985 - Prêmio Nacional de Ensaísmo Literário, do Instituto Nacional do Livro (INL)
  • 1991 - Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte
  • 1992 - Prêmio da Biblioteca Nacional
  • 1994 - Prêmio José Sarney de poesia inédita, do Memorial José Sarney
  • 1995 - Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro
  • 1995 - Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Clube do Brasil
  • 1999 - Prêmio Oliveira Lima, da União Brasileira de Escritores (UBE)
  • 2000 - Prêmio Jorge de Lima, da União Brasileira de Escritores (UBE)


Em 1998 recebeu a Medalha Cruz e Sousa, da municipalidade de Florianópolis, e, em 1999, a Medalha Paul Claudel, da União Brasileira de Escritores (UBE). Em 2002 foi patrono do IV Concurso Nacional de Poesia Viva, patrocinado pelo jornal Poesia Viva.


Academia Brasileira de Letras

Ivan Junqueira ocupava a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

José Wilker

JOSÉ WILKER DE ALMEIDA
(69 anos)
Ator, Diretor, Narrador, Apresentador e Crítico de Cinema

* Juazeiro do Norte, CE (20/08/1944)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/04/2014)

José Wilker de Almeida foi um ator, diretor, narrador, apresentador e crítico de cinema brasileiro. Filho de Severino Almeida, um caixeiro viajante, e de Raimunda Almeida, dona de casa, José Wilker nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20/08/1944 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife, PE.

José Wilker começou a carreira como locutor de rádio e se mudou para o Rio de Janeiro aos 19 anos.

Seu primeiro filme foi em 1965, "A Falecida" com uma participação não creditada. O filme ainda contava com Fernanda Montenegro como protagonista. Em 1979, esteve no elenco do filme "Bye Bye Brasil" e em 1985, no elenco de "O Homem da Capa Preta".


José Wilker estreou nas telenovelas em 1971, em "Bandeira 2", de Dias Gomes, na TV Globo. Fez muito sucesso com a novela "Roque Santeiro" (1985) na qual deu vida ao personagem-título junto com Regina Duarte e Lima Duarte.

Entre 1997 e 2002, dirigiu boa parte dos episódios do "Sai de Baixo", além de ter participado de um dos episódios do programa, "Ghost Não Se Discute", em 1997.

Interpretou personagens célebres na televisão, como Giovanni Improtta, na telenovela "Senhora do Destino" (2004) e o ex-presidente Juscelino Kubitschek na minissérie "JK" (2006).

Em 2012 caiu na boca do povo com o personagem Jesuíno Mendonça na telenovela "Gabriela". O personagem foi marcado pelo bordão "Vou lhe usar!", que se tornou febre nas redes sociais. Em 2013 narrou a chamada da telenovela "Amor à Vida", e no meio da trama entrou no elenco como o personagem Herbert.


Entre seus papéis mais marcantes no cinema estão Tiradentes, no filme "Os Inconfidentes" (1972), Vadinho, do recorde de bilheteria nos cinemas "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976), o político Tenório Cavalcanti de "O Homem da Capa Preta" (1986), Antônio Conselheiro, de "Guerra de Canudos" (1997), entre muitos outros.

José Wilker teve as filhas Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a atriz Mônica Torres, e teve um relacionamento com Guilhermina Guinle entre 1999 e 2006. Seu último casamento foi com a jornalista Cláudia Montenegro.

Amante de cinema, possuía aproximadamente quatro mil fitas em casa. Mostrou ao público essa faceta assinando uma coluna semanal sobre o assunto no Jornal do Brasil e fazendo comentários de filmes nos canais de televisão por assinatura Telecine da Globosat.

Era também comentarista oficial da transmissão da premiação do Oscar da Rede Globo, além de apresentar o programa "Palco & Platéia", que é transmitido pelo Canal Brasil. José Wilker foi ainda diretor-presidente da Riofilme, distribuidora de filmes do município do Rio de Janeiro.

Morte

José Wilker morreu na manhã de sábado, 05/04/2014, aos 69 anos, vítima de um infarto fuminante, na Zona Sul do Rio de Janeiro. José Wilker deixa duas filhas: Mariana e Isabel.

O corpo do ator foi velado durante a noite do dia 5 de abril de 2014 no Teatro Ipanema, na rua Prudente de Moraes, onde iniciou sua carreira, e seu corpo cremado no Cemitério Memorial do Carmo no dia 06/04/2014, em uma cerimônia restrita a familiares e amigos no Rio de Janeiro.


Televisão (Como Ator)

  • 1971 - Bandeira 2 ... Zelito (Telenovela)
  • 1971 - Caso Especial ... (Episódio: O Crime do Silêncio)
  • 1972 - O Bofe ... Bandeira (Telenovela)
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Atílio (Telenovela)
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Martinho Ghirotto (Telenovela)
  • 1974 - Corrida do Ouro ... Fábio (Telenovela)
  • 1974 - A Cartomante ... Murilo (Telenovela)
  • 1974 - Caso Especial ... (Episódio: Enquanto a Cegonha Não Vem)
  • 1975 - Gabriela ... Mundinho Falcão (Telenovela)
  • 1976 - Anjo Mau ... Rodrigo Medeiros (Telenovela)
  • 1980 - Plumas e Paetês ... Renato / Paulo (Telenovela)
  • 1981 - Brilhante ... Oswaldo / Sidney (Telenovela)
  • 1982 - Final Feliz ... Rodrigo (Telenovela)
  • 1982 - Paraíso ... Faustinho (Telenovela)
  • 1983 - Bandidos da Falange ... Tito Lívio (Minissérie)
  • 1984 - Transas e Caretas Tiago (Telenovela)
  • 1985 - Roque Santeiro ... Luis Roque Duarte / Roque Santeiro (Telenovela)
  • 1987 - Carmem Camilo (Telenovela)
  • 1987 - Corpo Santo ... Ulisses Queirós (Telenovela)
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... João Matos (Telenovela)
  • 1990 - Mico Preto ... Frederico (Telenovela)
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Fábio Andrade Brito (Telenovela)
  • 1993 - Agosto ... Pedro Lomagno (Telenovela)
  • 1993 - Fera Ferida ... Demóstenes Maçaranduba da Costa (Telenovela)
  • 1993 - Renascer ... Coronel Berlamino (Telenovela)
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Marcelo Rossi (Telenovela)
  • 1996 - Anjo de Mim ... Bianor (Telenovela)
  • 1996 - A Vida Como Ela É ... Narrador (Seriado)
  • 1996 - O Fim do Mundo ... Tião Socó (Telenovela)
  • 1996 - Salsa e Merengue ... Urbano (Telenovela)
  • 1997 a 2002 - Sai de Baixo (Episódio: "Ghost Não Se Discute" / Participações Voz)
  • 1999 - Suave Veneno ... Waldomiro Cerqueira (Telenovela)
  • 2000 - A Muralha ... Dom Diego (Minissérie)
  • 2001 - Um Anjo Caiu do Céu ... Tarso (Telenovela)
  • 2002 - Desejos de Mulher ... Ariel Britz (Telenovela)
  • 2002 - O Quinto dos Infernos ... Marquês de Marialva (Minissérie)
  • 2004 - Senhora do Destino ... Giovanni Improtta (Telenovela)
  • 2006 - JK ... Juscelino Kubitschek (Minissérie)
  • 2007 - Amazônia, de Galvez a Chico Mendes ... Luis Gálvez Rodríguez de Arias (Minissérie)
  • 2007 - Duas Caras ... Francisco Macieira (Telenovela)
  • 2008 - Três Irmãs ... Augusto Pinheiro / Lázaro (Telenovela)
  • 2009 - Cinquentinha ... Daniel Lopes de Carvalho (Minissérie)
  • 2010 - Na Forma da Lei ... Drº Mourão (Seriado)
  • 2011 - O Bem Amado ... Zeca Diabo (Minissérie)
  • 2011 - Insensato Coração ... Humberto Brandão (Telenovela)
  • 2011 - A Mulher Invisível ... Reinaldo Fachetti (Seriado)
  • 2012 - O Brado Retumbante ... Floriano Pedreira (Seriado)
  • 2012 - Gabriela ... Jesuíno Mendonça (Telenovela)
  • 2013 - Amor à Vida ... Herbert Marques (Telenovela)


Televisão (Como Diretor)

  • 1983 - Louco Amor (Telenovela)
  • 1984 - Transas e Caretas (Telenovela)
  • 1986 - Cinderela (Cinema)
  • 1996 a 2002 - Sai de Baixo (Seriado)


Cinema

  • 1965 - A Falecida
  • 1966 - Paixão
  • 1967 - El Justicero ... El Rato
  • 1968 - A Vida Provisória
  • 1970 - Estranho Triângulo
  • 1971 - Os Inconfidentes … Tiradentes
  • 1973 - Deliciosas Traições de Amor
  • 1974 - Amor e Medo
  • 1975 - Ana, a Libertina
  • 1975 - O Casal
  • 1976 - Confissões de Uma Viúva Moça
  • 1976 - Dona Flor e Seus Dois Maridos
  • 1976 - Xica da Silva
  • 1977 - Diamante Bruto
  • 1978 - A Batalha dos Guararapes
  • 1978 - O Golpe Mais Louco do Mundo
  • 1979 - Bye Bye Brasil
  • 1980 - O Incrível Monstro Trapalhão
  • 1980 - Bonitinha Mas Ordinária ou Otto Lara Rezende
  • 1981 - Fiebre Amarilla
  • 1981 - Los Crápulas
  • 1982 - O Rei da Vela
  • 1982 - O Bom Burguês
  • 1984 - São Bernardo
  • 1984 - Jango
  • 1985 - Fonte da Saudade
  • 1985 - O Homem da Capa Preta
  • 1986 - Baixo Gávea
  • 1986 - Besame Mucho
  • 1987 - Leila Diniz
  • 1987 - Um Trem Para as Estrelas
  • 1989 - Dias Melhores Virão
  • 1989 - Mentira ... Narrador
  • 1989 - Doida Demais
  • 1989 - Solidão, Uma Linda História de Amor
  • 1990 - Filha da Mãe
  • 1992 - Medicine Man
  • 1994 - Josué de Castro, Cidadão do Mundo ... Narrador (Documentário)
  • 1996 - Pequeno Dicionário Amoroso
  • 1996 - Delicado
  • 1997 - For All - O Trampolim da Vitória
  • 1997 - Guerra de Canudos ... Antônio Conselheiro
  • 2000 - Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão
  • 2002 - Dead In Water
  • 2002 - Banquete
  • 2003 - Maria - Mãe do Filho de Deus
  • 2003 - O Homem do Ano
  • 2004 - Onde Anda Você?
  • 2004 - Redentor
  • 2004 - Viva Sapato!
  • 2005 - O Piadista
  • 2005 - Olga Del Volga
  • 2005 - O Guia do Mochileiro das Galáxias
  • 2006 - Canta Maria ... Lampião
  • 2006 - O Sonho de Inacim
  • 2006 - O Maior Amor do Mundo
  • 2008 - Casa da Mãe Joana
  • 2008 - Sexo Com Amor?
  • 2008 - Romance
  • 2009 - Embarque Imediato
  • 2010 - O Bem Amado
  • 2010 - Elvis e Madona
  • 2011 - Tancredo, a Travessia  ... Narrador (Documentário)
  • 2011 - "Kreuko" em Mundo Invisível
  • 2011 - A Melhor Idade
  • 2013 - Giovanni Improtta
  • 2013 - Casa da Mãe Joana 2
  • 2013 - Isolados

Fonte: Wikipédia

Marly Marley

MARLY MARLEY
(75 anos)
Atriz, Diretora Teatral, Crítica Musical, Jurada Musical e Vedete

* Três Lagoas, MS (05/04/1938)
+ São Paulo, SP (10/01/2014)

Marly Marley foi uma atriz, diretora de teatro, crítica musical, jurada musical e ex-vedete da época de ouro do rádio e televisão brasileiros, personalidade de destaque expressivo no cenário da cultura artística e musical nacional por várias décadas.

Era conhecida como "única vedete de São Paulo" pois o teatro de revista dos anos 50 e 60 era dominado pelas cariocas. Formou-se professora, mas nunca exerceu a profissão. Preferiu se dedicar ao balé, ao acordeon, ao piano e ao canto, habilidades estudadas desde criança. Aos 17 anos já atuava no teatro paulistano.

Marly Marley nasceu em Três Lagoas, MS, em 05/04/1938, e, ainda pequena, mudou-se para Lins, no estado de São Paulo, cidade que adotou de coração. Formou-se professora e psicóloga, mas nunca exerceu a profissão. Preferiu se dedicar ao balé, ao acordeon, ao piano e ao canto, habilidades estudadas desde criança. Aos 17 anos já atuava no teatro paulistano.

O carnaval sempre foi outra paixão de Marly Marley. Ao longo de dez anos participou de gravações de folias carnavalescas pelo Brasil, como como "Índia Bonitinha" e "Marcha da Baleia". Toda a experiência conferiu-lhe vários predicados artísticos e culturais. Ultimamente assinava a produção e direção de peças teatrais.


Época do Teatro

Marly Marley trabalhou por quinze anos como vedete nos teatros de revista. Depois, participou de operetas com Vicente Celestino e Gilda de Abreu.

No lendário Teatro Natal, fez "Tá Rosa e Não Está Prosa", com Otelo Zeloni e Renata Fronzi, e "Precisa-se De Um Presidente", com José Vasconcellos. Atuou ainda em "Vai Acabar Em 69", "Só Porque Você Quer" e "Pega, Mata e Come". Participou ainda de comédias com Dercy Gonçalves e Mazzaropi.

Foi uma presença marcante no Teatro de Comédia. Com Dercy Gonçalves fez a clássica "Dona Violante Miranda", em 1958. Também esteve em "O Cunhado Do Ex-Presidente".


Cinema e Televisão

Na televisão, Marly Marley passou por várias emissoras como TV Tupi, TV Excelsior, Rede Manchete, Band, SBT e TV Record. Fez parte do elenco de inauguração da Rede Bandeirantes, em 1967, sempre se destacando nos programas de humor como "Show de Mulheres". Desde os anos 80 integrava o corpo de jurados do "Programa Raul Gil", na TV Record, Rede Manchete, Band e ultimamente no SBT.

Fez algumas novelas como "O Amor Tem Cara De Mulher" (1966), na TV Tupi. No SBT, participou de "Meus Filhos, Minha Vida" (1984). Esteve também no gran finale da novela "Belíssima" (1986) na TV Globo,quando o autor Silvio de Abreu fez uma homenagem às vedetes do Brasil, colocando em cena todas as remanescentes do gênero. Apareceu ao lado de Carmem Verônica e Íris Bruzzi.

No cinema, estrelou três filmes com Mazzaropi, o mais famoso é "O Puritano da Rua Augusta" (1965), e em duas produções estrangeiras, uma mexicana e outra alemã.

Em 2008, Marly Marley participou do filme "Chega de Saudade", seu último trabalho no cinema, da cineasta Laís Bodanzky, autor de "Bicho de Sete Cabeças" (2000), com roteiro de Luiz Bolognesi, um longa-metragem que trata do universo e dos personagens dos salões da época de ouro do rádio, teatro e televisão no Brasil. Na história, interpretou a personagem Liana.


Produtora

Foi produtora de várias peças com os comediantes Gibe e Simplício. Mais tarde, nos anos 80, integrou o elenco de "O Vison Voador", peça que ficou mais de seis anos em cartaz. Depois, nos anos 2000, Marly Marley produziu novamente o espetáculo, que atraiu um grande público por todo o Brasil.


Jurada Musical

Integrou por muitos anos o corpo de jurados do "Programa Raul Gil", trabalhando com o apresentador desde 1987. Com notável cultura, experiência e talento musical, é considerada a primeira dama da crítica musical brasileira.

Ary Toledo e Marly Marley
Morte

Marly Marley morreu em 10/01/2014, aos 75 anos, depois de ficar internada por um mês em um hospital de São Paulo devido a um câncer de pâncreas e apresentava metástase.

Ela era casada com o humorista Ary Toledo há 45 anos. O casal não teve filhos.


Cacaso

ANTÔNIO CARLOS FERREIRA DE BRITO
(43 anos)
Professor, Compositor, Poeta, Crítico e Ensaísta

* Uberaba, MG (13/03/1944)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/12/1987)

Antônio Carlos de Brito, conhecido como Cacaso, foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro. Filho de Carlos Ferreira de Brito e Wanda Aparecida Lóes de Brito, nasceu em Uberaba, MG, e passou a infância em Alfredo de Castilho e Barretos, interior de São Paulo.

Aos 12, chegou a ser matéria de jornal, por causa de suas caricaturas de políticos e personagens da vida pública, prática que cultivaria por toda a vida. Costumava ilustrar seus poemas, crônicas e letras de músicas com nanquim e lápis de cera.

Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.

Estudou violão clássico, cursou Direito e formou-se em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP). Lecionou teoria literária e literatura brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi também crítico e ensaísta.


Cacaso teve dois filhos: Pedro de Brito, do primeiro casamento com a antropóloga, professora e pesquisadora Leilah Landim Assumpção de Brito, e Paula, do segundo casamento com a cantora Rosa Emília Machado Dias. Pedro de Brito, jornalista, assim como o pai, seguiu a carreira de poeta, tendo publicado alguns poemas no Jornal de Letras e Artes. Como jornalista, Pedro de Brito, especializou-se na área de música, tendo atuado em vários jornais como, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil e no jornal O Dia, assinando Pedro Landim.

Em 1967, José Álvaro Editor publicou de Cacaso, ainda usando o nome Antônio Carlos de Brito, "A Palavra Cerzida", seu primeiro livro de poemas, que já havia sido publicado nas principais antologias da nova poesia brasileira.

Publicou artigos em vários jornais, entre eles, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, Jornal Movimento e Jornal Opinião.

Publicou os livros de poesias "Grupo Escolar" (1974), "Beijo Na Boca" (1975), "Segunda Classe" (1975) em parceria com Luís Olavo Fontes, "Na Corda Bamba" (1978), "3 Poetas" (1979), com Eudoro Augusto e Letícia Moreira de Souza, "Mar De Mineiro" (1982) e a coletânea "Beijo Na Boca E Outros Poemas" (1985).

Pouco antes de falecer, vitimado por um infarto do miocárdio, estava trabalhando junto com Edu Lobo e Ruy Guerra em um roteiro sobre Canudos. Anos depois, em 1997, Edu Lobo, em homenagem ao poeta, incluiu uma das parcerias de ambos, "Canudos", no filme homônimo de Sérgio Rezende.

Maurício Tapajós e Cacaso
Em 1997, foi editada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma coletânea de seus ensaios, poemas inéditos, crônicas e artigos publicados em jornais intitulada "Não Quero Prosa", com seleção e organização de Vilma Arêas e lançada na Bienal do Livro no Rio de Janeiro.

Compôs em parceria com Nelson Ângelo o musical "Táxi", ainda inédito.

No ano 2000, a Editora Sette Letras reeditou "Beijo Na Boca".

Em 2002 foi publicado pela Editora Sette Letras e Cosac & Naify, a antologia "Lero Lero", sua obra poética reunida, incluindo sete livros seus e ainda parte de um material que estava inédito entre poemas e desenhos. O livro fez parte da coleção "Às De Colete" e foi lançado na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro. Ainda em 2002, os jornalistas Renato Fagundes e Paulo Mussoi produziram o filme de animação digital "Cidadelas", baseado em poemas sobre Canudos ('Auto de Canudos') deixados pelo poeta e nunca publicados, além de desenhos sobre o mesmo tema. A trilha sonora do curta-metragem foi composta por Igor Araújo, com base nos poemas de Cacaso.

Em novembro de 2004 foi relançado o livro "Na Corda Bamba", desta vez com ilustrações do cineasta e amigo José Joaquim Salles. As ilustrações eram para ser entregues para a primeira edição em 1978, mas só ficaram prontas 26 anos mais tarde. O convite para o que Joaquim Salles ilustrasse o livro foi feito no ano de 1975, quando Cacaso, em Paris, visitou o ex-colega de faculdade de Filosofia, que por esta época encontrava-se exilado na França. Como as ilustações não ficaram prontas a tempo, o livro foi publicado com ilustrações do filho Pedro Landim, então com 7 anos. Na reedição do "Na Corda Bamba" o ilustrador José Joaquim Salles contou com a colaboração do próprio filho, o designer gráfico Tomás. Sobre as novas ilustrações José Joaquim relatou:

"Se Cacaso fosse vivo, provavelmente usaria o computador para compor e divulgar sua poesia. Tenho certeza de que estaria ao meu lado fazendo um livro com esta nova ferramenta!"

Sua obra de letrista foi objeto de dissertação de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O poeta deixou mais de 20 cadernos, muitos deles em forma de diários, com poemas, fotos e ilustrações.

Em 1987, no dia 27 de dezembro, Cacaso partiu prematuramente. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".

Wilson Martins

WILSON MARTINS
(88 anos)
Magistrado, Professor, Escritor, Jornalista, Historiador e Crítico Literário

* São Paulo, SP (03/03/1921)
+ Curitiba, PR (30/01/2010)

Wilson Martins foi um magistrado, professor, escritor, jornalista, historiador e crítico literário brasileiro e autor da coleção monumental "História da Inteligência Brasileira".

Com apenas 16 anos de idade, Wilson Martins já era revisor no jornal Gazeta do Povo como prestador de serviço, sendo contratado somente em 1945 como funcionário do jornal. Formou-se em Direito, mas após concluir um curso de especialização literária em Paris, passou a dedicar-se exclusivamente à literatura, como professor e crítico.

Wilson Martins foi também professor de Literatura Francesa na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e lecionou por 26 anos em Nova York, na New York University, aposentando-se deste cargo em 1992, quando foi homenageado com o título de Professor Emérito. No entanto, apesar da sólida carreira acadêmica, era na crítica literária jornalística que se sentia mais em casa.

Autor de diversas obras, destacou-se pela fundamental "História da Inteligência Brasileira", com diversos volumes. Igualmente fundamental é a "Crítica Literária no Brasil", história da atividade crítica no País. Com suas obras, Wilson Martins ganhou alguns dos principais prêmios literários nacionais. Recebeu prêmios como o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, por volumes do livro "História da Inteligência Brasileira", e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 2002, pelo conjunto de sua obra.

Foi durante 25 anos crítico literário de O Estado de S.Paulo e também do Jornal do Brasil. Foi colunista da Gazeta do Povo e do O Globo.

Era um crítico de "linha de frente", que analisava obras no calor da hora, assim que os livros saem do prelo, ao contrário de colegas acadêmicos, que esperam décadas antes de se pronunciar.

Foi no âmbito jornalístico que se tornou conhecido e amealhou respeito geral - mesmo daqueles que desaprovavam suas opiniões.

Wilson Martins nunca deixou de escrever o que pensava, como quando desaprovou o romance "O Fotógrafo", de Cristóvão Tezza, que admirava, mas dizia conter palavrões em excesso.

Quando completou 80 anos, a editora Top Books lançou um volume em sua homenagem, significativamente intitulado "Mestre da Crítica". Nele, escrevem colegas ilustres como Affonso Romano de Sant"Anna, Moacyr Scliar, Edson Nery da Fonseca, Antonio Candido e outros, tendo por tema a carreira do crítico Wilson Martins ou assuntos literários em geral.

Mas o melhor dos ensaios do livro é assinado pelo próprio homenageado. Com o título de "O Crítico Por Ele Mesmo", Wilson Martins faz um resumo de sua vida profissional. O texto serve como testamento de uma carreira e também pode funcionar como inspiração a quem pretenda segui-la, apesar dos percalços atuais do jornalismo cultural.

Wilson Martins se dizia educado pelo "sistema antigo, de rigor, disciplina e obediência, sem excessos de complacência". Sua base cultural foi formada em especial pelo autodidatismo. Lia sem parar, desde criança, e, mais tarde, escrever sobre aquilo que lia lhe pareceu tão natural como beber um copo d"água.

Seu primeiro emprego como crítico foi no Estado, em substituição ao então mitológico Sérgio Milliet.

Desde o início, Wilson Martins não negligenciou o fato de que para apreciar uma obra era preciso compará-la. E o cânone literário, hoje descartado como politicamente incorreto, seria a melhor tábua de comparação disponível. Mesmo porque ele não foi formado de maneira arbitrária, mas por um consenso que vem de um longo assentimento. Shakespeare, Proust, Machado de Assis não ocupam o lugar que ocupam por acaso.

O alvo dessas críticas de Wilson Martins era o multiculturalismo e o relativismo, que coloca toda e qualquer obra em pé de igualdade. Isso seria nivelar a cultura por baixo, segundo entendia. Portanto, é a qualidade da obra que deveria nortear a crítica, mesmo que seja tão difícil distinguir, no novo, o que é bom do que não é.

Tentá-lo, e chegar o mais próximo possível da "verdade", é a tarefa do crítico, como ele a concebia. E apontar o que é bom em sua época, o maior desafio daquele que escreve sobre obras alheias. O crítico faz suas apostas. A posteridade julga as obras, e o próprio crítico. Nesse ponto, Wilson Martins valorizava seu ofício de crítico "de fronteira", distinguindo-se claramente dos colegas de universidade.

Sempre provocativo, Wilson Martins se dizia "o último crítico literário em atividade". Talvez tenha sido mesmo.

Wilson Martins também foi um dos primeiros locutores da Rádio Clube Paranaense, nos anos de 1930 e 1940.


Morte

Wilson Martins faleceu após passar por uma cirurgia para retirada da bexiga, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR, cidade onde ele era radicado havia muitos anos, apesar de nascido em São Paulo, em 1921.

O corpo do escritor foi cremado em 01/02/2010, em cerimônia reservada à família, no Crematório Vaticano, na capital paranaense.


Luiz Paulo Horta

LUIZ PAULO DE ALENCAR PARREIRAS HORTA
(69 anos)
Jornalista, Escritor e Crítico

* Rio de Janeiro, RJ (14/08/1943)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/08/2013)

Luiz Paulo de Alencar Parreiras Horta foi um jornalista brasileiro. Fez crítica musical erudita para o jornal O Globo.

Em 1983 publicou seu primeiro livro, "Caderno de Música", e em seguida editou o "Dicionário de Música Zahar".

Luiz Paulo Horta comandou ainda um grupo de estudos bíblicos na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e foi membro da Comissão Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Crítico e autor de livros sobre música clássica e teologia, Luiz Paulo Horta recentemente escreveu o livro "A Bíblia: Um Diário de Leitura".

No fim da década de 80, Luiz Paulo Horta fundou e dirigiu a seção de música do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O jornalista também era pianista.

O escritor era colunista do jornal O Globo e acompanhou de perto a Jornada Mundial da Juventude e a visita do Papa Francisco ao Brasil.

Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 21/08/2008, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar e sucedendo à escritora Zélia Gattai. O primeiro ocupante da cadeira 23 foi Machado de Assis idealizador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.


Morte

Luiz Paulo Horta morreu no Rio de Janeiro na manhã de sábado, 03/08/2013. Luiz Paulo Horta tinha 69 anos e sofreu um infarto durante a madrugada em sua casa em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Indicação: Miguel Sampaio