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Bertha Rosanova

BERTHA ROZENBLAT
(78 anos)
Bailarina

* Santos, SP (31/08/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/10/2008)

Bertha Rosanova nasceu no Rio de Janeiro em 31/08/1930 e era filha única de pais poloneses. Aos 8 anos de idade entrou para a Escola de Danças criada por Maria Olenawa, que foi sua professora.

Entrou para o Corpo de Baile Oficial do Teatro Municial do Rio de Janeiro aos 13 anos de idade através de uma seleção, e despontou como a primeira bailarina do Teatro Municipal aos 15 anos. No Corpo de Baile teve grandes mestres como, por exemplo, Yuco LindenbergIgor SchwezoffMadelene RosayLeonide MassineAurélio MillorsWillam DólarTatiana Lescova e Eugenia Feodorova, que lhe deu o nome artístico Bertha Rosanova.

Trabalhou com Aurélio Millors, William Dólar, Leonid Massine, entre outras figuras importantes do ballet nacional e internacional. Dançou grandes clássicos do repertório tradicional, e ballets especialmente criados para ela. Viajou, dançou no exterior e recebeu vários prêmios e medalhas de ouro.


Após sua apresentação do ballet "Lago dos Cisnes" completo, montado pela primeira vez na América do Sul, recebeu da direção do Teatro Municial do Rio de Janeiro o título de Primeira Bailarina Absoluta, título exclusivo de artistas considerados perfeitos, e inédito no ballet brasileiro.

Primeira Bailarina Absoluta do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Bertha Rosanova recebeu por três vezes a Medalha de Ouro das Associações dos Críticos Teatrais, como melhor bailarina brasileira, em 1948, 1951, e 1959. Sempre com enorme sucesso de crítica e público, Bertha Rosanova excursionou por diversos países da América do Sul, França, África do Norte e Suíça.

Bailarina de inigualável dom artístico permanece como símbolo do ballet brasileiro, "A Magnífica", sem dúvida nossa bailarina maior.


Em 1983, Bertha Rosanova recebeu o Prêmio Pedro Ernesto da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, como gratidão a uma das mais eminentes expressões da dança aqui radicadas.

Bertha Rosanova dirigia e dava aulas na sua própria academia fundada em 1957, e periodicamente ensaiava as bailarinas do Teatro Municipal.

Vítima de câncer nos brônquios e nos pulmões, estava internada desde sexta-feira, 10/10/2008, mesmo dia em que foi homenageada em um grande espetáculo no Teatro Municipal, mas não chegou a ver a homenagem. A bailarina deixou marido, uma filha e dois netos, além de inúmeras admiradoras e alunas de sua escola de ballet.


Antônio Firmino

ANTÔNIO FIRMINO
(34 anos)
Ator, Bailarino e Modelo

* Belo Horizonte, MG (15/01/1979)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/11/2013)

Antônio Firmino foi um ator, bailarino e modelo brasileiro. Natural de Belo Horizonte, MG e de origem humilde, começou a trabalhar aos 13 anos nos Correios e Telégrafos. Jogou basquete no Esporte Clube Ginástico de Belo Horizonte e interrompeu a carreira de atleta por causa da baixa estatura para este esporte.

Aos 18 tornou-se modelo. Foi convidado para desfilar e se encantou pelo palco. Resolveu estudar teatro e se formou pela Fundação Clóvis Salgado.

Era ator desde 2003 e seus dois maiores personagens na Rede Globo foram Apolo em "Duas Caras" (2007) e André em "Viver a Vida" (2009).

Recentemente, Antônio Firmino gravou o seriado "Homens Querem Casar e Mulheres Querem Sexo", que participa nesta quarta, 13/11/2013, do Festival Internacional de Televisão, no Rio de Janeiro.


Morte

Antonio Firmino foi vítima de morte súbita, segundo informou o cunhado do artista na manhã de quarta-feira, 13/11/2013. De acordo com Lidiomar Gomes, a família soube da causa da morte após ter acesso ao atestado de óbito emitido pelo Instituto Médico Legal.

O corpo de Antônio Firmino, que tinha 34 anos, foi encontrado dentro de casa, na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na terça-feira, 12/11/2013. Uma equipe médica do Corpo de Bombeiros foi chamada por Débora Maria, namorada do ator, e tentou reanimá-lo na residência. Lidiomar Gomes disse que a notícia pegou a família de surpresa já que o ator estava bem de saúde e não sofria de doença alguma.

A 32ª Delegacia de Polícia instaurou inquérito policial para apurar a causa da morte de Antônio Firmino. A perícia foi feita no imóvel, onde foi encontrado material para consumo de entorpecentes. O corpo foi necropsiado no Instituto Médico Legal e entregue, no início da manhã des quarta-feira, 13/11/2013, aos familiares para sepultamento. A polícia aguarda resultado do laudo pericial.

A irmã do artista, Cássia Adriana Ferreira Firmino, afirmou que o corpo deixa o Rio de Janeiro às 23:00 hs de quarta-feira, 13/11/2013, com previsão de chegada a Minas Gerais às 6:00 hs de quinta-feira, 14/11/2013.

Segundo informações do Belo Vale Cemitério Parque, o velório será no local, na cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã de quinta-feira, 14/11/2013. O enterro deverá ocorrer às 17:00 hs.

A namorada de Antônio Firmino, Débora Maria, está grávida de seis meses do ator. Além do bebê que está para nascer, Antônio Firmino também deixou uma filha de seis anos.


Televisão

  • 2013 - Sangue Bom ... Evandro
  • 2011 - Morde e Assopra ... Igor
  • 2010 - Passione ... Amante de Stela
  • 2010 - Os Caras de Pau
  • 2009 - Viver a Vida ... André
  • 2009 - Toma Lá, Dá Cá ... Negão Sob-Medida
  • 2008 - Guerra & Paz ... Márcio
  • 2008 - Duas Caras ... Apolo
  • 2006 - Pé na Jaca! ... Beto
  • 2004 - Malhação ... Sérgio


Cinema

  • 2008 - Meu Nome Não é Johnny ... Médico
  • 2013 - O Casamento de Gorete ... Boy 2


Teatro (Ator)

  • Bodas de Sangue (Autor: Garcia Lorca / Direção: Amir Haddad)
  • Balcão (Autor: Jean Genet / Direção: Lenine)
  • Aurora da Minha Vida (Direção: Felipe Martins)
  • Dar Não Dói, o Que Dói é Resistir (Direção: Amir Haddad)
  • Tistu o Menino do Dedo Verde
  • Infância Perdida


Teatro (Diretor)

  • Contos Cariocas


Fonte: Wikipédia e Globo
Indicação: Neyde Almeida

Leda Zepellin

LEDA FAIABELLO
(38 anos)
Dançarina

* Rio de Janeiro, RJ (11/01/1960)
+ (1998)

O nome verdadeiro da Leda Zepellin era Anna Maria de Angelo Ribeiro, carioca, nascida na Penha em 11/01/1960. No ano de 1979 estreou no programa do Chacrinha, na TV Bandeirantes, aos 19 anos.

Pequena em estatura, era dona de um rosto perfeito e de curvas fenomenais. Apareceu nua em várias revistas masculinas e concedeu diversas entrevistas como chacrete. Seus pais eram falecidos e Leda Zepellin fora criada pelos tios.

Ela se considerava uma mulher realista, ultra-aberta e assumida. Não se preocupava com o futuro, buscava viver intensamente o aqui e agora, pois desde pequena foi colocada de frente com a realidade da vida e, isso a marcou demais.


Gostava de ler Cassandra Rios e Vinícius de Moraes, além de ouvir Maria Bethânia, Joann Baez e principalmente Gilberto Gil. Seu maior sonho era ser mãe e, por motivo de gravidez, afastou-se do programa do Chacrinha em janeiro de 1983. Retornou em março de 1984, deixando definitivamente o programa em 14/07/1984.

Teve uma breve passagem no Clube do Bolinha, num único programa, e saiu de cena. Com toda sua beleza e carisma, Leda Zepellin marcou toda uma geração.

Faleceu em 1998, deixando inconsoláveis seus eternos fãs.

Fonte: As Chacretes

Kátia Regina

KÁTIA REGINA
(19 anos)
Dançarina

* (1953)
+ (1972)

Kátia Regina estreou no programa do Chacrinha em 1969, aos 16 anos, levada pela amiga chacrete Vera Furacão. Deixou o programa e foi ser silvete no programa do Silvio Santos, juntamente com outras chacretes.

Retornou ao programa do Chacrinha e num dos shows do Velho Guerreiro levou um tombo. Com o tempo essa lesão foi transformada num câncer, só que ela não sabia e continuava trabalhando. Tomava remédios para anestesiar as dores. Em seguida, traumatizou o joelho e a amputação da perna foi feita.

Trabalhou pouco tempo como secretária do apresentador Flávio Cavalcanti. Meses depois, voltou a ser internada, tentou amputar a outra perna mas, o câncer havia tomado-lhe todo o corpo.

Houve uma comoção quanto a seu estado. O cantor Roberto Carlos fez um show em seu benefício. No Natal de 1972, comemorou no hospital seu último aniversário e no dia seguinte faleceu pela manhã, aos 19 anos.

Em seu velório, seu rosto foi maquiado pela chacrete Lucinha Apache.

Fonte: As Chacretes

Fernanda Terremoto

MARIA APARECIDA FERNANDES
(42 anos)
Dançarina e Cantora

* (1961)
+ (2003)

Fernanda Terremoto fez parte do elenco das chacretes lançadas no programa do Chacrinha, quando ele estreou na TV Bandeirantes em 1978. Seu nome verdadeiro era Maria Aparecida Fernandes e nasceu em 1961.

Antes de ser chacrete Fernanda estudava, era modelo fotográfico e manequim. Estudou teatro com Jaime Barcelos e dança com Elza Prado.

Lisete e Fernanda Terremoto
Sempre viajava para fazer shows pelo exterior e, posou para várias revistas.

Se engana quem pensa que a Rita Cadillac foi a única chacrete que seguiu carreira de cantora. Em 1984, outra grande estrela do programa do Velho Guerreiro também resolveu se enfiar no mundo da música. Era ela a voluptuosa Fernanda Terremoto. Em setembro de 1984 Fernanda Terremoto deu uma nova direção a sua carreira artística e no dia 15 do mesmo mês participou de seu último programa como chacrete pois na semana seguinte seria lançada como cantora.

Na época, Fernanda Terremoto era uma das mais famosas bailarinas de programa, e gravou o compacto "Eu Quero Te Amar" uma composição de Tim Maia feita especialmente para ela, e a canção "Tarde". Os arranjos foram assinados pelo maestro Waldir Miranda, o Mirandinha e a produção foi de Robson Sé. Logo em seguida, saiu o álbum "Frico-Fricote". Apesar de aparecer em alguns programas de auditório de grande audiência Fernanda Terremoto infelizmente não conseguiu nem de longe repetir o mesmo sucesso que Rita Cadillac e ficou só pra história.

Fernanda Terremoto e Maurício Mattar
Fernanda Terremoto lançou seu disco no programa do Chacrinha, se apresentou no Bolinha, no "Viva a Noite" de Gugu Liberato, no Moacyr Franco e no programa do Sérgio Mallandro.

No auge do sucesso, atuou no filme "Made in Brazil" (1985), e no ano seguinte foi eleita a Rainha do Baile da Televisão do Clube Monte Líbano no Rio de Janeiro, ao lado do Rei Maurício Mattar.

Em 1985 Fernanda Terremoto chegou a ser considerada Melhor Cantora Revelação do ano pela crítica profissional. Em 1987 desapareceu do meio artístico.

Fernanda Terremoto faleceu no ano de 2003 vítima de AIDS. Nem de longe ela lembrava a gloriosa chacrete.


Eros Volúsia

EROS VOLÚSIA MACHADO
(89 anos)
Dançarina

* Rio de Janeiro, RJ (01/06/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/01/2004)

Eros Volúsia Machado foi uma dançarina brasileira nascida no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristovão, que se projetou internacionalmente sob o nome de Eros Volúsia através de coreografias próprias inspiradas na cultura brasileira.

Seu talento artístico sofreu grande influência familiar, pois era filha do poeta Rodolfo MachadoGilka Machado, simbolista e eleita "A Maior Poetisa do Brasil" em 1933, seus avós maternos também possuíam habilidades artísticas: o avô, Hortênsio da Gama Sousa Melo, era poeta e sua avó Teresa Cristina Muniz, atriz de rádio e teatro.

Não é de se admirar, portanto, o talento desta artista de qualidades excepcionais. Desde a infância, conviveu com figuras renomadas da intelectualidade brasileira, dentre escritores, poetas, músicos e outros expoentes da arte nacional, vivenciando toda a profusão de idéias de vanguarda que fluíram a partir dos anos 1920.

Sua mãe e sua avó abriram uma pensão na Rua São José, centro do Rio de Janeiro, freqüentada por intelectuais do início do século XX. Eros Volúsia além da influência familiar conviveu neste espaço com figuras renomadas da política e da intelectualidade brasileira, apresentou-se em um sábado festivo para a então primeira-dama Darcy Vargas e conheceu escritores como o jovem Nelson Rodrigues e outros expoentes da arte nacional, tal como Arthur Azevedo, Coelho Neto, Olavo Bilac, Carlos Gomes e Chiquinha Gonzaga.

Historicamente, as primeiras décadas do século XX no Brasil foram períodos de construção de uma identidade e de valorização da mestiçagem. Eros Volúsia vivenciou toda esta profusão de idéias de vanguarda que fluía neste período: "Semana de Artes Moderna", Gilberto Freyre com o trabalho "Casa Grande & Senzala", Getúlio Vargas e a política desenvolvimentista. E foi nesse contexto de nacionalismo crescente, de turbulência e novas propostas de interpretação do Brasil que Eros Volúsia criou uma nova estética, incorporando novas metodologias na dança, teve a inteligência e sensibilidade de mesclar as danças populares nacionais à técnica clássica. A singularidade de seus movimentos criou identidade própria para sua dança, expressando a diversidade cultural que pulsava e que percebia suas raízes no híbrido, na miscigenação.

Eros Volúsia foi aluna de Maria Olenewa (bailarina russa que integrou a companhia de dança de Anna Pavlova e naturalizou-se brasileira, tendo sido a responsável pela organização da escola de dança e do corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro) na então Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, hoje Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, estreou no Teatro Municipal e pouco depois podia ser considerada a inventora da dança brasileira. O poeta Augusto Lima, depois de vê-la dançar "A Morte Do Cisne", "Lenda De Um Beijo" e "Agonia Da Saudade", disse: "Aquelas pernas inquietas estavam firmando os alicerces do bailado nacional".

Em sua primeira apresentação no Teatro Municipal, em 1929, onde participou de uma homenagem ao então presidente Washington Luiz, a bailarina apareceu dançando descalça, acompanhada por violão e batucadas. O que se caracterizou, naquele período, uma ousadia, tendo em vista as tradições daquele espaço.

As danças místicas dos terreiros, os rituais indígenas, o samba, o frevo, o maxixe, o maracatu e o caboclinho de Pernambuco foram algumas das fontes de pesquisa artística da bailarina. Suas coreografias eram caracteristicamente brasileiras: "Amor De Iracema", "Peneirando O Fubá", "Moleque Capoeira", "Cascavelando" e "O Guarani" - espetáculo apresentado no Teatro Municipal e que teve a presença do presidente Getúlio Vargas e de seu corpo diplomático. Numa de suas coreografias, "Macumba", criou um movimento de cabeça até hoje imitado por grupos de dança folclórica.

Eros Volúsia foi a primeira bailarina a dançar samba de sapatilhas. Usava trajes de baiana com a barriga de fora, apresentava-se em cassinos e boates do país. Imprimiu ginga aos quadris e criou movimentos coreográficos sobre ritmos brasileiros como "Tico-Tico No Fubá", de Zequinha de Abreu, "Brejeiro", de Ernesto Nazareth e Francisco Mignone, Eros Volúsia chamou a atenção no Brasil e no exterior. Um momento decisivo de sua carreira foi a apresentação, no Teatro Municipal carioca, em 1937, de uma coreografia solo acompanhada pela orquestra regida por Francisco Mignone.


Eros Volúsia fez tanto sucesso que atraiu a atenção da revista americana Life, tendo sido capa da edição de 22 de setembro de 1941. Até hoje, foi a única sul-americana a estampar a primeira página da conceituada publicação americana.

Atuou em vários filmes nacionais: "Favela Dos Meus Amores" (1935), "Samba Da Vida" (1937), "Caminho Do Céu" (1943), "Romance Proibido" (1944) e "Pra Lá De Boa" (1949).

A fama internacional definitivamente aconteceu após participação no filme "Rio Rita" (1942), uma comédia da Metro-Goldwyn-Mayer, dirigida por S. Sylvan Simon. Apresentou-se neste filme em número musical que utiliza temas afro-brasileiros.

Até Carmem Miranda entrou no time dos admiradores e dela copiou os graciosos movimentos de braços que vieram a se tornar sua marca.

Na França, onde se apresentou diversas vezes, ficou conhecida como "La Muse Sucrée", devido a Volúsia, um monte nos Estados Unidos exportador mundial de mel. Sua mãe foi quem deu à artista esse nome original.

Inaugurou o que seria futuramente conhecido por "dançarino-pesquisador", que resgata a formação do conhecimento artístico - a técnica - com a sensibilidade artística, para além dela. Usava de todo recurso que o corpo podia expressar, com os movimentos de olhos, mãos, quadris, e na boca um convidativo sorriso. Criou uma dança alegre e híbrida, ao mesmo tempo brasileira e universal. Seu corpo era o instrumento da inovação.

Professora do Serviço Nacional de Teatro criou um curso de coreografia, que se tornou o primeiro curso de dança no Brasil a aceitar bailarinos negros.

Em 2002, a Universidade de Brasília (UNB) criou o Centro de Documentação e Pesquisa Eros Volúsia, vinculado ao seu Departamento de Artes Cênicas. Em 2005, Roberto Pereira, professor de História da Dança e crítico de dança do Jornal do Brasil publicou a biografia intitulada "Eros Volúsia".

Solteira, sofreu um derrame cerebral na manhã do dia 31/12/2004 em sua casa, no Leblon, e veio a falecer no dia 01/01/2004, aos 89 anos.

Foi em uma das inúmeras entrevistas dadas à revista O Cruzeiro que Eros Volúsia sintetizou sua missão artística: "Dei ao Brasil o que o Brasil não tinha, a sua dança clássica!"


Filmografia


  • 1935 - Favela Dos Meus Amores
  • 1937 - Samba Da Vida
  • 1942 - Rio Rita
  • 1943 - Caminho Do Céu
  • 1944 - Romance Proibido
  • 1949 - Pra Lá De Boa



Livros


  • Eros Volusia (Roberto Pereira) - Editora Relume Dumará
  • Poema Dançando: Gilka Machado e Eros Volusia (Soraia Maria Silva) - Editora UNB
  • Eu e a Dança (Eros Volúsia) - Revista Continente Editorial


Heloísa Millet

HELOÍSA MILLET
(64 anos)
Atriz e Bailarina

☼ Rio de Janeiro, RJ (14/12/1948)
┼ Rio de Janeiro, RJ (18/01/2013)

Heloísa Millet foi uma atriz brasileira. Bailarina clássica formada, que estreou no teatro no musical "Pippin", em 1974. Surgiu no cenário artístico nacional ao participar, em 1976, do corpo de dança da abertura do programa Fantástico, da Rede Globo e lá foi descoberta pelo diretor Ziembinski quando trabalhava como dançarina. Ziembinski a convidou para fazer a personagem Betina em "Estúpido Cupido" em 1976, em que fazia par romântico com o Medeiriquis, representado por Ney Latorraca.

Posteriormente, atuou nas telenovelas "Espelho Mágico" (1977), "Te Contei?" (1978), "Feijão Maravilha" (1979), "Marron Glacê" (1979), "Terras do Sem Fim" (1981), "Elas Por Elas" (1982), e no humorístico "Estúdio A... Gildo", com Agildo Ribeiro, em 1982.

Em 1983 estrelou o musical "A Chorus Line", produzido por Walter Clark, no papel de Diana Morales. Ainda na televisão, participou como bailarina de vários quadros especiais de dança e musicais no próprio Fantástico que a havia lançado, entre 1978 e 1979, com Carlinhos Machado, Paulo César Bacelar e Ronaldo Resedá.

No cinema, fez os filmes "O Rei e os Trapalhões" (1979) e "As Tranças de Maria" (2003).

Heloísa Millet era a celebração da alegria e do prazer de dançar.

"Sou pequena, baixa, e quando fiz aquela abertura, virei um mulherão de dois metros de altura. Então, acabaram-se os meus complexos"
(Heloísa Millet em entrevista de 1994)

Depois de dois casamentos, com o produtor musical Carlos Moletta (1969-1973), com quem teve um filho, Marcos Pereira Moletta, e com o maestro Edson Frederico (1975-1976), ao final da década de 1990 afastou-se da televisão, depois de se casar novamente, com um fazendeiro de Goiás, onde viveu até mudar-se para Delfim Moreira, em Minas Gerais, onde passou a residir e se dedicar à pintura.

Heloísa Millet morreu em 18/01/2013, aos 64 anos, vítima de câncer, e foi sepultada no Rio de Janeiro, RJ.

Televisão


  • 1985 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Dona Antonica
  • 1982 - Estúdio A... Gildo
  • 1982 - Elas Por Elas ... Suzane
  • 1981 - Terras do Sem Fim ... Julieta Zude
  • 1979 - Marron Glacê ... Rita
  • 1979 - Feijão Maravilha ... Carolina
  • 1978 - Te Contei? ... Mônica
  • 1977 - Espelho Mágico ... Luíza Barbosa
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Betina
  • 1975 - Sandra & Miele ... Dançarina

Cinema


  • 2003 - As Tranças de Maria ... Filó
  • 1979 - O Rei e os Trapalhões ... Alina

Teatro


  • 1983 - A Chorus Line ... Diana Morales
  • 1973 - Pippin ... Guerreira em Trio

Fonte: Wikipédia e G1

Delegado da Mangueira

HEGIO LAURINDO DA SILVA
(90 anos)
Mestre Sala e Presidente de Honra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira

* Rio de Janeiro, RJ (29/12/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/11/2012)

Nascido e criado no Morro da Mangueira em 29 de dezembro de 1921, cresceu na comunidade e começou a frequentar o samba ainda no colo da mãe, aos 3 anos. Ele integrou o bloco Unidos da Mangueira.

Aos 17 anos começou a desfilar como mestre-sala, arte que aprendeu vendo Marcelino, um dos fundadores da atividade, que desfilava como baliza do Bloco dos Arengueiros, precursor da Estação Primeira de Mangueira.

Por 36 anos Delegado tirou a nota máxima no desfile, ao lado das portas-bandeiras Nininha, Neide e Mocinha. Considerado um "pé de valsa" frequentador de gafieiras, alto e esguio tinha um jeito elegante de dançar, e prendia a atenção das moças, na época, o que lhe valeu o apelido de Delegado.

Em 2011 Delegado conquistou o título de Presidente de Horna da Mangueira.


Morte

Segundo os médicos, Delegado, o eterno mestre-sala da verde-e-rosa, estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde o dia 6 de novembro de 2012. Delegado estava com 90 anos e morreu em decorrência de complicações de um Câncer na Próstata.

A morte do sambista foi atestada às 11:18hs. O velório foi marcado para 18:00hs de segunda-feira,  12/11/2012, na quadra da Mangueira, na Zona Norte. O enterro ocorreu na terça-feira, 13/11/2012, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.


Velório Com Cerveja

Os tambores e repiques da bateria Surdo Um anunciaram ao som do "Hino da Mangueira" o velório de Delegado. No início da noite, vários integrantes da escola foram à quadra da verde e rosa, na Zona Norte do Rio, para se despedir de um dos maiores ícones da agremiação. Além de samba, houve distribuição de cerveja e salgadinhos para a comunidade.

O presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, explicou que Delegado sempre pediu para ser velado dessa maneira.

"O Hino da Mangueira era a música que ele mais gostava. Ele é o símbolo da escola, o maior mangueirense de todos os tempos, não vai aparecer outro igual. Temos que lembrar sempre desse cara, que nunca deixou de frequentar a escola, nunca pediu nada em troca e sempre conseguiu nota 10 em todas as vezes que desfilou", disse Ivo Meirelles, acrescentando que vai pedir à Prefeitura do Rio de Janeiro a mudança de nome para Delegado do viaduto ou da Avenida Visconde de Niterói, onde fica a quadra da escola.

Suluca, irmã de Delegado e presidente da ala das baianas, não conteve as lágrimas ao ver a chegada do corpo do irmão na quadra da escola: "Meu irmão é tudo na Mangueira. Foi mestre-sala, diretor de honra, é um símbolo", afirmou.


Almira Castilho

ALMIRA CASTILHO DE ALBUQUERQUE
(86 anos)
Cantora, Compositora, Dançarina e Atriz

* Olinda, PE (24/08/1924)
+ Recife, PE (26/02/2011)

Almira Castilho foi parceira de Jackson do Pandeiro, com quem foi casada, em composições e apresentações no rádio e no cinema. Quando, em 1954, aceitou um convite para participar do coro da música "Sebastiana", que seria cantada por Jackson do Pandeiro, não imaginou o quanto aquilo iria afetar sua vida.

Natural de Olinda, a ex-professora iniciaria uma promissora carreira na Rádio Jornal do Commercio como rumbeira e radioatriz. Morena bonita, alta, corpo violão, olhos claros, descendente de espanhóis, dificilmente se poderia pensar que ela se enamorasse de Jackson do Pandeiro, um paraibano, baixinho, de físico mirrado, feio por qualquer padrão de beleza a que fosse comparado. E mais: nem era ainda famoso, estava contratado pela rádio como simples pandeirista.

Porém, assim como era exímio intérprete de frevos, cocos, xotes e o que mais viesse, o paraibano era também bom de papo e, logo, ele e Almira Castilho não apenas namoravam como começaram uma das mais famosas duplas da música brasileira. Uma parceria que durou 12 anos e foi responsável por uma série invejável de sucessos que até hoje ecoam pelo Brasil afora: "1x1", "A Mulher do Aníbal", "Forró em Limoeiro", dentre muitos outros.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro
Naquele mesmo ano a dupla começou a fazer apresentações. Quando viajavam ficavam em quartos separados, "Eu ainda era virgem", fazia questão de ressaltar Almira Castilho, garantindo que Jackson do Pandeiro só dormiu na mesma cama em que ela depois de casados, brincava e relembrava o cuidado que Jackson do Pandeiro dedicava à noiva, numa viagem que fizeram ao interior, para um show em uma vaquejada.

"Depois da apresentação nós fomos para o hotel. Quando me preparava pra dormir, avistei uma barata enorme e soltei aquele grito. Em um segundo, Jackson estava batendo na minha porta, abro e lá está ele com a maior peixeira na mão."

Recife era então a terceira maior cidade do país, e com um dos maiores conglomerados de comunicação do Brasil, comandado pelo senador Francisco Pessoa de Queiroz, que reunia dois jornais, uma TV e várias emissoras de rádio. Isto implicava que o artista que fazia sucesso aqui tinha fama espalhada por diversas regiões da federação. Dava para inclusive viver da profissão sem deixar o Recife.

Foi exatamente a fama da dupla que fez com que Almira Castilho e Jackson do Pandeiro fossem obrigados emigrar para o Rio de Janeiro.

Jackson do Pandeiro, Almira Castilho e o conjunto que os acompanhavam foram contratados para animar uma festa nos jardins da mansão do presidente do Náutico, Eládio Barros de Carvalho. O episódio que aconteceu naquela noite ficou meio lendário, e muita gente teima que aconteceu na sede do Clube Náutico.

Os rapazes estavam vidrados na dança de Almira Castilho, que usava por baixo da saia rodada, uma espécie de perneira, exigência do marido. Enquanto Jackson do Pandeiro desfiava seus sucessos, Almira Castilho dançava e os rapazes, aditivados por scotch e lança-perfume começaram a pegar nos tornozelos dela. Jackson do Pandeiro, enciumado, pediu para a mulher maneirar mais no rebolado e afastar-se dos "playboys".

 Mas não adiantou muito. O assédio continuou e de repente era como se o "Forró em Limoeiro" virasse um "Forró nos Aflitos". De repente, Jackson do Pandeiro e seu conjunto distribuíam pernadas entre o distinto público, mas estavam inferiorizados em número. Agredidos a pontapés, socos, cadeiradas eles foram obrigados a bater em retirada. Almira Castilho recorda que ela e o Jackson do Pandeiro escaparam do linchamento saltando o muro da mansão: "Quando chegamos do outro lado foi que notei que um dos olhos dele estava fora do globo ocular, pendurado."

O caso foi muito comentado na cidade mas discretamente abordado pela imprensa. Afinal, pela ótica conservadora de então, os agredidos tinham sido dois simples artistas de rádio, enquanto os demais envolvidos era a fina flor da high society pernambucana. De vítima a dupla passou a vilã.

Não houve nenhuma solidariedade vinda dos patrões de Almira Castilho e Jackson do Pandeiro. Os dois decidiram então rescindir contrato com a rádio, o que para o senador Pessoa de Queiroz foi tomado quase como uma afronta pessoal. Ele acabou liberando o casal, mas os discos deles durante muito tempo entraram no index da emissora, que ignorou os sucessos de Jackson do Pandeiro e Almira Castilho, mesmo quando eles viraram ídolos nacionais.

Jackson do Pandeiro e Almira Castilho mudaram-se para o Rio de Janeiro e foram trabalhar na Rádio Nacional. Com o grupo Os Borboremas, criado em 1958, ele lançou sucessos como "Chicletes Com Banana" e "O Canto da Ema". Chegaram a ser recordista de venda nas décadas de 50 e 60 e participaram de vários filmes da Atlântida.

Uma das principais recordações de Almira Castilho em relação a Jackson do Pandeiro é o ciúme: "Quando morávamos no Rio de Janeiro, ele nunca me deixou tomar banho de mar em Copacabana, porque não queria que eu colocasse maiô. A única vez que permitiu foi em um passeio de barco no Amazonas, onde estávamos fazendo show, mas biquíni nem pensar."

Almira Castilho ensinou o marido a ler e a escrever. Era o eixo dele em termos profissionais e emocionais. Era também empresária e tesoureira, e enquanto isso ele ficava livre para só pensar em música.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro separaram-se em 1967, após 12 anos de união. Com o fim do casamento, a dupla se desfez. Fizeram uma dupla de sucesso, ele cantando e ela dançando ao seu lado, tendo participado de dezenas de filmes nacionais. A paixão por Almira Castilho era tão grande que Jackson do Pandeiro chegou a colocar várias músicas no nome dela. Em seguida, ele casou-se com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.

O autor da biografia de Jackson do Pandeiro, Fernando Moura, conta que existem mais de 30 composições atribuídas a Almira Castilho, algumas feitas depois do fim do casamento com Jackson do Pandeiro.

Embora ela não tenha continuado com a mesma projeção que tinha ao lado dele, a separação não interrompeu a carreira de Almira Castilho como cantora, comediante e dançarina, que morou muito tempo na Europa e que depois residiu no Recife.

Sobre a música "Chicletes com Banana", Fernando Moura perguntou a Almira Castilho da parceria. Ela confirmou e até narrou o encontro. Gordurinha chegou com a melodia e a letra já esboçadas. Jackson do Pandeiro ficou à parte e eles finalizaram a obra.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro
Por outro lado, ainda segundo Fernando Moura, Neuza Flores dos Anjos, a segunda mulher de Jackson do Pandeiro, diz que o compositor costumava registrar músicas no nome de parentes como um legado para garantir uma renda futura ao beneficiado. As de Neuza, que admite não entender nada de música, foram as composições com autoria atribuída a um tal de Mascote.

Outro aspecto que levava Jackson a "diversificar" a autoria das composições era a falta de confiança no sistema arrecadador das sociedades de autores. É por isso que ele tem obras registradas com o nome artístico e outras como José Gomes - em sociedades diferentes.

Almira Castilho faleceu enquanto dormia, aos 86 anos, na cidade de Recife, na madrugada de 26/02/2011. Sofria do Mal de Alzheimer há dois anos, e tinha acompanhamento médico em casa

Cinema

  • 1958 - Minha Sogra é da Polícia
  • 1958 - O Batedor de Carteiras
  • 1960 - Aí Vem a Alegria
  • 1960 - O Viúvo Alegre
  • 1960 - Pequeno Por Fora
  • 1960 - Cala a Boca, Etelvina
  • 1962 - Bom Mesmo é Carnaval
  • 1962 - Rio à Noite

Abigail Maia

ABIGAIL MAIA
(94 anos)
Atriz, Cantora e Bailarina

* Porto Alegre, RS (17/10/1887)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/12/1981)

Abigail Maia foi uma atriz de teatro e cantora brasileira. Fundou uma companhia teatral com Oduvaldo Vianna. Foi ainda radio-atriz da Rádio Nacional.

Abigail Maia estreou no teatro aos 15 anos na peça "Fada de Coral". Trabalhou em várias companhias de comédias e revistas antes de criar sua própria empresa, em parceria com Oduvaldo Vianna.

Em 1921, agregando-se à Companhia Viriato Correia e Nicola Viggiani, deu-se uma temporada conhecida historicamente como Movimento Trianon.

Rodolfo Mayer, Abigail Maia e Floriano Faissal
Com seu trabalho ligado um dos comediógrafos mais conceituados do período, valorizou Abigail Maia a dramaturgia brasileira e ensejou algumas experimentações renovadoras.
   
No cinema, Abigail Maia atuou "João José", curtametragem de 1909, "A Vida do Barão do Rio Branco", curtametragem de 1912, e "O Guarani" (1920).

Nos anos 40, Abigail Maia ingressou no elenco de rádio-atores da Rádio Nacional.

Fonte:  Wikipédia

Mara Rúbia

OSMARINA LAMEIRA COLARES CINTRA
(72 anos)
Atriz, Bailarina e Vedete

* Ilha de Marajó, PA (03/02/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/05/1991)


Mara Rúbia começou a trabalhar como bailarina no Teatro de Revista, tornando-se vedete de grande popularidade nas décadas de 40 e 50.

Estrelou sucessos como É Rabo de Foguete e Bonde da Laite. Com um enorme carisma e espontaneidade, dividiu os palcos cariocas com outras celebridades da época, entre elas, Dercy Gonçalves, Renata Fronzi, Oscarito e Grande Otelo.

Em 1953, ganhava 46 mil cruzeiros por mês, como contratada da TV Tupi de São Paulo e TV Tupi do Rio de Janeiro. Quatro anos depois, passou a comandar um programa exclusivo na emissora carioca chamdo Boate Martini, transmitido pela TV Tupi do Rio de Janeiro e onde apresentava os artistas em evidência na ocasião. Nessa ocasião, decidiu abandonar o teatro para se dedicar a outras atividades artísticas, mas foi obrigada a voltar em sua decisão a pedidos dos admiradores e de empresários.

Sua carreira também inclui trabalhos no cinema - Dona Flor e Seus Dois Maridos, Os Deuses e os Mortos, e na televisão telenovelas como Sinal de Alerta e Feijão Maravilha, pela Rede Globo. Seu último filme foi Bububu não Bobobo em 1980.

Nos palcos, Maria Rúbia destacou-se ainda em "A Filha de Iorio", de Gabriele D'Annunzio.

Mara Rúbia faleceu aos 73 anos em consequencia de problemas circulatórios e respiratórios.

Fonte: Wikipédia

Paulo César Bacelar

PAULO CÉSAR BACELAR
(33 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Bailarino

* São Paulo, SP (1960)
+ São Paulo, SP (30/07/1993)


Paulette, nome artístico de Paulo César Bacelar, foi um ator e humorista brasileiro.

Com um grande talento para o humor, Paulette fez várias participações nas décadas de 80 e 90 no mundo televisivo, entre elas no programa Chico Anysio Show e Viva o Gordo.

No Chico Anysio Show era a "amiga" de Haroldo, a quem chamava de Luana, um gay que teimava em se dizer "curado" e "bofe". O seu refrão era: "Luana, volta pro reduto, meu amor!"

Foi também um dos membros do grupo Dzi Croquettes, grupo carioca irreverente, alinhado à contracultura, à criação coletiva e ao teatro vivencial, que faz do homossexualidade uma bandeira de afirmação de direitos.

Uma de suas cenas mais marcantes na televisão, foi com a atriz Sônia Braga, na Novela Dancin' Days, na qual os dois dançam juntos.

O ator morreu em 30 de julho de 1993 vítima de uma Broncopneumonia e de um Coma Diabético.

Fimografia
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Inácio
  • 1991 - Escolinha do Professor Raimundo ... Milha
  • 1985 - Um Sonho a Mais ... Julião
  • 1984 - Transas e Caretas
  • 1982 - Rio Babilônia ... Cantor e Dançarino da Festa
  • 1981 - Baila Comigo
  • 1978 — Dancin' Days

Fonte: Wikipédia

Lacraia

MARCO AURÉLIO SILVA DA ROSA
(33 anos)
Dançarino e Cantor

* Rio de Janeiro, RJ (19/05/1977)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/05/2011)

Ao convidar o menino homossexual pobre da comunidade do Jacarezinho para lhe acompanhar nos palcos Brasil afora, MC Serginho partiu para o tudo ou nada, em uma tacada de mestre.

Lacraia e MC Serginho
Numa área musical extremamente machista como o funk, dominado até então por homens brucutus e mulheres popozudas, MC Serginho elegeu um o rapaz franzino e de dança desengonçada para estar a seu lado.

O excesso de carisma de Lacraia afastou qualquer preconceito que pudesse vir sobre ele. Era tão autêntico e simpático no que fazia que afastava qualquer possibilidade de questionamento.

Lacraia abriu portas para a diversidade no funk. Não só para os gays, como também para as mulheres donas de seus narizes que surgiram depois dele, como Tati Quebra-Barraco.

Por isso, não foi surpreendente quando Lacraia invadiu as salas de estar de todas as casas brasileiras, dançando sua Eguinha Pocotó nas tardes dos programas de auditório de todas as emissoras. E, logo, todos queriam dançar como Lacraia, sobretudo as crianças.

Sua dança, absurda num primeiro olhar, logo se tornava uma manifestação da irreverência carioca e daquele sentimento tão brasileiro que faz qualquer um de nós tentar superar as situações mais adversas com alegria. Esta foi a lição de Lacraia e a plataforma de seu sucesso.

A notícia da morte de Lacraia, na verdade Marco Aurélio Silva da Rosa, aos 33 anos, no Rio de Janeiro, na terça-feira (10/05/2011), além de deixar o mundo do funk carioca mais triste, deixou a todos também aquela imagem que eternizou o dançarino: ele se saracoteando nos palcos dos programas de TV.

Lacraia estava internado desde o dia 06/06/2011, em coma induzido, no Hospital Universitário Gafrè Guinle, na Tijuca, no Rio de Janeiro. O hospital é ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Lacraia morreu às 05:00 hs. do dia 10/05/2011, vítima de Tuberculose, seguida de Insuficiência Respiratória e Falência Múltipla dos Órgãos.

Uma multidão acompanhou o cortejo fúnebre, que saiu da capela 1, do Cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro. Na chegada do caixão à sepultura, houve uma longa salva de palmas e cantos do refrão de Éguinha Pocotó, hit que popularizou Lacraia.

Amigos contaram que um dos grandes desejos da dançarina não pôde ser realizado. Ela queria ser enterrada em um caixão rosa, tonalidade que marcou seus figurinos de shows. A família bem que tentou, mas não houve tempo de providenciar. A saída encontrada foi escolher flores rosas para decorar o caixão e todo o ambiente.

Fonte: R7 e O Fuxico

Ronaldo Resedá

RONALDO RESEDÁ
(38 anos)
Cantor, Ator, Bailarino e Professor de Dança

* Rio de Janeiro, RJ (16/10/1945)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/09/1984)

Foi aluno de Lennie Dale e quando se profissionalizou na dança de jazz passou a lecionar. Teve como alunos Lauro Corona, Marília Pêra, Lucélia Santos e Zezé Motta.

Fez sucesso também como ator, participando de peças de sucesso como Deus Lhe Pague, Pippin e Fidelidade ao Alcance de Todos.

Em 1976, lançou-se como cantor no espetáculo Camarim, realizado na série Mostragem do Teatro Opinião, com direção de Eduardo Dusek. Ainda nessa época, apresentou-se com Marina Lima e Ângela Rô-Rô.

No final dos anos 70, ganhou destaque participando de trilhas de novelas da Rede Globo como Plumas e Paetês, Marrom Glacê e Feijão Maravilha.

Como cantava basicamente Disco Music, ganhou o epíteto Kid Discoteca e em 1979, lançou seu único LP.

Sua última apresentação em público foi em 1980, quando atuou como bailarino da abertura do show de Rita Lee na Rede Globo.

Ronaldo faleceu em decorrência de Acidente Vascular Cerebral ainda nos anos 80 quando se preparava para um show na cidade de Imperatriz, no Maranhão. Também era soropositivo, um dos agravantes de sua morte.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB, Projeto VIP e Wikipédia