Mostrando postagens com marcador Empresário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Empresário. Mostrar todas as postagens

Omar Fontana

OMAR FONTANA
(73 anos)
Empresário e Piloto de Aviões

☼ Joaçaba, SC (07/01/1927)
┼ São Paulo, SP (08/12/2000)

Omar Fontana, filho de Attilio Fontana, foi o fundador, em 1955, da Sadia S/A Transportes Aéreos, que deu origem a TransBrasil.

Nascido em Joaçaba, SC, graduou-se em advocacia e ciências sociais, mas deixou a carreira acadêmica para tornar-se piloto na Panair do Brasil.

Omar Fontana fundou a companhia Sadia S/A Transportes Aéreos para fazer o transporte de carga para a empresa de alimentos Sadia, fundada por seu pai, Attílio Fontana.

Em 1953, ele propôs ao pai transportar carnes preparadas pela Sadia em Concórdia, no interior de Santa Catarina, para as churrascarias de São Paulo por meio de um vôo semanal, num avião DC-3 arrendado.

A operação deu certo e ajudou a Sadia a colocar seus produtos na praça paulista numa época em que as estradas eram de terra e os caminhões não tinham refrigeração. Com o lema "Pelo Ar, Para o Seu Lar", foi criada em 1955 a Sadia Transportes Aéreos, com dois aviões DC-3 e um C-47.


Em 1957, a Sadia fez uma parceria com a Real Aerovias, na época a maior companhia aérea da América Latina, com 118 aviões. Então, como vice-presidente de operações, Omar Fontana inaugurou serviços regulares do Brasil para Los Angeles, Estados Unidos, e Tóquio, Japão. Quatro anos depois, Omar Fontana desfez a associação com a Real Aerovias Brasil.

A Sadia Transportes Aéreos atendia principalmente à empresa de Concórdia, mas começou a ganhar espaço como companhia aérea comercial em 1961, quando comprou a Transportes Aéreos de Salvador. Com a aquisição, a empresa catarinense ganhou mais 15 aviões e estendeu seus vôos para mais 53 cidades.

Somente em 1972 a empresa passou a ser chamada de TransBrasil.

A empresa continuou então sua expansão até que em 1989, já com o nome de TransBrasil, quebrou a hegemonia da Varig em rotas internacionais e conseguiu concessão para vôos regulares para Orlando e Flórida, nos Estados Unidos.

Mais tarde, Omar Fontana fez uma injeção de capital na empresa e inaugurou serviços diários do Rio de Janeiro e de São Paulo para Miami e Orlando. Na seqüência, inaugurou vôos para Washington, New York, Buenos Aires, Viena, Amsterdã e Londres.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras batizou o Embraer E-Jet de número 60, matrícula PR-AUJ, com o nome "Cmte. Omar Fontana – Pioneiro da Aviação", em homenagem a um dos grandes executivos da aviação brasileira, que entre outras marcas, fundou a Transbrasil.
De sua criação em 1972 até sua extinção, a TransBrasil enfrentou muitos problemas. O Plano Cruzado, em 1986, foi um dos marcos negativos na história da empresa. Além de ter perdido dinheiro com o congelamento de tarifas, a companhia fez uma aposta errada, ao aumentar agressivamente seu número de aviões prevendo crescimento na quantidade de passageiros. Endividada, a TransBrasil passou a década de 90 lutando contra o governo federal para reparar perdas financeiras pelo congelamento das tarifas.

Em julho de 1995, criou também a InterBrasil Star, empresa regional do grupo que ligava pequenas cidades do interior do Brasil aos principais aeroportos do país.

No ano de 1998 Omar Fontana se afastou do comando da empresa para se tratar de um câncer na próstata, mas permaneceu como presidente do conselho de administração. Ele não era mais o principal executivo da companhia, mas mantinha sua força na empresa.

Com a morte de Omar Fontana, aumentaram as dúvidas sobre o futuro da TransBrasil. A companhia enfrentava dificuldades financeiras e chegou a negociar uma união com a concorrente TAM. Principal acionista da empresa, Omar Fontana resistia à idéia de abrir mão do controle da TransBrasil.

Com sua morte, a TransBrasil perdeu o rumo, e afogada em dividas paralisou suas operações. Era o fim da TransBrasil que morreu 362 dias depois do seu fundador.

Morte

Omar Fontana, morreu em São Paulo, SP, no dia 08/12/2000. Ele tinha câncer e morreu depois de uma parada cardíaca, às 2h00, em sua casa, no bairro do Pacaembu. O enterro ocorreu em 09/12/2000, às10h00, no Cemitério do Morumbi.

Fonte: Wikipédia

Renata Muggiati

RENATA MIKOSZEWSKI DE MUGGIATI
(32 anos)
Empresária, Atleta e Personal Trainer

☼ Curitiba, PR (20/12/1982)
┼ Curitiba, PR (12/09/2015)


Renata Muggiatti, era formada em Educação Física, personal trainer e instrutora de musculação na rede de academias Companhia Athletica em  Curitiba, no Paraná. Era tri-campeã fitness brasileira.

Filha de Renato De MuggiatiMaria do Carmo da Silva Mikoszewski, iniciou em competições de fisiculturismo no ano de 2011 na categoria Body Fitness no Campeonato Brasileiro da IFBB, se classificando em 6°lugar. Em 2012, se consagrou campeã paranaense e campeã brasileira. Recentemente, trouxe o título de campeã sul-americana na categoria Body Fitness.

A atleta teve dezenas de títulos durante sua carreira. Entre suas principais conquistas estão títulos como Campeã Sulamericana Body Fitness IFBB, Campeã Brasileira Body Fitness IFBB e Campeã Paranaense Body Fitness IFBB.

Renata Muggiati contou como foi a a experiência de competir fora do país:

Nos dias 6 a 9 de setembro fui para Punta del Este no Uruguai para o 38 Campeonato Sul-Americano de Fisiculturismo. Experiencia única, primeiramente por ser a minha primeira competição fora do país a nível internacional e principalmente por conquistar o título de campeã em minha categoria Body Fitness acima de 1,63m.
O Campeonato estava muito bem organizado e com muitos atletas de toda América do Sul, todos muito bem preparados fisicamente. O local do evento foi show, em um resort muito bacana, fiquei hospedada em um apartamento completo e muito aconchegante e com todas as refeições inclusas, logicamente todas elas preparadas com zero sódio!
Fiquei muito contente com minha vitória e espero representar novamente na Polônia e no Arnold Europe, o qual embarco semana que vem!

Renata Muggiati gostava muito de praticar exercícios. Ela era bastante conhecida no Facebook, rede social que usava para divulgar o trabalho como empresária e personal trainer.

Entrevista

01. Nome, idade, peso, altura, BF e categoria?
Renata Muggiati, 29 anos, 63 kg. 1,66m., 13% em off season, Body Fitness acima 1,63

02. Você trabalha? Acha que há a possibilidade de ter vida profissional paralela a competição?
Sou formada em Educação Física, atuo como personal trainer, professora, treinadora, com consultorias onlines e palestras. O meu trabalho não interfere de forma negativa em minha preparação, muito pelo contrário, me auxilia e muito, me dando uma base financeira para poder comprar todos os suplementos e com os demais gastos com toda a preparação. A única coisa que poderia atrapalhar seriam os horários, pois treino diversas pessoas o dia inteiro e o horário fica sendo algo muito precioso, de grande valor. Mas eu juntamente com meu treinador pre determinamos os treinos diariamente no mesmo horário, dessa forma reservo um tempo do meu dia para me dedicar a minha preparação.

03. Como tudo começou?
Depois de alguns convites do meu treinador Waldemar Guimarães para ingressar no mundo do Bodybuilding, resolvi entrar nas competições. Antes ele era apenas meu amigo, hoje ele é meu amigo e também treinador rsrsrsrs. Foi também um período no qual estava estagnada com os resultados no meu corpo e queria modifica-lo, deixa-lo mais simétrico e definido.

04. Você acha que é possível competir sem tomar anabolizantes?
Acho que o desenvolvimento do corpo se da através de disciplina com o treino, com a alimentação e com uma boa dose de força de vontade. Para modificar seu corpo visando competições você deve ter esses pilares bem estruturados e não depender de esteroides para um bom resultado e transformação.

05. Quais são as suas maiores dificuldades na dieta?
Com certeza a pior parte da dieta é na reta final, aonde ela esta bem apertada, bem restrita. Mas o objetivo final e adrenalina do campeonato me ajudam a manter o foco e dar o máximo de mim. O resultado diário que é visível no corpo também é muito estimulador!

06. Como faz para manter o rosto feminino, mesmo após o uso de EAS?
Acho que dependendo da quantidade de hormônios que determinadas atletas utilizam fica impossível ficar com rostos femininos. Com certeza as que não tomam ou fazem o uso de maneira orientada por um bom profissional acabam continuando com sua feminilidade.

07. Como é a sua relação com a sociedade, rola preconceito? Como você lida com isso?
No país que vivemos exite preconceito com tudo. Basta você se destacar dos demais indivíduos que se julgam "normais" e ter um corpo mais diferenciado do que o povo está acostumado a ver, você sera julgado. Seja você gorda, magra, atleta, portador de necessidades ou afro descendente. Comigo muitas pessoas me elogiam, acham o meu corpo bonito e me perguntam o que eu faço e o que eu fiz. Mas também tem outras que me olham torno na rua, com uma cara esquisita. Mas eu não ligo pois estou super contente com a minha evolução em meu corpo e objetivo modifica-lo ainda mais.


08. Quantas horas diárias de treino?
Meu treino com pesos dura no máximo 35 minutos. Realizo alguns dias aerobiose, a quantidade muda conforme a fase da preparação.

09. Como sobreviver a esse mundo tão competitivo?
Nascemos com o instinto da competitividade, afinal somos animais. Uma competição sadia em busca de seus objetivos é até bom pois nos estimula a ir cada vez mais longe em busca de nossos sonhos!

10. Como faz para ter uma vida social sem sair da dieta? Como faz para driblar isso?
Dá para fazer dieta e ser social sim. Realizo sempre minha refeições antes dos encontros com minhas amigas, ou ate mesmo durante, levo meus potinhos e como sem vergonha nenhuma. Em relação a baladas também, não sou de sair muito, mas quando saio consigo ficar sem beber e me divertir ao mesmo tempo. Tenho o dia do lixo também, aonde adoro sair para jantar com amigos e namorado. Nunca vou deixar de me socializar com as pessoas que eu gosto por causa da dieta. Logico que na fase final, véspera campeonato, fica mais complicado, pois também preciso focar em mim mesma, daí é a única época que fico mais sossegada no meu canto.

11. Como é a relação com o personal? Já teve que trocar por incompatibilidade de idéias?
Minha relação com meu treinador e professor Waldemar Guimaraes, melhor impossível, como disse anteriormente, é alem de treinador um grande amigo. Uma pessoa qual tenho muita admiração, carinho e respeito.

12. Como é a divisão dos seus treinos?
Atualmente treino 5x na semana, deixando a quarta feira e domingo como Off.

MMA - Anterior de pernas + panturrilha
MMB - Peito, ombro , triceps + abdomen
MMC - Posterior pernas , gluteos + panturrilhas
MMD - Dorsal, bíceps + abdomen

13. Como é sua relação com o nutricionista? Segue a risca? Conte um pouco do seu Off.
O meu Off se constitui de basicamente esses alimentos durante segunda a sábado: aveia, batatas, arroz, massas integrais, frutas, verduras, legumes, carnes magras, pão integral, azeite de oliva, castanhas e muita água. Juntamente com alguns suplementos alimentares. Tenho um dia do lixo aos domingos no qual como algumas coisinhas que tenho vontade ou saio para jantar em algum lugar que eu goste.

14. Já passou por alguma saia justa por causa da dieta? Algum fato engraçado? Conte!
Sempre passo mas já estou acostumada. Sempre que preciso realizar minhas refeições saco da minha bolsa meus potinhos e como tudo numa boa. Tem alguns lugares aonde as pessoas olham torto, acham feio, comentam entre si mas levo na esportiva.

15. Você se mantém durante o ano basicamente com o mesmo shape, ou faz uma fase bulking-monster, ganhando fat junto?
Prefiro manter meu peso o mais perto possível do peso de competição para não sofrer e debilita-lo durante a fase pré competição. A minha categoria não friza mulheres com muita densidade muscular. Fora que gosto de me sentir bonita sempre, quando uma calça, uma jaqueta começa a querer apertar, eu aperto ainda mais meu treino, minha dieta. A pior coisa que tem é colocar uma roupa e não se sentir bonita e confortável nela.


16. Ideal de corpo. Em quem você se inspira?
Acho muitas atletas bonitas. Mas o conjunto de beleza facial, corporal, o charme e simplicidade da Nicole Wilkins me inspira bastante. Ela consegue ter um corpo atlético e continuar sendo super delicada e feminina.

17. Na dieta, quais são os alimentos que não entram no seu cardápio? Quais não saem?
Na dieta não entra nada de frituras, nem nos dias de lixo. Os que não saem são as frutas e verduras, o peixe, frango, arroz e batata rsrsrsrsr!

18. Poderia dividir sua rotina conosco?
Minha rotina é totalmente dentro da academia. Trabalho e treino na academia Companhia Athlética aqui em Curitiba.Treino meus alunos de manha, a tarde a noite. E o meu treino é no meio da tarde. É basicamente isso que faço durante os dias de semana. Finais de semana costumo descer para praia ou ficar descansando pois minha rotina é bem puxada.

19. Quais os suplementos que você usa?
Whey Protein, Mix Proteico, Waxy Maize, BCAA, Glutamina, HMB, Complexo Vitamínico, Omega 3, Vit C. 

20. Há quanto tempo treina?
Treino fazem 11 anos e um ano voltado a competição.

21. Quanto tempo demorou para alcançar o shape dos sonhos?
Ainda quero modificar e melhorar muito meu corpo, acho que é uma guerra diária. Não é do dia para noite que alcançamos o nosso shape dos sonhos. Como diria o Crô, ahh para!! Se melhorar estraga... 

22. Você utiliza tratamentos estéticos pra dar força no pré Contest? Se sim, qual?
Realizo drenagem linfática 1 ou 2 x na semana durante o ano inteiro. Adoro os resultados e é o único tratamento estético o qual eu acredito e confio.

23. Uma frase que te inspira...
Deixe que seus atos falem por suas intenções.

24. Um recadinho para suas discípulas...
Minhas lindas, continuem sempre em busca de um corpo saudável e bonito, sem exageros. Procurem um(a) treinador(a) e um(a) nutricionista esportivo de confiança, esses sim poderão dar o suporte e a orientação correta. Otimos treinos e beijok!! Re;)

Morte

Na madrugada de sábado, 12/09/2015, a atleta de Body Fitness, Renata Muggiati de 32 anos morreu após cair do 19º andar de um prédio no centro de Curitiba, que fica na Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com a Comendador Araújo. Após a noticia houveram muitas especulações sobre a queda ter sido um acidente, ou se a atleta se jogou do prédio.

A forma que tudo aconteceu fez com que a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) instaurasse um inquérito para apurar detalhes da queda. Ainda não há nada confirmado, existem relatos de que ela sofria em um relacionamento conturbado com o namorado, chegando a ser vítima de agressões. A polícia busca informações também para descobrir se o que aconteceu não pode ter sido um acidente ou se ela foi jogada do prédio. Tudo ainda está sendo confirmado, mas se houve participação, a pessoa envolvida será responsabilizada, conforme adiantou Miguel Stadler, delegado-titular da DHPP.

Após a morte de Renata Muggiati, uma suposta postagem que teria sido feita por ela na rede social, começou a circular na internet. Na rede social, Renata Muggiati deixou a mensagem:

"Bom, aviso a todos que me seguem que hoje é meu último dia de vida, depois de sofrer três dias agressões e, por amar a pessoa que estava hoje, me suicido feliz e em paz"


Na delegacia, o namorado da atleta disse que ela passava por um momento de depressão e estava tomando medicamentos controlados. O suspeito contou que ela tentou pular da janela duas vezes, porém ele a segurou e, na terceira vez, quando ela teria conseguido pular, ele estaria em outro cômodo da casa e não conseguiu evitar.

A polícia solicitou exames técnicos para apurar o suposto suicídio, entre eles coleta de impressão digitais, toxicológico, alcoólico e recolhimento de amostras sob a unha de Renata Muggiati, para saber se houve briga antes dela cair ou pular da janela.

A mensagem supostamente deixada por Renata também será analisada, para a polícia saber se ela foi publicada antes ou depois da queda.

O que chamou a atenção de colegas é que, uma hora antes da mensagem de suicídio, a atleta teria escrito na rede social "em my sweet home". A mensagem mal escrita também despertou desconfiança. Uma amiga publicou uma mensagem dizendo que Renata não admitia escrita errada.

Na página oficial da atleta, fãs e amigos publicaram mensagens alegando desconfiar do suicídio e um vídeo de momentos após a morte da atleta revoltou alguns internautas. Nas imagens, Renata Muggiati aparece caída na rua, próxima ao meio-fio vestida com uma blusa branca e calça preta, sem sapatos.

O corpo de Renata Muggiati seria cremado no sábado, 12/09/2015, por volta das 21:00 hs., mas a justiça impediu para que se preservasse o corpo para análises periciais.

Polícia Encerra Investigação Sobre Morte de Renata Muggiati

Em dezembro de 2015, a investigação feita pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil sobre a morte de Renata Muggiati já estava nas mãos do Ministério Público do Paraná. A apuração terminou pouco antes do recesso oficial no Estado, que começou no dia 18/12/2015. A polícia manteve a acusação de homicídio qualificado contra o médico Raphael Suss, que era namorado de Renata Muggiati. Para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Renata Muggiati caiu morta do prédio, conforme relatou o laudo de exumação, que havia mostrado em novembro de 2015 que ela foi vítima de asfixia mecânica por vários minutos.

Apesar de ser considerado pela polícia como caso de homicídio, o processo foi deslocado da 1ª Vara do Júri de Curitiba para Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba em razão de o suspeito ser o companheiro da vítima. A investigação foi relatada ao Ministério Público após resultados de perícias realizadas em aparelhos celulares e computadores. As conclusões destas análises não mudaram o quadro da investigação, para a polícia. O Ministério Público pode, antes de oferecer ou não a denúncia, pedir diligências complementares.

O caso teve uma reviravolta em novembro, quando o exame de exumação, realizado a pedido da polícia por uma junta de profissionais do instituto, contrariou a necropsia, colocando dúvida sobre o primeiro exame feito por um médico-legista do Instituto Médico Legal (IML). O Instituto Médico Legal (IML) chegou a abrir uma apuração para investigar a conduta do médico que conduziu o primeiro exame de necropsia.

Fonte: Tribuna, Tribuna Hoje, Empório das Vitaminas, Urban Gym e Mundo Anabólico

José Janene

JOSÉ MOHAMED JANENE
(55 anos)
Empresário, Pecuarista e Político

☼ Santo Inácio, PR (12/09/1955)
┼ São Paulo, SP (14/09/2010)

José Mohamed Janene foi um empresário, pecuarista e político brasileiro. Dono de várias fazendas e negócios, principalmente na cidade de Londrina, PR, onde viveu, foi na política que Janene ganhou visibilidade como um dos pivôs do escândalo do Mensalão.

José Janene era o líder do Partido Progressista (PP) na Câmara dos Deputados na época do escândalo, sendo apontado como o destinatário de R$ 4,1 milhões repassados pelo esquema operado pelo publicitário Marcos Valério.

Dos 19 parlamentares acusados de envolvimento no chamado "Valerioduto", José Janene foi o último a ser julgado pelo plenário da Câmara. Mesmo com o processo instalado em 17/10/2005, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados demorou mais de treze meses para votar o parecer que recomendava a cassação de José Janene.

Desde setembro de 2005, quando entrou em licença médica, José Janene conseguiu por várias vezes atrasar o processo, alegando problemas de saúde. Chegou a pedir aposentadoria antes da votação, mas o pedido foi rejeitado pela direção da Câmara.

No dia 06/12/2006, o então deputado licenciado foi absolvido em uma sessão esvaziada. Na votação secreta, 210 deputados votaram pela cassação, 128 pela absolvição, cinco em branco e 23 abstenções. Para cassá-lo, seriam necessários pelo menos 257 votos, mas o baixo quórum da sessão ajudou a livrá-lo.

Em 31/12/2006, o Diário Oficial da União publicou decisão da Câmara Federal, que concedeu à José Janene aposentadoria de 12,8 mil reais por invalidez.

Em 15/09/2006, teve uma fazenda, a 3 Jota, que fica no distrito de Guaravera, em Londrina, invadida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que alegavam que a propriedade havia sido adquirida com dinheiro proveniente de corrupção, devendo ser destinada à reforma agrária. Para muitos o uso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi revanche do então presidente Lula, em resposta a extorsão que José Janene fazia ao presidente.

Em 2009 novas denúncias sobre lavagem de dinheiro voltaram a atormentar a vida de José Janene, agravando sua cardiopatia. Desde então José Janene vinha sendo investigado novamente.

Devido ao agravamento de seu estado de saúde causado por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e da criação da Lei da Ficha Limpa, José Janene se viu obrigado a abandonar definitivamente sua carreira como político e passou a operar nos bastidores.

Morte

José Janene foi vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em fevereiro de 2010, quando então planejava sua volta à política. Ficou três meses aguardando na fila um transplante cardíaco, que não ocorreu, morrendo em 14/09/2010, no Instituto do Coração, na cidade de São Paulo.

Seu corpo foi enterrado no Cemitério Islâmico de Londrina.

A Volta

No ano 2014, José Janene voltou a mídia, quando o Ministério Público Federal (MPF) evidenciou que fora ele o mentor do esquema de propinas nas estatais brasileiras, beneficiando políticos do Partido Progressista (PP), segundo delação do doleiro Alberto Youssef. Desta vez integrantes de sua família são arrolados como réus em um dos inquéritos da Operação Lava Jato.

Após a viúva de José Janene, Stael Fernanda Janene, relatar que não viu o corpo do ex-marido após sua morte, o presidente da CPI da Petrobrás, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou em 20/05/2015 que pediria a exumação do corpo do ex-deputado.

Dois dias depois do deputado Hugo Motta afirmar que pediria a exumação do corpo, o site "O Antagonista" de Diogo Mainardi e o jornalista Mario Sabino publicou a certidão de óbito de José Janene, onde consta como declarante da morte do ex-deputado o doleiro Alberto Youssef, do Escândalo do Petrolão. Segundo os familiares de José JaneneAlberto Youssef era amigo da família.

Fonte: Wikipédia

Antônio Venâncio

ANTÔNIO VENÂNCIO DA SILVA
(86 anos)
Empresário

☼ Assaré, CE (1911)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/10/1997)

O nome do cearense Antônio Venâncio da Silva é uma das marcas de Brasília. Sertanejo semi-analfabeto, construiu um império de R$ 200 milhões em imóveis. Tentava imortalizar o próprio sucesso a cada prédio erguido. Assim, foram se sucedendo os edifícios Venâncio 1, 2, 3, 4, 5, 6... A fortuna cresceu junto com a numeração. Os dois últimos prédios, grandes shoppings populares no coração da cidade, foram batizados de Venâncio 2000 e Venâncio 3000. Em péssimo estado de conservação, são o retrato da decadência dos empreendimentos.

Antônio Venâncio constituiu uma família incomum. Aos 17 anos, casou-se com Antônia Odontina de Souza, em Santana do Cariri, no interior do Ceará. Não tiveram filhos. Odontina sentia-se culpada pela infertilidade e aceitava os filhos que o marido tinha fora do casamento. Cinco, segundo a conta oficial. Ou sete, se forem considerados todos os que buscam na Justiça o reconhecimento de paternidade. Frequentavam a casa do pai. As velhas fotos de família mostram os filhos reunidos nos aniversários. A tolerância era aparente. Devia-se ao patriarca e à mão de ferro com que governava empresas e herdeiros.

Depois do enterro de Antônio Venâncio, os filhos só se reuniram uma vez. Foi na Vara de Família, com dez seguranças dentro da sala e detector de metais na porta. As velhas fotos fazem parte agora dos processos em que os irmãos Antônio Venilson e Maria Verenice da Silva tentam provar que são filhos de Antônio Venâncio e têm direito a parte do espólio. "Até a semelhança dos nomes prova a ligação", diz Venilson.

Venâncio 2000 em Brasília (Foto Diurna)
Antônio Venâncio era um conquistador assumido. Na última casa em que morou, uma mansão de 2 mil metros quadrados, o quarto era decorado com espelhos no teto e cama redonda. Viveu com várias mulheres, mas nunca pediu a separação formal de Antônia Odontina. Os dois chegaram a comemorar com missa as bodas de ouro, em 1979. Ela aparece como sócia em quase todas as empresas abertas pelo marido e figura nos testamentos como dona de metade dos bens do casal.

Antônio Venâncio nasceu pobre, filho de pequenos agricultores. Aos 16 anos, intermediou a venda de um terreno no sertão. O comprador foi o Padre Cícero Romão Batista, já com alguma fama de santo no Nordeste. Sob as bênçãos do Padre Cícero, iniciou os negócios e fez de tudo. Durante a Segunda Guerra Mundial, explorava cera de carnaúba e revendia pneus usados.

Mudou-se para o Rio de Janeiro e investiu em construção. Lançou em Copacabana sua primeira série de edifícios. Antônio Venâncio chegou a Brasília rico, mas foi na Capital Federal que entrou para o clube dos arquimilionários. Quando morreu, tinha R$ 10 milhões numa conta corrente do Banco do Brasil. O restante da fortuna estava investido na empresa que administra os shoppings.

A briga dos herdeiros é pelo controle da holding familiar. De um lado está José Nicodemos, o filho mais velho, de 62 anos, que dividia com o pai a administração das empresas. Seu trunfo é ser o único herdeiro de Antônia Odontina. Isso lhe garantiria a metade dos bens. A outra metade, correspondente a Antônio Venâncio, seria dividida entre ele e os outros quatro filhos oficialmente reconhecidos - André, Rafael, Priscila e Venâncio Júnior.

Venâncio 2000 em Brasília (Foto Noturna)
Os quatro contestam o testamento. Alegam que o pai era menor de idade quando se casou com Odontina, portanto os dois não poderiam ter adotado o regime de comunhão de bens. Além disso, acusam José Nicodemos de ter gerenciado mal as empresas. As denúncias fazem parte do processo na Justiça. José Nicodemos teria pago despesas pessoais com vales da empresa. Apenas no mês de maio de 1998 os vales somariam R$ 265 mil. Fez isso sem abrir mão do salário mensal de R$ 19.500. José Nicodemos diz que todos os irmãos retiravam dinheiro das empresas.

No dia 15/10/1997, enquanto o pai era velado no Rio de Janeiro, José Nicodemos registrava em ata uma reunião dos condomínios dos dois shoppings, supostamente realizada em Brasília. A ata confirma a presença do morto na reunião, que aprovou despesas de R$ 1,7 milhão nos prédios. André e Venâncio Júnior ganharam lugar na diretoria da empresa e alijaram José Nicodemos. A disputa entre os diretores paralisa a companhia. Os herdeiros calculam que o valor dos dois shoppings caiu pela metade.

José Nicodemos ganhou na Justiça o direito de sacar cerca de R$ 5 milhões da conta que o pai mantinha no Banco do Brasil. O juiz Silvânio Santos autorizou o saque no último dia de expediente do Poder Judiciário, enquanto os outros herdeiros ainda tentavam um recurso. O advogado de José Nicodemos, Jonas Cruz, é padrinho da filha de Silvânio Santos. Mesmo assim ele não se considera suspeito para julgar o caso: "A lei diz que só há suspeição se o juiz for amigo íntimo de uma das partes do processo, não do advogado", argumentou.

Desde a morte do patriarca, em outubro de 1997, aos 86 anos, a família briga pela herança. A cada sentença judicial o comando das empresas muda de dono.

Venâncio 3000, atualmente Shopping ID em Brasília
O Império dos Venâncios em Brasília

Poucos brasilienses e visitantes que trafegam pela Via S1 tem conhecimento que seis prédios que formam o complexo comercial conhecido por Conic, foram construídos pelo empresário cearense Antônio Venâncio da Silva, natural do Assaré. Além dos Edifícios Venâncios II, III, IV, V e VI o ex-agricultou que residiu na Taboquinha altaneirense, construiu um verdadeiro império na Capital Federal no ramo imobiliário, inclusive com dois centros comerciais que marcaram época.

Na Taboquinha existe uma lenda que o jovem Antônio Venâncio enganou uma velha senhora e desenterrou um butija (pote com ouro e prata) e fugiu para o Rio de Janeiro onde fez sua fortuna. 

O primeiro imóvel construído por Antônio Venâncio foi o Edifício Venâncio I, localizado na Avenina Nossa Senhora de Copacabana em área nobre do Rio de Janeiro, antes da transferência da Capital Federal para Brasília.

Já os brasilienses são mais familiarizados com outros, os dois centros de compras da família, o Venâncio 2000 e o Venâncio 3000 (atual Shopping ID), ambos os empreendimentos foram construídos na década de 70 do século passado.

Os dois shoppings, sobretudo o Venâncio 2000, representaram uma mudança no varejo na Capital Federal e no comportamento dos consumidores. Até então, era na Avenida W3 Sul onde se encontravam o bom comércio e as boas lojas, além do grande divertimento dos brasilienses da época: "flanar" por suas calçadas, olhar as vitrines, além de ver e ser visto pela sociedade local.

Com a construção do primeiro shopping da capital, o Venâncio 2000, naturalmente os consumidores migraram da Avenida W3 Sul para o centro de compras, pois encontravam tudo o que precisavam em um só lugar, não precisavam mais percorrer as longas distâncias entre as lojas e estavam protegidos do sol inclemente do cerrado, além das intermitentes chuvas que assolavam Brasília na época do verão.

Conic (Complexo de Edifícios Venâncio em Brasília)
Ambos os centros comerciais possuem endereços privilegiados: Venâncio 2000 no Setor Comercial Sul (SCS) quadra 8 e o Venâncio 3000 no Setor Comercial Norte (SCN) quadra 6. Por terem sido construídos num período onde o preço do m² no centro da cidade era mais barato, ambos os empreendimentos possuem corredores bastante largos e todas as suas lojas possuem dimensões maiores, inclusive, das encontradas nas lojas âncora dos shoppings atuais.

O falecimento de Antônio Venâncio em outubro de 1997 expõe a verdadeira guerra que seu herdeiros (cinco legalmente reconhecidos mais dois que não eram reconhecidos, quando da sua morte) travavam dentro da família e que espólio do rico empresário cearense só tornou mais acirrada. Os bens deixados pelo Antônio Venâncio já foram avaliados em mais R$ 400 milhões, constituído de 10.000 salas e lojas comerciais, 2 shoppings centers, quatro casas em Brasília, um apartamento no Rio de Janeiro, as cotas da empresa que administra os bens e R$ 10 milhões depositados numa conta bancária no Banco Brasil.

Em meio a várias disputas judiciais dignas de enredo de novela, ambos os shoppings foram entrando em decadência. Suas instalações ficaram obsoletas e a chegada de empreendimentos concorrentes, só agravou o problema.

Tentativas para reerguer ambos os shoppings são frequentemente anunciadas como a da livraria FNAC, que antes de optar pelo Park Shopping cogitou em ser condômina dos Venâncios e o departamento cultural do Unibanco, mas ante ao embrolho judicial desistiram. Outra solução encontrada foi a de alugar os espaços para a sede de empresas estatais como a EBC e a Eletronorte que depositam mensalmente o aluguel numa conta bancária sob administração judicial. Além dessas medidas, ocorreu, também, o retrofit do Venâncio 3000 e sua transformação em shopping de móveis e decoração, o Shopping ID, buscando a loja paulista Etna para âncora do empreendimento.

Orlando Orfei

ORLANDO ORFEI
(95 anos)
Empresário Circense, Domador, Pintor, Dublê, Ator, Pintor e Escritor

☼ Riva del Garda, Itália (08/07/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/08/2015)

Orlando Orfei foi um empresário circense, domador, pintor, escritor, dublê de cinema e ator italiano radicado no Brasil. Foi o fundador do tradicional Circo Orlando Orfei.

A história dos Orfei teve início em 1822 quando o então seminarista Paulo Orfei conheceu uma jovem da família Massari no conservatório da cidade italiana de Ferrara. Os dois se apaixonaram e ele abandonou a vida eclesiástica e decidiu pedir a mão da moça em casamento. Como a família se opôs, os dois fugiram e se refugiam com ciganos que viajavam pela Itália.

Três anos depois, em 1825, nasceu o primeiro Circo Orfei. O jovem Orlando Orfei, neto de Paulo Orfei, estreou no picadeiro aos 6 anos como palhacinho dentro das calças do irmão palhaço, que a um certo momento do esquete o retirava como se estivesse grávido.

Depois disso, dos 9 aos 15 anos foi malabarista - um dos números mais difíceis -, equilibrista, ciclista acrobático e mágico aos 18 anos.


Em 1956 um domador alemão deixou a companhia e Orlando Orfei decidiu se tornar domador, o que o levou a ser considerado um dos melhores do mundo, por seu estilo descontraído de tratar os animais.

Orlando Orfei foi responsável por inúmeras invenções do circo moderno: quando os circos eram obrigados a encerrar temporadas por causa do inverno rigoroso da Europa, Orlando Orfei inventou a calefação a diesel. Convenceu seu amigo Canobbio, hoje o mais famoso fabricante de lonas de circo do mundo, a construir a primeira lona de plástico, quando as lonas eram de algodão, impagáveis devido ao seu alto custo e com pouco tempo de vida.

Enfrentou o irmão Paridi, seu sócio, ao idealizar o cartaz de 4 folhas e assim aumentar a eficácia dos cartazes de colagem urbana. O som central utilizando a concavidade do interior do circo, a propaganda aérea, as águas dançantes e principalmente seu modo inigualável de domar os animais.

Orlando Orfei foi também pintor, escritor e músico, apesar de não poder tocar mais já que teve um acidente com uma de suas leoas onde perdeu a articulação de um dos dedos das mãos. Na pintura, teve suas obras reconhecidas como herdeiras da arte alemã, por especialistas e, durante anos, teve suas telas expostas na Sala Antonina uma das mais importantes galerias de Roma, por indicação do cardeal Fanini, seu amigo do Vaticano.

Entrega da Grã Cruz da Ordem do Mérito Cultural 2012
Condecorações

Orlando Orfei foi condecorado pelo Governo Italiano como Cavalheiro Oficial da República. No Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia é Cidadão Honorário. Recebeu o título de Cidadão Carioca pelo município do Rio de Janeiro e de Cidadão Iguaçuano, em 2010, pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Foi recebido pelo Papa Pio XII, Papa Paulo XVI e Papa João Paulo II. Mas foi o Papa João XXIII, que ao recebê-lo 5 vezes disse-lhe: "Orlando, o teu trabalho é um apostolado de paz, continua a levar ao mundo às famílias cristãs a alegria".

Em 2012 que foi agraciado pela mais alta honraria do governo brasileiro, aos cidadãos que prestaram relevantes serviços à cultura brasileira. Recebeu das mãos da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a Grã-Cruz do Mérito Cultural, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, dia 05/11/2012.

Em 1968 decidiu aventurar-se na América Latina e estreou em São Paulo na Praça Princesa Isabel. Logo se apaixonou pelo Brasil e decidiu ficar, deixando na Itália um legado inestimável de tradição e cultura circense, com seus parentes que seguem até hoje com o nome Orfei.


Tivoli Park

Em 1972, inaugurou o Tivoli Park da Lagoa, que levou alegria, a uma geração, durante duas décadas. O Tivoli Park encerrou suas atividades em 17/12/1995.

Turnê Pela América Latina

Em 1985, saiu do Rio de Janeiro, num navio cargueiro da Grimaldi e foi até Manaus. De Manaus a Boa Vista, o circo subiu o Rio Solimões em barcaças, levando mais de 100 veículos e o avião de propaganda. Entrou na Venezuela por terra. Depois, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e retornou ao Brasil em 1990.

Orlando Orfei continuou seu "Apostolado de Paz", seguindo as palavras do Papa João XXIII, e continuou a homenagear seu público, com as "Águas Dançantes", sua grande interpretação e considerado um dos números circenses mais lindos do mundo, agora interpretadas por seu filho Mário Orfei.

Em 2008, Orlando Orfei fez sua última apresentação antes de morrer em 2015.

Documentário "Orlando Orfei, o Homem do Circo Vivo"

No dia 24/11/2013, foi apresentado em avant-première o documentário "Orlando Orfei, o Homem do Circo Vivo", o filme que mostra a trajetória do maior domador de feras que o mundo conheceu. Comoveu a plateia, mostrando a importância de Orlando e da família Orfei para o circo mundial.

O longa metragem dá ao personagem um recorte surpreendente, mostrando um Orlando Orfei visionário e inovador na arte dos picadeiros. Produzido pela Camera2 do premiado diretor Sylas Andrade, o filme de 85 minutos está divido em duas partes: Até 1968, quando Orfei veio ao Brasil, com o Festival Mundial do Circo e os 45 anos de permanência no Brasil.

Os depoimentos de irmãos, filhos, sobrinhos e circenses que ainda mantém a tradição do circo vivo na Itália, emocionaram a todos os presentes. Apesar de Orfei ter voltado diversas vezes à terra natal durante estas quatro décadas, nota-se que laços que nunca serão quebrados.

Morte

Orlando Orfei morreu na noite de sábado, 01/08/2015, aos 95 anos, vítima de pneumonia. O artista estava internado no Hospital do Coração de Duque de Caxias (HSCOR), na Baixada Fluminense, desde o dia 16/07/2015.

Orlando Orfei deixou seis filhos, treze netos e seis bisnetos. O corpo do artista será velado na segunda-feira, 03/01/2015, a partir das 14:00 hs, no Cemitério Jardim da Saudade de Mesquita. O enterro ocorrerá na terça-feira, 04/01/2015, no mesmo cemitério.

Fonte: WikipédiaG1
Indicação: Miguel Sampaio

Cornélio Pires

CORNÉLIO PIRES
(73 anos)
Jornalista, Escritor, Folclorista e Empresário

☼ Tietê, SP (13/07/1884)
┼ São Paulo, SP (17/02/1958)

Cornélio Pires foi um jornalista, escritor, folclorista e empresário brasileiro. Foi um importante etnógrafo da cultura e do dialeto caipira.

Iniciou a sua carreira viajando pelas cidades do interior do estado de São Paulo e outros, como humorista caipira.

Em 1910, Cornélio Pires apresentou no Colégio Mackenzie, hoje Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, um espetáculo que reuniu catireiros, cururueiros e duplas de cantadores do interior. O Colégio Mackenzie foi fundado e sempre mantido pela Igreja Presbiteriana, à qual Cornélio Pires pertencia.

Ambicionando cursar a Faculdade de Farmácia, deslocou-se de Tietê para a cidade de São Paulo, a fim de prestar concurso de admissão. Não tendo obtido sucesso em seu intento, conseguiu empregar-se na redação do jornal O Comércio de São Paulo. Posteriormente trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo, onde desempenhou a função de revisor. A partir de 1914, passou a trabalhar no periódico O Pirralho.

Cornélio Pires foi autor de mais de vinte livros, nos quais procurou registrar o vocabulário, as músicas, os termos e expressões usadas pelos caipiras. No livro "Conversas ao Pé do Fogo", Cornélio Pires faz uma descrição detalhada dos diversos tipos de caipiras e, ainda no mesmo livro, ele publica o seu "Dicionário do Caipira".

Na obra "Sambas e Cateretês" recolhe inúmeras letras de composições populares, muitas das quais hoje teriam caído no esquecimento se não tivessem sido registradas nesse livro. A importância de sua pesquisa começa a ser reconhecida nos meios acadêmicos no uso e nas citações que de sua obra faz Antonio Candido, professor na Universidade de São Paulo (USP), o nosso maior estudioso da sociedade e da cultura caipira, especialmente no livro "Os Parceiros do Rio Bonito".

Cornélio Pires foi o primeiro a conseguir que a indústria fonográfica brasileira lançasse, em 1928, em discos de 78 rpm, a música caipira. Segundo José de Souza Martins, Cornélio Pires foi o criador da música sertaneja, mediante a adaptação da música caipira ao formato fonográfico e à natureza do espetáculo circense, já que a música caipira é originalmente música litúrgica do catolicismo popular, presente nas Folias do Divino, no cateretê e na catira (dança ritual indígena, durante muito tempo vedada às mulheres, catolicizada no século XVI pelos padres jesuítas), no cururu (dança indígena que os missionários transformaram na dança de Santa Cruz, ainda hoje dançada no terreiro da igreja da aldeia de Carapicuíba, em São Paulo, por descendentes dos antigos índios aldeados, nos primeiros dias de maio, na Festa da Santa Cruz, a mais caipira das festas rurais de São Paulo).

A criação de Cornélio Pires permitiu à nascente música caipira comercial, que chegou aos discos 78 rpm, libertar-se da antiga música caipira original, ganhar vida própria e diversificar seu estilo.

Atualmente a música caipira é chamada de música raiz para se diferenciar da música sertaneja. A música caipira dos discos 78 rpm nasceu, no final da década de 1920, como o último episódio de afirmação de uma identidade paulista após a abolição da escravatura, em 1888, que teve seu primeiro grande episódio na pintura, especialmente a do ituano Almeida Júnior, expressa em obras como "Caipira Picando Fumo", "Amolação Interrompida", dentre outras.

A ironia e a crítica social da música sertaneja originalmente proposta por Cornélio Pires, situa-se na formação do nosso pensamento conservador, que se difundiu como crítica da modernidade urbana. O melhor exemplo disso é a "Moda do Bonde Camarão", uma das primeiras músicas sertanejas e uma ferina ironia sobre o mundo moderno.

Após encerrar a sua carreira jornalística, Cornélio Pires organizou o "Teatro Ambulante Cornélio Pires", viajando com o mesmo de cidade em cidade, aplaudido por onde passava.

Cornélio Pires é primo dos escritores Elsie Lessa, Orígenes Lessa, Ivan Lessa, Juliana Foster e Sérgio Pinheiro Lopes.

Cornélio Pires e o Espiritismo

Cornélio Pires pertencia a uma extensa família de presbiterianos e, na juventude, frequentava as reuniões da igreja com os seus familiares.

Durante as suas viagens pelo interior do país, teve contato com vários fenômenos mediúnicos, particularmente algumas comunicações do espírito Emílio de Menezes, que muito o impressionaram.

A partir de então passou a estudar as obras espíritas principalmente as de Allan Kardec, Léon Denis, Albert de Rochas e alguns livros psicografados pelo então jovem médium Francisco Cândido Xavier. A partir de então dedicou-se ao Espiritismo, com particular interesse pelos fenômenos de efeitos físicos.

Nos anos de 1944 a 1947 escreveu os livros "Coisas do Outro Mundo" e "Onde Estás, ó Morte?", tendo falecido quando se dedicava à redação da obra "Coletânea Espírita".

Pouco antes de falecer, retornou à sua cidade natal, onde adquiriu uma chácara, tendo fundado a instituição Granja de Jesus, um lar para crianças desamparadas, que não teve a oportunidade de ver implantado.

Cornélio Pires foi tio do jornalista espírita José Herculano Pires, tradutor e estudioso das obras de Allan Kardec e associado à corrente científica do Espiritismo brasileiro.

Cornélio Pires faleceu em São Paulo, SP, no dia 17/05/1958, aos 73 anos, vítima de câncer na laringe.

Fonte: Wikipédia

Olacyr de Moraes

OLACYR FRANCISCO DE MORAES
(84 anos)
Empresário

☼ Itápolis, SP (01/04/1931)
┼ São Paulo, SP (16/06/2015)

Olacyr Francisco de Moraes foi um empresário brasileiro, que já foi o maior produtor individual de soja do mundo, que o tornou conhecido como "Rei da Soja", pioneiro deste cultivo na região de cerrado e dono da Fazenda Itamarati onde, dentre outras pesquisas, foram desenvolvidas variedades de cultivos, como o Algodão ITA-90, que tornou o Brasil exportador do produto. Pai do também empresário Marcos de Moraes, criador do primeiro e-mail gratuito do Brasil, o Zipmail e do Portal Zip.net, vendido para a Portugal Telecom.

Olacyr Francisco de Moraes nasceu em Itápolis, interior do estado de São Paulo, no dia 01/04/1931.

Aos oito anos seus pais se mudaram para a capital e já aos 14 anos Olacyr começou a trabalhar auxiliando seu pai que era vendedor de máquinas de costura. Com o final da Segunda Guerra Mundial, a empresa que seu pai trabalhava fechou as portas no Brasil e com o dinheiro economizado o senhor Augusto de Moraes adquiriu uma pequena transportadora chamada "Expresso Foguete". A frota de entrega era composta de apenas três ou quatro caminhões Ford 29, mas foi nela que Olacyr pode aprender a diversificar suas atividades auxiliando em tudo que a empresa necessitasse, da parte mecânica à contabilidade.

Aos 19 anos, junto com seu irmão Odimir e seu pai, Olacyr começou a sua carreira de empresário constituindo a empresa de transporte de cargas Argeu Augusto de Moraes e Filhos Ltda. Era uma pequena empresa que dispunha de alguns poucos caminhões velhos e para crescer, Olacyr decidiu contra a vontade do pai financiar caminhões novos que possibilitaria prospectar novos clientes.

A estratégia deu certo. Na época os financiamentos quase não pagavam juros e graças a seus veículos novos pode se candidatar a executar serviços para a prefeitura de São Paulo com o transporte de pedras para a pavimentação de ruas. Logo Olacyr percebeu que poderia lucrar mais se além do transporte de cargas, também pudesse executar a pavimentação das ruas já que a prefeitura de São Paulo na época terceirizava todo esse serviço.


Em 1957 nascia então a empresa Construção e Transportes Constran Ltda, uma sociedade em partes iguais entre Olacyr e seu irmão Odimir. Os irmãos pensavam da mesma forma: para crescer era necessário investir tudo que ganhavam na própria empresa. São Paulo não parava de crescer e a demanda da prefeitura por obras tinha que acompanhar esse ritmo. A Constran, uma empresa enxuta e com histórico de bom serviço prestado a cidade, foi conquistando o direito de executar diversas obras públicas, algumas bastante complexas e sofisticadas.

Em 1971 Olacyr resolveu abrir o capital da empresa transformando a Constran em uma Sociedade Anônima (S/A). Os constantes investimentos em pesquisa, desenvolvimento, recrutamento de engenheiros competentes e treinamento de pessoal qualificado fez com que a Constran passasse a dominar todos os ramos de engenharia civil pesada passando a construir aeroportos, ferrovias, pontes e viadutos, emissários submarinos, usinas, portos e túneis. Não havia limites para a atuação da Constran. Todos os desafios eram estudados e vencidos. Para se ter uma idéia de seu pioneirismo, os primeiros quilômetros do metrô de São Paulo, a primeira obra metroviária do Brasil, foram construídos por essa empresa, que ao longo de sua história passou a ser uma das maiores empresas de engenharia pesada do Brasil.

Os bons resultados obtidos pela Constran desde o início de suas atividades permitiram com que uma parte dos lucros da empresa fosse aplicado em outros setores. Uma delas foi o Banco Itamarati que visava dar maior prestígio e confiança às obras tocadas pela Constran.

Mas em 1966 com o objetivo de promover o desenvolvimento da região amazônica, o governo federal criaria a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) que instituía incentivos fiscais para empresários que investissem naquela região.

Achando que era uma boa oportunidade, em 1967, Olacyr junto a um grupo de empresários, criou a Orpeca S/A cujo objetivo era a criação e a engorda de gado no norte do estado do Mato Grosso, uma região até então inóspita, sem a menor infraestrutura em meios de transporte, comunicação e recursos humanos que exigia muita coragem e determinação para quem investisse ali. Para se ter uma idéia, para se chegar a fazenda e levar gente, equipamento e mantimentos foi preciso abrir uma picada na mata. O pioneirismo de Olacyr deu resultados e pouco tempo depois, Olacyr assumiria o controle acionário dessa empresa e assim outros projetos foram desenvolvidos na região.


Em 1973, iniciou uma bem sucedida atividade agrícola com a constituição da empresa Itamarati Agro Pecuária S/A, localizada na cidade de Ponta Porã, no estado do Mato Grosso do Sul. A Fazenda Itamarati contava com uma área total de 50 mil hectares onde eram cultivados principalmente soja, milho, arroz, trigo e algodão. Uma área menor da fazenda era destinada a estudos, produção e desenvolvimento de sementes certificadas de arroz, soja, trigo, algodão, feijão, girassol e sorgo.

O solo da região não era o ideal para os espécimes de soja produzidos no Brasil. Para tornar o projeto viável, Olacyr teve que investir muito em pesquisa em laboratórios próprios, construídos para isso, que contaram com a colaboração de um convênio feito com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Foram desenvolvidas mais de 3000 linhagens diferentes de soja e trigo, até achar a que melhor se adaptava e geraria maior produtividade na região. Deu mais do que certo. A soja desenvolvida na região gerava 48% de proteínas em relação ao seu peso contra 44% da soja produzida nos Estados Unidos.

Em 1975 no município de Diamantino, MT, a apenas 300 km de Cuiabá, Olacyr inaugurou a empresa Itamarati Norte S/A que ocupava uma área total de 110.000 hectares onde passou a produzir principalmente soja, milho e algodão.

As técnicas de otimização desenvolvidas por ele e aplicadas na Fazenda Itamarati e na empresa Itamarati Norte S/A Agropecuária obtiveram tamanho sucesso que alçou Olacyr ao título de "Rei da Soja" nos anos 80, por ser indiscutivelmente o maior produtor individual de soja do mundo.


Nas fazendas de seu grupo foi montada toda uma infraestrutura para servir aos funcionários que ali moraram e se estabeleceram. Haviam por exemplo, hospitais e médicos nas próprias fazendas, com toda estrutura para atender as necessidades de seus funcionários. Os trabalhadores solteiros contavam com alojamentos parecidos com hotel, com portaria, recepção e chave de seu quarto. Já os casados recebiam uma casa com água, luz e esgoto por conta da empresa. A alimentação era fornecida pelo sistema "bandejão" no restaurante aos funcionários que ali trabalhavam e aos trabalhadores do campo eram fornecidas a mesma comida em embalagens tipo marmita de alumínio.

Essa dedicação aos trabalhadores de suas empresas foi reconhecida pelos seus funcionários: Enquanto comandou essas empresas, nunca houve uma só greve ou manifestação exigindo nada a mais por parte dos trabalhadores mesmo nos turbulentos anos 80 onde sindicatos promoviam greves em ritmo quase industrial.

Em 1979, Olacyr diversificou ainda mais suas operações inaugurando a empresa Calcário Tangará na cidade de Tangará da Serra, também no estado do Mato Grosso, e, em 1985, fundou a Calcário Itamarati na cidade de Bela Vista, no estado do Mato Grosso do Sul. Ambas empresas visavam à produção e comercialização de calcário para correção de solos destinados à agropecuária. A capacidade de produção nessas duas empresas era superior a 1.400.000 toneladas por ano.

A partir de 1980, no Chapadão dos Parecis, município de Nova Olímpia, MT, a apenas 200 km de Cuiabá, Olacyr construiu e operou a empresa Usinas Itamarati S/A, proprietária de aproximadamente de 100.000 hectares de terras no estado de Mato Grosso, cultivando principalmente cana-de-açúcar em terras próprias e de terceiros.


Anos depois, a Usinas Itamarati S/A produziu sozinha acima de sete milhões de toneladas de cana que resultaram em mais de 6,3 milhões de sacos de açúcar, 211 milhões de litros de álcool anidro e 128 milhões de litros de álcool hidratado, tornando-se assim a primeira empresa no mundo em quantidade de cana esmagada por safra.

Em 1986, constitui a empresa Itamarati Armazéns Gerais, oferecendo armazenagem e conservação de grãos eficiente, tanto no Mato Grosso como no Mato Grosso do Sul, para tudo o que era produzido nessa região.

Foi também no Chapadão dos Parecis que em 1989, Olacyr iniciou um programa de melhoramento genético do algodão brasileiro. O resultado de tanta pesquisa e desenvolvimento junto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) gerou a criação de uma variedade de algodão (ITA90) de alta produtividade e graças a ela, o Brasil deixou de ser um grande importador para ser um dos maiores exportadores de algodão do mundo. Olacyr também é o maior recordista de produção de milho em terras brasileiras.

As empresas de Olacyr cresciam, batiam recordes de produção e ajudavam a projetar o Brasil no exterior. Mas os governos federal e estaduais ao invés de ajudarem, só atrapalharam.

Para aumentar a capacidade de produção de energia em Mato Grosso, no início da década de 90, Olacyr fez um acordo com o governo desse estado onde ele construiria duas usinas hidrelétricas (JUBA I e JUBA II, com capacidade total instalada de 84 megawatts) onde a energia elétrica excedente seria vendida a Centrais Elétricas Matogrossenses (CEMAT), concessionária de energia do Estado, com o compromisso de que o governo de Mato Grosso investisse nas linhas de transmissão de energia. O governo não fez nada e as hidrelétricas ficaram paradas por mais de um ano.


Outra decepção com o poder público veio com a Ferronorte, ou Ferrovia Norte Brasil, primeira ferrovia executada pela iniciativa privada no país, que visava funcionar como um importante corredor de escoamento de grãos produzidos na região Norte e Centro-Oeste do Brasil para o porto de Santos em São Paulo. Para viabilizar o negócio, foi acordado que o governo do Estado de São Paulo ergueria uma ponte sobre o Rio Paraná ligando Mato Grosso a São Paulo e Olacyr construísse a ferrovia. Olacyr cumpriu sua parte, mas o governo do Estado de São Paulo, não. Somente depois de quase oito anos após uma intervenção do Governo Federal a ponte ficou pronta gerando um enorme prejuízo ao grande investimento feito por Olacyr. Para complicar ainda mais, na mesma época, sua Constran levou um tremendo calote de vários Governos Estaduais que promoviam diversas obras públicas de grande porte visando seus interesses eleitorais sem ter recursos suficientes para honrar os acordos.

Mostrando que, quem nasce para rei nunca perde a majestade, Olacyr deu a volta por cima e atualmente estava engajado em empreendimentos de mineração, Itaoeste, Serviços e Participações LTDA e OFM Mineral Star, para exploração de minérios dos mais variados, como diversos tipos de calcário, wollastonita (utilizados na produção de cerâmica, tintas, plásticos, adesivos, produtos sujeitos à fricção e refratários entre outros), manganês, ferro, cobalto, cobre, titânio, tungstênio, atapulgita, apenas para citar alguns, distribuídos pelas regiões Nordeste (Bahia e Piauí) e Sudeste (São Paulo).

A atividade minerária desenvolvida por Olacyr de Moraes tem impacto direto não apenas no setor extrativista em si, mas novamente no desenvolvimento agrícola nacional, alavancado por corretivos de solo, como o calcário, insumos a base de cobre e manganês ou ainda fertilizantes naturais, como no caso do silicato de cálcio - wollastonita - produto hoje 100% importado - apontado como referência potencial em culturas como as de cana de açúcar e arroz, entre várias outras.

O homem que começou com uma pequena transportadora de pedras para a prefeitura de São Paulo, se transformou em empresário, dono de banco, construtor de hidrelétrica, metrô e ferrovia além de ter sido o maior produtor individual de soja do mundo e um dos maiores de algodão e milho do Brasil, continuava acreditando e investindo no Brasil.

Durante sua trajetória profissional Olacyr recebeu mais de 200 títulos, entre diplomas, méritos e medalhas, como o de engenheiro honorário e de administrador de empresas, honraria recebida do governo brasileiro pelo reconhecimento de sua importante contribuição ao desenvolvimento de nosso país.

Morte

Olacyr de Moraes morreu aos 84 anos na madrugada de terça-feira, 16/06/2015, em São Paulo. Ele lutava contra um câncer de pâncreas descoberto no início de 2014.

Aos 82 anos de idade, Olacyr descobriu que estava com câncer no pâncreas. O tumor foi retirado e o empresário chegou a fazer radioterapia e quimioterapia. A doença, no entanto, não foi totalmente curada.

Com o tempo, Olacyr não conseguia tomar muitas medicações, já que tinha diabetes, infecções e sagramentos intestinais. Tais doenças também atrapalhavam o tratamento contra o câncer e o estado nutricional. Nos últimos meses, o empresário passou a postar várias frases sobre a sua luta contra o câncer.

O velório de Oacyr ocorreu na manhã de terça-feira, 16/06/2015, no Hospital Albert Einstein, e seu corpo foi cremado à tarde no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.