Mostrando postagens com marcador Humorista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Humorista. Mostrar todas as postagens

Tutuca

USLIVER JOÃO BAPTISTA LINHARES
(83 anos)
Humorista

☼ (1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/12/2015)

Usliver João Baptista Linhares, mais conhecido como Tutuca, foi um comediante brasileiro. Ganhou o apelido na infância e começou a carreira na década de 50, sempre fazendo humor no rádio e na televisão. Participou do programa "Balança Mas Não Cai", onde, no quadro "Clementino e Dona Julieta" (1964), vivia um faxineiro sempre de olho na mulherada, onde criou o bordão "Ah se ela me desse bola!". Tutuca também foi o criador do personagem Magnólio Ponto Fraco.

Estreou no cinema em 1959 no filme "O Homem do Sputnik" e depois fez, ao lado de Ronald Golias, "O Homem Que Roubou a Copa do Mundo" (1961).

Tutuca trabalhou em várias emissoras e em programas como "Apertura", "Reapertura", "A Praça é Nossa", "Zorra Total", "Sob Nova Direção", dentre outros.

Fez muito sucesso com a comédia "O Marido Virgem", viajando em turnê pelo Brasil.

Tutuca também esteve no elenco dos filmes "Onanias, o Poderoso Machão" (1975), "Os Normais" (2003), vivendo o pai da personagem de Marisa Orth, e "A Guerra dos Rocha" (2008), que ele considerava um dos mais importantes dos quais participou.

Tutuca tornou célebre o bordão "Xiiiiiíííííííí…"

Entrevista
(Entrevista publicada em novembro de 2008 na Zona Norte)

Ulisver João Baptista Linhares, o popular comediante Tutuca, presente nos lares brasileiros desde a década de 50, através de seus inúmeros personagens que sempre alegraram a população. Simpático e festivo, recebeu a equipe do Correio Carioca para animada entrevista. Confira o resultado:

Por que o apelido Tutuca? 
É apelido de infância. Eu fui tratado desde garoto como Tutuca e o meu irmão era Sussuca.
O senhor tem alguma formação universitária? 
Eu não fui formado, eu fui deformado (risos). Trabalhei muito como propagandista e vendedor, era daí que vinha meu sustento.
O seu início foi na rádio Tupi. O que mais marcou na sua passagem por lá? 
Um dos personagens que eu interpretava e me lembro até hoje era o Lambretildo, que fazia parte de um quadro chamado "Casal do Amor". Atuávamos: eu, Simone de Moraes e Otávio França.
Qual o programa em que trabalhou que acha que mais marcou sua trajetória? 
Turma da Maré Mansa.
É difícil ser humorista? 
Eu já nasci palhaço. Sempre fiz rir.
Teve algum humorista com quem tenha gostado mais de trabalhar? 
Cito três: sempre fui muito fã do Costinha, do Golias e do Matinhos. Vivia imitando esse pessoal.
Como andam os programas humorísticos atualmente? 
Não tenho mais saco pra assistir a programas humorísticos. Está quase tudo muito mal apresentado. Tudo muito diferente e sem graça. O programa humorístico praticamente acabou. São poucos bons no rádio e na TV. Estão quase todos realmente muito ruins, esquisitos mesmo e de tal maneira mal escritos que não dá mais vontade de acompanhar quase nada. Às vezes, vejo e fico pensando: Meu Deus do céu! Como esculhambaram a arte de fazer humor! Tudo o que se fazia antigamente foi jogado por terra. O que acontece é que pra se fazer bem qualquer coisa na vida tem que se ter prazer de fazer. Não sinto que a maioria dos humoristas de hoje tenha prazer de fazer humor. Sendo assim, como eles podem querer que os espectadores tenham prazer de assisti-los?
O senhor já fez vários filmes. Qual o que considera mais importante? E qual o mais recente? 
"A Guerra dos Rochas" me marcou bastante. Já o mais recente foi "Os Normais".
Foi longa a sua participação no programa "A Praça é Nossa". Quando se lembra de sua passagem por lá, o que lhe vem à cabeça? 
Saudade. Muita saudade.
Cite personagens marcantes que o senhor tenha feito no humorístico do SBT. 
O faxineiro "Clementino", que tinha como bordão "Como é boa essa secretária, ah, se ela me desse bola" e o quadro com o "Seu Menezes" e com a "Dona Dadá", em que eu falava sempre "Tadinha, Seu Menezes" (risos).
Com o que o senhor ocupa o tempo hoje em dia? 
Almoço, janto e o resto é particular.
Como levar a vida com humor? 
As pessoas têm que arrumar um jeito de achar graça na vida. Se estiver difícil achar a graça, que façam cócegas em si mesmas (risos).

Morte

Tutuca passou a maior parte de sua vida fazendo os outros rirem, mas seus últimos dias foram difíceis. Ele deu adeus ao seus fãs na manhã de quinta-feira, 03/12/2015, no Rio de Janeiro, aos 83 anos, vítima de uma pneumonia seguido de uma parada cardíaca.

Tutuca estava deste terça-feira, 01/12/2015, internado no Hospital Barra D'Or, localizado no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Já com idade avançada, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em 2014. Após ter a enfermidade, ele precisou conviver com as sequelas da doença.

O velório do comediante ocorrerá no sábado, 05/12/2015. A cerimônia será realizada no Crematório São Francisco Xavier, que fica perto do Centro do Rio de Janeiro. Tutuca será cremado e apenas a família participará da cremação, marcada para começar às 14h00min.

Tutuca morava no Rio de Janeiro e era casado há 30 anos com Denise Silva, de 56 anos. Além da mulher, o comediante deixou dois filhos Ricardo e Elizabeth, além da enteada, Gisele Carmos.

Gisele Carmos contou que o padastro era amoroso e divertido. "Não dava para falar sério com ele. Ele era só piada, tudo fazia piada, bem que eu tentava falar sério,mas não dava".

Tutuca teve uma série de AVCs e depois disso estava debilitado, contou a viúva, Denise. "Ele era só alegria. Estava debilitado, mas estava bem. Não estava sentindo dor. Na segunda-feira que tudo aconteceu, na terça ele foi internado e o médico disse que algumas infecções são silenciosas, por isso ele não sentia dor!".

Trabalhos

Rádio
  • Balança Mas Não Cai
  • A Turma da Maré Mansa

Cinema
  • O Homem do Sputnik
  • O Homem Que Roubou a Copa do Mundo
  • Onanias, o Poderoso Machão
  • Os Normais
  • A Guerra dos Rocha

Televisão
  • Ciranda de Pedra - Jurado do Miss Suéter (Participação Especial)
  • Apertura (Tupi)
  • Reapertura (SBT)
  • A Praça é Nossa (SBT)
  • Balança Mas Não Cai (Globo)
  • Zorra Total (Globo)
  • Sob Nova Direção (Globo)
  • Coral dos Garçons (Tupi)

Indicação: Miguel Sampaio

Saracura

OSCAR PEREIRA RODRIGUES
(83 anos)
Humorista, Ator, Animador e Apresentador de Televisão e Rádio

☼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (12/02/1916)
┼ São Paulo, SP (20/10/1999)

Oscar Pereira Rodrigues, mais conhecido pelo pseudônimo Saracura, foi um humorista brasileiro, animador, apresentador de rádio e televisão, nascido em Santa Bárbara d'Oeste, interior do estado de São Paulo, em 12/02/1916. Filho de João Pereira Rodrigues e de Virgínia D'Ávila.

Iniciou sua carreira em 1948, na Rádio Clube Santo André, onde permaneceu até 1952. Apresentava programas sertanejos, que foi sempre o seu estilo. No cinema atuou em "Sertão em Festa" (1969) e "No Rancho Fundo" (1971).

De 1952 a 1981, passou para a Rádio Tupi de São Paulo. Ficou sendo diretor artístico de toda a linha sertaneja, além de ser apresentador e animador de programas. Participou do programa "Festa na Roça", onde ficou por 15 anos. Apresentou também os programas "Tupi no Sertão", "Alvorada Brasileira" e "Rádio Destak FM".

Saracura também foi ator de radionovelas. Fez como protagonista, as novelas "A Velhice Vem Depressa", "A Vida Tem Dois Caminhos", "Mistério da Fazenda de Pedra", "Rancho Fundo" dentre outras.

O humorista intercalava suas atuações em São Paulo, com viagens, por todo o Brasil. Assis Chateaubriand, assim como o diretor-presidente Edmundo Monteiro, gostavam de convidar Saracura para suas viagens pelo norte, nordeste, sul, centro-oeste, para onde eles iam constantemente, em viagens profissionais. Levavam Saracura, pois precisavam alegrar as pessoas que os recebiam.


Saracura gravou os LPs "Humor do Sertão", em 1971 e novamente "Humor do Sertão", em 1973, quando recebeu Disco de Ouro.

Saracura trabalhou também em televisão. Participou do programa "Festa na Roça", de 1958 a 1960, e em 1970 do "Canta Viola", ambos pela TV Tupi de São Paulo.

Em 1971, passou para a TV Record.

De 1975 a 1985, na TV Record, participou do programa "Canta Viola".

De 1986 a 1989, participou várias vezes do programa "Som Brasil", apresentado por Lima Duarte, na TV Globo.

Em 1988, esteve por inúmeras vezes na TV Manchete e na Rede Mulher, no programa "Rincão Brasileiro". Saracura participou também de vários comerciais.

Em 1989 e 1991 participou do programa "Viola, Minha Viola", da TV Cultura.

Foi um dos nomes mais respeitados e agraciados dentro das emissoras de rádio e TV do Brasil. Recebeu inúmeros troféus, tanto no rádio, como na televisão, com destaque para o Programa Luizinho, Limeira e Zezinha, Programa Defensores da Música Sertaneja, Oceania, Melhor Humorista de 1962, Melhor Humorista de 1963, Troféu União Artistas de São Paulo (UASP) em 1965 e 1966, Troféu Clube Atlético das Bandeiras, em 1967.

Recebeu também o troféu da União Artistas de São Paulo (UASP) "Melhor Humorista Sertanejo", em Osasco, 1969.

Em 1972 o Coração da Viola, em Guarulhos.


Em 1977 e 1978 o Troféu ABAS, em Osasco. Em 1978 o Troféu Encontro Com a Cidade, da Rádio ABC de Santo André.

Em 1979 o Troféu TV Record, programa "Canta Viola".

Em 1980, ganhou troféu no Primeiro Encontro da Música Sertaneja, de Itatiaia.

Em 1983, ganhou o Troféu Aniversário do Clube Atlético Ipiranga.

Em 1988, o Troféu UAI da Festa da Prefeitura de Poços de Caldas.

Além desses troféus, Saracura recebeu muitos títulos e homenagens. Recebeu o Título de Cidadão Paulistano, em 1996, na Câmara Municipal de São Paulo. Recebeu o Diploma de Honra ao Mérito, da Secretaria de Trabalho e Comunicação, Diploma de Honra ao Mérito do Ministério da Educação e Cultura, Viola de Ouro, do "Programa Raul Gil".

Saracura também escrevia uma crônica de humor, no Jornal da Zona Leste. Depois de sua morte, ainda foi homenageado na Assembléia Legislativa de São Paulo, pelo deputado Afanásio Jazadji, em evento promovido pela PRO-TV, sob presidência de Vida Alves.

A Prefeitura de São Paulo homenageou Saracura, dando seu nome a uma praça paulista, em 14/03/2003. É a Praça Oscar Pereira Rodrigues.

Saracura faleceu em 20/10/199, em São Paulo, aos 83 anos.

Nhá Barbina

CONCEIÇÃO JOANA DA FONSECA
(79 anos)
Atriz e Comediante

☼ Jaboticabal, SP (02/12/1915)
┼ São Paulo, SP (11/11/1995)

Nhá Barbina foi uma comediante e atriz brasileira. Iniciou carreira artística no circo, subindo ao picadeiro pelas mãos de seu marido, João Gomes, o seu maior incentivador.

Estreou como atriz dramática na peça "O Divino Perfume". Permaneceu no gênero comovendo a platéia por dez anos.

Por volta de 1938, já interessada na arte da caricatura, teve a oportunidade de substituir a titular de um circo. Criou a personagem Nhá Barbina, solteirona, que fazia tudo para arrumar um bom marido. Impressionou tanto que ninguém mais a chamou de Conceição. Passou a ser chamada pelo nome de seu personagem, inclusive por seus familiares.

Trabalhou excursionando pelo Brasil em inúmeros circos e pequenos teatros. Participou de 11 filmes, entre eles, "Lá no Sertão", de Eduardo Lorente em 1959, co-estreando com Tonico e Tinoco e "O Cabeleira", de Milton Amaral em 1962. Nesse período trabalhou na Rádio Tupi de São Paulo, no programa "Festa na Roça", de Lulu Benacasi.


Era a única humorista sertaneja no Brasil e foi consagrada com o título de "Mãe Sertaneja".

Em 1960 gravou na Odeon, de Valter Amaral e Ado Benatti, o baião "O Galo Cantou" e a marcha "Arquimedes, Deixa Disso".

Em 1963, filmou "O Rei Pelé", de Carlos Hugo Christensen.

Em 1970, destacou-se como caricata no filme "Sertão em Festa", de Osvaldo Oliveira. No mesmo ano gravou o arrasta-pé "Puxa-Saco", parceria de Ariovaldo Pires e Zé Cupido. Ainda no início da década de 70, voltou à tela no filme "No Rancho Fundo", de Osvaldo de Oliveira, cantando "Tô Maluca Por Você" (Capitão Furtado e Zico) e "Puxando o Fole" (Juvenal Fernandes 'Argonauta' e Madalena Maria Pires 'Piquerobi').

No ano de 1971, lançou o LP "Nhá Barbina no Rancho Fundo", pela RGE, no qual registrou, entre outras, "Ranquei Pena" (PotyCapitão Furtado). Lançou também pela CBS seu segundo disco, com piadas e canções, dentre elas, "Ranquei Pena" (Madalena Maria Pires 'Piquerobi' e Poty), "Olha a Polícia" (Arlindo Pinto e Adoniran Barbosa) e "Cachorro Louco" (Nhá Barbina e Onofre).


Gravou novo LP em 1975, contendo "Casa Caipira", com letra de Cornélio Pires e música de Tinoco, além de, entre outras, três números humorísticos: "Família Repinica" (Madalena Maria Pires 'Piquerobi' e Poty), "Puxa e Repuxa" (Manezinho Araújo e Mané Baião) e "Penha-Lapa" (Martins Neto).

Nhá Barbina trabalhou também em vários programas de rádio e televisão. Gravou em torno de 10 discos. Recebeu vários troféus, diplomas e medalhas por sua atuação. Deixou dezenas de "causos", que contava com graça peculiar.

Nos últimos anos, antes de seu falecimento atuava no programa "A Praça é Nossa", no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

Nhá Barbina faleceu em 11/11/1995, em São Paulo, SP, aos 79 anos, vítima de insuficiência respiratória aguda e broncopneumonia.

Nico Nicolaiewsky

NELSON NICOLAIEWSKY
(56 anos)
Cantor, Compositor e Humorista

* Porto Alegre, RS (09/06/1957)
+ Porto Alegre, RS (07/02/2014)

Nelson Nicolaiewsky, mais conhecido como Nico Nicolaiewsky, foi um músico, compositor e humorista brasileiro. Era reconhecido no país pelo personagem Maestro Pletskaya, do espetáculo "Tangos & Tragédias", que realizou durante 30 anos com Hique Gomez.

Descendente de judeus da Bessarábia, Nico Nicolaiewsky começou a estudar piano clássico aos 7 anos de idade, por ordem de sua mãe, e aos 13 anos, foi aprovado em um teste no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde seguiu seus estudos até os 16 anos.

Aos 21 anos, em 1978, foi um dos fundadores do "Musical Saracura", um dos mais importantes grupos de música urbana do Rio Grande do Sul no final dos anos 70 e início dos anos 80. Apesar disso, o "Musical Saracura" lançou apenas um LP, em 1982.

Em 1984, criou juntamente com o Hique Gomez, a comédia musical "Tangos & Tragédias", espetáculo que marcaria de maneira indelével sua carreira, ligando o personagem Maestro Pletskaya a sua pessoa, e tornaria-se um fenômeno de público, principalmente no Rio Grande do Sul, trazendo ao músico reconhecimento nacional.

Em 1987, iniciaram-se as apresentações no que seria a "segunda casa" de Nico Nicolaiewsky, o palco do Teatro São Pedro.


Entretanto, com o espetáculo ainda incipiente, ainda em 1984 Nico Nicolaiewsky foi para o Rio de Janeiro, onde morou durante 10 anos para estudar com o eminente maestro Hans-Joachim Koellreuter. Neste período, em 1993, nasceu sua filha, Nina Nicolaiewsky.

Ao retornar ao Rio Grande do Sul, lançou dois discos solo: "Nico Nicolaiewsky" (1996) e "As Sete Caras da Verdade" (2002). O primeiro contém valsas e canções líricas e virou trilha do filme "Amores", de Domingos de Oliveira. O segundo consiste em uma ópera-cômica, onde Nico Nicolaiewsky interpretou o vilão Rodolfo.

Em 2007, Nico Nicolaiewsky lançou seu terceiro disco, intitulado "Onde Está o Amor?" que, diferente dos anteriores, contém músicas de caráter mais pop. O disco foi produzido por John Ulhoa, guitarrista da banda Pato Fu.

Em 2013, montou o espetáculo "Música de Camelô", onde cantava sozinho ao piano, canções "super populares" segundo suas próprias palavras. O repertório incluía músicas desde "Ai Se Eu Te Pego", de Michel Teló, e "Tô Nem Aí", da cantora Luka, até a música do desenho animado japonês Pokémon e "Tchê Tchê Rerê" do cantor Gusttavo Lima, sugestões de sua filha Nina Nicolaiewsky, que eram executadas com arranjos surpreendentes, bastante diferentes dos originais.

Em entrevista Nico Nicolaiewsky comentou o espetáculo:

"Preconceitos existem e é delicioso ver alguém se espantar no meio de uma canção ao se dar conta de que está gostando de uma música que julgava odiar!"

Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez
Às vésperas de comemorar 30 anos do espetáculo "Tangos & Tragédias", Nico Nicolaiewsky recebeu o diagnóstico de Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e foi internado às pressas, no dia 23/01/2014, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. O tratamento, no entanto, não foi suficiente para retardar o avanço da doença e ele veio a falecer às 05:30 hs do dia 07/02/2014, aos 56 anos.

Em janeiro, uma nota divulgada pelo hospital sobre a saúde de Nico Nicolaiewsky dizia que ele estava na fase inicial da doença e havia necessidade de cuidados intensivos e de isolamento.

Seu velório foi realizado no Teatro São Pedro, lugar simbólico na vida do músico: Desde 1987, o musical "Tangos & Tragédias" era apresentado todo verão no local, com ingressos sempre esgotados.

Ao recordar um show do "Musical Saracura" que havia assistido, o jornalista e crítico de arte gaúcho Renato Mendonça descreveu as qualidades que iriam permear a obra de Nico Nicolaiewsky:

"O quarteto entrou em cena contido e silencioso, perfilou-se em frente ao palco e cantou à capela uma canção quase desconhecida. E calou o público. E incendiou o público por dentro. A lembrança serve para evocar aquelas que considero as qualidades fundamentais de Nico Nicolaiewsky: O poder e a coragem de surpreender, a determinação de indeterminar quaisquer fronteiras artísticas."

Fonte: Wikipédia
Indicação: Douglas Bachine

Barnabé

JOÃO FERREIRA DE MELO
(35 anos)
Cantor, Compositor e Humorista

* Botelhos, MG (08/12/1932)
+ São Paulo, SP (13/09/1968)

João Ferreira de Melo, conhecido artisticamente por Barnabé, foi um cantor, compositor e humorista brasileiro nascido em Botelhos, MG, no bairro das Corujas, e criado no Paraná, onde trabalhou na lavoura e como operário na construção de estradas. Era filho de Pedro Ferreira de Melo de onde herdou o talento e o mesmo dom de contar piadas e cantar modinhas.

Ainda adolescente, juntou-se aos artistas de um parque de diversões, apresentando-se em circos e cinemas como Nhô Peroba, que tocava violão e contava piadas. Levado para São Paulo pela dupla Tonico & Tinoco, passou a participar dos programas de rádio "Na Beira da Tuia" e "Peru Que Fala".

Iniciou sua carreira em 1950 na cidade de Ribeirão do Pinhal, PR. Ficou conhecido nacionalmente por Barnabé, chegando à gravar quatro discos. Gravou seu primeiro disco como Barnabé em 1965, na gravadora Continental, obtendo sucesso imediato.

Seu humor ingênuo e espontâneo, misturando piadas e músicas caipiras bem-humoradas, como "Sanfona da Véia" (Brinquinho e Brioso), "Casamento do Barnabé" (Capitão Furtado), "O Esculhambeque", paródia do sucesso da Jovem Guarda, "O Calhambeque", lhe rendeu ainda mais três LPs antes de sua morte prematura em 1968.

José Ferreira de Melo, seu irmão, nasceu no dia 09/12/1949, na cidade de Ribeirão do Pinhal, PR. Também herdou de seu pai o mesmo talento e dom de contar piadas e cantar modinhas, e iniciou sua carreira em 1969, após a morte de João Ferreira de Melo, dando assim, seguimento com o mesmo nome artístico, Barnabé.

Discografia

  • 1968 - Barnabé (Continental, LP)
  • 1967 - Barnabé (Continental, LP)
  • 1966 - Barnabé (Continental, LP)
  • 1965 - Barnabé (Continental, LP)

Fausto Fanti

FAUSTO FANTI JASMIN
(35 anos)
Humorista

* Petrópolis, RJ (20/10/1978)
+ São Paulo, SP (30/07/2014)

Fausto Fanti Jasmin foi um comediante brasileiro que começou a sua carreira artística na MTV, com o programa "Hermes & Renato". Foi casado com Karla Peixoto Sento Sé, atualmente estavam separados e tinha uma filha de 8 anos chamada Nina.

"Hermes & Renato" foi criado na cidade de Petrópolis, RJ em 1990. 

Era conhecido por ter criado, participado e dirigido o programa "Hermes & Renato" que ficou no ar durante 10 anos, de 1999 a 2009, na emissora MTV Brasil. Era um programa de humor escrachado com paródias de programas de TV e outras esquetes.

O quadro "Hermes & Renato", que batizou o programa, era inspirado em pornochanchadas dos anos 70. Outros personagens famosos foram o Palhaço Gozo, Boça e Joselito. Eles também fizeram clipes que caçoavam de estilos musicais como metal (Massacration), indie (Também Sou Hype), axé (Coração Melão) e gospel (Padre Gato).

Fausto Fanti (à direita), em episódio do programa humorístico Hermes & Renato
Um de seus personagens bastante conhecido era o Filho do Capeta, um dos quadros mais engraçados de "Hermes & Renato" intitulado "Padre Quemedo e o Filho do Capeta". Além do Filho do Capeta, o humorista interpretava Renato e outros personagens, como Padre Gato, Claudio Ricardo, Palhaço Gozo, Bandido da Luz Vermelha e Blondie Hammet.

Após a passagem pela MTV, o grupo foi trabalhar no "Legendários" de Marcos Mion em 2010. Como os direitos do nome "Hermes & Renato" eram da MTV, os humoristas usaram o nome "Banana Mecânica".

Fausto Fanti também dirigiu o seriado "Sinhá Boça" e o programa "Tela Class".

Em 2013, eles voltaram à MTV Brasil e em 2014 estrearam no FX Brasil, onde exibiram vinhetas humorísticas durante a Copa do Mundo e se preparavam para lançar um novo programa em março de 2015. O grupo era formado, além de Fausto e Adriano, por Marco Antônio Alves, Bruno Sutter e Felipe Torres. Segundo a emissora de TV por assinatura, o grupo havia gravado apenas pílulas da série que iria ao ar no Canal FX em 2015.

Os humoristas também integravam a banda de heavy metal Massacration, que surgiu no programa e ganhou vida própria, com discos lançados e participações em festivais.

Morte

Fausto Fanti foi encontrado morto em seu apartamento em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, na quarta-feira, 30/07/2014. O corpo de Fausto Fanti, que tinha 35 anos, foi encontrado pelo amigo Adriano Silva, que interpretava o Joselito. Segundo a Polícia Civil, o corpo tinha um cinto no pescoço. No boletim de ocorrência, registrada às 16:56 hs, na 23ª Delegacia de São Paulo, a morte foi tratada inicialmente como suicídio. O investigador disse que o comediante estava se separando da mulher e tinha uma filha de oito anos.

Segundo a polícia, a mulher do humorista, Karla Peixoto Sento Sé, estranhou quando descobriu que Fausto Fanti não havia ido buscar a filha do casal, Nina, na escola. Ela tentou falar com o marido por telefone, mas não conseguiu e pediu a Adriano Silva, que mora perto da família, verificar o que havia acontecido. Após não ser atendido, Adriano Silva chamou o síndico do prédio e pediu ajuda. Ao entrar no apartamento encontrou, segundo a Polícia, Fausto Fanti morto com um cinto no pescoço.

O corpo do humorista foi retirado do apartamento às 21:40 hs e seguiu para o IML. Por volta das 23:00 hs, Marco Antônio Alves, Adriano Silva e Felipe Torres, os outros integrantes do "Hermes & Renato", deixaram o apartamento de Fausto Fanti e seguiram para a casa de Adriano, que mora em frente. Muito abalados, eles evitaram conversar com a imprensa.

A atriz Tatá Werneck, o apresentador Marcos Mion entre outros artistas lamentaram a morte do humorista no Twitter. "Nossa... o Fausto. Um gênio... que tristeza... Hermes e Renato é um mito", escreveu Tatá Werneck.

Max Nunes

MAX NEWTON FIGUEIREDO PEREIRA NUNES
(92 anos)
Humorista, Compositor, Roteirista, Diretor, Escritor, Médico e Polímata

☼ Rio de Janeiro, RJ (17/04/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/06/2014)

Max Newton Figueiredo Moreira Nunes nasceu no Rio de Janeiro, em 17/04/1922. Desde muito cedo, teve contato com o meio artístico, já que seu pai, Lauro Nunes, era humorista, jornalista e escrevia esquetes para a Rádio Mayrink Veiga. Sua casa era frequentada por artistas e intelectuais. Além disso, Max era vizinho de Noel Rosa, com quem se acostumou a andar e por quem foi incentivado a cantar.

Na infância, participou de programas de rádio e de concursos musicais. Nos anos 50, ficou famoso por suas marchinhas. A música "Bandeira Branca" gravada por Dalva de Oliveira no Carnaval de 1970, é de autoria de Max Nunes e Laércio Alves.

Quando começou a seguir os passos do pai, Max Nunes ouviu dele: "Você tem jeito, mas olha que ninguém faz fila pra comprar soneto, muda de vida". E em 1948, ele formou-se pela Faculdade Nacional de Medicina da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e se especializou em cardiologia. Exerceu a profissão até a década de 1980, mas sem abandonar a carreira artística.


Estreou como roteirista do programa "Barbosadas", na Rádio Nacional, e do filme "E o Mundo Se Diverte" (1948), de Watson Macedo. Trabalhou na Rádio Tupi, em programas como "A Queixa do Dia", "Ninguém Rasga", "Dona Eva" e "Seu Adão e O Amigo da Onça", e integrou a equipe de produtores da Rádio Nacional, quando surgiu o humorístico "Balança Mas Não Cai", onde se consagraram, por exemplo, atores como Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos papéis do "Primo Rico e Primo Pobre". O programa ganhou versões para o cinema, teatro de revista e a televisão. Max Nunes escreveu 36 peças para o teatro de revista.

Convidado a voltar para a Rádio Tupi em 1952, passou a se dedicar a apenas um programa, o "Uma Pulga na Camisola". Com mais tempo para outras atividades, produziu colunas nos jornais Tribuna da Imprensa, de 1954 a 1955, e Diário da Noite, de 1954 a 1960.

Escreveu pela primeira vez para a televisão em 1962, quando criou os programas "My Fair Show" e "Times Square" para a TV Excelsior.

Max Nunes, Jô Soares, Agildo Ribeiro e Paulo Silvino (Programa do Jô)
Chegou à TV Globo em 1964, como roteirista e diretor, ao lado de Haroldo Barbosa, do humorístico "Bairro Feliz", que teve no elenco nomes como Paulo Monte, Grande Otelo, Berta Loran e Mussum.


Em 1966, estreou "Riso Sinal Aberto" e "Canal 0", que se transformou no "TV0-TV1", apresentado por Paulo Silvino e Agildo Ribeiro.

Max Nunes trabalhou durante 38 anos como roteirista e consultor de texto da TV Globo e participou da criação de programas como "Balança Mas Não Cai" (1968), "A Grande Família" (1972), "Satiricom" (1973) e "Planeta dos Homens" (1976).

Max Nunes tinha uma parceria de mais de 30 anos com o humorista Jô Soares. Alguns dos grandes sucessos de Jô Soares têm origem em textos de Max Nunes, como os personagens Capitão Gay e a cantora lírica Nanayá Com Ypsilon.

Como cronista era autor de textos sobre o cotidiano do Rio de Janeiro. Foi torcedor do America Football Club do Rio de Janeiro, e em sua homenagem, na sede do clube, há um teatro que leva seu nome.

Ele deixou duas filhas, as atrizes Bia Nunnes e Maria Cristina Nunnes.

Morte

Max Nunes morreu na quarta-feira, 11/06/2014, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações em seu quadro clínico após ter sofrido uma queda e fraturado a tíbia. Max Nunes estava internado no Hospital Samaritano, na Zona Sul da cidade.

Fonte: Wikipédia e UOL

Canarinho

 ALOÍSIO FERREIRA GOMES
(86 anos)
Ator, Humorista e Cantor

* Salvador, BA (29/12/1927)
+ São Paulo, SP (21/03/2014)

Canarinho, nome artístico de Aloísio Ferreira Gomes, foi um ator e humorista brasileiro, conhecido por suas participações no programa "A Praça é Nossa". Antes mesmo de participar do programa humorístico, tinha sido apresentador do programa "Clube dos Artistas" (1950-1951).

Filho de Gonçalo Gomes e Luzia Ferreira Gomes, em 1947 já era cantor profissional, cantando na Rádio Excelsior da Bahia.

Chegou à cidade de São Paulo em dezembro de 1955 com o conjunto de samba do Russo do Pandeiro.

Canarinho foi colunista de esportes do jornal Folha da Manhã e ganhou notoriedade ao participar do programa humorístico denominado "Praça da Alegria" no ano de 1956, tornando-se um comediante instantâneo.


Após sair do programa, começou a fazer shows humorísticos. Logo em seguida, tornou-se um dos participantes do programa "Praça Brasil". Participou também da primeira versão da série "Sítio do Pica-Pau Amarelo", exibida pela Rede Globo nos fins dos anos 70 e até meados dos anos 80, onde interpretava o personagem Garnizé, fazendo parceria com Tonico Pereira, que interpretava o personagem Zé Carneiro.

Com o início da nova versão do programa "Praça Brasil" no SBT, denominado "A Praça é Nossa", Canarinho interpretou um telefonista que atendia as pessoas necessitadas, num celular, durante muito tempo, próximo a um telefone público. Interpretou também o personagem Boneco.

Na década de 2000, Canarinho foi afastado do humorístico "A Praça é Nossa". Entretanto, logo após o ocorrido, continuou no elenco do programa, por meio de shows de humor, mesmo que ele não se mostrasse presente nos estúdios do SBT para fazer o papel de telefonista no programa.

Em 2003, voltou a participar do programa nos estúdios da emissora de Sílvio Santos, provando, na opinião de alguns, que o seu suposto afastamento foi mais um ato de marketing do referido programa humorístico.

Morte

Canarinho faleceu na sexta-feira, 21/03/2014, aos 86 anos. Ele sofreu um infarto agudo do miocárdio no domingo, 16/03/2014, e estava internado no Hospital Santana, em Mogi das Cruzes , SP, mas não resistiu.

Filmografia

  • 1962 - As Testemunhas Não Condenam
  • 1967 - A Desforra
  • 1970 - Sábado Alucinante
  • 1971 - Diabólicos Herdeiros
  • 1971 - Meu Pedacinho De Chão
  • 1972 - Jerônimo
  • 1975 - O Dia Em Que O Santo Pecou
  • 1975 - Bacalhau
  • 1976  - Guerra É Guerra
  • 1977 - Costinha E O King Mong
  • 1977 - Snuff, Vítimas Do Prazer
  • 1978 - Maneco, O Super Tio
  • 1979 - Nos Tempos Da Vaselina
  • 1979 - A Dama Da Zona
  • 1982 - Tem Piranha No Aquário

Fonte: Wikipédia

Durval de Souza

DURVAL DE SOUZA
(54 anos)
Ator e Humorista

* (1928)
+ São Paulo, SP (05/03/1982)

Durval de Souza começou sua carreira artística em teatro. Ele estudou na Escola de Arte Dramática de São Paulo, tendo como professores Décio de Almeida Prado e Rugero Jacobi. A primeira peça de que participou foi "Casamento Forçado".

Logo a televisão solicitou sua colaboração, e Durval de Souza se deu bem nesse novo veículo de comunicação. Ampliou seus horizontes, passou a atuar em vários setores. Além de ator dramático foi coordenador de programas, produtor, tradutor de textos, pois era culto e dominava completamente o inglês, e foi também comediante.

Traduzia o que fosse necessário para a TV Record. No programa "Cinema em Vesperal", Durval de Souza fazia críticas de cinema para a TV. Como ator, em televisão e cinema, atuou  em "Carnaval Em Lá Maior" (1955); "My Darling", "Ceará Contra 007" (1965), "Mãos Ao Ar", "A Arte de Amar Bem" (1970), "Trote de Sádicos", "Guerra é Guerra", "Pintando o Sexo", "Nem As Enfermeiras Escapam" (1977).

Além disso, Durval de Souza fez também apresentação de programas, como "Pullman Jr.", ao lado de Cidinha Campos. Participou do programa "Papai Sabe Nada", mas o programa que mais gostou de fazer foi "A Grande Gincana Kibon".

Durval de Souza entrou na faculdade de Direito mas não completou o curso. Entretanto gostava muito de ler e admirava sobretudo Charles Chaplin.

Segundo as palavras de Januário Groppa, Durval de Souza foi um comediante e um desportista nato, sempre figurando nas competições da cidade de Matão, SP. Em 1945 participou do campeonato amador de futebol, juntamente com outras ilustres figuras do cenário matonense.

Durval de Souza cursou o primário em Matão e desde os bancos escolares prometia ser um grande artista, feito que conseguiu concretizar. Na revista "A Comarca" do ano de 1976, foi publicada uma reportagem completa com o ator Durval de Souza:

Matonense, produtor e artista de rádio, TV e cinema, emprestava ainda sua voz para comerciais e jingles. Trabalhou com Ronald Golias na TV Record, Canal 7, no programa "Bacará-76", na TV Tupie com a equipe de Renato Aragão em "Os Trapalhões". Trabalhou ainda no Canal 13, Rede Bandeirantes, produzindo a "Hora do Bolinha", e o programa "Edson Cury".

Comediante, também tinha um programa diário na Rádio Record de São Paulo. Sempre que podia, dizia que era de Matão, dando tanto destaque à cidade que foi apelidado de bairrista, alcunha que tinha orgulho de possuir. Nesta edição especial da revista "A Comarca", Durval de Souza foi entrevistado, dizendo que não visitava a cidade havia oito anos, surpreendendo-se, na época, com o progresso verificado.

Há oito anos, tinha vindo à Matão para fazer um Show, a pedido do padre Amador, cuja renda seria destinada à construção da Igreja Matriz. O show, com o pessoal do Canal 7, foi realizado no Cine Yara e dele participaram, entre outros artistas, o Pimentinha, Chocolate e Carlos Zara. Depois, voltou com o Blota Júnior, na época em que ele era Secretário de Turismo, para assistirem a Procissão de Corpus Christi.

No dia da entrevista, disse que já havia visitado os parentes, o seu tio Angelim, a tia Elisa, a Salete e o Drº Waldemar Kfouri.  Ao percorrer as ruas de Matão, confidenciou que se lhe trouxessem à Matão vendado, não saberia em que cidade estava, dizendo-se deslumbrado com o que viu.

Visitou os bairros da Pereira, da Santa Cruz, que ele chamava de Raposa e viu tanta gente trabalhando, pintando, tanto campinho de futebol fazendo futuros craques, falando da loteria esportiva, e reconhecendo-o como artista de televisão, dizendo que tinha orgulho de estar em sua terra, apesar de que por apenas um dia, mas que esse dia valia por oito anos.

Durval de Souza dedicou toda sua vida ao teatro, lembrando-se dos cirquinhos que fazia com a molecada, com palito de fósforos de ingresso. Depois fez Escola de Artes Dramáticas, trabalhando em 30 lugares diferentes em 29 anos de carreira.


Durval de Souza citou uma de suas lembranças:

"... uma delas é do meu avô, o velho Afonso Macagnam. Eu subia na mangueira e ele ficava embaixo. Havia umas mangas borbon e eu joguei na cabeça dele, e ele falava assim - 'desgrachiato desses pacharinho', eu pegava outra manga e pumba; e ele: 'pacharinho desgrachiato', até que ele me avistou. Foi buscar a espingarda dentro de casa, e até hoje não sei quanto tempo fiquei lá em cima e como de lá desci. Tem tanta coisa que a gente fez aqui, rapaz..."

Durval de Souza comentou ainda que havia constituído família, com esposa e duas filhas, estando velho na carreira, mas que tinha ainda muita coisa para fazer do que ficar vivendo do pecúlio do presidente Ernesto Geisel.

Havia terminado dois filmes, num deles fazia o papel de Hitler. O outro filme era  de pornochanchada, chamado "Sexo Furado", película que ele não recomendou aos menores de 14 anos. Neste filme, trabalhou com Ankito, sendo o patrão dele. Na entrevista, confessou que nunca havia assistido aos filmes que havia feito.

Durval de Souza fez dupla de sucesso com vários artistas, como Consuelo Leandro, Manuel de Nóbrega, tendo recebido o Troféu Roquete Pinto por cinco vezes consecutivas, além de haver recebido, das mãos do apresentador Sílvio Santos, o prêmio Campeões de Simpatia. Trabalhou ainda com Chico Anysio, um dos mais notáveis humoristas do teatro de da televisão brasileira.

Ao término da entrevista, fez uma declaração de amor à sua querida cidade Matão:

Durval de Souza morreu em 05/03/1982, aos 54 anos, na cidade de São Paulo.

Pessoas como Durval de Souza merecem o nosso mais caro agradecimento, pelas suas conquistas pessoais, sem esquecer sua origem e suas tradições, traços que levamos para a vida inteira. Onde quer que estejamos somos aquilo que recebemos de nossa geração anterior, e muito de nossa personalidade amolda-se pelo lugar em que nascemos, pelos lugares por quais passamos, pelas pessoas com as quais convivemos, isto é, nossa formação é sinal característico de tudo o que sentimos, de tudo o que vivemos. Não dá para esquecermos nossas mais caras lembranças. Isto é trajetória e história de vida. Como foi a de Durval de Souza, transformado em nome de via pública da cidade que ele tanto amou e tanto divulgou. Também tem seu nome em uma rua do bairro de Vila Mariana, em São Paulo.

Indicação: Paulo Américo Garcia

Márcio Ribeiro

MÁRCIO RIBEIRO
(49 anos)
Ator, Humorista e Redator

* São Paulo, SP (12/05/1964)
+ Brasília, DF (29/05/2013)

Márcio Ribeiro trabalhou por 10 anos na TV Cultura no programa "Revistinha", "Rá-Tim-Bum" (1992 - primeira versão) e "X-Tudo" (1992). No SBT atuou na novela "Brasileiras e Brasileiros" (1990), no programa "Sem Controle" (2007) e protagonizou o "Camera Café" (2007). Na TV Bandeirantes trabalhou na "Escolinha Muito Louca" (2008) no personagem do Hugo Taxista. Na TV Globo atuou em "Sandy e Junior", escreveu quadros para o "Domingão do Faustão" onde participou como ator do elenco fixo do quadro "Retratos de Domingo", fez o Professor Homero em "Malhação" e recentemente estava no ar com "Caras de Pau" no personagem do Broncoli.

No cinema, o ator esteve nos filmes "Domésticas" (2001), direção de Fernando Meireles e Nando Olival, e "Romeu e Julieta", de Bruno Barreto. Participou também de "Alô", direção de Mara Mourão, "Os Ursos", direção de Kátia Lund, e "Um Dia... e Depois o Outro" direção de Nando Olival e Renato Rossi.

No teatro Márcio Ribeiro atuou em "Vestido de Noiva" de Nelson Rodrigues e direção de Márcio Aurélio, "Teledeum" com direção de Cacá Rosset, "Meu Nome é Pablo Neruda" direção de Gianfrancesco Guarnieri, "Corte Fatal" direção de Noemi Marinho e "Família Muda-se" direção Odilon Wagner.

Márcio Ribeiro também era bastante requisitado para comerciais de TV. Esteve em campanhas para marcas de sorvete, chocolate, lâminas de barbear e outros produtos. Como ator, ganhou prêmio no Festival de Cinema de Brasília (Candango, 1987) e no de Festival de Gramado,(Kikito, 1988). Também foi escolhido como melhor ator no Rio Cine Festival (Sol de Prata, 1988) e o Festival de Cinema do Maranhão (Prêmio Guarnicê).  Participou em mais de 150 filmes publicitários e campanhas de incentivo para várias empresas.


Morte

Márcio Ribeiro morreu aos 49 anos na madrugada de quarta-feira, 29/05/2013. A informação foi publicada no perfil oficial do ator no Facebook. Segundo o post, ele teve complicações cardíacas. Márcio Ribeiro estava em Brasília para participar do evento "7 Belos Convida", no Teatro dos Bancários, que ocorre às segundas e terças. Na segunda, ele se apresentou normalmente. Na terça-feira à tarde, passou mal. Ele foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o comediante morreu às 5:30 hs.

Logo após o anúncio da morte de Márcio Ribeiro, colegas atores e humoristas lamentaram o fato. Em seu perfil no Twitter, Marcelo Adnet referiu-se a Márcio Ribeiro como "mestre da comédia".

"Ficam as boas lembranças e as piadas na lata de um dos mestres da comédia pra nossa geração de comediantes! Marcio Ribeiro, porrrra! Saudade"
(Marcelo Adnet)

Na mesma rede social, o apresentador Marcelo Tas publicou:

"Marcio Ribeiro era o 'tio maluco', tipo fundamental e querido em qualquer familia. Daí encantar crianças de todas idades!"


Prêmios Como Ator

  • 1987 - Melhor ator Festival de Cinema de Brasília
  • 1988 - Melhor ator Festival de Cinema de Gramado
  • 1988 - Melhor ator Rio Cine Festival
  • Melhor ator Festival de Cinema de Guarnicê, Maranhão


Prêmios Na Televisão​

  • Rá-Tim-Bum (Elenco Fixo)
  • Melhor Programa Infantil
  • Medalha de Ouro, Festival de Nova York
  • X-Tudo (Dirigido por Renato Fernandez e Maisa Zak Zuk)
  • Prêmio Asitra
  • Reportagem para o "X-Tudo/Jamboree"
  • 1º Prêmio (República do Panamá)
  • Melhor Programa, Temática Infantil
  • Prêmio Qualidade Brasil 2001 International Quality Service
  • Melhor Programação do Ano no Dia Internacional da Criança da TV de 1997
  • Prêmio Emmy-Unicef
  • Melhor Programação do Ano no Dia Internacional da Criança da TV de 1998
  • Prêmio Emmy-Unicef
  • Melhor Programação de TV Pública do Planeta 1987
  • Prix Television Jeunesse
  • Melhor Programação do Ano no Dia Internacional da Criança da TV de 1999
  • Emissora e Programação, por 20 horas de programação com o tema: "O País Que Queremos"
  • Prêmio Emmy-Unicef


Fonte: Wikipédia e G1

Manoel Vieira

MANOEL VIEIRA
(74 anos)
Ator e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (05/10/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (1979)

Manoel Vieira foi um ator e comediante brasileiro. Ele começou sua carreira artística no Teatro de Revista, como comediante, ao lado de Oscarito e Pedro Dias no Teatro Recreio. Seu personagem característico era o do "português", fazendo o sotaque com perfeição que pensavam que ele realmente era natural de Portugal. Ficou conhecido também por participar de comédias populares ao lado de Mazzaroppi.

Manoel Vieira estreou no cinema em 1935 com o filme "Noites Cariocas". Ao longo de sua extensa carreira como ator cinematográfico, se destacou nos filmes "O Ébrio" (1946), "O Lamparina" (1963) e "Independência ou Morte" (1972).

Na televisão, Manoel Vieira participou da novela "SuperManoela" da TV Globo em 1974, e que foi seu último trabalho como ator.

Filmografia
  • 1935 - Noites Cariocas
  • 1945 - O Cortiço
  • 1946 - O Ébrio
  • 1947 - Esta É Fina
  • 1948 - Fogo Na Canjica
  • 1948 - Pra Lá De Boa
  • 1948 - Mãe
  • 1948 - O Cavalo 13
  • 1949 - Está Com Tudo
  • 1949 - Escrava Isaura
  • 1949 - Inocência
  • 1950 - Anjo Do Lodo
  • 1950 - Não É Nada Disso
  • 1953 - É Pra Casar?
  • 1955 - Angú De Caroço
  • 1957 - Com A Mão Na Massa
  • 1957 - O Noivo Da Girafa
  • 1957 - O Pirata Do Outro Mundo
  • 1957 - O Samba Na Vila
  • 1958 - Tudo É Música
  • 1959 - Cala A Boca, Etelvina
  • 1963 - O Lamparina
  • 1965 - Crônica Da Cidade Amada
  • 1970 - Se Meu Dólar Falasse
  • 1970 - Os Cara De Pau
  • 1971 - Assalto À Brasileira
  • 1972 - Independência Ou Morte

Fonte: Wikipédia

Clayton Silva

CLAYTON SILVA
(74 anos)
Ator, Humorista e Dublador

* Carmo do Paranaíba, MG (06/02/1938)
+ Campinas, SP (15/01/2013)

Clayton Silva ficou marcado com os bordões "Tô De Olho No Sinhô" e "Êta Fuminho Bão", marcas registradas de seus personagens "Louco", que fazia apostas para que adivinhassem suas charadas, e "Caipira", que adorava contar causos ao lado do padre interpretado por Paulo Pioli, no programa "A Praça é Nossa". Nos últimos anos, Clayton Silva fazia participações esporádicas na "A Praça é Nossa", em função de seus problemas de saúde.

A trajetória do humorista na televisão é ainda mais antiga. Sua carreira na frente das câmeras começou nos anos 1960, quando estreou no programa "Miss Campeonato", na TV Paulista, no qual vivia o personagem Juventus. Também integrou o elenco do programa "Praça da Alegria", comandado por Manuel de Nóbrega, pai de Carlos Alberto de Nóbrega. Na década seguinte, fez participações em alguns quadros de "Os Trapalhões", na TV Globo.

Clayton Silva e Paulo Pioli
Mineiro nascido em Uberlândia em 6 de fevereiro de 1938, Clayton Silva deu os primeiros passos rumo ao meio artístico ainda em sua cidade natal, quando começou a fazer teatro. E foi lá mesmo que escreveu e produziu seu primeiro programa de rádio, "Tudo Pode Acontecer".

Clayton Silva também deixou sua marca no cinema nacional, onde participou de filmes como "Na Violência do Sexo" (1978), "O Bem Dotado - O Homem de Itu" (1979), com Paulo Goulart, Nuno Leal Maia e Fúlvio Stefanini, e "Pecado Horizontal" (1982), com Mariza Sommer e Matilde Mastrangi, "As Aventuras de Mário Fofoca" (1982).

Nos últimos anos, Clayton Silva se dividia entre "A Praça é Nossa", no SBT, apresentações em shows de humor pelo Brasil e um programa na Rádio Central, em Campinas, todos os domingos.

Clayton Silva contracena com Carlos Alberto de Nóbrega
Morte

Clayton Silva morreu, aos 74 anos, por volta das 16:00 hs na terça-feira, 15/01/2013, em Campinas, SP. O humorista estava internado no Centro Médico do distrito de Barão Geraldo desde o dia 27/12/2012 e lutava contra um câncer no pâncreas há três anos, de acordo com seu filho, que também se chama Clayton Silva.

No último dia 05/01/2013, Clayton Silva passou por uma cirurgia para retirar parte do tumor. Desde então, estava internado na UTI do hospital.

O velório ocorreu no Cemitério Memorial de Indaiatuba, município próximo de Campinas, SP, até às 13:00 hs. De lá, o corpo do humorista foi levado para o Cemitério Vila Alpina, em São Paulo, onde foi cremado.

Clayton Silva deixou a mulher, Isis, com quem era casado há 50 anos, três filhos, Clayton, Andréa e Érica, e quatro netos.

O também humorista Oscar Padini, companheiro de Clayton Silva no programa "A Praça é Nossa", lamentou a morte do colega em sua conta no Twitter:
"Saudades inconsoláveis para aqueles que te conheceram tanto e tiveram o privilégio de conviver com você, querido amigo. Que você esteja em paz. Deus console a família, os amigos de convívio e os admiradores, e que saibamos fazer rir até o fim de nossas vidas como você fez. Obrigado e adeus!"

Fonte: Terra, Veja, Gente IG e Yahoo