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Carlos Lamarca

CARLOS LAMARCA
(33 anos)
Militar e Guerrilheiro

* Rio de Janeiro, RJ (23/10/1937)
+ Pintada, BA (17/09/1971)

Foi um militar brasileiro, que desertou do Exército durante o Regime Militar e se tornou um guerrilheiro comunista.

Como guerrilheiro, integrante da Vanguarda Popular Revolucionária, foi um dos principais opositores ao regime militar, visando à implantação de um regime socialista no Brasil. Devido a isto, foi condenado por Traição e Deserção pelo exército brasileiro.

É o único homem na história do Brasil a receber o status de Traidor da Nação por ter combatido o regime militar, instaurado no Brasil em 1964. Por outro lado, assim como Onofre Pinto que também abandonou o exército para lutar contra o regime militar, é considerado pela esquerda um importante revolucionário brasileiro.

Trinta e seis anos após a morte de Lamarca, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça sob supervisão do ministro da justiça Tarso Genro dedicou sua sessão inaugural a promovê-lo a coronel do exército e a reconhecer a condição de perseguidos políticos de sua viúva e filhos.

Biografia

Filho de pais pobres, Lamarca nasceu em 23 de outubro de 1937 e viveu, até os dezessete anos, no Morro de São Carlos, no Rio de Janeiro, com seus irmãos e uma irmã de criação, Maria Pavan, que viria a ser sua esposa, após ter sido engravidada por Lamarca, quando este cursava a Academia Militar.

Carreira no Exército Brasileiro

Ingressou, em 1955, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Dois anos mais tarde foi transferido para a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro. Concluído o curso, foi declarado aspirante a oficial, classificado em 46º lugar numa turma de 57 cadetes (1960), e passou a servir no 4º Regimento de Infantaria, em Quitaúna, na cidade de Osasco, em São Paulo.

Integrou o Batalhão Suez, nas Forças de Paz da ONU na região de Gaza, Palestina, de onde retornou dezoito meses mais tarde. Estava servindo à 6ª Companhia de Polícia do Exército, em Porto Alegre, quando ocorreu o Golpe Militar de 1964.

De volta a Quitaúna em 1965, foi promovido ao posto de capitão em 1967. Iniciou contatos com facções de esquerda que defendiam a luta armada para derrubar o governo militar e implantar um regime socialista de esquerda.

Em 24 de janeiro de 1969, deixou o exército para unir-se à organização clandestina Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Lamarca deixou Quitaúna com a carga de 63 fuzis Fal, algumas metralhadoras leves e muita munição. Esse furto de armamento foi organizado e executado por ele e pelo sargento Darcy Rodrigues, também integrante do quadro de Quitaúna, e que supostamente teria aliciado Lamarca a ingressar na VPR. Participaram também da ação o cabo Mariani e soldado Roberto Zanirato, morto sob tortura na Operação Bandeirante (DOI/CODI/SP).

Guerrilha

Lamarca tornou-se um dos mais ativos guerrilheiros da oposição armada ao regime militar brasileiro. Participou de diversas ações, como assaltos à bancos, num dos quais assassinou com dois tiros o guarda civil Orlando Pinto Saraiva. Em seguida, instalou um comitê de resistência no Vale do Ribeira, no sul de São Paulo, desarticulado em 1970 por forças do exército, após a prisão de vários militantes da VPR em abril de 1970. Principalmente após a prisão de Maria do Carmo Brito, uma das dirigentes nacionais da VPR, no dia 18 de abril de 1970. Assim, o exército chegou até a área ativa de treinamento da VPR.

Nessa época, no dia 10 de maio de 1970, participou, com outros quatro guerrilheiros, do assassinato do tenente Alberto Mendes Júnior, da Força Pública (denominação da Polícia Militar do Estado de São Paulo até 1970), que teve seu pelotão emboscado pelo grupo de Lamarca.

No mesmo ano Lamarca comandou o seqüestro do embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, com o fim de trocá-lo por presos políticos no Rio de Janeiro. Nessa ação, o agente da Polícia Federal Hélio Carvalho de Araújo, que fazia segurança do embaixador suíço, foi morto por Lamarca.

Em abril de 1971, desligou-se da VPR e ingressou no Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8). Embora se afirme que por essa razão fugiu para a Bahia, Lamarca estava seguindo planos da organização, que acreditava ter chegado a hora de iniciar a revolução no campo.

Em 17 de setembro de 1971 foi localizado na região do agreste baiano, no povoado de Pintada, distrito de Ibipetum, atual município de Ipupiara (então desmembrado do município de Brotas de Macaúbas). Localizado, foi morto por um pequeno comando especial do Exército, comandado pelo major Cerqueira, junto com o metalúrgico José Campos Barreto, guerrilheiro da VPR.

Em seus livros A Ditadura Escancarada e Lamarca, o capitão da guerrilha, Elio Gaspari, Emiliano José e Oldeck Miranda, descrevem os momentos finais de Lamarca com ele sendo carregado nas costas por seu companheiro Zequinha, depois dos dois atravessarem 300 km de sertão fugindo das tropas de Cerqueira. Encontrados descansando sob uma árvore em Pintada, Zequinha foi metralhado e Lamarca morto ainda deitado. Seus corpos foram levados para a Base Aérea de Salvador, jogados no chão e fotografados. Lamarca ainda tinha os olhos abertos.

Enquanto a esposa de Lamarca se encontrava exilada em Cuba desde 1968, com os dois filhos do casal, durante a clandestinidade, Lamarca conheceu Iara Iavelberg, que se tornou sua companheira. Ela havia sido morta dias antes da morte de Lamarca, em circunstâncias não esclarecidas, em um apartamento em Salvador, na Bahia.

Depois de vários anos a família de Carlos Lamarca teve aprovação no pedido de anistia. Por decisão da Comissão de Anistia, a viúva Maria Pavan Lamarca e seus dois filhos tiveram aprovados uma indenização de R$ 100.000,00 para cada um como compensação do período que passaram exilados em Cuba.

Obras Sobre Lamarca

Ao fim do regime ditatorial, os jornalistas Oldack Miranda e Emiliano José editaram e publicaram o livro Lamarca, Capitão da Guerrilha.

A obra deu origem ao filme Lamarca, lançado em 1994, dirigido por Sérgio Rezende e protagonizado por Paulo Betti. No filme Zuzu Angel, do mesmo diretor, novamente o ator interpreta Carlos Lamarca em uma cena.

Carlos Lamarca é também citado na obra de ficção O Profeta do Jordão de autoria do escritor baiano Carlos Araújo. No livro, Carlos Lamarca seria a reencarnação de um falecido coronel de terras que havia habitado a região onde Lamarca fora executado e que travara guerras com um rival que teria, por sua vez, reencarnado como José Campos Barreto.

Homenagens

A prefeitura do município de Ipupiara, Bahia, construiu, na comunidade de Pintada, local onde Lamarca foi morto, uma praça em sua homenagem, a qual contem uma estátua de Carlos Lamarca, anfiteatro, playground, fonte luminosa e cantina. A praça Capitão Carlos Lamarca foi inaugurada no dia 13 de janeiro de 2007. O município também homenageou Lamarca criando uma lei através da qual acrescenta no calendário dos feriados municipais o dia 17 de setembro.

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu a patente de coronel do exército a Carlos Lamarca, que morreu como capitão. Segundo o então ministro da justiça, Tarso Genro, Lamarca foi um "símbolo da resistência radical à ditadura militar".

Fonte: Wikipédia

Ana Maria Nacinovic Corrêa

ANA MARIA NACINOVIC CORRÊA
(25 anos)
Guerrilheira e Militante da Ação Libertadora Nacional (ALN)

* Rio de Janeiro, RJ (25/03/1947)
+ São Paulo, SP (14/06/1972)

Ana Maria Nacinovic Corrêa foi uma guerrilheira e militante comunista, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 25/03/1947. Participou da luta armada durante os Anos de Chumbo da Ditadura Militar Brasileira.

Era filha de Mário Henrique Nacinovic e Anadyr de Carvalho Nacinovic.

Depoimento da mãe de Ana Maria:

"Teve uma infância feliz, apesar da separação de seus pais quando tinha apenas 7 anos de idade, vivendo a partir desta época na companhia da mãe, tia e avós, que procuraram suprir, com muito carinho, a ausência do pai.
Fez o primário, ginásio e científico no Colégio São Paulo, de freiras, em Ipanema. Destacou-se sempre durante o seu curso pelo companheirismo e cumprimento de suas obrigações escolares. Simultaneamente, estudava piano com o professor Guilherme Mignone. Possuindo um ouvido privilegiado, era estimulada pelo seu mestre a dedicar-se mais à arte.
Terminou o científico com 17 anos e sua grande inclinação para a matemática levou-a a freqüentar um curso pré-vestibular, com o objetivo de futuramente tornar-se uma engenheira. Um casamento mal sucedido interrompeu seus estudos. Aos 21 anos, ingressou, como 2ª colocada, na Faculdade de Belas Artes.
Para a idealista que era, o que sempre demonstrou no seu dia-a-dia, em atitudes de solidariedade em relação ao próximo, caíram em campo fértil as sementes de rebelião contra o regime autoritário que dominava o país. Era a época aterrorizante do ditador Emílio Garrastazu Médici. Aquela mocinha inexperiente, mal saída dos bancos escolares e de um casamento frustrado, aos poucos se converteria na guerrilheira cujos retratos nos aeroportos, rodoviárias e outros lugares públicos, apontavam como uma subversiva perigosa.
Seguiu-se uma época de aflição e angústia para sua mãe e demais familiares, até que chegasse o momento fatal. Momento em que toda a ternura daquele coraçãozinho que só aspirava à igualdade entre os homens, daqueles imensos olhos azuis que só queriam contemplar o lado bom da vida, converteu-se em escuridão e trevas.
Ana Maria foi metralhada e morta na Mooca, em 14 de junho de 1972. Estava com 25 anos de idade. Com ela morreram Marcos Nonato da Fonseca e Iúri Xavier Pereira."

Foto de Ana Maria morta.
Enquanto Ana Maria, Iúri, Marcos Nonato e Antônio Carlos Bicalho Lana almoçavam no Restaurante Varella, o proprietário do estabelecimento, Manoel Henrique de Oliveira, que era alcagüete da polícia, telefonou para o DOI/CODI-SP, avisando da presença de algumas pessoas que tinham suas fotos afixadas em cartazes de Procurados, feitos na época pelos órgãos de segurança.

Os agentes do DOI/CODI, assim que se certificaram da presença dos quatro companheiros, montaram uma emboscada em torno do restaurante, mobilizando um grande contingente de policiais.

De imediato, foram fuzilados Iúri e Marcos Nonato. Ana Maria, ainda vivia, quando um policial, ouvindo seus gritos de protesto e de dor, impotente perante a morte iminente, aproximou-se desferindo-lhe uma rajada de Fuzil FAL, à queima-roupa, estraçalhando-lhe o corpo.

Ato contínuo, os policiais fizeram uma demonstração de selvageria para a população que se aglomerou em volta daquela já horrenda cena. Dois ou três policiais agarravam o corpo de Ana Maria e o jogavam de um lado para o outro, às vezes lançando-o para o alto e deixando-o cair abruptamente no chão. Descobriram-lhe também o corpo ensagüentado, lançando impropérios e demonstrando o júbilo na covardia de tê-la abatido. Não satisfeitos, desfechavam-lhe ainda coronhadas com seus fuzis, como se mesmo morta Ana Maria representasse ainda algum perigo.


Tal cena repetiu-se com o corpo de Iúri e Marcos Nonato, sendo entretanto Ana Maria o alvo preferido.

A população, revoltada com tamanha violência e selvageria, esboçou, dias depois, uma reação de protesto, tentando elaborar um abaixo-assinado que seria encaminhado ao Governador do Estado. Mas, devido ao clima de terror existente no país naquela época, somado ao pânico de que aquelas cenas de verdadeiro horror pudessem se repetir com eles, a iniciativa foi posta de lado. Também as ameaças feitas pelos policiais, na hora do crime, intimidaram os populares.

Anos depois, em 1992, populares da Mooca que ainda lembravam do trágico episódio, sugeriram seu nome para uma creche municipal. A então prefeita Luiza Erundina aceitou a sugestão popular.


Da emboscada, conseguiu escapar, ferido, Antônio Carlos Bicalho Lana (morto em 30 de novembro de 1973), testemunha, dos três assassinatos .

Assinam o laudo de necrópsia os médicos legistas Isaac Abramovitch e Abeylard de Queiroz Orsini.

Em 16 de outubro de 1973, apesar de morta oficialmente, é condenada à revelia a 12 anos de prisão com base no artigo 28 do Decreto lei n° 898/69.

O Relatório do Ministério da Aeronáutica contém a falsa versão de que Ana Maria foi ferida após assalto em que resistiu à voz de prisão, "ocasião em que a nominada saiu gravemente ferida, vindo a falecer posteriormente".


Vera Sílvia Magalhães

VERA SÍLVIA ARAÚJO DE MAGALHÃES
(59 anos)
Economista, Socióloga e Guerrilheira

* Rio de Janeiro, RJ (05/02/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/12/2007)

Foi uma economista, socióloga e guerrilheira brasileira, militante da Dissidência Comunista da Guanabara e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).

Vera, filha de uma família da classe média alta carioca, de ideologia socialista - ganhou do tio, aos onze anos, o livro "Manifesto do Partido Comunista", de Marx e Engels - começou a militar na política com apenas 15 anos de idade, na Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (Ames).

Aos vinte, em 1968 e já na universidade, ingressou no MR-8, grupo comunista clandestino que participou da luta armada contra a ditadura militar.

Luta Armada

Atuando na Frente de Trabalho Armado (FTA), a tropa de choque da DI-GB, um dos muitos grupos dissidentes do Partido Comunista Brasileiro, e que viria a se intitular de Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), após a prisão de quase todos os integrantes do MR-8 original, no intuito de confundir a repressão, depois de sua primeira ação num roubo de armas no gasômetro do bairro do Leblon, junto aos companheiros Cláudio Torres e Cid Benjamin, Vera participou de diversos assaltos a banco, supermercados, postos de gasolina e carros-forte, além de um assalto cinematográfico ao apartamento de um deputado em Copacabana, com os membros do grupo disfarçados de jornalistas. Nessas ações, ela usava sempre uma peruca loira, o que lhe deu a alcunha de "Loira 90" (porque nos assaltos a banco estava sempre armada com duas pistolas calibre .45) na imprensa e entre os agentes da repressão.

Mas ela passaria para a história como uma das mais famosas guerrilheiras do Brasil da ditadura militar, quando foi a única mulher a participar do seqüestro do embaixador norte-americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969.

Vera, codinome "Dadá" na militância, ficou encarregada de conseguir informações sobre a rotina do embaixador Elbrick e para isso chegou a flertar com o chefe da segurança da embaixada dos Estados Unidos, em Botafogo, vestida com uniforme de babá. Depois de conseguir as informações que permitiram o mapeamento da rotina do diplomata, ela atuou como vigia no dia do sequestro, 4 de setembro, posicionada dentro de uma padaria na rua Marques, no bairro do Humaitá, onde se deu a ação.

Após o sequestro, o primeiro do genêro no mundo e que libertou quinze presos políticos em troca da vida de Elbrick, Vera desapareceu na clandestinidade, caçada, como os outros sequestradores, pela polícia e pelos agentes dos serviços de inteligência das três forças armadas. Escondida na Penha com o então companheiro José Roberto Spigner, também guerrilheiro, continuou esporadicamente a participar de ações armadas e distribuição de propaganda política, até o começo do ano seguinte, quando escapou atirando de um cerco feito pela repressão a uma casa onde se escondia com companheiros, entre eles Spigner, morto no tiroteio.

Presa em março de 1970, numa casa do bairro do Jacarezinho, junto com outros companheiros denunciados por uma vizinha e levando um tiro que lhe trespassou a cabeça. Vera Sílvia foi torturada nas dependências do DOI-CODI do Rio de Janeiro, baseado num quartel da Polícia do Exército na Rua Barão de Mesquita, bairro da Tijuca, zona norte da cidade. Pendurada no pau-de-arara, respondeu aos torturadores quando lhe perguntaram sua profissão: "Minha profissão é ser guerrilheira". Vera acabou sendo libertada junto com outros 39 presos politicos em 15 de junho do mesmo ano, em troca do embaixador alemão no Brasil, Ehrenfried von Holleben, sequestrado por outro grupo guerrilheiro.

Cinema

Única mulher participante do sequestro do embaixador Elbrick, Vera foi retratada no filme "O Que É Isso, Companheiro?" de 1997 baseado na obra homônima de Gabeira por Fernanda Torres.

Exílio, Retorno e Morte

Banida do país, Vera morou na Argélia e no Chile com Fernando Gabeira, seu companheiro de sequestro e de banimento, com quem se casou, na Alemanha, na Suécia e na França. A maior parte do tempo em que foi obrigada a morar fora do Brasil, foi ocupada com estudos na Sorbonne, em Paris, onde foi aluna do sociólogo e futuro Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, também exilado na Europa. Retornando ao Brasil em 1979 após a aprovação da Lei da Anistia, trabalhou no governo do Rio de Janeiro como planejadora urbana, até se aposentar por invalidez.

Vera, musa dos integrantes da guerrilha no Rio de Janeiro, foi presa após levar um tiro na cabeça e torturada por três meses mesmo ferida e após dias em estado de coma, e, entre outras sequelas, sofreu o resto da vida de surtos psicóticos, sangramento da gengiva e crises renais, combateu um linfoma nos últimos anos de vida e morreu de infarto em 2007.

Por causa de seus problemas permanentes de saúde causados pela tortura, em 2002 ela foi a primeira mulher a receber reparação financeira do Estado, com uma pensão mensal vitalícia garantida por lei. Além de viver com Spigner e casar com Gabeira, Vera Sílvia foi casada mais duas vezes, uma delas com o cientista político Emir Sader.

Fonte: Wikipédia