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Flávio Colin

FLÁVIO BARBOSA MAVIGNIER COLIN
(72 anos)
Ilustrador, Desenhista e Roteirista de Histórias em Quadrinhos

☼ Rio de Janeiro, RJ (20/06/1930)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/08/2002)

Flávio Colin foi um ilustrador, desenhista e roteirista de histórias em quadrinhos nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 20/06/1930.

Profissionalmente, Flávio Colin começou a desenhar histórias em quadrinhos aos 26 anos, na Rio Gráfica Editora (RGE), no Rio de Janeiro, entre o período de 1956 a 1959.

Seus primeiros trabalhos foram para as revistas "X-9" (sem nenhuma ligação com o "Agente Secreto X-9" de Alex Raymond) e Enciclopédia, mas, na RGE, ele desenhou várias revistas como "O Cavaleiro Negro, Águia Negra" (ambas de copyright americano) e "As Aventuras do Anjo", transposição para os quadrinhos de uma radionovela que fazia muito sucesso na época.

Entre os artistas que mais influenciaram Flávio Colin estão Milton Caniff ("Terry e os Piratas"), Chester Gould ("Dick Tracy"), Alex Raymond ("Flash Gordon"), Burne Hogart ("Tarzan"), Harold Foster ("O Príncipe Valente"), entre outros.

Flávio Colin chegou a publicar material em vários países como Itália, Bélgica, Uruguai (Histórias gerais como "Tierra de Historias") e Portugal pela Meribérica.

Morte

Flávio Colin morreu na terça-feira, 13/08/2002, às 5h00, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de insuficiência respiratória. O maior desenhista de histórias em quadrinhos desse imenso país partiu, deixando por aqui inúmeros fãs, que jamais esquecerão da alegria que suas obras proporcionaram ao longo de mais de cinco décadas.

 Trabalhos

  • Revista O Anjo (RGE)
  • Revista Vigilante Rodoviário
  • Vizunga
  • Em 1994 desenhou para a Otacomix a revista Hotel do Terror. Que junto com a nova Spektro, não passaram do número 1.
  • Fawcett (Editora Nona Arte, depois republicada pela Devir Livraria)
  • Estórias Gerais (com roteiro de Wellington Srbek)
  • A Guerra dos Farrapos
  • Fantasmagoriana
  • Mapinguari e Outras Histórias
  • Flavio Colin: Filho do Urso e Outras Histórias
  • Mulher-Diabo no rastro de Lampião (Nova Sampa), em parceria com o roteirista Ataíde Braz
  • O Boi das Aspas de Ouro
  • O Curupira
Revistas

  • O Grande livro do Terror (anos 1970)
  • Neuros
  • Prótons
  • Sertão e Pampas
  • Calafrio
  • Mestres do Terror
  • Mundo do Terror
  • Inter Quadrinhos (Editora Ondas)

Revista Spektro

  • Os Bonecos Africanos (com roteiro de Hélio do Soveral)
  • O Matador de Lobisomens
  • Hotel Nicanor

Aldemir Martins

ALDEMIR MARTINS
(83 anos)
Artista Plástico, Ilustrador, Pintor e Escultor

☼ Ingazeira, CE (08/11/1922)
┼ São Paulo, SP (05/02/2006)

Aldemir Martins foi um artista plástico brasileiro, ilustrador, pintor e escultor autodidata, de grande renome e fama no Brasil e no exterior, nascido em Ingazeira, CE, no dia 08/11/1922.

A natureza e a gente do Brasil são os temas mais freqüentes da obra do artista plástico cearense Aldemir Martins. Em seus desenhos, gravuras e quadros, vêem-se cangaceiros, galos, peixes, gatos, frutas e paisagens têm a marca registrada da brasilidade, nos traços fortes e nas cores vibrantes, em que se mesclam influências cubistas e fauvistas, resultando num estilo muito peculiar e original.

Desde menino, Aldemir dedicou-se ao desenho. No colégio militar, tornou-se monitor de desenho de sua classe e, no Exército, ao qual serviu entre 1941 e 1945, venceu um concurso das oficinas de material bélico, recebendo a curiosa patente de Cabo Pintor.

Ainda no início dos anos 1940, Aldemir Martins agitou os meios artísticos cearenses, criando com Mário Barata e Antônio Bandeira, entre outros, o Grupo Artys e a Sociedade de Artistas Plásticos (SCAP). Nessa época, fez sua primeira exposição, no 2º Salão de Pintura do Ceará e trabalhou como ilustrador em jornais de Fortaleza.


Ao dar baixa do serviço militar, em 1945, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde participou de uma coletiva do Salão Nacional de Belas Artes e começou a ganhar renome nacional. No ano seguinte, mudou-se para São Paulo e realizou sua primeira individual, na seção paulista do Instituto dos Arquitetos do Brasil.

A partir de 1947, estava nos principais salões de arte do país e recebeu vários prêmios.

Em 1949, fez um curso de história da arte com Pietro Maria Bardi e tornou-se monitor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde também estudou gravura com Poty Lazzarotto e conheceu sua segunda mulher, Cora Pabst.

Após uma viagem ao Ceará, em 1951, Aldemir Martins decidiu retornar a São Paulo num caminhão Pau-de-Arara. Com essa experiência, iniciou uma série de desenhos de temática nordestina, que caracterizaria sua carreira.


Participou também de importantes mostras competitivas como as duas primeiras Bienais de São Paulo, sendo premiadas em ambas, e na Bienal Internacional de Veneza de 1956, na qual recebeu o Prêmio Internacional de Desenho, sua consagração definitiva.

Aldemir Martins viveu em Roma entre 1960 e 1961, mas depois retornou a São Paulo, onde permaneceu até o fim da vida.

Vale a pena ressaltar que, como artista, nunca se acomodou, não recusando a inovação, nem limitando sua obra, mas surpreendendo pela constante experimentação. Trabalhou sobre suportes diversos, como caixas de charuto, telas de linho, de juta e de tecidos variados.

Muitos de seus desenhos e pinturas foram reproduzidos em produtos industrias como pratos, bandejas, xícaras e embalagens. Além disso, foram usadas na abertura da telenovela "Gabriela, Cravo e Canela", baseada na obra de Jorge Amado.

Morte

Aldemir Martins faleceu no domingo, 05/02/2006, por volta das 19h30, aos 83 anos, vítima de um infarto em sua casa no bairro do Ibirapuera, em São Paulo, SP. Ele chegou a ser levado ao Hospital São Luís, onde morreu.

O corpo de Aldemir Martins foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo desde às 2h30 da madrugada de segunda-feira, 06/02/2006. O enterro aconteceu às 16hs, no Cemitério Campo Grande, em Santo Amaro, São Paulo, SP.

Segundo seu genro, "foi uma morte quase natural, de insuficiência cardíaca. Ele estava muito velhinho já e tinha sido internado várias vezes no ano passado".

Di Cavalcanti

EMILIANO AUGUSTO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE E MELO
(79 anos)
Pintor, Desenhista, Ilustrador e Caricaturista

* Rio de Janeiro, RJ (06/09/1897)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/10/1976)

Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia do futuro pintor.

Quando seu pai morreu em 1914, Di Cavalcanti obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a Fon-Fon. Antes que os trepidantes anos 20 se inaugurem, vamos encontrá-lo estudando Direito. Em 1916, transferindo-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Segue fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequenta o atelier do impressionista George Fischer Elpons e torna-se amigo de Mário de Andrade e Oswald de Andrade.

Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai.

Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando para essa ocasião as peças promocionais do evento: Catálogo e programa.

Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequenta a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conhece Pablo Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses.

Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Segue fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.

Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários. Inicia suas participações em exposições coletivas, salões nacionais e internacionais como a International Art Center em Nova Iorque.

Em 1932, funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofre sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista.

Casa-se com a pintora Noêmia Mourão. Publica o álbum "A Realidade Brasileira", série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalha na rádio Diffusion Française nas emissões Paris Mondial. Viaja ao Recife e Lisboa onde expõe no salão "O Século". Ao retornar é preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá e é preso com Noêmia. Libertado por amigos, segue para Paris, lá permanecendo até 1940. Em 1937 recebe medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris.

Com a iminência da Segunda Guerra deixa Paris e retorna ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegam ao destino, extraviando-se. Passa a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viaja para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Conhece Zuília, que se torna uma de suas modelos preferidas. Em 1946 retorna a Paris em busca dos quadros desaparecidos. Nesse mesmo ano expõe no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Ilustra livros de Vinicius de Moraes, Álvares de Azevedo e Jorge Amado.

Em 1947 entra em crise com Noêmia Mourão - "uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito complicado…". Participa com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Segue criticando o abstracionismo. Expõe na Cidade do México em 1949.

É convidado e participa da I Bienal de São Paulo, 1951. Faz uma doação generosa ao Museu de Arte de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Beryl passa a ser sua companheira. Nega-se a participar da Bienal de Veneza. Recebe a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi.

Em 1954 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza exposição retrospectiva de seus trabalhos. Faz novas exposições na Bacia do Prata, retornando a Montevidéu e Buenos Aires. Publica Viagem de minha vida. 1956 é o ano de sua participação na Bienal de Veneza e recebe o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Adota Elizabeth, filha de Beryl. Seus trabalhos fazem parte de exposição itinerante por países europeus. Recebe proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada. Também pinta as estações para a Via-sacra da Catedral de Brasília.

Década de 60

Ganha Sala Especial na Bienal Interamericana do México, recebendo Medalha de Ouro. Torna-se artista exclusivo da Petite Galerie, Rio de Janeiro. Viaja a Paris e Moscou. Participa da Exposição de Maio, em Paris, com a tela "Tempestade". Participa com Sala Especial na VII Bienal de São Paulo. Recebe indicação do presidente João Goulart para ser adido cultural na França, embarca para Paris e não assume por causa do golpe de 1964. Vive em Paris com Ivete Bahia Rocha, apelidada de Divina. Lança novo livro, Reminiscências líricas de um perfeito carioca e desenha jóias para Lucien Joaillier. Em 1966 seus trabalhos desaparecidos no início da década de 40 são localizados nos porões da Embaixada brasileira. Candidata-se a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas não se elege. Seu cinquentenário artístico é comemorado.

Década de 70

A modelo Marina Montini é a musa da década. Em 1971 o Museu de Arte de São Paulo organiza retrospectiva de sua obra e recebe prêmio da Associação Brasileira dos Críticos de Arte. Comemora seus 75 anos no Rio de Janeiro, em seu apartamento do Catete. A Universidade Federal da Bahia outorga-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Faz exposição de obras recentes na Bolsa de Arte e sua pintura "Cinco Moças" de Guaratinguetá é reproduzida em selo.

Falece no Rio de Janeiro em 26 de Outubro de 1976 vítima de Cirrose Hepática.

"Moço, continuarei a pintar até a morte porque, além dos bens que obtenho com minha imaginação, nada mais ambiciono"


Roberto Rodrigues

ROBERTO RODRIGUES
(23 anos)
Desenhista, Ilustrador e Escultor

* Rio de Janeiro, RJ (1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/12/1929)

Nascido no Rio de Janeiro em 1906, era filho do político e jornalista Mário Rodrigues, fundador dos jornais A Manhã e Crítica, irmão do também jornalista Mário Filho e do dramaturgo Nelson Rodrigues.

Exímio desenhista, trabalhou como ilustrador nos jornais da família e em outros jornais. Ingressou em 1923 na Escola Nacional de Belas Artes, onde conquistou algumas premiações, se destacando também pelas veementes críticas que fazia aos grandes pintores acadêmicos da época. Algumas mostras do artista foram organizadas após a sua morte: em 1930, no Liceu de Artes e Ofícios, Rio de Janeiro, em 1993 na Galeria A. S. Studio, São Paulo, e em 2000, no Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro, e mais recentemente na Galeria Hermitage.

A Tragédia

Na tarde de 26/12/1929, a jornalista e escritora Sylvia Serafim Thibau, 28 anos, que colaborava em A Gazeta, de São Paulo, e nas revistas Fon-Fon e Selecta, do Rio de Janeiro, com o pseudônimo de Petite Source, casada e mãe de dois filhos pequenos, deu um tiro na barriga de Roberto Rodrigues de 23 anos, na redação do jornal Critica, de propriedade da família Rodrigues.

Naquele mesmo dia, a primeira página do jornal trazia uma reportagem difamatória sobre o desquite de Sylvia, cuja ilustração, assinada por Roberto Rodrigues, insinuava que ela traíra o marido. O desenho mostrava um médico, no caso, o Drº Manoel de Abreu, com quem Sylvia se tratava, alisando as coxas de uma mulher, Sylvia.

O desenhista não morreu imediatamente. Padeceu ainda por três dias. O atentado transformou-se em Tragédia Rodrigueana: três meses depois da morte de Roberto Rodrigues, o patriarca da família, Mário Rodrigues, que nunca se conformou com a perda do filho querido, morreu vítima de trombose cerebral. Cinco meses após a morte de Mário Rodrigues, Sylvia, responsabilizada pelos Rodrigues pelas duas mortes, foi julgada e absolvida, apesar da família ter feito uma das maiores, mais duras e ofensivas campanhas contra uma pessoa na imprensa carioca.

Dois meses depois, estourou a Revolução de 30, e o jornal Critica, defensor do regime que era derrubado, acabou sendo empastelado e nunca mais circulou. Era a desgraça completa da família Rodrigues. No entanto, o último capítulo desta dramática história ainda não estava escrito. Dois anos depois de ser absolvida, Sylvia se apaixonou pelo tenente-aviador Armando Menezes. Os dois tiveram um filho chamado Rohny.

Armando Menezes foi transferido para Curitiba e abandonou Sylvia. Logo em seguida, um juiz decretou a prisão de Sylvia porque ela foi acusada de falsificar documentos para estudar numa faculdade de direito.

Com medo de um novo escândalo, Sylvia fugiu para Curitiba atrás de Armando Menezes. Ela foi rejeitada pelo tenente e tentou o suicídio em um quarto de hotel. A polícia transferiu Sylvia para a enfermaria da casa de detenção em Niterói, Rio de Janeiro. Na madrugada de 27/04/1936, Sylvia suicidou-se ao lado de seu filho de três anos, que estava dormindo.

A morte de Roberto Rodrigues deixou marcas profundas num dos seus irmãos mais famosos, Nelson Rodrigues, considerado o maior dramaturgo brasileiro, que era apenas um jovem de 17 anos quando testemunhou a tragédia. É o próprio Nelson Rodrigues quem revela:

"E confesso: o meu teatro não seria como é, nem eu seria como sou, se eu não tivesse sofrido na carne e na alma, se não tivesse chorado até a última lágrima de paixão o assassinato de Roberto."

Por Roberto Rodrigues

"O meu primeiro desenho? Não me recordo. Talvez fosse o elefante que ninguém adivinhou. Não fui uma criança prodígio. Lembro-me que apostava um tostão com outros garotos para ver quem desenhava melhor. Sempre perdia…
Gostava de fazer rabiscos, criando um novo tipo de submarino ou canhão cujo mecanismo só eu entendia. Depois tive vontade de crescer para fazer a independência de um país qualquer. Do Canadá por exemplo.
A minha arte é sincera. Sou eu mesmo. Não tenho a preocupação de fazer blague, nem me interessam a gramática artística ou a cartilha social. Muita gente acha horrível o que faço. Pode ser. Não fosse a vida a minha inspiradora… Em todo caso sou moço, e é possível que um dia encontre a beleza das coisas feias.Tanto é belo um idílio romanesco como um crime bárbaro.
Vênus de Milo dá saudade das mulheres feias. Tudo depende do momento. Às vezes prefiro o necrotério, com as mães chorando, a Copacabana com as meninas bonitas e alegres. No resto, sou igual a qualquer mortal — tolero a vida por covardia. Creio que o artista moderno não pode ter a ingenuidade dos antigos. Antigamente, dormia-se bem e comia-se melhor.
O ar era mais puro e existia tranqüilidade de espírito. Hoje o artista trabalha torturado pelo trepidar alucinante das máquinas. Tem a maldade dos milhões de seres animalizados na luta pela vida. Quando eu era pequeno um senhor disse que o artista morria de fome. O castigo melhor é deixá-lo viver.A própria arte se encarrega de matá-lo, muito mais lenta e cruelmente. Não vês como a mãe tem pena do filho artista?
Se encontrares um artista na rua tira o chapéu. O trabalho mais insignificante dele equivale a tua vida inteira de esforço mental."

(Roberto Rodrigues)

Fonte: Wikipédia e Associação dos Magistrados Brasileiros