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Isaac Bardavid

ISAAC BARDAVID
(90 anos)
Ator, Dublador e Poeta

☼ Niterói, RJ (13/02/1931)
┼ Niterói, RJ (01/02/2022)

Isaac Bardavid foi um ator, dublador e poeta nascido em Niterói, RJ, no dia 13/02/1931.

Isaac Bardavid é considerado um dos grandes nomes da dublagem brasileira, tendo dublado personagens como Wolverine, Freddy Krueger e Esqueleto (He-Man). Como ator, tornou-se conhecido por ter atuado em "Escrava Isaura" (1976) e "O Cravo e a Rosa" (2000).

Isaac Bardavid formou-se em Direito no ano de 1976, mas preferiu seguir a carreira na dramaturgia. Como dublador, a voz grave de Isaac Bardavid está entre as mais conhecidas do público ao ter já sido cedida para personagens famosas, a exemplo de Wolverine dos "X-Men", o vilão Esqueleto de "He-Man", Tigrão do "Ursinho Pooh", Dr. Robotnik da franquia "Sonic The Hedgehog" e o computador K.I.T.T. do seriado "A Super Máquina".

Em 2017, Isaac Bardavid disse que o filme "Logan" seria a última vez em que dublaria o personagem Wolverine, e quando o intérprete do personagem, Hugh Jackman, veio ao Brasil para promover o filme, Isaac Bardavid conheceu pessoalmente o ator australiano em sua entrevista no talk-show "The Noite" com Danilo Gentili.


Além de uma carreira como dublador, Isaac Bardavid também atuou como ator em telenovelas e programas humorísticos da TV Globo como "Escrava Isaura" (1976), "O Astro" (1977) e "A Padroeira" (2001).

Em "Escrava Isaura", ganhou notoriedade interpretando o tirano Francisco, o feitor que maltratava os escravos do vilão Leôncio Almeida interpretado por Rubens de Falco.

Isaac Bardavid participou de alguns episódios dos programas humorísticos "Os Trapalhões", "Chico Anysio Show" e "Cilada".

Em 2006 e 2007, Isaac Bardavid interpretou Elias Turco no "Sítio do Pica-Pau Amarelo" ao substituir José Augusto Branco. Após esse trabalho, foi integrar o elenco da novela "Eterna Magia" (2007) no papel do barbeiro Zequinha.

Em 2016 lançou "Versos Adversos", um livro de poesias escritas ao longo de 69 anos.

Morte

Isaac Bardavid  faleceu na terça-feira, 01/02/2022, aos 90 anos, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, vítima de complicações de um enfisema pulmonar.

Seu neto João Bardavid disse que irá concluir o livro de poesias que Isaac Bardavid preparava à época.

Carreira

Televisão
  • 1965 - O Porto dos Sete Destinos
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Beato Zacarias
  • 1972 - Selva de Pedra ... Promotor no julgamento de Cristiano
  • 1974 - Fogo Sobre Terra ... Salin
  • 1975 - Gabriela ... Juiz Antônio
  • 1976 - Escrava Isaura ... José Francisco (Seu Chico)
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Ribas
  • 1976 - Vejo a Lua no Céu ... Anjo Latoeiro
  • 1977 - Locomotivas ... Víctor
  • 1977 - O Astro ... Youssef Hayala
  • 1981 - Terras do Sem Fim ... Argemiro
  • 1981 - Caso Especial Episódio: "Alice & Alice"
  • 1983 - Eu Prometo ... Pedro
  • 1986 - Dona Beija ... Delegado Nunes
  • 1986 - Tudo ou Nada ... Neném Travassos
  • 1988 - O Primo Basílio ... Florisval
  • 1990 - Desejo ... Diocleciano
  • 1990 - La Mamma ... Etelvino
  • 1991 - Ilha das Bruxas ... Doutor Benzedeiro
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Nascimento
  • 1993 - Você Decide
  • 1994 - A Viagem ... Drº Bruno
  • 1995 - Tocaia Grande ... Jamil
  • 2000 - O Cravo e a Rosa ... Felisberto
  • 2001 - A Padroeira ... Filipe Pedroso
  • 2001 - Sítio do Pica-Pau Amarelo (Episódio: "Caçadas de Pedrinho")
  • 2003 - Chocolate Com Pimenta ... Defensor Paulo
  • 2005 - Cilada.com ... Eurico
  • 2005 - Mandrake ... Raimundo
  • 2006 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Elias Turco
  • 2007 - Eterna Magia ... José Carlos Finnegan (Zequinha)
  • 2008 - Casos e Acasos ... Juiz Pedro Paulo / Otacílio
  • 2008 - Faça sua História ... Garrastazu e José Carlos Barreira
  • 2008 - Malhação ... Mestre Ramarashi
  • 2008 - Zorra Total ... Vários Personagens
  • 2009 - Os Caras de Pau (Episódio: "As Férias")
  • 2009 - Cilada (Episódio: "Motel")
  • 2010 - Papai Noel Existe ... Seu Habib
  • 2011 - Lara Com Z ... Leiloeiro
  • 2012 - Rei Davi ... Samuel
  • 2012 - Salve Jorge ... Tartan
  • 2013 - Além do Horizonte ... Klaus
  • 2014 - Zorra Total ... Drº Felizberto
  • 2015 - Zorra Total ... Drº Felizberto
  • 2015 - Milagres de Jesus ... Anás
  • 2016 - Totalmente Demais ... Sheik Ibrahim Alfaray
  • 2017 - Dois Irmãos ... Abbas
  • 2021 - Carcereiros ... Álvaro
Cinema
  • 1968 - A Virgem Prometida ... Moreninho
  • 1969 - Um Sonho de Vampiros ... Matamosquito Carranca
  • 1983 - Os Campeões ... Beduíno
  • 2003 - My Father, Rua Alguém 5555 ... Judeu
  • 2016 - O Escaravelho do Diabo ... Diretor Magalhães
  • 2017 - Histórietas Assombradas - O Filme ... Diabo (Voz)
  • 2019 - Carcereiros: O Filme ... Álvaro
  • 2020 - Karsmênia ... Rei Páris
  • 2020 - Pecado Vermelho ... Srº Dompson
Dublagem
  • Cheavlier de la Vérendrye, em "Assassin's Creed Rogue";
  • Julius Lewinson (Judd Hirsch) em "Independence Day" e "Independence Day - O Ressurgimento";
  • Reader (Dominic Chianese) em "Os Pinguins do Papai";
  • Narrador da minissérie do History "A Bíblia";
  • Freddy Krueger (Robert Englund), na franquia de filmes de horror "A Hora do Pesadelo";
  • Abutre, em "A Era do Gelo 2";
  • Rei Harold em "Shrek 2", "Shrek Terceiro" e "Shrek Para Sempre";
  • Rei Tritão, em "A Pequena Sereia: A História de Ariel";
  • Robert Baratheon, em "Game Of Thrones";
  • Narrador na série francesa televisiva "Lendas das Ciências" (1997), representando o filósofo Michel Serres;
  • Horácio Slughorn (Jim Broadbent) em "Harry Potter e o Enigma do Príncipe";
  • Flores Flama, em "O Caldeirão Mágico";
  • Fenoglio (Jim Broadbent) em "Coração de Tinta";
  • Chapeleiro Louco, em "Alice no País das Maravilhas" (Dublagem exibida pelo SBT nos anos 90);
  • Wolverine (Hugh Jackman), no desenho e nos filmes "X-Men" e nas paródias da "Mad";
  • Thomas (Charles Dance), em "Anjos da Noite";
  • Garganta Profunda (Jerry Hardin), no seriado "Arquivo X";
  • Capitão Gregg (Edward Mulhare) em "Nós e o Fantasma";
  • O computador do carro K.I.T.T., em "A Super Máquina" sendo que vai do piloto à primeira parte do episódio "A Nova Aparência de K.I.T.T." e repete o personagem em "Knight Rider 2000";
  • Esqueleto, em "He-Man";
  • Tio Fester Addams (Christopher Lloyd), em "A Família Addams" (1991) e "A Família Addams 2" (1993);
  • A estátua de Ivan, o Terrível (Christopher Guest) em "Uma Noite no Museu 2"
  • Jor-El (Marlon Brando) em "Superman - O Filme"
  • Capitão Haddock, em "As Aventuras de Tintim"
  • Scooter, em "Os Terríveis Lagartos do Trovão";
  • Foco Um, em "Dinamite, o Bionicão";
  • Lord Norinaga, em "As Tartarugas Ninjas 3";
  • R.K. Maroon (Alan Tilvern), em "Uma Cilada Para Roger Rabbit";
  • Johnny (Ralph Foody), homem psicótico do filme "Angels With Even Filthier Souls" ao qual Kevin McCallister (Macaulay Culkin) assiste no filme de 1990 "Esqueceram de Mim";
  • Prefeito Karl Warren (Donald Crisp) em "Pollyanna";
  • A 3ª voz do Tigrão em "As Novas Aventuras do Ursinho Puff";
  • Joelho de Bronze/Crash Nebula, em "Os Padrinhos Mágicos";
  • Personagens de Albert Finney e Martin Landau em muitos filmes;
  • Chefe Powhatan, em "Pocahontas" e "Pocahontas II: Uma Jornada Para o Novo Mundo";
  • Drº Pretorius (1ª voz), em "O Máskara";
  • Senhor do Fogo Ozai, em "Avatar: A Lenda de Aang";
  • Thadeus Plotz, em "Animaniacs";
  • Eustácio Resmungão, em "Cartoon Network - 20 Anos";
  • Srº Castor, em "As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa";
  • Obi-Wan Kenobi (Alec Guinness), em "Guerra nas Estrelas";
  • Lord Darkar, em "O Clube das Winx";
  • Marinheiro, em "Mascotes Extraterrestres";
  • Tio Patinhas no papel de Ebenezer Scrooge, em "O Conto de Natal do Mickey";
  • Drácula, em "As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy";
  • O promotor (Clifton James), em "Os Intocáveis";
  • Bang, em "Space Jam: O Jogo do Século";
  • O Capitão Gancho, em "Jake e os Piratas da Terra do Nunca" e "Mad";
  • Nataniel Lima (Ramos) em "O Segredo dos Animais";
  • Zarm (Episódio "A Máquina do Sonhos") e outras participações, em "Capitão Planeta";
  • Drº Ivo "Eggman" Robotnik, em "Adventures Of Sonic The Hedgehog", "Sonic The Hedgehog", "Sonic Underground", "Sonic X" e "Sonic Boom" (1ª Temporada);
  • Hora Certa, em "Toy Story 4" e "Garfinho Pergunta";
  • O Rei, em "O Pequeno Príncipe";
  • Filoctetes (Danny DeVito / Robert Costanzo), no filme de 1997 "Hércules" bem como no seriado;
  • Yao, em "Mulan" e "Mulan 2";
  • Billy Bones, em "Planeta do Tesouro";
  • Agamenon (Brian Cox), no filme épico de 2004 "Troia";
  • Reinaldo de Chatillon (Brendan Gleeson), em "Cruzada";
  • Joshamee Gibbs (Kevin McNally), na franquia de filmes "Piratas do Caribe";
  • Behrani (Ben Kingsley), em "A Casa de Névoa e Areia";
  • Nicoli Koloff (Michael Pataki), em "Rocky IV" (companheiro político de Ivan Drago, cujo nome não é dito durante o filme);
  • Noé (Hugo Weaving), em "Happy Feet: O Pingüim" e "Happy Feet: O Pingüim 2";
  • Garrow (Alun Armstrong), em "Eragon";
  • Cutter (Michael Caine), em "O Grande Truque";
  • Luper e Prefeito, em "As Meninas Superpoderosas: Geração Z";
  • O narrador de "Horton e o Mundo dos Quem";
  • Frankie Pentangeli (Michael V. Gazzo), em "O Poderoso Chefão: Parte II" (Dublagem clássica e redublagem);
  • Os irmãos Bacalhau, em "Os Apuros de Penelope Charmosa" (Redublagem);
  • O Demônio do Fliperama no episódio "O Bispo da Batalha" em "Pesadelos Diabólicos" ("Nightmares") de 1987;
  • Participações secundárias nas dublagens de "Alf, o ETeimoso", "DuckTales: Os Caçadores de Aventuras", "Timão e Pumba" e "A Turma do Pateta";
  • O pai de d'Artagnan, no desenho animado "D'Artagnan e os Três Mosqueteiros";
  • Sentinel Prime (Leonard Nimoy), em "Transformers: O Lado Oculto da Lua";
  • Richard Nixon (Anthony Hopkins) - em "Nixon";
  • Faraó velho Ptolomeu Sóter (Anthony Hopkins) - em "Alexandre";
  • Odin (Anthony Hopkins) - em "Thor", "Thor: O Mundo Sombrio" e "Thor: Ragnarok";
  • Thomas "Tom" Bardo (Stephen Rea) em "Rota de Colisão";
  • Ian Holm - em "Hora de Voltar", "Carruagens de Fogo" e "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada"
  • Corki, em League of Legends;
  • Drº Jeremiah Naehring (Max Von Sydow) - em "Ilha do Medo";
  • Sheik Ilderim (Hugh Griffith), em "Ben Hur";
  • Rei da Luta, em "Hora de Aventura";
  • Blacque Jacque Shellacque em "O Show dos Looney Tunes";
  • Raúl Menéndez (apenas nas cenas entre fases) na dublagem brasileira do jogo "Call Of Duty: Black Ops II";
  • Emhyr var Emreis na dublagem brasileira do jogo "The Witcher 3: Wild Hunt";
  • Aphonse LaFleur em "Scooby-Doo e o Abominável Homem das Neves";
  • Pandam, em" Pokémon: Sun & Moon";
  • Presidente Snow (Donald Sutherland) em "Jogos Vorazes", "Em Chamas", "A Esperança - Parte 1" e "A Esperança- O Final";
  • George Vandeman, pastor adventista do sétimo dia do programa "Está Escrito";
  • Woolie em "Cats Don't Dance";
  • Bertie em "Thomas And The Magic Railroad";
  • Big Mickey em "TUGS":
  • Narrador em "Garfield And Friends";
  • Pappy em "Rolie Polie Olie";
  • Jebediah em "The Little Engine That Could";
  • Mack em "The Brave Little Toaster Goes To Mars"
  • Cerdic (Stellan Skarsgård) em "Rei Arthur".

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #IsaacBardavid

José Pimentel

JOSÉ DE SOUZA PIMENTEL
(84 anos)
Ator, Diretor, Professor e Escritor Teatral

☼ Garanhuns, PE (11/08/1934)
┼ Recife, PE (14/08/2018)

José de Souza Pimentel, conhecido pelo seu nome profissional e artístico como José Pimentel, foi um ator, diretor e escritor teatral, além de professor de teatro na faculdade de jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, nascido em Garanhuns, PE, no dia 11/08/1934.

Personalidade que se destacou na cena teatral pernambucana, sobretudo, pela capacidade de liderança, pelo espírito contestador e poder de realização. Como encenador e autor, notabilizou-se pelos grandes espetáculos históricos que montou ao ar livre. Como ator, ganhou notoriedade por viver o papel de Jesus Cristo, por mais de três décadas, em encenações da "Paixão de Cristo", que ele próprio dirigia.

Adolescente, mudou-se para o Recife e tornou-se amigo do ator, diretor e cenógrafo Octávio Catanho, que o convidou a participar do Grupo Dramático Paroquial de Água Fria, no qual José Pimentel aprendeu, na prática, a desempenhar diversas funções ligadas aos palcos.

Em 1956, foi levado por Octávio Catanho a trabalhar, em pequenos papéis, nos espetáculos da "Paixão de Cristo", em Fazenda Nova, município do Brejo da Madre de Deus, Pernambuco.

Por indicação de Clênio Wanderley, então diretor da "Paixão de Cristo" e do Teatro Adolescente do Recife (TAR), José Pimentel integrou o elenco de estreia do "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, em 1956, fazendo dois papéis: o Major Antonio Moraes e o Encourado.


Ainda com o Teatro Adolescente do Recife (TAR), atuou em "A Via Sacra", de Henri Ghéon, em 1957, e em "Casamento Suspeitoso", outro texto de Ariano Suassuna, em 1958.

Em 1959, no mesmo grupo, teve sua primeira experiência como encenador, dirigindo a peça "A Grade Solene", de Aldomar Conrado, na qual também atuou.

Em fevereiro de 1960, nasceu o Teatro Popular do Nordeste (TPN), e Hermilo Borba Filho o convidou para fazer parte do grupo. Em maio, o Recife ganhou uma nova casa de espetáculos, o Teatro de Arena, cujos sócios-proprietários eramo Alfredo de Oliveira e Hermilo Borba Filho. Nesse empreendimento, José Pimentel atuou em diversas montagens.

O texto "Jesus, o Mártir do Calvário", escrito por José Pimentel, passou a ser usado na "Paixão de Cristo" de Fazenda Nova, em 1961. Na ocasião, ele assumiu o papel de Pilatos. Em meados desse ano, sua carreira de encenador começou a se fortalecer: Dirige "A Farsa da Esposa Perfeita", de Edy Lima, para o Teatro de Arena.

Em 1962, assinou a encenação de "Município de São Silvestre", de Aristóteles Soares, para o Teatro Popular do Nordeste (TPN). Nesse ano, Plínio Pacheco, coordenador-geral dos espetáculos da "Paixão de Cristo", convidou José Pimentel, além de amigos e outros atores do espetáculo, para comporem a diretoria da recém-fundada Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN).


Recebeu o prêmio de melhor intérprete masculino, atribuído pela Associação dos Cronistas Teatrais de Pernambuco (ACTP), em 1966, por seu desempenho no papel de John Proctor, da peça "As Feiticeiras de Salém", de Arthur Miller, com a direção de Milton Baccarelli.

A cidade-teatro de Nova Jerusalém abriu suas portas para o primeiro espetáculo da "Paixão de Cristo" em 1967. O texto Jesus, de autoria de Plínio Pacheco, foi encenado, com a direção de Clênio Wanderley. Quando Clênio Wanderley viajou para a Europa, em 1969, José Pimentel foi convidado por Plínio Pacheco a assumir a direção do espetáculo, sem deixar de atuar, desempenhando os mesmos papéis da temporada anterior: o Demônio e Pilatos.

Em 1971, a Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN) desenvolveu o projeto "Teatro de Verão" com a finalidade de ocupar a Nova Jerusalém no segundo semestre de cada ano. Para a primeira temporada, foi escolhido o texto "Calígula", de Albert Camus. José Pimentel protagoniza e dirige a peça, aproveitando os cenários ao ar livre dessa cidade-teatro, imprimindo à montagem um tom grandioso, como o da "Paixão de Cristo".

O Teatro de Verão retornou, em 1972, com o mesmo espetáculo, sempre obtendo boas críticas, mas sem a desejada resposta de público. Na mesma época, outra iniciativa da Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN) é posta em prática: o projeto "O Circo no Mundo", com a construção do Circo da Raposa Malhada onde, além dos atos circenses, apresentam-se espetáculos teatrais. José Pimentel atuou em "Lampião no Inferno", de Jairo Lima, espetáculo de estreia do circo, vivendo o papel de Satanás, com direção de Lúcio Lombardi.


Em paralelo à atividade teatral, José Pimentel iniciou, também em 1972, o curso de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, e graduou-se em 1975. Essa qualificação, aliada à experiência como teleator, favoreceu sua inserção na televisão pernambucana como criador e apresentador de programas.

Com o aumento de público nos espetáculos da "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém", fica cada vez mais difícil ouvir os atores. Depois de tentar, em 1972, solucionar o problema com o uso de microfones, José Pimentel instaura, em 1973, a dublagem como recurso característico daquele e de outros espetáculos ao ar livre concebidos por ele.

Com a saída do ator Carlos Reis do papel de Jesus Cristo na "Paixão de Cristo", em 1978, José Pimentel o substituiu e interpretou pela primeira vez o papel do Nazareno. E assumiu a Diretoria de Artes Cênicas da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, tornando-se responsável pela administração dos teatros municipais da capital, entre 1979 e 1983.

Em paralelo à atuação na "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém"José Pimentel manteve a atividade nos palcos do Recife. Em 1979, dirigiu e protagonizou, mais uma vez, "Calígula", de Albert Camus, agora produzido pela Aquarius Produções Artísticas, aliada à Companhia Praxis Dramática (CPD). Nesse espetáculo, recebido com ressalvas por parte da crítica, José Pimentel propôs uma atualização da história contada por Albert Camus, pondo em cena elementos visuais vinculados à contemporaneidade brasileira. No programa da peça, ele dizia:
"Aos puristas e intelectuais um aviso: o texto de Camus, eterno e com toda a sua beleza, será entregue íntegro e intacto, virgem e donzelo, quase intocado. Agora, o espetáculo é meu e se preparem. Amarrem os cintos porque o negócio é pra valer e pra bagunçar muita cuca."

Em 1982, sob os auspícios da Prefeitura da Cidade do Recife, com produção da Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN), estreou "O Calvário de Frei Caneca", espetáculo que abordava os episódios históricos da Confederação do Equador, na primeira metade do século XIX. Além de atuar, José Pimentel assinou o texto e a direção dessa montagem, apresentada ao ar livre, para grande público, em palcos montados em frente da Igreja do Livramento, da basílica de Nossa Senhora do Carmo, da Igreja de Nossa Senhora do Terço e do Forte de Cinco Pontas.

Dois anos depois, em 1984, outra vez com produção da Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN), e patrocínio do governo do Estado, José Pimentel dirigiu e interpretou o principal papel do auto "Jesus e o Natal", de sua autoria, encenado nas ruas do Recife. O texto conta a história de um casal de favelados, José e Maria, às voltas com o nascimento do primeiro filho. A peça gerou polêmica pelo fato de a personagem Maria se surpreender com a gravidez, uma vez que fazia uso de pílula anticoncepcional.

Mais um espetáculo de massas é produzido pela Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN), em 1984, com texto, direção e atuação de José Pimentel: "Batalha dos Guararapes". Com o patrocínio do governo do Estado, foi apresentado em setembro desse ano no Parque Nacional dos Montes Guararapes, sítio histórico, cenário da verdadeira batalha que culminou com o fim do domínio holandês em Pernambuco no século XVII. Como os demais espetáculos ao ar livre, a "Batalha dos Guararapes" repetiu-se a cada ano, até 1986. A partir de 1987, cessou o patrocínio do governo e a peça só voltou a ser apresentada, nos anos 2000, com outros patrocinadores.

Na década de 1980, José Pimentel assinou a coluna "Sinal Fechado", - alusão ao seu programa de televisão da década anterior, do qual replicou o controverso conteúdo -, no Jornal da Semana, importante veículo da chamada imprensa alternativa.


Em 1989, a cidade-teatro de Nova Jerusalém apresentou o seu tradicional espetáculo da "Paixão de Cristo" em novos cenários, e o espetáculo foi modificado para se adaptar a essa nova ambientação. A temporada desse ano bateu o recorde de público total, com 71 mil espectadores em dez espetáculos.

Desentendendo-se com a produção da "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém", sobretudo, no tocante à necessidade de substituições no elenco, José Pimentel foi afastado do tradicional espetáculo, no segundo semestre de 1996.

Em poucos meses, arregimentando artistas das mais diversas vertentes do teatro recifense, ele criou a "Paixão de Cristo do Recife". José Pimentel era produtor, autor do texto, diretor e principal ator da montagem, que era apresentada no Estádio do Arruda, pertencente ao Santa Cruz Futebol Clube. Em matéria do Jornal do Commercio, ele explicou que o elenco reunia vários atores vindos da "Paixão de Cristo" de Fazenda Nova, além de atores de outros grupos teatrais pernambucanos.

Os espetáculos da "Paixão de Cristo do Recife" continuaram a ser encenados, a cada ano, no mesmo estádio de futebol, até o início dos anos 2000. Por decisão da direção do clube, o espetáculo de José Pimentel tem que deixar de ser apresentado em seu estádio. A produção ganhou, então, patrocínio da prefeitura e passou a ser realizada nas ruas do Recife antigo a cada Semana Santa.

Em 2008, José Pimentel foi homenageado pela escola de samba recifense São Carlos com o enredo "A Saga de José Pimentel, Patrimônio Vivo da Cultura Pernambucana". A escola se tornaria campeã do grupo de acesso.

Em 2017, José Pimentel foi incluído na lista dos Patrimônios Vivos de Pernambuco, por interpretar o papel de Jesus Cristo por mais de 40 anos.

Morte

José Pimentel faleceu na terça-feira, 14/08/2018, aos 84 anos, em Recife, PE, vítima de enfisema pulmonar. Ele estava internado no Hospital Esperança, na área central do Recife, desde quinta-feira, 09/08/2018, por causa de um enfisema pulmonar.

O corpo de José Pimentel foi velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco desde a terça-feira, 14/08/2018, até a manhã da quarta-feira. O sepultamento ocorreu às 11h00 da quarta-feira, no Cemitério de Santo Amaro, na região central do Recife, PE, depois de uma celebração ecumênica aberta ao público.

A família informou que, a pedido dele, o corpo vai ser sepultado com o figurino de Jesus Cristo, que o ator usava na "Paixão de Cristo".

Fonte: WikipédiaEnciclopédia Itaú e G1
#FamososQuePartiram #JosePimentel
JOHN HERBERT BUCKUP
(81 anos)
Ator, Diretor e Produtor

☼ São Paulo, SP (17/05/1929)
┼ São Paulo, SP (26/01/2011)

John Herbert Buckup, mais conhecido por John Herbert, foi um ator, diretor e produtor nascido em São Paulo, SP, no dia 17/05/1929. Em alguns de seus trabalhos foi creditado como Johnny Herbert.

Descendente de alemães, John Herbert era de uma família de esportistas, todos velejadores.

Após concluir o curso clássico, ingressou na Faculdade de Direito e se tornou bacharel. Mas, já na Faculdade São Francisco, tornou-se amigo de Renato Consorte e outros atores. John Herbert, por gostar de cinema, interessou-se pelos estudos cinematográficos promovidos por Ruggero Jacobbi e aí começou a trabalhar no Teatro de Arena, do qual é um dos fundadores.

A primeira peça que fez foi "Essa Noite é Nossa", ao lado de Sérgio Britto e outros. Nessa época também conheceu Eva Wilma, que participava da peça "Uma Mulher e Três Palhaços". Logo, eles começaram a namorar e casaram-se em 1955.

Foi na mesma ocasião que começou o movimento cinematográfico da Vera Cruz, e ali foram realizados grandes filmes, dos quais John Herbert fazia parte. Alguns destaques são "Uma Pulga na Balança" (1953), "O Petróleo é Nosso" (1954) e "Matar ou Correr" (1954).

Em 55 anos de carreira, completados em 2008, John Herbert contava com mais de 80 filmes em seu currículo. Além de atuar, ele produziu filmes, como "Já Não Se Faz Amor Como Antigamente" (1976), "Cada Um Dá o Que Tem" (1975), "Anuska, Manequim e Mulher" (1968) e "Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera" (1966).


John Herbert
 foi roteirista em "Tessa, a Gata" (1982), "Ariella" (1980) e "Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera" (1966). Foi assistente de direção em "A Moça do Quarto 13" (1961).

Concomitantemente aconteceu a televisão, e, em 1952, John Herbert foi convidado a participar de teleteatros. Estrelou, ao lado de Eva Wilma, o seriado "Alô Doçura" (1953) que chegou aos picos mais altos de audiência por anos e anos seguidos. Como John Herbert era um rapaz muito bonito, logo surgiram muitos papéis para ele, especialmente no cinema.

Ele fez dezenas de filmes e peças de teatro, tornando-se, também, produtor teatral. Conseguiu, além disso, lançar atores, entre os quais cita Regina Duarte, em "Black Out" (1968).

John Herbert trabalhou quase 30 anos na TV Globo, com passagens pelas demais emissoras de TV nesses anos.

Nos anos 80, atuou e dirigiu o programa semanal "Casal 80" (1983), na TV Bandeirantes, com Célia Helena e fez as novelas "Campeão" (1982) e "Os Imigrantes - Terceira Geração" (1982).


Na TV Tupi participou, entre outras, das novelas "As Divinas... e Maravilhosas" (1973), "A Revolta dos Anjos" (1972), "O Machão" (1974) e "Aritana" (1978).

Na TV Globo fez "Água Viva" (1980), "O Mapa da Mina" (1993), "Plumas e Paetês" (1980), "Perigosas Peruas" (1992), "Que Rei Sou Eu?" (1989), "Esperança" (2002) e "Cabocla" (2004).

John Herbert interpretou dois personagens de destaque, em "Malhação". Em 1995, quando estreou a "Sitcom", ele viveu Nabucodonosor, personagem que permaneceu no ar por três anos.

Em 2005 voltou à "Malhação" como o Horácio, um artista plástico.

De seu casamento com Eva Wilma nasceram dois filhos. O casal separou-se e John Herbert casou-se com Claudia Librach, com quem teve mais dois filhos.

Em 2006, John Herbert recebeu o Prêmio Tributo, pelo conjunto de suas atuações no cinema e na telenovela brasileira, no XVI Festival de Cinema de Natal, RN.

Em 2007, no FestCine Goiânia, ele foi homenageado com o Troféu Goiânia Especial, pelo conjunto de suas obras no cinema brasileiro. Ainda em 2007, fez uma participação na novela "O Profeta" (2007) e outra na novela "Sete Pecados" (2007).

Em 2008, John Herbert participou de um dos episódios do seriado da TV Globo, "Faça Sua História" (2008) e integrou o elenco da novela "Três Irmãs" (2008).

Morte

John Herbert faleceu na quarta-feira, 26/01/2011, aos 81 anos, em São Paulo, SP, vítima de enfisema pulmonar. Ele estava internado desde 05/01/2011 no Hospital do Coração, em São Paulo.

O velório aconteceu no Museu da Imagem e do Som de São Paulo.

Carreira

Televisão Novelas
  • 2008 - Três Irmãs ... Excelência Gutierrez
  • 2007 - Sete Pecados ... Schmidt
  • 2007 - O Profeta ... Rodrigo César
  • 2006 - Sinhá Moça ... Viriato
  • 2005 - Malhação ... Horácio
  • 2004 - Cabocla ... Vigário Gabriel
  • 2002 - Esperança ... Jonathan
  • 2000 - Uga Uga ... Veludo Herrera
  • 1999 - Tiro e Queda ... Raul
  • 1998 - Serras Azuis ... Faria
  • 1998 - Por Amor ... Durval (Participação Especial)
  • 1997 - Malhação ... Nabuco
  • 1996 - Malhação ... Nabuco
  • 1995 - Malhação ... Nabuco
  • 1994 - A Viagem ... Agenor Barbosa
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Wagner Amaral
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Cervantes
  • 1991 - O Dono do Mundo ... Hernandez
  • 1990 - Lua Cheia de Amor ... Urbano
  • 1989 - Cortina de Vidro ... Felipe
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Bidet Lambert
  • 1986 - Mania de Querer ... Jonas
  • 1984 - Caso Verdade (Esperança) ... Artur
  • 1984 - Vereda Tropical ... Vilela
  • 1982 - O Homem Proibido ... Alberto
  • 1982 - Campeão ... Nóbrega
  • 1982 - Os Imigrantes - Terceira Geração ... Ramon
  • 1982 - O Pátio das Donzelas
  • 1980 - Plumas e Paetês ... Márcio
  • 1980 - Água-Viva ... Jaime
  • 1979 - Gaivotas ... Henrique
  • 1978 - Aritana ... Danilo
  • 1977 - O Profeta ... Heitor
  • 1976 - Sossega Leão
  • 1975 - O Sheik de Ipanema ... Dino
  • 1974 - O Machão ... Mário Maluco
  • 1973 - Divinas & Maravilhosas ... Hélio
  • 1972 - A Revolta dos Anjos
  • 1969 - Confissões de Penélope
  • 1967 - Sublime Amor ... Eduardo
  • 1965 - Ana Maria, Meu Amor
  • 1965 - Fatalidade
  • 1965 - Comédia Carioca
  • 1964 - Prisioneiro de um Sonho ... Rodrigo
  • 1957 - O Pequeno Lorde ... Capitão Cedric
  • 1956 - Pollyana ... John Pendlenton

Televisão Minisséries
  • 2004 - Um Só Coração ... Ele mesmo
  • 2002 - O Quinto dos Infernos ... Lobato
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Peixoto
  • 1986 - Anos Dourados ... Coronel
  • 1982 - Quem Ama Não Mata ... Martinho

Televisão Seriados
  • 2008 - Casos e Acasos ... Padre
  • 2008 - Faça Sua História ... Mariozinho
  • 2000 - Sai de Baixo (Episódio: "A Noite do Bacalhau") ... Eurico
  • 1975 - Senhoras e Senhores ... Esposo correto
  • 1967 - A de Amor
  • 1954 - Alô, Doçura!

Televisão Direção
  • 1989 - Cortina de Vidro ... Filipe

Cinema Atuação
  • 1953 - Uma Pulga na Balança
  • 1954 - A Outra Face do Homem
  • 1954 - Candinho
  • 1954 - Floradas na Serra
  • 1954 - Matar ou Correr
  • 1954 - O Petróleo é Nosso
  • 1957 - Dioguinho
  • 1957 - Love Slaves Of The Amazons
  • 1957 - Rio Fantasia
  • 1958 - A Grande Vedete
  • 1958 - Alegria de Viver
  • 1958 - E o Espetáculo Continua
  • 1959 - Maria 38
  • 1961 - Girl In Room 13
  • 1961 - Por um Céu de Liberdade
  • 1962 - Assassinato em Copacabana
  • 1962 - Copacabana Palace
  • 1963 - Gimba, Presidente dos Valentes
  • 1964 - Der Satan Mit den Roten Haaren
  • 1966 - As Cariocas
  • 1966 - Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera
  • 1967 - O Caso dos Irmãos Naves
  • 1968 - Bebel, Garota Propaganda
  • 1969 - Corisco, o Diabo Loiro
  • 1969 - Helga Und Die Männer - Die Sexuelle Revolution
  • 1969 - O Cangaceiro Sanguinário
  • 1970 - A Arte de Amar Bem ... (Episódio: "A Garçonière de Meu Marido")
  • 1970 - A Guerra dos Pelados
  • 1970 - Cleo e Daniel
  • 1970 - Em Cada Coração, um Punhal ... (Episódio: "Transplante de Mãe")
  • 1970 - Em Cada Coração, um Punhal ... (Episódio "O Filho da Televisão")
  • 1970 - O Palácio dos Anjos
  • 1971 - O Capitão Bandeira Contra o Drº Moura Brasil
  • 1973 - A Super Fêmea
  • 1973 - Nem Santa, Nem Donzela
  • 1974 - As Delícias da Vida
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem (Episódio: "Cartão de Crédito")
  • 1975 - O Sexo Mora ao Lado
  • 1976 - Já Não se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - O Quarto da Viúva
  • 1978 - A Santa Donzela
  • 1978 - Meus Homens, Meus Amores
  • 1979 - O Caçador de Esmeraldas
  • 1980 - Ariella
  • 1980 - Bacanal
  • 1980 - O Gosto do Pecado
  • 1980 - O Inseto do Amor
  • 1981 - O Torturador
  • 1982 - Amor de Perversão
  • 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca
  • 1982 - Deu Veado na Cabeça
  • 1982 - Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor
  • 1982 - Tessa, a Gata
  • 1984 - Jeitosa, um Assunto Muito Particular
  • 1985 - Made In Brazil ... (Episódio: "Um Milagre Brasileiro")
  • 1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
  • 1986 - As Sete Vampiras
  • 1987 - A Menina do Lado
  • 1991 - Per Sempre
  • 1998 - A Hora Mágica
  • 1998 - Drama Urbano

Cinema Direção
  • 1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
  • 1982 - Tessa, a Gata
  • 1980 - Ariella
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (Episódios: "O Noivo" - Protagonista e Diretor)
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (Episódios: "A Flor de Lis" - Coadjuvante)
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem (Episódio: "Cartão de Crédito")

Cinema Produção
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem
  • 1968 - Anuska, Manequim e Mulher
  • 1966 - Toda Donzela Tem um Pai Que é Uma Fera

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #JohnHerbert

Adoniran Barbosa

JOÃO RUBINATO
(70 anos)
Cantor, Compositor, Ator e Humorista

☼ Valinhos, SP (06/08/1912)
┼ São Paulo, SP (23/11/1982)

Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato, foi um cantor, compositor, humorista e ator, nascido em Valinhos, SP, no dia 06/08/1912.

João Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais.

João Rubinato era filho de Ferdinando e Emma Rubinato, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza.

Aos 10 anos de idade, sua certidão de nascimento foi adulterada para que o ano de nascimento constasse como 1910 possibilitando que ele trabalhasse de forma legalizada: à época a idade mínima para poder trabalhar era de 12 anos.

Adoniran Barbosa abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar para ajudar a família numerosa composta de 7 irmãos. Procurando resolver seus problemas financeiros, os Rubinato viviam mudando de cidade. Moraram primeiro em Valinhos, depois Jundiaí, Santo André e finalmente São Paulo.

Em Jundiaí, Adoniran Barbosa conheceu seu primeiro ofício: entregador de marmitas. Aos 14 anos, ainda criança, era encontrado rodando pelas ruas da cidade entregando marmitas e, legitimamente, surrupiando alguns bolinhos pelo caminho.
"A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um".
Adoniran Barbosa teve um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Queria ser artista e escolheu a carreira de ator. Procurou de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tentou, antes do advento do rádio, o palco, mas foi sempre rejeitado.


Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe foi para sempre abortado. O samba, no início da carreira, teve para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.

O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular na maioria das vezes, dirigida e didática. Tiveram elas um poder e extensão pouco comuns para um país rural como o nosso. Inventaram a cidade, popularizaram o emprego industrial e acenderam os desejos de migração interna e de fama. Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social busca-se outros caminhos e pode-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produzem. Três caminhos podem ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.

Adoniran Barbosa, aprendiz das ruas, percebeu as possibilidades que se abriram a seu talento. Queria ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o levou a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música é a composição mas, nesse momento, o compositor é somente um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compram a parceria e, com ela, fazem nome e dinheiro. Daí sua escolha recair não sobre a composição, mas sobre a interpretação.

Entregou-se ao mundo da música. Buscou conquistar seu espaço como cantor - tinha boa voz, poderia tentar os diversos programas de calouro. Já com o nome de Adoniran Barbosa, tomado emprestado de um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admirava – João Rubinato estreou cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o "Se Você Jurar". Foi gongado, mas insistiu e voltou novamente ao mesmo programa, agora cantando o belo samba de Noel Rosa, "Filosofia", que lhe abriu as portas das rádios e ao mesmo tempo serviu como mote para suas composições futuras.

A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolveu a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é "Dona Boa", na voz de Raul Torres. Depois gravou em disco "Agora Pode Chorar", que não fez sucesso algum.

Aos poucos se entregou ao papel de ator radiofônico. A criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles fazia, em programas escritos por Osvaldo Moles, fizeram do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis, esses programas não conseguiram segurar por muito tempo o compositor que teimava em aparecer em Adoniran Barbosa. Entretanto, foi a partir desses programas que o grande sambista encontrou a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada deu ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.


O mergulho que Adoniran Barbosa faria na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, iam na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran Barbosa de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, davam o testemunho da importância que a linguagem assumia como veículo social.

Mas a escolha de Adoniran Barbosa foi outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana, de resto do próprio país, as músicas dele são o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determina o próprio discurso, os tipos humanos que surgem deste discurso representam um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran Barbosa, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. A tragédia da exclusão social dos sambistas se revela como a tragicômica cena de um país que subtrai de seus cidadãos a dignidade.

O seu primeiro sucesso como compositor virou canção obrigatória das rodas de samba, das casas de show: "Trem das Onze". É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran Barbosa alcançou, então, o almejado sucesso que, entretanto, durou pouco e não lhe rendeu mais que uns minguados trocados de direitos autorais. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fez sucesso, foi regravada novamente pelos Demônios da Garoa, conjunto musical de São Paulo (esta cidade é conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro. E aí sim, o sucesso é retumbante.

Como aconteceu com os programas escritos por Osvaldo Moles, que deram a Adoniran Barbosa a medida exata da estética a ser seguida, o samba inspirou Osvaldo Moles a criar um quadro para a rádio, que se chamava "História das Malocas", com um personagem, que fez sucesso, o Charutinho. De novo ator, Adoniran Barbosa, tendo provado o sucesso como compositor, não mais se afastou da composição.

Arguto observador das atividades humanas, sabia também que o público não se contentava apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitárias. Era necessário que se desse a este público uma dose de humor, mesmo que amargo. Compôs para esse público um de seus sambas mais notáveis, um dos primeiros em que trabalhou a nova estética do samba.


Entre a tentativa de carreira nas rádios paulistas e o primeiro sucesso, Adoniran Barbosa trabalhou duro, casou-se duas vezes e frequentou, como boêmio, a noite. Nas idas e vindas de sua carreira teve de vencer várias dificuldades. O trabalho nas rádios brasileiras foi pouco reconhecido e financeiramente instável e muitos passaram anos nos seus corredores e tiveram um fim de vida melancólico e miserável. O veículo que encantava multidões, que fazia de várias pessoas ídolos era também cruel como a vida. Passado o sucesso que, para muitos, era apenas nominal, o ostracismo e a ausência de amparo legal levavam cantores, compositores e atores a uma situação de impensável penúria.

Adoniran Barbosa sabia disso, mas mesmo assim seu desejo falava mais fundo. O primeiro casamento não durou um ano. O segundo, a vida toda: Matilde. De grande importância na vida do sambista, Matilde sabia com quem convivia e não só prestigiava sua carreira como o incentiva a ser quem é e como é, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalhava também fora e ajudava o sambista nos momentos difíceis, que eram constantes. Adoniran Barbosa vivia para o rádio, para a boêmia e para Matilde.

Numa de suas noitadas, de fogo, perdeu a chave de casa e não houve outro jeito senão acordar Matilde, que se aborreceu. O dia seguinte foi repleto de discussão. Mas Adoniran era compositor e dando por encerrado o episódio, compôs o samba "Joga a Chave".

Dono de um repertório variado de histórias, o sambista não perdia a vez de uma boa blague. Certa vez, quando trabalhava na Rádio Record, onde ficou por mais de trinta anos, resolveu, após muito tempo ali, pedir um aumento. O responsável pela gravadora disse-lhe que iria estudar o aumento e que Adoniran Barbosa voltasse em uma semana para saber dos resultados do estudo. Quando voltou, obteve a resposta de que seu caso estava sendo estudado. As interpelações e respostas, sempre as mesmas, duraram algumas semanas. Adoniran Barbosa começou a se irritar e, na última entrevista, saiu-se com esta: "Tá certo, o senhor continue estudando e quando chegar a época da sua formatura me avise!"

Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedicou-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Gravou algumas músicas ainda, mas com dificuldade – a respiração e o cansaço não lhe permitiam muita coisa mais – deu depoimentos importantes, reavaliando sua trajetória artística e compôs pouco.

Mas inventou para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos a eletricidade. São rodas-gigante, trens de ferro, carrosséis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular - enfeites, cigarreiras, bibelôs. Fiel até o fim à sua escolha, às observações que colheu do cotidiano, criou um mundo mágico. Quando recebia alguma visita em casa, que se admirava com os objetos criados pelo sambista, ouvia dele que "alguns chamavam aquilo de higiene mental, mas que não passava de higiene de débil mental...". Como se vê, cultivava o humor como marca registrada. Marca aliás, que aliada à observação da linguagem e dos fatos trágicos do cotidiano, fez dele um sambista tradicional e inovador.

Todo o dinheiro que ganhou gastou ajudando ou comemorando sucessos com os amigos.

Morte

Adoniran Barbosa nasceu e morreu pobre. Faleceu na terça-feira, 23/11/1982, aos 70 anos, em São Paulo, SP, vítima de insuficiência cardíaca agravada por enfisema pulmonar.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #AdoniranBarbosa

Fernando Torres

FERNANDO MONTEIRO TORRES
(80 anos)
Ator

☼ Guaçuí, ES (14/11/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/09/2008)

Fernando Torres foi um ator brasileiro nascido em Guaçuí, ES, no dia 14/11/1927.

Fernando Torres formou-se médico pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Entrou para o teatro em 1949 no espetáculo "A Dama da Madrugada". Foi no teatro, fazendo o espetáculo "Alegres Canções nas Montanhas" que ele conheceu a atriz Fernanda Montenegro com quem se casaria em 1952 e se tornaria pai da também atriz Fernanda Torres e do cineasta Cláudio Torres.

Como diretor, Fernando Torres estrearia em 1958 com a montagem de "Quartos Separados", no Teatro Brasileiro de Comédia, local onde também estreou como ator grandes sucessos dessa época. Um ano depois ele fundaria sua própria companhia, o Teatro dos Sete, juntamente com Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Ítalo Rossi e Gianni Ratto.

O reconhecimento como diretor de teatro viria em 1961, ao ser premiado como diretor revelação por sua montagem de "O Beijo no Asfalto", de Nelson Rodrigues. Com o fim do Teatro dos Sete ele investiu na direção e montou espetáculos como "A Mulher de Todos Nós", "O Homem do Princípio ao Fim", "A Volta ao Lar" e "O Inimigo do Povo".

Fernando Torres e Fernanda Montenegro
Como ator, Fernando Torres brilhou nos palcos, nas montagens de "Interrogatório", "A Longa Noite de Cristal" e "Seria Cômico... Se Não Fosse Sério" na década de 70. Foi premiado como melhor diretor com o Prêmio Governador do Estado da Guanabara por "O Amante de Madame Vidal" e como melhor ator por "Seria Cômico... Se Não Fosse Sério" com o Prêmio da Crítica Teatral da Cidade de São Paulo.

Na década de 70, acompanhando a mulher, começou a trabalhar com mais frequência na TV e no cinema. Na TV estreou em 1971 na novela "Minha Doce Namorada" mas deixou sua marca de grande ator em sucessos como "Baila Comigo", "Amor Com Amor Se Paga", "Terras do Sem Fim", "Louco Amor", "Zazá" e "Laços de Família", todos na TV Globo.

No cinema o ator teve grandes momentos em "Engraçadinha Depois dos Trinta", "Os Inconfidentes", "O Descarte", "Tudo Bem", "Inocência", "O Beijo da Mulher Aranha", "Veja Esta Canção", "A Ostra e o Vento" e "Redentor", este último dirigido pelo filho.

Morte

Com sérios problemas de saúde e preso a uma cadeira de rodas nos últimos meses, Fernando Torres morreu em sua casa, no bairro de Ipanema, no dia 04/09/2008, vítima de um Enfisema Pulmonar. Seu corpo foi cremado em uma cerimonia simples e reservada apenas para a família e os amigos mais chegados.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #FernandoTorres