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Marc Ferrez

MARC FERREZ
(79 anos)
Fotógrafo

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/12/1843)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/01/1923)

Marc Ferrez retratou cenas dos períodos do Império Brasileiro e início da República Brasileira, entre 1865 e 1918, sendo que seu trabalho é um dos mais importantes legados visuais daquelas épocas.

Um dos pioneiros da fotografia no Brasil. Abandonou os estudos em Paris (1859) e voltou ao Rio de Janeiro onde trabalhou com o gravador e litógrafo George Leuzinger. Aprendeu a fotografar com o engenheiro e botânico Franz Keller e fundou sua própria firma, a Marc Ferrez & Cia (1864).

Participou de uma expedição científica da Comissão Geológica do Império do Brasil, quando fotografou pela primeira vez, em plena selva, os índios Botocudos (1875). Participou de várias exposições internacionais e teve algumas obras premiadas.

Foi professor de fotografia da Princesa Isabel e, por seu trabalho artístico, recebeu do imperador Dom Pedro II o grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa (1885). Entusiasta também do cinema, inaugurou o Cine Pathé (1907), na Avenida Central.

Marc Ferrez morreu em sua cidade natal e deixou um acervo de centenas de chapas fotográficas. Sua obra constituiu um acervo fotográfico que se destacou pelo registro da natureza do país e registro da transformação radical da paisagem urbana do Rio de Janeiro no início do século XX.

Um álbum de fotografias (1906-1907) sobre a arquitetura da Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, é tida como sua obra mais conhecida.

Ziembinski

ZBIGNIEW MARIAN ZIEMBINSKI
(70 anos)
Ator, Diretor, Pintor e Fotógrafo

* Wieliczka, Polônia (07/03/1908)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/10/1978)

Desde os doze anos envolvido com o mundo teatral, deixa sua terra natal em 1941, com 33 anos, quando emigra para o Brasil.

Chamado carinhosamente de Zimba, é considerado um dos fundadores do moderno teatro brasileiro por sua encenação inovadora do texto "Vestido de Noiva", em 1943 do dramaturgo Nelson Rodrigues. Com esta montagem e por seu processo de ensaio, introduz-se a noção de diretor no teatro brasileiro, aquele que cria uma encenação, quase como um pintor da cena, substituindo a de ensaiador, aquele que se preocupava apenas em distribuir papéis e ordenar a movimentação em cena.

A direção de Ziembiński de "Vestido de Noiva", soube equacionar os vários planos propostos por Nelson Rodrigues, que contrastam entre o imaginário, o sonho e a realidade de forma brilhante, aliada à cenografia de Tomás Santa Rosa, com enorme quantidade de variações de luz - fala-se em 132 diferentes efeitos utilizados na encenação, fato marcante na história do teatro brasileiro da época. Outra novidade introduzida por Zimba foi o extenso processo de ensaios no grupo amador que encenou a peça "Os Comediantes", que consumiu muitos meses. Até aquela peça, o usual no teatro brasileiro era ensaiar uma semana e apresentar-se na seguinte, com poucos ensaios e com os atores recebendo apenas as suas falas, método comum no teatro profissional de Procópio Ferreira e de seus contemporâneos.

Antes de chegar ao Brasil, formou-se em letras e cursou a Escola de Arte Dramática do Teatro Municipal de Cracóvia, atuando em mais de vinte papéis entre 1927-1929. Depois desloca-se para Varsóvia onde trabalha como diretor e ator no "Teatr Polski" (Teatro Polaco) e "Teatr Mały" (Teatro Pequeno).

Em 1931, já em Łódź atua e dirige algumas peças no Teatro Municipal e no Teatro de Câmara. Em 1933 retorna a Varsóvia, onde trabalha intensamente até o início da Segunda Guerra Mundial. O repertório das peças dirigidas por Ziembinski na Polônia foi majoritariamente de textos de autores poloneses, o inverso do que fará em nosso país, procurando encenar autores de muita importância na dramaturgia universal.

Este fato pode ser acompanhado pelos espetáculos que se seguiram a "Vestido de Noiva": "Pelleas e Melisande", de Maurice Maeterlinck (1943), com a mesma companhia, e "Anjo Negro", retornando a Nelson Rodrigues, em 1948, com o Teatro Popular de Arte (TPA), onde Ziembinski retoma o estilo expressionista introduzido em sua primeira peça brasileira. Se este texto de Nelson Rodrigues, expõe acidamente a questão do racismo, Ziembinski irá sobrepor efeitos que engrossarão o caldo da polêmica e do escândalo. No mesmo ano e na mesma companhia, dirige e protagoniza "Woyzeck", de Georg Büchner.

Antes de se mudar para São Paulo, convidado a participar do Teatro Brasileiro de Comédia, Ziembinski dirige em Recife o simbólico "Nossa Cidade", de Thornton Wilder (1949), "Pais e Filhos", de Ivan Turgueniev, e "Esquina Perigosa", de J. B. Priestley, no Teatro de Amadores de Pernambuco TAP. Outra incursão, agora no Teatro Universitário de Pernambuco (TUP), será "Além do Horizonte", de Eugene O'Neill, e "Fim de Jornada", de Robert Sheriff.

Em 1950 além de trabalhar no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) de Franco Zampari, fez vários trabalhos com Cacilda Becker e também leciona arte dramática na então Escola de Arte Dramática (EAD), de Alfredo Mesquita, entre 1951 e 1957.

No cinema participa do filme "Tico-tico no Fubá", com Anselmo Duarte e Tônha Carrero. Tendo participado em mais de cem espetáculos em solo brasileiro e trabalhado com importantes atores como Cacilda Becker, Walmor Chagas, Cleide Yáconis, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Fernando Torres, marcou uma geração inteira de artistas, ao mesmo tempo que trouxe a cena uma quantidade importantes de importantes dramaturgos da cena internacional.

Já nos anos setenta será contratado pela Rede Globo onde coordenou diversos núcleos de produção, especialmente o Departamento de Casos Especiais.

Foram 50 anos de teatro, 35 deles no Brasil dirigindo 94 peças. Também foi pintor e fotógrafo até 1978.

Morreu aos 70 anos. Para o crítico Sábato Magaldi, Ziembiński foi "um monstro do teatro, figura extraordinária que pairou sobre a beleza do Rio de Janeiro".

Fonte: Wikipédia

Mário Cravo Neto

MÁRIO CRAVO NETO
(62 anos)
Fotógrafo e Escultor

* Salvador, BA (20/04/1947)
+ Salvador, BA (09/08/2009)

Filho do escultor Mário Cravo Júnior, viveu em Nova Iorque entre 1968 e 1970, onde estudou na Art Student League. Participou da Bienal Internacional de São Paulo em 1971, 1973, 1975, 1977 e 1983 e recebeu diversos prêmios nacionais de fotografia. Sua obra faz referências à sua cidade natal e faz parte do acervo de diversos museus como o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Stedelijk Museum em Amsterdã, entre outros. Colaborou com as revistas Popular Photography e Câmera 35 e publicou onze livros.

Mário Cravo Neto, 62 anos, morreu vítima de um Câncer de Pele na tarde de 09/08/2009. Segundo informações de uma fonte que trabalha com o artista, Mário Cravo estava internado há três semanas no Hospital Aliança depois de ter piorado o seu quadro médico. Durante um ano ele permaneceu em São Paulo lutando contra um câncer. Em julho, retornou à capital baiana para dar continuidade ao tratamento.
O corpo foi velado na manhã do dia 10/08 no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana, onde foi cremado às 11h.

Fonte: Wikipédia e http://nildofreitas.com/v1/Bahia/5299.html


Otto Stupakoff

OTTO STUPAKOFF
(73 anos)
Fotógrafo de Moda

* São Paulo, SP (28/06/1935)
+ São Paulo, SP (22/04/2009)

Otto Stupakoff estudou no Art Center College of Design de Los Angeles (1953-1955), época em que trabalhou como correspondente fotográfico da Revista Manchete.

De volta ao Brasil, em 1957 estabeleceu seu estúdio em São Paulo, atuando no campo da fotografia de moda e da publicidade. Fotografou a construção de Brasília a pedido do arquiteto Oscar Niemeyer.

Foi o percursor da fotografia de moda no Brasil, em 1958, ao fotografar a atriz Duda Cavalcanti, "a pioneira garota de Ipanema", com uma roupa do estilista Dener Pamplona.

"Jamais havia visto uma foto de moda publicada no Brasil, antes de eu fazer a primeira. É incrível, porque já éramos uns 100 milhões de habitantes. Pedi ao Dener um vestido emprestado. Coloquei na mala, peguei um ônibus para o Rio de Janeiro, combinei com minha namorada, Duda Cavalcanti, e fomos para a casa do Heitor dos Prazeres, amigo pintor e sambista, que morava numa casa art noveau. Nesse terraço, coloquei a Duda com o vestido do Dener, que ele havia feito, em 1955. Era um vestido branco e azul-marinho. Nesse dia, no terraço da casa de Heitor, a Duda vestindo Dener, foi feita a primeira foto de moda no Brasil. Essa foto, que fiz para mim, nunca foi publicada."

Em 1965, aos 30 anos e no auge de seu sucesso no Brasil, mudou-se para Nova York e colaborou com diversas publicações, como Life e Look . Além dos editoriais de moda, destacou-se pelos retratos de celebridades, mas também de pessoas anônimas. Seu trabalho foi marcado pela influência de Richard Avedon, seu mestre declarado, de Helmut Newton e da pintura de Balthus.

Stupakoff foi também responsável por centenas de ensaios para grandes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar, Cosmopolitan, Elle e Esquire. Instalou-se em Paris, entre 1973 e 1976, onde fotografou para Vogue, Elle e Stern, entre outras publicações. Voltou ao Brasil em 1976, onde permaneceu até 1980. Em 1981, estabeleceu -se em Nova Iorque, tornando-se cidadão americano em 1984.

Recebeu o prêmio especial do júri do Art Directors Club (Paris, 1981) e o DuPont Award (Paris, 1986).

Fotografou várias personalidades como Truman Capote, o ex-presidente norte-americano Richard Nixon, a atriz Bette Davis, Grace Kelly, Jack Nicholson, Sharon Tate, Tom Stoppard, Leonard Cohen, Paul Newman, Sophia Loren, Jorge Amado, Antonio Carlos Jobim, Pelé, Kate Moss, entre outras. Foi um dos primeiros brasileiros a integrar o acervo do Museu de Arte Moderna (Nova Iorque).

Também realizou trabalhos importantes de fotojornalismo. Chegou a ser preso, interrogado e quase morto por soldados do Khmer Rouge, em 1994, ao fotografar as ruínas de Angkor Wat e os killing fields, nas selvas de Battambang. Suas fotos do Camboja foram exibidos na Academia de Ciências de Nova York e leiloadas para arrecadar fundos para as vítimas de minas terrestres.

Foi ao Ártico quatro vezes, e aprendeu com os inuítes a caçar focas com arpão e a construir um iglu.

Otto também foi professor de fotografia na Parsons The New School for Design, em Nova York .

Vivia em São Paulo desde 2005, ano em que, comemorando seus 50 anos de carreira, realizou-se uma exposição retrospectiva de sua obra, no prédio da Bienal, durante a São Paulo Fashion Week. A mostra, denominada Moda sem fronteiras, foi organizada pelos fotógrafos Bob Wolfenson e Fernando Laszlo. Um ano depois, foi lançado o livro Otto Stupakoff, pela editora Cosac & Naify.

Em 2008, sua obra fotográfica - um acervo de aproximadamente 16 mil fotos - foi incorporada pelo Instituto Moreira Salles.

Otto Stupakoff sofria de Alzheimer. Faleceu na madrugada do dia 22/04/2009, em um apart-hotel de São Paulo, dias após o encerramento de uma grande exposição dos seus trabalhos, no Centro Cultural do Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro. Tinha seis filhos, de três casamentos (um deles, com a Miss Universo 1966, Margareta Arvidsson) e onze netos.

Fonte: Wikipédia

Zélia Gattai

ZÉLIA GATTAI AMADO
(91 anos)
Memorialista, Romancista, Fotografa e Escritora

☼ São Paulo, SP (02/07/1916)
┼ Salvador, BA (17/05/2008)

Zélia Gattai foi uma escritora, fotógrafa e memorialista, como ela mesma preferia denominar-se, tendo também sido expoente da militância política nacional durante quase toda a sua longa vida, da qual partilhou cinquenta e seis anos casada com o também escritor Jorge Amado, até a morte deste.

Filha dos imigrantes italianos Ernesto Gattai e Angelina Gataii, era a caçula de cinco irmãos. Nasceu e morou durante toda a infância na Alameda Santos, no bairro Paraíso, em São Paulo.

Zélia participava, com a família, do movimento político-operário anarquista que tinha lugar entre os imigrantes italianos, espanhóis, portugueses, no início do século XX. Aos vinte anos, casou-se com Aldo Veiga. Deste casamento, que durou oito anos, teve um filho, Luís Carlos, nascido na cidade de São Paulo, em 1942.

Zélia Gattai e Jorge Amado
A Vida Com Jorge Amado

Leitora entusiasta de Jorge Amado, Zélia Gattai o conheceu em 1945, quando trabalharam juntos no movimento pela anistia dos presos políticos. A união do casal deu-se poucos meses depois. A partir de então, Zélia Gattai trabalhou ao lado do marido, passando a limpo, à máquina, seus originais e o auxiliando no processo de revisão.

Em 1946, com a eleição de Jorge Amado para a Câmara Federal, o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nasceu o filho João Jorge, em 1947. Um ano depois, com o Partido Comunista declarado ilegal, Jorge Amado perdeu o mandato, e a família teve que se exilar.

Viveram em Paris por três anos, período em que Zélia Gattai fez os cursos de civilização francesa, fonética e língua francesa na Sorbonne.

De 1950 a 1952, a família viveu na Tchecoslovaquia, onde nasceu a filha Paloma. Foi neste tempo de exílio que Zélia Gattai começou a fazer fotografias, tornando-se responsável pelo registro, em imagens, de cada um dos momentos importantes da vida do escritor baiano.

Em 1963, mudou-se com a família para a casa do Rio Vermelho, em Salvador, Bahia, onde tinha um laboratório e se dedicava à fotografia, tendo lançado a fotobiografia de Jorge Amado intitulada "Reportagem Incompleta".

A Escritora

Aos 63 anos de idade, começou a escrever suas memórias. O livro de estreia, "Anarquistas, Graças a Deus", ao completar vinte anos da primeira edição, já contava mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil.

Sua obra é composta de nove livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance. Alguns de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.

"Anarquistas, Graças a Deus" foi adaptado para minissérie pela TV Globo e "Um Chapéu Para Viagem" foi adaptado para o teatro.

Viúva de Jorge Amado, Zélia Gattai morreu aos 91 anos na tarde do dia 17/05/2008. A memorialista, romancista e fotógrafa foi vítima de uma parada cardiorrespiratória. Ela estava internada em Salvador desde o dia 30/03/2008 com problemas renais, provocados por uma infecção urinária.

Zélia Gattai e Jorge Amado
Obras

  • 1979 - Anarquistas Graças a Deus (Memórias)
  • 1982 - Um Chapéu Para Viagem (Memórias)
  • 1983 - Pássaros Noturnos do Abaeté
  • 1984 - Senhora Dona do Baile (Memórias)
  • 1987 - Reportagem Incompleta (Memórias)
  • 1988 - Jardim de Inverno (Memórias)
  • 1989 - Pipistrelo das Mil Cores (Literatura Infantil)
  • 1991 - O Segredo da Rua 18 (Literatura Infantil)
  • 1992 - Chão de Meninos (Memórias)
  • 1995 - Crônica de Uma Namorada (Romance)
  • 1999 - A Casa do Rio Vermelho (Memórias)
  • 2000 - Cittá di Roma (Memórias)
  • 2000 - Jonas e a Sereia (Literatura Infantil)
  • 2001 - Códigos de Família
  • 2002 - Um Baiano Romântico e Sensual
  • 2004 - Memorial do Amor
  • 2006 - Vacina de Sapo e Outras Lembranças

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ZeliaGattai