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Max Nunes

MAX NEWTON FIGUEIREDO PEREIRA NUNES
(92 anos)
Humorista, Compositor, Roteirista, Diretor, Escritor, Médico e Polímata

☼ Rio de Janeiro, RJ (17/04/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/06/2014)

Max Newton Figueiredo Moreira Nunes nasceu no Rio de Janeiro, em 17/04/1922. Desde muito cedo, teve contato com o meio artístico, já que seu pai, Lauro Nunes, era humorista, jornalista e escrevia esquetes para a Rádio Mayrink Veiga. Sua casa era frequentada por artistas e intelectuais. Além disso, Max era vizinho de Noel Rosa, com quem se acostumou a andar e por quem foi incentivado a cantar.

Na infância, participou de programas de rádio e de concursos musicais. Nos anos 50, ficou famoso por suas marchinhas. A música "Bandeira Branca" gravada por Dalva de Oliveira no Carnaval de 1970, é de autoria de Max Nunes e Laércio Alves.

Quando começou a seguir os passos do pai, Max Nunes ouviu dele: "Você tem jeito, mas olha que ninguém faz fila pra comprar soneto, muda de vida". E em 1948, ele formou-se pela Faculdade Nacional de Medicina da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e se especializou em cardiologia. Exerceu a profissão até a década de 1980, mas sem abandonar a carreira artística.


Estreou como roteirista do programa "Barbosadas", na Rádio Nacional, e do filme "E o Mundo Se Diverte" (1948), de Watson Macedo. Trabalhou na Rádio Tupi, em programas como "A Queixa do Dia", "Ninguém Rasga", "Dona Eva" e "Seu Adão e O Amigo da Onça", e integrou a equipe de produtores da Rádio Nacional, quando surgiu o humorístico "Balança Mas Não Cai", onde se consagraram, por exemplo, atores como Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos papéis do "Primo Rico e Primo Pobre". O programa ganhou versões para o cinema, teatro de revista e a televisão. Max Nunes escreveu 36 peças para o teatro de revista.

Convidado a voltar para a Rádio Tupi em 1952, passou a se dedicar a apenas um programa, o "Uma Pulga na Camisola". Com mais tempo para outras atividades, produziu colunas nos jornais Tribuna da Imprensa, de 1954 a 1955, e Diário da Noite, de 1954 a 1960.

Escreveu pela primeira vez para a televisão em 1962, quando criou os programas "My Fair Show" e "Times Square" para a TV Excelsior.

Max Nunes, Jô Soares, Agildo Ribeiro e Paulo Silvino (Programa do Jô)
Chegou à TV Globo em 1964, como roteirista e diretor, ao lado de Haroldo Barbosa, do humorístico "Bairro Feliz", que teve no elenco nomes como Paulo Monte, Grande Otelo, Berta Loran e Mussum.


Em 1966, estreou "Riso Sinal Aberto" e "Canal 0", que se transformou no "TV0-TV1", apresentado por Paulo Silvino e Agildo Ribeiro.

Max Nunes trabalhou durante 38 anos como roteirista e consultor de texto da TV Globo e participou da criação de programas como "Balança Mas Não Cai" (1968), "A Grande Família" (1972), "Satiricom" (1973) e "Planeta dos Homens" (1976).

Max Nunes tinha uma parceria de mais de 30 anos com o humorista Jô Soares. Alguns dos grandes sucessos de Jô Soares têm origem em textos de Max Nunes, como os personagens Capitão Gay e a cantora lírica Nanayá Com Ypsilon.

Como cronista era autor de textos sobre o cotidiano do Rio de Janeiro. Foi torcedor do America Football Club do Rio de Janeiro, e em sua homenagem, na sede do clube, há um teatro que leva seu nome.

Ele deixou duas filhas, as atrizes Bia Nunnes e Maria Cristina Nunnes.

Morte

Max Nunes morreu na quarta-feira, 11/06/2014, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações em seu quadro clínico após ter sofrido uma queda e fraturado a tíbia. Max Nunes estava internado no Hospital Samaritano, na Zona Sul da cidade.

Fonte: Wikipédia e UOL

Canarinho

 ALOÍSIO FERREIRA GOMES
(86 anos)
Ator, Humorista e Cantor

* Salvador, BA (29/12/1927)
+ São Paulo, SP (21/03/2014)

Canarinho, nome artístico de Aloísio Ferreira Gomes, foi um ator e humorista brasileiro, conhecido por suas participações no programa "A Praça é Nossa". Antes mesmo de participar do programa humorístico, tinha sido apresentador do programa "Clube dos Artistas" (1950-1951).

Filho de Gonçalo Gomes e Luzia Ferreira Gomes, em 1947 já era cantor profissional, cantando na Rádio Excelsior da Bahia.

Chegou à cidade de São Paulo em dezembro de 1955 com o conjunto de samba do Russo do Pandeiro.

Canarinho foi colunista de esportes do jornal Folha da Manhã e ganhou notoriedade ao participar do programa humorístico denominado "Praça da Alegria" no ano de 1956, tornando-se um comediante instantâneo.


Após sair do programa, começou a fazer shows humorísticos. Logo em seguida, tornou-se um dos participantes do programa "Praça Brasil". Participou também da primeira versão da série "Sítio do Pica-Pau Amarelo", exibida pela Rede Globo nos fins dos anos 70 e até meados dos anos 80, onde interpretava o personagem Garnizé, fazendo parceria com Tonico Pereira, que interpretava o personagem Zé Carneiro.

Com o início da nova versão do programa "Praça Brasil" no SBT, denominado "A Praça é Nossa", Canarinho interpretou um telefonista que atendia as pessoas necessitadas, num celular, durante muito tempo, próximo a um telefone público. Interpretou também o personagem Boneco.

Na década de 2000, Canarinho foi afastado do humorístico "A Praça é Nossa". Entretanto, logo após o ocorrido, continuou no elenco do programa, por meio de shows de humor, mesmo que ele não se mostrasse presente nos estúdios do SBT para fazer o papel de telefonista no programa.

Em 2003, voltou a participar do programa nos estúdios da emissora de Sílvio Santos, provando, na opinião de alguns, que o seu suposto afastamento foi mais um ato de marketing do referido programa humorístico.

Morte

Canarinho faleceu na sexta-feira, 21/03/2014, aos 86 anos. Ele sofreu um infarto agudo do miocárdio no domingo, 16/03/2014, e estava internado no Hospital Santana, em Mogi das Cruzes , SP, mas não resistiu.

Filmografia

  • 1962 - As Testemunhas Não Condenam
  • 1967 - A Desforra
  • 1970 - Sábado Alucinante
  • 1971 - Diabólicos Herdeiros
  • 1971 - Meu Pedacinho De Chão
  • 1972 - Jerônimo
  • 1975 - O Dia Em Que O Santo Pecou
  • 1975 - Bacalhau
  • 1976  - Guerra É Guerra
  • 1977 - Costinha E O King Mong
  • 1977 - Snuff, Vítimas Do Prazer
  • 1978 - Maneco, O Super Tio
  • 1979 - Nos Tempos Da Vaselina
  • 1979 - A Dama Da Zona
  • 1982 - Tem Piranha No Aquário

Fonte: Wikipédia

Durval de Souza

DURVAL DE SOUZA
(54 anos)
Ator e Humorista

* (1928)
+ São Paulo, SP (05/03/1982)

Durval de Souza começou sua carreira artística em teatro. Ele estudou na Escola de Arte Dramática de São Paulo, tendo como professores Décio de Almeida Prado e Rugero Jacobi. A primeira peça de que participou foi "Casamento Forçado".

Logo a televisão solicitou sua colaboração, e Durval de Souza se deu bem nesse novo veículo de comunicação. Ampliou seus horizontes, passou a atuar em vários setores. Além de ator dramático foi coordenador de programas, produtor, tradutor de textos, pois era culto e dominava completamente o inglês, e foi também comediante.

Traduzia o que fosse necessário para a TV Record. No programa "Cinema em Vesperal", Durval de Souza fazia críticas de cinema para a TV. Como ator, em televisão e cinema, atuou  em "Carnaval Em Lá Maior" (1955); "My Darling", "Ceará Contra 007" (1965), "Mãos Ao Ar", "A Arte de Amar Bem" (1970), "Trote de Sádicos", "Guerra é Guerra", "Pintando o Sexo", "Nem As Enfermeiras Escapam" (1977).

Além disso, Durval de Souza fez também apresentação de programas, como "Pullman Jr.", ao lado de Cidinha Campos. Participou do programa "Papai Sabe Nada", mas o programa que mais gostou de fazer foi "A Grande Gincana Kibon".

Durval de Souza entrou na faculdade de Direito mas não completou o curso. Entretanto gostava muito de ler e admirava sobretudo Charles Chaplin.

Segundo as palavras de Januário Groppa, Durval de Souza foi um comediante e um desportista nato, sempre figurando nas competições da cidade de Matão, SP. Em 1945 participou do campeonato amador de futebol, juntamente com outras ilustres figuras do cenário matonense.

Durval de Souza cursou o primário em Matão e desde os bancos escolares prometia ser um grande artista, feito que conseguiu concretizar. Na revista "A Comarca" do ano de 1976, foi publicada uma reportagem completa com o ator Durval de Souza:

Matonense, produtor e artista de rádio, TV e cinema, emprestava ainda sua voz para comerciais e jingles. Trabalhou com Ronald Golias na TV Record, Canal 7, no programa "Bacará-76", na TV Tupie com a equipe de Renato Aragão em "Os Trapalhões". Trabalhou ainda no Canal 13, Rede Bandeirantes, produzindo a "Hora do Bolinha", e o programa "Edson Cury".

Comediante, também tinha um programa diário na Rádio Record de São Paulo. Sempre que podia, dizia que era de Matão, dando tanto destaque à cidade que foi apelidado de bairrista, alcunha que tinha orgulho de possuir. Nesta edição especial da revista "A Comarca", Durval de Souza foi entrevistado, dizendo que não visitava a cidade havia oito anos, surpreendendo-se, na época, com o progresso verificado.

Há oito anos, tinha vindo à Matão para fazer um Show, a pedido do padre Amador, cuja renda seria destinada à construção da Igreja Matriz. O show, com o pessoal do Canal 7, foi realizado no Cine Yara e dele participaram, entre outros artistas, o Pimentinha, Chocolate e Carlos Zara. Depois, voltou com o Blota Júnior, na época em que ele era Secretário de Turismo, para assistirem a Procissão de Corpus Christi.

No dia da entrevista, disse que já havia visitado os parentes, o seu tio Angelim, a tia Elisa, a Salete e o Drº Waldemar Kfouri.  Ao percorrer as ruas de Matão, confidenciou que se lhe trouxessem à Matão vendado, não saberia em que cidade estava, dizendo-se deslumbrado com o que viu.

Visitou os bairros da Pereira, da Santa Cruz, que ele chamava de Raposa e viu tanta gente trabalhando, pintando, tanto campinho de futebol fazendo futuros craques, falando da loteria esportiva, e reconhecendo-o como artista de televisão, dizendo que tinha orgulho de estar em sua terra, apesar de que por apenas um dia, mas que esse dia valia por oito anos.

Durval de Souza dedicou toda sua vida ao teatro, lembrando-se dos cirquinhos que fazia com a molecada, com palito de fósforos de ingresso. Depois fez Escola de Artes Dramáticas, trabalhando em 30 lugares diferentes em 29 anos de carreira.


Durval de Souza citou uma de suas lembranças:

"... uma delas é do meu avô, o velho Afonso Macagnam. Eu subia na mangueira e ele ficava embaixo. Havia umas mangas borbon e eu joguei na cabeça dele, e ele falava assim - 'desgrachiato desses pacharinho', eu pegava outra manga e pumba; e ele: 'pacharinho desgrachiato', até que ele me avistou. Foi buscar a espingarda dentro de casa, e até hoje não sei quanto tempo fiquei lá em cima e como de lá desci. Tem tanta coisa que a gente fez aqui, rapaz..."

Durval de Souza comentou ainda que havia constituído família, com esposa e duas filhas, estando velho na carreira, mas que tinha ainda muita coisa para fazer do que ficar vivendo do pecúlio do presidente Ernesto Geisel.

Havia terminado dois filmes, num deles fazia o papel de Hitler. O outro filme era  de pornochanchada, chamado "Sexo Furado", película que ele não recomendou aos menores de 14 anos. Neste filme, trabalhou com Ankito, sendo o patrão dele. Na entrevista, confessou que nunca havia assistido aos filmes que havia feito.

Durval de Souza fez dupla de sucesso com vários artistas, como Consuelo Leandro, Manuel de Nóbrega, tendo recebido o Troféu Roquete Pinto por cinco vezes consecutivas, além de haver recebido, das mãos do apresentador Sílvio Santos, o prêmio Campeões de Simpatia. Trabalhou ainda com Chico Anysio, um dos mais notáveis humoristas do teatro de da televisão brasileira.

Ao término da entrevista, fez uma declaração de amor à sua querida cidade Matão:

Durval de Souza morreu em 05/03/1982, aos 54 anos, na cidade de São Paulo.

Pessoas como Durval de Souza merecem o nosso mais caro agradecimento, pelas suas conquistas pessoais, sem esquecer sua origem e suas tradições, traços que levamos para a vida inteira. Onde quer que estejamos somos aquilo que recebemos de nossa geração anterior, e muito de nossa personalidade amolda-se pelo lugar em que nascemos, pelos lugares por quais passamos, pelas pessoas com as quais convivemos, isto é, nossa formação é sinal característico de tudo o que sentimos, de tudo o que vivemos. Não dá para esquecermos nossas mais caras lembranças. Isto é trajetória e história de vida. Como foi a de Durval de Souza, transformado em nome de via pública da cidade que ele tanto amou e tanto divulgou. Também tem seu nome em uma rua do bairro de Vila Mariana, em São Paulo.

Indicação: Paulo Américo Garcia

Márcio Ribeiro

MÁRCIO RIBEIRO
(49 anos)
Ator, Humorista e Redator

* São Paulo, SP (12/05/1964)
+ Brasília, DF (29/05/2013)

Márcio Ribeiro trabalhou por 10 anos na TV Cultura no programa "Revistinha", "Rá-Tim-Bum" (1992 - primeira versão) e "X-Tudo" (1992). No SBT atuou na novela "Brasileiras e Brasileiros" (1990), no programa "Sem Controle" (2007) e protagonizou o "Camera Café" (2007). Na TV Bandeirantes trabalhou na "Escolinha Muito Louca" (2008) no personagem do Hugo Taxista. Na TV Globo atuou em "Sandy e Junior", escreveu quadros para o "Domingão do Faustão" onde participou como ator do elenco fixo do quadro "Retratos de Domingo", fez o Professor Homero em "Malhação" e recentemente estava no ar com "Caras de Pau" no personagem do Broncoli.

No cinema, o ator esteve nos filmes "Domésticas" (2001), direção de Fernando Meireles e Nando Olival, e "Romeu e Julieta", de Bruno Barreto. Participou também de "Alô", direção de Mara Mourão, "Os Ursos", direção de Kátia Lund, e "Um Dia... e Depois o Outro" direção de Nando Olival e Renato Rossi.

No teatro Márcio Ribeiro atuou em "Vestido de Noiva" de Nelson Rodrigues e direção de Márcio Aurélio, "Teledeum" com direção de Cacá Rosset, "Meu Nome é Pablo Neruda" direção de Gianfrancesco Guarnieri, "Corte Fatal" direção de Noemi Marinho e "Família Muda-se" direção Odilon Wagner.

Márcio Ribeiro também era bastante requisitado para comerciais de TV. Esteve em campanhas para marcas de sorvete, chocolate, lâminas de barbear e outros produtos. Como ator, ganhou prêmio no Festival de Cinema de Brasília (Candango, 1987) e no de Festival de Gramado,(Kikito, 1988). Também foi escolhido como melhor ator no Rio Cine Festival (Sol de Prata, 1988) e o Festival de Cinema do Maranhão (Prêmio Guarnicê).  Participou em mais de 150 filmes publicitários e campanhas de incentivo para várias empresas.


Morte

Márcio Ribeiro morreu aos 49 anos na madrugada de quarta-feira, 29/05/2013. A informação foi publicada no perfil oficial do ator no Facebook. Segundo o post, ele teve complicações cardíacas. Márcio Ribeiro estava em Brasília para participar do evento "7 Belos Convida", no Teatro dos Bancários, que ocorre às segundas e terças. Na segunda, ele se apresentou normalmente. Na terça-feira à tarde, passou mal. Ele foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o comediante morreu às 5:30 hs.

Logo após o anúncio da morte de Márcio Ribeiro, colegas atores e humoristas lamentaram o fato. Em seu perfil no Twitter, Marcelo Adnet referiu-se a Márcio Ribeiro como "mestre da comédia".

"Ficam as boas lembranças e as piadas na lata de um dos mestres da comédia pra nossa geração de comediantes! Marcio Ribeiro, porrrra! Saudade"
(Marcelo Adnet)

Na mesma rede social, o apresentador Marcelo Tas publicou:

"Marcio Ribeiro era o 'tio maluco', tipo fundamental e querido em qualquer familia. Daí encantar crianças de todas idades!"


Prêmios Como Ator

  • 1987 - Melhor ator Festival de Cinema de Brasília
  • 1988 - Melhor ator Festival de Cinema de Gramado
  • 1988 - Melhor ator Rio Cine Festival
  • Melhor ator Festival de Cinema de Guarnicê, Maranhão


Prêmios Na Televisão​

  • Rá-Tim-Bum (Elenco Fixo)
  • Melhor Programa Infantil
  • Medalha de Ouro, Festival de Nova York
  • X-Tudo (Dirigido por Renato Fernandez e Maisa Zak Zuk)
  • Prêmio Asitra
  • Reportagem para o "X-Tudo/Jamboree"
  • 1º Prêmio (República do Panamá)
  • Melhor Programa, Temática Infantil
  • Prêmio Qualidade Brasil 2001 International Quality Service
  • Melhor Programação do Ano no Dia Internacional da Criança da TV de 1997
  • Prêmio Emmy-Unicef
  • Melhor Programação do Ano no Dia Internacional da Criança da TV de 1998
  • Prêmio Emmy-Unicef
  • Melhor Programação de TV Pública do Planeta 1987
  • Prix Television Jeunesse
  • Melhor Programação do Ano no Dia Internacional da Criança da TV de 1999
  • Emissora e Programação, por 20 horas de programação com o tema: "O País Que Queremos"
  • Prêmio Emmy-Unicef


Fonte: Wikipédia e G1

Manoel Vieira

MANOEL VIEIRA
(74 anos)
Ator e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (05/10/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (1979)

Manoel Vieira foi um ator e comediante brasileiro. Ele começou sua carreira artística no Teatro de Revista, como comediante, ao lado de Oscarito e Pedro Dias no Teatro Recreio. Seu personagem característico era o do "português", fazendo o sotaque com perfeição que pensavam que ele realmente era natural de Portugal. Ficou conhecido também por participar de comédias populares ao lado de Mazzaroppi.

Manoel Vieira estreou no cinema em 1935 com o filme "Noites Cariocas". Ao longo de sua extensa carreira como ator cinematográfico, se destacou nos filmes "O Ébrio" (1946), "O Lamparina" (1963) e "Independência ou Morte" (1972).

Na televisão, Manoel Vieira participou da novela "SuperManoela" da TV Globo em 1974, e que foi seu último trabalho como ator.

Filmografia
  • 1935 - Noites Cariocas
  • 1945 - O Cortiço
  • 1946 - O Ébrio
  • 1947 - Esta É Fina
  • 1948 - Fogo Na Canjica
  • 1948 - Pra Lá De Boa
  • 1948 - Mãe
  • 1948 - O Cavalo 13
  • 1949 - Está Com Tudo
  • 1949 - Escrava Isaura
  • 1949 - Inocência
  • 1950 - Anjo Do Lodo
  • 1950 - Não É Nada Disso
  • 1953 - É Pra Casar?
  • 1955 - Angú De Caroço
  • 1957 - Com A Mão Na Massa
  • 1957 - O Noivo Da Girafa
  • 1957 - O Pirata Do Outro Mundo
  • 1957 - O Samba Na Vila
  • 1958 - Tudo É Música
  • 1959 - Cala A Boca, Etelvina
  • 1963 - O Lamparina
  • 1965 - Crônica Da Cidade Amada
  • 1970 - Se Meu Dólar Falasse
  • 1970 - Os Cara De Pau
  • 1971 - Assalto À Brasileira
  • 1972 - Independência Ou Morte

Fonte: Wikipédia

Clayton Silva

CLAYTON SILVA
(74 anos)
Ator, Humorista e Dublador

* Carmo do Paranaíba, MG (06/02/1938)
+ Campinas, SP (15/01/2013)

Clayton Silva ficou marcado com os bordões "Tô De Olho No Sinhô" e "Êta Fuminho Bão", marcas registradas de seus personagens "Louco", que fazia apostas para que adivinhassem suas charadas, e "Caipira", que adorava contar causos ao lado do padre interpretado por Paulo Pioli, no programa "A Praça é Nossa". Nos últimos anos, Clayton Silva fazia participações esporádicas na "A Praça é Nossa", em função de seus problemas de saúde.

A trajetória do humorista na televisão é ainda mais antiga. Sua carreira na frente das câmeras começou nos anos 1960, quando estreou no programa "Miss Campeonato", na TV Paulista, no qual vivia o personagem Juventus. Também integrou o elenco do programa "Praça da Alegria", comandado por Manuel de Nóbrega, pai de Carlos Alberto de Nóbrega. Na década seguinte, fez participações em alguns quadros de "Os Trapalhões", na TV Globo.

Clayton Silva e Paulo Pioli
Mineiro nascido em Uberlândia em 6 de fevereiro de 1938, Clayton Silva deu os primeiros passos rumo ao meio artístico ainda em sua cidade natal, quando começou a fazer teatro. E foi lá mesmo que escreveu e produziu seu primeiro programa de rádio, "Tudo Pode Acontecer".

Clayton Silva também deixou sua marca no cinema nacional, onde participou de filmes como "Na Violência do Sexo" (1978), "O Bem Dotado - O Homem de Itu" (1979), com Paulo Goulart, Nuno Leal Maia e Fúlvio Stefanini, e "Pecado Horizontal" (1982), com Mariza Sommer e Matilde Mastrangi, "As Aventuras de Mário Fofoca" (1982).

Nos últimos anos, Clayton Silva se dividia entre "A Praça é Nossa", no SBT, apresentações em shows de humor pelo Brasil e um programa na Rádio Central, em Campinas, todos os domingos.

Clayton Silva contracena com Carlos Alberto de Nóbrega
Morte

Clayton Silva morreu, aos 74 anos, por volta das 16:00 hs na terça-feira, 15/01/2013, em Campinas, SP. O humorista estava internado no Centro Médico do distrito de Barão Geraldo desde o dia 27/12/2012 e lutava contra um câncer no pâncreas há três anos, de acordo com seu filho, que também se chama Clayton Silva.

No último dia 05/01/2013, Clayton Silva passou por uma cirurgia para retirar parte do tumor. Desde então, estava internado na UTI do hospital.

O velório ocorreu no Cemitério Memorial de Indaiatuba, município próximo de Campinas, SP, até às 13:00 hs. De lá, o corpo do humorista foi levado para o Cemitério Vila Alpina, em São Paulo, onde foi cremado.

Clayton Silva deixou a mulher, Isis, com quem era casado há 50 anos, três filhos, Clayton, Andréa e Érica, e quatro netos.

O também humorista Oscar Padini, companheiro de Clayton Silva no programa "A Praça é Nossa", lamentou a morte do colega em sua conta no Twitter:
"Saudades inconsoláveis para aqueles que te conheceram tanto e tiveram o privilégio de conviver com você, querido amigo. Que você esteja em paz. Deus console a família, os amigos de convívio e os admiradores, e que saibamos fazer rir até o fim de nossas vidas como você fez. Obrigado e adeus!"

Fonte: Terra, Veja, Gente IG e Yahoo

Thiago de Angelis

THIAGO DIAS DE ANGELIS
(29 anos)
Jornalista, Repórter e Humorista

* Santos, SP (1983)
+ São Paulo, SP (16/10/2012)

Thiago de Angelis era formado em Rádio e TV. Ainda na faculdade, começou o trabalho com humor fazendo vídeos para um site de baladas. Junto com o amigo Rodrigo Art criou o programa "Quebrando a Rotina", que virou sucesso de audiência na Rede VTV, então afiliada da RedeTV! na Baixada Santista e em Campinas.

Com a repercussão do programa, Thiago de Angelis foi convidado pelo "TV Fama", da RedeTV!, para fazer um quadro com exibição nacional. Passou a ser o Linguarudo, repórter engraçado que acompanhava os bastidores das celebridades. Atualmente, mesmo em tratamento, fazia participações no seu antigo programa, "Quebrando a Rotina", agora transmitido pela Santa Cecília TV.

Neymar e Thiago de Angelis
Criativo, inovador e irreverente em suas performances, onde ficaram famosas suas entrevistas sempre com o toque do humor. O jogadoer Neymar manifestou seu pesar em uma rede social. "Hoje dedico meus gols ao Linguarudo... Falei com ele há dois dias e prometi que faria um gol para ele. E hoje fiz dois... Descanse em paz!", dedicou o atacante do Santos, autor de dois gols, na goleada do Brasil contra o Japão, por 4 a 0.

No fim de 2011, logo após o casamento com Kátia Lopes de Angelis, o santista foi diagnosticado com um tipo raro de câncer: Sarcoma de Ewing. O primeiro tumor apareceu no rim, sendo necessária uma cirurgia para retirar o órgão. Iniciou a quimioterapia, mas outros tumores foram descobertos no pulmão, na coluna e no baço. Fez nova cirurgia para a retirada de tumores e continuou o tratamento quimioterápico. No entanto, o agressivo câncer se espalhou para os demais órgãos do corpo.

Cercado de amigos, Thiago de Angelis mostrou-se guerreiro na luta contra um câncer da família de tumores de Ewing que, segundo o Instituto Nacional do Câncer, acometem primariamente ossos e tecido mole. Dependendo do grau de diferenciação neural, são denominados Sarcoma de Ewing, quando é um tumor indiferenciado. Hoje existem 80 casos no mundo com as mesmas características da doença de Thiago de Angelis.


No começo de outubro, Thiago de Angelis falou de seu encontro com Hebe Camargo meses antes. "Encontrei com Hebe na TV e disse: Eu tenho um tumor". Ela olhou nos meus olhos, sorriu e falou: "Tumor? Ah, isso não é nada! - Muita energia!", contou o repórter. "Graças a Hebe Camargo a partir daquele momento, eu tive muito mais energia pra enfrentar essa doença", completou. Hebe Camargo morreu aos 83 anos no dia 29/09/2012.

Thiago de Angelis foi afastado de suas funções em outubro de 2011. O jornalista estava internado no Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, onde veio a falecer. A quimioterapia, combinação de remédios contra o câncer, começou em janeiro. A cada 21 dias ele ficava uma semana recebendo o coquetel de medicamentos. Muitas vezes foi necessário isolamento e transfusão de sangue, quando caía muito a imunidade.

Thiago de Angelis morreu vítima de câncer, na manhã de terça-feira, 16/10/2012. O sepultamento do corpo de Thiago terminou às 16 horas desta quarta-feira, 17/10/2012, no Cemitério da Areia Branca. Desde a noite de terça, estava sendo velado na Beneficência Portuguesa.

Thiago de Angelis estava com 29 anos e deixou viúva Kátia Lopes de Angelis. No velório, realizado no necrotério da Beneficência Portuguesa de Santos, ela e amigos do marido falaram da alegria de viver do humoristas, que fez piada até momentos antes de morrer.

O Sarcoma de Ewing

O Sarcoma de Ewing é uma forma de tumor ósseo maligno que atinge principalmente crianças e adolescentes. O nome remete ao patologista americano James Ewing (1866-1943), primeiro a descrever a doença. É causado por uma mutação genética e raramente aparece fora do osso, como foi o caso de Thiago de Angelis.


Murilo Amorim

MURILO AMORIM CORREA
(70 anos)
Ator e Humorista

☼ Campinas, SP (19/12/1926)
┼ São Paulo, SP (13/05/1997)

Murilo Amorim Correa iniciou sua carreira no rádio, mas ganhou fama no cenário humorístico ao integrar o elenco do programa "A Praça da Alegria" nos anos 60, e depois na "A Praça é Nossa" nos anos 80. Seu papel mais conhecido foi no quadro "Vitório e Marieta", no qual atuava ao lado da comediante Maria Tereza. Outro personagem conhecido bastante conhecido foi Jacinto, o Donzelo.

Murilo Amorim e Maria Tereza, além de atuarem em várias estações de TV, também registraram vários álbuns humorísticos para a etiqueta Odeon nos anos 60. Murilo Amorim se destacou em outros selos discográficos, CBS e Copacabana, com Jacinto, o Donzelo.

Murilo Amorim Correa parece mais nome de visconde ou de professor de literatura, mas é aí, até no nome, que começa a graça do comediante que imortalizou o quadro do casal Vitório e Marieta e o Jacinto, o Donzelo, que risca, cisca, rabisca, prega fogo, mas não consegue garfar uma mulher!


Murilo fez fama como artista de rádio, TV e boates. Morando em São Paulo, capital, ficou tão conhecido como Roberto Carlos e o Pelé, apesar de não cantar e de nem saber jogar bola.

Murilo foi premiado várias vezes com o extinto Prêmio Roquete Pinto, que na época era o Oscar dos artistas no Brasil. O seu sucesso teve início com o quadro Vitório e Marieta, um dos maiores sucessos do rádio na década de 60.

Após esse trabalho, Murilo passou a interpretar o engraçado Jacinto, o Donzelo, um caipira maluco por mulher. O personagem, assim como o seu Vitório, logo ganhou fãs em todo o Brasil. Os textos, muito inteligentes, eram de Irvando Luiz.

Murilo Amorim Correa faleceu vítima de complicações circulatórias em São Paulo no dia 14 de fevereiro de 1997.

Vitório e Marieta

O italianíssimo casal Vitório e Marieta foi um grande sucesso no rádio, que acabou passando para a televisão. Mas fez sucesso também no teatro e vendeu muitos discos. O comendador Vitório era vivido por Murilo Amorim Correa e sua esposa Marieta era Maria Tereza.


Vitório e Marieta era um casal unido por uma coisa em comum: a burrice. Mas ambos julgavam-se muito espertos e inteligentes. Falavam as maiores asneiras e se achavam os tais, sempre rindo da "burrice" das pessoas com quem falavam.


No fim do quadro, Marieta encerrava sempre com a seguinte frase:


"Por isso que te admiro você, Vitório. Não existe homem mais inteligente que você na face da Terra. Ah, Vitório, eu não sei o que seria de mim sem você. É por isso que digo e repito sempre: e viva o Vitório!!!"


O quadro foi sucesso na "Praça da Alegria" e em outros programas humorísticos nos anos 60 e 70. As últimas apresentações, antes da morte de Murilo Amorim foi no programa do SBT, "Maria Tereza Especial", já nos anos 90.

Televisão

  • 1969 - Hotel do Sossego
  • 1968 - As Professorinhas ... Guedes
  • 1966 - Alma de Pedra
  • 1965 - A Indomável ... Nicolau
  • 1965 - Pecado de Mulher
  • 1964 - Uma Sombra em Minha Vida ... Noel
  • 1964 - Mãe ... Acácio
  • 1953 - TV de Vanguarda

Cinema

  • 1976 - Sabendo Usar Não Vai Faltar
  • 1957 - Absolutamente Certo ... Guilherme

Silveirinha

OCTÁCIO DA SILVEIRA
(88 anos)
Ator e Humorista

* Florianópolis, SC (1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/11/2012)

Octácio da Silveira, ator cômico, trabalhou em várias produções da TV Globo como "Corpo A Corpo" (1984), "Memórias De Um Gigolô" (1986), "Hipertensão" (1986), "A, E, I, O... Urca" (1990) e "Pedra Sobre Pedra" (1992).

Com o personagem Belzonte, da "Escolinha do Professor Raimundo", trabalhou ao lado de Chico Anysio.


Morte

Silveirinha estava internado no Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro e morreu na quinta-feira, 15/11/2012 aos 88 anos. O corpo do ator foi velado desde às 10:00 hs na Capela 6 no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária da cidade e foi sepultado na sexta-feira, 16/11/2012, às 14:00 hs, na Ordem Terceira da Penitência, no Caju. 

Segundo a família, Silveirinha sofria de Isquemia e morreu vítima de Falência Múltipla dos Órgãos. Ele estava internado em um hospital da zona norte do Rio de Janeiro. Cerca de 30 pessoas participaram do velório. No cemitério, o caixão foi coberto com uma bandeira do Botafogo. "Ele sabia separar o que era importante do que não era. Foi um grande pai, é uma referência pra mim. Ele ensinou a gente a viver", disse uma das duas filhas do ator, Sônia da Silveira. O ator completaria um mês de internação no sábado, dia 17/11/2012.

Silveirinha deixou duas filhas, quatro netos e um bisneto.

Fonte: WikipédiaA Tarde e G1

Gordurinha

WALDECK ARTUR DE MACÊDO
(46 anos)
Cantor, Compositor e Humorista

☼ Salvador, BA (10/08/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (16/01/1969)

Fossem os curiosos tentar adivinhar-lhe o físico pelo apelido e Gordurinha seria até hoje mais um enigma na história da música popular brasileira. Magro na juventude, Waldeck Artur de Macêdo, nascido no bairro da Saúde, em Salvador, no dia 10 de agosto de 1922, ganhou seu apelido em 1938, quando já trabalhava na Rádio Sociedade da Bahia.

Do seu repúdio à colonização americana, epitomada pela goma de mascar, nasceu o bebop-samba, "Chicletes Com Banana", em parceria com Almira Castilho, que acabou por pronunciar o tropicalismo ao sugerir antropofagicamente na letra:

"Eu só boto be-bop no meu samba
Quando o Tio Sam tocar um tamborim
Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba
Quando ele aprender que o samba não é rumba"

Ele mesmo chegou a gravar, como que a tirar um sarro, um rock intitulado "Tô Doido Para Ficar Maluco".

Mas não foi só de glória e reconhecimento tardio a vida deste que, ao lado do Trio Nordestino, iria se transformar no baluarte do forró na Bahia. Sua estréia no mundo da música se deu em 1938, quando fez parte do conjunto vocal Caídos do Céu que se apresentava na Rádio Sociedade da Bahia, fazendo logo depois par cômico com o compositor Dulphe Cruz. Logo se destacou pelo seu dom de humorista e pelo sarcasmo que iria ser disseminado em suas letras anos mais tarde.


Em 1942, cansado de tentar conciliar estudo e sessões de rádio, tomou a decisão e se debateu com um dilema conhecido de muitos: medicina ou carreira artistica? Como seus discípulos Zé Ramalho e Fred Dantas, Gordurinha caiu fora desse estória de clinicar. Largou a Faculdade de Medicina e seguiu sua sina de cigarra.

Os passos iniciais seriam dados numa Companhia Teatral. Caiu na estrada, mambembeando e povoando de músicas e pantomimas outras plagas.

Seu próximo passo seria um contrato na Rádio Jornal de Comércio, em Recife, no ano de 1951. Depois, o jovem compositor, humorista e intérprete Gordurinha passaria pela Rádio Tamandaré onde conheceu o poeta Ascenso Ferreira, figura folclórica do Recife, Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda. Estes dois últimos gravariam em primeira mão várias das suas composições.

Em 1952 partiu para o Rio de Janeiro onde penou sofrendo gozações preconceituosas. Sublimando estes pormenores, conseguiu trabalhar nos programas "Varandão da Casa Grande", na Rádio Nacional, e "Café Sem Concerto" das Rádios Tupi e Nacional, duas das maiores no país, sempre fazendo tipos humorísticos. Ficou neste circuito até que almejou um sonho que já alimentava desde os magros dias do Recife que era um contrato na mais importante mídia do Brasil na época: a Rádio Nacional.

"Meu Enxoval", um samba-coco em parceria com Jackson do Pandeiro seria um dos carros chefes do disco "Forró do Jackson" (1961). Outro que se daria bem com uma composição do baiano seria o forrozeiro paraense Ary Lobo (mais um dos artistas que o Brasil insiste em esquecer) que prenunciou o mangue beat ao cantar "Vendedor de Caranguejo" que também seria gravado por Clara Nunes em 1974, e por Gilberto Gil no seu "Quanta" de 1997.

Em 1964 desagradado com o golpe militar, fugiu de casa deixando com os familiares a determinação para que destruíssem tudo o que parecesse comprometedor, especialmente uma foto em que aparecia tocando violão para o presidente João Goulart e o governador Leonel Brizola. Maltrapilho e doente, só reapareceu meses depois.  

Homenagens

Gordurinha seria homenageado na década de 70 com Gilberto Gil, que regravou "Chicletes Com Banana" e "Vendedor de Caranguejo". O cantor carioca Jards Macalé, também o homenageou com a regravação de "Orora Analfabeta", no seu segundo LP, "Aprendendo a Nadar", de 1974. Elba Ramalho, que em entrevista à revista Showbizz, elogiou sua divisão de versos, se rendeu ao talento do mestre ao dar sua versão de "Pau-de-Arara é a Vovozinha", no seu CD "Flor da Paraíba", de 1998.

A última homenagem recebida foi o lançamento do CD "A Confraria do Gordurinha", em rememoração aos 30 anos sem o artista. Contando com participação de Gilberto Gil, Confraria da Basófia e Marta Millani, e texto do pesquisador Roberto Torres. O CD têm 14 faixas e foi lançado em 1999.

Gordurinha faleceu em Nova Iguaçú, Rio de Janeiro, em 16/01/1969, vítima de um infarto  provocado por uma overdose.

Injustiça

A impressão que a livre imprensa nos passa é de estar contra um dos grandes gênios da música popular brasileira. Gordurinha foi um gênio não reconhecido e desprezado da elite musical. O que mais choca é o fato de a imprensa atual cheia de recursos para consulta como a internet se manter calada diante de fatos relevantes.

Algumas musicas de Gordurinha continuam sendo creditadas a outros cantores, creditadas por profissionais da arte e por leigos que publicam em sites, blogs, e na vasta imensidão da internet, que parece ser incontrolável e sem punições por seus erros.

Citaremos abaixo algumas das musicas que Gordurinha fez e como ele mesmo dizia, algumas de suas músicas fizeram um pouco de sucesso, tais como:

"Chicletes com Banana" que insistem em chamar de "Chiclete com Banana", "Súplica Cearense" em que insistem creditar a Luiz Gonzaga. Entre outros sucessos estão "Mambo da Cantareira", "Vendedor de Caranguejo", "Vendedor de Biscoitos", "Baiano Burro Nasce Morto", "Carta a Maceió", "Orora Analfabeta", "Oito da Conceição", entre outros.

Serginho Leite

SÉRGIO DE SOUZA LEITE
(55 anos)
Músico, Humorista e Radialista

* São Paulo, SP (03/09/1955)
+ São Paulo, SP (12/04/2011)

Serginho Leite sempre quis ser pianista, com dezoito anos ele se dedicava a música junto com Tom Zé, Carlinhos Vergueiro e outros, durante encontros em um bar.

Em 1978, Serginho Leite foi convidado por Estevam Sangirardi para apresentar o programa "Show de Rádio", na Rádio Jovem Pan. Junto com outros três colegas, ele apresentou o programa e trouxe grandes idéias para Estevam Sangirardi. Ficou muito conhecido após apresentar um quadro que parodiava o radialista Zé Béttio.

Enquanto esteve na rádio, ele ficou conhecido por fazer imitações de celebridades, como Pelé, Maguila, Vicente Matheus, Clementina de Jesus e Paulinho da Viola, e por paródias que criava com um violão.

Outros trabalhos do artista que também se tornaram muito conhecidos, foram os jingles e comerciais para rádio e TV do personagem Bond Boca, da Cepacol, do Tigre Tony, dos Sucrilhos Kellogg's, e do elefante Jotalhão, do molho de tomate Cica.

Serginho Leite em foto de 1984 (Foto: Agencia Estado)
Serginho Leite também trabalhou na televisão, no programa "A Praça é Nossa", do SBT, onde fez imitações e na TV Globo, onde ficou 2 anos (1998-2000) no quadro "Retratos de Domingo", do "Domingão do Faustão". Em 2006, Serginho Leite deu uma entrevista ao "Programa do Jô", que foi a sua última aparição na emissora.

Segundo informações de amigos, Serginho Leite tinha elaborado um espetáculo para o teatro e só aguardava a aprovação pela Lei Rouanet para estreá-lo.

Sergio de Souza Leite morreu aos 55 anos de idade, vítima de infarto. Ele foi levado ao Hospital das Clínicas de São Paulo, onde deu entrada às 11:15 hs da manhã de 12/04/2011 e faleceu às 14:50 hs vítima de Infarto do Miocárdio, informou a assessoria de imprensa do hospital.

Serginho Leite era casado com Tânia Leite e o casal tinha dois filhos: Pedro e João.

Fonte: Wikipédia e G1

Millôr Fernandes

MILTON VIOLA FERNANDES
(88 anos)
Cartunista, Humorista, Dramaturgo, Escritor e Tradutor

* Rio de Janeiro, RJ (16/08/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/03/2012)

Com passagem marcante pelos veículos impressos mais importantes do Brasil, como O Cruzeiro, O Pasquim, Veja e Jornal do Brasil, entre vários outros, Millôr é considerado uma das principais figuras da imprensa brasileira no século XX.

Multifacetado, obteve sucesso de crítica e de público em todas os gêneros em que se aventurou, como em seus trabalhos de ilustração, tradução e dramaturgia, sendo várias vezes premiado. Além das realizações nas áreas literária e artística, ficou conhecido também por ter sido um dos idealizadores do frescobol.

Juventude

Filho do engenheiro espanhol Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes, Millôr nasceu no do Méier em 16 de agosto de 1923, mas só foi registrado como Milton Viola Fernandes, no ano seguinte, em 27 de maio de 1924. De Milton se tornou Millôr graças à caligrafia duvidosa na certidão de nascimento, cujo traço não completou o "t" e deixou o "n" incompleto. Aos dois anos perde o pai, e sua mãe passa a trabalhar como costureira para sustentar os quatro filhos.

Millôr Fernandes (Fonte: AE)
De 1931 a 1935 estudou na Escola Ennes de Souza. Nesse meio tempo se torna leitor voraz de histórias em quadrinhos, especialmente Flash Gordon. A forte influência, e o estímulo de seu tio Antônio Viola, o leva a submeter um desenho ao períodico carioca O Jornal que, aceito e publicado, lhe rende um pagamento de 10 mil réis.

Aos doze anos perde a mãe, passando a morar com o tio materno Francisco, sua esposa Maria e quatro filhos no subúrbio de Terra Nova, próximo ao Méier. Dois anos depois, em 1938, passa a trabalhar para o médico Luiz Gonzaga da Cruz Magalhães Pinto, entregando seu remédio para os rins Urokava em farmácias. Pouco depois é empregado pela revista O Cruzeiro, assumindo as funções de contínuo, repaginador e factótum.

Na mesmo época, assinando sob o pseudônimo Notlim, ganha um concurso de contos na revista A Cigarra. É promovido a arquivista da publicação, e com o cancelamento de quatro páginas de publicidade desta, é convidado a preencher o espaço vago. Cria então a seção Poste Escrito, que assina como Vão Gogo.

Carreira Literária

O sucesso de sua coluna em A Cigarra faz com que ela passe a ser fixa, e Millôr assume a direção do periódico, cargo que ocuparia por três anos. Ainda sob o pseudônimo Vão Gogo, começa a escrever uma coluna no Diário da Noite. Passa a dirigir também as revistas O Guri, com histórias em quadrinhos, e Detetive, que publicava contos policiais.

Em 1941 volta a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como Vão Gogo na coluna Pif-Paf, o fazendo por 18 anos. A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (autodidata) e autor de teatro.

Já em 1956 divide a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg. Em 1957, ganha uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Dispensa o pseudônimo Vão Gogo em 1962, passando a assinar apenas como Millôr em seus textos na revista O Cruzeiro. Deixa a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.

Em 1964, passa a colaborar com o jornal português Diário Popular e obtém o segundo prêmio do Salão Canadense de Humor. Em 1968, começa a trabalhar na revista Veja, e em 1969 torna-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.

Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Traduziu, do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, William Shakespeare, Molière, Bertolt Brecht e Tennessee Williams.

Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004, deixando a revista em 2009 devido a um desentendimento acerca da digitalização de seus antigos textos, publicados sem sua autorização no acervo on-line da publicação.

Problemas de Saúde

No princípio de fevereiro de 2011, Millôr sofreu um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Permaneceu em torno de duas semanas inconsciente na UTI, e após cinco meses de internação em uma clínica no Rio de Janeiro, recebeu alta no dia 28 de junho. Dois dias depois voltou a se sentir mal, passando outros cinco meses internado.

Após o segundo internamento a família de Millôr manteve em privado os detalhes a respeito de sua saúde, até que em 28 de março de 2012 é divulgado à imprensa que o escritor morrera no dia anterior, em decorrência de Falência Múltipla dos Órgãos e Parada Cardiorrespiratória.

Fonte: Wikipédia