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Domício Costa

DOMÍCIO COSTA DOS SANTOS FILHO
(87 anos)
Ator, Compositor, Dublador e Diretor de Dublagens

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/12/1928)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/03/2016)

Domício Costa dos Santos Filho foi um ator, dublador e diretor de dublagem brasileiro. Nasceu em 02/12/1928, no Rio de Janeiro. Começou a carreira ainda bem jovem, com apenas 14 anos na Rádio Nacional, como rádio-ator. Ingressou na profissão junto com jornalista Carlos Palú. Também se formou em jornalismo na adolescência, o que o ajudou muito nos trabalhos que desempenhou no rádio.

Também na Rádio Nacional foi diretor de rádio-teatro, e posteriormente foi gerente da emissora. Também foi gerente de outras três rádios, Rádio Ipanema, Rádio FM Nacional e Rádio Volta Redonda.

Na Radio Nacional atuou em uma das obras mais conhecidas do rádio brasileiro, "A Paixão de Cristo", fazendo o papel de Judas. Também fez o Osvaldo em "Direito de Nascer", participou também de alguns "Teatro de Mistério" escritos por Hélio do Soveral, interpretando o Inspetor Santos, participou de "Anastácia", entre outros.

Além do trabalho em rádio, Domício Costa também foi compositor e compôs ao lado de Roberto Faissal a primeira música da cantora Dolores Duran.

Entre seus colegas de rádio, trabalhou com muitos daqueles que viriam a ser seus colegas na dublagem como Milton Rangel, Darcy Pedrosa, Cauê Filho, Newton da Matta, Luís Manuel, Rodney Gomes, Bruno Netto, Carlos Marques, Waldir Fiori, Wolner Camargo, Neuza Tavares, entre tantos outros.

Domício Costa permaneceu no rádio por 44 anos, saindo em 1988, onde na época desempenhava a função de superintendente da Rádiobrás.

Fez televisão, na época da televisão ao vivo. Fez "TV de Vanguarda" na TV Tupi do Rio de Janeiro, ao lado de Lima Duarte, Fernanda Montenegro, Sérgio Brito, dentre outros.

No teatro participou de "Caiu o Primeiro de Abril" com Ary Fontoura, Sadi Cabral, Lourdes Mayer, e direção de Chico Anysio, no Teatro Rival.

Na dublagem entrou em 1958, na Ziv, uma produtora de dublagem fundada dentro dos estúdios da TV Rio, no posto 6, no antigo prédio do Cassino Atlântico, na Avenida Atlântica em Copacabana, por Carlos De La Riva, que também foi técnico de som na empresa. Lá participou dos filmes de Charlie Chan, e com isso ganhou na época um prêmio da produtora e distribuidora americana dos longas, a MCA, que foi uma visita aos estúdios da empresa nos Estados Unidos.

Uma outra curiosidade é que na empresa Ziv, percussora da dublagem no Rio de Janeiro e no Brasil, a remuneração dos dubladores era paga em dólares. Talvez por esses trabalhos serem mandados diretamente das distribuidoras, ou talvez pela própria empresa que era mexicana, e tinha a sede no Brasil comandada por Carlos De La Riva.

Domício Costa passou por outras empresas, como Cine Castro, TV Cinesom, Dublasom Guanabara, Herbert Richers, Televox, Telecine, VTI, Delart, Cinevídeo, entre muitas outras.

No começo dos anos 1970 foi o narrador da Cine Castro que dizia a frase "Versão Brasileira Cine Castro Rio de Janeiro e São Paulo", e também narrava nas séries, filmes e desenhos da empresa. Com a compra da Cine Castro, Domício Costa continuou na empresa até ela mudar o nome para Televox, onde foi narrador da empresa até o fechamento da mesma.

Na Telecine foi um dos narradores e era ele quem dizia "Biblioteca de Desenhos Animados, Versão Brasileira Telecine", quadro de desenhos produzidos pela MGM.

Entre seus trabalhos como dublador, Domício Costa ficou muito conhecido principalmente com os desenhos animados. Ele foi uma das vozes do Popeye nas dublagens feitas na Cine Castro, a partir de 1966. Chico Bola / Lobo Mau em "Droopy e Dripple", Mightor em "O Poderoso Mightor", Ruivão na segunda e mais conhecida dublagem de "Jambo e Ruivão", Prefeito em "As Meninas Superpoderosas", Leôncio em "Novo Pica-Pau", Dick Vigarista e o Muttley quando falava na primeira dublagem de "Máquinas Voadoras" e a segunda voz em "Corrida Maluca", Eustácio Resmungão em "Coragem, o Cão Covarde", Iroh em "Avatar - A Lenda de Aang", Zeus no longa-metragem "Hércules", a primeira voz na série "Hércules", a primeira voz do Prefeito em "As Meninas Superpoderosas: Geração Z", Devimon em "Digimon", dentre tantos outros.

Em filmes foi Frank McCloud interpretado por Humphrey Bogart em "Paixões em Fúria", James Bond interpretado por Sean Connery em "007 - Contra o Satânico Drº No" e a primeira dublagem de "Moscou Contra 007", Lord Voldemort interpretado por Richard Bremmer em "Harry Potter e a Pedra Filosofal", Sabata interpretado por Lee Van Cleef em "Sabata: O Homem Que Veio Para Matar", McCutcheon interpretado por Aubrey Morris em "Bordel de Sangue", Kasper Gutman interpretado por Sydney Greenstreet em "O Falcão Maltês", Comandante da Missão interpretado por Anthony Hopkins em "Missão Impossível 2", Heinrich Von Garten interpretado por Christopher Lee em "Rios Vermelhos 2 - Anjos do Apocalipse", Alan Gaskell interpretado por Clark Gable em "Mares da China", Richard Dadier interpretado por Glenn Ford em "Sementes da Violência", Curley interpretado por George Kennedy em "Os Filhos de Katie Elder", entre outros personagens.

Além disso também fez a voz de outros atores como Spancer Tracy em "A Mulher Absoluta" e "A Um Passo do Fim", Robert Taylor em "Estrada Proibida" e "Pecado e Redenção", Robert Mitchum em "Colinas da Ira" e "Paixão de Bravo", Charlton Heston em "A Marca da Maldade" e "As Aventuras de Buffalo Bill", entre outros.

Em séries fez Mestre Kan interpretado por Philip Ahn em "Kung Fu - A Lenda Continua", a primeira voz de Gamemnon Busmalis interpretado por Tom Mardirosian em "Oz - A Vida é Uma Prisão", entre outros.

Em novelas fez o Drº Mendive interpretado por Fernando Torre Laphame em "A Usurpadora", Miguel Beltrán interpretado por Mario Casillas em "O Privilégio de Amar", entre outros.

Na década de 1990, o documentarista Jacques Cousteau mandou uma carta de próprio punho elogiando a narração de Domício Costa em suas matérias que foram ao ar pelo Discovery Channel. Domício Costa ficou muito contente com esse elogio.

Trabalhou até 2006 como dublador, dedicando-se apenas ao rádio, no qual trabalhava no programa "Show do Antônio Carlos", que fazia das 6h00 às 9h00, na Rádio Globo Rio AM 1220 Khz, ao lado do também dublador Duda Espinoza.

Domício Costa veio a se aposentar em 2011 e foi morar com sua filha na Bahia, mas retornou a dublagem em 2013.

Ele era considerado um dos maiores dubladores de todos os tempos. Nas dublagens e narrações mais clássicas ouvimos sua voz, e apesar dos anos terem se passado, continuava com o mesmo timbre forte, de boa postura, e sempre com a brilhante interpretação, que só um mestre na dublagem sabia fazer.

Morte

Domício Costa faleceu na manhã de sábado, 05/03/2016, aos 87 anos no Rio de Janeiro, RJ. A causa da morte não foi revelada. A informação foi publicada na Fanpage do dublador Guilherme Brigss que escreveu:

"Faleceu hoje o querido Domício Costa, um dos clássicos atores de dublagem de nosso país e que eu tive o grande prazer de aprender muitas coisas através de seu trabalho e de nossas várias conversas pelos estúdios aqui do Rio de Janeiro. Entre seus trabalhos como dublador, Domício ficou muito conhecido principalmente com os desenhos como o Dick Vigarista, Eustácio em Coragem, o Cão Covarde, o Prefeito em As Meninas Superpoderosas, entre vários outros. Eu mesmo me inspiro muito no trabalho dele, com sua voz e interpretação extremamente ricas e deliciosas. Fique em paz e com Deus, mestre. Obrigado por tudo."

Trabalhos

  • Popeye (uma das vozes) em "Popeye" (versão Cine Castro)
  • Ito (Masanari Nihei) em "Ultraman"
  • Narrador dos desenhos da Warner Bros que dizia "Biblioteca de Desenhos Animados"
  • Narrador em "O Regresso de Ultraman"
  • Cobrinha Azul (segunda voz) em "Cobrinha Azul"
  • Chico Bola / Lobo Mau em "Droopy e Dripple"
  • Mightor em "O Poderoso Mightor" e "Harvey, o Advogado"
  • Ruivão em "Jambo e Ruivão" (segunda dublagem)
  • Narrador em "Sawamu o Demolidor"
  • Narrador em "A Pantera Cor-de-Rosa"
  • Prefeito em "As Meninas Superpoderosas"
  • Leôncio em "Novo Pica-Pau"
  • Dick Vigarista e Muttley em "Máquinas Voadoras" e "Corrida Maluca"
  • Eustácio Resmungão em "Coragem, o Cão Covarde"
  • Iroh em "Avatar - A Lenda de Aang"
  • Zeus em "Hércules" (longa-metragem) e (primeira voz) em "Hércules" (série)
  • Prefeito (primeira voz) em "As Meninas Superpoderosas: Geração Z"
  • Wilbur Cobb em "Ren e Stimpy"
  • Pai da Vaca e do Frango (segunda voz) em "A Vaca e o Frango"
  • Srº Burns (segunda voz) em "Os Simpsons"
  • Barão Strucker em "X-Men Evolution"
  • Draaga em "Liga da Justiça Sem Limites"
  • Fowler em "A Fuga das Galinhas" (longa-metragem)
  • Professor em "Os Flintstones nos Anos Dourados"
  • Bo em "Garfield e Amigos" (versão Sincrovídeo)
  • Devimon em "Digimon Adventure"
  • Hudson em "Gargoyles"
  • Lobo Mau em "Os Três Porquinhos"(longa-metragem)
  • Matagi em "Samurai Champloo"
  • Sarmoti em "O Rei da Selva" (longa-metragem)
  • Jackie em "Jackson Five"
  • Bobby em "Super Dínamo"
  • Thunderbolt em "Cavalo de Fogo"
  • Satã em "A Princesa e o Cavaleiro"
  • Professor Força em "Silverhawks"
  • Mágico Ramnizar em "Os Cavaleiros da Arábia"
  • Cardeal Glick (George Carlin) em "Dogma"
  • Fleegle (segunda voz) em "Banana Splits"
  • Athos (Van Heflin) em "Os Três Mosqueteiros"
  • Frank McCloud (Humphrey Bogart) em "Paixões em Fúria"
  • James Bond (Sean Connery) em "007 - Contra o Satânico Drº No"
  • James Bond (Sean Connery) em  "Moscou Contra 007" (primeira dublagem)
  • Lord Voldemort (Richard Bremmer) em "Harry Potter e a Pedra Filosofal"
  • Hickory / Homem de Lata (Jack Haley) em "Magico de Oz" (Telecine)
  • Gamemnon Busmalis (Tom Mardirosian) em "Oz - A Vida é Uma Prisão"
  • Stinger (James Tolkan) em "Top Gun - Ases Indomáveis"
  • Morrell (Patrick Godfrey) em "O Conde de Monte Cristo"
  • Mestre Kan (Philip Ahn) em "Kung Fu - A Lenda Continua"
  • Maxwell Dent (Jürgen Prochnow) em "Um Tira da Pesada 2"
  • Drº Charlie Humphries (Rufus Collins) em "Fome de Viver"
  • Gene Hackman em "O Assalto" e "Sem Saída"
  • Drº Mendive (Fernando Torre Laphame) em "A Usurpadora"
  • Richard Jones "Dick" (Ronny Cox) em "Robocop - O Policial do Futuro"
  • Cardeal Glick (George Carlin) em "Dogma"
  • Charlton Heston em "A Marca da Maldade" e "As Aventuras de Buffalo Bill"
  • Sabata (Lee Van Cleef) em "Sabata: O Homem Que Veio Para Matar"
  • McCutcheon (Aubrey Morris) em "Bordel de Sangue"
  • Kasper Gutman (Sydney Greenstreet) em "O Falcão Maltês"
  • Lord Wolfingham (Henry Daniell) em "O Gavião do Mar"
  • Captain Ross (John Randolph) em "King Kong"
  • Spancer Tracy em "A Mulher Absoluta" e "À Um Passo do Fim"
  • Robert Taylor em "Estrada Proibida" e "Pecado e Redenção"
  • Robert Mitchum em "Colinas da Ira" e "Paixão de Bravo"
  • Miguel Beltrán (Mario Casillos) em "O Privilégio de Amar"
  • Comandante da Missão (Anthony Hopkins) em "Missão Impossível 2"
  • Heinrich Von Garten (Christopher Lee) em "Rios Vermelhos 2 - Anjos do Apocalipse"
  • Roberts (Pat Hingle) em "O Resgate de Jéssica"
  • Técnico John Schiffner (Brian Dennehy) em "Jogadas de Verão"
  • Eyvind (Max Von Sydow) em "A Maldição do Anel"
  • Sargento Berger (Peter Lorre) em "A Cruz de Lorena"
  • Alan Gaskell (Clark Gable) em "Mares da China"
  • Alan Squier (Leslie Howard) em "Floresta Petrificada"
  • Richard Dadier (Glenn Ford) em "Sementes da Violência"
  • Curley (George Kennedy) em "Os Filhos de Katie Elder"
  • Profº Oliver Lindenbrook (James Mason) em "Viagem Ao Centro da Terra"
  • C.R. MacNamara (James Cagney) em "Cupido Não Tem Bandeira" (primeira dublagem)

Indicação: Miguel Sampaio

Mário Vilela

MÁRIO RIBEIRO VILELA
(71 anos)
Dublador

☼ São Paulo, SP (03/05/1934)
┼ São Paulo, SP (01/12/2005)

Mário Ribeiro Vilela, conhecido como Mário Vilela, foi um dublador brasileiro.

Mário Vilela começou a carreira como ator e entre seus trabalhos está a novela "Sombras do Passado" (1983) na TVS, trabalhando ao lado de Marcelo Gastaldi, Cecília Lemes, Walter Breda e José Parisi.

Na dublagem começou no final dos anos de 60 na Arte Industrial Cinematográfica (AIC). Entre seus trabalhos está o ator Edgar Vivar interpretando o Senhor Barriga na série "Chaves", e interpretando Botina, Garrafa, Detetive Cannon, Seu Severiano e diversos personagens em "Chapolin Colorado". Também dublou o ator no filme "Aventuras em Marte", que era um filme da série "Chapolin Colorado". Este sem duvida foi o seu maior trabalho, principalmente o Senhor Barriga, no qual era carinhosamente chamado pelos amigos de profissão de tão marcado que ficou esse personagem em Mário Vilela.

Mário Vilela também fez muitas dublagens em séries japonesas, como Buba interpretado por Yoshinori Okamoto e Gyoudai interpretado por Takeshi Watabe em "Esquadrão Relâmpago Changeman", na série "Patrine" fez o Deus Protetor, interpretado por Seijun Suzuki, na série "Spectreman" fez Takashi Ota interpretado por Kazuo Arai, também fez o Robô Kaima Metal Heavy dublado originalmente por Issei Futamasa em "Kamen Rider Black Rx", alem de ter feito pontas em "O Fantástico Jaspion", "Lion Man", "Jiban", entre outros.


Em séries infantis fez o Dono da Venda, o Rato de Boné interpretado por Shane McNamara em "Bananas de Pijamas".

Além de séries, Mário Vilela fez muitos desenhos, como Lenny em "Kissyfur", o vizinho de Rocko, Ed Cabeção em "A Vida Moderna de Rocko", foi o Blass em "Fly, o Pequeno Guerreiro", em "Os Cavaleiros do Zodíaco" foi Spika, em "Zillion" foi o Barão Ricks, no desenho dos anos 70 da "Família Addams" foi o Tio Chico, dentre outros.

Em filmes não era muito atuante, na maioria das vezes fazia apenas pontas, mas participou em alguns filmes como Landlord interpretado por Andy Devine em "A Pedra Azul", Carl interpretado por Walter Robles em "Os Mestres do Universo", foi o Papai Noel interpretado por Dennis Radesky em "Filadélfia", entre outros.

Em 2003 teve a honra de conhecer pessoalmente o ator Edgar Vivar no programa "Falando Fracamente", no SBT. Mário Vilela ficou muito emocionado, pois para ele Edgar Vivar, como também para os fãs, foi o maior trabalho de sua carreira, dentre todos os segmentos que já havia passado. E foi uma cena bem bonita para os que tiveram a oportunidade de assistir esse emocionante encontro.

Mário Vilela era diabético há muitos anos, e já havia tido vários problemas por causa da doença, como problema nas pernas. Veio a falecer vítima de problemas cardíacos também causados pelo diabete no dia 01/12/2005, deixando um legado na carreira e diversos fãs pelo país a fora.

Trabalhos

  • Edgar Vivar em "Chaves", "Chapolin" e "Aventuras em Marte"
  • Buba (Yoshinori Okamoto) e Gyoudai (Takeshi Watabe) em "Esquadrão Relâmpago Changeman"
  • Lenny em "Kissyfur"
  • Spika em "Os Cavaleiros do Zodíaco"
  • Blass em Fly o Pequeno Guerreiro
  • Ed Cabeção em "A Vida Moderna de Rocko"
  • Rato de Boné (Shane McNamara) em "Bananas de Pijamas"
  • Barão Ricks em "Zillion"
  • Senhor Jenkins em "Caillou"
  • Robô Kaima Metal Heavy (Issei Futamasa) em "Kamen Rider Black Rx"
  • Monstro Humanos (Episodios 14, 18 e 22) em "Lion Man"
  • Tio Chico em "A Família Addams" (Desenho dos anos 70)
  • Doc. Wilson (Michael Higgins) em "Deu a Louca nos Astros"
  • Baleia Dopey Dick, e personagens secundários em "Pica-Pau"
  • General em "As Novas Aventuras da Turma da Mônica"
  • Takashi Ota (Kazuo Arai) em "Spectreman"
  • Deus Protetor (Seijun Suzuki) em "Patrine"
  • Ben Parker (Segunda voz) e Rhino (Segunda voz) em "Homem Aranha" (Desenho anos 90)
  • Hardman em "Megaman"
  • Joseph Barbera em "Os Flintstones - I Yabba Dabba Do"
  • Scorpion / Sub-Zero em "Mortal Kombat"
  • Landlord (Andy Devine) em "A Pedra Azul"
  • Carl (Walter Robles) em "Os Mestres do Universo"
  • Papai Noel (Dennis Radesky) em "Filadélfia"
  • Hunk em "Voltron"
  • Presidente Alcazar (Subas Herrero) em "Comando Delta 2 - Conexão Colômbia"
  • Cyborg 007 em "Cyborg 009" (Série Original)
  • Gatão em "Tico e Teco e Os Defensores da Lei"
  • Pai da Lum em "Turma do Barulho"

Antonio Akira

ANTONIO AKIRA
(27 anos)
Dublador

☼ (1988)
┼ São Paulo, SP (26/07/2015)

Antonio Akira era conhecido por ter emprestado sua voz às séries "Cavaleiros do Zodíaco: Série Ômega" e "Teenage Mutant Ninja", versão atual de "Tartarugas Ninja"Antonio Akira fazia a voz do personagem Ryuho de Dragão em "Os Cavaleiros do Zodíaco" e ao tartaruga ninja Leonardo, em uma versão recente do desenho, em 2012.

"Os Cavaleiros do Zodíaco" foi transmitido pela primeira vez na década de 90, pela extinta TV Manchete, e se tornou um fenômeno do público infantil.

Já em 2004, foi reexibido pela Band, porém com algum trabalho de edição, já que o desenho original tinha bastante violência. A série dublada por Antonio Akira foi uma segunda fase do "Cavaleiros do Zodíaco", que estreou no Japão em 2012.

Entrevista Com Antonio Akira

Vamos conhecer um pouco mais sobre Antonio Akira o dublador do Ryuho da nova saga de "Cavaleiros do Zodíaco: Série Ômega". Akira, como prefere ser chamado, é um dublador novato, mais já com muita experiência na dublagem, tanto que antes do Ryuho, foi chamado para dublar o Leonardo na nova série das "Tartarugas Ninjas" da Nickelodeon.

01: Conte um pouco sobre você antes de conhecer a dublagem até o momento que você decidiu se tornar um dublador.
Akira: Eu fazia teatro antes de começar a dublar, acabei descobrindo que ia abrir uma escola de dublagem, no caso a Dubrasil, já tinha feito uma pequena oficina antes de dublagem, mas foi com o curso na Dubrasil que comecei a gostar ainda mais da profissão.

02: Fale dos seus primeiros trabalhos na dublagem.
Akira: Meu primeiro trabalho foi a dublagem de uma novela portuguesa, lembro que quando fiquei sabendo que tinha passado no meu primeiro teste para dublar numa novela quase nem acreditei, tinha pensado até que era um trote quando o estúdio me ligou dizendo que eu tinha passado no teste.

03: Como foi entrar no mundo dos animes dublando primeiramente o Nakahito e agora sendo presenteado com o Ryuho?
Akira: Foi muito marcante dublar o Nakahito mesmo não sendo um personagem tão conhecido pelos fãs de anime, primeiramente pelo fato de eu ter tido a chance de dublar no maior estúdio de dublagem de São Paulo que era a Álamo, e segundo por ter sido dirigido por uma das pessoas que mais admiro como profissional que é a Marli Bortoletto. Gostei muito do resultado desses anime. E sobre dublar o Ryuho é uma honra, pois faço parte de uma equipe de dubladores de diversas gerações, isso possibilita meu crescimento como profissional e sem falar do carinho que os fãs da série tem por nós, deixa nosso trabalho mais especial ainda.

04: Fale um pouco sobre o Nakahito.
Akira: O Nakahito era um garoto tímido e muito medroso, até que acidentalmente beija uma androide que se apaixona por ele. Ao passar dos episódios ele se vê envolvido em situações que forçam ele deixar o medo de lado e isso faz com que ele amadureça.



05: Agora vamos para "Cavaleiros do Zodíaco, Ômega": Qual foi sua sensação ao ganhar o Ryuho e participar da continuação da série que chega para inovar?
Akira: Nem sei explicar a reação quando soube que tinha ganhado o teste. Ainda não caiu a ficha que vou dublar um anime tão icônico para uma geração inteira que cresceu assistindo esse anime. Fico ansioso também para saber a reações dos fãs aos assistirem a versão dublada, pois eles são muito exigentes. Mas uma coisa eu digo, estamos dublando "Cavaleiros do Zodíaco" com todo o carinho possível.

06: Você pode contar alguma novidade sobre o Ômega?
Akira: Bom, dublei só os primeiros episódios então não aconteceu muita coisa de marcante para que eu possa adiantar para os fãs que ainda não viram ao anime. Em relação aos dubladores geralmente eu fico sabendo quem vai dublar quem quando a notícia sai nos sites.

07: O que você espera do Ryuho?
Akira: Espero que meu trabalho possa ficar mais conhecido pelo Brasil , agradando todos os fãs da série e assim possa me trazer mais personagens tão especiais como o Ryuho.

08: Mande uma mensagem para os fãs de "Cavaleiros do Zodíaco".
Akira: Queria agradecer a todos os fãs pelas mensagens de incentivando nosso trabalho e dizer que o carinho deles faz uma grande diferença na hora em que vamos dublar. Continuem assim!

09: Agora vamos para outro trabalho conhecido seu: É o Leonardo, como anda a dublagem de "Tartarugas Ninjas".
Akira: A dublagem das "Tartarugas Ninja" também está a todo vapor, um trabalho muito especial pra mim também espero que a segunda temporada chegue logo no Brasil.

10: Para terminar mande uma mensagem especial para os amantes da dublagem.
Akira: Quero agradecer pelo carinho que eles tem por nosso trabalho!

Morte

Antônio Akira morreu em São Paulo no domingo, 26/07/2015, aos 27 anos, vítima de uma meningite fúngica, uma bactéria que se alojou no cérebro e depois passou para os pulmões, depois de ficar internado por duas semanas no Hospital da Luz, na Vila Mariana, Zona Sul da capital paulista.

A notícia foi confirmada pelo dublador Robson Kumode, amigo de Antonio Akira, a quem considerava um irmão. Segundo ele, no início do mês de julho de 2015, o jovem sentiu fortes dores de cabeça e acabou sendo internado no Hospital da Luz, na Vila Mariana, por duas semanas. Os médicos identificaram que ele tinha meningite do tipo fúngica, que acabou causando uma pneumonia.

"Ele teve quatro paradas cardíacas, e acabou entrando em coma. No domingo pela manhã, depois de um exame clínico, os médicos disseram que ele não resistiria, e fariam exames para confirmar a morte cerebral. À noite ele teve mais duas paradas cardíacas e faleceu por volta das 21:00 hs"

O corpo do jovem foi velado no Cemitério da Vila Mariana, na segunda-feira, 27/07/2015, e cremado no fim da tarde no Crematório Vila Alpina.

Antonio Akira tinha dois irmãos por parte de pai, e era o único filho por parte de mãe. Segundo Robson Kumode, a família ficou bastante abalada. O dublador lembra que ele e Antonio Akira começaram a trabalhar juntos em São Paulo.

"Conheci ele há dez anos, e éramos muito amigos. Começamos juntos, e as pessoas até confundiam a gente. E moramos juntos com outro amigo dublador. Era como se fosse um irmão, e ele me consultava para falar as coisas, me procurava para puxar a orelha dele!"

Nas redes sociais, centenas de fãs do dublador deixaram mensagens de carinho. Muitos lembraram os personagens Ryuho e Leonardo, e deixaram mensagens de apoio os familiares do rapaz.

Indicação: Miguel Sampaio

Gastão Renné

GASTÃO RENNÉ
Dublador


Gastão Renné foi um dublador Paulista. Ingressou na dublagem no início da Arte Industrial Cinematográfica (AIC), por volta de 1962. Desde o início foi escalado para desenhos de Hanna Barbera, o qual ao lado de Older Cazarré, Waldir Guedes e Roberto Barreiros, era um dos dubladores mais atuantes e brilhantes para dublar desenhos. Gastão Renné tinha uma voz forte, porem afinava-a, e por esses falsetes era muito escalado para desenhos, mas também fazia participações com sua voz original.

Entre os desenhos mais famosos dublados por Gastão Renné estão Batatinha e Guarda Belo em "Manda-Chuva", Homem-Mola em "Os Impossíveis", o rato Ploc em "Plic, Ploc e Chuvisco", Patinho Duque em "O Patinho Duque", o homem das cavernas Ughi em "Dino Boy e o Vale Perdido", Pernalonga na primeira dublagem do coelho no Brasil, sendo redublado pela Herbert Richers nos anos de 1970, entre outros.

Gastão Renné teve poucas participações em series, seu carro chefe eram os desenhos animados. Não temos informações de onde Gastão Renné veio nem de quando nasceu, nossa única fonte de informação é uma pequena citação de Older Cazarré e Roberto Barreiros na extinta "Revista do Rádio", datada de dezembro de 1967, na qual é citado o seu falecimento, vítima de um ataque cardíaco. Gostaríamos também de ter conseguido uma fotografia e também a sua biografia completa, porém nem sites especializados em dublagem possuem qualquer material a respeito. 

Certa vez, em entrevista a um site, Lima Duarte agradeceu a Gastão Renné por toda a ajuda que lhe deu para dublar Manda-Chuva, pois o personagem fala rápido demais e isso dificultava ao dublador.

Para os fãs das dublagens originais, sobretudo em desenhos, fica aqui registrado o magnífico desempenho de mais um artista brasileiro que infelizmente ficou no anonimato.

Trabalhos

  • Batatinha e Guarda Belo em "Manda-Chuva"
  • Homem-Mola em "Os Impossíveis"
  • Ploc em "Plic, Ploc e Chuvisco"
  • Patinho Duque em "O Patinho Duque"
  • Ughi em "Dino Boy e o Vale Perdido"
  • Professor Tolom-Tolom em "O Urso Cerebral" em "Zé Colméia"
  • Zé Macaco em "Jacaré de Araque" em "Wally Gator"
  • Caçador em "Operação Major" em "Leão da Montanha"
  • Pernalonga em "Looney Tunes"

Fonte: Casa da Dublagem e Universo AIC
Indicação: Paulo Américo Garcia

Líria Marçal

LÍRIA MARÇAL
(61 anos)
Atriz e Dubladora

☼ Lins, SP (06/06/1935)
┼ São Paulo, SP (08/07/1996)

Líria Marçal foi uma atriz e dubladora brasileira, celebrizada principalmente por ter dublado Jeannie na famosa série "Jeannie é Um Gênio" (1965-1970).

Líria Marçal nasceu em 06/06/1935 em Lins, SP e começou a carreira no rádio como radio-atriz. Depois foi para o cinema aonde fez os filmes "Helena" (1961), "Lá no Meu Sertão" (1962), "Tortura d'Alma"  (1964) e "Eu Amo Esse Homem" (1964).

Em 1965 entrou para a Rede Globo aonde fez a novela "O Ébrio".

Em 1968 foi para a Rede Bandeirantes aonde fez a novela "Nunca é Tarde Demais" (1968), aonde fazia a protagonista, ao lado dos também dubladores José Miziara, Aldo César e Mara Di Carlo, depois fez a novela "Asas São Para Voar" (1970).

Na dublagem entrou no início dos anos 60 na Artes Industriais Cinematográficas (AIC). A grande maioria de seus trabalhos foram feitos na AIC, mas Líria Marçal também dublou na BKS, mais já não com tanta frequência. Permaneceu dublando na BKS até meado dos anos 80.

Entre suas dublagens estão Jeannie interpretada por Barbara Eden na série "Jeannie é Um Gênio", seu trabalho mais conhecido. Também fez Victoria Cannon interpretada por Linda Cristal na primeira dublagem da série "Chaparral", a segunda voz de Victoria Barkley interpretada por Barbara Stamwick na série "Big Valley", Rosemary Sidney interpretada por Rosalind Russell no filme "Férias de Amor", Patricia Stanley "Pat" interpretada por Carole Gray no filme "A Maldição da Mosca", Karen Holmes interpretada por Deborah Kerr no filme "A Um Passo da Eternidade", a atriz Rita Hayworth nos filmes "A Dama de Shanghai" e "Lábios de Fogo".

Líria Marçal faleceu em São Paulo, SP, no dia 08/07/1996.

Dublagens

  • Jeannie (Barbara Eden) em "Jeannie é Um Gênio"
  • Jeannie em "Jeannie" (Desenho)
  • Victoria Cannon (Linda Cristal) em "Chaparral" (Primeira Dublagem)
  • Rosemary Sidney (Rosalind Russell) em "Férias de Amor"
  • Drª Lureen Elkins (Collin Wilcox Paxton) em "Tubarão 2"
  • Melanie Daniels (Tippi Hedren) em "Os Pássaros"
  • Ann Thorn (Lee Grant) em "Damien - A Profecia 2"
  • Rainha Taramis (Sarah Douglas) em "Conan - O Destruidor"
  • Patricia Stanley "Pat" (Carole Gray) em "A Maldição da Mosca"
  • Karen Holmes (Deborah Kerr) em "A Um Passo da Eternidade"
  • Rita Hayworth em "A Dama de Shanghai" e "Lábios de Fogo"
  • Drª Sandra Mornay (Lenore Aubert) em "Abbott e Costello As Voltas Com Fantasmas"
  • Victoria Barkley (Barbara Stamwick) segunda voz em "Big Valley"

Novelas

  • 1970 - As Asas São Para Voar (TV Bandeirantes)
  • 1968 - Nunca é Tarde Demais (TV Bandeirantes)
  • 1965 - O Ébrio (TV Globo)
  • 1964 - Eu Amo Esse Homem (TV Paulista)
  • 1964 - Tortura d'Alma (TV Paulista)

Filmes

  • 1932 - Luar do Meu Sertão

Milton Rangel

MILTON SALGADO RANGEL
(44 anos)
Dublador

☼ Maria da Fé, MG (19/05/1927)
┼ (06/03/1972)

Milton Salgado Rangel foi um dublador carioca, nascido em 19/05/1927 em Maria da Fé, Minas Gerais. Começou a carreira no rádio, e entre várias emissoras que trabalhou está a Rádio Nacional, no qual trabalhou por cerca de 20 anos. Na Rádio Nacional fez os mais diversos personagens, entre eles podemos citar "Jerônimo - O Herói do Sertão", que esteve por quase 20 anos no ar, a novela "Moisés Weltman" que ficou no ar por 18 anos, entre outros.

Em "Jerônimo - O Herói do Sertão", onde interpretava o Jerônimo, fazia parceria com Cauê Filho que interpretava o Moleque Saci. Essa rádio-novela foi a mais famosa do rádio brasileiro, tendo tido outras cópias, como na Rádio São Paulo como "Juvêncio, o Herói do Sertão", entre outros.

Milton Rangel também viveu o Centurião na rádio-novela mais clássica do rádio brasileiro "A Paixão de Cristo".

Em 28/08/1965 foi o narrador ao lado de Roberto Faissal do programa "Os 24 Anos do Repórter Esso" na Rádio Nacional.

Milton Rangel era sobrinho de Plínio Salgado, que fundou em 1932 a Ação Integralista Brasileira (AIB).

Na dublagem, Milton Rangel, entrou no início da mesma, em 1958, no Rio de Janeiro, na Cinelab, empresa que começou na mesma época que a Ziv, mas que tinha um fluxo maior de profissionais, e foi a grande escola da dublagem, pois obteve primeiro que a Ziv todo aquele elenco que se tornariam os grandes dubladores do Brasil. Milton Rangel também chegou a trabalhar na Ziv.

Na CinelabMilton Rangel além de dublador era diretor de dublagem, mesmo sem conhecer direito aquela arte. Como os demais colegas, foi aprendendo e ensinando ao mesmo tempo, e com isso se tornou um dos grandes diretores de dublagem da história do país, lembrado até hoje pelos amigos. Milton Rangel também foi o protagonista de duas das primeiras séries dubladas no Rio de Janeiro, Bret Maverick na série "Maverick" pela Cinelab, e Bat Masterson na série homônima na Ziv.


Com o fim das dublagens na Cinelab, e com a Ziv já fechada há algum tempo, Milton Rangel foi para a Rio Som, aonde desempenhou seu trabalho como diretor e dublador. Anos depois foi para a Cinecastro desempenhar os mesmos cargos, e também se tornou o narrador da empresa por um tempo. Também trabalhou na Dublasom Guanabara e na Herbert Richers, sendo que na última também desempenhou o trabalho de diretor de dublagem.

Entre suas dublagens estão personagens em desenhos como Zandor em "Os Herculóides", Os Irmãos Bacalhau capangas de Silvestre Soluço na primeira dublagem de "Os Apuros de Penélope Charmosa", Rei Pomp de Liliput, o pai da loirinha Flirtácia em "As Aventuras de Gulliver", Espoleta na segunda e clássica dublagem do longa-metragem "Pinóquio", narrador na primeira dublagem do desenho "George, o Rei da Floresta", o guia sueco Lars, fazendo parte da expedição do Professor Lindenbrook, e o corcunda Torg, que era capanga do Conde Saknussen em "Viagem Ao Centro da Terra", entre outros.

Em filmes fez Henry Fonda em "Paixão dos Fortes", Errol Flynn em "Contra Todas as Bandeiras", Gregory Peck em "Círculo do Medo", Gene Kelly em "A Senhora e Seus Maridos", Richard Devon em "Os Comacheros", entre outros.

Em séries foi a voz do atrapalhado Herman Monstro na primeira dublagem de "Os Monstros", também foi a voz de Rick Ricardo na segunda dublagem, também clássica de "I Love Lucy", foi Hayata o Ultraman na série de mesmo nome, Bret Maverick em "Maverick"William Barclay 'Bat' Masterson (Gene Barry) em "Bat Masterson", entre outros.

Infelizmente Milton Rangel veio a falecer precocemente em 06/03/1972, aos 44 anos, deixando esposa e três filhos. Após a morte, Milton Rangel foi homenageado pela Herbert Richers, a qual deu seu nome a um de seus estúdios, e mantido assim até o final da empresa, que aconteceu 40 anos depois.

Jacyra Domingues, Nely Amaral e Milton Rangel
Alguns Trabalhos


  • Zandor em "Os Herculóides"
  • Wyatt Earp (Henry Fonda) em "Paixão dos Fortes"
  • Esteban (Richard Devon) em "Os Comacheros"
  • Herman Monstro (Fred Gwynne) em "Os Monstros"
  • Rick Ricardo (Desi Arnaz) em "I Love Lucy" (Segunda Dublagem)
  • Brian Hawke (Errol Flynn) em "Contra Todas As Bandeiras"
  • Sam Bowden (Gregory Peck) em "Círculo do Medo"
  • Os Irmãos Bacalhau em "Os Apuros de Penélope Charmosa" (Primeira Dublagem)
  • Hayata / Ultraman (Susumu Kurobe) em "Ultraman"
  • Espoleta em "Pinóquio" (Longa-Metragem - Segunda Dublagem)
  • Rei Pomp de Liliput em "As Aventuras de Gulliver"
  • Pinky Benson (Gene Kelly) em "A Senhora e Seus Maridos"
  • Narrador em "George, o Rei da Floresta" (Primeira Dublagem)
  • Richard Vance e Sua Sombra em "O Sombra"
  • Lars e Torg em "Viagem Ao Centro da Terra"
  • Bret Maverick (James Garner) em "Maverick"
  • William Barclay 'Bat' Masterson (Gene Barry) em "Bat Masterson"

Indicação: Miguel Sampaio

Jorgeh Ramos

JORGEH JOSÉ RAMOS
(73 anos)
Ator, Dublador e Locutor

* Recife, PE (03/02/1941)
+ Porto Alegre, RS (01/12/2014)

Jorgeh José Ramos foi um ator, dublador e locutor brasileiro, nascido em Recife, PE. Começou a carreira no teatro aos 16 anos. Na televisão começou no começo dos anos 60 na TV Jornal do Comercio em Recife, PE, participando de tele-teatros, que eram apresentados ao vivo.

Alguns anos depois foi tentar carreira em São Paulo, aonde permaneceu alguns anos e depois foi para o Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro começou a carreira de locutor a pedido de Carlos De La Riva na Peri Filmes, no qual exerceu a carreira até os dias de hoje.

Uma de suas narrações mais famosas são as narrações feitas para o cinema anunciando os filmes de estréia, no qual ele narra desde o final dos anos 70 até os dias de hoje com a famosa frase: "Sexta, nos cinemas!".

Jorgeh Ramos também foi escritor e diretor de peças teatrais, e atualmente tinha um projeto chamado "Gargarullo", que era aberto para todos os tipos de artes cênicas, com o objetivo de ensinar e profissionalizar quem tinha interesse no assunto. O instituto localiza-se no interior do Rio de Janeiro.

Como dublador começou por volta de 1966 quando foi para São Paulo. Trabalhou na extinta Arte Industrial Cinematográfica (AIC São Paulo) por 3 anos, quando mudou-se para o Rio de Janeiro. Lá ele entrou para a TV Cine Som, Peri Filmes e ao mesmo também entrou para direção de dublagem. Entre os locais em que Jorgeh Ramos mais dublou constam também a Herbert Richers e a Tecnisom.

Apesar de Jorgeh Ramos dividir sua vida entre escrever, dirigir peças e locuções, também arrumou tempo para a dublagem, no qual conseguiu atuar tanto na direção quanto na dublagem de personagens.

Entre suas dublagens estão os desenhos como Zé Buscapé em "A Arca do Zé Colméia", Grande Polegar em "Grande Polegar: Detetive Particular", Dom Pixote em "A Arca do Zé Colméia" e "Os Ho-Ho-Límpicos", Robert Hawkins em "Super Choque", Frank Marlon em "Trigun", Jafar em "Aladdin" (Série), Kawara Heitarou em "Samurai Champloo", além de muitos longas-metragens pra Disney como Scar em "O Rei Leão", Psiquiatra em "A Bela e a Fera", narrador dublado originalmente por Roscoe Lee Browne em "Babe, o Porquinho Atrapalhado" e "Babe, o Porquinho Atrapalhado na Cidade", Rothbart em "A Princesa Encantada", Rasputin em "Anastásia", entre tantos outros.

Em filmes fez Peter McCallister interpretado por John Heard em "Esqueceram de Mim I" e "Esqueceram de Mim II - Perdido Em Nova York", Cardeal Richelieu interpretado por Tim Curry em "Os Três Mosqueteiros", Exterminador interpretado por Arnold Scharzenegger na primeira dublagem de "O Exterminador do Futuro", George Banks interpretado por Steve Martin em "O Pai da Noiva", Doutor Sam Litvack interpretado por Steven Gilborn em "Doutor Dolittle", Capitão Patrick Hendry interpretado por Kenneth Tobey em "O Monstro do Ártico", Robert Deguerin interpretado por James Caan em "Queima de Arquivo", Godefroy de Papincourt interpretadopor Jean Reno em "Os Visitantes - Eles Não Nasceram Ontem", Isaak O’Day interpretado por Delroy Lindo em "Romeu Tem Que Morrer", Anthony Bridewell interpretado por Tom Helmore em "A Máquina do Tempo", Frank W. Wead ainda novo interpretado por John Wayne em "Asas de Águia", Jed Clampett interpretado por Jim Varney em "A Família Buscapé", alem de ter feito o ator Gene Hackman em "Julgamento Final", na segunda dublagem de "Sem Saída", entre outros.


Em séries fez a primeira voz do Capitão Benjamin Franklin Pierce "Falcão" interpretado por Alan Alda em "M.A.S.H.", a primeira voz do Senhor John Walton interpretado por Ralph Waite em "Os Waltons", entre outros.

Jorgeh Ramos tinha uma voz muito conhecida tanto nas narrações quanto nos filmes e desenhos. Com esta voz sempre forte e entonada ele marcou gerações. Como um dos grandes profissionais da dublagem no Brasil, Jorgeh Ramos possui uma extensa carreira na dublagem. Muito conhecido, nos últimos anos, por narrar a propaganda de um filme para o cinema, esteve também, por um período curto, no estúdio da Arte Industrial Cinematográfica (AIC São Paulo).

Sua passagem pela AIC data de 1966/1967, onde sempre foi muito requisitado para dublar vilões, cientistas obcecados, etc. É dessa época as suas participações em séries como "Missão Impossível", "Big Valley" e, principalmente, a 2ª temporada de "Viagem Ao Fundo do Mar" onde esteve presente quase em 50% dos episódios. Em todas as suas participações sempre recebia o papel do vilão.

Ao ser lançada no Brasil em dezembro de 1966, a série "Perdidos No Espaço" trouxe um personagem muito diferente: um robô. Uma das maiores sensações da série para a garotada, e Jorgeh Ramos foi escalado para dublá-lo a partir do episódio nº 4, "Terra de Gigantes", indo até o episódio nº 19, "O Fantasma do Espaço", sendo a partir do episódio seguinte, substituído por Amaury Costa. O curioso é que nessa fase de "Perdidos No Espaço", o robô também era meio vilão, uma vez que seguia as ordens do Drº Smith.

Jorgeh Ramos saiu de "Perdidos No Espaço" porque saiu também da AIC, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde participa ativamente como dublador e diretor de dublagem no estúdio TV Cine Som. A série "Os Invasores" reúne, talvez, o maior número de participações, uma vez que o estúdio estava iniciando e possuía um número ainda pequeno de dubladores.

Com o encerramento da TV Cine e Som, Jorgeh Ramos mudou para a Herbert Richers, onde também foi diretor de dublagem e dublou personagens importantes, todos no início da década de 70. São desse período a dublagem de Lee Majoors na série "O Homem de Seis Milhões de Dólares" (primeira voz), assim como a de Ralph White (John Walton) também a primeira voz e diversas participações em filmes e outras séries como, por exemplo, "Columbo".

Os desenhos não ficaram de fora, assim Jorgeh Ramos dublou Dom Pixote em "A Turma de Zé Colméia", "Carangos e Motocas", "Grande Polegar, Detetive Particular", etc.

A partir do final da década de 70, foi convidado a ser o narrador para os traillers dos filmes que seriam exibidos no cinema. Trabalho que ainda realizava.

A dublagem voltou a pedir vilões para os desenhos da Disney. Assim, desde a década de 90 fez diversos, tais como Jafar no desenho "Aladim", e um dos mais inesquecíveis trabalhos, o leão Scar, em "O Rei Leão". Dessa forma, surgiram outros vilões em desenhos para o cinema, como Rasputin em "Anastácia".

Jorgeh Ramos tem mais de 10 mil trailers narrados em português. 

Morte

Jorgeh Ramos faleceu na segunda-feira, 01/12/2014, em Porto Alegre, RS, aos 73 anos. Seu quadro de saúde, que já estava frágil devido a um câncer descoberto há um ano, se agravou com uma pneumonia.

Antes de falecer, ele esperou meses por um transplante de rim em Porto Alegre. Apesar de mal conseguir andar, ele continuava a trabalhar em sua casa.

No Facebook, fãs de Jorgeh Ramos prestaram suas homenagens na página Jorgeh Ramos - A Voz do Cinema.

Indicação: Luiz Carlos (Lucs-DF)

Julio Cezar Barreiros

JULIO CEZAR BARREIROS
(57 anos)
Dublador

* (05/08/1956)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/07/2014)

Julio Cezar Barreiros marcou uma geração como o Indiana Jones, além de vários outros filmes de Harrison Ford. Ele também fez a voz de personagens marcantes como Robocop, Papai Smurf e Homer Simpson. Julio Cezar Barreiros fez a voz do patriarca de "Os Simpsons" do 5º episódio da 8ª temporada ao final da 14ª temporada. Antes dele, Waldyr Sant'anna dublou Homer Simpson. Desde o 10º episódio da 18ª temporada, Carlos Alberto Vasconcelos é o responsável pela voz de Homer Simpson.

Julio Cezar Barreiros trabalhou também em filmes como "Loucademia de Polícia", além de ter dublado o pai de Ferris Bueller em "Curtindo a Vida Adoidado", e o Destruidor em "Tartarugas Ninja" nas décadas de 1980 e 1990.

Entre seus trabalhos mais recentes está o Rei Leônidas, interpretado por Gerard Butler em "300".

Na carreira, dirigiu ainda traduções de filmes em empresas como Herbert Richers e VTI-Rio.


Morte

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, Julio Cezar Barreiros passou mal na noite de quarta-feira, 02/07/2014, e foi levado ao Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro. Ele morreu na madrugada de quinta-feira, 03/07/2014, aos 57 anos, por conta de um acidente vascular embólico no aparelho digestivo. A equipe médica lutou para contornar os danos causados por uma insuficiência dos órgãos, decorrente de uma hemorragia gástrica.

O enterro ocorreu na sexta-feira, 04/07/2014, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

Julio Cezar Barreiros deixou família, três filhas e uma legião de fãs apaixonados pelo gordinho amarelo mais amado do mundo. Ser dublador é dar vida aos personagens que mais gostamos e muitos ficam marcados pelas vozes em português.

A irmã do dublador Ana Lúcia Barreiros lamentou a perda e lembrou da felicidade do irmão.

"Conheci poucas pessoas que viveram a vida tão intensamente como meu irmão. Ele sem dúvida foi muito feliz!"
(Ana Lúcia Barreiros)

"Ele foi um dos pioneiros da dublagem no Brasil, o que nos enche de orgulho. Vai deixar saudades!"
(Caio Barbieri - Sobrinho de Julio Cezar Barreiros)


Indicação: Miguel Sampaio

Paulo Monte

PAULO MONTE
(92 anos)
Ator, Apresentador, Dublador e Produtor

* (27/02/1921)
+ (13/02/2014)

Paulo Monte seguindo vocação artística dedicou-se ao canto. Começou sua carreira cantando, atuando então, nas rádios Mayrink Veiga, Cruzeiro do Sul e Educadora. Sua especialidade: músicas norte-americanas.

Logo após ingressou na orquestra de Carlos Machado participando dos shows dos antigos cassinos da Urca, Icaraí, Copacabana e Atlântico. Fez várias temporadas em Buenos Aires, tendo atuado na Rádio Belgrado.

Em 1945 viajou para os Estados Unidos, onde foi contratado pelo Copacabana Night Club de New York. Em seguida fez várias tournées com a orquestra dos Lecuona Cuban Boys, visitando 32 cidades norte-americanas. Desta feita divulgando a música popular brasileira.

Em 1946 cantando e apresentando shows, permaneceu durante oito meses nas cidades do México e Acapulco.

Em 1947 retornou aos Estados Unidos fixando-se na Califórnia, na cidade de Los Angeles. Ingressou na University Of Califórnia Letter And Arts (UCLA) fazendo um curso de arte dramática com a famosa atriz russa Maria Ouspenkaya. Completou o curso de fonética da língua inglesa na mesma universidade.

Integrou de 1956 a 1958 o elenco do Teatro Moinho de Ouro na TV Rio canal 13.

Em 1959 inaugurou a TV Continental, canal 9, na qualidade de ator, produtor, escritor e apresentador.

Em 1960 transferiu-se para a TV Tupi, canal 6, apresentando artistas internacionais como Les PaulMary Ford, Dorothy Dandridge, Julie  London e Sammy Davis Jr. Apresentou o programa "Qual é o Assunto?" e produziu e apresentou "Onde Está O Erro?".

Em 1961 foi eleito pelo O Globo, Radiolândia, Cinelândia e Rádio Globo, o melhor animador do ano, produzindo e apresentando nos canais 6 e 13 os seguintes programas: "A Grande Canastra Royal", "Sua Majestade o Cartaz" e "É Pra Cabeça".

Em 1962 apresentou na TV Rio, canal 13, o programa "Estampas Eucalol". Produziu e apresentou o programa "Cheque Mate Matinal".

Paulo Monte (Foto: Memória Globo)
Entre 1963 e 1964 produziu e apresentou na TV Excelsior de São Paulo o programa infantil "Brincando na Floresta". Na TV Excelsior do Rio de Janeiro, o programa "Bambino". Na TV Tupi, canal 6, apresentou os programas diurnos "Cássio Muniz" e "Ultralar".

Concomitantemente pertenceu ao quadro de funcionários da Itapetininga Propaganda - Departamento de Rádio e Televisão.

Em 1965 inaugurou a TV Globo, canal 4, sendo contratado  na qualidade de apresentador, ator e produtor.

Em 1967 viajou aos Estados Unidos para atualização e ampliação de conhecimentos dos meios de propaganda, na rádio e TV americana. Na TV Tupi apresentou, produziu e dirigiu os seguintes programas: "Programa Paulo Monte", "Notas e Notas", "O Contador de Estórias" e "Torneio Inter Colegial".

Em 1968 produziu e apresentou na TV Rio o programa "Toque Para Ganhar".

Em 1970 apresentou, produziu e dirigiu na TV Rio o programa "Cidade Em Ritmo". Nesse programa lançou o concurso "O Brasil é Assim", com a colaboração da assessoria especial de relações públicas da presidência da república no Estado da Guanabara e do jornal Última Hora.

Em janeiro de 1971 criou uma série de programas para a TV intitulado "Qual é o Problema?" focalizando problemas integrados ao interesse popular. "Qual é o Problema?" foi transmitido pela TV Rio, às sextas-feiras, no horário das 23:00 hs e alcançou ampla receptividade perante o público telespectador.

Em 1973 foi relações públicas da Riotur.

Em 1974 recebeu o diploma de Consultor Técnico de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, outorgado pela Riotur, presidente Victor Pinheiro, e Flumitur, presidente Pedro Affonso Mibieli de Carvalho.

De 1983 a 1990 foi relações públicas da Linhas Aéreas Suíças (Swissair). Nesta empresa recebeu, em 1987, em Zurique, o prêmio de melhor relações públicas do mundo, entre os 35 relações públicas da Swissair espalhados pelo mundo. Vale destacar, também, que foi a primeira vez em que a empresa conferiu esse prêmio.

De 1984 a 1986 foi assessor chefe da Assessoria de Comunicação da Riotur e presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, reeleito para 1986/1988.

Paulo Monte e Virgínia Lane (Foto: Memória Globo)
Jubileu de Prata

Em 1971 lançou, na antiga TV Rio, o programa "Show de Turismo", divulgando o que há de mais significativo no turismo nacional e internacional.

Em janeiro de 1978, "Show de Turismo" estreou na TV Bandeirantes, canal 7, onde no dia 08/07/1996 comemorou o recorde de 25 anos de apresentações ininterruptas. "Show de Turismo", programa pioneiro e único no gênero a atingir essa longevidade na televisão brasileira.

As últimas apresentações do "Show de Turismo" foram na TV Bandeirantes do Rio de Janeiro. A atração contava com a participação das jornalistas Sônia Monte, sua esposa, e Adriana Azevedo.


Estados Unidos


Em Hollywood participou dos seguintes filmes:
  • Road to Marroco, Road to Rio (Paramount)
  • The Indian (Republic Pictures)
  • Thrill Of Brasil (Columbia Pictures)
  • Song Of The Thin Man (Metro Goldwynn Mayer)
  • We Were Strangers (Columbia Pictures)

Contratos com a Columbia Pictures, Paramount e Metro-Goldwyn-Mayer. Estágio na Columbia Broadcasting System (CBS) rádio e televisão.

Teatro:
  • Diamond Lil (Broadway)

Brasil

Cinema:
  • Sai de Baixo (Herbert Richers)
  • Gigante de Pedra (São Paulo)

Teatro (Peças em que atuou em papéis principais):
  • Helena Fechou a Porta
  • A Morte Do Caixeiro Viajante
  • Papai Lebonard
  • O Diálogo Das Carmelitas
  • Aconteceu Naquela Noite
  • É Preciso Viver
  • Sabrina
  • A Rainha Do Ferro Velho
  • Timbirá
  • Um Deus Dormiu Lá Em Casa
  • Duelo De Amor
  • Brasileiros Em Nova York

Rádio (Produção, Script e Locução):
  • Assim é Hollywood (Rádio Jornal do Brasil)
  • Rodando Com a Música (Rádio Eldorado)
  • Quem Manda é o Cliente (Rádio Eldorado)
  • Sinceramente Seu (Rádio Eldorado)

Televisão Programas:
  • Manoel de Nóbrega
  • Tele Teatro Continental
  • O Câmera Se Diverte

Programas (Como apresentador):
  • Festa Em Casa
  • Os Maiores Espetáculos Do Globo
  • Terra De Nossa Gente
  • Entrevistas Políticas
  • Bairro Feliz

Novelas (Como ator):
  • Um Rosto De Mulher
  • Amargo Verão


Foi criador do programa "Tele-cace", obra beneficente de Dona Stela Marinho.

Também trabalhou durante vários anos dublando filmes americanos para a Cine Castro.

Fonte: Cine e Magia, Band.com.br e Sônia Monte Assessoria, Produções, Cerimonial, Jornalismo e Turismo
Indicação: Miguel Sampaio

Cláudio Cavalcanti

CLÁUDIO MURILLO CAVALCANTI
(73 anos)
Ator, Diretor de TV, Produtor Teatral, Escritor, Tradutor, Cantor, Dublador, Radialista e Político

* Rio de Janeiro, RJ (24/02/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/09/2013)

Cláudio Murillo Cavalcanti foi um ator, diretor de TV, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador, radialista e político brasileiro. É considerado um dos mais importantes nomes do cenário artístico brasileiro.

Foi homenageado com várias condecorações, entre elas a Medalha Tiradendes, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) e a Medalha General Zenóbio da Costa, pelo Exército brasileiro. É também Comendador do Exército brasileiro com a Medalha do Pacificador.

Cláudio Cavalcanti foi casado desde 1979 com Maria Lucia Frota Cavalcanti, psicóloga e atriz, com quem dividiu o palco inúmeras vezes. Ambos são vegetarianos e ativistas dos direitos dos animais, e sua mulher foi a criadora da Secretaria Municipal de Defesa dos Animais, na cidade do Rio de Janeiro, exercendo o cargo de Secretária Municipal de 01/2001 a 02/2005.

Cláudio Cavalcanti iniciou a carreira de ator em 13/12/1956, aos 16 anos de idade, no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC), atuando ao lado de Nathália Timberg, Sérgio Britto e Fernanda Montenegro. No mesmo ano estreou na televisão fazendo teatro ao vivo. Desde então nunca mais interrompeu suas atividades de ator, continuando a atuar em teatro, televisão e cinema até os dias de hoje, tendo em seu currículo 41 peças, 39 novelas e 35 filmes.

Como protagonista, destacam-se entre seus principais trabalhos de tele-dramaturigia: "Anastácia, a Mulher sem Destino" (1967), "Rosa Rebelde" (1969), "Véu De Noiva" (1969), "Irmãos Coragem" (1970), "O Homem Que Deve Morrer" (1971), "Carinhoso" (1973), "O Bofe" (1972), "Cavalo De Aço" (1973), "Vejo A Lua No Céu" (1976), "O Feijão E O Sonho" (1976), "Dona Xepa" (1977), "Maria, Maria" (1978), "Pai Herói" (1979), "Água Viva" (1980), "Terras Do Sem Fim" (1981), "Sétimo Sentido" (1982), "Roque Santeiro" (1985), "Hipertensão" (1986), "Lua Cheia De Amor" (1990), "A Viagem" (1994), "Marcas da Paixão" (2000) e "Roda da Vida" (2001).

No teatro, entre outros, protagonizou "Era Uma Vez Nos Anos Cinquenta" (Troféu Mambembe de melhor ator), "Fernando Pessoa", "Bodas de Papel", "O Beijo Da Louca", "Obrigado Pelo Amor de Vocês" (Peça com que foi contratadado para inaugurar o Teatro do Casino do Estoril, em Lisboa), "Disque M Para Matar", "Estou Amando Loucamente", "Vida Nova", "O Nosso Marido", "A Primeira Valsa", "Freud E O Visitante", "O Mundo É Um Moinho", "E Agora O Que Faço Com O Pernil", "O Doente Imaginário" e, em fevereiro de 2009, "Quando Se É Alguém", texto inédito de Pirandello.

Como escritor tem 5 livros publicados dentre os quais 3 antologias. Como cantor foi campeão de vendas como o LP "Claudio Cavalcanti" em 1971.

Concomitantemente com suas atividades artísticas, em outubro de 2000 foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, pelo então Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM), com a plataforma "Por uma política de respeito aos animais".

Reeleito em 2004, cumpriu dois mandatos. Em oito anos de atividade legislativa, criou e teve aprovadas 29 leis, consideradas pioneiras em relação a defesa dos direitos animais, entre as quais a que proíbe o extermínio de animais abandonados e introduz a esterilização gratuita como método oficial de controle populacional e de zoonoses. Também, entre outras, proibiu rodeios, circos com animais, estabeleceu multa para maus-tratos e crueldade contra animais e conseguiu a aprovação da lei que proibia a utilização de animais em experiências científicas, recebendo maciço apoio nacional e internacional e criando enorme polêmica. Posteriormente a Lei foi vetada pelo então prefeito, César Maia.

Em 2006 candidatou-se a deputado estadual, tendo obtido 39.742 votos e sendo diplomado em dezembro de 2006 como suplente, durante licença de um dos titulares. Não conseguiu se reeleger vereador em 2008, porém após a cassação do deputado Natalino, tornou-se titular em definitivo da vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). No entanto, ainda não se sabe porque, a assembleia empossou outro deputado menos votado. Atualmente, aguardava o julgamento de um Mandado de Segurança contra a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, mandado esse que está em tramitação no Órgão Especial do TJ-RJ.


Morte

Cláudio Cavalcanti morreu às às 17:45 hs de domingo, 29/09/2013, no Rio de Janeiro, aos 73 anos. O ator estava internado na UTI do Hospital Pró-Cardíaco desde o dia 16 de setembro, e no dia 24, havia passado por um cirurgia por conta da falência de uma vértebra. Segundo seu cardiologista e genro, Carlos Eduardo Menna Barreto, o ator sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos, ocasionando o falecimento.



Teledramaturgia

  • 2013 - Sessão de Terapia ... Otávio (GNT)
  • 2011 - Amor e Revolução ... Geraldo (SBT)
  • 2001 - Roda da Vida ... Vidal (Record)
  • 2000 - Marcas da Paixão ... Djalma (Record)
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Rogério
  • 1998 - Labirinto ... Gaspar
  • 1996 - Salsa e Merengue ... Olavo
  • 1995 - Explode Coração ... Tolentino
  • 1994 - A Viagem ... Alberto
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Roque
  • 1990 - Lua Cheia de Amor ... Conrado
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Delegado que investiga a morte de Laurinha Figueiroa
  • 1989 - República ... Floriano Peixoto
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Eduardo Corrêa
  • 1986 - Hipertensão ... Sandro Galhardo
  • 1985 - Roque Santeiro ... Padre Albano
  • 1984 - Transas e Caretas ... Douglas
  • 1984 - Padre Cícero ... Dom Joaquim
  • 1983 - Caso Verdade - Vida Nova ... Mr. Scott
  • 1982 - Sétimo Sentido ... Danilo Mendes
  • 1981 - Terras do Sem Fim ... João Magalhães
  • 1981 - Baila Comigo ... Guilherme Fonseca
  • 1980 - Água Viva ... Edir
  • 1979 - Pai Herói ... Gustavo
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Bruno
  • 1978 - Maria, Maria ... Ricardo Valentiano Brandão
  • 1977 - Nina ... Grimaldi
  • 1977 - Dona Xepa ... Otávio
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Juca Campos Lara
  • 1976 - Vejo a Lua no Céu ... Eusébio
  • 1975 - Bravo! ... Maurício
  • 1973 - Carinhoso ... Paulo
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Aurélio
  • 1972 - O Bofe ... Maneco
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Leandro
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Jerônimo Coragem
  • 1969 - Véu de Noiva ... Renato Madeira
  • 1969 - Rosa Rebelde
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas ... César (TV Tupi)
  • 1969 - O Retrato de Laura ... Marcelo (TV Tupi)
  • 1968 - A Gata de Vison ... Taylor
  • 1968 - Demian, o Justiceiro ... Dagarata
  • 1967 - A Mulher Que Amou Demais
  • 1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino ... Jean Paul
  • 1965 - 22-2000 Cidade Aberta ... Carlinhos

Participações Especiais

  • 1994 - Xuxa Especial de Natal - Crer Para Ver ... Palhaço chorão.


Cinema

  • O Menino Maluquinho II - A Aventura
  • Tiradentes - O Filme
  • Mutirão de Amor
  • Caminhos Cruzados
  • Uma Estranha História de Amor
  • Um Marido Contagiante
  • Contos Eróticos
  • Ipanema, Adeus
  • Como Nos Livrar do Saco
  • O Grande Gozador
  • Quando as Mulheres Paqueram
  • Ascensão e Queda de um Paquera
  • Memórias de um Gigolô
  • A Cama ao Alcance de Todos
  • A Ascensão
  • A um Pulo da Morte
  • Cuidado! Espião Brasileiro em Ação
  • Nudista à Força
  • Engraçadinha Depois dos Trinta
  • A História de um Crápula
  • Um Ramo Para Luísa
  • Contos Eróticos - Vereda Tropical

Dublagem
  • Robin Hood

Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida