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Daniel Lobo

DANIEL LOBO
(43 anos)
Ator e Diretor

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/02/1973)
┼ Tubarão, SC (24/03/2016)

Daniel Lobo foi um ator brasileiro nascido no Rio de Janeiro no dia 07/02/1973. Foi o terceiro e último ator a interpretar o personagem Pedrinho na primeira versão do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" da TV Globo, em 1985 e 1986.

Ainda na televisão, atuou nas novelas e minisséries, "Desejo" (1990), "74.5 Uma Onda no Ar" (1994), "Confissões de Adolescente" (1994), "Esperança" (2002) e "Beleza Pura" (2008).

Por seu desempenho em teatro recebeu os prêmios Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Troféu Mambembe / Ministério da Cultura e Festival Nacional de Teatro de São Paulo.

Idealizou o projeto "O Amante do Girassol", espetáculo poético-musical e CD homônimo em que reúne textos e canções de sua autoria interpretadas por Amyr Klink, Drª Zilda Arns, Monja Coen, Diogo Vilela, Reynaldo Gianecchini, Mariana Ximenes, Chico Anysio, Paulo Goulart, Eva Wilma, entre outros.

No teatro, Daniel Lobo atuava na peça "Nise da Silveira - Guerreira da Paz", sobre a história da psiquiatra alagoana discípula do psicanalista alemão Carl G. Jung. Ele também era o diretor do espetáculo. Em Santa Catarina, a peça foi encenada em Florianópolis em julho de 2015.

A peça estava sendo apresentava no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Após seis semanas, a peça teve de ser interrompida por causa do estado de saúde de Daniel Lobo. No dia 12/03/2016, o ator avisou em seu perfil no Facebook que a temporada seria suspensa.

Daniel Lobo era casado há seis meses com a regente de coral Flávia Sebold e planejava ter um filho ainda em 2016. Segundo a mulher, os sintomas começaram a aparecer há apenas cinco semanas.

Morte

Daniel Lobo morreu em Tubarão, no Sul de Santa Catarina, às 19h40, de quinta-feira, 24/03/2016, aos 43 anos, em decorrência de um tumor. De acordo com a Central de Óbito de Tubarão, Daniel Lobo tinha um tumor e estava internado no Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Daniel Lobo foi sepultado por volta das 15h00 de sexta-feira, 25/03/2016, no Cemitério Municipal de São Ludgero, município no Sul de Santa Catarina.

A esposa do ator, Flávia Sebold, lamentou a morte no Facebook:

"Hoje uma parte de mim se foi.
Daniel Lobo, meu primeiro namorado, meu esposo, meu homem, meu amor.
Não sei como dizer a falta que você me faz.
Você foi um guerreiro. Lutou bravamente nestas últimas semanas.
Lutou bravamente hoje.
Você que me tornou mulher, foi o sol da minha vida. Trouxe alegria para os meus dias.
Aprendi o que é amor.
Te aceitei por inteiro. Lembra?
Te amei em todos os detalhes.
Semana passada no café da manhã você estava com uma leveza no semblante, estava feliz, com um sorriso leve e encantador.
Te amo para sempre.
Meu coração sempre estará com teu coração.
Nós não éramos dois, éramos um.
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, no amor e na dor.
Vá em paz. Descanse meu amor.
Descanse com os anjos. Meu pai estará te ajudando e cuidando de você aí.
Te amo.
Saudades eternas."

Trabalhos

  • 1985 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Pedrinho
  • 1986 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Pedrinho
  • 1987 - Bambolê
  • 1990 - Desejo ... Afonsinho
  • 1994 - 74.5 Uma Onda no Ar ... Neco
  • 1994 - Confissões de Adolescente
  • 2002 - Esperança ... Felipe
  • 2008 - Beleza Pura ... Miguel

Fonte: WikipédiaTeatropediaG1 e Ego
Indicação: Neyde Almeida

Domício Costa

DOMÍCIO COSTA DOS SANTOS FILHO
(87 anos)
Ator, Compositor, Dublador e Diretor de Dublagens

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/12/1928)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/03/2016)

Domício Costa dos Santos Filho foi um ator, dublador e diretor de dublagem brasileiro. Nasceu em 02/12/1928, no Rio de Janeiro. Começou a carreira ainda bem jovem, com apenas 14 anos na Rádio Nacional, como rádio-ator. Ingressou na profissão junto com jornalista Carlos Palú. Também se formou em jornalismo na adolescência, o que o ajudou muito nos trabalhos que desempenhou no rádio.

Também na Rádio Nacional foi diretor de rádio-teatro, e posteriormente foi gerente da emissora. Também foi gerente de outras três rádios, Rádio Ipanema, Rádio FM Nacional e Rádio Volta Redonda.

Na Radio Nacional atuou em uma das obras mais conhecidas do rádio brasileiro, "A Paixão de Cristo", fazendo o papel de Judas. Também fez o Osvaldo em "Direito de Nascer", participou também de alguns "Teatro de Mistério" escritos por Hélio do Soveral, interpretando o Inspetor Santos, participou de "Anastácia", entre outros.

Além do trabalho em rádio, Domício Costa também foi compositor e compôs ao lado de Roberto Faissal a primeira música da cantora Dolores Duran.

Entre seus colegas de rádio, trabalhou com muitos daqueles que viriam a ser seus colegas na dublagem como Milton Rangel, Darcy Pedrosa, Cauê Filho, Newton da Matta, Luís Manuel, Rodney Gomes, Bruno Netto, Carlos Marques, Waldir Fiori, Wolner Camargo, Neuza Tavares, entre tantos outros.

Domício Costa permaneceu no rádio por 44 anos, saindo em 1988, onde na época desempenhava a função de superintendente da Rádiobrás.

Fez televisão, na época da televisão ao vivo. Fez "TV de Vanguarda" na TV Tupi do Rio de Janeiro, ao lado de Lima Duarte, Fernanda Montenegro, Sérgio Brito, dentre outros.

No teatro participou de "Caiu o Primeiro de Abril" com Ary Fontoura, Sadi Cabral, Lourdes Mayer, e direção de Chico Anysio, no Teatro Rival.

Na dublagem entrou em 1958, na Ziv, uma produtora de dublagem fundada dentro dos estúdios da TV Rio, no posto 6, no antigo prédio do Cassino Atlântico, na Avenida Atlântica em Copacabana, por Carlos De La Riva, que também foi técnico de som na empresa. Lá participou dos filmes de Charlie Chan, e com isso ganhou na época um prêmio da produtora e distribuidora americana dos longas, a MCA, que foi uma visita aos estúdios da empresa nos Estados Unidos.

Uma outra curiosidade é que na empresa Ziv, percussora da dublagem no Rio de Janeiro e no Brasil, a remuneração dos dubladores era paga em dólares. Talvez por esses trabalhos serem mandados diretamente das distribuidoras, ou talvez pela própria empresa que era mexicana, e tinha a sede no Brasil comandada por Carlos De La Riva.

Domício Costa passou por outras empresas, como Cine Castro, TV Cinesom, Dublasom Guanabara, Herbert Richers, Televox, Telecine, VTI, Delart, Cinevídeo, entre muitas outras.

No começo dos anos 1970 foi o narrador da Cine Castro que dizia a frase "Versão Brasileira Cine Castro Rio de Janeiro e São Paulo", e também narrava nas séries, filmes e desenhos da empresa. Com a compra da Cine Castro, Domício Costa continuou na empresa até ela mudar o nome para Televox, onde foi narrador da empresa até o fechamento da mesma.

Na Telecine foi um dos narradores e era ele quem dizia "Biblioteca de Desenhos Animados, Versão Brasileira Telecine", quadro de desenhos produzidos pela MGM.

Entre seus trabalhos como dublador, Domício Costa ficou muito conhecido principalmente com os desenhos animados. Ele foi uma das vozes do Popeye nas dublagens feitas na Cine Castro, a partir de 1966. Chico Bola / Lobo Mau em "Droopy e Dripple", Mightor em "O Poderoso Mightor", Ruivão na segunda e mais conhecida dublagem de "Jambo e Ruivão", Prefeito em "As Meninas Superpoderosas", Leôncio em "Novo Pica-Pau", Dick Vigarista e o Muttley quando falava na primeira dublagem de "Máquinas Voadoras" e a segunda voz em "Corrida Maluca", Eustácio Resmungão em "Coragem, o Cão Covarde", Iroh em "Avatar - A Lenda de Aang", Zeus no longa-metragem "Hércules", a primeira voz na série "Hércules", a primeira voz do Prefeito em "As Meninas Superpoderosas: Geração Z", Devimon em "Digimon", dentre tantos outros.

Em filmes foi Frank McCloud interpretado por Humphrey Bogart em "Paixões em Fúria", James Bond interpretado por Sean Connery em "007 - Contra o Satânico Drº No" e a primeira dublagem de "Moscou Contra 007", Lord Voldemort interpretado por Richard Bremmer em "Harry Potter e a Pedra Filosofal", Sabata interpretado por Lee Van Cleef em "Sabata: O Homem Que Veio Para Matar", McCutcheon interpretado por Aubrey Morris em "Bordel de Sangue", Kasper Gutman interpretado por Sydney Greenstreet em "O Falcão Maltês", Comandante da Missão interpretado por Anthony Hopkins em "Missão Impossível 2", Heinrich Von Garten interpretado por Christopher Lee em "Rios Vermelhos 2 - Anjos do Apocalipse", Alan Gaskell interpretado por Clark Gable em "Mares da China", Richard Dadier interpretado por Glenn Ford em "Sementes da Violência", Curley interpretado por George Kennedy em "Os Filhos de Katie Elder", entre outros personagens.

Além disso também fez a voz de outros atores como Spancer Tracy em "A Mulher Absoluta" e "A Um Passo do Fim", Robert Taylor em "Estrada Proibida" e "Pecado e Redenção", Robert Mitchum em "Colinas da Ira" e "Paixão de Bravo", Charlton Heston em "A Marca da Maldade" e "As Aventuras de Buffalo Bill", entre outros.

Em séries fez Mestre Kan interpretado por Philip Ahn em "Kung Fu - A Lenda Continua", a primeira voz de Gamemnon Busmalis interpretado por Tom Mardirosian em "Oz - A Vida é Uma Prisão", entre outros.

Em novelas fez o Drº Mendive interpretado por Fernando Torre Laphame em "A Usurpadora", Miguel Beltrán interpretado por Mario Casillas em "O Privilégio de Amar", entre outros.

Na década de 1990, o documentarista Jacques Cousteau mandou uma carta de próprio punho elogiando a narração de Domício Costa em suas matérias que foram ao ar pelo Discovery Channel. Domício Costa ficou muito contente com esse elogio.

Trabalhou até 2006 como dublador, dedicando-se apenas ao rádio, no qual trabalhava no programa "Show do Antônio Carlos", que fazia das 6h00 às 9h00, na Rádio Globo Rio AM 1220 Khz, ao lado do também dublador Duda Espinoza.

Domício Costa veio a se aposentar em 2011 e foi morar com sua filha na Bahia, mas retornou a dublagem em 2013.

Ele era considerado um dos maiores dubladores de todos os tempos. Nas dublagens e narrações mais clássicas ouvimos sua voz, e apesar dos anos terem se passado, continuava com o mesmo timbre forte, de boa postura, e sempre com a brilhante interpretação, que só um mestre na dublagem sabia fazer.

Morte

Domício Costa faleceu na manhã de sábado, 05/03/2016, aos 87 anos no Rio de Janeiro, RJ. A causa da morte não foi revelada. A informação foi publicada na Fanpage do dublador Guilherme Brigss que escreveu:

"Faleceu hoje o querido Domício Costa, um dos clássicos atores de dublagem de nosso país e que eu tive o grande prazer de aprender muitas coisas através de seu trabalho e de nossas várias conversas pelos estúdios aqui do Rio de Janeiro. Entre seus trabalhos como dublador, Domício ficou muito conhecido principalmente com os desenhos como o Dick Vigarista, Eustácio em Coragem, o Cão Covarde, o Prefeito em As Meninas Superpoderosas, entre vários outros. Eu mesmo me inspiro muito no trabalho dele, com sua voz e interpretação extremamente ricas e deliciosas. Fique em paz e com Deus, mestre. Obrigado por tudo."

Trabalhos

  • Popeye (uma das vozes) em "Popeye" (versão Cine Castro)
  • Ito (Masanari Nihei) em "Ultraman"
  • Narrador dos desenhos da Warner Bros que dizia "Biblioteca de Desenhos Animados"
  • Narrador em "O Regresso de Ultraman"
  • Cobrinha Azul (segunda voz) em "Cobrinha Azul"
  • Chico Bola / Lobo Mau em "Droopy e Dripple"
  • Mightor em "O Poderoso Mightor" e "Harvey, o Advogado"
  • Ruivão em "Jambo e Ruivão" (segunda dublagem)
  • Narrador em "Sawamu o Demolidor"
  • Narrador em "A Pantera Cor-de-Rosa"
  • Prefeito em "As Meninas Superpoderosas"
  • Leôncio em "Novo Pica-Pau"
  • Dick Vigarista e Muttley em "Máquinas Voadoras" e "Corrida Maluca"
  • Eustácio Resmungão em "Coragem, o Cão Covarde"
  • Iroh em "Avatar - A Lenda de Aang"
  • Zeus em "Hércules" (longa-metragem) e (primeira voz) em "Hércules" (série)
  • Prefeito (primeira voz) em "As Meninas Superpoderosas: Geração Z"
  • Wilbur Cobb em "Ren e Stimpy"
  • Pai da Vaca e do Frango (segunda voz) em "A Vaca e o Frango"
  • Srº Burns (segunda voz) em "Os Simpsons"
  • Barão Strucker em "X-Men Evolution"
  • Draaga em "Liga da Justiça Sem Limites"
  • Fowler em "A Fuga das Galinhas" (longa-metragem)
  • Professor em "Os Flintstones nos Anos Dourados"
  • Bo em "Garfield e Amigos" (versão Sincrovídeo)
  • Devimon em "Digimon Adventure"
  • Hudson em "Gargoyles"
  • Lobo Mau em "Os Três Porquinhos"(longa-metragem)
  • Matagi em "Samurai Champloo"
  • Sarmoti em "O Rei da Selva" (longa-metragem)
  • Jackie em "Jackson Five"
  • Bobby em "Super Dínamo"
  • Thunderbolt em "Cavalo de Fogo"
  • Satã em "A Princesa e o Cavaleiro"
  • Professor Força em "Silverhawks"
  • Mágico Ramnizar em "Os Cavaleiros da Arábia"
  • Cardeal Glick (George Carlin) em "Dogma"
  • Fleegle (segunda voz) em "Banana Splits"
  • Athos (Van Heflin) em "Os Três Mosqueteiros"
  • Frank McCloud (Humphrey Bogart) em "Paixões em Fúria"
  • James Bond (Sean Connery) em "007 - Contra o Satânico Drº No"
  • James Bond (Sean Connery) em  "Moscou Contra 007" (primeira dublagem)
  • Lord Voldemort (Richard Bremmer) em "Harry Potter e a Pedra Filosofal"
  • Hickory / Homem de Lata (Jack Haley) em "Magico de Oz" (Telecine)
  • Gamemnon Busmalis (Tom Mardirosian) em "Oz - A Vida é Uma Prisão"
  • Stinger (James Tolkan) em "Top Gun - Ases Indomáveis"
  • Morrell (Patrick Godfrey) em "O Conde de Monte Cristo"
  • Mestre Kan (Philip Ahn) em "Kung Fu - A Lenda Continua"
  • Maxwell Dent (Jürgen Prochnow) em "Um Tira da Pesada 2"
  • Drº Charlie Humphries (Rufus Collins) em "Fome de Viver"
  • Gene Hackman em "O Assalto" e "Sem Saída"
  • Drº Mendive (Fernando Torre Laphame) em "A Usurpadora"
  • Richard Jones "Dick" (Ronny Cox) em "Robocop - O Policial do Futuro"
  • Cardeal Glick (George Carlin) em "Dogma"
  • Charlton Heston em "A Marca da Maldade" e "As Aventuras de Buffalo Bill"
  • Sabata (Lee Van Cleef) em "Sabata: O Homem Que Veio Para Matar"
  • McCutcheon (Aubrey Morris) em "Bordel de Sangue"
  • Kasper Gutman (Sydney Greenstreet) em "O Falcão Maltês"
  • Lord Wolfingham (Henry Daniell) em "O Gavião do Mar"
  • Captain Ross (John Randolph) em "King Kong"
  • Spancer Tracy em "A Mulher Absoluta" e "À Um Passo do Fim"
  • Robert Taylor em "Estrada Proibida" e "Pecado e Redenção"
  • Robert Mitchum em "Colinas da Ira" e "Paixão de Bravo"
  • Miguel Beltrán (Mario Casillos) em "O Privilégio de Amar"
  • Comandante da Missão (Anthony Hopkins) em "Missão Impossível 2"
  • Heinrich Von Garten (Christopher Lee) em "Rios Vermelhos 2 - Anjos do Apocalipse"
  • Roberts (Pat Hingle) em "O Resgate de Jéssica"
  • Técnico John Schiffner (Brian Dennehy) em "Jogadas de Verão"
  • Eyvind (Max Von Sydow) em "A Maldição do Anel"
  • Sargento Berger (Peter Lorre) em "A Cruz de Lorena"
  • Alan Gaskell (Clark Gable) em "Mares da China"
  • Alan Squier (Leslie Howard) em "Floresta Petrificada"
  • Richard Dadier (Glenn Ford) em "Sementes da Violência"
  • Curley (George Kennedy) em "Os Filhos de Katie Elder"
  • Profº Oliver Lindenbrook (James Mason) em "Viagem Ao Centro da Terra"
  • C.R. MacNamara (James Cagney) em "Cupido Não Tem Bandeira" (primeira dublagem)

Indicação: Miguel Sampaio

Fernando Baleroni

FERNANDO BALERONI
(57 anos)
Ator, Diretor, Roteirista e Produtor

☼ São Paulo, SP (25/11/1922)
┼ São Paulo, SP (22/11/1980)

Fernando Baleroni foi um ator, diretor, roteirista e produtor brasileiro, nascido em São Paulo, SP, no dia 25/11/1922. Foi casado com a atriz Laura Cardoso com quem teve duas filhas, Fátima e Fernanda.

Começou a carreira no rádio em 1944 na Rádio Difusora, onde já mostrou toda a sua versatilidade. Era ator de radioteatro, diretor e autor. Da mesma forma sua versatilidade ia do drama à comédia. Foi também ator de cinema, onde aparecia muito bem. Enfim, era figura muito querida e aproveitada na época.

Estava na Rádio Cultura de São Paulo, quando se casou com a também atriz Laura Cardoso. O casal teve duas lindas filhas, Fátima e Fernanda.

Para salientar seu trabalho como ator, devemos citar que levavam sua assinatura no rádio, os seguintes programas: "Novela Sertaneja", "Bonde das Sete" e "Transatlântico de Luxo".

Fernando Baleroni e a esposa se transferiram da Rádio Cultura para as Emissoras Associadas, mais ou menos em 1952. E assim passaram ambos a fazer tanto rádio, como TV. Para a televisão, Fernando Baleroni escreveu "Seu Pepino" e "O Corintiano". Dirigiu as novelas "Abnegação" (1966), "A Pequena Karen" (1966) e "Seu Pepino" (1955).

Como ator salientou-se muito em grandes peças, levadas ao ar pelo "TV de Vanguarda". Fez "Casa de Bonecas", "Solnessem", "O Construtor", "Os Miseráveis", "O Delator" e "Hamlet". Atuou nas novelas "Sol Amarelo" (1971), "Editora Mayo, Bom Dia" (1971), "Os Fidalgos da Casa Mourisca" (1972) e "Os Deuses Estão Mortos" (1971). Embora aqui estejam citadas só novelas da TV Record, Fernando Baleroni também fez novelas na TV Tupi, anteriormente, e na TV Excelsior. Nesta fez "Vidas em Conflito" (1969), "Os Diabólicos" (1968), "Os Tigres" (1968), dentre outras.

Fernando Baleroni  participou com sucesso dos filmes "O Sobrado" (1956), "Dona Violante Miranda" (1960), "Na Garganta do Diabo" (1960) e "Cléo e Daniel" (1970).

Também participou de peças teatrais importantes, como "Os Catadores de Papel", "Depois da Queda", "O Marido Vai à Caça" e "As Comadres de Windson".

Fernando Baleroni recebeu muitos prêmios, entre os quais o Prêmio Saci, como melhor ator de cinema, pelo filme "O Sobrado". Pela mesma atuação recebeu o prêmio O Governador do Estado de São Paulo.

Fernando Baleroni faleceu em São Paulo, SP, no dia 22/11/1980, aos 57 anos, na semana em que iria completar 58 anos.

Carreira

Televisão
  • 1973 - Vendaval
  • 1972 - O Leopardo
  • 1972 - Os Fidalgos da Casa Mourisca
  • 1972 - O Príncipe e o Mendigo ... Pai de Andrew
  • 1971 - Sol Amarelo
  • 1971 - Editora Mayo, Bom Dia ... Chicão
  • 1970 - Tilim
  • 1969 - Mais Forte Que o Ódio ... Januário
  • 1969 - Algemas de Ouro ... Delegado
  • 1969 - Vidas em Conflito ... Pedro
  • 1968 - Os Diabólicos ... André
  • 1968 - Os Tigres
  • 1967 - Sublime Amor ... Fausto
  • 1967 - O Grande Segredo ... Delegado
  • 1966 - Redenção ... Mateus
  • 1966 - Ninguém Crê em Mim ... Orestes
  • 1966 - Abnegação ... Rafael
  • 1965 - O Caminho das Estrelas ... Martino
  • 1965 - A Ilha dos Sonhos Perdidos
  • 1965 - O Céu é de Todos
  • 1965 - Vidas Cruzadas ... Rodolfo
  • 1965 - Pecado de Mulher
  • 1964 - A Cidadela
  • TV de Vanguarda
  • 1958 - Os Miseráveis ... Jean Vanjean
  • TV de Comédia
  • TV Teatro
  • 1958 - Casa de Bonecas
  • 1957 - O Corcunda de Notre-Dame ... Rei dos Mendigos
  • 1957 - Os Três Mosqueteiros ... Portus
  • 1956 - Douglas Red ... Pablo
  • 1955 - O Falcão Negro ... Cesar Borgia
  • 1955 - Legionário Invencível
  • 1955 - Seu Pepino
  • 1953 - Segundos Fatais


Cinema
  • 1970 - Cléo e Daniel
  • 1960 - Dona Violante Miranda
  • 1960 - Na Garganta do Diabo
  • 1957 - Paixão de Gaúcho
  • 1956 - O Sobrado
  • 1949 - Luar do Sertão


Diretor
  • 1966 - A Pequena Karen
  • 1957 - Seu Genaro
  • 1956 - Douglas Red
  • 1956 - Seu Tintoreto
  • 1955 - Seu Pepino


Roteirista
  • 1956 - Douglas Red
  • 1956 - Seu Tintoreto
  • 1954 - Ciúme
  • 1954 - O Grande Sonho


Nydia Licia

NYDIA LICIA PINCHERLE CARDOSO
(89 anos)
Atriz, Diretora e Produtora

☼ Trieste, Itália (30/04/1926)
┼ São Paulo, SP (12/12/2015)

Nydia Licia Pincherle Cardoso foi uma atriz, diretora e produtora nascida em Trieste, Itália, no dia 30/04/1926, numa família judaica, que se estabeleceu no Brasil quando Nydia tinha 13 anos.

Filha de um médico e de uma crítica musical, ambos de origem judaica, transferiu-se em 1939 com a família para a cidade de São Paulo, devido ao avanço do fascismo na Europa. Aos 13 anos sentiu-se adaptada ao novo país, e estudou em bons colégios. Primeiro no rigoroso Dante Alighieri e depois no Mackenzie, onde se sentia mais à vontade pelo clima de camaradagem e liberdade. Durante a Segunda Guerra terminou o ginásio e emendou o clássico, sempre cantando ao participar dos shows colegiais. Na dúvida entre estudar medicina ou química, optou por trabalhar.

Com a doença do pai a situação ficou difícil, e assim arrumou emprego no Consulado Italiano como secretária do cônsul. Mais tarde, ao frequentar um curso de história da arte ministrado por Pietro Maria Bardi, foi selecionada como sua assistente para trabalhar no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Ao mesmo tempo, começou a ensaiar com Alfredo Mesquita a montagem amadora de "À Margem da Vida", de Tennessee Williams, realizada pelo Grupo de Teatro Experimental (GTE) em 1947. Nessa montagem, fez sua estreia no teatro, e é também a estreia deste texto no Brasil, ao lado de Marina Freire e Abílio Pereira de Almeida. No mesmo ano, realizou no Grupo Universitário de Teatro (GUT), na Universidade de São Paulo (USP), "O Baile dos Ladrões", de Jean Anouilh, com direção de Décio de Almeida Prado.


Em 1948, o grupo foi absorvido pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Sob direção de Adolfo Celi, substituiu Cacilda Becker, então grávida de quatro meses, na primeira montagem profissional do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), "Nick Bar", de William Saroyan, realizada no ano de 1949.

Em 1950, como titular, fazendo um espetáculo desde o início, apareceu em "Entre Quatro Paredes", de Jean-Paul Sartre, ao lado de Cacilda Becker, Carlos Vergueiro e de seu futuro marido Sérgio Cardoso. A seguir entrou em "Os Filhos de Eduardo", de Marc-Gilbert Sauvajon"A Ronda dos Malandros", de John Gay"A Importância de Ser Prudente", de Oscar Wilde, e "O Anjo de Pedra", de Tennessee Williams, montagem que consagra Cacilda Becker como intérprete.

E não parou mais. Começou a fazer o Teatro das Segundas-Feiras, trabalhando assim os sete dias da semana. Só encontrou uma folga para se casar com Sérgio Cardoso, em 1950, no dia seguinte, já estão trabalhando no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).

Grávida, fez as duas versões de "Antígona", de Sófocles e de Anouilh, até 15 dias antes do nascimento de Sylvia, filha do casal.

Permaneceu no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) até 1952, quando se transferiu para o Rio de Janeiro com o marido e a filha para integrar a Companhia Dramática Nacional.

Nydia Licia em "A Raposa e As Uvas"
Ensaiou três peças ao mesmo tempo, com a família hospedada na casa de Procópio Ferreira. Foi dirigida por Bibi Ferreira em "A Raposa e as Uvas", de Guilherme Figueiredo. Com direção de Sérgio Cardoso, participou de "A Falecida", de Nelson Rodrigues, e do premiado espetáculo "A Canção do Pão", de Raimundo Magalhães Júnior.

Em 1953 foi fazer televisão na TV Record, e integrou o elenco de dois programas: "O Personagem no Ar" e "Romance".

Em 1954, alimentou o sonho de ter a própria companhia com o marido e para isso fundou a Empresa Bela Vista, partindo para a reforma do antigo Cine-Teatro Espéria, no Bixiga. Enquanto a obra andava com todas as dificuldades possíveis, montaram "Lampião", de Rachel de Queiroz, no Teatro Leopoldo Fróes, sob a direção de Sérgio Cardoso, que também foi o protagonista da peça. A montagem transformou-se em retumbante sucesso.

Em 15/05/1956, depois de nove meses de ensaios, inaugurou o novo Teatro Bela Vista com a montagem de "Hamlet", de Shakespeare. O espetáculo foi um acontecimento. No repertório remontaram "A Raposa e as Uvas" e apresentaram, entre outras encenações, "Henrique IV", de Luigi Pirandello, "O Comício", de Abílio Pereira de Almeida, e "Chá e Simpatia", de Robert Anderson, seu grande momento como atriz nos palcos. Por esse desempenho ganhou diversos prêmios como melhor atriz, entre os quais o Governador do Estado, O Saci e a Medalha de Ouro da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT).


Em 1958, seguem-se as montagens de "Amor Sem Despedida", de Daphne Du Maurier, e uma encenação de "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, assinada por Sérgio Cardoso, em concepção completamente diferente da famosa direção de Ziembinski.

Em 1959, atuou em "Lembranças de Berta", de Tennessee Williams, e "Oração Para Uma Negra", de Faulkner, dividindo o palco com Ruth de Souza.

Em 1960, desquitou-se. Mesmo após a separação, continuou a produzir teatro como produtora independente, tentando manter o teatro aberto, e contratou diretores como Alberto D'Aversa e Amir Haddad. Nessa fase dedicou-se também a dirigir e a escrever.

Uma ação movida pela Empresa Bela Vista tentou tirar-lhe o teatro. Com o apoio unânime da classe teatral, lutou durante anos, até que conseguiu ficar com o teatro, ainda que sob condições as mais difíceis. Depois de um ano a polícia fechou o teatro.

Em 1961, às vésperas da estreia de "O Grande Segredo", de Édouard Bourdet, foi para o Teatro de Alumínio com o espetáculo, e fez grande sucesso ao lado de Rubens de Falco e João José Pompeo no elenco.

Entre 1960 e 1961 foi representante dos empresários teatrais na Comissão Estadual de Teatro e no Serviço Nacional do Teatro e fez coproduções com Oscar Ornstein.


Em 1962, começou se dedicar ao teatro infantil e montou "A Bruxinha Que Era Boa", de Maria Clara Machado. Com a preocupação de motivar a criança para o teatro, realizou espetáculos bem-acabados e manteve um trabalho sério junto às escolas, ocupando um colégio de 800 lugares. Tornou-se por vários anos a grande mentora do teatro para crianças. Criou para a TV Cultura o "Teatro do Canal 2" e apresentou o programa educativo "Quem é Quem", produzindo em seguida, por quatro anos, "Presença", até ser convidada para o cargo de assessora cultural da emissora. Produziu programas musicais de alto nível, como concertos e especiais de música de câmara, e programas sinfônicos gravados no Teatro São Pedro e no Teatro Municipal.

Em 1971, viu-se obrigada a devolver o Teatro Bela Vista para seus proprietários. O Governo do Estado de São Paulo decidiu desapropriar o imóvel e reformá-lo, transformando-o no Teatro Sérgio Cardoso. Participou da cerimônia de inauguração em 13/10/1980, encenando "Sérgio Cardoso Em Prosa e Verso", sob a direção de Gianni Ratto.

Atuou em televisão na TV Tupi, TV Paulista e Bandeirantes, participando de produções como "Sublime Obsessão" (1958), "Eu Amo Esse Homem" (1964), "Éramos Seis" (1977), "João Brasileiro, O Bom Baiano" (1978) e "Ninho da Serpente" (1982).


Desses trabalhos dois momentos são especialmente marcantes. O primeiro em "Eu Amo Esse Homem" na TV Paulista, novela de Ênia Petri, na qual fez uma psicanalista que se envolvia com seu paciente, interpretado por Emiliano Queiroz. O segundo em "Éramos Seis" na TV Tupi, escrita por Rubens Ewald Filho e Silvio de Abreu, baseada no romance da "Senhora Leandro Dupré", na qual viveu uma tia rica que ajudava a pobre família formada por Nicette Bruno, Carlos Alberto Riccelli e Carlos Augusto Strazzer.

No cinema rodou "Quando a Noite Acaba" (1950), de Fernando de Barros, "Ângela" (1951), de Tom Payne, e "O Príncipe" (2002), de Ugo Giorgetti.

Na década de 80 tornou-se referência de qualidade na produção teatral dedicada ao público infantil na cidade de São Paulo.

A partir de 1992 desenvolveu, paralelamente, carreira pedagógica como professora no Departamento de Rádio e Televisão da Escola de Comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), e no Teatro Escola Célia Helena, onde dava aulas de interpretação.


Desde 2002 dedicava-se a contar sua trajetória e a de seus contemporâneos em livros como "Ninguém Se Livra de Seus Fantasmas", "Sérgio Cardoso: Imagens de Sua Arte", "Rubens de Falco: Um Internacional Ator Brasileiro" e "Leonardo Villar: Garra e Paixão".

Para a série de livros "Aplauso"Nydia Licia escreveu "Leonardo Villar: Garra e Paixão""Sérgio Cardoso: Imagens De Sua Arte""Rubens de Falco - Um Internacional Ator Brasileiro""Raul Cortez - Sem Medo De Se Expor" e "Eu Vivi o TBC". Além disso escreveu o livro autobiográfico "Ninguém Se Livra Dos Seus Fantasmas" editado pela Perspectiva.

O trabalho sobre a vida de Raul Cortez recebeu o Prêmio Jabuti, em Biografias.

Em 2008, Nydia Licia foi agraciada com o título de Cidadã Paulistana.

Em 2010 recebeu o prêmio Governador do Estado de Destaque Cultural.

Morte

Nydia Lícia faleceu às 4h30 de sábado, 12/12/2015, aos 89 anos, no Hospital São Luis, em São Paulo, SP, vítima de câncer no pâncreas. A doença foi diagnosticada em agosto de 2015 e ela estava internada desde 20/11/2015.

O corpo de Nydia Licia foi velado na manhã de domingo, 13/12/2015, no Teatro Sérgio Cardoso. O sepultamento ocorreu à tarde, no Cemitério Israelita do Butantã, com a presença de representantes da cultura, artistas e amigos.

Nydia Licia e Abílio Pereira de Almeida em "A Mulher do Próximo"
Carreira

Televisão

  • 1958 - Sublime Obsessão ... Helen Hudson
  • 1964 - Eu Amo Esse Homem
  • 1965 - O Ébrio ... Francisca
  • 1977 - Éramos Seis ... Emília
  • 1978 - João Brasileiro, O Bom Baiano ... Lúcia
  • 1982 - Ninho Da Serpente ... Olímpia

Cinema

  • 1950 - Quando A Noite Acaba
  • 1951 - Ângela
  • 1956 - Quem Matou Anabela?
  • 1970 - Amemo-Nús (Filme Inacabado)
  • 2002 - O Príncipe ... Dona Norma

Teatro (Como Atriz)

  • 1947 - À Margem Da Vida
  • 1948 - O Baile Dos Ladrões
  • 1949 - A Noite De 16 de Janeiro
  • 1949 - A Mulher Do Próximo
  • 1949 - Pif-Paf
  • 1949 - Nick Bar... Álcool, Brinquedos, Ambições
  • 1950 - A Ronda Dos Malandros
  • 1950 - Os Filhos De Eduardo
  • 1950 - Do Mundo Nada Se Leva
  • 1950 - A Importância De Ser Prudente
  • 1950 - O Anjo De Pedra
  • 1950 - O Inventor De Cavalo
  • 1950 - Entre Quatro Paredes
  • 1950 - Lembranças De Bertha
  • 1950 - Rachel
  • 1951 - Ralé
  • 1951 - Convite Ao Baile
  • 1951 - O Grilo Da Lareira
  • 1952 - Antígone
  • 1952 - O Mentiroso
  • 1952 - Relações Internacionais
  • 1953 - A Raposa E As Uvas
  • 1953 - Canção Dentro Do Pão
  • 1954 - Sinhá Moça Chorou
  • 1954 - A Filha De Iório
  • 1954 - Lampião
  • 1956 - Hamlet
  • 1956 - Quando As Paredes Falam
  • 1957 - Chá E Simpatia
  • 1957 - Henrique IV
  • 1958 - Vestido De Noiva
  • 1958 - Amor Sem Despedida
  • 1959 - Oração Para Uma Negra
  • 1960 - Geração Em Revolta
  • 1961 - A Castro
  • 1961 - De Repente No Último Verão
  • 1961 - Esta Noite Improvisamos
  • 1961 - O Grande Segredo
  • 1962 - As Lobas
  • 1962 - Meu Marido E Você
  • 1962 - Quem Rouba Pé Tem Sorte No Amor
  • 1963 - A Idade Dos Homens
  • 1964 - Apartamento Indiscreto
  • 1964 - Hedda Gabler
  • 1964 - Uma Cama Para Três
  • 1965 - Camila
  • 1965 - Biedermann E Os Incendiários
  • 1966 - Terra De Ninguém
  • 1967 - Esta Noite Falamos De Medo
  • 1968 - Um Dia Na Morte De Joe Egg
  • 1969 - João Guimarães: Veredas

Teatro (Como Diretora)

  • 1959 - Oração Para Uma Negra
  • 1962 - Meu Marido E Você
  • 1962 - Quem Rouba Pé Tem Sorte No Amor
  • 1963 - Feitiço
  • 1963 - O Pobre Piero
  • 1963 - M.M.Q.H.
  • 1963 - Tem Alguma Coisa A Declarar?
  • 1964 - Uma Cama Para Três
  • 1965 - O Outro André
  • 1965 - A Raposa E As Uvas
  • 1966 - Terra De Ninguém
  • 1967 - Esta Noite Falamos De Medo
  • 1967 - Uma Certa Cabana
  • 1976 - Fuga Em Do Re Mi
  • 1977 - Aprendiz De Gente Grande
  • 1978 - História De Uma História
  • 1979 - Se Non É Vero É Bem Trovado
  • 1981 - De Morfina A Malatesta
  • 1982 - O Mistério Das Flores
  • 1983 - Fantasia Colorida
  • 1984 - Libel A Sapateira

Fonte: Wikipédia e Funarte
#FamososQuePartiram #NydiaLicia

Marília Pêra

MARÍLIA SOARES PÊRA
(72 anos)
Atriz, Cantora, Bailarina, Produtora, Coreógrafa e Diretora Teatral

☼ Rio de Janeiro, RJ (22/01/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/12/2015)

Marília Soares Pêra foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira. Além de interpretar, ela cantava, dançava e atuava também como coreógrafa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.

Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau.

Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, "Minha Querida Lady" (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília Pêra, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época.

Fez outras peças como "O Teu Cabelo Não Nega" (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo "A Pequena Notável" (1966), dirigido por Ary Fontoura. Também no "A Tribute To Carmen Miranda" (1975) no Lincoln Center, em New York, dirigido por Nelson Motta, na única apresentação "A Pêra da Carmem" no Canecão em 1986, e no musical "Marília Pêra Canta Carmen Miranda" (2005), dirigido por Maurício Sherman.


A primeira aparição na televisão foi em "Rosinha do Sobrado" (1965), na Rede Globo, e em seguida, em "A Moreninha" (1965).

Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, "A Úlcera de Ouro", de Hélio Bloch.

Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama "Fala Baixo Senão Eu Grito", com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o Prêmio Molière e também o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou o ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações.

Em 1964, Marília Pêra derrotou Elis Regina num teste para o musical "Como Vencer Na Vida Sem Fazer Força", ambas ainda não eram conhecidas na época.

Em 1975, gravou o LP "Feiticeira", lançado pela Som Livre.

Marília Pêra é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.


A estreia de Marília Pêra como diretora aconteceu em 1978, na peça "A Menina e o Vento", de Maria Clara Machado.

Marília Pêra casou-se pela primeira vez aos 17 anos, com o primeiro homem a beijá-la, o músico Paulo da Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos 18 anos, foi mãe de Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, parceiro em "Fala Baixo Senão Eu Grito", e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina.

Em declaração feita ao "Fantástico" em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela "Cobras & Lagartos", Marília Pêra relatou sobre a carreira e disse que não suportava contracenar com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília Pêra alegou que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.

Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça "Roda Viva" (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês. Foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.


Em 1992, apresentou o musical "Elas Por Elas", para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone e de Cláudia Raia, tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989.

Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, "Polaróides Urbanas", de Miguel Falabella, onde interpretou duas irmãs gêmeas.

Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie "Cinquentinha", de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília Pêra, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época.

Desde abril de 2010 integrou o elenco da série "A Vida Alheia", de Miguel Falabella, na TV Globo, como Catarina.

Em janeiro de 2013 ocorreu a estreia do seriado "Pé Na Cova", em que Marília Pêra interpreta Darlene, que é maquiadora da funerária do ex-esposo Russo (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio.

Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado, retornando às gravações no dia 11/06/2014.

Morte

Marília Pêra morreu às 06h00 de sábado, 05/12/2015, aos 72 anos, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada. Em novembro de 2015, foi noticiado que Marília Pêra estava com câncer em estágio avançado no pulmão. No último ano, ela passou por tratamento de um desgaste ósseo na região lombar e chegou a ficar afastada da TV por cerca de um ano.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, sala Marília Pêra, Rua Conde de Bernadote, 26 - Leblon, a partir das 13h00.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, na sala que leva seu nome, a partir das 13h00.

Marília Pêra deixou os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta, Nina Morena e o marido Bruno Faria.

No início de novembro de 2015, a jornalista carioca Hildegard Angel, amiga pessoal da atriz, postou em seu blog que o estado de saúde da atriz era delicado: "Marília inspira cuidados extremos, está no balão de oxigênio", disse. A informação não foi confirmada pela família, mas é sabido que a atriz tem como hábito manter preservada a sua vida particular.

À GloboNews, Claudia Raia disse que seu último contato com Marília Pêra aconteceu há duas semanas, quando elas se falaram porque a veterana queria assistir ao espetáculo "Raia 30". "Ela estava impossibilitada, de cadeira de rodas. Ela disse 'eu vou melhorar um pouquinho e vou'", falou Claudia Raia. "Estamos órfãos. Ela pra mim era uma referência!".

Marília Pêra era casada, desde 1998, com o economista carioca Bruno Faria. Ela era irmã da atriz Sandra Pêra e neta da atriz Antônia Marzullo.

Sandra Moreyra

SANDRA MARIA MOREYRA
(61 anos)
Jornalista, Repórter, Apresentadora, Diretora de Programação e Editora

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/08/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/11/2015)

Sandra Maria Moreyra foi uma jornalista brasileira, nascida no Rio de Janeiro, em 28/08/1954, com o jornalismo correndo nas veias.

Era neta da jornalista Eugênia Moreyra e do poeta e escritor Álvaro Moreyra, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro. Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora. Era mãe da também jornalista Cecília Moreyra. Foi casada com o arquiteto Rodrigo Figueiredo, tinha dois filhos, Cecilia e Ricardo, e um neto, Francisco. Ela era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugenia Moreyra.

Começou no jornalismo em 1975. Após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil.

Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do Jornal do Brasil, onde começou a carreira de repórter.

Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia.

Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu contato com o vídeo.

TV Globo

Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da TV Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na TV Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais.

No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyra apareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.

Em 1986, Sandra Moreyra deixou Minas Gerais e voltou para o Rio de Janeiro, se tornando uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana, passando a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil.

Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo. No canal, também apresentou o programa "Espaço Aberto Literatura".

Sandra Moreyra e Ricardo Boechat
40 Anos de Carreira

Com 40 anos de carreira, Sandra Moreyra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do Brasil. Ela cobriu a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia com o Césio 137, a tragédia do iate Bateau Mouche, a Rio-92 e a ocupação do Complexo do Alemão.

A cobertura que a jornalista considerava mais marcante foi o enterro dos mortos na chacina de Vigário Geral, em 1993.

"Na hora de escrever o texto, a matéria tinha uma carga de emoção tão forte, da dor daquelas pessoas, da violência, que pensei: 'Tenho que botar isso nas palavras mais simples'. Quando a matéria entrou no ar, foi um soco no estômago!"
"Ela estava muito mais forte do que eu poderia imaginar, porque consegui exatamente isso, lidar com a realidade sem querer ser mais do que ela, sem querer aparecer mais. No dia em que fiz aquela matéria foi quando senti: 'Puxa vida, cresci. Que bom!'"
(Sandra Moreyra relatou ao site Memória Globo)

Já trabalhou como repórter, apresentadora, diretora de programação e editora. Nos anos 2000, apresentou a coluna de gastronomia "Arte da Mesa", no Bom Dia Brasil.

Dentre seus trabalhos na televisão destaca-se o especial "1808 - A Corte no Brasil", uma série de reportagens sobre os 200 anos da mudança da corte portuguesa para o Brasil.

No cinema, Sandra Moreyra trabalhou como roteirista no documentário "70" (2013), da diretora Emília Silveira. O filme refere-se a um episódio ocorrido no auge da ditadura militar do Brasil, quando um grupo de 70 presos políticos foi libertado e banido do país, em troca da libertação do embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher, que havia sido sequestrado por guerrilheiros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Morte

Sandra Moreyra morreu na manhã de terça-feira, 10/11/2015, no Rio de Janeiro, aos 61 anos vítima de um câncer. O velório será na quarta-feira, 11/11/2015, às 12:00 hs, no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.

Sandra Moreyra tinha entre suas várias paixões o time Botafogo. Após a notícia da morte da jornalista, o clube carioca decretou luto de três dias. Na nota, eles manifestaram solidariedade aos familiares:

"Com profundo pesar e tristeza, o Botafogo lamenta o falecimento de Sandra Moreyra, aos 61 anos. A jornalista botafoguense morreu na tarde deste terça-feira no Hospital Samaritano, onde estava internada e lutava contra um câncer. Filha do botafoguense Sandro Moreyra, Sandra sempre demonstrava seu amor pelo Botafogo. Atualmente, era repórter da TV Globo, com 40 anos de experiência na profissão. O Botafogo decreta luto oficial de três dias e manifesta sua solidariedade a familiares e amigos neste momento tão triste e difícil."

Fonte: WikipédiaG1 e Ego 

Miele

LUIZ CARLOS D'UGO MIELE
(77 anos)
Ator, Cantor, Produtor, Apresentador e Diretor

☼ São Paulo, SP (31/05/1938)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/10/2015)

Luiz Carlos d'Ugo Miele foi um produtor, ator, apresentador e diretor brasileiro de televisão, teatro, cinema e shows.

Era filho da cantora e instrumentista Irma Miele, cujo nome artístico era Regina Macedo. Aos 12 anos de idade, começou a trabalhar como rádio-ator numa emissora de rádio em São Vicente, SP, no programa "Meu Filho, Meu Orgulho" de Mário Donato. Mais tarde, protagonizou outros programas infantis na Rádio Tupi, ao lado de Régis Cardoso, Érlon Chaves e Walter Avancini.

Iniciou a carreira profissional como locutor da Rádio Excelsior, Rádio Tupi e Rádio Nacional. Em 1959, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu o compositor Ronaldo Bôscoli, com quem formou a dupla Miele & Bôscoli, responsável pela direção e produção de diversos espetáculos, além de programas musicais em emissoras de televisão.

Em 1976, após a morte do humorista Manuel de Nóbrega, passou a apresentar "A Praça da Alegria" na Rede Globo, saindo do ar em 1979. O programa contou com a participação de Ronald Golias.

Na televisão, atuou na direção e produção dos programas musicais "Noite de Gala" e "Cara & Coroa", com Dori Caymmi e Sílvia Telles, na TV Rio.

"Dois no Balanço", "Se Meu Apartamento Falasse", com Cyll Farney e Odete Lara, "Rio Rei", "Os 7 Pecados", com Fernando Barbosa Lima, e "Musical em Bossa 9", na TV Excelsior, "O Fino da Bossa", "Show Em Simonal" e "Elis Especial", na TV Record, "Alô Dolly", "Dick & Betty 17", com Dick Farney e Betty Faria, "Fantástico", direção musical, "Elis Especial", "Praça da Alegria", "Sandra & Miele", "Cem Anos de Espetáculo", "Viva Marília""Batalha dos Astros", além de festivais de música, na Rede Globo, "Um Homem - Uma Mulher", com Tuca, "Cassio Muniz Show", criação dos comerciais, e "Programa Flávio Cavalcanti", na TV Tupi, "Miele & Cia" e "Ele & Ela", com Leila Richers, na TV Manchete, "Coquetel e Cocktail", no SBT, e "Escolinha do Barulho", na TV Record.


Como produtor e diretor de espetáculos de artistas como Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Sérgio Mendes, Lennie Dale, Sarah Vaughan, Leny Andrade, Pery Ribeiro e Bossa 3 ("Gemini V"), Taiguara e Claudette Soares ("Primeiro Tempo 5×0"), Milton Nascimento, Marcos Valle, Joyce e Wanda Sá (Sucata, Rio de Janeiro), Alcione (Canecão, Rio de Janeiro), Agnaldo Timóteo; Joanna; Angela Maria e Lucinha Lins ("Spot Light"); Os Cariocas; Família Caymmi; Trio Irakitan e Rosana Tapajós (Beco das Garrafas, Rio de Janeiro); Regina Duarte ("Regina Mon Amour", no Canecão); Sandra Bréa e Pedrinho Mattar ("Caso Water-Closed"), e Dzi Croquettes ("Monsieur Pujol", Rio de Janeiro), além dos projetos "Chega de Saudade", "Vivendo a Rádio Nacional", "Vivendo Vinícius" e "Festival Internacional de Mágica".

Como showman, participou dos espetáculos "Miele & Juarez Machado" (Sucata, Rio de Janeiro), "Concerto Para Miele & Orquestra" (Hotel Maksoud Plaza, São Paulo), "Miele & Tuca" (Rui Barbossa e Sucata), "Miele no Palladium", com Rosemary, "Elis & Miele" (Teatro Clara Nunes e Teatro Maria Della Costa).

Atuou, ainda, como diretor de projetos especiais no Metropolitan, RJ, e como mestre de cerimônias do Prêmio Molière. Gravou o compacto simples "Miele e Carolina", com a participação de Carol Saboya, registrando as canções "A Menina e a TV" (Rolf Zuckowski), versão de Antonio Adolfo e Jésus Rocha, e "Cirrose" (Daltony Nóbrega e Ana Maria).

Em 1997, apresentou-se, com Roberto Menescal e Wanda Sá, no Mistura Fina, RJ, em espetáculo gravado ao vivo e lançado pelo selo Albatroz no CD "Uma Mistura Fina".

Em 1999 assinou a direção do espetáculo "Vivendo Vinícius", com Carlos Lyra, Toquinho, Miúcha e Baden Powell, apresentado no Metropolitan, RJ. Ainda em 1999, passou a exercer a função de diretor de projetos especiais na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, onde produziu vários espetáculos, como "Um Brasileiro Chamado Jobim", com Roberto Menescal, Danilo Caymmi, Joyce, Cris Delanno e o conjunto Os Cariocas, "Minhas Duas Estrelas - Pery Ribeiro Canta e Conta - Dalva de Oliveira e Herivelto Martins", "Essa Bahia Chamada Caymmi", com Nana Caymmi, Dori Caymmi e Danilo Caymmi", "Jazz Para As Onze", com o Quinteto Paulinho Trompete e Rio Jazz Orquestra, no qual atuou como crooner, entre outros.


Em 2004 fez espetáculos no Tom Brasil em São Paulo, mostrando pela primeira vez em público o "Hino do Fome Zero" (Roberto Menescal e Abel Silva), cujo DVD foi dirigido por ele, e também publicou o livro "Poeira de Estrelas" (Ediouro). Ainda em 2004, foi responsável pela apresentação do espetáculo "Bossa Nova In Concert", realizado no Canecão no Rio de Janeiro, com a participação de Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas e Bossacucanova. O show contou com uma banda de apoio formada por Durval Ferreira (violão), Adriano Giffoni (contrabaixo), Marcio Bahia (bateria), Fernando Merlino (teclados), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Jessé Sadoc (trompete), concepção e direção artística de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal, pesquisa e textos de Heloísa Tapajós, cenários de Ney Madeira e Lídia Kosovski, e projeções de Sílvio Braga. Também nesse ano, lançou o livro "Poeira de Estrelas" (Ediouro).

Apresentou-se, em 2005, no Bar do Tom, com o espetáculo "Bênção Bossa Nova", ao lado de Roberto Menescal e Wanda Sá. Nesse mesmo ano, lançou o DVD "Miele, Um Showman Brasileiro - Um Show de Música & Muito Humor" (CID), com festa no Bar do Tom. Ainda em 2005, interpretou o advogado Wexler no seriado "Mandrake" da HBO Brasil, baseado na obra de Rubem Fonseca.

O melhor momento da carreira de Miele foi o musical "Elis". O pior momento da carreira foi o "Programa Cocktail", exibido no SBT de agosto 1991 a agosto 1992. Miele disse em uma entrevista em 2002: "Aquele programa não era muito a minha praia". Ele preferiu esquecer e considerava um programa de mau gosto.

No fim de 2011 atuou no filme "As Aventuras de Agamenon, o Repórter" interpretando o sogro de Agamenon Mendes Pedreira.

Em 2012 atuou na minissérie "O Brado Retumbante" no papel de Nicodemo Cabral, O Senador.

Em 2014, atuou na minissérie "A Teia", no papel do ex-senador Walter Gama. Interpretou o magnata Jack Parker, na novela "Geração Brasil". Ainda em 2014, em agosto, participou da "Dança dos Famosos" no programa "Domingão do Faustão". Interpretou o vizinho garanhão Gustavo Pennaforte, no episódio "Ela é a Dona de Tudo" do sitcom "Trair e Coçar é Só Começar", do canal Multishow.

Seu último trabalho foi na novela "Geração Brasil", atuando como Jack Parker pai de Pamela Parker Marra.

Miele torcia pelo São Paulo Futebol Clube. Foi casado com Anita durante 47 anos e nunca tiveram filhos.

Morte

Luiz Carlos D'Ugo Miele foi encontrado morto em sua casa em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, na quarta-feira, 14/10/2015. Bombeiros do quartel da Gávea foram acionados para uma ocorrência no local, mas Miele faleceu após sofrer um mal súbito, antes da chegada dos militares.

Segundo Vânia Barbosa, empresária e amiga de Miele e da família, a esposa do artista o encontrou caído no chão do escritório logo pela manhã e chamou os bombeiros, que constataram o óbito ao chegarem em sua casa, em São Conrado. Segundo ela, o mal súbito que acometeu o diretor pegou parentes de surpresa.

O velório ocorrerá a partir das 07:00 hs de quinta-feira, 15/10/2015, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, no Centro, e será aberto ao público. O corpo será enterrado no Cemitério do Caju, às 14:00 hs.

Fonte: WikipédiaG1 e Diário de Pernambuco