Mostrando postagens com marcador Empresário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Empresário. Mostrar todas as postagens

Valentin Tramontina

VALENTIN TRAMONTINA
(46 anos)
Ferreiro, Artesão e Empresário

☼ Santa Bárbara, RS (17/07/1893)
┼ (1939)

Valentin Tramontina foi um ferreiro e empresário, fundador da indústria metalúrgica Tramontina, nascido em Santa Bárbara, RS, no dia 17/07/1893. Valentin Tramontina era filho de imigrantes italianos da aldeia de Poffabro, município de de Frisanco, na região do Friuli-Venezia Giulia, nordeste da Itália.

Um homem, de mãos vazias, diante de uma gleba de terra coberta de matas, tendo como únicas armas e instrumentos seus sonhos e utopias de moradia e mesa farta rodeado de filhos. É o retrato do imigrante italiano que iniciava sua caminhada no Rio Grande do Sul, a partir de 20/05/1875.

Terra e mata, algum instrumento de trabalho, foi o início do barraco provisório, do esquartejo do pinheiro, da derrubada da mata, da construção da casa definitiva, dos cercados, galpões e as plantações.

Para o imigrante que deixou a Itália no final do século 19, o principal anseio era a propriedade da terra. O contato com a Revolução Industrial ocorrido na Europa foi de grande valia para o colono italiano. O trabalho na fábrica, ainda que temporário, o familiarizou com o novo modo de produzir. Algumas máquinas, fruto da revolução industrial, foram trazidas pelos imigrantes. Saber como as máquinas eram produzidas era um atalho para a produção de novas ferramentas e artefatos. Tudo o que escrevemos até agora é para dizer que a família Tramontina tinha em seu sangue o destemor da maioria dos imigrantes que aportaram nessa região inóspita e íngreme do Estado mais meridional do Brasil.

Ao chegar na região colonial do Rio Grande do Sul, o imigrante trazia o conhecimento de algumas atividades e as pré-condições para a produção de outras. Eram extremamente engenhosas.

Um córrego, a ser canalizado, em todo ou em parte, foi a grande engenhosidade dos imigrantes. A roda d'água foi o embrião da metalurgia da região.

Valentin Tramontina, em 1911, montou sua ferraria na então vila de Carlos Barbosa. A família de Valentin Tramontina morava em Santa Bárbara, localidade pertencente ao município de Bento Gonçalves, atualmente fazendo parte do município de Monte Belo do Sul, e lá eram feitos pequenos consertos, fabricação de ferraduras, além de ferrar cavalos. O início da hoje exuberante Cutelaria ocorreu em seguida, quando Valentin Tramontina passou a fazer canivetes depois de ter visto um que veio da Itália.

Valentin Tramontina veio a Carlos Barbosa porque a chegada da ferrovia significava perspectiva de expansão. Até 1930, a produção da ferraria era modesta. Valentin Tramontina prestava serviços a empresas, entre elas Arthur Renner, proprietário de uma refinaria de banha, onde eram abatidos mais de 150 suínos por dia. Fazia consertos nas empresas e fabricava facas e canivetes. Podia ser considerado um ferreiro urbano.

Em 1919 prestou serviço militar no Tiro de Guerra 395, mesmo ano em que comprou um terreno de 300m² na Rua Amapá, construindo um prédio de madeira para abrigar a ferraria.

Em 1920 Valentin Tramontina e Elisa De Cecco se casaram e somaram forças para, juntos, trilharem prósperos caminhos. O casal teve três filhos, IvoHenrique e Nilo.

Em 1924, a empresa de Arthur Renner se transfere para Montenegro.

A partir de então, ocorrem algumas mudanças na linha de produção. O tradicional cabo de madeira das facas e canivetes é substituído pelo cabo de chifre, e vários modelos são lançados, entre eles um denominado "Santa Bárbara".

Em 1932, Valentin Tramontina agrega os primeiros colaboradores. São pessoas que residem na vila, trabalham na agricultura em tempo parcial e começam a fazer facas e canivetes nos porões de suas casas.

Elisa Secco Tramontina
Valentin Tramontina faleceu aos 46 anos de idade, no ano de 1939. A partir daí, assume a ferraria, Elisa Tramontina, esposa de Valentin, que despontou como uma empreendedora nata e arrojada. Ela é quem embarcou no trem da estação da vila de Carlos Barbosa e foi vender a produção nos mercados regionais e na capital do Estado.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), caso não existisse a determinação e a coragem de Elisa Tramontina, a ferraria teria sucumbido.

Em 1944, a empresa compra a sua primeira prensa excêntrica. Antes, todas as lâminas eram cortadas manualmente com o auxílio de talhadeiras. Depois passaram a ser cortadas com o uso de estampos.

O ano de 1949 pode ser considerado um marco na história do Grupo. Trata-se da data em que Ruy José Scomazzon, um jovem de apenas 20 anos, amigo de Ivo Tramontina, cursando a Faculdade de Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Porto Alegre, começa a prestar assessoria à Tramontina.

Ruy, com espírito de liderança, implantou planos ambiciosos, enfatizando a organização em todos os setores. Inaugurou-se uma nova etapa. O caráter artesanal dá lugar a uma produção manufatureira. Na década de 50, a empresa contava com 30 empregados e alguns representantes comissionados espalhados pelo Estado.

Os canivetes representavam 90% do faturamento. Vem da Itália a tradição de ter no bolso um canivete, cuja denominação é "brítola". Trata-se de um canivete com formato de pequena foice utilizado principalmente na poda da parreira, para cortar vime. A Tramontina sempre se destacou na fabricação deste canivete.

Em 1954, organiza-se a empresa V.a. Valentin Tramontina & Cia. Ltda., sendo sócios, Elisa Tramontina, Ivo TramontinaRuy José Scomazzon. No ano seguinte tem início a laminação do aço. Antes o aço era obtido forjando-se pedaço por pedaço, em um malho. A laminação abriu imensas possibilidades de crescimento.

A empresa se capitalizou rapidamente, com inovações tecnológicas: laminadores, marteletes, máquinas de esmerilhar e forjar, que dinamizam a produção em série.

Com a presença do governador Ildo Meneghetti, em dezembro de 1956, foi inaugurada a ampliação das instalações da empresa e o novo escritório. Intensificou-se a produção de facas e ferramentas agrícolas.

O ano de 1958 marcou a fundação da Metalúrgica Forjasul, em Porto Alegre, e posteriormente transferida para Canoas.

Em 1961 faleceu Elisa Tramontina.

As décadas de 60 e 70 são marcadas pela instalação de empresas do Grupo em Garibaldi, Farroupilha e na Bahia, e também pela admissão de novos empregados. Houve um salto gigantesco. Dos 30 empregados existentes em 1950, a empresa passou a ter em seu quadro 557 funcionários no final dos anos 60.

Nestes anos, a linha de produtos ganhou inúmeros itens como facas (cozinha, profissional, esportiva), canivetes, tesouras, espetos, talheres, utensílios de cozinha e panelas, formas e travessas antiaderentes de alumínio; materiais elétricos como interruptores e tomadas, além de uma vasta linha de ferramentas como martelos, chaves de boca, chaves de fenda, alicates, formões, plainas, serras, serrotes, entre outras.

A década de 80 foi de um enorme crescimento para empresa, tanto no mercado interno como externo, onde em 1986 inaugurou uma subsidiária na cidade de Houston no Texas, Estados Unidos. Nos anos seguintes a Tramontina se tornou definitivamente um gigante em seu setor, ampliando ainda mais sua linha de produtos e ingressando em muitos mercados mundiais como a Alemanha (1993), Chile (2000), Dubai (2004) e Peru (2005).

Neste novo milênio a Tramontina também decidiu que tinha chegado a hora de ir além da cozinha. A ordem partiu de Clóvis Tramontina, neto de Valentim Tramontina e principal responsável pelas maiores mudanças da empresa nos últimos anos. A grande tacada do empresário foi aproveitar uma simples fábrica de cabos de madeira que revestem talheres para ingressar no mercado de móveis. Cadeiras e mesas com a marca Tramontina começaram a aparecer nas lojas. O mesmo aconteceu com a unidade que fazia cabos de plástico: Foi ampliada para fabricar móveis para piscina.

Em 2007, a Tramontina, líder nacional nos segmentos de panelas, talheres e ferramentas, decidiu combater os importados com um apelo à "brasilidade" do consumidor e uma política comercial mais agressiva. A empresa lançou uma coleção de panelas em aço inoxidável denominada "Linha Tropical", com a bandeira do Brasil nas embalagens de cinco unidades e preço ao consumidor padronizado em R$ 199,00 para todo o país, parcelado em até 10 vezes. O resultado: Em três meses foram vendidas 435 mil unidades.

Hoje o Grupo emprega quase 6.000 pessoas, exporta para mais de 100 países e é uma marca conhecida no mundo inteiro. Nas suas diversas unidades produz mais de 17 mil itens.

O Grupo Tramontina mantém vínculos de forte enraizamento nas comunidades onde atua. Nas cidades onde a empresa tem unidades instaladas, é notória sua participação em projetos culturais, esportivos, sociais e ambientais.

Nessa trajetória, o grande mérito foi a convivência fraterna e harmoniosa entre Ivo Tramontina e Ruy José Scomazzon. Esse é o maior exemplo para a continuidade dessa empresa que é o orgulho de Carlos Barbosa, do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Fábrica Tramontina Eletrik
A História Falsa

"Se eu soubesse ler e escrever… ainda seria o Porteiro do Puteiro!"

Com essa frase se inicia o titulo e termina uma historia que tem sido contada na internet há muito tempo. Ainda nos dias atuais, quase toda as pessoas que leem a falsa história de Valentin Tramontina, se emocionam, suspiram, algumas outras dizem até que choram. Mas a bela historia não passa de uma mentira feita para dar lição motivadora.

José Rozenblit

JOSÉ ROZENBLIT
(89 anos)
Empresário

☼ Recife, PE (1927)
┼ Recife, PE (20/10/2016)

José Rozenblit foi um empresário brasileiro nascido em Recife, PE, no ano de 1927. Foi um dos fundadores da Fábrica de Discos Rozenblit, considerada por anos a maior fábrica de vinil do Brasil.

Seu pai possuía uma loja e após uma viagem aos Estados Unidos, José Rozenblit passou a importar e comercializar discos na loja da família e não demorou muito para inaugurar a Lojas do Bom Gosto, especializada em discos.

Em parceria com os irmãos, no dia 11/06/1954 fundou a Fábrica de Discos Rozenblit e que por anos foi a líder no mercado fonográfica como fornecedora de discos (22% do mercado nacional e 50% do regional). Paralelamente a fabricação do vinil, José Rozenblit manteve vários selos (gravadoras), sendo o principal, o selo Mocambo.

Após várias enchentes que quase destruíram a fábrica, em 1966, 1967, 1970, 1975 e 1977, além da concorrência, fizeram com que a Discos Rozenblit fechassem as portas em meados da década de 1980.

José Rozenblit foi presidente do Sport Club do Recife entre 1969 e 1970.

Fábrica de Disco Rozenblit

A indústria fonográfica no Brasil teve sua primeira fábrica de discos, a Odeon, por iniciativa do imigrante tchecoslovaco, de origem judaica, Frederico Figner (Fred Figner). A Odeon foi instalada no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, e manteve a liderança até 1924, quando o processo de gravação elétrica foi criado pela Victor Talking Machine, uma revolução na história da indústria fonográfica.

Produziram-se, assim, os discos de 78 rpm (Rotações Por Minuto) que reinaram até a década de 1960 e foram substituídos pelo LP (Long Playing = Longa Gravação), contendo entre quatro e doze músicas. No período de 1930 a 1960, o número de fábricas fonográficas no Brasil passou de três, Odeon, Victor e Colúmbia, para 150.

Dentre tantas, a única grande gravadora brasileira localizada fora do eixo Sul-Sudeste do país foi a Fábrica de Discos Rozenblit, que funcionou no Recife entre os anos de 1954 a 1984.

O comerciante José Rozenblit, criador da Fábrica de Discos Rozenblit Ltda., era proprietário de um estabelecimento comercial, as Lojas do Bom Gosto, que ficava próximo à Ponte da Boa Vista, no centro do Recife.

Lá, o cliente dispunha de seis cabinas, onde podia ouvir os álbuns antes de comprá-los ou não. Também podia se encontrar uma cabina especial de gravação, onde o cliente podia gravar jingles ou sua voz em acetato - algo raro no país.

A Loja não vendia apenas discos, ela também comercializava eletrodomésticos e móveis modernos, contudo, os vinis eram os responsáveis pela sua fama na cidade. Vez por outra, artistas plásticos locais expunham seus trabalhos no espaço físico da loja. Dessa forma, José Rozenblit se tornou conhecido entre artistas e intelectuais da cidade.

Em 1953, gravou duas composições de frevo, que foram prensadas no Rio de Janeiro, escolhidas pelo maestro Nelson Ferreira. O frevo de rua "Come e Dorme" e o frevo-canção "Boneca". O primeiro de autoria do próprio maestro e o segundo de José Menezes e Aldemar Paiva.

Esse fato foi decisivo para a criação da Fábrica de Discos Rozenblit. Em sociedade com os irmãos Isaac e Adolfo, a Fábrica, foi fundada em 11/06/1954, e instalada na Estrada dos Remédios, no bairro de Afogados. A estrutura abrigava dependências que serviam adequadamente ao processo de produção de discos, desde a gravação até a comercialização. Possuía um estúdio que comportava uma orquestra sinfônica e um moderno parque gráfico.


A criação da Fábrica quebrou o sistema de dependência de uma indústria estrangeira, a RCA Victor, para a produção e divulgação de discos de frevo e favoreceu a gravação de outros ritmos pernambucanos como o baião, coco, xote, maracatu, ciranda.  Aliás, a preocupação com a música local e regional caracterizou a produção da Fábrica de Discos Rozenblit que, esporadicamente, também produziu alguma coisa do eixo Rio-São Paulo.

Abriu filiais no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e investiu no mercado nacional: lançou artistas como Zé Ramalho e Tom Zé, e sucessos de grandes compositores como Pixinguinha, Tom Jobim e Ary Barroso.

A Fábrica de Discos Rozenblit também foi responsável por muitos sucessos internacionais. Parceira de gravadoras estrangeiras como Mercury, Barclay, Kapp entre outras, as matrizes de discos estrangeiros eram compradas, prensadas e embaladas e, dessa forma, a Rozenblit lançou no Brasil artistas como Steve Wonder, Diana Ross, Louis Armstrong.

A Fábrica de Discos também se dedicou a gravar vozes de escritores pernambucanos ora em prosa ora em versos, a exemplo de Gilberto Freyre, Ascenso Ferreira e Mauro Mota.

A marca visual dos discos da Rozenblit passou por vários selos de identificação onde o mais conhecido foi o Mocambo, utilizado desde 1953. Outros selos utilizados foram: Passarela, AU (Artistas Unidos), Arquivo e o Solar.

Coube a Fábrica de Discos Rozenblit o pioneirismo de gravar um disco do bloco O Bafo da Onça, um dos mais conhecidos do carnaval carioca.

No fim da década de 1960, gravou ao vivo as doze músicas classificadas do II Festival de Música Popular Brasileira promovido pela TV Record, São Paulo. Entre elas: "Disparada", de Geraldo Vandré, e "A Banda", de Chico Buarque

O inovador movimento Udigrudi - o movimento contra-cultural recifense que conciliava o rock psicodélico e a música regional, ilustrado não apenas pela música, mas também por peças teatrais, textos, cinema, artes plásticas e até artesanato - teve vez na Rozenblit. Dessa experiência, foram produzidos os discos "Satwa" (todo instrumental), de Lula Cortês e Lailson, e o "Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol", de Lula Cortês e Zé Ramalho, que também reuniu grandes nomes como Geraldo Azevedo e Alceu Valença.


O maior sucesso nacional da Fábrica de Discos Rozenblit, entretanto, foi o frevo "Evocação nº 1" (Nelson Ferreira), seguido da marcha-rancho "Máscara Negra" (Zé Keti e Pereira Matos) e "Maria Betânia" (Capiba).

Embora o pioneirismo na divulgação da música nordestina e regional e, com menos frequência, da música nacional resultasse no sucesso da Fábrica de Discos Rozenblit, a competição com as gravadoras multinacionais enfraqueceu sua trajetória ascendente. As dificuldades financeiras começaram a surgir e se agravaram quando a Fábrica foi atingida pelas enchentes de 1966, 1967, 1970, 1975 e 1977.

Em 1966, a Fábrica de Discos Rozenblit foi praticamente arruinada. Contando com a ajuda oficial e privada foi restaurada em alguns meses.

Em 1967, a enchente destruiu quase tudo e a Fábrica de Discos Rozenblit ficou funcionando precariamente.

Em 1975, a ajuda veio do governo do Estado de Pernambuco que, por intermédio do Condepe, concedeu empréstimo para compra de equipamentos para soerguer a Fábrica. 

Na década de 1980, depois de muitos anos de sucesso e alguns de perda e grandes dificuldades financeiras, a Fábrica de Discos Rozenblit encerrou suas atividades.

José Rozenblit foi homenageado pelo Carnaval do Recife em 2003, e, há alguns anos, mantinha postura reservada e sofria complicações de um acidente vascular cerebral.

Para o historiador pernambucano Jacques Ribemboim, a importância de José Rozenblit, cujo nome tem origem russa, para a cultura do Estado vai além da música. Em Boa Vista, o berço das artes plásticas pernambucanas, Jacques Ribemboim cita a família Rozenblit, que residia no Centro do Recife, onde José Rozenblit viveu até o casamento, quando mudou-se para a Av. 17 de Agosto, em Casa Forte - endereço tombado hoje como referência da arquitetura modernista local.

"Muitos artistas locais só conseguiram lançar seus discos no mercado graças à Fábrica Rozenblit. Mas o legado foi além. Ele promoveu artistas locais ao encarregá-los da concepção das capas desses discos. Entre os chamados 'capistas' da Rozenblit, se lançaram grandes artistas plásticos locais. Ele contratou, por exemplo, Wilton de Souza. Wilton de Souza, junto com Lula Cardoso Ayres, que por sua vez não chegou a integrar o quadro de funcionários da Fábrica, foi um dos principais precursores do design pernambucano. Um pioneiro!"
(Jacques Ribemboim)


O artista plástico Wilton de Souza, que fundou o Clube da Gravura e o Ateliê Coletivo em parceria com Abelardo da Hora, Gilvan Samico, José Cláudio e outros nomes das artes plásticas do Estado, via em José Rozenblit um incentivador. Foi, por muitos anos, encarregado de coordenar o departamento de artes da fábrica.

"Perdemos um elemento de grande sensibilidade, não somente pela música, pela divulgação do nosso frevo, dos ritmos locais, mas pela arte de maneira geral", observa. Wilton de Souza se recorda do teste para trabalhar na Fábrica, um desenho que seria encartado em LP, e dos conselhos trocados com o empresário em relação à indústria da música e aos nomes dos discos prensados na Rozenblit. Em entrevista ao Viver, se emociona: "Falar sobre Rozenblit é, para mim, uma oportunidade de devolver um pouco do que ele me proporcionou", diz.

No documentário "Rosa de Sangue", com direção, roteiro e produção da jornalista e produtora cultural pernambucana Melina Hickson, a história da gravadora se revela em detalhes. Premiado com o 1º lugar de Melhor Documentário da XXV Jornada Internacional de Cinema da Bahia e 3º Lugar na categoria documental do VI Festival de Vídeo de Teresina, em 1998, ano em que foi lançado, o filme reúne depoimentos de músicos locais e nomes ligados à indústria fonográfica, como Zé da Flauta, Lula Côrtes e Zé Ramalho. Nele, é reforçado o valor histórico da Fábrica Rozenblit, naquela época o maior parque industrial fonográfico do país fora do eixo Rio-São Paulo.

"José Rozenblit foi um visionário. Ele estava recluso há muitos anos. Não falava à imprensa, o que reforça o valor documental de 'Rosa de Sangue', para o qual ele abriu as portas por vários dias de registros e gravações", explica Melina Hickson.

Ela aborda, nas filmagens, não somente as memórias da fase áurea da gravadora, mas também sua derrocada. "As cheias do Recife levaram muito material dele por água abaixo. Ele foi processado por muitos músicos, ficou muito abatido", conta Melina Hickson. Por vezes, enchentes quase destruíram a empresa, causando enormes prejuízos a José Rozenblit, que optou pelo encerramento das atividades da Fábrica em meados dos anos 1980. A situação era insustentável: praticamente todo o acervo de fitas matrizes havia sido perdido em sucessivas inundações nas décadas de 1960 e 1970.

Morte

José Rozenblit faleceu na noite do sábado, 29/10/2016, aos 89 anos, em consequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Poucas pessoas, entre familiares e amigos, compareceram à cerimônia judaica, que foi bastante simples, como pede a religião. José Rozenblit foi enterrado na manhã de domingo, 30/10/2016, no Cemitério Israelita, no Barro. 

Com a morte dele vai embora também um testemunho histórico da música do Estado, do Nordeste e do Brasil, de 1954 a 1984, período em que a fábrica produziu mais de dois mil discos. 

Indicação: Miguel Sampaio

Mr. Basart

BASÍLIO ARTERO SANCHEZ
(66 anos)
Empresário e Mágico

☼ Almería, Espanha (22/08/1949)
┼ São Paulo, SP (12/08/2016)

Natural de Huércal-Overa, província de Almería, Espanha, Mr. Basart era muito conhecido do público pela sua atuação no Programa "Bambalalão" da TV Cultura nos anos 1980. Através das suas frequentes apresentações, por sete anos consecutivos, criou uma enorme rede de fãs e despertou em muitos deles o interesse pela Arte Mágica.

Atuou em quase todos os estados brasileiros e em diversas partes do mundo. Orgulhava-se de ter trabalhado no Japão, por seis meses numa mesma casa, duas sessões diárias, e de não ter repetido nenhum número nos 360 shows que apresentou.

Em 1982 criou, juntamente com o mágico Gran Leo, Leonardo Pinto Filho (1945-2012), o Museu de Arte Mágica e Ilusionismo João Peixoto dos Santos, que se tornou uma referência sobre a história da Arte Mágica no Brasil e no mundo. O museu, além de possuir um importante acervo, foi sede de eventos e de inúmeros cursos de mágica.


Quando se referia ao museu, Mr. Basart costumava dizer: "Este museu é assim, narra a história da mágica e do ilusionismo e faz todo visitante voltar um pouquinho a ser criança!"

Responsável pelo quadro "Curiosidades Mágicas", uma vez por mês apresentava-se no "Programa Truques & Ilusões" com uma curiosidade referente ao universo da magia.

Foi empresário do ramo gráfico, era formado em Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Direito. Criou e editou a revista "Passe Mágico", que teve a duração de 19 edições.

Com 46 anos envolvidos com a Arte Mágica, cujo início se deu no ano de 1970 e prestes a completar 67 anos, Mr. Basart deixou os palcos da vida para entrar na história. Faleceu no dia 12/08/2016, em São Paulo, SP.

Sem sombras de duvidas, deixou uma lacuna difícil de ser preenchida. Mais uma perda irreparável. A Arte Mágica empobreceu.

Indicação: Carlos da Terra

Domingos Montagner

DOMINGOS MONTAGNER
(54 anos)
Ator, Palhaço, Artista Circense, Teatrólogo e Empresário

☼ São Paulo, SP (26/02/1962)
┼ Canindé de São Francisco, SE (15/09/2016)

Domingos Montagner foi um ator, palhaço, artista circense, teatrólogo e empresário brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 26/02/1962.

Domingos Montagner nasceu no bairro paulistano do Tatuapé numa família descendentes de italianos.

Domingos Montagner Iniciou sua carreira em teatros e circos, através do curso de interpretação de Myriam Muniz, e no Circo Escola Picadeiro conheceu as técnicas e o vocabulário que o conduziram para o circo e a arte popular.

Com Fernando Sampaio, formou em 1997 o Grupo La Mínima, que possui 12 espetáculos em repertório. "A Noite dos Palhaços Mudos", de 2008, lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator.

Em 2003, com mais oito artistas, criou o Circo Zanni, do qual é diretor artístico.

Sua estreia na televisão aconteceu com o seriado "Mothern", no canal GNT. Na TV Globo, suas primeiras participações foram no programa "Força Tarefa" (2009) e nas séries "A Cura" (2010) e "Divã" (2011).


Em 2011, atuou em sua primeira novela, "Cordel Encantado", pela qual recebeu os prêmios Contigo e Melhores do Ano do programa "Domingão do Faustão", ambos na categoria Ator Revelação.

Em 2012, protagonizou a minissérie "Brado Retumbante", de Euclydes Marinho, vivendo o presidente Paulo Ventura, pela qual recebeu o prêmio Contigo na categoria de Melhor Ator de Série / Minissérie. Também em 2012, o artista atuou na novela "Salve Jorge", de Glória Perez. Estreou no cinema no mesmo ano, com uma participação especial no longa "Gonzaga - de Pai Pra Filho", de Breno Silveira.

Em 2013, Domingos Montagner foi escalado para a novela das 18h00, "Joia Rara", de Thelma Guedes e Duca Rachid.

Em 2015, interpretou Miguel, o protagonista da novela "Sete Vidas", de Lícia Manzo, e em seguida deu vida ao delegado Espinosa na série "Romance Policial - Espinosa". A adaptação do livro "Uma Janela em Copacabana", de Luiz Alfredo Garcia Roza, foi ao ar no canal GNT,  com direção geral de José Henrique Fonseca. No mesmo ano, Domingos Montagner participou dos longas-metragens "Vidas Partidas" (Marcos Schechtman),  "De Onde Te Vejo" (Luiz Villaça) e "O Outro Lado do Vento" (Walter Lima Jr.), que entram em cartaz em 2016.

Atualmente, Domingos Montagner estava no elenco de "Velho Chico", novela de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho.

Circo

O Circo Zanni, do qual Domingos Montagner era diretor artístico e um dos nove sócios, estreou no verão de 2004, em Boiçucanga, litoral norte de São Paulo, após dez meses de preparação e busca de recursos para adquirir sua própria lona e estrutura.

Hoje a companhia acumula um total de 26 temporadas - em estados como São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Santa Catarina -, tendo superado a marca de 130 mil espectadores. Participou de Festivais de Circo no Brasil e no exterior, ganhou Prêmios de Estímulo e Fomento à Cultura e patrocínios por meio da Lei Federal Rouanet de Incentivo à Cultura.

Recentemente, foi eleito o melhor circo de São Paulo na edição especial "O Melhor de São Paulo" da Revista Época e, este ano de 2016, foi uma das atrações do 1º Festival Internacional de Circo de Buenos Aires, na Argentina.

Domingos Montagner e Fernando Sampaio são os fundadores do Circo Zanni, que busca revitalizar a importância dos circos de pequeno e médio porte na vida cultural das cidades.

Teatro

Domingos Montagner e Fernando Sampaio conheceram-se em 1989, no Circo Escola Picadeiro em São Paulo, onde iniciaram a dupla de palhaços. Ali criaram e levaram às ruas, reprises, entradas e outros números circenses, desenvolvidos sob a orientação do mestre Roger Avanzi, o Palhaço Picolino.

Em 1997, criaram o Grupo LaMínima, que estreou com o espetáculo "LaMínima Cia. de Ballet", baseada no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas. Desde então, a arte do circo e do palhaço, conduziram o trabalho da dupla, em espetáculos de rua e sala, que percorreram, nestes 15 anos dezenas de festivais e temporadas nacionais e internacionais.

Dentre os principais prêmios recebidos pelo LaMínima estão dois APCA: Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, por "Piratas do Tietê - O Filme" e Melhor Espetáculo com Técnicas Circenses, por "À La Carte"; Prêmio Coca-Cola FEMSA na Categoria de Melhor Espetáculo Jovem de 2003 por "Piratas do Tietê - O Filme".

A Noite dos Palhaços Mudos recebeu em 2008 os prêmios Shell de Teatro SP - Melhor Ator para Domingos Montagner e Fernando Sampaio, Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Espetáculo de Sala Convencional e Melhor Elenco.

Morte

Domingos Montagner desapareceu na quinta-feira, 15/09/2016, depois de mergulhar no Rio São Francisco, na região de Canindé de São Francisco, divisa com Alagoas e Sergipe. Ele estava de folga junto com uma colega, mergulhou e foi levado pela correnteza. A colega em questão era a atriz Camila Pitanga e ela entrou na água junto com Domingos Montagner.

De acordo com a colunista Patricia Kogut, do jornal "O Globo"Camila Pitanga também mergulhou, mas conseguiu segurar em uma pedra para não ser arrastada pela correnteza.

"A Camila está transtornada. Ela contou que os dois estavam de folga e foram dar um mergulho para se despedir do rio. A correnteza começou a puxá-lo. Domingos lutou, mas acabou afundando e não emergiu mais. Camila foi mais ágil, nadou e se agarrou a uma pedra. Todas as forças do estado de Sergipe trabalharam nas buscas."

As buscas para encontrar Domingos Montagner contaram com 2 helicópteros, 2 lanchas e vários pescadores locais.

O corpo de Domingos Montagner foi encontrado na na quinta-feira, 15/09/2016, no Rio São Francisco, informaram as autoridades de Canindé de São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas. Ele deixa a mulher, Luciana Lima, e três filhos.

Segundo relatos iniciais, o ator gravou cenas da novela pela manhã e, no início da tarde, estava em momento de lazer. Depois do almoço, mergulhou no Rio São Francisco ao lado da atriz Camila Pitanga. Eles teriam nadado até um conjunto de rochas, o que exigiu fisicamente dos atores. Camila Pitanga conseguiu chegar às rochas, mas o ator, não.

Em "Velho Chico", seu personagem, Santo, chegou a desaparecer nas águas do Rio São Francisco, após levar três tiros em um atentado. A população da cidade se mobilizou, então, para encontrá-lo, com receio que ele tivesse se afogado. Mas Santo foi salvo por um pajé de uma tribo indígena.

Trabalhos

Televisão
  • 2008 - Mothern ... João
  • 2010 - Força Tarefa  ... Cabo Moacyr
  • 2010 - A Cura ... Pai de Ezequiel
  • 2011 - Divã ... Carlos Alencar
  • 2011 - Cordel Encantado  ... Capitão Herculano Araújo
  • 2012 - O Brado Retumbante ... Paulo Ventura
  • 2012 - Salve Jorge ... Zyah
  • 2012 - Gonzaga - De Pai pra Filho ... Coronel Raimundo
  • 2013 - Jóia Rara ... Raimundo Fonseca (Mundo)
  • 2015 - Sete Vidas ... João Miguel Oliveira Sanches
  • 2015 - Romance Policial - Espinosa ... Espinosa
  • 2016 - Velho Chico ... Santo dos Anjos

Cinema
  • 2009 - Paredes Nuas
  • 2012 - A Noite dos Palhaços Mudos ... Palhaço
  • 2014 - A Grande Vitória ... César Trombini
  • 2014 - Tarja Branca - A Revolução Que Faltava
  • 2015 - Através da Sombra ... Afonso
  • 2016 - De Onde Eu Te Vejo ... Fábio
  • 2016 - Um Namorado Para Minha Mulher ... Corvo
  • 2016 - Vidas Partidas ... Raul
  • 2016 - O Rei das Manhãs ... Palhaço

Teatro
  • 2001 - À La Carte
  • 2003 - Piratas do Tietê, O Filme
  • 2006 - Feia - Uma Comédia Circense
  • 2007 - Reprise
  • 2008 - A Noite dos Palhaços Mudos
  • 2012 - Mistero Buffo
  • 2016 - Mistero Buffo

Prêmios e Indicações

  • 2011 - Prêmio Extra de Televisão - "Cordel Encantado" (Revelação Masculina - Indicado)
  • 2011 - Melhores do Ano  - Melhor Ator Revelação - "Cordel Encantando" (Venceu)
  • 2011 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator Coadjuvante - "Cordel Encantado" (Indicado)
  • 2012 - Prêmio Contigo! de TV - Revelação da TV (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Contigo! de TV - Melhor Ator de Série ou Minissérie - "O Brado Retumbante" (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator - "Salve Jorge" (Indicado )
  • 2015 - Troféu APCA - Melhor Ator - "Sete Vidas" (Indicado)

Luis Álvaro

LUIS ÁLVARO DE OLIVEIRA RIBEIRO
(73 anos)
Empresário e Ex-Presidente do Santos Futebol Clube

☼ Santos, SP (16/12/1942)
┼ São Paulo, SP (16/08/2016)

Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, também conhecido como Laor, foi um empresário brasileiro do setor imobiliário e presidente do Santos Futebol Clube, tendo cumprido mandato entre dezembro de 2009 e maio de 2014 após suceder um mandato de dez anos de Marcelo Teixeira.

Nascido na cidade de Santos, SP, em 16/12/1942, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro foi conselheiro do Santos por 17 anos, tendo renunciado ao cargo de conselheiro uma vez. Luis Álvaro foi candidato à presidência do Santos em 2003 contra o empresário Marcelo Teixeira, tendo alcançado 990 votos (40% dos votantes).

"Meu médico e minha família me chamaram de louco por assumir a candidatura, pois em julho de 2003 havia sofrido um infarto e quatro paradas cardíacas. Mas o amor pelo Santos falou mais alto, e dois meses depois de ver a morte de perto eu estava lá como candidato!"
(Luis Álvaro)

Em novembro de 2009, em eleição marcada por manifestações, o candidato da oposição venceu com 62 % dos votos válidos, 1.882 votos, o maior quorum da história do clube, derrotando o mesmo Marcelo Teixeira, que desde então havia se mantido na presidência do clube. Além deste recorde, era também o mais rápido presidente campeão do Santos, feito alcançado ao conquistar o Campeonato Paulista de 2010, depois de apenas 30 partidas no total, 23 pelo campeonato.

Luís Alvaro foi o 35° presidente do Santos Futebol Clube.

Um dos seus maiores feitos, logo no começo da gestão, foi a repatriação do ídolo Robinho, contratado por empréstimo junto ao Manchester City, da Inglaterra. Para obter êxito na negociação, Luis Álvaro contou com a ajuda de parceiros que, por meio de cotas, ajudaram a pagar os salários do atacante.

Após conquistar o Campeonato Paulista de Futebol estando por apenas cinco meses no comando executivo do Santos Futebol Clube, Luis Álvaro alcançou outro feito notável: Liderou o clube à sua segunda conquista no ano de 2010, a Copa do Brasil, título inédito para o Santos. Desde 1968, o Santos não conquistava dois títulos no mesmo ano.

Usando de sua habilidade e experiência no ramo dos negócios, Luis Álvaro contrariou todas as expectativas e renovou por cinco anos o contrato do atacante Neymar, que vinha sendo fortemente assediado pelo Chelsea para trocar o Santos pelo clube londrino. A negociação salarial foi feita nos mesmos moldes da que já havia rendido sucesso com Robinho. Ainda em 2010, antes de completar um ano de mandato, repatriou mais um ídolo da torcida santista, um dos destaques do Brasil na Copa da África, Elano.

Luis Álvaro estabeleceu importante participação na conquista da Taça Libertadores da América de 2011 vencida pelo Santos.

Em 15/05/2014, após dois meses afastado da presidência santista, Luís Álvaro renunciou ao cargo por problemas de saúde. Disse, na carta de renúncia:

"Lamento, constrangido, este ato extremo por conta do expressivo percentual de 87% dos sócios que me confiaram a reeleição, a quem peço desculpas."

Morte

Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro morreu na madrugada de terça-feira, 16/08/2016, em São Paulo, SP, aos 73 anos. Luis Álvaro estava internado no Hospital Albert Einstein para tratamento de um tumor maligno no reto.

Nos últimos anos, enfrentou problemas cardíacos e pulmonares, além de ter retirado parte do intestino por causa de um quadro de colite e ter uma pancreatite.

Títulos

Futebol Masculino
  • 2013 - Copa São Paulo de Futebol Júnior
  • 2012 - Campeonato Paulista
  • 2012 - Recopa Sul-Americana
  • 2011 - Copa Libertadores da América
  • 2011 - Campeonato Paulista
  • 2010 - Copa do Brasil
  • 2010 - Campeonato Paulista

Futebol Feminino
  • 2011 - Torneio Internacional Interclubes de Futebol Feminino
  • 2011 - Campeonato Paulista
  • 2010 - Copa Libertadores da América de Futebol Feminino
  • 2010 - Campeonato Paulista

Futesal
  • 2011 - Liga Futsal
  • 2011 - Copa Gramado

Fonte: Wikipédia

João Havelange

JEAN-MARIE FAUSTIN GOEDEFROID HAVELANGE
(100 anos)
Advogado, Empresário, Atleta e Dirigente Esportivo

☼ Rio de Janeiro, RJ (08/05/1916)
┼ Rio de Janeiro, RJ (16/08/2016)

Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange, mais conhecido como João Havelange, foi um advogado, empresário, atleta e dirigente esportivo brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 08/05/1916.

João Havelange praticou natação e polo aquático profissionalmente, obtendo uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955. Como dirigente, João Havelange destacou-se por ser o sétimo presidente da Fédération Internationale de Football Association (FIFA), de 1974 a 1998, precedido no cargo por Sir Stanley Rous e sucedido por Joseph Blatter.

De 1963 a 2011, João Havelange foi membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Em 1998, ele foi eleito presidente de Honra da Fédération Internationale de Football Association (FIFA), sendo também torcedor e presidente de honra do Fluminense.

Filho do belga Faustin Havelange, um comerciante de armas radicado no Rio de Janeiro, onde possuía uma grande propriedade que se estendia pelos atuais bairros de Laranjeiras, Cosme Velho e Santa Teresa, desde a infância se dedicou aos esportes.

No Fluminense, foi escoteiro e atleta, infantil, juvenil e adulto, destacando-se em vários esportes, inclusive no futebol, pois em 1931 foi campeão carioca juvenil. Ainda nesta década graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) e competiu como nadador nas Olimpíadas de Berlim, em 1936.

Brilhou como jogador de pólo aquático em Helsinque, Finlândia, em 1952, além de comandar a delegação brasileira em Melbourne, Austrália, em 1956. Posteriormente, foi dirigente de esporte, inicialmente na Federação Paulista de Natação, já que residia em São Paulo na época, em 1948.

Quando retornou ao Rio de Janeiro em 1952, se tornou presidente da Federação Metropolitana de Natação e vice-presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD). A essa época já havia se formado advogado e além de acionista, ocupava o cargo de diretor executivo da Viação Cometa, tradicional empresa de transporte rodoviário de passageiros que opera nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

CBD e COI

De 1956 a 1974 presidiu a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que congregava, à época, 24 esportes e não somente o futebol. Durante este período, o futebol brasileiro conheceu o ápice de sua história: Consagrou-se Tricampeão Mundial de Futebol com a conquista das Copas do Mundo de 1958, na Suécia de 1962, no Chile, e de 1970, no México.

João Havelange, filho de um belga comerciante de armas, afirmou em entrevista no programa do SporTV, "Histórias Com Galvão Bueno", que após a morte de seu pai, recebeu convite de uma empresa belga para dar continuidade aos negócios do comércio de armas, mas não aceitou tal convite por ter verdadeira aversão a armas, por se tratar de instrumento de morte e violência. João Havelange declarou que nunca possuiu uma arma em sua vida.

Em 01/09/1960 foi eleito Comendador da Ordem da Instrução Pública e a 28/02/1961 foi eleito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

João Havelange foi eleito para o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1963 e, com mais de 40 anos de mandato ininterrupto, foi decano desse órgão. Foi um dos dois únicos brasileiros que foram membros do Comitê Olímpico Internacional, juntamente com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman.

Os membros brasileiros no Comitê Olímpico Internacional (COI), desde a sua criação, até 2012, são os seguintes:
  • Raul do Rio Branco, de 1913 a 1938
  • Arnaldo Guinle, de 1923 a 1961
  • Antonio do Prado Júnior, de 1938 a 1955
  • José Ferreira dos Santos, de 1923 a 1963
  • João Havelange, de 1963 a 2012
  • Sylvio de Magalhães Padilha, de 1963 a 2002 (de 1995 a 2002 como membro honorário)
  • Carlos Arthur Nuzman, de 2000 a 2012


Carlos Arthur Nuzman completou 70 anos em 17/03/2012, pelo que, segundo a Carta Olímpica, ao final do ano deixaria de ser membro efetivo do Comitê Olímpico Internacional e passaria a integrar a entidade como membro honorário.

Desses membros, José Ferreira dos Santos e Sylvio de Magalhães Padilha integraram a Comissão Executiva do Comitê Olímpico Internacional. Sylvio de Magalhães Padilha foi, também, vice presidente do Comitê Olímpico Internacional, de 1975 a 1979.

A 13/11/1963 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública.

Em 2011, renunciou, dias antes da entidade anunciar decisão sobre casos de corrupção que envolviam seu nome.

Presidente da FIFA

Eleito para a Fédération Internationale de Football Association (FIFA) em 1974, permaneceu à frente da entidade até 1998. Organizou seis Copas do Mundo, visitou 186 países e trouxe a China, desligada por mais de 25 anos por razões políticas, de volta à FIFA. Criou também os Campeonatos Mundiais de Futebol nas categorias infanto-juvenil, juvenil, juniores e feminina.

Neste período, torna-se amigo de Horst Dassler, herdeiro da marca esportiva Adidas, e dono da ISL, considerada a maior empresa de marketing esportivo do mundo, que comercializa os direitos de televisionamento e publicidade das Copas do Mundo de futebol e das Olimpíadas.

A 21/06/1991 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.

Quando deixou a Presidência da FIFA, em 1998, já eleito Presidente de Honra, passou a se dedicar ao trabalho filantrópico junto às Aldeias Internacionais SOS, patrocinado pela entidade em 131 países.

Em abril de 2013, aos 96 anos de idade, renunciou à Presidência de honra da FIFA para escapar de qualquer punição por seu envolvimento em casos de corrupção naquela federação.

Acusações de Corrupção

No livro "Foul! The Secret World Of FIFA: Bribes, Vote-Rigging And Ticket Scandals", lançado em 2006, o jornalista investigativo Andrew Jennings descreve João Havelange como um dirigente corrupto. Segundo Andrew Jennings, o filho do fundador e ex-diretor da Adidas, Horst Dassler, comprou votos de delegados indecisos na primeira eleição de João Havelange. Dois anos depois, o brasileiro retribuiu o favor entregando a Horst Dassler o poder exclusivo sobre a comercialização dos principais torneios mundiais.

Prêmios

Dirigente do Século

Pesquisa realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em 1999, aponta João Havelange como um dos três maiores Dirigentes do Século, junto com o Barão Pierre de Coubertin, fundador do COI e idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, e o ех-presidente do COI, Juan Antonio Samaranch.

João Havelange ganhou durante a vida várias medalhas, como a Legion d'Honneur (França), A Ordem de Mérito Especial em Esportes (Brasil), Comandante da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal), Cavaleiro da Ordem de Vasa (Suécia) e, em 2002, recebeu do reitor Paulo Alonso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o título de Doutor Honoris Causa.

João Havelange teve seu nome usado no estádio carioca do Engenhão (Estádio Olímpico João Havelange), estádio municipal cedido em comodato ao Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, e Estádio Municipal João Havelange, estádio multiúso em Uberlândia, maior estádio do interior de Minas Gerais.

Prêmio "Faz Diferença" O Globo

Em 2010, foi eleito a Personalidade do Ano de 2009 no prêmio Faz Diferença do jornal O Globo.

Morte

João Havelange faleceu na manhã de terça-feira, 16/08/2016, no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele estava internado para tratamento de uma pneumonia desde julho de 2016. O sepultamento ocorreu às 15h00 de terça, 16/08/2016, no Cemitério São João Batista.

No final de 2015, João Havelange foi internado no mesmo hospital em decorrência de problemas pulmonares.

Em nota, o Hospital Samaritano não informou a causa da morte, disse apenas que "a instituição se solidariza com familiares e amigos do dirigente esportivo".

O presidente, Michel Temer, divulgou nota lamentando a morte de João Havelange.

"O esporte mundial perdeu hoje um dos seus mais expressivos líderes. João Havelange se dedicou com afinco ao desenvolvimento do esporte e, principalmente, do nosso Futebol. Presto solidariedade aos familiares e amigos neste momento de pesar."

Fonte: Wikipédia e G1

Omar Fontana

OMAR FONTANA
(73 anos)
Empresário e Piloto de Aviões

☼ Joaçaba, SC (07/01/1927)
┼ São Paulo, SP (08/12/2000)

Omar Fontana, filho de Attilio Fontana, foi o fundador, em 1955, da Sadia S/A Transportes Aéreos, que deu origem a TransBrasil.

Nascido em Joaçaba, SC, graduou-se em advocacia e ciências sociais, mas deixou a carreira acadêmica para tornar-se piloto na Panair do Brasil.

Omar Fontana fundou a companhia Sadia S/A Transportes Aéreos para fazer o transporte de carga para a empresa de alimentos Sadia, fundada por seu pai, Attílio Fontana.

Em 1953, ele propôs ao pai transportar carnes preparadas pela Sadia em Concórdia, no interior de Santa Catarina, para as churrascarias de São Paulo por meio de um vôo semanal, num avião DC-3 arrendado.

A operação deu certo e ajudou a Sadia a colocar seus produtos na praça paulista numa época em que as estradas eram de terra e os caminhões não tinham refrigeração. Com o lema "Pelo Ar, Para o Seu Lar", foi criada em 1955 a Sadia Transportes Aéreos, com dois aviões DC-3 e um C-47.


Em 1957, a Sadia fez uma parceria com a Real Aerovias, na época a maior companhia aérea da América Latina, com 118 aviões. Então, como vice-presidente de operações, Omar Fontana inaugurou serviços regulares do Brasil para Los Angeles, Estados Unidos, e Tóquio, Japão. Quatro anos depois, Omar Fontana desfez a associação com a Real Aerovias Brasil.

A Sadia Transportes Aéreos atendia principalmente à empresa de Concórdia, mas começou a ganhar espaço como companhia aérea comercial em 1961, quando comprou a Transportes Aéreos de Salvador. Com a aquisição, a empresa catarinense ganhou mais 15 aviões e estendeu seus vôos para mais 53 cidades.

Somente em 1972 a empresa passou a ser chamada de TransBrasil.

A empresa continuou então sua expansão até que em 1989, já com o nome de TransBrasil, quebrou a hegemonia da Varig em rotas internacionais e conseguiu concessão para vôos regulares para Orlando e Flórida, nos Estados Unidos.

Mais tarde, Omar Fontana fez uma injeção de capital na empresa e inaugurou serviços diários do Rio de Janeiro e de São Paulo para Miami e Orlando. Na seqüência, inaugurou vôos para Washington, New York, Buenos Aires, Viena, Amsterdã e Londres.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras batizou o Embraer E-Jet de número 60, matrícula PR-AUJ, com o nome "Cmte. Omar Fontana – Pioneiro da Aviação", em homenagem a um dos grandes executivos da aviação brasileira, que entre outras marcas, fundou a Transbrasil.
De sua criação em 1972 até sua extinção, a TransBrasil enfrentou muitos problemas. O Plano Cruzado, em 1986, foi um dos marcos negativos na história da empresa. Além de ter perdido dinheiro com o congelamento de tarifas, a companhia fez uma aposta errada, ao aumentar agressivamente seu número de aviões prevendo crescimento na quantidade de passageiros. Endividada, a TransBrasil passou a década de 90 lutando contra o governo federal para reparar perdas financeiras pelo congelamento das tarifas.

Em julho de 1995, criou também a InterBrasil Star, empresa regional do grupo que ligava pequenas cidades do interior do Brasil aos principais aeroportos do país.

No ano de 1998 Omar Fontana se afastou do comando da empresa para se tratar de um câncer na próstata, mas permaneceu como presidente do conselho de administração. Ele não era mais o principal executivo da companhia, mas mantinha sua força na empresa.

Com a morte de Omar Fontana, aumentaram as dúvidas sobre o futuro da TransBrasil. A companhia enfrentava dificuldades financeiras e chegou a negociar uma união com a concorrente TAM. Principal acionista da empresa, Omar Fontana resistia à idéia de abrir mão do controle da TransBrasil.

Com sua morte, a TransBrasil perdeu o rumo, e afogada em dividas paralisou suas operações. Era o fim da TransBrasil que morreu 362 dias depois do seu fundador.

Morte

Omar Fontana, morreu em São Paulo, SP, no dia 08/12/2000. Ele tinha câncer e morreu depois de uma parada cardíaca, às 2h00, em sua casa, no bairro do Pacaembu. O enterro ocorreu em 09/12/2000, às10h00, no Cemitério do Morumbi.

Fonte: Wikipédia

Renata Muggiati

RENATA MIKOSZEWSKI DE MUGGIATI
(32 anos)
Empresária, Atleta e Personal Trainer

☼ Curitiba, PR (20/12/1982)
┼ Curitiba, PR (12/09/2015)


Renata Muggiatti, era formada em Educação Física, personal trainer e instrutora de musculação na rede de academias Companhia Athletica em  Curitiba, no Paraná. Era tri-campeã fitness brasileira.

Filha de Renato De MuggiatiMaria do Carmo da Silva Mikoszewski, iniciou em competições de fisiculturismo no ano de 2011 na categoria Body Fitness no Campeonato Brasileiro da IFBB, se classificando em 6°lugar. Em 2012, se consagrou campeã paranaense e campeã brasileira. Recentemente, trouxe o título de campeã sul-americana na categoria Body Fitness.

A atleta teve dezenas de títulos durante sua carreira. Entre suas principais conquistas estão títulos como Campeã Sulamericana Body Fitness IFBB, Campeã Brasileira Body Fitness IFBB e Campeã Paranaense Body Fitness IFBB.

Renata Muggiati contou como foi a a experiência de competir fora do país:

Nos dias 6 a 9 de setembro fui para Punta del Este no Uruguai para o 38 Campeonato Sul-Americano de Fisiculturismo. Experiencia única, primeiramente por ser a minha primeira competição fora do país a nível internacional e principalmente por conquistar o título de campeã em minha categoria Body Fitness acima de 1,63m.
O Campeonato estava muito bem organizado e com muitos atletas de toda América do Sul, todos muito bem preparados fisicamente. O local do evento foi show, em um resort muito bacana, fiquei hospedada em um apartamento completo e muito aconchegante e com todas as refeições inclusas, logicamente todas elas preparadas com zero sódio!
Fiquei muito contente com minha vitória e espero representar novamente na Polônia e no Arnold Europe, o qual embarco semana que vem!

Renata Muggiati gostava muito de praticar exercícios. Ela era bastante conhecida no Facebook, rede social que usava para divulgar o trabalho como empresária e personal trainer.

Entrevista

01. Nome, idade, peso, altura, BF e categoria?
Renata Muggiati, 29 anos, 63 kg. 1,66m., 13% em off season, Body Fitness acima 1,63

02. Você trabalha? Acha que há a possibilidade de ter vida profissional paralela a competição?
Sou formada em Educação Física, atuo como personal trainer, professora, treinadora, com consultorias onlines e palestras. O meu trabalho não interfere de forma negativa em minha preparação, muito pelo contrário, me auxilia e muito, me dando uma base financeira para poder comprar todos os suplementos e com os demais gastos com toda a preparação. A única coisa que poderia atrapalhar seriam os horários, pois treino diversas pessoas o dia inteiro e o horário fica sendo algo muito precioso, de grande valor. Mas eu juntamente com meu treinador pre determinamos os treinos diariamente no mesmo horário, dessa forma reservo um tempo do meu dia para me dedicar a minha preparação.

03. Como tudo começou?
Depois de alguns convites do meu treinador Waldemar Guimarães para ingressar no mundo do Bodybuilding, resolvi entrar nas competições. Antes ele era apenas meu amigo, hoje ele é meu amigo e também treinador rsrsrsrs. Foi também um período no qual estava estagnada com os resultados no meu corpo e queria modifica-lo, deixa-lo mais simétrico e definido.

04. Você acha que é possível competir sem tomar anabolizantes?
Acho que o desenvolvimento do corpo se da através de disciplina com o treino, com a alimentação e com uma boa dose de força de vontade. Para modificar seu corpo visando competições você deve ter esses pilares bem estruturados e não depender de esteroides para um bom resultado e transformação.

05. Quais são as suas maiores dificuldades na dieta?
Com certeza a pior parte da dieta é na reta final, aonde ela esta bem apertada, bem restrita. Mas o objetivo final e adrenalina do campeonato me ajudam a manter o foco e dar o máximo de mim. O resultado diário que é visível no corpo também é muito estimulador!

06. Como faz para manter o rosto feminino, mesmo após o uso de EAS?
Acho que dependendo da quantidade de hormônios que determinadas atletas utilizam fica impossível ficar com rostos femininos. Com certeza as que não tomam ou fazem o uso de maneira orientada por um bom profissional acabam continuando com sua feminilidade.

07. Como é a sua relação com a sociedade, rola preconceito? Como você lida com isso?
No país que vivemos exite preconceito com tudo. Basta você se destacar dos demais indivíduos que se julgam "normais" e ter um corpo mais diferenciado do que o povo está acostumado a ver, você sera julgado. Seja você gorda, magra, atleta, portador de necessidades ou afro descendente. Comigo muitas pessoas me elogiam, acham o meu corpo bonito e me perguntam o que eu faço e o que eu fiz. Mas também tem outras que me olham torno na rua, com uma cara esquisita. Mas eu não ligo pois estou super contente com a minha evolução em meu corpo e objetivo modifica-lo ainda mais.


08. Quantas horas diárias de treino?
Meu treino com pesos dura no máximo 35 minutos. Realizo alguns dias aerobiose, a quantidade muda conforme a fase da preparação.

09. Como sobreviver a esse mundo tão competitivo?
Nascemos com o instinto da competitividade, afinal somos animais. Uma competição sadia em busca de seus objetivos é até bom pois nos estimula a ir cada vez mais longe em busca de nossos sonhos!

10. Como faz para ter uma vida social sem sair da dieta? Como faz para driblar isso?
Dá para fazer dieta e ser social sim. Realizo sempre minha refeições antes dos encontros com minhas amigas, ou ate mesmo durante, levo meus potinhos e como sem vergonha nenhuma. Em relação a baladas também, não sou de sair muito, mas quando saio consigo ficar sem beber e me divertir ao mesmo tempo. Tenho o dia do lixo também, aonde adoro sair para jantar com amigos e namorado. Nunca vou deixar de me socializar com as pessoas que eu gosto por causa da dieta. Logico que na fase final, véspera campeonato, fica mais complicado, pois também preciso focar em mim mesma, daí é a única época que fico mais sossegada no meu canto.

11. Como é a relação com o personal? Já teve que trocar por incompatibilidade de idéias?
Minha relação com meu treinador e professor Waldemar Guimaraes, melhor impossível, como disse anteriormente, é alem de treinador um grande amigo. Uma pessoa qual tenho muita admiração, carinho e respeito.

12. Como é a divisão dos seus treinos?
Atualmente treino 5x na semana, deixando a quarta feira e domingo como Off.

MMA - Anterior de pernas + panturrilha
MMB - Peito, ombro , triceps + abdomen
MMC - Posterior pernas , gluteos + panturrilhas
MMD - Dorsal, bíceps + abdomen

13. Como é sua relação com o nutricionista? Segue a risca? Conte um pouco do seu Off.
O meu Off se constitui de basicamente esses alimentos durante segunda a sábado: aveia, batatas, arroz, massas integrais, frutas, verduras, legumes, carnes magras, pão integral, azeite de oliva, castanhas e muita água. Juntamente com alguns suplementos alimentares. Tenho um dia do lixo aos domingos no qual como algumas coisinhas que tenho vontade ou saio para jantar em algum lugar que eu goste.

14. Já passou por alguma saia justa por causa da dieta? Algum fato engraçado? Conte!
Sempre passo mas já estou acostumada. Sempre que preciso realizar minhas refeições saco da minha bolsa meus potinhos e como tudo numa boa. Tem alguns lugares aonde as pessoas olham torto, acham feio, comentam entre si mas levo na esportiva.

15. Você se mantém durante o ano basicamente com o mesmo shape, ou faz uma fase bulking-monster, ganhando fat junto?
Prefiro manter meu peso o mais perto possível do peso de competição para não sofrer e debilita-lo durante a fase pré competição. A minha categoria não friza mulheres com muita densidade muscular. Fora que gosto de me sentir bonita sempre, quando uma calça, uma jaqueta começa a querer apertar, eu aperto ainda mais meu treino, minha dieta. A pior coisa que tem é colocar uma roupa e não se sentir bonita e confortável nela.


16. Ideal de corpo. Em quem você se inspira?
Acho muitas atletas bonitas. Mas o conjunto de beleza facial, corporal, o charme e simplicidade da Nicole Wilkins me inspira bastante. Ela consegue ter um corpo atlético e continuar sendo super delicada e feminina.

17. Na dieta, quais são os alimentos que não entram no seu cardápio? Quais não saem?
Na dieta não entra nada de frituras, nem nos dias de lixo. Os que não saem são as frutas e verduras, o peixe, frango, arroz e batata rsrsrsrsr!

18. Poderia dividir sua rotina conosco?
Minha rotina é totalmente dentro da academia. Trabalho e treino na academia Companhia Athlética aqui em Curitiba.Treino meus alunos de manha, a tarde a noite. E o meu treino é no meio da tarde. É basicamente isso que faço durante os dias de semana. Finais de semana costumo descer para praia ou ficar descansando pois minha rotina é bem puxada.

19. Quais os suplementos que você usa?
Whey Protein, Mix Proteico, Waxy Maize, BCAA, Glutamina, HMB, Complexo Vitamínico, Omega 3, Vit C. 

20. Há quanto tempo treina?
Treino fazem 11 anos e um ano voltado a competição.

21. Quanto tempo demorou para alcançar o shape dos sonhos?
Ainda quero modificar e melhorar muito meu corpo, acho que é uma guerra diária. Não é do dia para noite que alcançamos o nosso shape dos sonhos. Como diria o Crô, ahh para!! Se melhorar estraga... 

22. Você utiliza tratamentos estéticos pra dar força no pré Contest? Se sim, qual?
Realizo drenagem linfática 1 ou 2 x na semana durante o ano inteiro. Adoro os resultados e é o único tratamento estético o qual eu acredito e confio.

23. Uma frase que te inspira...
Deixe que seus atos falem por suas intenções.

24. Um recadinho para suas discípulas...
Minhas lindas, continuem sempre em busca de um corpo saudável e bonito, sem exageros. Procurem um(a) treinador(a) e um(a) nutricionista esportivo de confiança, esses sim poderão dar o suporte e a orientação correta. Otimos treinos e beijok!! Re;)

Morte

Na madrugada de sábado, 12/09/2015, a atleta de Body Fitness, Renata Muggiati de 32 anos morreu após cair do 19º andar de um prédio no centro de Curitiba, que fica na Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com a Comendador Araújo. Após a noticia houveram muitas especulações sobre a queda ter sido um acidente, ou se a atleta se jogou do prédio.

A forma que tudo aconteceu fez com que a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) instaurasse um inquérito para apurar detalhes da queda. Ainda não há nada confirmado, existem relatos de que ela sofria em um relacionamento conturbado com o namorado, chegando a ser vítima de agressões. A polícia busca informações também para descobrir se o que aconteceu não pode ter sido um acidente ou se ela foi jogada do prédio. Tudo ainda está sendo confirmado, mas se houve participação, a pessoa envolvida será responsabilizada, conforme adiantou Miguel Stadler, delegado-titular da DHPP.

Após a morte de Renata Muggiati, uma suposta postagem que teria sido feita por ela na rede social, começou a circular na internet. Na rede social, Renata Muggiati deixou a mensagem:

"Bom, aviso a todos que me seguem que hoje é meu último dia de vida, depois de sofrer três dias agressões e, por amar a pessoa que estava hoje, me suicido feliz e em paz"


Na delegacia, o namorado da atleta disse que ela passava por um momento de depressão e estava tomando medicamentos controlados. O suspeito contou que ela tentou pular da janela duas vezes, porém ele a segurou e, na terceira vez, quando ela teria conseguido pular, ele estaria em outro cômodo da casa e não conseguiu evitar.

A polícia solicitou exames técnicos para apurar o suposto suicídio, entre eles coleta de impressão digitais, toxicológico, alcoólico e recolhimento de amostras sob a unha de Renata Muggiati, para saber se houve briga antes dela cair ou pular da janela.

A mensagem supostamente deixada por Renata também será analisada, para a polícia saber se ela foi publicada antes ou depois da queda.

O que chamou a atenção de colegas é que, uma hora antes da mensagem de suicídio, a atleta teria escrito na rede social "em my sweet home". A mensagem mal escrita também despertou desconfiança. Uma amiga publicou uma mensagem dizendo que Renata não admitia escrita errada.

Na página oficial da atleta, fãs e amigos publicaram mensagens alegando desconfiar do suicídio e um vídeo de momentos após a morte da atleta revoltou alguns internautas. Nas imagens, Renata Muggiati aparece caída na rua, próxima ao meio-fio vestida com uma blusa branca e calça preta, sem sapatos.

O corpo de Renata Muggiati seria cremado no sábado, 12/09/2015, por volta das 21:00 hs., mas a justiça impediu para que se preservasse o corpo para análises periciais.

Polícia Encerra Investigação Sobre Morte de Renata Muggiati

Em dezembro de 2015, a investigação feita pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil sobre a morte de Renata Muggiati já estava nas mãos do Ministério Público do Paraná. A apuração terminou pouco antes do recesso oficial no Estado, que começou no dia 18/12/2015. A polícia manteve a acusação de homicídio qualificado contra o médico Raphael Suss, que era namorado de Renata Muggiati. Para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Renata Muggiati caiu morta do prédio, conforme relatou o laudo de exumação, que havia mostrado em novembro de 2015 que ela foi vítima de asfixia mecânica por vários minutos.

Apesar de ser considerado pela polícia como caso de homicídio, o processo foi deslocado da 1ª Vara do Júri de Curitiba para Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba em razão de o suspeito ser o companheiro da vítima. A investigação foi relatada ao Ministério Público após resultados de perícias realizadas em aparelhos celulares e computadores. As conclusões destas análises não mudaram o quadro da investigação, para a polícia. O Ministério Público pode, antes de oferecer ou não a denúncia, pedir diligências complementares.

O caso teve uma reviravolta em novembro, quando o exame de exumação, realizado a pedido da polícia por uma junta de profissionais do instituto, contrariou a necropsia, colocando dúvida sobre o primeiro exame feito por um médico-legista do Instituto Médico Legal (IML). O Instituto Médico Legal (IML) chegou a abrir uma apuração para investigar a conduta do médico que conduziu o primeiro exame de necropsia.

Fonte: Tribuna, Tribuna Hoje, Empório das Vitaminas, Urban Gym e Mundo Anabólico