Mostrando postagens com marcador Guitarrista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Guitarrista. Mostrar todas as postagens

Júlio Barroso

Júlio Barroso
(30 anos)
Jornalista, Cantor, Compositor, Guitarrista e DJ

☼ Rio de Janeiro, RJ (15/11/1953)
┼ São Paulo, SP (06/07/1984)

Júlio Barroso foi um jornalista, compositor, guitarrista, cantor e disk jockey (DJ) brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 15/11/1953.

Nascido no Rio de Janeiro e radicado em São Paulo, Júlio Barroso mudou-se para os Estados Unidos depois de uma tentativa fracassada de fazer sucesso com uma banda performática. Em New York, tomou contato com o movimento New Wave.

Júlio Barroso fundou o grupo Gang 90 & Absurdettes no início da década de 1980, do qual também participava sua irmã, Denise Barroso.

Após a participação no Festival MPB-Shell, promovido pela TV Globo em 1981, concorrendo com o hit "Perdidos Na Selva" (Júlio Barroso, Márcio Vaccari e Guilherme Arantes), posteriormente gravado pelo Barão Vermelho em 1996, Júlio Barroso e seu grupo gravaram o LP "Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes".

Como compositor, Júlio Barroso foi parceiro de Guilherme Arantes, Wander Taffo, Alice Pink Pank, Lobão, Ritchie, dentre outros.

Em 1991, sua irmã Denise Barroso lançou o livro póstumo "A Vida Sexual Do Selvagem", em homenagem ao irmão.

Júlio Barroso é considerado junto à crítica musical especializada em rock um dos precursores do rock brasileiro surgido na década de 1980. Seu conjunto, ao lado da Blitz, teria tido um papel fundamental na consolidação do gênero nesse período.

Gang 90 & Absurdettes

Gang 90 & Absurdettes foi um grupo de rock brasileiro dos anos 1980, fundado pelo disc jockey e jornalista Júlio Barroso. Suas canções misturavam new wave com viagens beatnik, e ainda carregava batidas fortes e coro feminino, inspirado no grupo B-52s.

Sua primeira aparição foi na discoteca Paulicéia Desvairada em 1981. Participou do Festival MPB Shell do mesmo ano, com a música "Perdidos Na Selva", o que tornou o grupo famoso.

Para divulgar o grupo, o programa Fantástico de 02/08/1981 apresentou o clipe de "Perdidos Na Selva". Nesta época, a banda chamava-se simplesmente Gang 90. A música foi lançada originalmente em compacto pelo selo HOT, tendo a faixa "Lilik Lamê" no lado B, cantada por Alice Pink Pank, uma das cantoras-musas da banda, ao lado de May East e Lonita Renaux.

Um momento particularmente importante para a banda foi sua participação, também em 1981 do festival MPB Shell, promovido pela TV Globo. Naquela ocasião, e defendendo a canção "Perdidos Na Selva", conseguiram um grau de exposição e notoriedade até então incomum para bandas da cena pop brasileira, o que já prenunciava o vigor do movimento de rock nacional que surgiria a seguir ao longo da década de 80.


Em 1983, a banda lançou o LP "Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes", que continha os sucessos anteriores da banda e que emplacou uma canção como tema de novela das 20h00 da TV Globo, "Louco Amor", de Gilberto Braga. No mesmo ano, participaram do especial da TV Globo "Plunct, Plact, Zuuum" com a música "Será Que o King Kong é Macaca?".

Após o falecimento de Júlio Barroso, em 06/07/1984, a tecladista Taciana Barros assumiu a liderança do grupo e tentou insistir em sua continuidade lançando um álbum "Rosas e Tigres" que tinha em seu repertório uma série de canções inéditas de Julio Barroso. O trabalho acabou tendo muito pouca repercussão comercial apesar de haver sido razoavelmente bem recebido pela crítica especializada.

Uma última tentativa, em 1987, foi o álbum "Pedra 90" já sem praticamente nenhum integrante original do grupo e que selou o fim da banda.

Além de Júlio Barroso, participaram desse projeto músicos como Alice Pink Pank, Lobão, May East, Lonita Renaux (Denise Barroso), Luíza Maria, Miguel Barella, Wanderley Taffo, Guilherme Arantes, Lee Marcucci, Sandra Coutinho, Gigante Brasil, Herman Torres, Otávio Fialho, Luiz Paulo Simas, Taciana Barros, Beto Firmino, Gilvan GomesPaulo Lepetit, Curtis e Claudia Niemeyer.

Morte

Enfrentando problemas com drogas e alcoolismo, Júlio Barroso faleceu tragicamente, aos 30 anos, ao cair da janela de seu apartamento, no 11º andar, em São Paulo, no dia 06/07/1984, em circunstâncias nunca completamente esclarecidas, encerrando prematuramente a sua carreira, no auge do sucesso. A hipótese mais aceita é de que a queda tenha sido acidental.

Fonte: Wikipédia

Zé Menezes

JOSÉ MENEZES DE FRANÇA
(92 anos)
Compositor e Instrumentista

* Jardim, CE (06/09/1921)
+ Teresópolis, RJ (31/07/2014)

José Menezes de França, por pseudônimo Zé Menezes era um violonista, compositor, tocava violão de seis e sete cordas, violão tenor, bandolim, banjo, cavaquinho, viola de dez cordas, guitarra amplificada, guitarra portuguesa e contrabaixo.

Zé Menezes é considerado um dos grandes cavaquinistas da Música Popular Brasileira.


De Juazeiro Para o Mundo

Zé Menezes começou sua carreira de instrumentista de forma precoce. Seu gosto musical foi despertado quando aos 6 anos de idade ouviu a banda de música de sua cidade natal. Aos 8 anos de idade, já tocava cavaquinho profissionalmente no cinema de Juazeiro do Norte, CE, e passou a ser conhecido como Zé do Cavaquinho. Nesta época, compôs sua primeira música "Meus Oito Anos" a qual teve o privilégio de apresentar perante o Padre Cícero. Aos 11 anos, já era músico da Banda Municipal de Juazeiro.

Por volta dos 12 anos de idade, em companhia do primo Luís Roseo, Zé Menezes foi então residir em Fortaleza, CE, onde passou um ano como locutor de um serviço de alto-falantes. Retornou posteriormente a Juazeiro, onde retomou sua carreira de músico em festas e cinemas.

Em 1938, Luís Roseo passou pela cidade como líder de uma banda de jazz. Zé Menezes decidiu-se a acompanhá-lo de volta à Fortaleza, onde, durante algum tempo, dedicou-se a aprender o ofício de alfaiate. Todavia, por volta de 1940 foi contratado como segundo violonista pela Ceará Rádio Clube e acabou por formar seu próprio grupo musical, um "regional", com o qual se apresentou na emissora durante quatro anos.

Passando por Fortaleza em 1943, para a inauguração do serviço de ondas curtas da Ceará Rádio Clube, o radialista César Ladeira conheceu o jovem músico e ofereceu-lhe um contrato com a Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Naquela cidade, angariou prestígio como solista e em 1945 formou o Conjunto Milionários do Ritmo.

Em 1947, Zé Menezes foi contratado pela Rádio Nacional, emissora onde permaneceria por cerca de 25 anos, apresentando-se inicialmente ao lado de Garoto no programa "Nada Além de Dois Minutos".

Em 1948 teve a primeira música gravada, o samba "Nova Ilusão" (Zé Menezes e Luiz Bittencourt) pelo grupo Os Cariocas. A música fez tanto sucesso que acabou por converter-se numa espécie de prefixo do conjunto. Em 1950 seria regravada por Francisco Sergi e Orquestra e em 1953 por Dick Farney e Quinteto.


Do "Quarteto Continental" ao "Sexteto Radamés"

Foi na Rádio Nacional que Zé Menezes conheceu o maestro Radamés Gnattali, o qual, em 1949, convidou-o para integrar o Quarteto Continental tocando guitarra. O Quarteto Continental era composto ainda pelo próprio Radamés Gnattali ao piano, Luciano Perrone (bateria) e Pedro Vidal Ramos (contrabaixo). Além das apresentações na Rádio Nacional, com os arranjos requintados e inovadores criados pelo maestro, o grupo acompanhou em estúdio gravações feitas por artistas conceituados da época, tais como Os Cariocas, Edu da Gaita e Aracy de Almeida.

Em 1951, o Quarteto Continental tornou-se um Quinteto, com a entrada de Chiquinho do Acordeom, e em 1959, com a entrada de Aída Gnattali, irmã de Radamés Gnattali, tocando um segundo piano, o grupo tornou-se o Sexteto Radamés Gnattali. O Sexteto excursionou pela Europa no ano seguinte, tendo apresentado-se em Paris, Londres, Oxford, Roma, Lisboa e Porto.


Zé Menezes, o "Transviado"

Com o declínio das emissoras de rádio frente ao avanço da televisão na década de 60, Zé Menezes mudou de atividade e tornou-se maestro na RCA Victor e arranjador de um time de estrelas da Música Popular Brasileira que incluíam Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Gilberto Milfont, Miúcha, Tom Jobim, entre outros.

Foi também a partir de 1960 que Zé Menezes criou o grupo Os Velhinhos Transviados, composto por músicos experientes e que se dedicou a criar paródias de músicas antigas e modernas. Segundo Zé Menezes, "Era uma sátira àquelas coisas todas que a gente via, aqui e no exterior. A gente tocava música antiga de forma moderna, e música moderna de forma antiga, sempre brincando muito"Os Velhinhos Transviados gravaram seu primeiro discos, homônimo, em 1962, seguido por "Os Velhinhos Transviados - Sensacionais" no mesmo ano e "Os Velhinhos Transviados - Fabulosos" em 1963. Ao todo, foram treze LPs lançados até 1971.


Zé Menezes, Global

Na década de 70, Zé Menezes passou a trabalhar na Rede Globo de Televisão como primeiro guitarrista. Depois, ocupou os cargos de maestro, arranjador e diretor musical. Foi na Rede Globo que ele se aposentou em 1992, não sem antes compor trilhas e vinhetas para programas tais como "Chico City", "Viva o Gordo" e "Os Trapalhões", do qual é o autor do famoso tema de abertura, ainda presente no imaginário popular brasileiro.


Morte

Zé Menezes morreu na noite de quinta-feira, 31/07/2014, aos 92 anos, em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital São José e a causa da morte não foi divulgada.


Discografia

  • 2007 - Gafieira Carioca (CD)
  • 1998 - Relendo Garoto (RGE, CD)
  • 1995 - Chorinho In Concert (CID, CD)
  • 1971 - Os Velhinhos Transviados na Curtisom (RCA Victor, LP)
  • 1964 - Os Velhinhos Transviados - Bárbaros! (RCA Victor, LP)
  • 1963 - Os Velhinhos Transviados - Espetaculares (RCA Victor, LP)
  • 1962 - Os Velhinhos Transviados - Sensacionais (RCA Victor, LP)
  • 1962 - Os Velhinhos Transviados (RCA Victor, LP)
  • 1961 - Para Ouvir, Dançar e Amar (RCA Victor, LP)
  • 1960 - E daí...? / Noites de Moscou (Sinter, 78)
  • 1959 - Carrilhão na Batucada / A Felicidade (Sinter, 78)
  • 1958 - Come Prima / O-lá-lá Bambolê (Sinter, 78)
  • 1957 - Nunca, Jamais / 'Na Voce, 'Na Chitarra E' o Poco' e Luna (Sinter, 78)
  • 1957 - Maracangalha / Le Rififi (Sinter, 78)
  • 1957 - Bolero Napolitano / Faz Que Vai (Sinter, 78)
  • 1957 - Ritmos Em Alta Fidelidade (Sinter, LP)
  • 1957 - Temperado / Ritmo Latino (Mocambo, 78)
  • 1957 - Anastácia / Gafieira é Comigo (Mocambo, 78)
  • 1955 - Amor Brejeiro / Violão na Gafieira (Continental, 78)
  • 1955 - Il Torrente / Polca Brasileira (Continental, 78)
  • 1955 - Maluquinho / Meu Xodozinho (Mocambo, 78)
  • 1954 - Um, Dois, Três / Borocochô (Sinter, 78)
  • 1954 - Se Você Não Tem Amor / Currupião (Sinter, 78)
  • 1954 - A Voz do Violão (Sinter, LP)
  • 1953 - Vai ou Não Vai? / Mentira de Amor (Sinter, 78)
  • 1952 - Meu Cavalo Alumínio / Baião do Ceará (Sinter, 78)
  • 1951 - Não Interessa Não / Vitorioso (Sinter, 78)
  • 1951 - Encabulado / De Papo Pro Á (Sinter, 78)
  • 1951 - Copacabana / Um Domingo no Jardim de Alah (Sinter, 78)
  • 1951 - Guriatan de Coqueiro / A Viola do Zé (Sinter, 78)
  • 1945 - Comigo é Assim / Seresteiro (Todamérica, 78)
  • 1941 - Nunca Aos Domingos / Taki (Philips, 78)


Mário Gennari Filho

MÁRIO GENNARI FILHO
(59 anos)
Compositor, Instrumentista e Professor

* São Paulo, SP (07/07/1929)
+ São Paulo, SP (06/1989)

Mario Gennari Filho foi um exemplo de superação pois apesar de ser um deficiente visual não o impedi-o de tornar-se um excelente instrumentista, que tocava acordeom, violão, piano, solovox, guitarra havaiana. Além disso era exímio compositor, professor de vários instrumentos, mas principalmente de acordeom. Junto com a também acordeonista Rosani M. de Barros, teve um conservatório para o ensino do acordeom em São Paulo. Mario Gennari Filho formou inúmeros instrumentistas, na sua atuação como professor.

Destacou-se como acordeonista, principalmente nas décadas de 40 e 50. Sua estréia se deu quando tinha apenas oito anos, na Rádio Bandeirantes de São Paulo, no programa de Capitão Barduíno.

Em 1943, aos 14 anos gravou o primeiro disco pela gravadora Columbia, em dupla de acordeom com Ângelo Reale interpretando ao acordeom a rancheira "Sempre Alegre" e o maxixe "Rã na Frigideira", ambos de autoria de Ângelo Reale.

Em 1944 gravou seus primeiros discos solos com um choro "Tutti-Frutti" e uma polca, "Deliciosa", de sua autoria.

Em 1945 gravou a valsa "Viajando Pela Itália" (Valenti) e "Valsa da Meia-Noite" (Domínio Público), pela Continental. Gravou mais de 35 discos em 78 RPM pelas gravadoras Columbia, Continental e Odeon.

Em 1948 gravou de sua autoria a rancheira "Sorocabana" e a polca "Saci Pererê".

Em 1950 gravou na Odeon o baião "Casinha Pequenina" (Domínio Público), com arranjos seus e que se tornou um de seus maiores sucessos. No mesmo ano gravou o choro "Brasileirinho" de Waldir Azevedo.


Em 1951 gravou o fox "Terceiro Homem" (Anton Karas), com a participação de Garoto na guitarra havaiana, e "Maringá" (Joubert de Carvalho), em ritmo de baião. No mesmo ano gravou outro de seus grandes sucessos, "Chuá-Chuá" (Sá Pereira e Ari Pavão).

Em 1952 gravou "Taí" (Joubert de Carvalho) em ritmo de baião, e o baião "A Cuíca Tá Roncando" (Raul Torres). Ainda em 1952 obteve um de seus maiores sucessos com "Baião Caçula", regravado mais quatro vezes no mesmo período.

Em 1953 gravou de Francisco Alves, David Nasser e Felisberto Martins o baião "Quando Eu Era Pequenino" e de Joubert de Carvalho o bolero "Que Bom Que Estava".

Em 1955 gravou com sucesso de sua autoria o bolero "Teu Nome Tem Cinco Letras". Trabalhou na Rádio Bandeirantes e depois integrou o elenco da Rádio Tupi paulista, onde ficou por 12 anos. Com o advento da televisão, passou a atuar em vários programas paulistas.

Em 1957 gravou de sua autoria o maxixe "Namoro Sertanejo" e o baião "A Saudade Já Chegou".

Em 1958 compôs com Celeste Novais o rock balada "Perdoa-me", gravado por Tony Campello e o calipso "Belo Rapaz", gravado por Celly Campello, em disco que lançou os irmãos Campello.

Mário Gennari Filho acompanhou os irmãos Tony CampelloCelly Campello nos seus primeiros discos pela gravadora Odeon no final dos anos 50. Nos discos constam o nome de Mario Gennari e seu Conjunto. Algumas famosas canções acompanhadas por Mário Gennari Filho foram "Banho de Lua", "Estúpido Cupido", "Lacinhos Cor de Rosa" e "Pobre de Mim".

Em 1959 gravou com seu conjunto na gravadora Odeon o samba "Canta Brasil" (David Nasser e Alcir Pires Vermelho) e "Brigas, Nunca Mais" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).

Mário Gennari Filho fez várias excursões por todo o Brasil e recebeu várias vezes o Prêmio Roquette Pinto de melhor instrumentista.

Mário Gennari Filho faleceu em São Paulo, em junho de 1989, aos 59 anos. 


Discografia

  • 1967 - Mário Gennari Filho Revive Mário Gennari Filho (LP)
  • 1967 - Mário Gennari Filho e Seu Conjunto (LP)
  • 1965 - Sucessos - Mário Gennari Filho e Conjunto (LP)
  • 1963 - Telstar / Afrikaan Beat (Odeon, 78)
  • 1963 - Baião Caçula / Zíngara (Odeon, 78)
  • 1962 - Sucessos Que Andam Pelo Brasil (LP)
  • 1962 - Pinta Braba / Flor De Ipê (Orion, 78)
  • 1961 - Eu Danço, Tu Danças, Todos Dançam (LP)
  • 1961 - Rumbanita / Piccolina (Odeon, 78)
  • 1961 - Balanço Do Samba / Bat Masterson (Odeon, 78)
  • 1960 - O Milionário do Acordeom (LP)
  • 1960 - Cidade Maravilhosa / Casinha Pequenina (Odeon, 78)
  • 1960 - Pedacinho De Lua / Cupido Não Falhou (Odeon, 78)
  • 1959 - Mário Gennari Filho e Seus Sucessos (LP)
  • 1959 - Nativo / Canta Brasil (Odeon, 78)
  • 1959 - Brigas Nunca Mais / Hino Ao Amor (Odeon, 78)
  • 1959 - La Violetera / Quem É? (Odeon, 78)
  • 1958 - Em 4 Instrumentos (LP)
  • 1957 - Namoro Sertanejo / A Saudade Já Chegou (Odeon, 78)
  • 1957 - Razão De Um Querer / Brotolândia (Odeon, 78)
  • 1957 - Saudade Da Bahia / Que Murmurem (Odeon, 78)
  • 1957 - Cascatella / No Jardim De Um Templo Chinês (Odeon, 78)
  • 1956 - Dançando Com o Acordeonista Milionário
  • 1956 - Longe De Minha Terra / Sobre O Arco-Íris (Odeon, 78)
  • 1956 - Minha Prece / Lavadeiras De Portugal (Odeon, 78)
  • 1956 - Lisboa Antiga / Os Pobres De Paris (Odeon, 78)
  • 1956 - Mambo Do Martelo / Prece Ao Samba (Odeon, 78)
  • 1955 - Eu Tive Que Te Beijar / Teu Nome Tem Cinco Letras (Odeon, 78)
  • 1955 - Recuerdos De Ypacarai / Porque Te Quero (Odeon, 78)
  • 1954 - Ritmos Dançantes (LP)
  • 1954 - Seis Amores / Mira-me (Odeon, 78)
  • 1954 - Vaya Com Dios / Baião Do Auditório (Odeon, 78)
  • 1954 - Menina Na Janela / Bahia Com "H" (Odeon, 78)
  • 1954 - Violetas Imperiais / Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite (Odeon, 78)
  • 1953 - A Voz Do Violão / O Cigano (Odeon, 78)
  • 1953 - Quando Eu Era Pequenino / Que Bom Que Estava (Odeon, 78)
  • 1953 - Brincando De Roda / Vivo Só (Odeon, 78)
  • 1953 - Parabéns São Paulo / Lili (Odeon, 78)
  • 1952 - Taí / Velho Romance (Odeon, 78)
  • 1952 - A Cuíca Tá Roncando / Boneca (Odeon, 78)
  • 1952 - Copacabana / Índia (Odeon, 78)
  • 1952 - Coisinha Boa / Teu Nome (Odeon, 78)
  • 1952 - Garota / Cubanita (Odeon, 78)
  • 1952 - Baião Da Sorte / ABC Do Mambo (Odeon, 78)
  • 1951 - Terceiro Homem / Maringá (Odeon, 78)
  • 1951 - Chuá-Chuá / O "Eme" De Minha Mão (Odeon, 78)
  • 1951 - Odeon / Casinha Pequenina (Odeon, 78)
  • 1951 - De Papo Pro Ar / Na Baixa Do Sapateiro (Odeon, 78)
  • 1951 - Baião Caçula / Zingara (Odeon, 78)
  • 1950 - Casinha Pequenina / Aquarela Do Brasil-Rio de Janeiro (Odeon, 78)
  • 1950 - Brasileirinho / Não Me Toques (Odeon, 78)
  • 1949 - No Tempo Antigo / Arapuã (Continental, 78)
  • 1948 - Sorocabana / Saci Pererê (Continental, 78)
  • 1946 - El Novillero / Ou Vai, Ou Racha (Continental, 78)
  • 1945 - Viajando Pela Itália / Valsa Da Meia-Noite (Continental, 78)
  • 1945 - Tico-Tico No Fubá / Elci (Continental, 78)
  • 1945 - Raio De Sol / La Venzzoza (Continental, 78)
  • 1945 - Um Passeio Em Pernambuco / Granada (Continental, 78)
  • 1944 - Os Pintinhos No Terreiro / Tutti-Frutti (Continental, 78)
  • 1944 - Deliciosa (Continental, 78)
  • 1943 - Sempre Alegre / Rã Na Frigideira (Colúmbia, 78)


Indicação: Miguel Sampaio

Gato

JOSÉ PROVETTI
(55 anos)
Cantor e Guitarrista

* Valparaíso, SP (07/01/1941)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/01/1996)

José Provetti nasceu em Valparaíso, SP, uma pequena cidade perto de Guararapes, Andradina e Araçatuba, em 07/01/1941. Ele era filho de Ricardo Provetti e Antônia Buonvonatti. Seus pais eram pobres e trabalhavam como agricultores.

Em 1948, quando tinha 7 anos, a familia Provetti mudou-se para a São Paulo.

Em 1951, quando tinha 10 anos, José Provetti juntou Zé Cascudo como parte de uma dupla caipira. Zé Provetti & Zé Cascudo goi mais uma dupla entre as centenas existentes. Logo, porém José Provetti teve aulas de violão clássico com Salvador Viola no Largo Paissandú, no centro da cidade.

Não sabemos muito sobre a conversão de Gato para o rock, mas não é difícil imaginar que ele deva ter se apaixonado por algum guitarrista do rock.

Em 1959, fez parte da turma da gravadora Young, sendo líder dos Jester Tigers, acompanhando a maioria dos cantores. Gravou 2 discos solos pela Young, um cantando "Kissin Time" e "What'd I Say" e no outro solando sua guitarra em "Paris Belfort" e "Parada da Juventude". Gato não só tocou guitarra, mas também cantou, e cantou em inglês.

Em 1961 se tornou Disk Jockey na Rádio Piratininga e Rádio Santo Amaro.

Antonio Aguillar apresenta e Gato entrega troféu ao George Freedman
Começou a participar ativamente do programa "Ritmos da Juventude" de Antônio Aguillar pela Rádio Nacional de São Paulo todos sábados das 15:00 as 17:00 horas, onde se apresentava como guitarrista e tocava com quem aparecesse. Foi convidado pelo baterista Jurandy Trindade para assumir a guitarra dos Vampires, que logo depois mudaria o nome para The Jet Black's.

Miguel Vaccaro Netto conseguiu a gravação de um 78 RPM dos The Jet Black's na Chantecler. Gravaram "Apache" em outubro de 1962, que estourou nas paradas, começando assim uma nova tendência dentro do rock nacional.

Em janeiro de 1963 a Chantecler lançou "Twist", o primeiro LP dos The Jet Blacks, que foi rapidamente alcançou o primeiro lugar nas paradas de sucesso. Em junho de 1963 a Chantecler lançou "Twist Again", o segundo LP do conjunto. Foi um sucesso absoluto, que abriu caminho para The Jordans, The Clevers e todos os outros conjuntos instrumentais que hibernavam até então.

The Jet Black's, em 1966, adotaram o modelo de terno sem-gola popularizado pelos Beatles em 1964. Foi a época de "Chapeuzinho Vermelho", em que Gato cantava, além de tocar sua guitarra.

Gato tocou na banda até sair em 1966, sendo substituido pelo não menos competente Emilio Russo, ex-The Lions.

Gato fez parte na formação do RC-3 e depois RC-7 que acompanharam Roberto Carlos durante todo o período Jovem Guarda e até bem depois.

Ele morreu em 31/01/1996, vitimado por sequelas de um derrame cerebral, e foi sepultado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.


The Jet Black's

Grupo paulistano, um dos pioneiros do rock instrumental no Brasil, na linha dos ingleses The Shadows, tirou seu nome de "Jet Black", sucesso desse grupo, e dos norte-americanos The Ventures, embora também tivesse êxito com gravações vocais. Foi um dos mais importantes e famosos conjuntos de música instrumental no Brasil dos anos 60.

Formado em 1961 com o nome The Vampires, seus integrantes eram Gato (guitarra-solo e órgão), Jurandi (bateria), Orestes (guitarra-base), Ernestico (saxofone), e José Paulo (contrabaixo).

Contratados pela Chantecler, gravaram em 1962 o primeiro disco, um 78 rpm com duas regravações dos Shadows, "Apache" e "KonTikí". O disco fez sucesso e seguiram-se os LPs "Hully Gully" (1962) e "Twist - The Jet Black's Again" (1963).

Fizeram o acompanhamento instrumental em "Rua Augusta" de Ronnie Cord, em 1964, nos LPs de Deny e Dino e de Roberto Carlos, ambos em 1966, e em diversas gravações de Sérgio Reis, Celly Campello e outros cantores.

Em 1965 fizeram suas primeiras gravações vocais, no LP "The Jet Black's", incluindo "Susie-4", regravação do norte-americano Dale Hawkins, lançada também em compacto, junto com "Theme For Young Lovers", outro original dos Shadows e que se tornaria o maior sucesso do grupo. Curiosamente, a gravação dos Shadows é em ritmo de baião, e a do grupo brasileiro em rock-balada.

The Jet Black's tocavam em vários programas de rádio e televisão, inclusive o mais famoso da época, Jovem Guarda de 1965 a 1967. Esse programa era transmitido ao vivo para a maioria dos estados brasileiros com enorme audiência e o grupo acompanhava a maioria dos cantores que se apresentavam. Com a utilização de orquestras em algumas de suas gravações, foram precursores ao mostrar que o lirismo de violinos e outros instrumentos tradicionais poderiam se encaixar perfeitamente ao som das guitarras elétricas.

Indicação: Miguel Sampaio

Hélcio Aguirra

HÉLCIO AGUIRRA
(54 anos)
Guitarrista

☼ (03/04/1959)
┼ São Paulo, SP (21/01/2014)

Hélcio Aguirra foi um guitarrista brasileiro de rock, conhecido por tocar nas bandas Harppia e Golpe de Estado.

Em 1984 colaborou com a organização do evento Praça do Rock, que era realizado no Parque da Aclimação em São Paulo e reunia bandas independentes de rock da época em shows gratuitos ao vivo. Naquela época, ele já brilhava como integrante da primeira formação da banda Harppia, que fez show memorável naquele evento.

Em 1985 liderou a banda Harppia com o álbum "A Ferro e Fogo", lançado pela Baratos Afins.

Em 1986 junto com o vocalista Catalau, Hélcio Aguirra formou o Golpe de Estado. Fizeram parte da banda Paulo Zinner (baterista) e Nelson Brito (baixista). Hélcio Aguirra gravou oito discos inclusive o mais recente "Direto do Front".

Atualmente o Golpe de Estado tinha em sua formação Hélcio Aguirra (guitarrista), Dino Linardi (vocalista), Nelson Brito (contra-baixo) e Roby Pontes (baterista).

Golpe de Estado

A banda Golpe de Estado foi uma das mais importantes do hard rock brasileiro. A revista Rolling Stone do Brasil incluiu Hélcio Aguirra na lista dos 100 guitarristas mais influentes do país. O grupo tinha quase três décadas de carreira e lançou oito discos. O mais recente foi "Direto da Fonte", de 2012, e teve participação de Dinho Ouro Preto.

A banda também já teve parcerias com Rita Lee, Arnaldo Antunes e outros artistas. Hélcio Aguirra também fez parte da banda de heavy metal Harppia e do grupo instrumental Mobilis Stabilis

Morte

Hélcio Aguirra morreu na terça-feira, 21/01/2014, aos 54 anos. A mulher do músico, Jane Lopes, disse que ele morreu enquanto dormia, em seu apartamento em São Paulo, e foi encontrado pela irmã. Hélcio Aguirra era hipertenso e há dois meses foi internado por conta de uma crise de pressão alta, segundo a esposa.

O velório de Hélcio Aguirra aconteceu na quarta-feira, 22/01/2014, a partir das 11h30 no Cemitério São Pedro, Avenida Francisco Falconi, em São Paulo. Depois, o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde ocorreu a cerimônia de cremação às 16h00.

De acordo com Jane Lopes, a morte por hipertensão arterial sistêmica foi confirmada por laudo do Instituto Médico Legal (IML). Hélcio Aguirra também sofreu edema agudo dos pulmões, infarto agudo do miocárdio, e aterosclerose.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio